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Demência

Demência é um problema cognitivo e comportamental que se manifesta pelo


comprometimento de, pelo menos, dois domínios cognitivos (como memória, atenção,
orientação, linguagem e habilidade visuoespacial, etc.), de intensidade bastante grave
para comprometer a autonomia e independência da pessoa na realização das atividades
de vida diárias.
■ É uma doença neuro-degenerativa, em que as alterações e destruições do tecido
nervoso são graduais e progressivas.
CID-10 – a demência é uma síndroma devido a uma lesão no cérebro, crónica e
progressiva, em que há perturbação de múltiplas funções corticais superiores, incluindo
memória, cálculo, pensamento, linguagem, orientação, compreensão, capacidade de
aprender e julgar. As limitações das funções cognitivas são acompanhadas e/ ou
precedidas de deterioração do controlo emocional, do comportamento social ou da
motivação.
As doenças neurodegenerativas (demência) podem ser dividas quanto ao seu subtipo
etiológico:
- Doença de Alzheimer (DA);
- Demência Vascular; (ocorre nas pessoas que tiveram avc)
- Demência com Corpos de Lewy;
- Demência Frontotemporal

■ Fatores de risco:
- Idade (risco de desenvolver doenças neurodegenerativas e cerebrovasculares)
- Sexo feminino (longevidade)
- Escolaridade
- Fatores genéticos (histórico familiar e genes específicos)

■ Curso da doença (de acordo com o subtipo):


- DA rara antes dos 60, aumento principalmente depois dos 80 anos
- Demência Frontotemporal início precoce e menos casos em idade avançada
- Demência Vascular início bem definido e relacionado com um AVC e permanece
estático
- As demências devido a doenças neurodegenerativas (DA e a frontotemporal) início
insidioso e progressão gradual
Doença de Alzheimer
■ Costuma atacar pacientes a partir dos 65 anos.
Sintoma inicial: amnésia e défice progressivo de memória (inicialmente memória
recente)
■ Declino neuropsicológico progressivo
■ A evolução dos sintomas cognitivos e comportamentais da DA correlaciona-se com a
progressão das alterações neuropatológicas (perda sináptica (comunicação dos
neurónios) e morte neuronal), que se iniciam em áreas temporais (córtex entorrinal e
hipocampo) e, posteriormente, atingem as áreas parietais comprometendo outras
funções cognitivas, como linguagem, habilidades visuoespaciais e visuoperceptivas.
■ Deterioração das capacidades cognitivas é acompanhada de estrago funcional fazendo
com que o indivíduo fique cada vez mais dependente. Sintomas comportamentais mais
frequentes são: apatia, depressão, agitação ou agressividade. manias, alucinações,
deambulação

Curso evolutivo da Doença de Alzheimer


Fase 1: Ligeira
■ Duração entre 1 e 3 anos
■ Baixa consciência da doença
■ Perda da memória de curto prazo, com preservação da memória remota (esquece
nomes, não se lembra onde guardou objetos pessoais e repete a mesma pergunta várias
vezes)
■ Alterações da personalidade (agressividade, irritabilidade)
■ Diminuição da capacidade de resolução de problemas e para lidar com situações
difíceis
■ Labilidade emocional (ansiedade, depressão)
■ Declínio da capacidade de pensamento abstrato
■ Isolamento social
■ Autonomia do individuo está preservada Curso evolutivo da Doença de Alzheimer

Fase 2: Moderada
■ Duração de 2 a 8 anos
■ Alterações de memória profundas (memórias recente e remota)
■ Alterações cognitivas com 2 ou mais dos seguintes sintomas: esquecer o nome das
coisas, dificuldades na linguagem (fluência e compreensão), dificuldade em reconhecer
pessoas e objetos, perda de habilidades visuoespaciais e as praxias gestuais são
progressivamente comprometidas.
■ Diminuição acentuada da capacidade de juízo,
■ Preocupações infundadas e Comportamento bizarro
■ Inquietação noturna
■ Podem ter episódios violentos
■ Nessa etapa da doença, os indivíduos perdem-se dentro da própria casa e tem
dificuldade para se vestir ou para realizar a higiene pessoal e necessita de auxilio para a
realização de atividades da vida diária. Curso evolutivo da Doença de Alzheimer~.

