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Tipo do Documento PROTOCOLO PRT.XXX.

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Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas

SIGLAS E CONCEITOS..........................................................................................................................
OBJETIVO GERAL..................................................................................................................................
AVALIAÇÃO INICIAL..............................................................................................................................

SUMÁRIO

1. Introdução
1. Objetivo
2. Avaliação inicial
1. Exame físico e AUDIT- teste para identificação de problemas relacionados ao
uso de álcool
2. Avaliação da gravidade do uso de substâncias
3. Suporte psicossocial
1. Aconselhamento individual ou em grupo
2. Terapia comportamental
3. Suporte familiar e envolvimento na recuperação
4. Encaminhamento para programas de tratamento de longo prazo
4. Considerações especiais
1. Desintoxicação em pacientes com comorbidades psiquiátricas
2. Desintoxicação em pacientes com doenças médicas graves
3. Desintoxicação em populações específicas (gestantes, adolescentes, idosos,
etc.)
5. Referências bibliográficas
1. Estudos e pesquisas que embasam as diretrizes
2. Fontes de informação utilizadas na elaboração do protocolo
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Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas

SIGLAS E CONCEITOS

CAPSAD - Centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas.

AUDIT - Alcohol Use Disorders Identification Test

PROTOCOLO - instrumento de padronização de condutas que abrange conceitos,


metodologias, propedêutica e terapia, com objetivo de otimizar a qualidade assistencial.
Deve fornecer elementos de apoio à decisão e ao manejo clínico, além de orientar a
organização do processo de trabalho, estabelecendo fluxos integrados e medidas de
suporte, definindo competências e responsabilidades dos serviços, das equipes e dos
profissionais. Sua aplicação deve resultar em melhoria da qualidade do atendimento,
eficiência e efetividade clínica.

OBJETIVO GERAL

O protocolo de desintoxicação visa fornecer uma abordagem segura e eficaz para o processo
de retirada de substâncias psicoativas, incluindo álcool e outras drogas, dentro do ambiente
do centro de atenção psicossocial (CAPSAD).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Aliviar os sintomas existentes ;

Prevenir o agravamento do quadro como convulsões e delírios;

Vincular o paciente ao tratamento da dependência propriamente dito;

Prevenir a ocorrência de síndromes mais graves no futuro.

AVALIAÇÃO INICIAL

O exame físico para pacientes do CAPSAD geralmente envolve uma avaliação completa do
estado físico do paciente, com foco nas áreas mais afetadas pelo uso de substâncias
psicoativas. Seguem áreas e aspectos que devem ser avaliados durante o atendimento:
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Sinais vitais: Verificação da pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e


temperatura corporal. Esses sinais podem fornecer informações sobre o estado geral de
saúde do paciente.

Avaliação do Sistema Nervoso Central (SNC): Observação de possíveis sinais de intoxicação


aguda ou déficits neurológicos decorrentes do uso de substâncias, como anormalidades
motoras, tremores, reflexos anormais, alterações de consciência, entre outros.

Avaliação do Sistema Respiratório: Ausculta dos pulmões para detectar possíveis


anormalidades, como ruídos respiratórios anormais, presença de crepitações pulmonares ou
sibilos, que podem estar relacionados a complicações respiratórias decorrentes do uso de
drogas.

Avaliação do Sistema Cardiovascular: Ausculta do coração para detectar possíveis alterações


no ritmo cardíaco, sopros cardíacos ou outros achados relevantes para a saúde
cardiovascular do paciente.

Avaliação do Sistema Gastrointestinal: Palpação abdominal para identificar sensibilidade,


massas ou órgãos aumentados de tamanho, que podem estar relacionados a problemas
hepáticos, gastrintestinais ou complicações associadas ao uso de substâncias.

Avaliação do Sistema Musculoesquelético: Verificação de possíveis lesões musculares,


fraquezas, tremores ou sinais de abstinência que possam afetar a mobilidade e a função
física do paciente.

Avaliação da Pele: Observação de possíveis lesões cutâneas relacionadas ao uso de drogas,


como marcas de injeção, úlceras, erupções cutâneas, lesões de pele ou sinais de infecção.

Avaliação dos Sistemas Endócrino e Metabólico: Verificação de possíveis alterações


hormonais ou metabólicas, como ganho ou perda de peso significativos, distúrbios do sono,
alterações na distribuição de gordura corporal, entre outros.

AUDIT

Todos os pacientes que fazem uso de álcool com pontuação maior do que 15 no
questionário (AUDIT) ou aqueles encaminhados de outros pontos da Rede de Atenção à
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Saúde para serviços especializados, devem passar por uma avaliação abrangente que inclui o
consumo de álcool e sua gravidade.

