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COLÉGIO HELIOS

COMO AS DROGAS AGEM NO ORGANISMO

AMANDA DE SOUZA SANTOS


LETÍCIA DE FREITAS SCIANCI SELES
PEDRO STORARO DA COSTA
ANA CAROLINA DIAS LIMA 8ºA
PROFESSORA SABRINA
BIOLOGIA

SÃO PAULO
2017
ÍNDICE
•Principais tipos de Drogas

•Efeitos das drogas :

-Depressoras

-Estimulantes

-Pertubadoras

•Consequências do uso das drogas a longo prazo

•O que pode acontecer ao usar Drogas

•Efeitos das Drogas na gravidez

•Como as Drogas atuam no nossa sistema nervoso central da pessoa

•Outros tipos de Drogas :

-Álcool

-Benzodiazepínicos

-Inalantes

-Anfetaminas e derivados

-Cocaína

-Nicotina

-Maconha

-Alucinógenos

-Anticolinérgicos
INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir apresenta informações sobre a influência de drogas no nosso organismo


e como afeta principalmente o nosso sistema nervoso. Ele cita as principais e mais agressivas
drogas e ainda traz fatos sobre a sua atuação na gravidez. Espero que goste!

Principais tipos de drogas


“Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no
organismo, modifica suas funções”
Os principais tipos de drogas são:
 Drogas naturais: São produzidas através de plantas, como maconha que é feita da
cannabis ou o ópio que tem origem nas flores da papoula;
 Drogas sintéticas: São produzidas de forma artificial em laboratórios, como o ecstasy e o
LSD;
 Drogas semi-sintéticas: Como heroína, cocaína e crack, por exemplo.

As drogas são classificadas de acordo com seus efeitos no sistema nervoso


principalmente ao nível do cérebro, como drogas depressoras, drogas estimulantes e drogas
perturbadoras e todas elas podem levar à morte.

Heroína e cocaína Ecstasy

Maconha

1. Efeitos das drogas depressoras


As drogas depressoras, como heroína, causam efeitos no organismo como menor capacidade
de raciocínio e de concentração, sensação exagerada de calma e tranquilidade, relaxamento
exagerado, bem-estar, aumento da sonolência, reflexos mais lentos, diminuição da sensação de dor
e dificuldade em fazer movimentos delicados.
Por isso, a capacidade para conduzir reduz, além de ocorrer a diminuição da capacidade de
aprendizagem na escola e de rentabilidade no trabalho.

2. Efeitos das drogas estimulantes


As drogas estimulantes, como cocaína e crack, provocam efeitos como sensação intensa de
euforia e poder, estado de excitação, muita atividade e energia, diminuição do sono e do apetite,
falar rápido e pressão e frequência cardíaca alta. Estas drogas levam a que o indivíduo fique
descontrolado e perca a noção da realidade.

3. Efeitos das drogas perturbadoras


As drogas perturbadoras, também conhecidas por alucinógenas ou psicodislépticas, como
maconha, LSD 25, e ecstasy provocam alucinações, principalmente visuais como alteração das
cores, formas e contornos dos objetos, sensação alterada do tempo e do espaço, sendo que minutos
parecem horas ou metros parecem Km, sensação de enorme prazer ou de medo intenso, facilidade
em entrar em pânico e exaltação, noção exagerada de grandiosidade e delírios relacionados com
roubos e perseguições.
Estes efeitos podem ser percebidos em poucos minutos, mas tendem a durar pouco tempo e,
por isso, é comum o uso abusivo das drogas em quantidades cada vez maiores para prolongar o
efeito.
Um dos exemplos mais recente deste tipo de drogas é a Flakka, também conhecida como
droga zumbi, que é uma droga barata produzida na China que causa comportamentos agressivos
e alucinações, existindo até relatos de casos em que usuários desta droga iniciaram atividades
canibais durante o período em que estavam sob o efeito da mesma.

Consequências do uso das drogas a longo prazo


O uso de todo o tipo de drogas, além de provocar efeitos imediatos também pode provocar
alterações para o resto da vida, como:

Lesões provocadas pelo consumo de drogas

 Destruição de neurônios, que diminuem a capacidade de pensar;


 Desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como psicose, depressão ou esquizofrenia;
 Lesões no fígado, como câncer hepático;
 Mau funcionamento dos rins e dos nervos;
 Desenvolvimento de doenças contagiosas, como Aids ou Hepatite;
 Problemas do coração, como infarto.

