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Drogas depressoras: quais os

tipos e como identificar o uso?


Hospital Santa Mônica

A several pills on the table next to glass of water

Segundo a OMS, o número de pessoas no mundo acometidas pela


depressão já ultrapassa 300 milhões. No Brasil, a situação também é
alarmante, já que cerca de 6% da população brasileira apresenta o
problema. Por isso, é importante saber que existem medicamentos
que são classificados como drogas depressoras.

Pensando nisso, a Dra. Mayara de Sá Salvato, médica com foco em


saúde mental do Hospital Santa Mônica, irá explicar o que são essas
substâncias, os tipos e como se diferenciam das drogas
convencionais. Saiba quais são as principais drogas depressoras,
suas características, quando são indicadas e como funciona o
tratamento nesses casos. Aproveite a leitura!

Afinal, o que são drogas depressoras?


Resumidamente, pode-se afirmar que essas substâncias integram o
seleto grupo de remédios que atuam diminuindo as atividades
normais do cérebro. Há vários motivos que levam ao uso desses
medicamentos. Entre elas, destacam-se os sedativos, que causam a
diminuição da atividade de diversos órgãos.

Como existem variados tipos de drogas depressoras, elas se


diferenciam quanto aos efeitos que causam no organismo.
Dependendo da forma em que são utilizadas, elas podem gerar tanto
benefícios como prejuízos para o usuário. Porém, o tipo e a
intensidade do efeito negativo ou positivo depende muito da
:
quantidade utilizada.

Que efeitos elas causam à saúde?


Esse tipo de droga é denominada de depressoras porque deprimem
as funções cerebrais, o que altera o jeito que o cérebro trabalha. Elas
são usadas para tratar a depressão e, por isso, alguns de seus
efeitos podem provocar relaxamento e deixar a pessoa menos alerta
em relação ao que ocorre ao seu redor.

Outro efeito dos remédios conhecidos como drogas depressoras é a


redução da concentração. O usuário fica com as capacidades
cognitivas comprometidas, o que leva à sonolência excessiva e deixa
os movimentos descoordenados e lentos.

Além dos remédios, existem outras substâncias depressoras. As


mais utilizadas pela população são o álcool. Entre os medicamentos
destacam-se os ansiolíticos e os opiáceos — como a morfina — que
têm função sedativa e analgésica. Contudo, a morfina também pode
ser utilizada ilicitamente, como tóxico. Nesse caso, o objetivo do uso
é a função recreativa, o que causa sérios danos à saúde mental e
física.

Como estão classificadas?


Existem duas modalidades de drogas depressoras. Observe quais
são!

Drogas depressoras de uso médico

Em algumas circunstâncias, essas substâncias podem trazer muitos


benefícios, principalmente quando usada como utilidade terapêutica.
Assim sendo, as drogas depressoras do sistema nervoso central são
consideradas legais e, por isso, permitidas para tratamento médico.
:
Como já referido, um ótimo exemplo é a morfina. Usada pela
medicina há séculos, ela é um potente analgésico, cuja função é
aliviar sintomas relacionados a crises de dores agudas ou
crônicas. Muitas vezes, ela é indicada até para controle da dor do
câncer.

Explicando melhor, as dores agudas são aquelas que surgem


repentinamente, geram muito desconforto e precisam ser logo
resolvidas. Já a dor crônica também pode ser aliviada pela morfina,
principalmente em tratamentos de pacientes que passaram por
grandes cirurgias.

O álcool

Existem outros tipos de drogas depressoras que, mesmo sendo


legais, trazem muito risco aos usuários. O melhor exemplo é o álcool.
Como nos casos dos medicamentos, a “dosagem” também é um
fator elementar e determinante dos efeitos sobre o cérebro e os
demais órgãos do corpo.

Mesmo que haja controvérsia, o consumo moderado de álcool pode


até gerar efeitos positivos. Ou, ao menos, não causar prejuízos ao
organismo. Mas enquanto a ciência não comprovar tal hipótese, o
ideal é evitar o consumo exagerado dessa substância.

Em linhas gerais, o consumo excessivo de álcool pode ser muito


prejudicial, tanto no âmbito mental quanto físico. Um dos problemas
físicos mais comuns são os danos às funções do fígado, por
exemplo. Se o usuário apresentar predisposição para o problema, há
o risco elevado de causar dependência e levar ao alcoolismo.

Drogas depressoras não recomendadas

Neste tópico, você vai conhecer outras drogas depressoras que


:
causam efeitos muito graves ao organismo. Existem ainda outros
elementos depressores — classificados como ilegais — que podem
ter efeitos bem graves no organismo. Tais drogas integram o grupo
de substâncias ilícitas, já que são bastantes prejudiciais à saúde
mental e física.

Entre elas, talvez a heroína seja o maior exemplo. De uso injetável, a


droga cai na corrente sanguínea e causa um efeito muito rápido. Por
isso, provoca euforia momentânea, o que leva ao vício. Porém,
quando passa o efeito, o usuário tem sensações de ansiedade e de
depressão.

As drogas depressoras ilegais podem ter um efeito devastador na


vida dos dependentes químicos. O uso frequente pode levar à
dependência, além de causar graves prejuízos à saúde e à vida
pessoal. Nesse contexto, é importante que as pessoas que convivem
com quem se encaixa nesse perfil busquem ajuda profissional para
ajudá-las.

Quais os principais tipos de drogas


depressoras?
Em geral, a classificação das drogas é feita conforme os efeitos que
causam no sistema nervoso central. Como já falamos sobre os
medicamentos, vamos citar outras classes. Confira!

Drogas estimulantes

Diferentemente das depressoras, essas drogas possuem ação


estimulante que acelera as atividades do sistema nervoso central.
Entre as mais utilizadas pela população estão o crack, a cocaína, a
cafeína e a nicotina.

Seus principais efeitos sobre o corpo são:


:
euforia e agressividade;
agitação com fala descoordenada;
muita ansiedade.

Drogas perturbadoras

Essa classe também é chamada de alucinógenas, já que alteram as


funções psíquicas do indivíduo e modifica a sua percepção da
realidade. Seu uso pode causar alucinações e delírios. Nessa
categoria, as mais comuns são a maconha, solventes, LSD e
cogumelo.

Os prejuízos mais comuns associados ao uso são:

redução da memória e da concentração;


dificuldade de ajuste social, tais como desemprego;
aumento de conflitos afetivos e familiares;
consequências físicas, tais como doenças cardíacas, renais e
hepáticas.

Como o Hospital Santa Mônica pode ajudar?


O Hospital Santa Mônica é especializado em reabilitação da saúde
mental e oferece tratamentos psiquiátricos diversos. Nossos
pacientes contam com uma excelente estrutura hospitalar e com
uma equipe multidisciplinar especializada na assistência completa
aos pacientes.

Disponibilizamos atendimento para o público infantojuvenil, adultos e


idosos. O hospital oferece tratamento especializado para a
recuperação da saúde mental e da dependência química. Nossos
profissionais são treinados para auxiliar no processo de reabilitação
da saúde integral, contribuindo para a promoção da saúde e
qualidade de vida.
:
Como você percebeu, convém saber a classificação das drogas
depressoras e os riscos negativos que as não recomendadas podem
causar. Para maior segurança de nossos pacientes, trabalhamos
com terapias ambulatoriais e também com alternativas de internação
para os casos mais graves.

Conhece alguém que precisa de ajuda nesse sentido? Procure o


Hospital Santa Mônica hoje mesmo.
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