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FACULDADE DE SINOP

CURSO DE PSICOLOGIA
8° SEMESTRE

ANDERSON MENESES DA SILVA

SINOP-MT
2016

Professora: Luiza Alvarenga Marques de Medeiros Marques

Trabalho Acadêmico Orientado


apresentado à disciplina de
Psicologia Ambiental do Curso de
Psicologia da Faculdade de Sinop -
FASIPE, como requisito para a
obtenção de nota no segundo bimestre.
A PSICOLOGIA DAS CORES: COMO AS CORES AFETAM A EMOÇÃO E A RAZÃO

Anderson Meneses da Silva

A cor é uma percepção que altera a nossa maneira de sentir, interpretar, visualizar e
elaborar as coisas, os objetos, que nos cercam, e as cores do universo que nos rodeiam, são
provocadas pela ação de um feixe chamado de fótons sobre as células especializadas da nossa
retina. Quando se fala em cores, busca uma reflexão do seu impacto sobre o nosso
comportamento, nosso campo semântico e o nosso estado de espirito, além das variedades que
refletem todo o seu contexto. A cor é assimilada através dos sentidos da visão que conduz
rapidamente a informação ao cérebro, desta forma como condiz o senso comum que “os olhos
são as janelas da alma”. Os primeiros estudos com cores tiveram início em 1666 quando Isaac
Newton, descobriu que a luz branca, ao passar por um prisma separava-se e diversas cores,
mais tarde descobriu-se que a mistura e suas combinações resultavam em outros tons, porém
foi o alemão Wolfgang Von Goethe que criou a “Teoria das Cores’ como conhecemos.
Nesta relação tal cor poderia desencadear reações como sentimentos, emoções como
alegria, tristeza, raiva, ou melancolia um estado de espirito sem reconhecimento do ser. Nosso
cérebro é capaz de perceber, sentir, ouvir e ao mesmo tempo associar coisas, situações,
traumas, sentimentos, emoções e comidas com cores isso porque o cérebro não consegue
dividir situações dos seus pares apesar do nosso estado emocional estar ligado aos significados
de toda sua parte que foi arquivado em nossa memória de longo prazo, o azul é uma das cores
que está associado a imensidão do céu, água, se relacionando com a calma, pureza, e a
amplitude, nos auxilia a deixar o óbvio e buscar soluções criativas, apesar de que o azul não é
uma cor que não chama muita atenção, porém encontra-se com facilidade em nossos dia-a-dia,
na psicologia das cores é associado a: confiança, segurança, calma, profundidade, estabilidade,
sucesso, saúde e cura, produzindo efeitos de reflexão e contemplação.
O vermelho é uma cor em destaque na sua intensidade está relacionado a sobrevivência
ao sangue, pressão arterial e está ligado as emoções fortes como raiva por exemplo. Aristóteles
acreditava que as cores eram comprimentos de ondas, mas que as cores eram determinadas pela
fusão entre claridade do dia e a escuridão da noite.
Segundo FARINA(1990) nas artes visuais, a cor não é apenas um elemento decorativo
ou estético. É o fundamento da expressão. Está ligado à expressão de valores sensuais e
espirituais”. A cor possui valor de expressividade fatores como movimento, peso, equilíbrio, o
espaço e a sua utilização que definem, as cores podem melhorar e até piorar o nosso bem-estar,
podemos estar em um dia o qual quando olhando refletimos sobre o nosso passado teremos
momentos ruins associados as cores.
Cientista afirmam que existe uma correlação entre as cores e as doenças, sendo que
muitas destas podem influenciar na cura das mesmas, por exemplo o azul ajudaria nas doenças
dos olhos, nariz e pulmões, o vermelho para estômago, o fígado e aço, o verde para o sistema
nervosos, o aparelho digestivo entre outas.
Segundo Carl Yung (1966) psiquiatra renomado e defensor da terapia da arte afirma que
“as cores são a língua nativa do subconsciente”, acreditava que as opções de cores que
escolhemos refletem um significado mais profundo sobre os traços da personalidade, por
exemplo, introvertidos e extrovertidos tendem a escolher cores diferentes- azul e vermelho
respectivamente, portanto as cores que escolhemos para vestir podem dizer algo sobre como
você está se sentindo naquele dia. Isto diz muito quando relacionamos as cores ao nosso estado
de humor.
Arte terapia é uma das modalidades que trabalham com as cores que tem por objetivo o
resgate não só da dimensão integral do homem bem como o autoconhecimento e transformação
pessoal. O azul apresenta uma importância na relação com o autismo onde leva ao equilíbrio e
momentos de calma ajudando nos momentos de sobrecarga sensorial, sendo também a cor que
marca a conscientização pelo autismo durante o mês de abril por que a síndrome é mais comum
nos meninos do que nas meninas (autismo clássico).
A cor não é tanto um fenômeno natural quanto uma construção cultural complexa,
rebelde a toda generalização ou análise, declarou o historiador da cor (PASTOREAU, 2000). O
tema nos mostra o quanto a cor apresenta dificuldades de toda ordem, desde a de preservação
no tempo (olhamos as cores tais como nos mostra) até as mudanças sociais e culturais dos que
os observam.
Em 1931 Siegfrid Katz psiquiátrico revelou que a cor mais popular entre pessoas com
algum problema mental é o azul, uma pesquisa feita com 134 paciente psiquiátricos
hospitalizados, embora as cores são utilizadas em tratamentos de doenças como a cromoterapia,
porém o cromoterapeuta é um profissional que trabalhara as doenças com cores, o mesmo deve
analisar detalhes, buscando associar os sintomas as causas emocionais, a cromoterapia não trata
apenas os sintomas, ela trabalha a causa do desequilíbrio energético , ou seja, atinge o campo
energético dos órgãos e sistemas o uso das cores é de fundamental onde é preciso estimular o
paciente a querer trabalhar em conjunto.
As cores não estão associadas apenas aos estados emocionais mais também costumam
ser utilizadas em técnicas de relaxamento e meditação, são também um veículo de comunicação
do inconsciente com o mundo exterior.
Quando o ser humano associa cores com situações de sua vida ele ativa áreas do cérebro
responsáveis por armazenar memórias emocionais associadas as cores, o ato de pensar numa
situação em si gera primeiramente a imagem com as cores predominantes logo as reações
emocionais envolvidas e o evento que desencadeou, portanto as cores fazem parte do nosso
contexto cultural e emocional, existe todo um referencial singular a cada cor e a cada ser
humano.
No âmbito educacional as cores são essenciais para trabalhar no auxilio educacional e
terapêutico, o efeito produzido pela cor é direto e espontâneo a verdade é que todas
experiências comprovam a validade da cor na terapia ou quando se deseja não usar
determinadas cores para evitar tais efeitos psíquicos ou fisiológicos. Seguindo esse pressuposto,
Jackson (1994) diz que o fenômeno da cor está na mente, devendo ser estudado levando em
consideração as características fisiológicas, físicas e psicológicas envolvidas no processo da
visão.
Neste contexto ressalta-se a importância o processo, a medida que envelhecemos
passamos escolher cores mais neutras, aqui sendo o fator cultural provavelmente responsável
por essa mudança. Segundo Pantaleo (2004, os livros infantis ilustrados nos últimos tempos
estão mudando quanta narrativa, os aspectos verbais, os tipos de enredo, a forma de finalizar a
narrativa, o arranjo espacial do texto, uso das palavras onomatopéticas etc.