O consumo de drogas também pode levar à morte precoce e, por isso, é importante que cada
dependente seja devidamente tratado nas clínicas de recuperação para drogados. Além disso, a
família também é afetada, provocando desiquilíbrio devido aos comportamentos descontrolados e
ao isolamento da família e da sociedade.

O que pode acontecer ao usar drogas


A ingestão de elevadas quantidades de droga, que é uma sustância tóxica, pode levar ao mau
funcionamento de órgãos como pulmões e coração, podendo provocar a morte por overdose.
Na maioria dos casos, após o consumo de droga, os primeiros sintomas de overdose incluem
euforia, perda do controle, agressividade, náuseas e sangramento pelo nariz e, quando não há
socorro médico pode ser fatal.
Os sintomas de overdose e o risco de morte também pode acontecer quando um indivíduo
transporta drogas no estômago, ânus ou vagina porque basta uma pequena quantidade de substância
entorpecente na corrente sanguínea para que possam ocorrer alterações como infarto, mau
funcionamento do fígado, esquizofrenia, ou até mesmo a morte.

Efeito das drogas na gravidez


Os efeitos das drogas na gravidez podem ser observados na mulher e no bebê. Além dos
efeitos citados, o consumo de drogas durante a gravidez pode levar a aborto ou ao parto pré-maturo,
podendo provocar restrição do crescimento, baixo peso para a idade gestacional e mal formação
congênita.
Depois do nascimento do bebê, ele poderá sofrer uma crise de abstinência das drogas pois o
seu organismo já estará viciado, sendo que o bebê poderá ter sintomas como chorar muito, ficar
muito irritado e terá dificuldade para se alimentar, dormir e respirar, necessitando de internamento
hospitalar.
Além disso, existem drogas que são usadas para produzir efeitos benéficos no organismo
para o tratamento de doenças, sendo considerados medicamentos, como morfina ou antidepressivos,
por exemplo.

Como as drogas atuam no sistema nervoso central da


pessoa?
Drogas psicotrópicas são, portanto, aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando
nossa maneira de pensar, sentir ou agir. A princípio podemos entender que todas as drogas
recreativas conhecidas incluindo o álcool, tem por essência esta definição.

As alterações provocadas pelas drogas no nosso psiquismo não são sempre no mesmo


sentido e direção, mas dependem do tipo de substância consumida. 

Dependendo da ação no cérebro, as drogas psicotrópicas podem ser divididas em três


grandes grupos: as depressoras, as estimulantes e as perturbadoras. 

As depressoras diminuem a atividade cerebral, ou seja, deprimem seu funcionamento e, por


essa razão, são chamadas de "depressoras da atividade do sistema nervoso central" (SNC). A pessoa
que faz uso desse tipo de droga fica "desligada", "devagar", "flutuando". São exemplos delas o
álcool, os soníferos ou hipnóticos, os ansiolíticos, os opiáceos ou narcóticos e os inalantes ou
solventes. 

As drogas estimulantes aumentam a atividade do cérebro e recebem o nome técnico de


"estimulantes da atividade do SNC". O usuário fica "ligado", "elétrico". Entre as drogas deste tipo
encontram-se a cocaína, o crack, a nicotina (presente no cigarro), a cafeína e as anfetaminas. 

As drogas perturbadoras não produzem mudanças do tipo quantitativo, como aumentar ou


diminuir a atividade do cérebro. Elas fazem com que esse órgão passe a funcionar fora de seu
normal, ou seja, a pessoa fica com a mente perturbada. São também chamadas de alucinógenas. Por
essa razão, esse terceiro grupo de drogas recebe o nome técnico de "perturbadoras da atividade do
SNC". Algumas drogas deste tipo são de origem vegetal como o THC (contido na maconha), a
mescalina, certos tipos de cogumelos, lírio, trombeteira, e outras são de origem sintética como o
LSD-25, o Êxtase (ecstasy) e os anticolinérgicos. 

O cérebro possui bilhões de células (neurônios) se interligando das mais variadas formas,
promovendo a passagem de "informação" entre as diferentes regiões do sistema. Quem possibilita
que esses sinais sejam enviados de um neurônio para outro são moléculas químicas, chamadas
neurotransmissores. 

As drogas psicotrópicas, por serem também moléculas químicas, chegando ao cérebro,


atuam interferindo na engrenagem da química cerebral, aumentando, diminuindo ou alterando a
forma de atuação dos neurotransmissores. 

Como agem no SNC


Como agem as drogas. Efeitos sobre o SNC. Seria válida a conclusão de que a motivação
para o uso de drogas seria a busca do prazer, mesmo que espúrio, mas um prazer. Recentemente
essa idéia tem sido contestada através de estudos com um tipo de tomografia computadorizada com
marcadores nucleares chamada PET, e que fornece dados sobre a atividade funcional de áreas, no
nosso caso, cerebrais.

