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SÃO PAULO
2017
ÍNDICE
•Principais tipos de Drogas
-Depressoras
-Estimulantes
-Pertubadoras
-Álcool
-Benzodiazepínicos
-Inalantes
-Anfetaminas e derivados
-Cocaína
-Nicotina
-Maconha
-Alucinógenos
-Anticolinérgicos
INTRODUÇÃO
Maconha
O consumo de drogas também pode levar à morte precoce e, por isso, é importante que cada
dependente seja devidamente tratado nas clínicas de recuperação para drogados. Além disso, a
família também é afetada, provocando desiquilíbrio devido aos comportamentos descontrolados e
ao isolamento da família e da sociedade.
O cérebro possui bilhões de células (neurônios) se interligando das mais variadas formas,
promovendo a passagem de "informação" entre as diferentes regiões do sistema. Quem possibilita
que esses sinais sejam enviados de um neurônio para outro são moléculas químicas, chamadas
neurotransmissores.
Entretanto, com a continuidade do uso, todos esses sistemas acabam progressivamente por
se destruir, de tal forma que em estágios mais avançados, o indivíduo não apresenta mais o poder de
escolha, perdendo o seu livre arbítrio.
Enfim, disse a Dra. Nora Volkow: a pessoa não usa a droga porque ela lhe dá maior prazer,
mas usa a droga porque a droga é suficientemente poderosa para ativar o seu sistema de recompensa
que não está respondendo adequadamente aos estímulos naturais.
Alguns exemplos
Veremos a seguir os mecanismos de ação das principais drogas, os seus efeitos imediatos e
as consequências decorrentes da continuidade do uso, sempre relacionadas ao sistema nervoso
central.
Álcool
O álcool difere da maioria das outras drogas psicoativas por não possuir receptores
específicos. Ele inibe os receptores NMDA do glutamato, conseqüentemente reduzindo a sua ação
excitadora. Ao mesmo tempo ele ativa os receptores GABA(O ácido gama-aminobutírico (GABA)
é o principal neurotransmissor inibitório do nosso cérebro e um dos mais afetados com a ingestão de
álcool.) os quais,abrindo os canais de cloro, diminuem o ritmo dos pulsos elétricos chamados
potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo,
até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O álcool também bloqueia a
ação dos íons cálcio na liberação de neurotransmissores estimulantes. O seu efeito sedativo
manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo
e punição. A sensação de euforia proporcionada pelo álcool provém da sua ação ativadora sobre os
receptores domínicos existentes no núcleos accumbens.
O uso abusivo de álcool também pode reduzir os níveis de serotonina no SNC, e esta
redução tem dado margem a numerosos trabalhos relacionados às depressões clínicas e também a
atos de violência ocasionalmente verificados sob seu efeito.
Chamam-se alucinoses alcoólicas, e servem de alerta para problemas ainda mais graves que
possam acontecer, se o hábito não for cortado a tempo. A causa mais frequente dos problemas com
a marcha, entre alcoólicos, reside no sistema nervoso periférico, quando os nervos distais são
atingidos pela polineurite alcoólica, mas o cerebelo, o órgão central da coordenação motora, quando
afetado pelo uso continuado de álcool, também produz os mesmos problemas, e se estes ocorrerem
junto a surtos de pequenos movimentos repetitivos dos olhos (nistagmos) e alguma confusão
mental, já estará indicando uma encefalopatia de Wernick, doença que pode ser resolvida com a
abstinência, mas se o uso do álcool não for interrompido, o alcoólico será atingido pela psicose de
Korsakoff, uma devastadora doença psiquiátrica irreversivel, onde a pessoa esquece as coisas
corriqueiras da sua vida diária assim que elas acontecem, reduzindo drasticamente os limites do seu
campo de ação. Enquanto a memória remota ainda estiver preservada, as pessoas vivem literalmente
do passado.
Essas doenças têm a haver com a deficiência de tiamina, ou vitamina B1, cujo metabolismo
é prejudicado pelo álcool. Assim, o alcoólico pode até comer bem e apresentar essa deficiência
vitamínica, numa verdadeira fome oculta. Quando a engrenagem da dependência está ativada num
alcoólico, ele procura um meio de abastecer-se freqüentemente para não sofrer os sintomas de
abstinência, entre os quais destacamos:
Na esfera psíquica esses sintomas contribuem de forma muito significativa para aumentar o
consumo de álcool.
Convulsões: o limiar para convulsões fica rebaixado nos casos de uso abusivo tanto de
álcool como de cocaina, tornando os seus usuários vulneráveis a episódios convulsivos,
principalmente nos períodos de abstinência ou de diminuição dos níveis orgânicos de álcool ou da
freqüência do uso da substância.
