Você está na página 1de 13

SECRETARIA EXECUTIVA DE RESSOCIALIZAÇÃO

ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO

DROGADIÇÃO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA

INSTRUTOR:
Perito Papiloscopista Especial ADENAULE JAMES GEBER DE MELO

RECIFE – 2022
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

SUMÁRIO

1 DROGAS 03

2 PORTARIA 344/98 ANVISA-MS 03

3 FENÔMENOS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS 04

4 CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS 05

4.1 Drogas depressoras da atividade mental 05

Álcool 05

Barbitúricos 06

Benzodiazepínicos 07

4.2 Drogas estimulantes da atividade mental 07

Anfetaminas 08

Cocaína e derivados 08

4.3 Drogas perturbadoras da atividade mental 10

Maconha 10

5 AS DROGAS NO SISTEMA PRISIONAL 12

6 REFERÊNCIAS 13

2
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

1 DROGAS

Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer


substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou
mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.
Uma droga não é por si só boa ou má. Existem substâncias que são usadas com a
finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, e são
consideradas medicamentos. Outras provocam malefícios à saúde, os venenos ou
tóxicos. A mesma substância pode funcionar como medicamento em algumas situações e
como tóxicos em outras.
As drogas que alteram o funcionamento da atividade do Sistema Nervoso Central
(SNC), causando modificações no estado mental, são chamadas drogas psicotrópicas,
conhecidas também como substâncias psicoativas.

2 PORTARIA 344/98 ANVISA-MS

A Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998, editada pela ANVISA – Agência


Nacional de Vigilância Sanitária, aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial.
Em outras palavras, a ANVISA define em listas, quais são as substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial, conhecidos como “medicamentos
controlados”.
Sob o ponto de vista legal, a Portaria relaciona as substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial em seis (06) grupos, basicamente:
- Substâncias com venda controlada: Listas A1, A2, A3, B1, B2, C1, C2, C3, C4,
C5, D1 e D2;
- Lista de plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou
psicotrópicas; Lista E;
- Substâncias de uso proscrito no Brasil; Listas F1, F2 e F3.

3
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

3 FENÔMENOS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS

Segundo a organização Mundial de Saúde (OMS), os fenômenos relacionados aos


casos do uso de drogas, podem ser divididos em três: dependência, tolerância e
síndrome de abstinência. Encontramos, abaixo, suas descrições:

• Dependência: estado psíquico e, às vezes, também físico produzido pela


interação entre o indivíduo e a droga. Caracteriza-se por modificações do
comportamento e por outras reações que compreendem sempre um impulso
irreprimível de fazer uso da droga, em forma periódica ou contínua, a fim de
experimentar seus efeitos psíquicos e, muitas vezes, para evitar o mal-estar
produzido pela falta dela. A dependência pode ou não ser acompanhada de
tolerância. Uma pessoa pode ser dependente de um ou mais drogas.

• Dependência psíquica: existe o desejo psicológico do uso da droga, porém, não


há compulsão (necessidade orgânica do uso). A retirada brusca não produz
síndrome de abstinência. Pode ocorrer o aparecimento da tolerância. Ex.:
maconha.

• Dependência física: ao contrário da psíquica, existe a necessidade orgânica pelo


seu uso. Corresponde ao "vício". Ocorre a tolerância. A retirada brusca produz a
síndrome de abstinência. Devido a compulsão pela droga, o usuário procura obtê-
la de qualquer forma. Este estágio é indicativo que o corpo adaptou-se ao uso
crônico da substância. Ex.: álcool (etanol), benzodiazepínicos, cocaína, etc.

• Tolerância: é a necessidade que o indivíduo tem de aumentar, progressivamente,


a(s) dose(s), para que ele continue a sentir os mesmos efeitos.
Existem usuários cuja tolerância os fazem suportar doses que seriam suficientes para
matar um ser humano normal (overdose).

• Síndrome de abstinência: são graus de manifestações físicas e mentais, de


necessidade aguda da droga, causada pela suspensão abrupta, que pode levar o
usuário à morte.

