MANUAL

E AMBIENTE DE TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SAÚDE OCUPACIONAL


E AMBIENTE DE TRABALHO
DEPARTAMENTO DE SAÚDE OCUPACIONAL
INTRODUÇÃO
O Departamento de Saúde Ocupacional da Secretaria
Municipal de Administração, Gestão de Pessoal e
Tecnologia da Informação (SMAP), da Prefeitura
Municipal de Curitiba, desenvolve ações voltadas à
prevenção, orientações, acolhimento e
acompanhamento aos servidores nas questões que
envolvem o uso de substâncias psicoativas.
Este material foi desenvolvido com a finalidade de
contribuir com os gestores para o enfrentamento de
situações relacionadas ao consumo de álcool e outras
drogas pelos servidores da Prefeitura Municipal de
Curitiba, apresentando informações sobre substâncias
psicoativas e suas consequências em situações laborais,
sugestões de conduta aos gestores e encaminhamentos
a tratamentos.
Os gestores juntamente com os profissionais do
Departamento de Saúde Ocupacional, em ação
compartilhada, podem desenvolver ações favoráveis à
saúde e bem-estar dos servidores visando a prevenção e
tratamento da dependência química.
O emprego de drogas psicoativas é um fenômeno
mundial. Seu uso abusivo é considerado um problema
de saúde pública, tendo índices elevados.
Manual de
Orientação
para Gestores
Cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas no
mundo no último ano, enquanto mais de 36 milhões
sofreram de transtornos associados ao uso de drogas, de
acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2021.
“Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC).”
Entre 2010 e 2019, o número de pessoas fazendo uso de
drogas aumentou em 22%. Com base apenas nas
mudanças demográficas, as projeções atuais sugerem
um aumento de 11% no número de pessoas que usarão
drogas globalmente até 2030.
No ambiente de trabalho a dependência química é uma
situação recorrente, que se constitui em grande desafio,
visto as consequências e os riscos que engloba. Dentro
das empresas se repetem os padrões de
comportamento e de relacionamento da sociedade.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
apontam que a ampla maioria dos indivíduos que têm
problemas com drogas estão empregados, sendo
preponderante o consumodas drogas lícitas comoálcool
e tabaco.
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1 POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE
DROGAS NO BRASIL
De acordo com as normas da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), “os problemas relacionados ao uso de
álcool e outras drogas no local de trabalho devem ser
entendidos como qualquer outro problema de saúde, e
não sob um viés moral, que rotule e estigmatize quem
usa essas substâncias”
A Política Nacional sobre Drogas, em seu Decreto nº
9.761, de 11 de abril de 2019 no que se refere ao
trabalho, elenca as diretrizes a seguir:
Priorizar ações interdisciplinares e contínuas, de caráter
preventivo e educativo na elaboração de programas de
saúde para o trabalhador e seus familiares, e oportunizar
a prevenção do uso de tabaco e seus derivados, de álcool
e de outras drogas, no ambiente de trabalho ou fora dele,
em todos os turnos, com vistas à melhoria da qualidade
de vida e à segurança nas empresas e fora delas,
baseadas no processo da responsabilidade
compartilhada, tanto do empregado como do
empregador.
Tratar sem discriminação as pessoas usuárias ou
dependentes de drogas lícitas ou ilícitas.
Garantir o direito à assistência intersetorial,
interdisciplinar e transversal, a partir da visão holística
do ser humano, com tratamento, acolhimento,
acompanhamento e outros serviços, às pessoas com
problemas decorrentes do uso, do uso indevido ou da
dependência do álcool e de outras drogas.
A Prefeitura Municipal de Curitiba possui a Instrução
Normativa nº 3 que dispõe sobre o procedimento
adotado em casos de uso de substâncias alcoólicas ou
psicoativas por servidores no local de trabalho. (Anexo 1)
https://servidor.curitiba.pr.gov.br/conteudos/dependencia-
quimica-orientacoes-no-ambiente-de-trabalho-in032014/113
2_O QUE SÃO SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS
A Organização Mundial da Saúde define droga como
qualquer substância, não produzida pelo organismo que
tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus
sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.