Fase 3: Grave
■ Duração de 6 a 12 anos
■ Comprometimento grave de todas as funções cognitivas (memória, verbal,
coordenação motora)
■ Comprometimento físico, rigidez muscular generalizada
■ Grande redução de locomoção e restrição ao leito
■ Incontinência
■ Incapacidade para reconhecer qualquer pessoa (membros da família)
■ Incapacidade para desenvolver AVDs
■ Fluência verbal se reduz a ecolalia ou mutismo
■ Despersonalização

Demência Frontotemporal
■ Manifesta-se principalmente no período pré-senil (45 e 65 anos), mas um
significativo número de pacientes manifesta a doença também após os 80 anos.
■ Inicio insidioso
Sintomas:
■ Declive primário da conduta social interpessoal com perda de regras sociais,
indiferença em relação às responsabilidades.
■ alterações comportamentais significativas e alterações de personalidade como
impulsividade, desinibição, indiferença afetiva, apatia, rigidez
■ Défice em funções executivas
Alterações neuroanatómicas:
■ Degeneração progressiva e circunscrita aos lobos frontotemporais.
■ Comprometimento orbital está associado a desinibição, impulsividade e
comportamentos antissociais e estereotipados.
■ Comprometimento medial (giro do cíngulo) correlaciona-se com apatia, passividade
e tendência ao isolamento social.
■ Queixa principal é da família porque a maioria dos pacientes ignoram suas próprias
alterações de personalidade, de comportamento e de conduta social.
■ Défice no julgamento moral e no controlo inibitório (impulsividade), comportamentos
de risco, assim como a disfunção na atribuição da valência emocional dos próprios atos.
■ Falta de critica sobre as consequências do próprio comportamento e, tendências
sociopáticas podem ser observadas desses indivíduos.
■ O paciente tem desempenho reduzido em testes de flexibilidade cognitiva, de
elaboração de conceitos, de categorização, de planificação e de resolução de problemas
(comprometimentos no Trail Making Test).

Demência com Corpos de Lewy


■ É uma demência degenerativa marcada pela presença de Corpos de Lewy (inclusões
intraneuronais anormais da proteína α – sinucleína) em regiões corticais e subcorticais
do cérebro.
Principais sintomas:
- Declínio cognitivo progressivo,
- Parkinsonismo,
- Alucinações visuais recorrentes,
- Flutuação cognitiva.
■ Parkinsonismo - quadro clínico marcado por bradicinesia (lentificação motora) e,
pelo menos, um dos seguintes sintomas: rigidez, instabilidade de postura e tremor de
repouso.
Outros sinais e sintomas: -
distúrbios do sono (relacionado ao sono REM),
- quedas repetidas,
- grande sensibilidade ao uso de neurolépticos (que podem agravar o quadro de
parkinsonismo).
■ Défices atencionais, visuoespaciais e visuoconstrutivos
Demência Vascular
A demência vascular (DV) e a segunda principal causa de demência.
Prevalência elevada na população com mais de 65 anos.
Diagnóstico: Diagnóstico depende do estabelecimento da relação causal com uma
doença cerebrovascular responsável pelos défices cognitivos.
• História clínica e exames de imagem (RM, TMC)
• Diferentes tipos de lesão vascular, extensão e localização.
• Início abrupto e relacionado a um AVC. Esses pacientes apresentam, sinais
motores e sensoriais focais, além de sintomas cognitivos.
• Menor comprometimento da memória recente que os pacientes com DA,
enquanto a atenção e as funções executivas estão mais gravemente acometidas
na DV.

