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LUDMILA GABRIELE DOS SANTOS SILVA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA:


LABORAÇÃO CLÍNICA DA TERAPIA COGNITIVA
COMPORTAMENTAL NA ADOLESCÊNCIA

Belo Horizonte
2022
LUDMILA GABRIELE DOS SANTOS SILVA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA:


LABORAÇÃO CLÍNICA DA TERAPIA COGNITIVA
COMPORTAMENTAL NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Instituição de ensino Faculdade Anhanguera, como
requisito parcial para a obtenção do título de graduado em
Psicologia.

Orientador: Amanda Mattos

Belo Horizonte
2022
LUDMILA GABRIELE DOS SANTOS SILVA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA:


LABORAÇÃO CLÍNICA DA TERAPIA COGNITIVA
COMPORTAMENTAL NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Instituição de ensino Faculdade Anhanguera, como
requisito parcial para a obtenção do título de graduado em
Psicologia.

Orientador: Amanda Mattos

BANCA EXAMINADORA

Ms. Jaqueline dos Santos Moreira

Ms. Rafael Mariano Soares

Belo Horizonte, 28 de novembro 2022


SILVA, LUDMILA, G. S. Transtorno de ansiedade generalizada: Laboração clínica
da terapia cognitiva comportamental na adolescência. 2022. 21p. Trabalho de
conclusão do curso de Psicologia – Faculdade Anhanguera, Belo Horizonte, 2022.

RESUMO

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica cujo objetivo central é de comprovar a


eficácia da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), no tratamento dos transtornos
de ansiedade, com enfoque no Transtorno de Ansiedade Generalizada, em crianças
e adolescentes. Foi realizada uma revisão bibliográfica de livros, dissertações e
artigos científicos publicados nos últimos dez anos. A identificação das fontes
consultadas para o desenvolvimento deste trabalho, foram o Manual de Diagnóstico e
Estatísticas dos Transtornos Mentais e Banco de Dados Bibliográficos do scielo.
Estudos comprovam que é comum esses transtornos surgirem na fase de transição
da infância para a adolescência, onde ocorre preocupações em excesso com
situações futuras, paradigmas familiares e questões que envolve o ambiente escolar.
Estudos clínicos comprovam que a TCC apresenta maior eficácia no tratamento dos
transtornos de ansiedade, que outras formas de psicoterapia, atualmente considerada
a principal abordagem cognitiva.
Palavras-chave: Ansiedade, TAG, Terapia Cognitivo Comportamental e Transtornos
na adolescência.
SILVA, LUDMILA, G. S. Generalized anxiety disorder: clinical laboration of cognitive
behavior therapy in adolescence. 2022. Twenty one pages. Work Completion of the
Psychology Course – College Anhanguera, Belo Horizonte, 2022.

ABSTRACT
This is a literature review study whose main objective is to prove the effectiveness of
Cognitive Behavioral Therapy (CBT) in the treatment of anxiety disorders, focusing on
Generalized Anxiety Disorder in children and adolescents. A bibliographic review of
books, dissertations and scientific articles published in the last ten years was carried
out. The identification of the sources consulted for the development of this work were
the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders and the scielo Bibliographic
Database. Studies show that it is common for these disorders to arise in the transition
phase from childhood to adolescence, where there are excessive concerns about
future situations, family paradigms and issues involving the school environment.
Clinical studies prove that CBT is more effective in the treatment of anxiety disorders
than other forms of psychotherapy, currently considered the main cognitive approach.

Keywords: Anxiety, GAD, Cognitive Behavioral Therapy and Adolescent Disorders.

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LISTA DE SIGLAS

OMS - Organização Mundial da Saúde

TAG - Transtorno de Ansiedade Generalizada

TCC - Terapia Cognitivo Comportamental

DSM-5 - Manual de Diagnóstico e Estatísticas dos Transtornos Mentais

TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo

DCVs - Doenças Cardiovasculares

SNA - Sistema Nervoso Autonômico


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS ............ 7
3. CAUSAS E EFEITOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ....................................................................... 11
4. A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DOS
TRANSTORNOS ANSIOSOS ................................................................................... 16
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO

A ansiedade é a preocupação excessiva e intensa, medo de situações


cotidianas ou futuras, e está presente em diversos transtornos psiquiátricos como,
transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico e fobias, e apesar de
serem diferentes entre si, todas apresentam o sofrimento da angústia e disfunção
relacionadas a ansiedade e o medo. Os transtornos de ansiedade são o tipo mais
comum de transtorno de saúde mental e atingem tanto adultos quanto crianças e
adolescentes, com prevalência estimada durante o período de vida de 9% e 15%
respectivamente. Segundo Castillo (2000) a ansiedade é um sentimento de medo
vago e desagradável, que se caracteriza por um desconforto ou tensão derivado de
uma antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.
O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade
no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização
Mundial da Saúde (OMS) 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e
a depressão afeta 5,8% da população. Pesam nesse cenário, dizem especialistas,
fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo
de vida em grandes cidades. Os dados da OMS mostram que o problema é global.
São 322 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo – 4,4% da população
e 18% a mais do que há dez anos. De acordo com a entidade, no Brasil, em 2015,
eram 11,5 milhões com a doença e 18,6 milhões com transtorno de ansiedade.
O interesse pelo tema veio a partir das necessidades que é possível identificar
em nossa sociedade atual, que é bastante caracterizada pela velocidade das ações.
As aspirações para o futuro, necessidade de crescimento pessoal e profissional, por
consequência acarretam as cobranças sociais, dos grupos ao qual o indivíduo está
inserido, o que gera uma população estressada e impaciente, totalmente propensas a
desenvolver transtornos de ansiedade. E se tratando do transtorno de ansiedade na
adolescência, é a fase de transição da criança onde ela passa a ter responsabilidades
de escolha, pois ainda na fase da infância a criança tem como referência maior os
pais ou responsáveis, na adolescência mudanças de forma geral vão acontecer, no

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corpo, na forma de interagir socialmente. E nessa fase alguns transtornos específicos
ligados diretamente a essa interação social podem ocorrer, como: Transtorno de
ansiedade de separação, Fobia Social, Pânico, Agorafobia e por fim o Transtorno de
Ansiedade Generalizada.
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), tem por objetivo flexibilizar e
ressignificar a forma patológica no processamento de informações, levando em
consideração que todos esses movimentos constantes que caracterizam a nossa
sociedade, tem por consequência pessoas com mentes agitadas. Sendo assim, de
que forma a abordagem clínica TCC, pode contribuir no tratamento de adolescentes
que desenvolvem a patologia Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)?
O objetivo central dessa pesquisa é enfatizar a relevância do tratamento da
abordagem clínica em questão, modificando padrões de pensamentos, com a
finalidade de reduzir sofrimentos, para que possam enfrentar processos de mudanças,
buscando alternativas e desenvolvendo estratégias, cuidando sempre da autoestima,
para que consigam enfrentar situações de forma assertiva.
Os objetivos específicos são, realizar um estudo metodológico acerca dos
Transtornos de Ansiedade, e suas principais causas e efeitos na sociedade
contemporânea. Compreender as causas e efeitos do Transtorno de Ansiedade
Generalizada (TAG) em crianças e adolescentes e destacar a importância da
psicoterapia no tratamento do transtorno de ansiedade.
O tipo de pesquisa realizada é uma Revisão de Literatura, análise crítica,
meticulosa e ampla das publicações em determinada área do conhecimento
(TRENTINI; PAIM, 1999). Que busca explicar e discutir um tema com embasamento
teórico e busca conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado tema
(MARTINS, 2001). E foi pesquisado; livros, dissertações e artigos científicos. O
período dos artigos pesquisados são trabalhos publicados nos últimos dez anos. O
pesquisador teve um contato direto, com todo o material coletado sobre o tema, não
sendo então uma repetição de algo estudado e publicado, mas um novo olhar sobre
o tema com um novo enfoque ou abordagem.