Drogas/substâncias psicoativas são aquelas que causam
alterações no funcionamento cerebral, causando
modificações no estado mental, produzindo alterações
nas percepções, humor, pensamentos e
comportamentos.
O uso de substâncias psicoativas, drogas que alteram o
estado mental, acontece desde os primórdios da vida em
sociedade, seja por razões culturais, religiosas ou como
forma do enfrentamento de problemas. No entanto, seu
uso, dependendo da relação do indivíduo com cada
substância psicoativa, pode apresentar riscos baixos ou
acarretar prejuízos biológicos, psicológicos e sociais. As
drogas psicoativas podem ser lícitas ou ilícitas.
3_QUAIS SÃO AS DROGAS
PSICOATIVAS UTILIZADAS
As substâncias listadas na CID, Classificação Internacional
de Doenças, 10ª Revisão (OMS, 2019), em seu capítulo V,
sobre Transtornos Mentais e de Comportamento
incluem:
▪ Álcool;
▪ Alucinógenos;
▪ Canabinóides (maconha);
▪ Cocaína;
▪ Opioides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas);
▪ Outros estimulantes (anfetaminas e subst. relacionadas à cafeína);
▪ Sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos);
▪ Solventes voláteis;
▪ Tabaco.
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4_COMO SE CLASSIFICAM
AS DROGAS
Estimulantes: Causam aumento ou estimulação da
atividade cerebral, ex.: tabaco, cocaína, crack e
anfetaminas (remédios para emagrecer, “rebite”) ou
metanfetaminas (“balas” e ecstasy) entre outros
estimulantes.
Depressivas: Causam diminuição ou depressão da
atividade cerebral, ex.: álcool, sedativos ou hipnóticos
(indutores do sono), opiáceos e opioides (codeína,
morfina, ópio, heroína), tranquilizantes ou ansiolíticos e
solventes inalantes (lança perfume, cola ou loló) e alguns
tipos de anestésicos, como a quetamina.
Perturbadoras: Causam mudança de qualidade ou
perturbação da atividade cerebral, ex.: maconha, haxixe,
LSD, cogumelos mágicos (psilocibina), ahayuaska
(anticolinérgicos).
5_A DEPENDÊNCIA
QUÍMICA
Uso de drogas: É a autoadministração de substância
psicoativa.
Abuso de drogas: Refere-se a um padrão de uso no qual
aumentam o risco de consequências prejudiciais para o
usuário.
Dependência de drogas: Trata-se do consumo sem
controle, caracterizando-se pela necessidade do usuário
em fazer o uso compulsivo da droga, mesmo tendo
conhecimento de suas consequências danosas.
A Organização Mundial da Saúde reconhece a
dependência química como doença. De acordo com a
OMS, considera-se dependente de uma droga a pessoa
que apresenta três ou mais das seguintes manifestações:
▪ forte desejo de consumir a droga;
▪ dificuldade de controlar o consumo;
▪ utilização persistente da droga apesar das suas
consequências prejudiciais;
▪ maior prioridade dada ao uso da droga em
detrimento de outras atividades ou obrigações;
▪ aumento da tolerância à droga (necessidade de
doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito);
▪ síndrome de abstinência (sintomas corporais como
dores, tremores ou outros, que ocorrem quando o
consumo da droga é interrompido ou diminuído).
(OMS, 2019)
As drogas psicoativas atuam diretamente no sistema de
recompensa cerebral, o que explica seu potencial de
dependência, causam ainda tolerância (quando doses
maiores são necessárias para se obter o mesmo efeito)
assim como abstinência (conjunto de sintomas
desagradáveis causados pela falta da droga).
A dependência química não deve ser considerada falta
de caráter, nem um problema moral e, sim, uma doença
que precisa de tratamento como outras doenças
crônicas.
Porque algumas pessoas se tornam dependentes e outras
não?
A dependência química está ligada a fatores biológicos,
sociais e psicológicos, bem como ao tipo de droga
utilizada, sendo que algumas drogas têm poder maior
de causar dependência.