Demência (em geral)


 Início insidioso, lento
 Curso lentamente progressivo
 História de problemas psiquiátricos pouco comum
 Queixas leves
 Dificuldade em realizar tarefas
 Apatia, afeto plano
 Comportamento coerente com os défices
 Funcionalidade diminuída
 Défices visuoconstrutivos
 Memória remota melhor que a recente
 Não melhora com tratamento farmacológico
 Exames com possíveis alterações
 Minimiza os défices
Rastreio nas Demência
■ Os testes de rastreio não fazem diagnóstico da etiologia do défice cognitivo mas sim
de sinais e sintomas e podem ser orientadores para uma avaliação mais específica.
■ Principais testes de rastreio:
- Mini-Mental State Examination (Mini Exame do Estado Mental)
- Montreal Cognitive Assessment (MoCA)
– Teste do Desenho do Relógio
- Avaliação Cognitiva de Addenbrooke
Estratégias para ajudar e conviver com uma pessoa com Demência:
1. Estabelecer rotinas diárias simples diminui a confusão e a necessidade de escolhas
 fazer diariamente uma lista de atividades.
 guardar objetos sempre nos mesmos sítios.
 manter os objetos emparceirados: meias-sapatos, papéis-canetas, açúcar-chá, etc.
2. Arranjar auxiliares de memória - Ajuda a recordar e previne a confusão
 agendas eletrónicas com alarme.
 instruções escritas em pequenas tiras de papel: feche a janela, desligue a
televisão, tome o remédio.
 trazer um cartão ou pulseira com a sua identificação e a de um familiar
3. Estabelecer competências simples
 - Não confrontar o doente com as suas dificuldades.
4. Manter a autonomia.
 - Aumenta a autoestima.
5. Ajudar a pessoa a manter a sua própria dignidade.
 - Saber que o seu comportamento vai mudar e evitar conflitos/contrariedades.
 - Os conflitos causam um stress inútil ao doente e ao prestador de cuidados.

Doença de Parkinson
Doença neurodegenerativa, mais especificamente das células da substância negra, que
fazem parte do sistema dopaminérgico (núcleo da base e mesencéfalo).
Características clínicas:
• Degeneração dos neurónios da substância negra responsável pela produção de
dopamina, e pela disfunção dos gânglios da base
• Uma das funções da dopamina é controlar a atividade muscular, por essa razão
os sintomas são inicialmente motores:
- tremores de repouso - rigidez muscular - bradicinesia - instabilidade postural (pêndulo)
- distúrbios do equilíbrio e da marcha - Falta de expressão dos músculos da face (face de
peixe)

• Tremor de repouso - movimento involuntário, rítmico e oscilatório que surge


quando os membros se encontram relaxados. O mais comum é o tremor com
fricção repetida do polegar e indicador, podendo também surgir nos membros
inferiores, na língua e mandíbula.
• Rigidez muscular - provoca um aumento do tónus muscular e é marcada por
resistência na movimentação passiva de um segmento ao longo de todo o
movimento. É mais comum nos pulsos e cotovelos.
• Bradicinesia - dificuldade na iniciação dos movimentos acompanhada de
lentidão na sua execução. Em casos mais graves, pode ocorrer interrupção
completa do movimento (ex. bloqueio ou freezing).
• Postura - tipicamente fletida, pronunciada flexão do tronco, movimento de
pêndulo.
• Marcha – lenta com passos curtos e baixos, o paciente tende a recorrer aos
membros inferiores como fonte de suporte. Dificuldade em começar a andar.
As queixas iniciais são imprecisas e podem incluir:
• Dor, dormência, dificuldade em escrever e dificuldade em realizar tarefas
repetitivas (p. ex. lavar os dentes)
• O tremor é o primeiro sinal de Doença de Parkinson, surge numa única mão
antes de progredir para a perna e, posteriormente, para os membros
contralaterais.
Alterações Neuroanatómicas:
• Diminuição da substância cinzenta, principalmente nas áreas frontal e temporal,
e anormalidades nas fibras de substância branca.
• A progressão da doença está relacionada a anormalidades metabólicas da
proteína alfa-sinucleína
• A sua acumulação anómala no tecido neuronal origina os corpos de Lewy, que
representam a principal marca patológica da Doença de Parkinson
• A acumulação de corpos de Lewy contribui para um processo neurodegenerativo
que evolui lentamente e se propaga a diferentes áreas do sistema nervoso,
principalmente à substância negra
• A perda de neurónios da substância negra é acompanhada pela redução de
dopamina no núcleo caudado e putamen.
• A perda de dopamina pode resultar em desconexões frontais e parece estar
diretamente relacionada à presença e gravidade dos sintomas motores.
• A perda celular também ocorre em outros núcleos do tronco cerebral, como o
núcleo basal de Meynert, a principal entrada colinérgica para o córtex cerebral.
Os défices colinérgicos têm sido associados a disfunção da atenção, flutuações
no estado de alerta e alucinações visuais.