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2 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS

Para que se faça uma conceituação concreta com relação ao transtorno de


ansiedade, é importante diferenciá-lo de algumas sensações que podem ser
consequências diretas desse transtorno tão recorrente em diversos sistemas de saúde
na atenção primária.
Uma dessas sensações é o medo, que pode ser classificado como
proporcional, pois está ligado a algum objeto ou situação evidente. Portanto, "medo é
a avaliação de perigo; ansiedade é o estado de sentimento desagradável evocado
quando o medo é estimulado” (BECK et al., 1985, p. 9).
Diferente da fobia que é classificada como desproporcional em vista de que não possui
ligação direta com algum objeto ou situação real.
O pânico podemos classificar como resultado relativo e intenso do transtorno
de ansiedade pois é acompanhado de descarga autonômica adrenérgica e de acordo
com o DSM-5 (2020), ocorre de forma inesperada, sendo um surto de medo intenso,
e alcança picos em minutos onde os principais sintomas são: palpitações, coração
acelerado, taquicardia, sudorese, tremores, abalos, sensações de falta de ar ou
sufocamento.
Os sintomas da ansiedade são acompanhados por pensamentos negativos
com relação a situações futuras, que aciona a produção de hormônios que
contemplam a energia física e mental. Grazziano e Bianchi (2004) afirmam que a
ansiedade primária é extremamente comum e necessária para o homem lidar com
situações do cotidiano.
Segundo Lopes e Santos (2018), o TAG possui sintomas persistentes que
afetam uma variedade de comportamentos do indivíduo, em decorrer de situações
cotidianas, que geram um intenso estresse emocional como: briga no trânsito, a
disputa por uma vaga de emprego ou bolsa estudantil entre outras...

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Já nos tempos antigos (antiguidade clássica), a ansiedade, medo e fobia já
eram abordados e denominados como estados afetivos, e não eram diferenciados
entre si.
Quando alguém é, por natureza, de tal maneira propenso a ter medo de
tudo, até do chiar de um rato, diz-se que é bestialmente covarde e que a
sua covardia é bestial; aquele homem de quem se diz que tinha medo de
uma doninha era por doença Aristóteles (384-323 a.c)

Os estados afetivos eram considerados como características morais do


indivíduo, e não como transtornos psicológicos. A ansiedade passou a ser
considerada como entidade patológica, a partir do século XIX.

2.1 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

E segundo Lopes e Santos (2018) Transtorno de Ansiedade Generalizada, é


uma extensão da Ansiedade, e suas características são mais intensas, apreensão ou
preocupação excessiva com múltiplas questões do dia a dia. Pessoas que possuem
TAG, também apresentam sintomas como hiperatividade autonômica, nervosismo,
tensão muscular, dificuldade de concentração, irritabilidade, distúrbios de sono,
sudorese, náuseas, diarreia, cefaleia e respostas extremamente exageradas a
estímulos inofensivos. Para que seja possível um diagnóstico mais conciso é
importante que tais sintomas causem interferência direta no desempenho do indivíduo
ou sofrimento significativo.
Segundo Zuardi (2017) é considerado um dos transtornos mais
subdiagnosticados. Os pacientes não procuram diretamente um profissional de saúde
mental, optam pelo clínico geral ou médicos que sejam de outras especialidades em
decorrência também das queixas que em sua maioria são de sintomas vagos.
E de acordo com o DSM-V é um transtorno frequente, com uma prevalência ao
longo da vida entre 4,5 e 12% sendo um dos transtornos mentais mais comuns nos
serviços de atenção primaria.

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2.2 PATOGÊNESE

Segundo Zuardi (2017), estudos não conclusivos quanto a hereditariedade do


TAG, realizados com gêmeos, embora tenha sido constatado uma predisposição
herdada desse transtorno. Fatores psicológicos e ambientais apresentam grande
relevância no desenvolvimento do TAG. Em vista de que pacientes que desenvolvem
o transtorno, tendem a dar uma atenção maior a estímulos ameaçadores e interpretam
estímulos ambíguos como ameaçadores, geralmente apresentam características de
personalidade com neuroticismo e timidez.
De acordo com Lopes e Santos (2018), é comum que o transtorno se
desenvolva na infância ou adolescência, mas também pode ocorrer após os 20 anos
de idade, e nesse caso vem acompanhado de sintomas depressivos, o TAG tende a
ser crônico com componente importante de desenvolvimento no temperamento
ansioso. Os adolescentes têm maior prevalência entre 12 e 15 anos. Eles demonstram
medo exorbitante, preocupações e sentimentos de pânico.
Em nossa sociedade atual, nota-se um aumento considerável nos casos de
transtorno de ansiedade, e pode estar atrelado a diversos fatores como por exemplo,
a falta de planejamento cotidiano ou algum trauma experimentado, desestrutura
familiar ou até mesmo algum tipo de abuso físico ou psicológico. Para realizar um
diagnostico em crianças e adolescentes é importante que haja bastante cautela.