A dopamina é o principal neurotransmissor do Sistema Límbico onde se localiza o Sistema


de Recompensa, mas ela sinaliza também, além dos estímulos prazerosos, como os alimentos, sexo
e dinheiro, os estímulos aversivos, como a percepção do perigo e o medo, e então a dopamina é a
sinalizadora do ambiente para a pessoa, fazendo-a atentar para as ocorrências mais significativas, e
esta função cerebral localiza-se no cortex pré-frontal, onde os estudos pelo PET localizaram
receptores de dopamina até então desconhecidos, responsabilizado-se esse neurotransmissor à
regulação de atividades frontais como a motivação e funções executivas e outras, como veremos
adiante, além das já conhecidas atividades não pré-frontais, como as de recompensa ou previsão de
recompensa, aprendizado e memória de longo prazo. 

Mas a memória de curto prazo, chamada mais apropriadamente de memória operacional, é


estabelecida pelo cortex pré-frontal, e as suas variadas modalidades estarão comprometidas, tanto
pelos efeitos agudos como pelos efeitos crônicos das dependências químicas, prejudicando
principalmente o comportamento do dependente relacionado à suas funções executivas, no que se
referem ao engajamento (capacidade de engajamento) em comportamento orientado a objetivos,
realizando ações voluntárias e auto-organizadas. 
Disse a Dra. Nora que os níveis de dopamina, muito elevados pela ação das drogas,
prejudicam, ou mesmo destroem as seguintes áreas cerebrais: o Giro Anterior Cingulado, que
governa a atenção e regula a impulsividade, o Cortex Pré-frontal Orbital, mediador da tarefa de
avaliar o estímulo ambiental e o Cortex Pré-frontal Lateral Dorsal, que governa as funções
executivas e decisórias.

O comprometimento dessas regiões cerebrais corresponde aos sintomas clínicos


progressivos das Dependências Químicas, cada uma delas compensando outra, de tal forma que nos
estágios iniciais da dependência, quando os danos causados pelo aumento da dopamina ainda são
pequenos, o indivíduo ainda possui algum controle sobre as suas ações. 

Entretanto, com a continuidade do uso, todos esses sistemas acabam progressivamente por
se destruir, de tal forma que em estágios mais avançados, o indivíduo não apresenta mais o poder de
escolha, perdendo o seu livre arbítrio.

Enfim, disse a Dra. Nora Volkow: a pessoa não usa a droga porque ela lhe dá maior prazer,
mas usa a droga porque a droga é suficientemente poderosa para ativar o seu sistema de recompensa
que não está respondendo adequadamente aos estímulos naturais. 

Alguns exemplos
Veremos a seguir os mecanismos de ação das principais drogas, os seus efeitos imediatos e
as consequências decorrentes da continuidade do uso, sempre relacionadas ao sistema nervoso
central. 

Álcool
O álcool difere da maioria das outras drogas psicoativas por não possuir receptores
específicos. Ele inibe os receptores NMDA do glutamato, conseqüentemente reduzindo a sua ação
excitadora. Ao mesmo tempo ele ativa os receptores GABA(O ácido gama-aminobutírico (GABA)
é o principal neurotransmissor inibitório do nosso cérebro e um dos mais afetados com a ingestão de
álcool.) os quais,abrindo os canais de cloro, diminuem o ritmo dos pulsos elétricos chamados
potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo,
até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O álcool também bloqueia a
ação dos íons cálcio na liberação de neurotransmissores estimulantes. O seu efeito sedativo
manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo
e punição. A sensação de euforia proporcionada pelo álcool provém da sua ação ativadora sobre os
receptores domínicos existentes no núcleos accumbens.

O uso abusivo de álcool também pode reduzir os níveis de serotonina no SNC, e esta
redução tem dado margem a numerosos trabalhos relacionados às depressões clínicas e também a
atos de violência ocasionalmente verificados sob seu efeito.

