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O uso também poderá ser associado à psicoterapia dependendo do quadro clínico. Portanto,
consulte um psicólogo antes de tomar quaisquer decisões.
Ademais, os transtornos mentais apresentam peculiaridades e sintomas semelhantes que tornam
o diagnóstico preciso mais demorado. Não é incomum o paciente experimentar mais de um
remédio até encontrar aquele que aja da maneira desejada.
O profissional é capaz de verificar se o medicamento está fazendo efeito logo nas primeiras
semanas e ajustar o tratamento conforme as necessidades do paciente.
Mirtazapina
Mirtazapina é um antidepressivo tetracíclico que aumenta a quantidade de serotonina e
noradrenalina, associado às funções executivas e dores físicas, no neurônio. Esse aumento dos
neurotransmissores gera melhoras nos sintomas da depressão.
Costuma ser mais rápido do que outros antidepressivos. Os efeitos positivos já começam a
surgir entre 2 a 4 semanas. Para balancear os efeitos colaterais (aumento de peso, sonolência e
disfunção sexual), pode ser utilizada em associação com outros medicamentos indicados pelo
médico.
Citalopram
Este medicamento é próprio para o tratamento da depressão, do pânico e do transtorno
obsessivo compulsivo. Os principais efeitos do citalopram são observados entre 2 a 4 semanas
após o início do uso. Atua corrigindo as concentrações inadequadas de neurotransmissores,
como a serotonina.
Medicamentos psiquiátricos para ansiedade
Diazepam
Gera alívio sintomático da ansiedade e outras patológicas associadas à síndrome da ansiedade
generalizada, incluindo também insônia e síndrome do pânico. O diazepam produz um efeito
calmante no corpo e também funciona como sedativo. O efeito é notado após 20 minutos de sua
ingestão, sendo que sua concentração máxima é atingida de 30 a 90 minutos depois de sua
administração.
Bromazepam
Indicado para ansiedade, tensão, transtornos do humor e esquizofrenia. Em doses baixas, reduz
a tensão e ansiedade e, em mais elevadas, tem efeito sedativo e relaxante muscular. Seu uso é
recomendado apenas em quadros graves ou incapacitantes.
Alprazolam
O alprazolam é usado no tratamento de transtornos de ansiedade e do pânico, com ou
sem agorafobia. Ele atua principalmente no sistema nervoso central, por isso, pode haver leve
comprometimento de reflexões leves e sonolência durante o dia. Reduz a manifestação de
sintomas como tensão, apreensão, irritabilidade, insônia, taquicardia, hiperatividade, etc.
Lorazepam
Atua como controle do transtorno de ansiedade generalizada ou para o alívio dos sintomas no
cotidiano. Pode ser também usado como medicação complementar no tratamento da ansiedade
em estados psicóticos e depressão profunda. Age em diversos receptores em locais diferentes do
sistema nervoso central, diminuindo a geração de estímulos nervosos dos neurônios. Dessa
forma, reduz a ansiedade.
Quetiapina
A quetiapina é um antipsicótico atípico. É usada para tratar insônia, esquizofrenia, quadros de
depressão e ansiedade (como um potencializador), transtorno bipolar. A quetiapina age de
forma diferente em cada região do cérebro. Nas áreas centrais, ela bloqueia a dopamina, assim,
diminui sintomas de insônia, irritabilidade, ansiedade e controla também o impulso.
Em pessoas que apresentam esquizofrenia, ajuda a diminuir delírios e alucinações. As doses
neste caso são mais altas. Ela também melhora o humor e as interações sociais. Os efeitos
dependem da dose utilizada. Os efeitos começam a aparecer entre 2 a 4 semanas.
Risperidona
Este antipsicótico trata esquizofrenia, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno bipolar e
irritabilidade associada com o autismo. Sua ingestão pode ser tanta pela via oral quanto injetada
no músculo. Atua também em distúrbios que causam agressividade, desconfiança e isolamento
social. O tempo de ação dela é após 1 hora da ingestão.
A importância da Terapia no tratamento
Na última semana tive a grata surpresa de assistir a palestra do psiquiatra Eduardo Ferreira, em
um evento de saúde mental. Em uma das suas falas, o Dr. Eduardo afirmou que somente o uso
de medicamentos, sem o devido tratamento psicoterapêutico tem eficácia reduzida.
É preciso lembrar que os fármacos têm atuação somente nos sintomas físicos dos transtornos
mentais, não conseguindo ter ação nas causas que levaram cada indivíduo a adoecer. Por essa
razão, um processo terapêutico é fundamental para que pessoas diagnosticados com qualquer
distúrbio obtenham resultado mais rápido e com efeito duradouro.
Portanto, se você está passando por alguma situação de vida que demanda a ingestão de um
medicamento psiquiátrico, considere também a opção de consultar um psicólogo. Este é o
profissional preparado para compreender a psique humana. Através das sessões de terapia,
conseguimos olhar para dentro e compreender quais atitudes e crenças nos fizeram adoecer,
bem como trabalhar questões como autoestima, limites, aprender a dizer não e descobrir um
verdadeiro propósito.
Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos
específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira
você mesmo todas as oportunidades oferecidas!
Alerta final sobre medicamentos psiquiátricos
Os medicamentos psiquiátricos devem ser utilizados apenas conforme a orientação de um
profissional. Cada fármaco possui uma ação diferente e, dependendo da dose, traz benefícios
diferenciados para cada caso.
Então, mesmo que você conheça alguém que tenha o mesmo transtorno mental, não se
automedique levando em conta as experiências e relatos de outra pessoa.
Esses medicamentos existem para nos ajudar, portanto, é nosso dever observar com cuidado o
modo de uso para termos resultados bons.
Para catalisar os efeitos positivos, você pode aliar terapias alternativas e fazer modificações em
seu estilo de vida, como, por exemplo, praticar exercícios físicos ou procurar um passatempo
para cultivar rotineiramente. A administração correta do medicamento facilitará a realização
dessas atividades.