2.3 IMPACTOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE PARA A POPULAÇÃO EM


GERAL

Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) as DCVs (Doenças


Cardiovasculares) são doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos e
incluem principalmente: Doença Cerebrovascular, Doença Coronariana, Doença
Arterial Periférica, Doença Cardíaca Reumática, Cardiopatia Congênita, Trombose
Venosa Profunda, Embolia Pulmonar.

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E segundo dados da OPAS, essas doenças são a principal causa de morte no
mundo atualmente, com cerca de 17,9 milhões de pessoas mortas em 2015, o que
representou 31% do total de óbitos ocorridos no mundo. Diversos estudos apontam a
ansiedade como um fator de risco, assim como o tabagismo, sedentarismo e dieta rica
em gorduras.

Estudos comprovam que a altas chances de que a ansiedade possa aumentar


o risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Para realizar esta
correlação entre ansiedade e as DCVs, foi apontado teorias biológicas e
comportamentais, e uma dessas teorias mais contundentes e de que, acaba
ocorrendo uma atividade disfuncional do Sistema Nervoso Autonômico (SNA) e do
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, afetando o sistema cardiovascular. Outra teoria e
que o paciente ao descobrir alguma doença cardíaca, desenvolve o medo, anseio e
frustrações o que gera o quadro ansioso (ANGERMANN; ERTL, 2018).
Não há como negar a influência negativa da ansiedade para o coração, se
agravando mais quando se associa a algum outro quadro psicológico, como a
depressão (REAVELL et al.,2018).
Compreende-se então que o Transtorno de Ansiedade é um grande fardo para
o sistema de saúde público, por ser uma das condições mais prevalentes dentre as
doenças mentais, e levando em consideração os processos de mudanças que cada
indivíduo enfrenta, da infância até a fase adulta, acompanhando o ritmo acelerado da
sociedade contemporânea que tem necessidade de estar em constante movimento,
estudos já apontam que mais de um terço da população mundial será acometida com
esse transtorno.

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3 CAUSAS E EFEITOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Segundo dados da OMS, o Brasil possui a maior taxa de transtorno de


ansiedade do Mundo, afetando cerca de 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, quase
10% da população convive com esse transtorno, por isso é de extrema importância
identificar de forma precoce se os sintomas são de ansiedade comum, ou se o quadro
evoluiu, ocorrendo sintomas extremos característicos do TAG. E Segundo o DSM-5,
a maioria dos transtornos de ansiedade surgem na infância, não sendo devidamente
tratados tendem a evoluir.
Toda criança passa pela fase de transição, onde mudanças expressivas podem
contribuir de forma direta para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade. É de
suma importância a compreensão e cuidado dos pais, e adultos que participam
ativamente da vida dessas crianças, que ao se tornarem adolescentes passam a
assumir o papel principal nas tomadas de decisões dentro do seu ciclo de convivência
social.
Segundo Stallard (2013) às crianças com transtorno de ansiedade tendem a ter
preocupações mais intensas. E as principais áreas de preocupações estão
relacionadas a problemas de saúde, escola, desastres e danos pessoais, e as mais
frequentes relativas a amizades, aos colegas de sala, a escola e desempenho.
Também é necessário levar em consideração o contexto social ao qual o jovem
está inserido, situações de vulnerabilidade, onde ele está exposto a um alto risco de
violência, seja na própria família, ou situações violentas na comunidade e nas escolas,
podem causar desordens emocionais, depressão, desordens obsessivos-compulsivos
e ansiedade.
Portanto, "medo é a avaliação de perigo; ansiedade é o estado de sentimento
desagradável evocado quando o medo é estimulado” (Beck et al., 1985, p. 9).

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Ainda segundo Stallard, as principais comorbidades associadas aos
transtornos de ansiedade são depressão, transtornos de ansiedade mais específicos
– como o transtorno de ansiedade de separação – e abuso de álcool.