Com a continuidade do uso começarão a surgir mudanças na emotividade e personalidade do


alcoolista, tanto quanto prejuízos na percepção, aprendizado e memória. O alcoólico terá
necessidade de uma observação visual mais prolongada para a compreensão do que se passa ao seu
derredor, tendo também diminuída a sua capacidade de percepção espacial, isto é, da sua própria
dimensão no espaço que ocupa, esbarrando com frequência em objetos ou outras pessoas. Tem
dificuldade de abstração e resolução de problemas. O estado de dependência leva a uma
desmotivação para atividades relacionadas ao sexo que, somada a alterações hormonais e nervosas,
afeta de forma importante o relacionamento sexual, tanto nos homens quanto nas mulheres. Essa é
provavelmente uma das causas do ciúme patológico. O alcoólico sente que o seu desempenho
sexual fica aquém do desejável pela sua parceira, considerando-a vulnerável a uma infidelidade
ocasional. Um alcoólico também pode apresentar um episódio de alucinações, principalmente
auditivas, como o badalar de sinos, alguns ruídos familiares, vozes, etc., que cedem com pouco
tempo de abstinência.

Chamam-se alucinoses alcoólicas, e servem de alerta para problemas ainda mais graves que
possam acontecer, se o hábito não for cortado a tempo. A causa mais frequente dos problemas com
a marcha, entre alcoólicos, reside no sistema nervoso periférico, quando os nervos distais são
atingidos pela polineurite alcoólica, mas o cerebelo, o órgão central da coordenação motora, quando
afetado pelo uso continuado de álcool, também produz os mesmos problemas, e se estes ocorrerem
junto a surtos de pequenos movimentos repetitivos dos olhos (nistagmos) e alguma confusão
mental, já estará indicando uma encefalopatia de Wernick, doença que pode ser resolvida com a
abstinência, mas se o uso do álcool não for interrompido, o alcoólico será atingido pela psicose de
Korsakoff, uma devastadora doença psiquiátrica irreversivel, onde a pessoa esquece as coisas
corriqueiras da sua vida diária assim que elas acontecem, reduzindo drasticamente os limites do seu
campo de ação. Enquanto a memória remota ainda estiver preservada, as pessoas vivem literalmente
do passado.

Essas doenças têm a haver com a deficiência de tiamina, ou vitamina B1, cujo metabolismo
é prejudicado pelo álcool. Assim, o alcoólico pode até comer bem e apresentar essa deficiência
vitamínica, numa verdadeira fome oculta. Quando a engrenagem da dependência está ativada num
alcoólico, ele procura um meio de abastecer-se freqüentemente para não sofrer os sintomas de
abstinência, entre os quais destacamos:

Tremores: constituem um flagelo para os alcoólicos porque, além de denunciá-los


flagrantemente da sua condição, limitam o uso das suas mãos, às vezes até mesmo para segurar o
copo da bebida que lhe quebrará o jejum, aliviando também os outros sinais de abstinência. Não só
as mãos tremem, pode tremer o corpo todo.

Náuseas: estas se apresentam logo ao despertar e impedem uma higiene bucal conveniente.


Talvez o alcoolista não chegue a vomitar porque aprende contornar certas situações perigosas, como
um desjejum adequado, isto é, muito reduzido ou ausente.

Sudorese: a transpiração excessiva dá ao alcoolista uma sensação de pele úmida, como se


diz, um "suor frio", que vai melhorando na medida em que ele vai entrando na sua rotina habitual.

Irritabilidade: em sua residência, o alcoolista pode demonstrar-se irritado com seus


familiares ou simplesmente com o ambiente doméstico. Um leve toque de campainha será suficiente
para abalá-lo. Em um grau mais acentuado de dependência a sua perturbação de humor poderá
atingir patamares mais elevados, apresentando transtorno de ansiedade e depressão.

Na esfera psíquica esses sintomas contribuem de forma muito significativa para aumentar o
consumo de álcool.

Convulsões: o limiar para convulsões fica rebaixado nos casos de uso abusivo tanto de
álcool como de cocaina, tornando os seus usuários vulneráveis a episódios convulsivos,
principalmente nos períodos de abstinência ou de diminuição dos níveis orgânicos de álcool ou da
freqüência do uso da substância. 
Delirium tremens: é um quadro grave que pode assumir aspectos dramáticos, afetando os
bebedores com longa história de uso que por qualquer motivo interrompam ou diminuam
significativamente a ingestão de álcool.O DT costuma acometer os alcoolistas após uns poucos dias
(média de 3 a 6 dias) de abstinência. Ele se manifesta por rebaixamento da consciência, confusão
mental, alucinações principalmente sensoriais como a visão, e mesmo a sensação de contato com
aranhas ou outros animais (sempre miniaturizados), tremores, transpiração e muitas vezes, febre.
Essa sintomatologia leva o paciente a uma desorientação no tempo e no espaço. É comum uma
interação do paciente com a sua alucinação, conferindo-lhe uma sensação de pavor que aumenta
ainda mais os seus tremores.O paciente precisa ser contido na cama para evitar que se debata ou
saia correndo, transtornado pelas suas alucinações.