Existem drogas seguras e inofensivas, que não causam
nenhum problema?
Mesmo as drogas consideradas leves para algumas
pessoas, podem causar danos. Tudo depende de quem
as usa e da maneira como cada droga é consumida.
(CEBRID, 2021)
O que é uso de múltiplas drogas ou dependência
cruzada?
A dependência cruzada ou uso de múltiplas drogas se dá
quando um usuário passa a ficar dependente de mais de
uma substância.
Uma consequência imediata da dependência cruzada é
a facilitação no desenvolvimento da dependência de
uma substância quando o indivíduo já é dependente de
outra substância relacionada.
6_SOBRE DROGAS
PSICOATIVAS E TRABALHO
A OIT afirma que no Brasil entre 20% e 25% dos
acidentes de trabalho são relacionados ao consumo de
álcool e drogas psicoativas. Com isso aumentam os riscos
de haver acidentes principalmente nas funções de
profissionais que são responsáveis por direção veicular,
utilizam armas de fogo, realizam procedimentos de
precisão ou trabalhos em altura, etc.
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Determinadas condições de trabalho contribuem para
intensificar o desenvolvimento e evolução de problemas
relacionados ao consumo de álcool e drogas.
Destacam-se como fatores de risco:
▪ cargas excessivas ou reduzidas de trabalho;
▪ instabilidade no emprego;
▪ possibilidade de obtenção de álcool e drogas no trabalho;
▪ pressão social pelo consumo da substância;
▪ riscos extremos de segurança;
▪ tarefas monótonas;
▪ trabalho noturno;
▪ trabalho por turno.
7_INDICADORES NO TRABALHO DO USO
NOCIVO DE ÁLCOOL E DROGAS
▪ Perda da produtividade
▪ Baixa motivação
▪ Faltas ou atrasos frequentes principalmente nas segundas e
sextas ou após o recebimento do salário
▪ Saídas injustificadas no horário de expediente
▪ Acidentes de trabalho
▪ Problemas de relacionamento interpessoal com colegas e
chefias
▪ Mudanças drásticas de comportamento
▪ Comparecer ao trabalho com sinais de intoxicação ou
apresentando discurso confuso.
▪ Hálito etílico durante o expediente
▪ Desleixo com os cuidados pessoais
▪ Problemas na esfera financeira, como endividamentos,
empréstimos, danos e perdas de bens materiais.
8_PAPEL DO GESTOR  objetivando o seu atendimento pela Medicina
▪ Ao identificar o problema, a chefia imediata deve
realizar uma conversa objetiva com o servidor no
sentido de esclarecer a incompatibilidade entre
consumo de substâncias psicoativas e jornada de
trabalho, sem julgamentos de valor, incentivando o
mesmo a buscar tratamento.
▪ Deve-se tratar as informações obtidas com
confidencialidade.
▪ Deve se evitar confrontos. Se o servidor estiver sob
efeito de drogas psicoativas a conduta adequada é
não permitir que este permaneça no local de
trabalho. É necessário contatar um familiar para que
o retire do local ou ser acompanhado até sua
residência por outro servidor deslocado para tal. É
importante saber que se a chefia optar por liberar o
servidor desacompanhado, o empregador poderá
ser responsabilizado por eventuais acidentes de
trajeto. (Instrução normativa nº 3/2014) Anexo 1.
▪ As responsabilidades do servidor não devem ser
assumidas pela chefia, tais como justificar suas faltas,
pagar suas dívidas, etc.
▪ Evitar ser conivente ou acreditar que o mesmo
possua controle sobre o uso da droga psicoativa e que
irá melhorar sem ajuda e tratamento.
▪ Não se deve permitir que a equipe tenha atitudes
discriminatórias ou preconceituosas em relação ao
dependente químico.
▪ Do ponto de vista administrativo, o manejo das
situações deve ser o mesmo dado aos demais
funcionários; o servidor possui as mesmas obrigações
e direitos que os demais, como a pontualidade,
assiduidade, apresentação de declaração médica,
atestado de licença para tratamento de saúde (LTS)
que justifique sua ausência ao trabalho e plano
terapêutico quando em tratamento.