As crianças com transtorno de ansiedade têm um risco aumentado de abuso


de álcool quando adolescentes. Uma hipótese levantada é que os efeitos do
álcool podem ser usados como uma maneira de reduzir ou aliviar sintomas
desagradáveis de ansiedade. Alguns estudos longitudinais demonstram que
muitos transtornos de ansiedade em crianças persistem na idade adulta.
(STALLARD, 2013, p. 76)

3.1 OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE DESENVOLVIDOS NA INFÂNCIA

Alguns dos transtornos de ansiedade mais comuns que podem ser


desenvolvidos nessa fase de transição das crianças são: transtorno de pânico,
agorafobia, fobia social, fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático,
transtorno obsessivo compulsivo e transtorno de ansiedade generalizada. De acordo
com o DSM-5 (2020), o Transtorno do Pânico ocorre de forma inesperada, sendo um
surto de medo intenso, e alcança picos em minutos onde os principais sintomas são:
palpitações, coração acelerado, taquicardia, sudorese, tremores, abalos, sensações
de falta de ar ou sufocamento.

Segundo Levitan (2008) a Agorafobia é o medo de locais abertos, e de sair de


casa ou de situações em que não é possível obter ajuda, resumidamente pessoas que
possuem o transtorno em questão tendem a evitar questões sociais.

A fobia social segundo o DSM-5 (2020), é o medo intenso de uma ou mais


situações sociais ou desempenho.

Já as Fobias Específicas segundo o Manual, é o medo excessivo relacionado


com uma situação ou objeto específico, que pode se desenvolver após um evento
traumático.

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O Transtorno de Estresse Pós-traumático, é o medo de separação de pessoas
amadas após eventos traumáticos, no caso de crianças e adolescentes podemos citar
situações como, divórcio entre os pais, situações de abandono e negligência da família
e o luto pela perda de um familiar ou pessoas próximas.(APA, 2013)

Segundo Rosário e Campos (2000), o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)


é a presença de obsessões e compulsões, pensamentos, ideias, imagens e impulsos,
que surgem de forma incômoda criados através de um substrato da mente. E
comportamentos e atos mentais repetitivos que são realizados na tentativa de reduzir
os sintomas da ansiedade gerados pelas obsessões.

E por fim o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que segundo a


neuropediatra Deborah Kerches (2019), que além de preocupações com questões
escolares, e futuras, se preocupam também com questões do dia a dia como o que
vestir, finanças da família, bem-estar e seguranças dos familiares e animais de
estimação, e de forma excessiva com relação ao clima, morte, guerras e acidentes.

A criança com TAG, se não assistida adequadamente, tende a se isolar, a


apresentar queda de rendimento escolar, evitar as mais variadas situações e
pode desenvolver depressão. Tudo isso reforça a importância de os pais
estarem atentos e não hesitarem em buscar ajuda médica tão logo notem
sinais de ansiedade excessiva em seus filhos. (Debora Kerches, 2019)

Portanto os Transtornos de ansiedade podem afetar de forma intensa a vida


funcional desses jovens.

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3.2 ASPECTOS CLINICOS

Para citar um dos maiores efeitos dos transtornos de ansiedade nessa fase de
transição da infância para adolescência, é necessário compreender o que são as
funções executivas.

São definidas por um conjunto de processos cognitivos complexos


responsáveis pelo funcionamento de subprocessos para que se cumpra as metas, são
necessárias para a concentração, atenção e realizar atividades de forma automática
e através do instinto (ELLIOT; SALTHOUSE; DIAMOND, 2013). Ou seja, a habilidade
de realizar atividades diárias, como tarefas escolares, habilidade de comunicação e
raciocínio logico, e atividades de interação.

Um dos efeitos são danos cognitivos ligados diretamente a memória, a atenção


e funções executivas que acabam diminuindo o rendimento escolar e dificultando
também suas relações sociais. (CARVALHO; COSTA; SIEGEL, 2016).

E a adolescência é um período de suma importância no desenvolvimento


dessas funções, pois está diretamente ligada ao amadurecimento do córtex pré-
frontal, e problemas de ordem cognitivo e psicológicos podem se agravar nessa fase
comprometendo tais funções (CAVALCANTE et al., 2015).

Rodrigues (2011), através de sua revisão nos traz estudos realizados com
crianças e adolescentes que possuem TAG e por consequência déficits nas funções
executivas. Comprovam que possuíam prejuízos no lobo frontal que estão
relacionados a; flexibilidade cognitiva, controle inibitório e tomada de decisões.

Crianças com ansiedade tendem a ser conscientes de seu sofrimento e os


responsáveis e professores acabam subestimando a gravidade e consequências
desse transtorno na vida funcional dessas crianças (Connolly et al; 2007).