Aplique o questionário AUDIT completo: Composto por dez questões que investigam o
padrão de uso de álcool nos últimos 12 meses. O valor da soma dos pontos das dez
questões, indica a presença e a intensidade dos problemas relacionados ao álcool.

1. Com que frequência você toma bebidas 6. Quantas vezes, ao longo dos últimos 12 meses, você
alcoólicas? precisou beber pela manhã para se sentir bem ao longo
dia após ter bebido bastante no dia anterior?

(0) Nunca [vá para a questão 9] (0) Nunca


(1) Mensalmente ou menos (1) Menos do que uma vez ao mês
(2) de 2 a 4 vezes por mês (2) Mensalmente
(3) de 2 a 3 vezes por semana (3) Semanalmente
(4) 4 ou mais vezes por semana (4) Todos ou quase todos os dias
2. Quando você bebe, quantas doses você 7. Quantas vezes, ao longo dos últimos 12 meses, você s
consome normalmente? sentiu culpado ou com remorso depois de ter bebido?
(0) 1 ou 2 (0) Nunca
(1) 3 ou 4 (1) Menos do que uma vez ao mês
(2) 5 ou 6 (2) Mensalmente
(3) 7 a 9 (3) Semanalmente
(4) 10 ou mais (4) Todos ou quase todos os dias
3. Com que frequência você toma 5 ou mais 8. Quantas vezes, ao longo dos últimos 12 meses, você fo
doses de uma vez? incapaz de lembrar o que aconteceu devido à bebida?
(0) Nunca (0) Nunca
(1) Menos de uma vez ao mês (1) Menos do que uma vez ao mês
(2) Mensalmente (2) Mensalmente
(3) Semanalmente (3) Semanalmente
(4) Todos ou quase todos os dias (4) Todos ou quase todos os dias
Se a soma das questões 2 e 3 for 0, avance
para as questões 9 e 10.
4. Quantas vezes, ao longo dos últimos 12 9. Alguma vez na vida você já causou ferimentos ou preju
meses, você achou que não conseguiria você mesmo ou a outra pessoa após ter bebido?
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parar de beber uma vez tendo começado?


(0) Nunca (0) Não
(1) Menos do que uma vez ao mês (2) Sim, mas não nos últimos 12 meses
(2) Mensalmente (4) Sim, nos últimos 12 meses.
(3) Semanalmente
(4) Todos ou quase todos os dias
5. Quantas vezes, ao longo dos últimos 12 10. Alguma vez na vida algum parente, amigo, médico ou o
meses, você, por causa do álcool, não profissional da saúde já se preocupou com o fato de vo
conseguiu fazer o que era esperado de beber ou sugeriu que você parasse?
você?
(0) Nunca (0) Não
(1) Menos do que uma vez ao mês (2) Sim, mas não nos últimos 12 meses
(2) Mensalmente (4) Sim, nos últimos 12 meses.
(3) Semanalmente
(4) Todos ou quase todos os dias

O escore do AUDIT auxilia na escolha da conduta terapêutica para cada nível de gravidade.

Escores Nível de risco

0-7 Baixo

8 - 15 Baixo/moderado

16 - 19 Moderado

20 - 40 Alto
Fonte: Adaptado de AUDIT: the Alcohol Use Disorders Identification Test: guidelines for use
in primary health care. Geneva: WHO, 2001; Cadernos de Atenção Básica: Saúde mental (n°
34). Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

● Avalie outros marcadores diagnósticos se disponíveis: Sugere-se na avaliação inicial a


solicitação de hemograma completo, função hepática, função renal, perfil lipídico e
dosagem de vitamina B12. Algumas alterações podem predizer problemas relacionados
ao álcool:
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● Gamaglutamiltransferase (GGT) (elevação moderada/alta > 35 unidades) está


aumentada no uso agudo de álcool; volume corpuscular médio (VCM) elevado pode
sugerir um transtorno mais crônico; alteração nos testes de função hepática devem
ser monitorados (p. ex., alanina aminotransferase e fosfatase alcalina)

● Marcadores potenciais de consumo: elevações nos níveis de lipídios (p. ex.,


triglicerídeos e colesterol HDL) ou ácido úrico

● Sinais físicos de consumo intenso: Tremor, instabilidade na marcha, insônia,


disfunção erétil

Categorias de consumo de álcool de acordo com o DSM-5*, escore Audit e intervenção


AUDIT: Alcohol Use Disorders Identification Test
*Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders, DSM-5).

