Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FASES DO DIAGNÓSTICO
Fase pré-analítica: Fase que se inicia com a solicitação da análise, passando pela obtenção da amostra e finda ao se iniciar a análise
propriamente dita.
Fase analítica: Conjunto de operações, com descrição especifica utilizada na realização das análises de acordo com determinado método.
Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda com a emissão do laudo, para a interpretação
pelo solicitante.
COLETA E TRANSPORTE
A coleta e transporte deve ser realizada conforme o material clínico, e de acordo com o exame solicitado.
Frascos de boca larga: escarro; fezes; urina.
Swabs com meio Stuart ou Amies: isolamento de bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas.
Meio Cary-Blair: contém conservantes para amostra de fezes e isolamento de enteropatógenos.
MEIOS DE CULTURA
Ágar Sangue: meio não seletivo e não diferencial que permite o crescimento de Gram-negativas e Gram-positivas, leveduras, além de
permitir a visualização da hemólise.
Ágar Chocolate: meio nutritivo que permite o crescimento da maioria das bactérias, especialmente H. influenzae e N. gonorrhoeae.
Thayer-Martin: meio seletivo utilizado para isolamento de N. gonorrheae e N. meningitidis. Inibe a maioria das outras bactérias.
Eosin Methilene Blue- EMB: meio seletivo e diferencial que permite o crescimento de bacilos Gram negativos, diferenciando as bactérias em
lactose positiva e lactose negativa. Inibe bactérias Gram positivas.
Mac Conkey: meio seletivo e diferencial que permite o crescimento de bacilos Gram negativos, diferenciando as bactérias em lactose positiva
e lactose negativa. Inibe bactérias Gram positivas.
Salmonella-Shiguella – SS: meio seletivo e diferencial para isolamento de Salmonella spp. e Shigella spp. detecta a produção de H2S.
CLED (cystine lactose eletrolyte deficiente agar): meio que permite crescimento de vários BGN e CGP, como sua composição é deficiente
em eletrólitos, inibe a formação de véu do Proteus spp.
Ágar Karmali Campy: meio seletivo para isolamento de Campylobacter spp.
Caldo Tioglicolato: meio de enriquecimento, desenvolve a maioria das bactérias.
Caldo Tetrationato: meio de enriquecimento, para Salmonella spp.
Caldo TODD: meio de enriquecimento, com ácido nalidíxico e gentamicina ou colistina, para isolamento de Streptococcus.
Cromo Ágar: meio cromogênico, para várias culturas, ocorre alteração nas cores das colônias.
Peritonire primária:
• Crianças: S.pneumoniae, S. pyogenes, enterobactérias, SCN.
• Adultos; E. coli, S.pneumoniae, S. pyogenes.
Peritonire secundária:
• Anaeróbios (B. fragilis), E.coli, Enterococcus spp., Streptococcus spp.,
N. gonorrheae.
Líquido ascítico.
Líquido de diálise:
• SCN; S. aureus; Enterococcus spp.; Streptococcus spp.; P.
aeruginosa; Acinetobacter spp.; Enterobactérias.
Líquido sinovial:
• S. aureus; N. gonorrheae; H. influenzae; S. pyogenes
• Em próteses: SCN; Propionibacterium spp.; Corynebacterium spp.
LCR:
• Devido à vacinação contra H. influenzae tipo B, vacinas polivalentes contra S. pneumoniae e o aumento destes resistentes a penicilina,
observamos alteração da epidemiologia das meningites.
• As meningites agudas podem ser de origem bacteriana ou viral.
• Normalmente a concentração de microrganismos é baixa (10 ³ UFC/mL), por isso a importância da centrifugação da amostra.
CGP
Staphylococcus
As espécies clinicamente mais importantes são:
• S. aureus (possui a enzima coagulase)
• S. epidermidis (microbiota, menos virulenta do que o S. aureus, (biofilme)).
• S. saprophyticus (infecção do TGU, cistite, uretrite e pielonefrite).
• S. warneri, S. hominis, S. haemolyticus, S. capitis, S. caprae, S. lugdunensis.
A partir da caracterização da amostra como CGP através da coloração de Gram, a determinação da família é feita pela prova da catalase.
Streptococcus
β-Hemolíticos GRUPO A: S. pyogenes (Faringite frequente).