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Segundo Asbahr (2004), até a década de 80, acreditava-se que o medo em
excesso durante o período da infância era comum e não causava danos. Já na
atualidade é reconhecido que pode gerar quadros patológicos, como; a depressão, o
abuso na utilização de substâncias químicas, e suicídio já na fase adulta. O que gera
sofrimento prejudicando atividades relacionadas a vida da criança e do adolescente,
portanto identificar o transtorno o mais breve possível pode evitar situações negativas
como: faltas na escola que por consequência não ocorre a evasão escolar, reduzir
queixas e sintomas e o uso em excesso dos serviços de pediatria e problemas
psiquiátricos na vida adulta.

Ainda segundo Asbahr (2004), apesar da alta prevalência os transtornos de


ansiedade na infância ainda são subdiagnosticados, e como consequência da falta de
tratamento adequado, podem privar a criança de interações familiares, sociais e
educacionais. E o tratamento ideal se dá por meio de combinações de várias
intervenções como a Cognitivo-Comportamental, a ajuda da família e em situações
especificas a medicamentosa.

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4 A IMPORTANCIA DA PSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DOS
TRANSTORNOS ANSIOSOS

Assim como a depressão os transtornos ansiosos são queixas frequentes em


nossa sociedade atual, e por consequência as Unidades Básicas de Saúde tornaram-
se um campo importante de atuação dos psicólogos.

Contudo a Psicologia da saúde se consolidou na década de 1970, sendo assim


podemos considerar que a atuação dos psicólogos no contexto da saúde pública é
recente (ALMEIDA; MALAGRIS, 2011).

Com o objetivo então de modificar hábitos e comportamentos decorrentes das


dificuldades cotidianas enfrentadas pela população que faz uso dos serviços de
saúde, o profissional de psicologia consegue ter uma atuação consistente no que
tange os sistemas de saúde pública (Amaral & Gonçalves et al; 2012).

Como fatores psicológicos e ambientais são componentes da gênese do TAG,


abordagens psicoterápicas, são prioritárias no tratamento desse transtorno. O
tratamento farmacológico também deve ser levado em consideração de acordo com
o caso apresentado, mas não é indicado como única opção terapêutica (Zuardi, 2017).
A abordagem clínica mais indicada, que possui maior eficácia comprovada é a
Terapia Cognitivo-Comportamental. Estudos clínicos comprovam que a TCC
apresenta maior eficácia que outras formas de psicoterapia. Atualmente é considerada
por muitos a principal abordagem cognitiva, sendo constituída por conceitos e técnicas
comportamentais, diferenciando-se umas das outras de acordo com enfoque,
cognitivo ou comportamental (Souza & Candido, 2010).
É uma abordagem que se caracteriza como um sistema de psicoterapia que se
fundamenta na teoria de que a forma como o indivíduo estrutura suas experiências,
determina seus sentimentos e comportamentos (Dattilio & Freeman, 1998). Sendo

16
assim, de acordo com a teoria, os sentimentos e comportamentos não são afetados
por situações, mas sim a forma como as pessoas interpretam essas situações.
Portanto o terapeuta tem como enfoque inicial, identificar pensamentos
disfuncionais e reestruturar a cognição do jovem, modificando padrões de
comportamento, com o objetivo de reduzir os sintomas, utilizando de técnicas que
contribuam diretamente na eficácia do tratamento. É importante frisar que o indivíduo
participa ativamente das sessões de psicoterapia.

As psicoterapias, que são realizadas de acordo com a interação entre


paciente e terapeuta, buscam conduzir o paciente e o terapeuta, buscam
conduzir o paciente a um estado de adaptação maior, envolvendo seus
comportamentos e sentimentos, ou seja, restabelecer seu equilíbrio mental.
(Wauke et al.,2004, p.2)