Delirium tremens: é um quadro grave que pode assumir aspectos dramáticos, afetando os
bebedores com longa história de uso que por qualquer motivo interrompam ou diminuam
significativamente a ingestão de álcool.O DT costuma acometer os alcoolistas após uns poucos dias
(média de 3 a 6 dias) de abstinência. Ele se manifesta por rebaixamento da consciência, confusão
mental, alucinações principalmente sensoriais como a visão, e mesmo a sensação de contato com
aranhas ou outros animais (sempre miniaturizados), tremores, transpiração e muitas vezes, febre.
Essa sintomatologia leva o paciente a uma desorientação no tempo e no espaço. É comum uma
interação do paciente com a sua alucinação, conferindo-lhe uma sensação de pavor que aumenta
ainda mais os seus tremores.O paciente precisa ser contido na cama para evitar que se debata ou
saia correndo, transtornado pelas suas alucinações.
Benzodiazepínicos
A ação dos benzodiazepínicos sobre o sono se faz pelo reforço nos estágios chamados REM,
que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduzem os estágios não REM, sem sonhos, que são
justamente os estágios restauradores dos neurônios em suas atividades. Esta ação parece contribuir
para um prejuízo na memória, já afetada pela ação do benzodiazepínico sobre o hipocampo.
Além da dependência, o seu uso abusivo pode ocasionar problemas como o da memória, já
referido, problemas psicomotores, problemas quanto ao tempo de reação aos estímulos, velocidade
e processamento de informações, estado de vigilância e muitos outros, comuns às outras drogas
depressivas do SNC.
Inalantes
Agentes anestésicos, lança-perfumes, solventes, cola de sapateiro, combustíveis e outras
substâncias voláteis de uso industrial. Ativam os receptores GABAA e desativam os receptores
NMDA do glutamato, donde o seu efeito depressor. Possuem efeitos indiretos que ativam a
dopamina.Produzem inicialmente euforia com rebaixamento das inibições, seguindo-se de excitação
e perda da coordenação motora, desorientação, visão turva com alterações na percepção de cores,
distorção no sentido de espaço-tempo, vertigens, enjoos, inquietação, apagamentos.
Ópio, morfina, semi-sintéticos (heroína, Dolantina). Produzem uma sensação oceânica de prazer e
bem-estar, além de ter um poderoso efeito analgésico.
Os seus efeitos resultam da interação da substância com os receptores opiácios que existem
em várias áreas do SNC, incluindo a área tegmentar ventral, no Circuito de Recompensa. O
organismo sintetiza os seus próprios opiácios, como as encefalinas e as endorfinas.
Os neurotransmissores podem ter mensageiros intermediários para o desempenho das suas funções,
e os opiácios interferem no desempenho de alguns desses mensageiros. Assim como o álcool, eles
limitam bastante a entrada de cálcio nos neurônios, impedindo uma transmissão satisfatória de
sinais pelos neurotransmissores.
Os opiácios possuem elevado poder de dependência, com dois ou três meses de uso. A
tolerância desenvolvida pode alcançar níveis de até cinqüenta ou cem vezes a dosagem inicial do
uso.
O uso continuado torna o seu usuário passivo e apático, até mesmo letárgico, com seus membros
pesados, de difícil movimentação.
Anfetaminas e derivados
Estas drogas estimulantes do SNC são sintéticas e constituem o elemento básico dos
medicamentos chamados "moderadores do apetite" mas, além do seu uso pelas pessoas que desejam
perder peso, têm sido procuradas, com o nome de "bolinha" ou "rebite", por motoristas de
caminhão, vigilantes noturnos, universitários, etc., por apresentar também efeitos como redução do
sono e da fadiga, bem como aumento da capacidade de trabalho. A pessoa fala mais depressa, e
como dizem, fica "ligada", com sentimentos de confiança e presunção. As anfetaminas estão
relacionadas entre as substâncias de "doping" esportivo.
Nos Estados Unidos encontra-se no mercado ilícito uma metanfetamina que chamam de
"Ice", derivada da anfetamina, para ser usada em cachimbos.O "Extase", atual droga da moda nas
noitadas de "embalo", é outro derivado da anfetamina, chamado MDMA, que provoca euforia e um
bem-estar intenso, juntamente a um desejo de intimidade, de conversar e de manter proximidade
física (não sexual) com as pessoas. Pode elevar a pressão arterial e produzir hipertermia com muita
transpiração e conseqüente desidratação.
Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaína, esta droga ainda impede, da
mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a
serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaína produz as sensações psicológicas de magnificência,
euforia, prazer e excitação sexual.
Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de
"agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade,
inquietação e paranóia. A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se
com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros
receptores, como os da noradrenalina e serotonina.
Essa adaptação traz sérias conseqüências para o funcionamento cerebral, como o surgimento
de estados paranóicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem
levar ao suicídio.