β-Hemolíticos GRUPO B: S. agalactiae (Microbiota do TGI) E mulheres coloniza a vagina e o reto, por isso é a principal causa de doença nos
períodos neonatal e perinatal.
β-Hemolíticos GRUPO D: S. bovis: associado a infecções humanas e animais; S. equinus: predominantemente em cavalos, raro agente
causador de bacteremia e endocardite no homem; S. pneumoniae: Principal agente causador de pneumonia bacteriana comunitária, causa
meningite bacteriana em adultos; principal fator de virulência: cápsula de polissacarídeos.
Streptococcus do grupo viridans: Inclui várias espécies de estreptococos α-hemolíticos e não hemolíticos: S. sanguis, S. oralis, S. gordonii, S.
mitis, S. mutans e S. salivarius.
Enterococcus spp: possui resistência às penicilinas, cefalosporinas e vancomicina; as espécies mais importantes são: E. faecalis, E. faecium.
COCOS GRAM POSITIVOS (CGP)
Dentre os cocos Gram positivos serão enfatizados alguns gêneros: estafilococos, estreptococos e enterococos.
Após avaliação preliminar da característica macroscópica e crescimento da colônia microbiológica, bem como
realização do esfregaço e coloração de Gram confirmando a presença de CGP em microscópio óptico (objetiva 1000X
– imersão). A identificação e diferenciação dos gêneros dos cocos Gram positivos se inicia com a prova da catalase.
PROVA DA CATALASE
Finalidade
Verificar a presença da enzima catalase que decompõe H2O2 em H2O + O2 e dessa forma, distinguir
os grupos estafilococos dos estreptococos e enterococos.
Procedimento
Com alça bacteriológica, retirar duas ou três colônias do meio de cultura.
Colocar a colônia sobre a lâmina de vidro ou de fundo escuro e adicionar uma gota de H2O2.
Leitura
Observar a formação de bolhas
Interpretação
Formação de bolhas indica ser o gênero Staphylococcus spp.
Sem formação de bolhas indica serem os gêneros Streptococcus spp. e Enterococcus spp.
Finalidade
Verificar se o microrganismo possui a coagulase (ou fator aglutinante) livre e ligada que, reagindo com um fator
plasmático, forma um complexo que atua no fibrinogênio do plasma formando a fibrina.
Procedimento
Colocar 0,5 mL de plasma comercial em tubo de ensaio.
Adicionar um alçada de colônia diretamente no plasma comercial (plasma de coelho liofilizado).
Identificar e incubar por 4 h a 35±2°C em estufa ou banho-maria; caso não haja formação de
coágulo, incubar por 24h.
Leitura
Formação de coágulo observada pela inclinação suave do tubo.
Interpretação
Formação de coágulo inteira ou parcial identifica o Staphylococcus aureus.
Não formação de coágulo identifica os stafilococos coagulase negativa (SCN).
TESTE DA DNase (Azul de toluidina O)
Finalidade
Verificar se o microrganismo possui a enzima desoxiribonuclease, a qual degrada o ácido nucléico (DNA).
Procedimento
Fazer um inóculo denso de forma circular em uma pequena parte do meio DNase;
Identificar a placa e incubar a 35±2°C por 18 – 24h. Na placa pode ser inoculada com várias cepas.
Leitura
Formação de um halo cor-de-rosa ao redor do crescimento bacteriano.
Interpretação
Formação de halo cor-de-rosa identifica Staphylococcus aureus.
Crescimento bacteriano sem formação de halo cor-de-rosa identifica os estafilococos coagulase negativa.
OBS: este teste pode também ser usado para identificação dos bacilos Gram negativos não
fermentadores de glicose.
Finalidade
Verificar se o microrganismo tem a capacidade de fermentar o manitol contendo 7,5% de cloreto de sódio.
Procedimento
Semear com auxílio de alça bacteriológica as colônias (3-4 colônias) na superfície do ágar manitol.
Identificar o tubo e incubar a 35±2°C em estufa microbiológica por 18-24h.
Leitura
Formação de superfície amarela produzida pelas colônias no ágar manitol.
Interpretação
Formação de superfície amarela pelas colônias identifica Staphylococcus aureus.
Meio permanece inalterado na superfície, identifica estafilococos coagulase negativa (SCN).
OBS: outras espécies de estafilococos, com pouca frequência, também podem produzir ácido a
partir do manitol, portanto também devem ser testados quanto à produção de coagulase.