Benzodiazepínicos

Os benzodiazepínicos (medicamentos ansiolíticos) possuem local próprio nos receptores


GABAA onde agem e produzem um efeito sedativo. O álcool aproveita estes mesmos receptores
benzodiazepínicos do GABA, por não dispor de receptores próprios. Esta condição de similaridade
faz com que os benzodiazepínicos sejam usados para minorar o sofrimento da abstinência quando se
interrompe o hábito de beber. Os vários benzodiazepínicos existentes no comércio são classificados
quanto ao seu tempo de ação em longo, médio e curto prazo. Os benzodiazepínicos de curto prazo
possuem uma ação sobre a estrutura do sono e são comercializados como medicamentos hipnóticos
ou soníferos, sendo freqüente o seu uso por alcoolistas, cujo sono é prejudicado pela ação inibidora
do álcool sobre a serotonina.

A ação dos benzodiazepínicos sobre o sono se faz pelo reforço nos estágios chamados REM,
que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduzem os estágios não REM, sem sonhos, que são
justamente os estágios restauradores dos neurônios em suas atividades. Esta ação parece contribuir
para um prejuízo na memória, já afetada pela ação do benzodiazepínico sobre o hipocampo. 

Esses sedativos bloqueiam a entrada dos inibidores do nucleus accumbens, aumentando a


liberação de dopamina e promovendo uma sensação de euforia. Os benzodiazepínicos reforçam a
ação depressora do álcool, constituindo uma associação merecedora de maior atenção por suas
conseqüências clínicas e comportamentais.

A dependência aos benzodiazepínicos processa-se por períodos variados de tempo de uso,


podendo ser muito rápida, por ex. sete dias, como num caso apresentado, até cerca de um ano, mas
de modo geral nós podemos situar o seu início entre dois ou três meses de tratamento findos os
quais, já se deve pensar seriamente na sua interrupção.

Além da dependência, o seu uso abusivo pode ocasionar problemas como o da memória, já
referido, problemas psicomotores, problemas quanto ao tempo de reação aos estímulos, velocidade
e processamento de informações, estado de vigilância e muitos outros, comuns às outras drogas
depressivas do SNC.

Inalantes 
Agentes anestésicos, lança-perfumes, solventes, cola de sapateiro, combustíveis e outras
substâncias voláteis de uso industrial. Ativam os receptores GABAA e desativam os receptores
NMDA do glutamato, donde o seu efeito depressor. Possuem efeitos indiretos que ativam a
dopamina.Produzem inicialmente euforia com rebaixamento das inibições, seguindo-se de excitação
e perda da coordenação motora, desorientação, visão turva com alterações na percepção de cores,
distorção no sentido de espaço-tempo, vertigens, enjoos, inquietação, apagamentos.

Os inalantes possuem potencial de dependência, gerando tolerância e sofrimentos de


abstinência. 
Opiácios

Ópio, morfina, semi-sintéticos (heroína, Dolantina). Produzem uma sensação oceânica de prazer e
bem-estar, além de ter um poderoso efeito analgésico.

Os seus efeitos resultam da interação da substância com os receptores opiácios que existem
em várias áreas do SNC, incluindo a área tegmentar ventral, no Circuito de Recompensa. O
organismo sintetiza os seus próprios opiácios, como as encefalinas e as endorfinas.
Os neurotransmissores podem ter mensageiros intermediários para o desempenho das suas funções,
e os opiácios interferem no desempenho de alguns desses mensageiros. Assim como o álcool, eles
limitam bastante a entrada de cálcio nos neurônios, impedindo uma transmissão satisfatória de
sinais pelos neurotransmissores.

Os opiácios possuem elevado poder de dependência, com dois ou três meses de uso. A
tolerância desenvolvida pode alcançar níveis de até cinqüenta ou cem vezes a dosagem inicial do
uso.
O uso continuado torna o seu usuário passivo e apático, até mesmo letárgico, com seus membros
pesados, de difícil movimentação.

Anfetaminas e derivados
Estas drogas estimulantes do SNC são sintéticas e constituem o elemento básico dos
medicamentos chamados "moderadores do apetite" mas, além do seu uso pelas pessoas que desejam
perder peso, têm sido procuradas, com o nome de "bolinha" ou "rebite", por motoristas de
caminhão, vigilantes noturnos, universitários, etc., por apresentar também efeitos como redução do
sono e da fadiga, bem como aumento da capacidade de trabalho. A pessoa fala mais depressa, e
como dizem, fica "ligada", com sentimentos de confiança e presunção. As anfetaminas estão
relacionadas entre as substâncias de "doping" esportivo. 

