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PSICOFARMACOLOGIA

PARA
PSICÓLOGOS
F U N D A M E N T O S

EBOOK GRÁTIS

DR. CASSIANO ZORTÉA


PSIQUIATRA
SOBRE MIM

Olá!

Meu nome é Cassiano Zortéa de Conto e sou


médico Psiquiatra.

Possuo formação em Medicina pela


Universidade Federal do Rio Grande-RS.

Realizei Especialização em Psiquiatria, em


Instituição Federada e reconhecida pela
Associação Brasileira de Psiquiatria (I.A.-
ABP/AMB) em Porto Alegre-RS, onde também
aprofundei os estudos com a formação em
Psiquiatria Psicodinâmica.

Fiz também Especialização em Dependência


Química, pela UNIFESP/EPM  (Universidade
Federal de São Paulo/Escola Paulista de
Medicina).

Possuo o Título de Especialista em


Psiquiatria pela Associação Brasileira de
Psiquiatria e Associação Médica Brasileira.

DR. CASSIANO ZORTÉA


PSIQUIATRA

CRM-PR: 21.547 – RQE: 18.984


SOBRE MIM

Tenho verdadeira fascinação pela


Farmacologia e por todos os recursos e
benefícios que a mesma pode trazer para o
ser humano, e claro, principalmente para
nossos pacientes.

Ao longo do tempo, observei o quanto os


profissionais de Psicologia carecem de
informações vindas de um profissional da
área: médico, psiquiatra e prescritor da vida
real, ou seja, que prescreve medicações na
prática do dia a dia.

Psicólogos necessitam saber sobre


Psicofármacos. A Medicina evolui
constantemente e com as medicações não é
diferente. Sempre temos algo a mais para
saber ou aprender.

Enfim, espero que este E-book possa lhe


ajudar e fico muito grato por você tê-lo
baixado e pelo interesse em conhecê-lo.

Um abraço!

DR. CASSIANO ZORTÉA


PSIQUIATRA

CRM-PR: 21.547 – RQE: 18.984


PSICOFARMACOLOGIA
PARA
PSICÓLOGOS
S U M Á R I O

•Para quê serve o medicamento

•Como ele atua

•Efeitos adversos

•Doses adequadas

•Como instruir o paciente em uso


de psicotrópicos

•Quais os principais grupos de


psicofármacos

•Como a Psicoterapia e o
tratamento farmacológico
interagem

DR. CASSIANO ZORTÉA


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PSICOFARMACOLOGIA
PARA
PSICÓLOGOS
O Q U E O P S I C Ó L O G O P R E C I S A S A B E R

•Para quê serve o medicamento;

•Como ele atua;

•Efeitos adversos;

•Doses adequadas;

•Como instruir o paciente em uso de


psicotrópicos;

•Quais os principais grupos de


psicofármacos;

•Como a Psicoterapia e o tratamento


farmacológico interagem.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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PSICOFARMACOLOGIA
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P A R A Q U E S E R V E O M E D I C A M E N T O

Embora os medicamentos psicotrópicos


sejam divididos em grupos com
denominações específicas, suas ações
não se restringem apenas às suas
denominações.

Por exemplo: os Antidepressivos estão


longe de tratarem apenas quadros
Depressivos.

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Os antidepressivos também podem ser


usados para tratar:

quadros ansiosos;

síndrome do pânico;

Transtorno obsessivo-compulsivo;

alguns distúrbios do sono;

Transtorno Disfórico pré-menstrual (o


qual faz muitas mulheres sofrerem
todos os meses).

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Também podem ser:

neuroprotetores;

auxiliarem na cognição;

ajudarem no ganho de peso em pessoas


muito magras (com câncer, por
exemplo);

nos distúrbios alimentares e de


dismorfismo corporal.

Ou seja, os psicotrópicos podem


desempenhar diversas funções.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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P A R A Q U E S E R V E O M E D I C A M E N T O

Outra maneira de responder à pergunta


sobre para que servem os psicotrópicos,
é analisando seus benefícios no
tratamento das doenças psiquiátricas.

Sob este ponto de vista, podemos dizer


que os medicamentos ajudam:

no alívio do sofrimento do paciente;

na qualidade de vida como um todo;

no equilíbrio emocional;

na diminuição de riscos (como na


mania nos bipolares ou nas tentativas
de suicídio nos gravemente
deprimidos);

a evitar perdas, como o trabalho, os


amigos ou até o próprio cônjuge.

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No controle ou até mesmo na cura da


doença psiquiátrica.

O medicamento também pode ajudar,


de forma substancial, no rendimento e
aproveitamento do paciente na
Psicoterapia, desde que, claro, ele
esteja bem medicado.

O paciente mais calmo, centrado e


recebendo apoio triplo (Psiquiatra +
medicamento + Psicólogo) tende a
responder muito mais ao seu tratamento
como um todo.

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C O M O O M E D I C A M E N T O A T U A

Bom, aqui teríamos assunto para


diversas páginas mas, resumidamente, as
medicações atuam direta ou
indiretamente na absorção, distribuição,
metabolização e excreção dos
neurotransmissores envolvidos nos
transtornos mentais.

Quais os principais? São eles:

Serotonina

Dopamina

Noradrenalina

Acetilcolina

Glutamato

GABA

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Novamente, os termos, descrições e


possibilidades sobre os efeitos
colaterais destas medicações, poderiam
ocupar páginas deste E-book.

