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■ Fatores de risco:
- Idade (risco de desenvolver doenças neurodegenerativas e cerebrovasculares)
- Sexo feminino (longevidade)
- Escolaridade
- Fatores genéticos (histórico familiar e genes específicos)
Fase 2: Moderada
■ Duração de 2 a 8 anos
■ Alterações de memória profundas (memórias recente e remota)
■ Alterações cognitivas com 2 ou mais dos seguintes sintomas: esquecer o nome das
coisas, dificuldades na linguagem (fluência e compreensão), dificuldade em reconhecer
pessoas e objetos, perda de habilidades visuoespaciais e as praxias gestuais são
progressivamente comprometidas.
■ Diminuição acentuada da capacidade de juízo,
■ Preocupações infundadas e Comportamento bizarro
■ Inquietação noturna
■ Podem ter episódios violentos
■ Nessa etapa da doença, os indivíduos perdem-se dentro da própria casa e tem
dificuldade para se vestir ou para realizar a higiene pessoal e necessita de auxilio para a
realização de atividades da vida diária. Curso evolutivo da Doença de Alzheimer~.
Fase 3: Grave
■ Duração de 6 a 12 anos
■ Comprometimento grave de todas as funções cognitivas (memória, verbal,
coordenação motora)
■ Comprometimento físico, rigidez muscular generalizada
■ Grande redução de locomoção e restrição ao leito
■ Incontinência
■ Incapacidade para reconhecer qualquer pessoa (membros da família)
■ Incapacidade para desenvolver AVDs
■ Fluência verbal se reduz a ecolalia ou mutismo
■ Despersonalização
Demência Frontotemporal
■ Manifesta-se principalmente no período pré-senil (45 e 65 anos), mas um
significativo número de pacientes manifesta a doença também após os 80 anos.
■ Inicio insidioso
Sintomas:
■ Declive primário da conduta social interpessoal com perda de regras sociais,
indiferença em relação às responsabilidades.
■ alterações comportamentais significativas e alterações de personalidade como
impulsividade, desinibição, indiferença afetiva, apatia, rigidez
■ Défice em funções executivas
Alterações neuroanatómicas:
■ Degeneração progressiva e circunscrita aos lobos frontotemporais.
■ Comprometimento orbital está associado a desinibição, impulsividade e
comportamentos antissociais e estereotipados.
■ Comprometimento medial (giro do cíngulo) correlaciona-se com apatia, passividade
e tendência ao isolamento social.
■ Queixa principal é da família porque a maioria dos pacientes ignoram suas próprias
alterações de personalidade, de comportamento e de conduta social.
■ Défice no julgamento moral e no controlo inibitório (impulsividade), comportamentos
de risco, assim como a disfunção na atribuição da valência emocional dos próprios atos.
■ Falta de critica sobre as consequências do próprio comportamento e, tendências
sociopáticas podem ser observadas desses indivíduos.
■ O paciente tem desempenho reduzido em testes de flexibilidade cognitiva, de
elaboração de conceitos, de categorização, de planificação e de resolução de problemas
(comprometimentos no Trail Making Test).
Doença de Parkinson
Doença neurodegenerativa, mais especificamente das células da substância negra, que
fazem parte do sistema dopaminérgico (núcleo da base e mesencéfalo).
Características clínicas:
• Degeneração dos neurónios da substância negra responsável pela produção de
dopamina, e pela disfunção dos gânglios da base
• Uma das funções da dopamina é controlar a atividade muscular, por essa razão
os sintomas são inicialmente motores:
- tremores de repouso - rigidez muscular - bradicinesia - instabilidade postural (pêndulo)
- distúrbios do equilíbrio e da marcha - Falta de expressão dos músculos da face (face de
peixe)
Esquizofrenia
Perturbação psicótica severa, caracterizada por um comprometimento do funcionamento
mental, do comportamento e da personalidade, que dificultam o correto julgamento
sobre a realidade, manifestando-se através de delírios, alucinações, confusão,
comprometimento da memória, pensamento, discurso desorganizado, comportamento
motor desorganizado (incluindo catatonia) e perda do contacto com a realidade.