4
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

4 CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Existe uma classificação de interesse didático que se baseia nas ações aparentes
das drogas sobre a atividade do Sistema Nervoso Central (SNC) humano, conforme as
modificações observáveis na atividade mental ou no comportamento da pessoa que utiliza
a substância. São elas:

1. Drogas depressoras da atividade mental;


2. Drogas estimulantes da atividade mental;
3. Drogas perturbadoras da atividade mental.

4.1 Drogas depressoras da atividade mental

Essa categoria inclui uma grande variedade de substâncias que diferem


acentuadamente em suas propriedades físicas e químicas, mas que apresentam a
característica comum de causar diminuição na atividade global, ou de certas áreas
específicas do SNC. Como consequência dessa ação, há uma tendência de ocorrer
diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade, e é comum um
efeito euforizante inicial e, posteriormente, um aumento da sonolência.

Drogas depressoras mais usadas

Álcool
Droga lícita, de efeito psicoativo, mais utilizada. Na realidade, quando se fala em
álcool, faz-se referência ao etanol (álcool etílico).

Apresentação e uso

Apresenta-se como um líquido incolor, fluído, de odor característico e sabor


próprio, com temperatura de ebulição aproximada de 78,5oC. É encontrado nos mais
diversos tipos de bebidas: tinturas alcoólicas, extratos vegetais, licor, cachaça, vinho,
cerveja, whisky, vodca, rum, etc. Sua administração é feita por via oral.
5
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

Efeitos de seu uso

O álcool atua sobre diversos sistemas de neurotransmissores e neurorreceptores.


Provoca diminuição da sensibilidade, causa sedação, torna a fala "pastosa", gera prejuízo
da capacidade de julgamento, provoca desinibição do comportamento, perda do
autocontrole, amnésia, confusão diminuição da libido, impotência, hipoglicemia e coma.
O álcool induz à tolerância (necessidade de quantidades progressivamente maiores
da substancia para produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação) e a síndrome de
abstinência ( sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução ou com a interrupção
do consumo da substância).

Barbitúricos

Drogas psicotrópicas, com características hipnóticas, anticonvulsivantes e


anestésicas.

Apresentação e uso

Apresentam-se como comprimidos, pós e injetáveis e sua administração dá-se por


via oral, retal ou intravenosa (tiobarbitúricos).
São efeitos da principal ação farmacológica:
• diminuição da capacidade de raciocínio e concentração;
• sensação de calma, relaxamento e sonolência;
• reflexos mais lentos.

Com doses um pouco maiores, a pessoa tem sintomas semelhantes à embriaguez,


com lentidão nos movimentos, fala pastosa e dificuldade de marcha.

Doses tóxicas dos barbitúricos podem provocar:


• Surgimento de sinais de incoordenação motora;
• Acentuação significativa da sonolência, que pode chegar ao coma;
• Morte por parada respiratória.
6
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

São drogas que causam tolerância (sobretudo quando o individuo utiliza doses
altas desde o inicio) e síndrome de abstinência quando ocorre sua retirada, o que provoca
insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até convulsões.

Benzodiazepínicos

Droga de ação ansiolítica, anticonvulsivante, relaxante muscular e hipnótico.

Apresentação e uso

Apresentam-se nas formas de comprimidos e injetáveis; e sua administração é feita


por via oral, intramuscular (Lorazepam), intravenosa (Diazepam) e retal.

Uso medicinal:

PRINCÍPIO ATIVO MEDICAMENTO


DIAZEPAM Diazepam, Valium, Ansiolim
BROMAZEPAM Lexotam, Somalium, Novazepam
FLURAZEPAM Dalmadorm, Lunipax, Sonium
FLUNITRAZEPAM Rohypnol, Hipnox, Flunix

Efeitos de seu uso

O uso abusivo da droga produz depressão respiratória e cardiovascular, sedação,


letargia, retardo no tempo de reação e coordenação motora,comportamento agressivo
e/ou suicida (casos isolados) e morte (geralmente devido à associação com outros
depressores do SNC).

4.2 Drogas estimulantes


São incluídas nesse grupo as drogas capazes de aumentar a atividade de
determinados sistemas neuronais, o que traz como consequências um estado de alerta
exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos.

7
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

Anfetaminas

São substâncias sintéticas, ou seja, produzidas por laboratórios. Existem varias


substâncias sintéticas que pertencem ao grupo das anfetaminas.