Nos Estados Unidos encontra-se no mercado ilícito uma metanfetamina que chamam de
"Ice", derivada da anfetamina, para ser usada em cachimbos.O "Extase", atual droga da moda nas
noitadas de "embalo", é outro derivado da anfetamina, chamado MDMA, que provoca euforia e um
bem-estar intenso, juntamente a um desejo de intimidade, de conversar e de manter proximidade
física (não sexual) com as pessoas. Pode elevar a pressão arterial e produzir hipertermia com muita
transpiração e conseqüente desidratação.

As anfetaminas bloqueiam a recaptação da dopamina proporcionando, como a cocaina, um


aumento da concentração desses neurotransmissor na fenda sinática. Uma dosagem maior pode
levar ao bloqueio dos receptores, produzindo distúrbios da locomoção.

Também ativam os receptores da serotonina aumentando a sua liberação, da mesma forma


em que fazem aumentar a liberação de noradrenalina, causadora da sintomatologia clínica referida.
Com o uso continuado, as anfetaminas podem causar problemas com a locomoção, visão turva e
movimentos involuntários com os olhos (nistagmo), inapetência, náuseas, insônia, mudanças de
humor, irritabilidade e alucinações. Nesse estágio atua como um alucinógeno, produzindo ataques
de pânico, psicose tóxica, episódios paranóicos e depressão pós-anfetamínica. As dificuldades
sexuais agravam os estados paranóicos e as depressões.
Cocaína  
É uma das drogas de maior sustento para o tráfico ilícito, em virtude do grande número de
consumidores e da avidez com que estes buscam a droga. O cloreto de cocaina é um pó branco
("farinha"), usado por aspiração nasal. Ele também pode ser diluído em água e injetado na veia.
Quando a cocaina é tratada por reativos alcalinos ela se empedra produzindo o cracke, que é
fumado. A cocaína possui um elevado poder de dependência porque disponibiliza diretamente a
dopamina na fenda sinática por impedir o retorno desse neurotransmissor à sua célula de origem.
Após o neurotransmissor ter cumprido a sua missão junto ao receptor do neurônio pós-sinático e,
impedido de retornar à sua célula mãe, ele fica na fenda repetindo a neurotransmissão, dando ao
usuário o efeito imediato da droga. Nós dizemos que a cocaina impede a recaptação da dopamina.
A recaptação é um mecanismo extremamente importante para o funcionamento equilibrado do
SNC, porque o neurotransmissor tem que ser reciclado a cada uso para reagir eficientemente a
novas exigências.

Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaína, esta droga ainda impede, da
mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a
serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaína produz as sensações psicológicas de magnificência,
euforia, prazer e excitação sexual.

Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de
"agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade,
inquietação e paranóia. A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se
com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros
receptores, como os da noradrenalina e serotonina.

Essa adaptação traz sérias conseqüências para o funcionamento cerebral, como o surgimento
de estados paranóicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem
levar ao suicídio.

A ação da cocaina sobre vários neurotransmissores pode gerar conseqüências simultâneas


em vários sistemas orgânicos, entre as quais destacamos a mais comum, a falta de apetite, e a mais
grave, o derrame cerebral, ao lado de respiração ofegante, aumento da pressão e até aumento da
temperatura.

Nicotina
A nicotina é uma substância constituinte do tabaco e que lhe confere o poder de estabelecer
dependência, estado pelo qual denominamos tabagismo. A nicotina é, portanto uma droga, muito
embora o FDA, Food and Drug Administration, a organização americana que estabelece as regras
para a sua comercialização, não a reconheça.

A nicotina possui receptores próprios junto aos receptores de acetilcolina, ativando estes
neurotransmissores os quais, como já vimos, age no hipocampo estimulando funções cognitivas,
entre as quais a memória, e também proporcionando um efeito de relaxamento muscular através da
sua ação sobre o sistema neuromuscular.

A nicotina proporciona a liberação de noradrenalina no locus coeruleus, aumentando a


vivacidade, diminuindo as reações ao estresse e melhorando a concentração.
Ela estimula os receptores de dopamina aumentando a atividade do Circuito de Recompensa,
atividade essa que, por sua vez é reforçada pela liberação de opióides endógenos.
A nicotina também interfere na ação da enzima acetilcolinesterase que desnatura a acetilcolina após
o seu uso, fazendo com que este neurotransmissor permaneça por mais tempo disponível na fenda
sináptica.
É muito poderosa a força da dependência à nicotina, tornando difícil a interrupção do
uso. Até meados do século passado quase não se dispunha de trabalhos científicos evidenciando os
enormes prejuízos à saúde causados pelo uso do fumo e então, valendo-se disso, a sua poderosa
indústria já havia ativado uma propaganda muita bem elaborada, que atraiu milhões de pessoas ao
seu uso.