TESTE DE RESISTÊNCIA- NOVOBIOCINA
Finalidade
Verificar se o microrganismo é resistente à novobiocina.
Procedimento
Semear a colônia em ágar Mueller-Hinton, através da técnica de execução do antibiograma.
Com auxílio de pinça estéril, colocar um disco de novobiocina 5µg/mL.
Identificar o tubo e incubar a 35±2°C em estufa microbiológica por 18-24h.
Leitura
Formação de halo de inibição, que deve ser medido.
Interpretação
Formação de halo ≤ 16 mm identifica Staphylococcus saprophyticus.
Finalidade
O teste de PYR determina a atividade da enzima pyrrolidonil arilamidase produzida também por alguns stafilococos
coagulase negativa (SCN).
Procedimento
Com auxílio de uma pinça, retirar um disco de PYR do frasco e colocá-lo sobre uma lâmina ou
placa de Petri vazia.
Pingar uma gota de água destilada estéril (não utilizar salina, pois torna a reação mais lenta e menos intensa).
Realizar um esfregaço (de preferência com palito de madeira) com bactéria a ser testada, recém-isolada, sobre o
disco de PYR umedecido.
Aguardar alguns minutos e colocar uma gota do reagente PYR. A reação ocorre em até um minuto.
Interpretação
Teste de PYR positivo apresenta o desenvolvimento de cor vermelha.
Os Staphylococcus lugdunensis, S. haemoliticus e S. intermedius são PYR (+).
O aparecimento de coloração amarela ou laranjada indica resultado negativo.
PROVA COMPLEMENTAR (ORNITINA) para Staphylococcus lugdunensis e S. haemoliticus.
Finalidade
Avalia a habilidade enzimática dos S. lugdunensis e S. haemoliticus em degradar o aminoácido
ornitina, resultando em uma alcalinização do meio.
Procedimento
Com auxílio da alça ou agulha de repique microbiológica, introduzir com uma picada central no
ágar ornitina 03 a 04 colônias do ECN a ser testado.
Identificar o tubo e incubar a 35±2°C em estufa microbiológica por 18-24h.
Leitura
Formação de cor amarela ou roxa no tubo contendo ornitina.
Interpretação
Teste (+): Meio com coloração roxa
Teste (-): Meio com coloração amarela
Finalidade
Diferenciar Streptococcus pyogenes (grupo A) de outras espécies de CGP catalase negativa.
Procedimento
Com auxílio do swab umedecido com salina estéril, pegar 04 ou 05 colônias puras beta-hemolíticas da placa primária
ou reisolamento.
Semear as colônias presentes no swab, em ágar sangue com movimentos retilíneos e uniformes em todos os
sentidos da placa.
Colocar na superfície do AS um disco de bacitracina 10mcg.
I identificar a placa e incubar em jarra de vela, a 35±2°C em estufa por 18-24h.
Leitura
Formação de halo de inibição.
Interpretação
A presença de qualquer halo de inibição ao redor do disco é interpretada como sensível a bacitracina e indicando a
espécie S. pyogenes.
Finalidade
O teste visa identificação de cepas de Streptococcus agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem o fator CAMP que
atua sinergicamente com a β-hemolisina produzida pelo Staphylococcus aureus em ágar sangue.
Procedimento
Semear um inóculo na horizontal de S. aureus ATCC 25923 (ou cepa de S. aureus com duplo halo de hemólise) de um
ponto a outro da placa de AS (ágar sangue).
Semear perpendicularmente (90°) a colônia de estreptococo beta-hemolítico a ser testada, sem que haja contato
com a estria de S. aureus.
Identificar a placa e incubar em jarra de vela, a 35±2°C em estufa por 18-24h.
Leitura
Visualizar a imagem de uma seta ou meia-lua no AS.
Interpretação
A formação de uma seta ou meia-lua convergindo para o S. aureus na intersecção do crescimento das duas
bactérias indica que o teste é positivo e indica a espécie de Streptococcus agalactiae.
Se não houver formação de seta ou meia-lua, o teste é negativo e a cepa não pertence ao grupo B de Lancefield.