A esquizofrenia envolve várias áreas encefálicas:
• Principais alterações nas áreas fronto-temporo-límbica, com diminuição do
volume cortical e do hipocampo;
• Em muitos casos é evidente a dilatação dos ventrículos laterais;
• Alguns doentes apresentam um espessamento significativo do corpo caloso;
• As alterações percetivas (alucinações e os surtos delirantes) estão relacionadas
com disfunções nas áreas pré-frontais;
• Os sintomas positivos da esquizofrenia parecem ser resultantes de uma alteração
na funcionalidade de áreas subcorticais, principalmente das conexões entre o
sistema límbico (principalmente o hipocampo) e os gânglios da base.
• Caracterizada como um transtorno da conectividade cerebral: foram descritas
reduções na conectividade funcional, as quais afetariam a interação entre o
córtex frontal e as regiões posteriores do cérebro.
Sintomas Positivos (sintomas patologicamente excessivos):
• Alucinações
• Delírios
• Desorganização do pensamento
• Desorganização do discurso
Tratamento
• Principal tratamento são os Antipicóticos (neurolépticos) que atuam no bloqueio
dos recepectores da dopamina presentes nas áreas límbicas, neocorticais e
núcleos da base e portanto têm um efeito positivo sobre a sintomatologia
neuropsicológica e comportamental positiva.
• Podem ser necessários também antidepressivos, estabilizadores de humor e
tranquilizantes - controlam consideravelmente os sintomas e melhoram a vida
dos pacientes.
Causas
As causas não são totalmente conhecidas, sabe-se que fatores genéticos e condições
ambientais contribuem para o desenvolvimento da PHDA.
• Fatores genéticos: forte hereditariedade - 2 a 8 vezes maior em
familiares diretos de crianças acometidas e uma herdabilidade media
estimada em 76%.
• Fatores ambientais: eventos pré-natais (exposição ao tabaco, álcool,
drogas e toxinas ambientais, complicações na gestação ou no parto,
prematuridade e baixo peso ao nascer),
o Eventos pós-natais precoces (anoxia neonatal, convulsões,
lesão cerebral e exposição ao chumbo e outros metais),
o Adversidades psicossociais e inconsistência na função
parental, problemas familiares.
• Fatores neuroquímicos: Importante papel da desregulação da dopamina
e noradrenalina, com recetores pós-sinápticos menos sensíveis a DA e a
NA
Sintomas de Défice de Atenção
• Dificuldades em prestar e manter a atenção (concentrar-se);
• Não presta atenção a detalhes;
• Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
• Não segue as instruções e não termina os trabalhos escolares, encargos
ou deveres;
• Têm dificuldade em organizar tarefas e atividades;
• Evita envolver-se em tarefas que exijam esforço mental contínuo;
• Distrai-se facilmente com os estímulos alheios à tarefa;
• Perde objetos necessários às tarefas ou atividades;
• Esquece-se com frequência das tarefas e atividades quotidianas.
Sintomas de Hiperatividade
Movimenta com frequência as mãos e os pés, move-se quando está
sentado;
Levanta-se com frequência na sala de aulas ou noutras situações em que
se espera que esteja sentado (dificuldade em manter-se sentado por muito
tempo);
Corre ou salta em demasia em situações nas quais isto é inapropriado;
Têm com frequência dificuldades em brincar ou dedicar-se
tranquilamente a atividades de lazer;
Anda ou só atua como se estivesse “ligado a eletricidade”;
Fala em excesso.
Sintomas de Impulsividade
Respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas;
Dificuldade em esperar a sua vez;
Interrompe ou mete-se nos assuntos dos outros com frequência.
Tipologias
Predominantemente Desatento – mais sintomas de desatenção,
“criança que vive sonhando”, mas não atrapalha na escola.
Predominantemente Hiperativo-Impulsivo – apresentam mais sintomas
de agitação e impulsividade. Criança que não fica quieta (elétrica).
Costumam ter mais problemas de socialização com outras crianças,
justamente por serem mais agressivas do que as crianças com os outros
dois tipos.
Misto – maior prejuízo global de funcionamento.
• Os sintomas devem estar presentes em mais de um ambiente e devem
interferir no funcionamento académico, ocupacional e social do
indivíduo.
• Crianças em idade pré-escolares apresentam taxas elevadas de
acidentes e mau desempenho escolar.
• Crianças em idade escolar apresentam pior desempenho académico e
prejuízos nas interações familiares e no relacionamento com seus pares.
• PHDA em crianças podem estar associado a outras perturbações como
perturbação da comunicação e perturbação de ansiedade.