Atualmente, a grande quantidade de evidências sobre a nocividade do uso do tabaco tem


conseguido a necessária sensibilização política dos governos para combater aquilo que nós podemos
qualificar de pandemia tabágica. 

A nicotina, é considerada uma substância estimulante (droga), causando como visto acima, grave
dependência física, porém, vale salientar que não é considerada uma droga alteradora do SNC
(alterações na percepção de tempo, espaço, e visão por exemplo, como cocaína, maconha, álcool, e
outras drogas) 

Maconha
A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC, geralmente
de forma fumada.

O seu princípio ativo é o THC, tetrahidrocanabinol. O teor de THC depende da variedade da


planta, forma de cultivo e preparação do produto, variando desde 0,5 a 2,0% até 60%, como é o
caso do haxixe, preparado da resina de folhas e flores dessa erva. A produção ilícita da maconha (ou
marijuana) tem se preocupado em apresentar variedades com maior concentração de substância
ativa como o "skunk", que conta com até 22% de THC.
O início da ação e a duração dos seus efeitos dependem da concentração do seu princípio
ativo e da forma de administração da droga (quando fumada o efeito é mais rápido mas menos
duradouro do que na forma ingerida), sendo que esses efeitos podem ser muito relacionados com a
disposição prévia do humor do usuário e do ambiente de uso.

Os efeitos de um "baseado" (cigarro de maconha) constituem-se de uma alteração da


consciência, diminuição da atenção, estado sonhador com ideação livre e desconexa. Lentificação e
dificuldades da coordenação motora, voz pastosa, sendo importante o sentido de lentificação do
tempo e distorção do espaço, tornando a direção de veículos perigosa até 10 horas após o uso. Pode
aparecer uma sensação de grande bem-estar, euforia e riso, acentuação na percepção de cores, mas
também pode surgir depressão do estado de ânimo ("baixo", na gíria), despersonalização e
desrealização. 
Um cigarro com teor maior de THC pode levar a alucinações visuais coloridas. Pode
aparecer medo e pânico, distorção da imagem corporal e sensação de peso nas extremidades. Os
canabinóides possuem receptores próprios (CB1) distribuídos pelo córtex cerebral (notadamente
pré-frontal) e cerebelo, bem como no sistema límbico, sobretudo no hipocampo e nucleus
accumbens, por onde liberam dopamina.

O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do
pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato,
confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória
imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar
conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e
depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade,
ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras
drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se
fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir
prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo. 
Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose
canábica) em jovens predispostos.Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande
parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já
tidos.

Em virtude de comprometer fundamentalmente a memória e a atenção, acaba por


comprometer a atividade intelectual, o aprendizado e as habilidades sociais.
A maconha leva à dependência, com os seus componentes – tolerância e sofrimentos de abstinência.
Esta se apresenta com pouca intensidade, pela propriedade do THC de ligar-se bem às gorduras
onde podem estocar-se por maior tempo como dissemos acima, mas mesmo assim ocorrem
problemas com o sono, irritabilidade e agressividade. Há que diga, com certo alívio, que a maconha
"só" causa dependência psíquica. Isso não faz sentido, pois o que importa é que ela dá ao usuário a
mesma impulsividade para obtenção e uso como quaisquer das outras drogas que chamam de
"pesadas".

Alucinógenos
Reunimos com esse título um grupo de substâncias que induzem a percepções irreais e que
são muito diversificadas quanto às suas estruturas químicas, o seu modo de ação e quanto aos seus
efeitos sobre o SNC.
Dividiremos os alucinógenos em dois grupos, quanto à sua origem vegetal ou sintética.

A) Alucinógenos vegetais:
Mescalina:
Substância extraída do cacto mexicano chamado "peiote", usada em práticas religiosas regionais no
norte mexicano e sudoeste americano pela população nativa dos Navajos tendo, para tanto, o seu
uso legalmente permitido. Fora dessa situação, o uso da mescalina foi difundido popularmente por
Carlos Castañeda e Aldous Huxley, sendo produzida até sinteticamente com o nome de STP, uma
droga que imita os seus efeitos, semelhantes aos do LSD. 