Escore
Categorias Homens Mulheres INTERVENÇÃO
AUDIT
Abstêmios Sem consumo de álcool nos últimos doze 0 Avaliação em
meses consulta de
rotina

Questionar sobre
uso de álcool
prévio
Consumo 14 doses de álcool 7 doses ou menos 1-7 Avaliação em
moderado ou menos por por semana e não consulta de
semana e não mais mais do que 3 em rotina
do que 4 doses em uma ocasião
uma ocasião Orientar em
relação aos
limites de risco

Avaliar se há
indicação de
consumo zero
Consumo de 15 doses ou mais 8 doses ou mais por 8-15 Avaliação dos
risco por semana ou 5 ou semana ou 4 ou riscos,
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mais doses em uma mais doses em uma intervenção


ocasião ocasião breve e
entrevista
motivacional
com
agendamento de
retorno
idealmente em 1
mês. Consulte
Estágios de
Mudanças
Transtorno Um padrão problemático de uso de 16-19 Transtorno
por uso de álcool, levando a comprometimento ou LEVE
álcool sofrimento clinicamente significativos,
manifestado por pelo menos 2 dos Intervenção
seguintes critérios, ocorrendo durante breve ou
um período de 12 meses: entrevista
motivacional
com
A gravidade 1. Álcool é frequentemente consumido em agendamento de
do transtorno maiores quantidades ou por um período retorno
baseia-se na mais longo do que o pretendido 20-40 idealmente 1
quantidade de mês. Consulte
2. Existe um desejo persistente ou
sintomas Estágios de
esforços mal sucedidos no sentido de
apresentados: Mudanças
reduzir ou controlar o uso de álcool

Leve: 2 a 3 3. Muito tempo é gasto em atividades Transtorno


sintomas necessárias para a obtenção de álcool, MODERADO OU
Moderada: 4 na utilização de álcool ou na GRAVE
a 5 sintomas recuperação de seus efeitos
Estabelecimento
Grave: 6 ou 4. Fissura ou um forte desejo ou de plano
mais sintomas necessidade de usar álcool terapêutico
5. Uso recorrente de álcool, resultando no
fracasso em desempenhar papéis
importantes no trabalho, na escola ou
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em casa

6. Uso continuado de álcool, apesar de


problemas sociais ou interpessoais
persistentes ou recorrentes causados
ou exacerbados por seus efeitos

7. Importantes atividades sociais,


profissionais ou recreacionais são
abandonadas ou reduzidas em virtude
do uso de álcool

8. Uso recorrente de álcool em situações


nas quais isso representa perigo para a
integridade física

9. O uso de álcool é mantido apesar da


consciência de ter um problema físico
ou psicológico persistente ou recorrente
que tende a ser causado ou
exacerbado pelo álcool

10. Tolerância, definida por qualquer um


dos seguintes aspectos:

a. Necessidade de quantidades
progressivamente maiores de álcool
para alcançar a intoxicação ou o
efeito desejado

b. Efeito acentuadamente menor com o


uso continuado da mesma
quantidade de álcool

11. Abstinência, manifestada por qualquer


um dos seguintes aspectos:

a. Síndrome de abstinência
característica de álcool

b. Álcool (ou uma substância


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estreitamente relacionada, como


benzodiazepínicos) é consumido
para aliviar ou evitar os sintomas de
abstinência

Fonte: Adaptado de Cadernos de Atenção Básica: Saúde mental (n° 34). Brasília: Ministério da
Saúde, 2013; Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed,
2014.

Tratamento

Os objetivos iniciais de desintoxicação são a segurança e o tratamento efetivo da


abstinência, isto é,a prevenção de agravamento do quadro com convulsões, alucinações ou a
evolução de delirium tremens.

Objetivos

● Aliviar os sintomas existentes;


● Prevenir o agravamento do quadro com convulsões e delirium;
● Vincular o paciente ao tratamento da dependência propriamente dito;
● Prevenir a ocorrência de síndromes mais graves no futuro.

Tratamento não Farmacológico

● Atitude receptiva, sem julgamento moral, acolhedora;


● Tranquilização do paciente ,evitar gestos ameaçadores e oferecer segurança;
● Oferecer local seguro, cadeira, maca com proteção lateral, maca com cabeceira
elevada
● ou mesmo o chão, para evitar quedas (PC 047- Prevenção de quedas);
● Manutenção de ambiente iluminado, evitar ruídos;
● Estimular a hidratação oral;
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● Monitorar pulso, pressão arterial, nível de consciência e hidratação;


● Fornecer acesso a data, hora, e informações médicas e de enfermagem;
● Suporte do serviço social e psicologia, sensibilização dos familiares e orientações
sobre a
● doença, os riscos de agravamento e encaminhamento para serviços de Tratamento
de
● Dependentes Químicos.

O que não se deve fazer:

● Oferecer álcool. Além de não ser opção terapêutica ainda pode levar o paciente e
● familiares a crer que álcool é remédio;
● Hidratar indiscriminadamente, atenção aos pacientes cardiopatas que podem
● descompensar;
● Aplicar difenilhidantoína e clorpromazina;
● Utilizar diazepam endovenoso sem suporte ventilatório;
● Aplicar glicose sem a utilização prévia de Tiamina.