▪ Deve-se elaborar um relatório circunstanciado
(Conforme Portaria 591/2014) anexo 2, a respeito
dos fatos observados, sendo este encaminhado a
Gerência de Psicologia e Serviço Social do
Departamento de Saúde Ocupacional da SMAP,
Ocupacional e equipe psicossocial.
▪ Deve-se incentivar e proporcionar condições para
que o servidor faça adesão ao tratamento, a
comprovação de comparecimento as consultas e
atestados devem sempre ser solicitados pela chefia
imediata.
▪ As consequências advindas no trabalho devido à falta
de adesão ao tratamento, não o exime de suas
responsabilidades funcionais. Neste caso, cabe ao
gestor tomar as medidas administrativas cabíveis.
▪ Deve se tomar atitudes tão logo o problema seja
identificado; a intervenção precoce melhora o
prognóstico.
5
 
9_DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM
TRATAMENTO E CONTROLE
▪ A dependência química é uma doença crônica que
pode ser tratada, controlando sua compulsão e
reprogramando o seu sistema de crenças e
responsabilidades.
▪ A adesão ao tratamento é voluntária, salvo em casos
graves quando o internamento involuntário ou
compulsório é autorizado.
▪ As modalidades de tratamento incluem:
o Desintoxicação em internamento hospitalar;
o Hospital Dia;
o Comunidades terapêuticas;
o Tratamento ambulatorial;
o Grupos de autoajuda como o AA (Alcoólicos
Anônimos), NA (Narcóticos Anônimos), etc.
▪ É comum o dependente químico negar a
dependência, assim como, reconhecer que não tem
controle sobre o uso da droga, resistindo em aderir ao
tratamento necessário.
▪ É importante a abordagem também aos familiares
dos dependentes químicos, visto que a dependência
química não afeta apenas o próprio portador da
doença, mas atinge também o seu entorno, sendo o
grupo familiar importante rede de apoio ao indivíduo.
Para isso existem também grupos de apoio para os
familiares dos dependentes químicos (Al-Anon, Nar-
Anon, Alateen, Amor Exigente)
10 O QUE FAZER QUANDO
HOUVER RECAÍDA
A dependência química é uma doença passível de
recaídas. Acontece quando o indivíduo em estado de
abstinência, volta a utilizar a substância novamente.
Neste caso, é importante apoiar e incentivar a retomada
do tratamento e a abstinência.
11 ONDE BUSCAR TRATAMENTO
▪ Na rede pública do SUS, através dos CAPS (Centro de
Atenção Psicossocial) e UPAS em situações de crise.
▪ Na rede privada através dos convênios de saúde, que
disponibilizam internamentos hospitalares e
tratamento ambulatorial.
▪ A Gerência de Psicologia e Serviço Social da Saúde
Ocupacional (GPSS) da SMAP está em atenção ao
servidor, realizando acompanhamento dos casos
identificados de dependência química, realizando
acolhimento, orientações para encaminhamentos a
tratamento, esclarecendo gestores e também
familiares dos servidores em relação a esta
problemática.
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DEPARTAMENTO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Rua Brasílio Itiberê, 2318 - 5º Andar
Bairro Rebouças – Curitiba/PR – CEP 80230-050
Fone: 41 3350-8423
6
Referências:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais
[recurso eletrônico]. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ANTIDROGAS. O que é dependência cruzada?
Disponível em:
<https://www.antidrogas.com.br/2009/12/14/o-que-e-
dependencia-cruzada/>
Acesso em: 23 jul. 2021.
CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas. Questões sobre drogas.
Disponível em:
<https://www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/ind
ex.htm>.
Acesso em: 23 jul. 2021.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Gestão
das questões relacionadas com álcool e drogas nos
locais de trabalho. Genebra: 2008.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de
transtornos mentais e de comportamento da CID-10.
Genebra, 2019. Disponível em:
<https://icd.who.int/browse10/2019/en>.
Versão em português. Acesso em: 23 jul. 2021.