TESTE DE PYR (pyrrolidonil arilamidase)
Finalidade
O teste de PYR determina a atividade da enzima pyrrolidonil arilamidase produzida pelo Streptococcus pyogenes,
mas não pelos demais estreptococos β-hemolíticos. Colônias β-hemolíticas de enterococos podem ser confundidas
com S. pyogenes, pois ambas apresentam positividade neste teste.
Procedimento
Com auxílio de uma pinça, retirar um disco de PYR do frasco e colocá-lo sobre uma lâmina ou placa de Petri vazia.
Pingar uma gota de água destilada estéril (não utilizar salina, pois torna a reação mais lenta e menos intensa).
Realizar um esfregaço (de preferência com palito de madeira) com bactéria a ser testada, recém-isolada, sobre o
disco de PYR umedecido.
Aguardar alguns minutos e colocar uma gota do reagente PYR. A reação ocorre em até um minuto.
Interpretação
Teste de PYR positivo apresenta o desenvolvimento de cor vermelha.
Os Streptococcus pyogenes e os Enterococcus spp. são PYR positivo.
O aparecimento de coloração amarela ou laranjada indica resultado negativo.
Finalidade
Diferencia os Enterococcus spp de outros Streptococcus spp., tendo como princípio a hidrólise da esculetina
presente no meio de cultura bile-esculina pela bactéria; formando esculetina e dextrose.
A esculetina reage com sais de ferro presente no meio bile-esculina tornando-o enegrecido.
Procedimento
Semear com auxílio de alça bacteriológica as colônias (3-4 colônias) do ágar sangue na superfície do ágar Bile-
esculina. Identificar o tubo e incubar a 35±2°C em estufa microbiológica por 18-24h.
Interpretação
Presença de cor enegrecida na superfície do meio bile-esculina, identifica Enterococcus spp.
Meio permanece inalterado na superfície do meio bile-esculina, identifica outros Streptococcus spp.
PROVA DA OPTOQUINA
Finalidade
Fármaco utilizado para indicar se o streptococos alfa-hemolítico é um pneumococo. A optoquina é uma droga
solúvel em água que se difunde rapidamente em meio de cultura sólido.
Procedimento
Com auxílio do swab umedecido com salina estéril, pegar 04 ou 05 colônias puras alfa-hemolíticas da placa primária
ou reisolamento.
Semear as colônias presentes no swab, em ágar sangue com movimentos retilíneos e uniformes em todos os
sentidos da placa. Colocar na superfície do AS um disco de optoquina 5µg.
Identificar a placa e incubar em jarra de vela, a 35±2°C em estufa por 18-24h.
Interpretação
Presença de halo de inibição ≥ 14 mm = Sensível a optoquina → Streptococcus pneumoniae.
O pneumococo pode apresentar halos < 14 mm, como os estreptococos grupo viridans.
Deve-se então ser realizado o teste de bile solubilidade.
MOTILIDADE DO MICRORGANISMO
Finalidade
Determinar a capacidade de movimentação do enterococos em estudo, distinguindo deste modo, a espécie do
microrganismo em questão.
Procedimento
Com auxílio de alça ou agulha de repique estéril inocular 03 a 04 colônias por picada central nos tubo de meio de
cultura do teste de motilidade.
Identificar e incubar o tubo a 35±2°C em estufa por 24 horas.
Leitura
Crescimento além da picada, motilidade POSITIVA.
Crescimento somente na picada, motilidade NEGATIVA.
Salmonella spp.
Podem ser diferenciados em 4 tipos clínicos:
Salmonella typhi, Salmonella choleraesuis, Salmonella paratyphi, Salmonella typhimurium
Gastroenterites, que varia de diarreia leve à fulminante, com febre baixa e variados graus de náuseas e
vômitos.
Bacteremia sem sintomas gastrointestinais, com picos de febre alta e hemocultivos positivos.
Febre entérica causada por qualquer cepa de Salmonella, que se manifesta em geral como febre baixa e
diarreia.
A Salmonella typhi causa febre tifoide no qual a doença progride através da febre e constipação,
hemocultivos positivos e de fezes negativo, com uma segunda fase diarreica apresentando um hemocultivo
negativo e fezes positivas.
Para identificação rotineira utilizam-se basicamente três antissoros:
a) Anti-Salmonella polivalente somático (Grupo A, B, C, D, E).
b) Anti-Salmonella somático, Grupo D (S. typhi).
c) Anti-Salmonella anti V.