Conclusão

Nesta análise foi elaborado como as cores influenciam no comportamento humano, e os


seus aspectos relacionados a cultura, e as ligações neurais entre estados emocionais envolvendo
as cores, é de certa forma coerente ao seu modo de percepção, portanto as cores retratam não só
a sua forma de equilíbrio como sua característica especifica, sobre como cada cor influência de
modo diferente, como ela emite o seu reflexo através das emoções e assim por diante. Pode-se
dizer que apesar das diferenças as cores sempre predominam acerca do ser humano provocando
estímulos e reações, as cores são elementos da natureza assim como propõe funções de
qualidade hospitais usam branco e azul a cor azul na mensagem sobre autismo e diversas
categorias que subdividem sua função.

Referências

EVA HELLER, A PSICOLOGIA DAS CORES COMO AS CORES AFETAM A EMOÇÃO E A


RAZÃO. Tradução. Maria Lúcia Lopez da Silva.1. São Paulo. Garam ond Ltda. 2014

Guimarães, Luciano (2000). A cor como informação. São Paulo: Annablume.

Pastoureau, Michel (2000. Universos de arte. Rio de Janeiro: Campus.

www.eusemfronteiras.com.br/suas-emoçoes-reveladas-pelas-cores.2002/saúdedocorpo saúde
da mente.
www.lite/amenteemaravilhosa.com.br/influencia-das-cores-nos-estados-emocionais

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