4.1 CONCEITUALIZAÇÃO DA TERAPIA-COGNITIVO COMPORTAMENTAL

A TCC foi criada no ano de 1960, por Aaron Beck, e de forma geral é uma
abordagem que tem como enfoque proporcionar ao paciente, através de técnicas, que
tenha contato com pensamentos disfuncionais que interferem diretamente em seu
humor e comportamento (Beck, 2013). Portanto a TCC se baseia no poder dos
pensamentos gerando os sentimentos, e muitas vezes os pacientes não conseguem
identificá-los (Clark & Beck, 2012).
A terapia em questão, não é um modelo sequencial, não ativa situação,
pensamento e emoção, funciona como uma interação mutua de pensamentos,
sentimentos ,situações fisiológicas e ambiente, e então a terapia se inicia a partir da
modificação desses pensamentos, o que por consequência gera um impacto de todas
as situações citadas acima, Portanto pode-se considerar que identificar tais padrões
de comportamentos são o enfoque do trabalho realizado com a TCC, e também o
comportamento (Knapp et al., 2007).
A TCC é testada de forma ampla desde a publicação dos primeiros estudos
científicos em 1977 (Rush et al., 1977). E estudos comprovam que existem mais de

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2.000 pesquisas cientificas que comprovam a eficácia da TCC, em diversos tipos de
transtornos psiquiátricos (Beck & Judith et al., 2022, p. 36).

4.2 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: EFICACIA COM O TAG

A TCC no tratamento do TAG demonstra resultados positivos, na redução dos


sintomas melhorando de forma gradativa a vida funcional do indivíduo. É algo que se
pode comprovar, devido a um estudo comparativo realizado por Hunot et al., 2007). O
estudo foi realizado a partir de 25 trabalhos que possuíam um total de 1305
componentes e cerca de 22 desses trabalhos foram de comparações e integrações
de resultados com propostas similares. E como resultado foi comprovado que pessoas
atendidas através de psicoterapias baseadas nos princípios da TCC obtiveram uma
maior probabilidade de reduzir os sintomas de ansiedade no final do tratamento. Com
um percentual de 46% de respostas positivas em comparação a pessoas que
receberam um tratamento habitual.
Clark & beck (2012), enfatizam que as primeiras intervenções precisam se
concentrar em mostrar ao indivíduo portador do TAG, que o mesmo precisa aprender
a diferenciar preocupações reais das irreais, excessivas e patológicas, de tal forma
que o paciente tenha a possibilidade de analisar os níveis das suas preocupações, de
modo que consiga controlá-las.
A TCC também tem sido bastante utilizada no tratamento de idosos, e um
estudo realizado na China com 63 idosos com TAG, que teve como objetivo comprovar
a eficácia da abordagem em questão com enfoque na intolerância e incertezas dos
idosos, mostrou ser eficaz comparando com a lista de espera de (Hui & Zhihui, 2016).
Outro estudo realizado por Rosnick et al. (2016) com adultos com TAG teve
como enfoque a eficácia da TCC nos níveis de cortisol desses indivíduos, comparando
com indivíduos que receberam o tratamento da abordagem combinado ao uso da
medicação, e indivíduos que receberam apenas a medicação, e a diferença é
significativa, sendo que os que receberam o tratamento combinado tiveram um
resultado positivo e de maior relevância na diminuição dos níveis de cortisol.

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A eficácia também está sendo testada quando é realizada via telefone, muitas
pessoas residentes das zonas rurais e idosos, encontram dificuldades no
deslocamento. Sendo assim Brenes & Miller et al. (2015), compararam a TCC
Telefônica com um tipo de terapia não-diretiva, houve uma redução na preocupação,
sintomas da TAG e sintomas de depressão.
E além de estudos que comprovam a eficácia da TCC via telefone, também a
estudos que demonstram sua eficácia através da internet Paxling et al, (2011).
constatou-se a eficácia da TCC no tratamento da TAG, e através da internet é possível
aumentar a acessibilidade das pessoas portadoras desse transtorno entre outros.

4.3 A EFICACIA DA TCC NO TRATAMENTO DO TAG EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES

Os transtornos ansiosos geralmente podem se iniciar na infância, e nas


crianças e adolescentes é possível identificar mudanças no desenvolvimento
emocional, o que pode influenciar a maneira como se manifesta o medo e
preocupações, sendo normais ou patológicas (Asbahr, 2004).
O tratamento com crianças seguindo os preceitos da TCC precisa ter
planejamento e se desenvolver através de estratégias, que apresente resultados
positivos.
E segundo Pureza et al., (2014), todo o processo de planejamento exige
conhecimento, é necessário a identificação e compreensão sobre suas queixas, pois
são pontos fundamentais para realizar o planejamento da abordagem TCC.
É necessário a realização de uma anamnese, a fim de compreender os
aspectos emocionais da criança e ambiente ao qual está habituada.
Segundo Lopes & Lopes (2013, p. 23), a prática clínica TCC tem demonstrado
que uma anamnese realizada de forma mais completa garante uma melhor condução
dos casos.
E segundo Friedberg et al. (2011), existem algumas intervenções no contexto
da TCC para crianças com ansiedade que são: psicoeducação, reconhecimento e