Nicotina
A nicotina é uma substância constituinte do tabaco e que lhe confere o poder de estabelecer
dependência, estado pelo qual denominamos tabagismo. A nicotina é, portanto uma droga, muito
embora o FDA, Food and Drug Administration, a organização americana que estabelece as regras
para a sua comercialização, não a reconheça.
A nicotina possui receptores próprios junto aos receptores de acetilcolina, ativando estes
neurotransmissores os quais, como já vimos, age no hipocampo estimulando funções cognitivas,
entre as quais a memória, e também proporcionando um efeito de relaxamento muscular através da
sua ação sobre o sistema neuromuscular.
A nicotina, é considerada uma substância estimulante (droga), causando como visto acima, grave
dependência física, porém, vale salientar que não é considerada uma droga alteradora do SNC
(alterações na percepção de tempo, espaço, e visão por exemplo, como cocaína, maconha, álcool, e
outras drogas)
Maconha
A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC, geralmente
de forma fumada.
O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do
pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato,
confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória
imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar
conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e
depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade,
ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras
drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se
fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir
prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo.
Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose
canábica) em jovens predispostos.Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande
parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já
tidos.
Alucinógenos
Reunimos com esse título um grupo de substâncias que induzem a percepções irreais e que
são muito diversificadas quanto às suas estruturas químicas, o seu modo de ação e quanto aos seus
efeitos sobre o SNC.
Dividiremos os alucinógenos em dois grupos, quanto à sua origem vegetal ou sintética.
A) Alucinógenos vegetais:
Mescalina:
Substância extraída do cacto mexicano chamado "peiote", usada em práticas religiosas regionais no
norte mexicano e sudoeste americano pela população nativa dos Navajos tendo, para tanto, o seu
uso legalmente permitido. Fora dessa situação, o uso da mescalina foi difundido popularmente por
Carlos Castañeda e Aldous Huxley, sendo produzida até sinteticamente com o nome de STP, uma
droga que imita os seus efeitos, semelhantes aos do LSD.
A mescalina provoca alucinações auditivas e visuais oníricas com efeitos psicodélicos. Há uma
excitação do SNC seguida de depressão.
Muscarina:
Extraída de cogumelos do gênero "aminita", muito difundidos por todo o mundo e conhecidos como
"chapéu de anão"
A muscarina provoca inicialmente sono com certa desorientação, para depois aparecerem
euforia, distorção da noção do tempo e alucinações.
A sua ação decorre da união aos receptores muscarínicos da acetilcolina que têm efeitos
inibidores, mas essa ação se estende com a atuação sobre os receptores GABA.
Dietilamida do ácido lisérgico. É uma droga sintética que faz efeito com doses minúsculas,
fato que dá margem à sua comercialização dissimulada em cartões, selos etc. Pode ser servida até na
forma de gotas.
A ação alucinogênica do LSD se faz principalmente pela sua atuação nos receptores pré-
sináticos 5HT2, diminuindo a liberação de serotonina e aumentando, indiretamente, a liberação de
dopamina, dando a sensação de euforia com conseqüente reforço psicológico.
Descreveremos a sua ação como protótipo de outros alucinógenos sintéticos.
As alterações sensoriais causadas por essas drogas variam desde simples aberrações da percepção
até a degradação da personalidade. Os seus efeitos têm dado margem a interpretações fantasiosas
dos seus experimentadores que, em geral os descrevem como viagens, de bom ou de mau curso.
Em meados do século passado o grande pensador americano Aldous Huxley, entusiasmado com os
efeitos do LSD, e acreditando na possibilidade de aproveitá-los para promover uma ascese
espiritual, chegou a constituir uma associação de experimentadores da droga. Essa associação,
entretanto, logo se desvaneceu em virtude de terem surgido efeitos neurológicos negativos da droga
em alguns dos seus membros.
Durante uma experiência o usuário pode permanecer calmo, lúcido e bem orientado, assim
como pode apresentar ansiedade, desorientação e pânico, mas sempre estará consciente de que a
irrealidade vivida corre por conta da droga. Têm sido relatados casos de violências relacionadas ao
uso de LSD.
Anticolinérgicos
- Vimos que com drogas não se brinca , independente de que tipo seja , pertubadoras , alucinógenas
e etc , não importa ,qualquer tipo faz mal , e como vimos todas mexem principalmente com o
sistema nervoso, faz muito mal , não tem como dizer que não faz , porque faz .Vendo tudo isso,
sabemos de pessoas que usam como fosse uma coisa normal , vemos muito também,mulheres
grávidas usando , mesmo sabendo que isso é tanto prejudicial pra a mulher que está usando e para a
criança , muito das vezes as crianças não chegam nem a nascerem.
- Vendo tudo isso nas pesquisas nos convencemos mais e mais que isso faz muito mal e que as
Drogas não é o melhor caminho para ninguém