Para saber mais:
Alcoólicos Anônimos
https://www.aaonline.com.br/
Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas
http://abead.com.br/site/
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
https://www.cebrid.com.br/
Governo Federal- Ministério da Cidadania, Política nacional
sobre drogas
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/noticias-e-
conteudos/desenvolvimento-social/noticias-
desenvolvimento-social/ministerio-da-cidadania-
lanca-cartilhas-que-esclarecem-a-nova-politica-
nacional-sobre-drogas
Narcóticos Anônimos
https://www.na.org.br/
OMS - Relatório Mundial sobre drogas
https://www.unodc.org/lpo-
brazil/pt/frontpage/2020/06/relatrio-mundial-sobre-
drogas-2020_-consumo-global-de-drogas-aumenta--
enquanto-covid-19-impacta-mercado.html

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – Secretaria Geral. Decreto

nº 9.761, de 11 de abril de 2019.
Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/D9761.htm>.
Acesso em: 23 jul. 2021.

SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS. Prevenção ao uso

de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho:
INICIATIVA
conhecer para ajudar. Brasília: Serviço Social da Indústria, Prefeitura Municipal de Curitiba
2008.
PREFEITO MUNICIPAL
UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. Rafael Greca de Macedo
Relatório Mundial sobre Drogas 2020: consumo global
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO,
de drogas aumenta, enquanto COVID-19 impacta mercados, GESTÃO DE PESSOAL E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
aponta relatório. Alexandre Jarschel de Oliveira
Disponível em: <www.unodc.org/lpo-
brazil/pt/frontpage/2020/06/relatrio-mundial-sobre-drogas- SUPERINTENDENTE DE GESTÃO DE PESSOAL
2020_-consumo-global-de-drogas-aumenta--enquanto-covid- Luciana Varassin
19-impacta-mercado.html
DIRETORIA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Acesso em: 23 jul. 2021. Guilherme Fernandes Graziani

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ANEXO 1
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3
Dispõe sobre o procedimento adotado em casos de uso
de substâncias alcoólicas ou psicoativas por servidores no
local de trabalho.
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS,
no uso das atribuições legais, considerando o contido no
artigo 207, caput, inciso XIII da Lei Municipal n° 1.656, de
21 de agosto de 1958 - Estatuto dos Funcionários
Públicos Municipais,
RESOLVE:
Art. 1º É terminantemente proibido o uso de bebida
alcoólica e/ou substância ilícita psicoativa em horário ou
no local de trabalho.
Art. 2º O servidor que comparecer ao trabalho com
alteração do comportamento ou outro indicativo de uso
de álcool ou substância ilícita psicoativa estará
impossibilitado de cumprir com suas obrigações laborais
e deverá ser dispensado do trabalho e sua falta
registrada. § 1º No caso da dispensa do servidor
apontada no caput do presente artigo, a chefia deverá
contatar com um familiar, solicitando que um
responsável o retire do trabalho.
§ 2º Em caso de impossibilidade ou ausência de
localização de pessoa da família ou responsável, a chefia
deve providenciar o encaminhamento do servidor para
sua residência, devidamente acompanhado por um
servidor indicado para tal providência.
Art. 3º_Na sequência a chefia imediata do servidor
deverá providenciar relatório circunstanciado dos fatos,
constando todos os dados objetivos da ocorrência, com
a assinatura de duas testemunhas presenciais do
episódio.
Parágrafo único. O relatório circunstanciado deve ser
encaminhado para a Gerência de Psicologia e Serviço
Social do Departamento de Saúde Ocupacional da
Secretaria Municipal de Recursos Humanos, que irá
abordar o servidor e orientá-lo para tratamento.
Art 4º Todas as ocorrências disciplinares relativas ao
servidor que tenha atitudes suspeitas de uso abusivo de
substância psicoativa deverão ser devidamente
documentadas, pela chefia imediata, por meio de
relatório circunstanciado e encaminhadas à Gerência de
Psicologia e Serviço Social do Departamento de Saúde
Ocupacional.
Parágrafo único. Em caso de reincidência a chefia deve
elaborar novo relatório, encaminhando-o à Procuradoria
Geral do Município para as medidas administrativas e
disciplinares cabíveis.
