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PSICOFÁRMACOS

FELIPE FERNANDES
CRP 12/19412
(47) 99157-8949
@psicologo.felipe
psifelipefernandes@gmail.com
O que são?
Os medicamentos psiquiátricos, psicofármacos ou
psicotrópicos são grupos de substâncias químicas
que trabalham no sistema nervoso central.
Por afetarem os processos mentais, alteram a
percepção, emoções e comportamentos dos
pacientes.
Assim, é possível “se desligar” dos sintomas dos
transtornos mentais, combatendo-os.
O que são?
A escolha do medicamento leva em
consideração uma variedade de fatores
particulares, como história pessoal do
paciente, idade, patologias físicas, histórico
de doenças e resposta a usos anteriores.

O uso também poderá ser associado à


psicoterapia dependendo do quadro clínico.
O uso dos medicamentos psiquiátricos
ainda está atrelado a preconceitos e
julgamentos equivocados sobre
transtornos mentais.

As pessoas que os consomem geralmente


não gostam que os outros saibam.

Obviamente, este é um assunto


particular de cada um e muitos preferem
tratar a situação com privacidade.
Os medicamentos psiquiátricos integram
parte essencial do tratamento dos
transtornos mentais, quando indicados
pelo profissional da saúde.

Os efeitos colaterais são uma das


maiores preocupações das pessoas e dos
médicos. O ganho de peso, por exemplo,
é uma reclamação comum. Alguns
pacientes desistem assim que notam a
existência deles.
Medicamentos
Psiquiátricos para
Depressão
Fluoxetina
É um dos medicamentos mais utilizados para o
tratamento da depressão, ansiedade, síndrome
do pânico, bulimia, disforia e outros.

Ele aumenta os níveis de serotonina, o


neurotransmissor responsável pela regulagem
do humor, bem-estar, sono, apetite, entre
outras funções.

A recomendação da fluoxetina é ingeri-la


diariamente. Os efeitos positivos começam a se
manifestar no período de 2 a 6 semanas.
Escitalopram
Indicado para pacientes depressivos e ansiosos, além
dos que apresentam síndrome do pânico e
transtorno de ansiedade social, é um dos
medicamentos mais recomendados pelos médicos.

O escitalopram corrige as concentrações danosas de


neurotransmissores no cérebro, aumentando os
níveis de serotonina entre os neurônios. Combate os
sintomas da depressão aguda mais rápido do que
outros medicamentos.

A melhora clínica é visível entre 2 a 6 semanas.


Mirtazapina
Mirtazapina é um antidepressivo tetracíclico que
aumenta a quantidade de serotonina e
noradrenalina, associado às funções executivas e
dores físicas, no neurônio.

Esse aumento dos neurotransmissores gera


melhoras nos sintomas da depressão.

Os efeitos positivos já começam a surgir entre 2 a 4


semanas. Para balancear os efeitos colaterais
(aumento de peso, sonolência e disfunção sexual),
pode ser utilizada em associação com outros
medicamentos indicados pelo médico.
Citalopram
Este medicamento é próprio para o
tratamento da depressão, do pânico e do
transtorno obsessivo compulsivo.

Os principais efeitos do citalopram são


observados entre 2 a 4 semanas após o
início do uso.

Atua corrigindo as concentrações


inadequadas de neurotransmissores, como
a serotonina.
Medicamentos
Psiquiátricos para
Ansiedade
Diazepam
Gera alívio sintomático da ansiedade e
outras patológicas associadas à síndrome
da ansiedade generalizada, incluindo
também insônia e síndrome do pânico.

O diazepam produz um efeito calmante no


corpo e também funciona como sedativo.

O efeito é notado após 20 minutos de sua


ingestão, sendo que sua concentração
máxima é atingida de 30 a 90 minutos
depois de sua administração.
Bromazepam
Indicado para ansiedade, tensão,
transtornos do humor e esquizofrenia.

Em doses baixas, reduz a tensão e


ansiedade e, em mais elevadas, tem efeito
sedativo e relaxante muscular.