Esquizofrenia
Perturbação psicótica severa, caracterizada por um comprometimento do funcionamento
mental, do comportamento e da personalidade, que dificultam o correto julgamento
sobre a realidade, manifestando-se através de delírios, alucinações, confusão,
comprometimento da memória, pensamento, discurso desorganizado, comportamento
motor desorganizado (incluindo catatonia) e perda do contacto com a realidade.
A esquizofrenia envolve várias áreas encefálicas:
• Principais alterações nas áreas fronto-temporo-límbica, com diminuição do
volume cortical e do hipocampo;
• Em muitos casos é evidente a dilatação dos ventrículos laterais;
• Alguns doentes apresentam um espessamento significativo do corpo caloso;
• As alterações percetivas (alucinações e os surtos delirantes) estão relacionadas
com disfunções nas áreas pré-frontais;
• Os sintomas positivos da esquizofrenia parecem ser resultantes de uma alteração
na funcionalidade de áreas subcorticais, principalmente das conexões entre o
sistema límbico (principalmente o hipocampo) e os gânglios da base.
• Caracterizada como um transtorno da conectividade cerebral: foram descritas
reduções na conectividade funcional, as quais afetariam a interação entre o
córtex frontal e as regiões posteriores do cérebro.
Sintomas Positivos (sintomas patologicamente excessivos):
• Alucinações
• Delírios
• Desorganização do pensamento
• Desorganização do discurso

Sintomas Negativos (sintomas patologicamente deficitários):


• Apatia, diminuição da expressão emocional
• Pobreza do discurso
• Perda do desejo e do prazer
• Desmotivação
• Dificuldade em persistir nas tarefas
• Isolamento social
Alterações: • Memória • Organização espacial • Habilidade motora • Linguagem •
Função Executiva • Capacidade de resolver problemas
Crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidência oposta. Seu conteúdo pode
incluir uma variedade de temas.
• Delírios persecutórios - crença de que está a ser perseguido, vigiado, vítimas de
conspiração, que alguém quer lhe fazer mal, são os mais comuns.
• Delírios de referência - crença de que certos gestos, comentários, estímulos
ambientais, etc., são direcionados ao próprio, também são comuns.
• Delírios de grandeza - quando a pessoa crê que tem habilidades excecionais,
riqueza ou fama.
• Delírios erotomaníacos - quando o indivíduo crê falsamente que outra pessoa
está apaixonada por ele.
• Delírios somáticos - concentram-se em preocupações relacionadas à saúde e as
funções orgânicas.

Tratamento
• Principal tratamento são os Antipicóticos (neurolépticos) que atuam no bloqueio
dos recepectores da dopamina presentes nas áreas límbicas, neocorticais e
núcleos da base e portanto têm um efeito positivo sobre a sintomatologia
neuropsicológica e comportamental positiva.
• Podem ser necessários também antidepressivos, estabilizadores de humor e
tranquilizantes - controlam consideravelmente os sintomas e melhoram a vida
dos pacientes.

Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção


Perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada pela presença marcante de desatenção,
hiperatividade e/ou impulsividade presentes em um nível mais frequente e grave do que aquele
tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento (American
Psychiatric Association, 2013).

• Desatenção pode manifestar-se como esquecimentos, distração, perda de objetos,


desorganização, falta de concentração e falta de atenção aos detalhes.
• Hiperatividade compreende a agitação motora e inquietação excessivas principalmente
quando não é apropriado.
• Impulsividade caracteriza-se por ações precipitadas, dar respostas mesmo antes da
pergunta ter sido completada, meter-se ou interromper as atividades dos outros e ter
dificuldade de esperar a sua vez.