Shigella spp
Shigella sonnei - soro grupo D – ornitina descarboxilase+ manitol+
Shigella dysenteriae – soro grupo A
Shigella boydii – soro grupo C manitol+
Shigella flexneri – soro grupo B manitol +
Shigelose: doença bacteriana aguda que envolve o intestino delgado, conhecida como disenteria bacilar.
Dor abdominal e cólica, diarreia com sangue, pus ou muco, febre e vômitos. (infecção autolimitada, dura 4 a
7 dias).
As infecções graves estão associadas a uma ulceração da mucosa com sangramento retal e desidratação.
Transmissão via fecal-oral.
Klebsiella spp.
São BGN largos, possui cápsula espessa, colônias mucoides, lactose +, imóveis, produz enterotoxina
termoestável.
K. rhinoscleromatis (agente do escleroma).
K. ozaneae. (rinite atrofia com perda da arquitetura da mucosa nasal).
K. oxytoca e K. pneumoniae. (Maior importância).
Serratia spp.
Produz pigmento vermelho em meios sólidos e a de maior importância clinica é a S. marcescens.
Causam infecções urinárias, feridas cirúrgicas e pneumonias, principalmente em hospital.
Possuem alta resistência aos antibacterianos.
Diferencia-se as demais enterobactérias pela presença de 3 enzimas: DNase, lipase e gelatinase.
Providencia spp.
P. rettgeri, P. stuartii (infecções do TGU, de ferida operatória e da escara de queimado).
P. alcalifaciens - Não hidrolisa uréia.
P. rustiagianii
P. heimbachae
(Alcalinizam a urina igual o Proteus).
Morganella morganii
Possível patógeno entérico, mas causa predominantemente infecções extra intestinais, principalmente no
ambiente hospitalar, destacando-se infecções no TGU, bacteremia, ferida e queimaduras.
BGN-NF
São aeróbios, não esporulados.
Não utilizam carboidratos como fonte de energia ou os degradam através de vias que não à fermentação.
Oxidase +/-
Pseudômonas aeruginosa
Bacilos Gram -, moveis.
Formam colônias redondas e lisas de coloração esverdeadas e fluorescentes (pioverdina).
Piocianina: É um fator de virulência ativo, o que permite P. aeruginosa para matar as células hospedeiras,
para contrariar os movimentos dos cílios, inibir a proliferação de linfócitos e alterar a fagocitose.
Citrobacter spp.
C. freundii e C. koseri
Faz parte da microbiota fecal, não sendo considerado um patógeno entérico.
Pode causar pielonefrite, meningites do recém-nascido, abscesso cerebral, endocardite e bacteremia em
indivíduos com a imunidade comprometida.
Enterobacter spp.
Incluem 11 espécies, os principais são E. aerogenes e E. cloacae, não causam diarreia.
São similares a Klesiella, exceto na prova da ornitina (+) e motilidade (+) fazem parte da microbiota fecal,
mas pode causar infecções oportunistas urinarias e respiratórias.
Proteus spp.
P. mirabilis (ornitina +) e P. vulgaris (ornitina -)
São móveis, com colônias irregulares em meio sólido com véu.
P. mirabilis, agente de infecções urinárias e de feridas comuns em infecções comunitárias.
Sensiveis a AMP e cefalosporina e resistentes a nitrofurantoína.
Hidrolisa uréia, formam amônia, alcaliniza a urina, favorecendo a produção de cálculos renais.
Pseudomonas aeruginosa
Cresce bem a 37-42°C ajuda a diferenciar de outras espécies de Pseudomonas.
Oxidase positiva
Não fermenta carboidratos
Burkholedeira cepacia
Isolado em numerosas fontes de H2O, superfícies úmidas, incluindo soluções de detergentes e líquidos
endovenosos.
Resistente aos aminoglicosídeos.
Sensível à (STX).
Stenotrophomonas maltophilia
Possui flagelos polares multitriquios
DNase +
Oxidase –
Resistente aos aminoglicosídeos e β –lactâmicos
Sensível à (STX)/(TRI).
Resistente a imipenem
Acinetobacter spp
Cocobacilos imóveis
Oxidase –
Das espécies mais importantes em Infecção Hospitalar (IH), atualmente chamada de Infecção Relacionada
à Assistência à Saúde (IRAS).
IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS
IAL: rugai modificado
EPM-MILI: Testes de produção de gás por fermentação de glicose, produção de H2S, hidrolise de uréia e
desaminação do triptofano.
Mili: motilidade, produção de indol e descarboxilação da lisina.
TSI
Provas de identificação manual
CITRATO
Finalidade
Verificar se as bactérias são capazes de utilizar o citrato como única fonte de carbono.
Procedimento
Com auxílio de alça ou agulha de repique estéril estriar 03 a 04 colônias na superfície do tubo de meio citrato.
Identificar e incubar o tubo a 35±2°C em estufa por 24h.
Interpretação
Crescimento bacteriano e/ou mudança de cor para azul intenso → Reação Positiva
Ausência de crescimento bacteriano, cor inalterada → Reação Negativa.
FENILALANINA (FENIL)
Finalidade
Verificar se as bactérias são capazes de degradar o aminoácido fenilalanina através da enzima fenilalanina
desaminase, tendo como produto final da reação o ácido fenilpirúvico.
O ácido fenilpirúvico é detectado com adição do Cloreto férrico 10% (indicador da reação).
Somente os gêneros: Proteus, Morganella e Providencia possuem a enzima fenilalanina desaminase.
Procedimento
Com auxílio de alça ou agulha de repique estéril estriar 03 a 04 colônias na superfície do tubo de
meio citrato. Identificar e incubar o tubo a 35±2°C em estufa por 24h.
Após 24h de incubação adicionar o cloreto férrico 10%.
Interpretação
Coloração verde musgo na superfície do fenil, após adição do cloreto férrico → Reação Positiva.
Ausência de coloração verde musgo, após adição do cloreto férrico 10% → Reação Negativa.
LISINA
Finalidade
Verificar a capacidade das bactérias de descarboxilar o aminoácido lisina em amina, resultando em alcalinidade do
meio de cultura lisina; bem como verificar a motilidade bacteriana e a visualização do indol (produto final da
descarboxilação do aminoácido triptofano) detectado com a adição do reativo de Ehrlich ou Kovacs.
Procedimento
Com auxílio de alça ou agulha de repique estéril inocular 03 a 04 colônias por picada central notubo do meio lisina.
Identificar e incubar o tubo a 35±2°C em estufa por 24h.
Após 24h de incubação interpretar as reações metabólicas.
Interpretação
# Descarboxilação da lisina
Teste (+): Lisina com coloração roxa
Teste (−): Lisina com coloração amarela
# Motilidade bacteriana
Crescimento além da picada (turvação do meio lisina). Motilidade POSITIVA.
Crescimento somente na picada (meio lisina límpido). Motilidade NEGATIVA.
# Produção de indol
Adicionar o reativo de Ehrlich ou Kovacs e observar a reação.
Teste (+): formação de anel róseo na superfície do meio, após adição do reativo Ehrlich.
Teste (−): formação de anel amarelado na superfície do meio, após adição do reativo Ehrlich.
RUGAI
Finalidade
Verificam se as bactérias são capazes de: fermentar glicose e lactose, produzir gás e H2S (gás sulfídrico), degradar
uréia e o aminoácido triptofano. Todas estas informações são visualizadas nas bases inferior e superior do tubo
Rugai.
Procedimento
Com auxílio de alça ou agulha de repique estéril inocular 03 a 04 colônias por picada central até o final do tubo e ao
chegar à superfície do meio Rugai realizar estrias. Identificar e incubar o tubo a 35±2°C em estufa por 24h. Após 24h
de incubação interpretar as reações metabólicas.
Interpretação
Na Base Inferior do Tubo Rugai
→ Fermentação da Glicose
Teste (+): base inferior do rugai amarela = bactéria fermentadora de glicose.
Teste (−): base inferior do rugai inalterada (verde) = bactéria não fermentadora de glicose.
→ Produção de Gás
Teste (+): bolhas na base inferior do tubo rugai.
Teste (-): ausência de bolhas na base inferior do rugai.
→ Produção de H2S (gás sulfídrico)
Teste (+): Base inferior do rugai com coloração negra.
Teste (−): Ausência de coloração negra na base inferior do rugai.
→ Degradação da Uréia
Teste (+): base inferior do rugai azul = bactéria degrada uréia pela ação enzima urease.
Teste (−): base inferior do rugai sem a coloração azul = bactéria não degrada uréia.