Seu uso é recomendado apenas em


quadros graves ou incapacitantes.
Alprazolam
O alprazolam é usado no tratamento de
transtornos de ansiedade e do pânico, com
ou sem agorafobia.

Ele atua principalmente no sistema nervoso


central, por isso, pode haver leve
comprometimento de reflexões leves e
sonolência durante o dia.

Reduz a manifestação de sintomas como


tensão, apreensão, irritabilidade, insônia,
taquicardia, hiperatividade, etc.
Lorazepam
Atua como controle do transtorno de
ansiedade generalizada ou para o alívio dos
sintomas no cotidiano.

Pode ser também usado como medicação


complementar no tratamento da ansiedade em
estados psicóticos e depressão profunda.

Age em diversos receptores em locais


diferentes do sistema nervoso central,
diminuindo a geração de estímulos nervosos
dos neurônios. Dessa forma, reduz a ansiedade.
Medicamentos
Psiquiátricos
Antipsicóticos
Importante!
Medicamentos antipsicóticos são próprios para o
tratamento de psicoses, caracterizada pela perturbação
da mente, particularmente a esquizofrenia e o transtorno
afetivo bipolar (TAB).

As psicoses provocam reclusão social, insônia, falta de


motivação e dificuldades para executar tarefas diárias.
Não há uma causa única, mas, sim, um conjunto de
variáveis.

Porém, acredita-se que o neurotransmissor dopamina,


envolvida no controle dos movimentos, aprendizado,
humor e emoções, esteja implicado.
Clozapina
Usado na redução do risco de
comportamento suicida em pacientes com
esquizofrenia ou transtorno esquizo
afetivo.

É recomendado quando há reincidência


da tentativa de suicídio e funciona como
bloqueador do receptor D4, ou receptor
de dopamina, no cérebro.
Amissulprida
A amissulprida atua rapidamente no organismo,
melhorando tanto os sintomas positivos, associados
aos comportamentos psicóticos incomuns em pessoas
saudáveis, como alucinações, delírios e perturbações
do pensamento; quanto aos sintomas negativos,
caracterizados pela interrupção de emoções e
comportamentos normais, como redução da fala, do
afeto e do prazer pela vida.

A ação terapêutica possui dois picos: um efeito uma


hora após a ingestão e o segundo, entre 3 a 4 horas.
Quetiapina
A quetiapina é um antipsicótico atípico. É usada para
tratar insônia, esquizofrenia, quadros de depressão e
ansiedade (como um potencializador), transtorno
bipolar.

A quetiapina age de forma diferente em cada região do


cérebro: Nas áreas centrais, ela bloqueia a dopamina,
assim, diminui sintomas de insônia, irritabilidade,
ansiedade e controla também o impulso.

Em pessoas que apresentam esquizofrenia, ajuda a


diminuir delírios e alucinações. Os efeitos começam a
aparecer entre 2 a 4 semanas.
Risperidona
Este antipsicótico trata esquizofrenia, transtorno
de estresse pós-traumático, transtorno bipolar e
irritabilidade associada com o autismo.

Sua ingestão pode ser tanta pela via oral quanto


injetada no músculo. Atua também em distúrbios
que causam agressividade, desconfiança e
isolamento social.

O tempo de ação dela é após 1 hora da ingestão.


Os medicamentos psiquiátricos devem ser utilizados apenas
conforme a orientação de um profissional.

Cada fármaco possui uma ação diferente e, dependendo da


dose, traz benefícios diferenciados para cada caso.

Mesmo que você conheça alguém que tenha o mesmo


transtorno mental, não se automedique levando em conta as
experiências e relatos de outra pessoa.
A Terapia no Tratamento
É preciso lembrar que os fármacos têm atuação somente nos
sintomas físicos dos transtornos mentais, não conseguindo ter
ação nas causas que levaram cada indivíduo a adoecer.

Por essa razão, um processo terapêutico é fundamental para que


pessoas diagnosticados com qualquer distúrbio obtenham
resultado mais rápido e com efeito duradouro.
A Terapia no Tratamento
“Será que o terapeuta vai me entender?”

“Será que eu vou confiar nele?”

“O que eu devo falar na primeira sessão?”