Art. 5º Os servidores que trabalham em atividades de
risco ou que sejam responsáveis por terceiros e que se
enquadrem nas hipóteses dos artigos anteriores,
deverão ser afastados da função enquanto não forem
avaliados pela área de Saúde Ocupacional. Parágrafo
único. Enquanto não ocorrer a manifestação conclusiva
emitida pelo Departamento de Saúde Ocupacional, a
responsabilidade pelo afastamento do servidor, nos
termos do caput do presente artigo, será de
competência exclusiva da chefia imediata.
Art. 6º_Esta instrução normativa entra em vigor na data
da sua publicação.
Art. 7º_Fica revogada a Instrução Normativa n.º 10, de 23
de maio de 1991.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Secretaria Municipal de Recursos Humanos, 22 de out. de 2014.
Meroujy Giacomassi Cavet - Secretária Municipal de RH
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ANEXO 2
PORTARIA Nº 591
Regulamenta a emissão do Relatório Circunstanciado
para fins de Saúde Ocupacional.
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS,
no uso de suas atribuições legais, com fulcro na Lei
Municipal n.º 3.963, de 24 de setembro de 1971;
considerando a constante otimização dos serviços
oferecidos aos servidores públicos municipais;
considerando a necessidade de se implantar
mecanismos que facilitam o acesso aos serviços
prestados pelo Departamento de Saúde Ocupacional da
SMRH,
RESOLVE:
Art. 1º O relatório circunstanciado para fins de saúde
ocupacional é um instrumento interno utilizado para
encaminhar, ao Departamento de Saúde Ocupacional
da SMRH, situações relativas à saúde no trabalho de
servidores da PMC, quando da solicitação de avaliação
médica ocupacional, pela chefia do servidor.
Parágrafo único. A chefia imediata do servidor deve
tomar providências relativas à saúde do servidor toda vez
que tiver conhecimento de algum problema relacionado
ao mesmo, sob pena de responsabilização.
Art._2º As informações descritas no relatório
circunstanciado, devem ser concisas e relatar de forma
clara as dificuldades do servidor em atender às exigências
do trabalho, sejam elas por razões de saúde ou por
questões comportamentais, não devendo constar juízo
de valor de modo a ofender ou denegrir a imagem de
qualquer servidor envolvido.
Parágrafo único. O diagnóstico final é de
responsabilidade da equipe técnica do Departamento
de Saúde Ocupacional da SMRH, cabendo às chefias o
repasse das informações para subsidiar os exames
médico-ocupacionais que se fizerem necessários.
Art. 3º O relatório conterá, nome do servidor, matrícula,
cargo, motivo da solicitação, atividades que vem
desempenhando, dificuldades apresentadas no
desempenho das atividades, queixas de saúde
apresentadas e as informações administrativas
pertinentes, como faltas, ausências frequentes, LTS
frequentes, entre outras que assim o convier, bem como
informações quanto ao relacionamento interpessoal no
trabalho (com colegas, chefias, clientes), a assinatura da
chefia e a devida ciência do servidor e data.
Parágrafo único. Em caso de negativa do servidor em dar
ciência no Relatório, a chefia deverá tomar a assinatura
de duas testemunhas.
Art. 4º O relatório devidamente preenchido deverá ser
encaminhado por malote, em envelope fechado,
cadastrado no Sistema Único de Protocolo (SUP),
acompanhado de folha rosto, e destinado à Gerência de
Psicologia e Serviço Social (RHSO-6.G), observados
sempre os cuidados necessários para assegurar o sigilo
das informações.
Art. 5º Esta portaria entra em vigor em 1.º de abril do
corrente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Secretaria Municipal de Recursos Humanos, 1º de abril de 2014
Meroujy Giacomassi Cavet - Secretária Municipal de RH
9
CONHEÇA O RESUMO DAS INFORMAÇÕES DESTE MANUAL:
Dependência Química e Ambiente de Trabalho
Guia no Portal RH Orienta
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ambiente-de-trabalho-in032014/113

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Fone: 41 3350-8423