A mescalina provoca alucinações auditivas e visuais oníricas com efeitos psicodélicos. Há uma
excitação do SNC seguida de depressão. 

Muscarina:

Extraída de cogumelos do gênero "aminita", muito difundidos por todo o mundo e conhecidos como
"chapéu de anão"

A muscarina provoca inicialmente sono com certa desorientação, para depois aparecerem
euforia, distorção da noção do tempo e alucinações.
A sua ação decorre da união aos receptores muscarínicos da acetilcolina que têm efeitos
inibidores, mas essa ação se estende com a atuação sobre os receptores GABA.

B)Alucinógenos sintéticos LSD

Dietilamida do ácido lisérgico. É uma droga sintética que faz efeito com doses minúsculas,
fato que dá margem à sua comercialização dissimulada em cartões, selos etc. Pode ser servida até na
forma de gotas.

A ação alucinogênica do LSD se faz principalmente pela sua atuação nos receptores pré-
sináticos 5HT2, diminuindo a liberação de serotonina e aumentando, indiretamente, a liberação de
dopamina, dando a sensação de euforia com conseqüente reforço psicológico.
Descreveremos a sua ação como protótipo de outros alucinógenos sintéticos.
As alterações sensoriais causadas por essas drogas variam desde simples aberrações da percepção
até a degradação da personalidade. Os seus efeitos têm dado margem a interpretações fantasiosas
dos seus experimentadores que, em geral os descrevem como viagens, de bom ou de mau curso.
Em meados do século passado o grande pensador americano Aldous Huxley, entusiasmado com os
efeitos do LSD, e acreditando na possibilidade de aproveitá-los para promover uma ascese
espiritual, chegou a constituir uma associação de experimentadores da droga. Essa associação,
entretanto, logo se desvaneceu em virtude de terem surgido efeitos neurológicos negativos da droga
em alguns dos seus membros. 

Durante uma experiência o usuário pode permanecer calmo, lúcido e bem orientado, assim
como pode apresentar ansiedade, desorientação e pânico, mas sempre estará consciente de que a
irrealidade vivida corre por conta da droga. Têm sido relatados casos de violências relacionadas ao
uso de LSD.

Um efeito retardado e indesejado do uso desses alucinógenos é o aparecimento de


"flashbacks", que são súbitas e incontroláveis recorrências de distorções da percepção, posteriores
ao uso, como as que se apresentaram nos seus efeitos imediatos. 

Anticolinérgicos

As drogas anticolinérgicas encontram-se em algumas flores como o lírio, saia branca,


trombeta ou trombeteira, e outras, e costumam ser usadas na forma de chás ou infusões. Essas
plantas produzem duas substâncias psicoativas, a atropina e a escopulamina, que são responsáveis
pelos seus efeitos, mas tais substâncias também podem ser sintetizadas, fazendo parte de alguns
medicamentos usados contra o mal de Parkinson ( Artane ®, Akineton ®), também empregados
para minorar efeitos colaterais de alguns anti-psicóticos, além de alguns colírios dilatadores de
pupila e também medicamentos de uso em gastroenterologia.

As drogas anticolinérgicas atuam impedindo que o neurotransmissor acetilcolina passe a sua


mensagem para o receptor do neurônio que deveria recebê-la (diz-se de uma ação antagonista), e
por esse motivo produzem alterações que no Sistema Nervoso Central manifestam-se por:
desorientação, incoerência, delírio, alucinações, agitação, comportamento violento, sonolência e até
coma.
Temos observado casos de uso concomitante de anticolinérgicos sintéticos e álcool, com
graves conseqüências de ordem psiquiátrica.No Sistema Nervoso Periférico (corpo) ocorrem:
elevação da temperatura, dilatação das pupilas, secura na boca, rubor facial, aceleração dos
batimentos cardíacos, prisão de ventre e retenção urinária. 
CONCLUSÃO

- Vimos que com drogas não se brinca , independente de que tipo seja , pertubadoras , alucinógenas
e etc , não importa ,qualquer tipo faz mal , e como vimos todas mexem principalmente com o
sistema nervoso, faz muito mal , não tem como dizer que não faz , porque faz .Vendo tudo isso,
sabemos de pessoas que usam como fosse uma coisa normal , vemos muito também,mulheres
grávidas usando , mesmo sabendo que isso é tanto prejudicial pra a mulher que está usando e para a
criança , muito das vezes as crianças não chegam nem a nascerem.

- Vendo tudo isso nas pesquisas nos convencemos mais e mais que isso faz muito mal e que as
Drogas não é o melhor caminho para ninguém

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