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manejo das emoções, questionamento de pensamentos e desenvolvimento de
cognições que reduzem a ansiedade, identificação de cognições distorcidas que
aumentam a ansiedade, exposição e prática, automonitoramento, reforço e
preparação para reveses.
Há resultados positivos das intervenções da TCC em crianças que possuem
ansiedade, que indefere se são realizadas de forma individual, grupal ou familiar.
Sessões parentais demonstram resultados satisfatórios, cerca de 64% dos casos as
crianças já não apresentavam o diagnóstico principal no final do tratamento.
Dugas et al. (2010), realizou um trabalho, onde os resultados da TCC
comparado a outros tipos de tratamentos, em indivíduos portadores da TAG, que
foram realizados durante uma hora por semana, ao longo de 12 semanas, e
avaliações aos 6, 12 e 24 meses de acompanhamento, os resultados apresentados
pela TCC, foram os melhores e apresenta essa melhora de forma contínua.
A fase de transição da criança entre infância e adolescência é a mais complexa
e onde geralmente o transtorno tende a progredir, em decorrência das mudanças que
o indivíduo sofre, com relação as próprias aspirações e mudanças físicas.
Kendall (1994), realizou um estudo com a TCC em crianças e adolescentes
com transtorno de ansiedade, onde 47 crianças e adolescentes entre 9 e 13 anos
portadoras do TAG, transtorno de ansiedade de separação e o evitativo. Foram
expostas durante oito semanas a outra forma de tratamento e a TCC, após dezesseis
semanas pode se observar que além da melhora em avalições auto aplicativas e
parentais, 66% dos pacientes já não apresentavam mais diagnósticos relacionados ao
transtorno de ansiedade. E posteriormente Kendall et al (1997), realizou outro estudo
similar ao primeiro, onde 53% dos pacientes tratados com a TCC não apresentaram
diagnóstico de ansiedade.
Portanto é possível comprovar a eficácia da TCC, no tratamento de crianças e
adolescentes portadoras do TAG, através de dados comprovados cientificamente
através deste estudo de revisão de outros autores, é possível compreender melhoras
significativas após os pacientes serem tratados por profissionais que seguiram as

20
diretrizes da abordagem em questão, através do vínculo terapêutico estabelecido,
com o objetivo de reestruturar o cognitivo desses pacientes, realizando a modificação
de padrões de pensamentos, para assim ajudar na redução do sofrimento, e obter
resultados positivos ao final de cada estudo realizado.
A TCC se mostra efetiva no tratamento do TAG, utiliza técnicas de relaxamento,
resolução de problemas, planejamento de atividades de recreação, foco no tratamento
para a mudança e controle antecipado da preocupação e da catastrofização (Linden
et al., 2005).

21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desse estudo de revisão bibliográfica, foi possível compreender as


especificidades dos transtornos ansiosos, mas também o quanto as emoções e o
comportamento ao lidar com situações significativas para cada indivíduo, tem
influência direta no desenvolvimento de tais transtornos, principalmente se tratando
do TAG, e o mais importante foi identificar que seu desenvolvimento pode se iniciar,
na fase de transição da infância para a adolescência.
Levando em consideração que nossa sociedade contemporânea, que tem
como uma característica marcante, a velocidade das ações, marcada por mudanças;
políticas, sociais, econômicas e tecnológicas. Foi necessário compreender a
importância de se buscar alternativas e métodos que possam ser eficazes, no
tratamento.
Assim foi possível concluir que a abordagem clínica TCC, é a mais indicada no
tratamento do TAG, em vista de que, ela busca reestruturar o cognitivo ou seja
modificar os padrões de pensamentos, para que assim o próprio paciente, a partir da
relação mutua desenvolvida com o terapeuta, ressignifique comportamentos, lidando
da melhor maneira possível com suas emoções, tendo como consequência a
diminuição dos sintomas ansiosos, para que consiga enfrentar os processos de
mudanças.

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