A Terapia no Tratamento
A Psicoterapia favorece a compreensão dos pontos cegos da sua
vida, lidar com várias situações e não perder mais tempo com
relações fracassadas ou trabalhos que são improdutivos.
Fazer Terapia por quanto tempo?
O tempo que for necessário.

Para alguns casos pontuais, pode demorar apenas alguns meses, mas
a grande maioria das pessoas precisa do auxílio por alguns anos.

Tanto você quando o psicólogo podem dizer quando acham que é hora
de encerrar a terapia, mas a decisão sempre será tomada em conjunto
por vocês dois.
CURIOSIDADES...

Você conhece o desenho


animado Ursinho Pooh?
Você sabia que neste desenho
animado existem personagens com
transtornos mentais?
Pooh
O Ursinho Pooh teria o transtorno
alimentar, representado por sua
necessidade constante de comer mel, e o
transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade ou TDAH.

O TDAH é representado por seus


pensamentos desordenados,
esquecimento e observações aleatórias.
Leitão
Leitão representa o transtorno de
ansiedade generalizada (TAG).

Qualquer coisa que aconteça ou que


possa acontecer já é motivo para alarde.
Movimentos repentinos e barulhos
diferentes são suficientes para fazer o
pobre Leitão correr.

Por isso, ele prefere ficar próximo da


calmaria e distração de Pooh.
Tigrão
Assim como o Ursinho Pooh, Tigrão é
representado pelo transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade.

O tigre não consegue ficar parado por um


instante sequer. Ele é extremamente ativo,
mesmo quando sabemos que precisa de
um descanso.

Ele também parece apresentar o


transtorno bipolar, alterando seu estado de
humor de muito alegre para bastante triste
de uma hora para a outra.

Talvez o transtorno de bisonho seja o
mais notável: a depressão.

Ele sempre apresenta um olhar triste e


negativo para a vida, nunca sentindo
emoções positivas como felicidade e
entusiasmo.

Essa depressão severa faz com que ele


permaneça em um estado de mau-humor
contínuo. Isso o faz chegar ao ponto de
parecer confortável com a tristeza.
Abel
Abel, o coelho que precisa manter as
coisas organizadas o tempo todo.

Sua energia raivosa é gasta contando,


recontando, arranjando e rearranjando
tudo e todos de sua vida.

Chega ao ponto de incomodar seus


amigos. Onde quer que as coisas estejam
fora de ordem, lá está Abel para
organizá-las.
Guru
O canguru Guru é superprotegido por sua
mãe Kan e apresenta sinais de autismo.

Guru frequentemente deixa de prestar


atenção para o que está acontecendo ao
seu redor. Isso o faz cair em situações
perigosas diversas vezes.

Além disso, sua outra atividade preferida


é ficar na bolsa de sua mãe, sem muito
interesse em aventuras.
Corujão
Corujão é o único capaz de ler e escrever.

Por esse mesmo motivo, ele está


frequentemente fazendo sinais
charmosos de sabedoria.

Entretanto, ainda assim ele comete


alguns erros e apresenta lentidão em sua
leitura, representando sua dislexia.

O Corujão é uma prova viva de que


pessoas disléxicas podem ser, na
verdade, muito inteligentes.
Christopher Robin
É a criança que vê todos os personagens, e
possui esquizofrenia.

Acredita-se que todos os personagens sejam


imaginações de sua mente criativa. Cada um
deles é uma manifestação de seu humor.

A esquizofrenia não faz com que a pessoa veja


ou escute coisas que não estão lá.

Sua palavra vem do grego e significa “mente


separada” ou seja, fora da realidade.
Acima de qualquer outro tipo de problema de saúde, o sofrimento e
incapacidade são a maior característica.

Podem ser ocasionados por fatores biológicos, ambientais ou


psicológicos, e não escolhem etnia/gênero/idade/cultura/classe
econômica.

Ou seja, podem afetar qualquer pessoa em qualquer época da sua


vida.

Para atingir completo bem-estar físico, psíquico e emocional, é


fundamental ter conhecimento desses transtornos e identificá-los o
quanto antes.

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