Os efeitos do uso de anfetaminas são:


• Diminuição do sono e do apetite;
• Sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando realiza esforços
excessivos, o que pode ser prejudicial;
• Rapidez na fala;
• Dilatação da pupila;
• Taquicardia;
• Elevação da pressão arterial.

Em doses elevadas, acentuam-se esses efeitos. O indivíduo tende a ficar mais


irritável e agressivo e pode considerar-se vítima de perseguição inexistente (delírios
persecutórios) e ter alucinações e convulsões.

O consumo dessas drogas induz à tolerância. Não se sabe com certeza se ocorre
uma verdadeira síndrome de abstinência. São frequentes os relatos de sintomas
depressivos: Falta de energia, desânimo, perda de motivação, que, por vezes, são
bastante intensos quando há interrupção de seu uso.

Entre outros usos clínicos dessa substância, destaca-se a utilização como


moderadores do apetite ( remédios para regime de emagrecimento).

Cocaína e Derivados

A cocaína é considerada como o mais potente estimulante natural.

Apresentação e uso

8
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

• Pasta de coca: é utilizada para produção de cocaína e crack.

• Cocaína: forma mais comum. Apresenta-se como um pó branco cristalino (na


forma purificada) ou pó bege. Possui sabor amargo. É pouco solúvel em água e
solúvel em etanol, éter e clorofórmio. Sua administração dá-se por via intranasal
(aspiração) e intravenosa (diluída em água).

• Crack: apresenta-se sob forma de "pedras", na cor bege. Sua administração dá-se
por via aérea (fumo), através de cachimbo improvisado (maricas) ou polvilhado
sobre a maconha (mesclado).

• Pó Virado: apresenta-se sob forma de pó, geralmente de coloração bege. É o


resultado da mistura de ácido bórico com crack, para obtenção de cocaína ( com
baixo grau de pureza).

• Merla: apresenta-se na forma pastosa, variando do branco ao cinza. Sendo


absorvida através do fumo.

O mecanismo de ação do SNC é muito semelhante ao das anfetaminas, mas a


cocaína atua, ainda, sobre um terceiro neurotransmissor, a serotonina, além da
noradrenalina e da dopamina.
Seus efeitos têm inicio rápido e duração breve. No entanto, são mais intensos e
fugazes quando a via de utilização é a intravenosa ou quando o indivíduo utiliza o crack.

Efeitos do uso da cocaína:

• Sensação intensa de euforia e poder;


• Estado de excitação;
• Hiperatividade;
• Insônia;
• Falta de apetite;
• Perda da sensação de cansaço.

9
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

Particularmente, no caso do crack, os indivíduos desenvolvem dependência severa


rapidamente, muitas vezes, em poucos meses ou mesmo com algumas semanas de uso.

Efeitos de seu uso

Provoca intoxicações agudas, estimulação do SNC com psicoses, convulsões,


arritmias ventriculares com disfunção respiratória que podem levar à morte, euforia ou
disforia, psicose esquizofrênica, paranoias, agitação, irritabilidade, depressão e
impotência, comportamento suicida ou homicida e morte (por overdose).
Com doses maiores, observam-se outros efeitos, como irritabilidade, agressividade
e até delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a psicose
cocaínica. Também se podem observar aumento da temperatura e convulsões,
frequentemente de difícil tratamento, que podem levar á morte se esses sintomas forem
prolongados.
Ocorrem, ainda, dilatação pupilar, elevação da pressão arterial e taquicardia
(efeitos podem levar até a parada cardíaca, uma das possíveis causas de morte por
super dosagem).

4.3 Drogas perturbadoras da atividade mental

Classificam-se diversas substâncias, cujo efeito principal é provocar alterações no


funcionamento cerebral, que resultam em vários fenômenos psíquicos anormais, entre os
quais destacamos os delírios e as alucinações.
Por esse motivo, essas drogas receberam a denominação de alucinógenos, e
podemos definir alucinação como uma percepção sem objeto, ou seja, a pessoa vê, ouve
ou sente algo que realmente não existe. Delírio, por sua vez, pode ser definido como falso
juízo da realidade, ou seja, o indivíduo passa a atribuir significados anormais aos eventos
que ocorrem á sua volta. Há uma realidade, um fator qualquer, mas a pessoa delirante
não é capaz de fazer avaliações corretas a seu respeito.