Suporte psicossocial

1. Aconselhamento individual.

Para cada paciente é construído um plano terapêutico de acordo com as demandas


apresentadas por esse.

Plano terapêutico / Projeto terapêutico (PTS)

Diagnóstico: delineamento da situação problema, identificando os aspectos sociais,


psicológicos e orgânicos que influenciam no caso. É importante, nessa etapa, identificar os
sujeitos envolvidos, as vulnerabilidades e a rede de apoio existente, e não apenas os
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aspectos clínicos do caso. A elaboração de um genograma e ecomapa mostra-se como uma


boa ferramenta para registro gráfico da situação problema quando esta se tratar de um caso
individual e não comunitário.

Definição de metas: após a descrição do caso e levantamento dos pontos a serem


trabalhados, é importante que a equipe trabalhe com metas a serem alcançadas a curto,
médio e longo prazo. Essas metas devem ser negociadas com o sujeito do PTS e demais
pessoas envolvidas.

Divisão de responsabilidades: as tarefas de cada um devem ser claras, incluindo do sujeito


do PTS. Definir também um profissional que será responsável pelo maior contato entre o
caso e a equipe de saúde é uma estratégia que pode facilitar a continuidade da assistência,
além da reavaliação e reformulação de ações do PTS.

Reavaliação: momento onde a equipe fará a discussão do caso, verificando o que teve êxito
e o que precisa ser reformulado para ter melhor resposta. A periodicidade da reavaliação
deve ser definida pela equipe interdisciplinar no planejamento das ações.

1. Aconselhamento em grupo .
O acompanhamento em grupo proporciona um espaço seguro e acolhedor para que os pacientes
compartilhem suas experiências, desafios e conquistas durante o processo de recuperação.
Esses grupos oferecem suporte emocional, encorajamento e troca de informações entre os
participantes, promovendo a compreensão mútua e a construção de relações solidárias.
Os grupos de acompanhamento podem ser temáticos, abordando diferentes aspectos relacionados
à dependência química, como estratégias de enfrentamento, prevenção de recaídas,
habilidades sociais e resolução de problemas. Além disso, os grupos podem ser divididos de
acordo com características específicas dos pacientes, como idade, gênero ou estágio de
recuperação.

1. Terapia comportamental

1.1 Técnicas para mudanças de comportamento


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● Reversão de hábitos para aumentar a percepção do paciente sobre cada episódio


que traz desconforto. Gerar a capacidade de interromper isso com uma resposta
mais adequada.
● Aumentar a consciência para identificar os fatores desencadeantes e as sequências
de acontecimentos associados com determinado sintoma ou comportamento.
● Monitoramento e registro de cada ocorrência. Anota-se informações como dia e
hora, localização, pensamentos, sentimentos e emoções que podem ser úteis ao
tratamento.
● Utilização de uma resposta adequada para controlar a reação.
● Controle de stress, ensinando maneiras eficientes de respiração, relaxamento
muscular e técnicas cognitivas para ajudar o controle da angústia.
● Prevenção de recaídas, ensinando o paciente a lidar com os fatores que
desencadeiam situações negativas.

2 .Suporte familiar e envolvimento na recuperação

Trabalhar em estreita colaboração com as famílias dos pacientes ajuda a perceber que eles
também precisam de apoio. Afinal, é preciso acolhê-los e dizer como podem ajudar nesse
processo.

Ao sair do ambiente hospitalar e migrar para uma clínica de transição de cuidados, tudo
muda e, por isso mesmo, o primeiro passo é a orientação, monitoramento regular do
progresso e prevenção de recaídas

Ao fornecer informações e apoio, a equipe de saúde pode minimizar a ansiedade da família


sobre como será cada etapa, bem como, qual é o papel dela nesse sentido.

Os familiares desempenham um papel crucial no processo do restabelecimento de um


paciente. Muitas vezes, são eles que garantem que seu ente querido tome medicamentos,
faça as mudanças necessárias no estilo de vida e siga as recomendações de cuidado dos
especialistas em saúde. Sua atuação é tão importante que, entender como o seu
envolvimento pode impactar positivamente o processo de reabilitação.
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Encaminhamento para programas de tratamento de longo prazo

O SUS garante o atendimento e acompanhamento para quem tem qualquer tipo de


dependência química. A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada e tem papel
fundamental na abordagem desses pacientes. A rede também conta com centros
especializados nesse tipo de atendimento, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

● CLÍNICAS PSIQUIÁTRICAS
● HOSPITAL ESPECIALIZADO
● CAPS AD
● CAPS II

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

(*Itens obrigatórios apenas para os Protocolos Assistenciais)

Elaboração/Revisão Data: ____/____/________

Análise Data: ____/____/________

Validação Data: ____/____/________

Aprovação Data: ____/____/________

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte

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