Causas
As causas não são totalmente conhecidas, sabe-se que fatores genéticos e condições
ambientais contribuem para o desenvolvimento da PHDA.
• Fatores genéticos: forte hereditariedade - 2 a 8 vezes maior em
familiares diretos de crianças acometidas e uma herdabilidade media
estimada em 76%.
• Fatores ambientais: eventos pré-natais (exposição ao tabaco, álcool,
drogas e toxinas ambientais, complicações na gestação ou no parto,
prematuridade e baixo peso ao nascer),
o Eventos pós-natais precoces (anoxia neonatal, convulsões,
lesão cerebral e exposição ao chumbo e outros metais),
o Adversidades psicossociais e inconsistência na função
parental, problemas familiares.
• Fatores neuroquímicos: Importante papel da desregulação da dopamina
e noradrenalina, com recetores pós-sinápticos menos sensíveis a DA e a
NA
Sintomas de Défice de Atenção
• Dificuldades em prestar e manter a atenção (concentrar-se);
• Não presta atenção a detalhes;
• Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
• Não segue as instruções e não termina os trabalhos escolares, encargos
ou deveres;
• Têm dificuldade em organizar tarefas e atividades;
• Evita envolver-se em tarefas que exijam esforço mental contínuo;
• Distrai-se facilmente com os estímulos alheios à tarefa;
• Perde objetos necessários às tarefas ou atividades;
• Esquece-se com frequência das tarefas e atividades quotidianas.
Sintomas de Hiperatividade
 Movimenta com frequência as mãos e os pés, move-se quando está
sentado;
 Levanta-se com frequência na sala de aulas ou noutras situações em que
se espera que esteja sentado (dificuldade em manter-se sentado por muito
tempo);
 Corre ou salta em demasia em situações nas quais isto é inapropriado;
 Têm com frequência dificuldades em brincar ou dedicar-se
tranquilamente a atividades de lazer;
 Anda ou só atua como se estivesse “ligado a eletricidade”;
 Fala em excesso.

Sintomas de Impulsividade
 Respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas;
 Dificuldade em esperar a sua vez;
 Interrompe ou mete-se nos assuntos dos outros com frequência.

Tipologias
 Predominantemente Desatento – mais sintomas de desatenção,
“criança que vive sonhando”, mas não atrapalha na escola.
 Predominantemente Hiperativo-Impulsivo – apresentam mais sintomas
de agitação e impulsividade. Criança que não fica quieta (elétrica).
Costumam ter mais problemas de socialização com outras crianças,
justamente por serem mais agressivas do que as crianças com os outros
dois tipos.
 Misto – maior prejuízo global de funcionamento.
• Os sintomas devem estar presentes em mais de um ambiente e devem
interferir no funcionamento académico, ocupacional e social do
indivíduo.
• Crianças em idade pré-escolares apresentam taxas elevadas de
acidentes e mau desempenho escolar.
• Crianças em idade escolar apresentam pior desempenho académico e
prejuízos nas interações familiares e no relacionamento com seus pares.
• PHDA em crianças podem estar associado a outras perturbações como
perturbação da comunicação e perturbação de ansiedade.

 Adultos apresentam pior desempenho académico e realização


profissional, maior número de infrações e acidentes de trânsito, maiores
taxas de comportamento sexual de risco e comorbidades com
perturbações de ansiedade, perturbação do humor e abuso de substâncias.
Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
• Adultos apresentam menos sinais de hiperatividade, mas mais
dificuldade para relaxar, sensação de que devem continuar em
movimento, dificuldade para priorizar, inadequação de comportamentos
sociais e manutenção de ambientes desorganizados.
Estruturas cerebrais envolvidas na neurobiologia do PHDA:
• Pesquisas em neuroimagem sugerem o envolvimento dos lobos parietal e
frontal principalmente o córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo
caloso e hipocampo.
Funções comprometidas:
• Atenção (Hipervigilância e dificuldade em focar a atenção)
• Zonas responsáveis pelo controlo inibitório (falha nessa zona –
comportamentos desadequados)
• Memória (falha no armazenamento e dificuldade na recuperação)
• Funções executivas (planejamento, organização, estratégias) –
dificuldade com tarefas simples  Pensamento concreto, dificuldade em
compreender e interpretar metáfora e ironia

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