Você está na página 1de 3

Conceitos:

O Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas


(CREPOP) é uma iniciativa do Sistema Conselhos de Psicologia (CFP e
CRPs), criado em 2006 para promover a qualificação da atuação profissional
de psicólogas e psicólogos que atuam nas diversas políticas públicas.

QUESTIONAMENTOS EM RESPEITO À CRITICA DE EXAMES CRIMINAIS


PARA UMA NOVA FORMA DE ATUAR EM PSICOLOGIA PRISIONAL.
Quais eram a problemática do uso do Exame Criminológico?
Foram sendo descontruídos lugares de poder, de uso e abuso de técnicas
para fins disciplinares, e, sobretudo, uma feição positivista que durante muito
tempo deu um lugar exclusivamente pericial e avaliativo para a Psicologia,
cujos objetivos eram meramente diagnósticos e prognósticos.
- Por exemplo, o uso do Exame criminológico

O exame criminológico é previsto na Lei de Execução Penal (LEP), que


estabelece que ele deve ser realizado antes da progressão de regime, da
concessão do livramento condicional e da suspensão condicional da pena.

O exame criminológico é realizado em duas etapas:

 Primeira etapa: Entrevista com o condenado, na qual são leva toadas


informações sobre sua vida pessoal, familiar, social e seus antecedentes
criminais, bem como também sua conduta no sistema prisional.
 Segunda etapa: Avaliação psicológica, psiquiátrica e social, que pode incluir
testes, questionários e entrevistas com familiares, amigos e profissionais,
pessoas relacionadas ou pertencentes ao condenado.

Trata de um documento com o fim assim de avaliar a personalidade do sujeito,


a periculosidade (o risco de cometer novos crimes) e a reinserção social (se
está apto ou não a retornar a ser inserido no convívio social)

O exame criminológico é um instrumento importante para a tomada de


decisões sobre a execução da pena, pois fornece informações que podem
ajudar a avaliar o risco de reincidência criminal e a probabilidade de reinserção
social do condenado.

Então alguns objetivos do exame criminológico incluem:

 Avaliar a personalidade do condenado, identificando possíveis fatores de risco


para a reincidência criminal;
 Avaliar a periculosidade do condenado, ou seja, a probabilidade de ele cometer
novos crimes;
 Avaliar a capacidade de reinserção social do condenado, ou seja, a
probabilidade de ele ser capaz de viver em sociedade sem cometer novos
crimes;
 Informar o juiz sobre a situação do condenado, para que ele possa tomar
decisões sobre a execução da pena.

O exame criminológico é realizado por uma equipe multiprofissional, composta


por profissionais da área da psicologia, psiquiatria e assistência social. Essa
equipe é responsável por avaliar o condenado de forma integral considerando
os três fatores mencionados acima.

O exame criminológico é um procedimento importante para a execução da


pena, pois fornece informações que podem ajudar a garantir a segurança da
sociedade e a reinserção social do condenado - O CFP e o CRP veem este tipo
de prática como um problema para os nossos dias contemporâneos.

A partir desta problematização e desconstrução, criou-se um novo espaço para


articulação e atuação para a psicologia.

A crítica se diz respeito aos cientificistas e positivistas, sua áurea Lombrosiana,


seus desserviços históricos e seu viés estigmatizante.

Os possíveis questionamentos para promoverem mudanças, das atuações


críticas ou negativas da psicologia (Criminologia Crítica, da Sociologia Criminal,
do direito penal e a fins...) se dizia respeito: Qual o compromisso da Psicologia
e das ciências penais com o tempo de execução das penas privativas de
liberdade? A atuação da assistência social, psiquiatria e psicologia deve servir
relativamente como auxílio a um parecer criminal que auxilia o Juiz ou deve
atuar em base na atenção e prestar atendimento ou um acompanhamento ao
sentenciado durante o tempo da execução da pena? Quais os efeitos da prisão
na subjetividade do sujeito? O crime deve ser tratado como um problema do
indivíduo ou do sujeito na sociedade?

A prisão e sua lógica da segregação, da exclusão, da produção da


delinquência e do apartheid social já foi objeto de discussões e serviu como
ponto para a assunção de uma posição por parte da Psicologia e dos
psicólogos (as) com respeito à ineficácia daquela e sua capacidade de
retroalimentação da violência, do crime e da criminalidade. (Copiado
literalmente do texto)

Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconhece as mazelas do sistema


prisional brasileiro e seu fracasso enquanto instituição capaz de funcionar
conforme a própria Lei de Execução Penal (LEP). Esta não é observada, ao
contrário é permanentemente descumprida. Cumpre ressaltar que a
inobservância da lei, suas diretrizes, seu caráter, etc., é fonte inesgotável de
sofrimento para os presos, mas também para os operadores do sistema,
advogados, psicólogos (as), assistentes sociais, professores, agentes
penitenciários, etc... (Copiado literalmente do texto)
A LEP tem como objetivo garantir os direitos dos condenados e assegurar a sua
reintegração social, com direitos: à educação, ao trabalho, à saúde e à assistência
social e além disso, concede a progressão de regime (de regime rigoroso para regime
mais leve em seu cumprimento), a liberdade condicional, que permite ao condenado
responder em liberdade, seguido aos requisitos preenchidos conforme no artigo 83 do
Código Penal e 131 a 146 da LEP, e por fim, a suspenção condicional da pena (torna
o sujeito privativo a liberdade, que presta serviços à comunidade ou não é permitido
sair de casa aos finais de semana. Foi implementada em 11 de julho de 1984 e é
regulamentada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).
Trata-se de uma lei federal brasileira referente a execução de princípios e normas da
Pena no Brasil.

O destaque é que não existem na LEP assistência psicológicas, um dos pontos


importantes a serem discutidos.

Recentemente, a resolução do CFP sobre a atuação dos psicólogos (as) no


sistema prisional foi suspensa (N.012/2011). (Copiado literalmente do texto)

A referida Resolução, ora suspensa, ao contrário, reconhecia como aspectos


fundamentais da atuação do psicólogo o respeito aos Direitos Humanos, à vida,
à não violência, às práticas libertadoras que atuem no sentido da promoção
dos sujeitos, grupos, famílias; e sobretudo no respeito à ética da profissão, cujo
Código (2005) não deixa dúvidas sobre o lugar e o papel do psicólogo (a) no
exercício da profissão. (Copiado literalmente do texto)

https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/a-
doutrina-na-pratica/suspensao-condicional-da-pena-2/suspensao-condicional-
da-pena#:~:text=A%20suspens%C3%A3o%20condicional%20da
%20pena,determinado%20tamb%C3%A9m%20na%20senten%C3%A7a%2C
%20de

Você também pode gostar