Maconha
No Brasil, chama-se Cannabis sativa Linné, suas folhas e inflorescências secas
podem ser fumadas ou ingeridas. Há também o haxixe, pasta semissólida obtida por meio
10
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

de grande pressão na inflorescência, preparação com maior concentração de THC


(tetrahidrocanabinol), uma das diversas substâncias produzidas pela planta, principal
responsável por seus efeitos psíquicos.

Efeitos psíquicos agudos

Em alguns casos, são descritos como uma sensação de bem-estar, acompanhada


de calma e relaxamento, menos fadiga e hilaridade, enquanto, em outros casos, podem
ser descritos como angústia, atordoamento, ansiedade e medo de perder o autocontrole,
com tremores e sudorese.
Há perturbação na capacidade de calcular o tempo e o espaço, além de prejuízo da
memória e da atenção.
Com doses maiores ou conforme a sensibilidade individual, podem ocorrer
perturbações mais evidentes do psiquismo, com predominância de delírios e alucinação.

Efeitos de seu uso

Seus efeitos, variando de indivíduo para indivíduo, são: aumento do apetite,


coordenação motora diminuída, euforia inicial seguida de sonolência e relaxamento,
falhas das funções intelectuais e dificuldade de comunicação oral, hiperemia das
conjuntivas (olhos vermelhos), perda do sentido de tempo e espaço, prejuízo da memória
recente, taquicardia e retardo na capacidade de percepção sensorial.

11
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

5 AS DROGAS NO SISTEMA PRISIONAL

Devido a dificuldade de aquisição, as drogas custam caro nos presídios,


principalmente quando a revista é rigorosa. Por isso, muitas mulheres são presas em
flagrante na revista, portando preservativos inseridos em suas vaginas ou ânus com as
mais diversos tipos de drogas.
É fato que a falta de punição pelo porte de drogas, pode aumentar as mortes de
presos e violências contra parentes destes.
Dentro dos presídios, a instabilidade comportamental decorre da drogadição,
especialmente da dependência do crack. Um exemplo claro disso, é o controle executado
pelos próprios detentos, que alegam que “o preso viciado em crack fica agressivo e
inconsequente. Acaba prejudicando o negócio".
Para o Conselho nacional de Justiça (MEDIUM, 2017), "em meio a um ambiente
insalubre e a uma rotina de ócio, quem não era usuário antes de chegar à prisão muitas
vezes torna-se dependente químico e mais cedo ou mais tarde se vê endividado para
sustentar o vício. Igual ao que acontece do lado de fora, na rua. Durante as visitas
semanais, as famílias dos presidiários são extorquidas e saldam as dívidas de seus netos,
filhos e maridos com os chefes dos grupos das alas e galerias do Presídio Central. Quem
não tem família para ser chantageada, é obrigado a cometer crimes, como roubos, quando
sai do presídio, em liberdade condicional ou em saída temporária, em algumas datas
comemorativas".

12
SECRETARIA DE RESSORCIALIZAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA PENAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL
Inst. Perito Papiloscopista Especial Adenaule Geber

6 REFERÊNCIAS

01. BRASIL. Portaria no 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico


sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial .Diário Oficial
da União, República Federativa do Brasil , Brasília, 31 dez. 1998.

02. Drogas no Brasil. Entre a Saúde e a Justiça. Disponível em: <<


http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/wp-content/uploads/2015/05/DrogasNoBrasil.pdf
>> Acesso: 20.08.2018.
02. _____ Manual Sobre Drogas. Brasília-DF: Academia Nacional de Polícia

03. MELO, Adenaule James Geber de. Entorpecentes e Drogas Afins. Recife:
ACIDES, 2017.

04. OGA, Seizi. Fundamentos de Toxicologia. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 2014.

05. PASSAGLI, Marcos. Toxicologia Forense – Teoria e Prática. 5 ed. Campinas:


Millennium Editora. 2018.

06. Sexo e Drogas nos Presídios Brasileiros e o Reino da Hipocrisia. Disponível


em: << http://justificando.cartacapital.com.br/2017/01/26/sexo-e-drogas-nos-presidios-
brasileiros-e-o-reino-da-hipocrisia >> Acesso: 22.08.2018.

13

Você também pode gostar