Porém como se trata de um resumo,


quero comentar o mais importante:

A GRANDE MAIORIA DOS EFEITOS


ADVERSOS DAS MEDICAÇÕES
PSICOTRÓPICAS DESAPARECEM COM O
TEMPO E COM O USO CORRETO DOS
MEDICAMENTOS.

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Ou seja, ESPERAR é a palavra chave e


paciência a suprema virtude.

Este é um aspecto em que o Psicólogo


também pode contribuir muito no
tratamento farmacológico do paciente,
demonstrando conhecimento e segurança
quanto ao medicamento, ao orientá-lo a
seguir o tratamento como prescrito por
seu médico.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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Obviamente, ocorrerão casos de


completa inadaptação ao medicamento.

Novamente, calma e orientação, nestas


horas, são necessárias.

Assustar ainda mais o paciente, só


levará ao medo de seguir o tratamento e
ao risco de abandoná-lo.

O correto é orientar que o paciente


busque informações junto ao seu médico.

Se houver alguma reação muito grave (o


que é raro), o correto é orientar que o
paciente procure um pronto-
atendimento.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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D O S E S A D E Q U A D A S

Uma pergunta clássica, porém marcante,


é a seguinte:

Qual a diferença entre o remédio e o


veneno?

Resposta: a dose.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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D O S E S A D E Q U A D A S

Embora o psicólogo não tenha a


obrigação de conhecer as dosagens das
medicações, não tenho a menor dúvida
de que, se tiver ao menos uma boa noção
sobre, poderá ajudar e muito o paciente
quando este lhe solicitar alguma
orientação a respeito, e se sobressairá
aos demais colegas de profissão que não
fazem questão de saber.

Saber as dosagens se aprende


facilmente?

Talvez não.

Mas o dia a dia, a curiosidade e a


informação, tratarão de fazê-lo aprender
naturalmente.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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C O M O I N S T R U I R O P A C I E N T E E M U S O D E
P S I C O T R Ó P I C O S

Uma vez que o paciente já venha


medicado pelo seu Psiquiatra e esteja
seguro e consciente do uso da
medicação, nada precisa ser dito.

Porém, em casos em que o paciente


solicite a opinião do Psicólogo, o mesmo
deve incentivar que o paciente faça o
uso do medicamento e trabalhe com ele,
psicoterapicamente, suas dúvidas e
receios quanto ao uso da medicação,
uma vez que o próprio paciente assumiu
o compromisso de usá-la, na consulta
com o Psiquiatra.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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C O M O I N S T R U I R O P A C I E N T E E M U S O D E
P S I C O T R Ó P I C O S

Convém evitar qualquer incentivo à


interrupção da medicação sem que antes
o paciente converse com seu médico.

Frases como: mas então pare; também


acho que você não precisa; uma outra
paciente que tomou, passou muito mal
com esse seu remédio;

são exemplos de frases que não ajudam


em nada, pois até aumentam o medo e o
receio do paciente em continuar fazendo
uso da medicação.

DR. CASSIANO ZORTÉA


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C O M O I N S T R U I R O P A C I E N T E E M U S O D E
P S I C O T R Ó P I C O S

As consequências?

Se você é um profissional que acredita


que o Lítio, por exemplo, serve apenas
para tratar transtorno bipolar e não sabe
que o mesmo também ajuda, e muito, a
diminuir ou até eliminar pensamentos
suicidas, ao incentivar sua interrupção,
você acaba de aumentar o risco de seu
paciente cometer suicídio!

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C O M O I N S T R U I R O P A C I E N T E E M U S O D E
P S I C O T R Ó P I C O S

O psicólogo que não leva a sério e não


tem conhecimento de psicofarmacologia,
está muito atrasado em relação aos seus
colegas em conhecimento, segurança
para o paciente e em resultados com o
mesmo.

O Psicólogo que detém conhecimento


medicamentoso, é mais respeitado pelo
seu paciente e agrega mais valor à sua
consulta.

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P R I N C I P A I S G R U P O S D E P S I C O F Á R M A C O S

Os principais grupos são:

Antidepressivos

Benzodiazepínicos (ansiolíticos)

Antipsicóticos

Estabilizadores do Humor

Hipnóticos

Psicoestimulantes

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Antidepressivos

Ex.:

Inibidores Seletivos da Recaptação de


Serotonina: Fluoxetina, Sertralina,
Paroxetina, Fluvoxamina, Citalopram,
Escitalopram.

Tricíclicos: Amitriptilina, Imipramina,


Nortriptilina e outros...

Inibidores da Recaptação de
Serotonina e Noradrenalina:
Venlafaxina, Desvenlafaxina,
Duloxetina e outros...

Inibidores da Recaptação da
Noradrenalina e Dopamina:
Bupropiona.

Dentre vários outros

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Benzodiazepínicos

Ex.: Clonazepam, Diazepam, Alprazolam,


Lorazepam, Bromazepam, Midazolam e
outros...

Antipsicóticos

Ex.: Haldol, Clorpromazina, Quetiapina,


Risperidona, Olanzapina, Lurazidona e
outros...

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Estabilizadores do Humor

Exemplos: Ác. Valpróico, Carbamazepina,


Oxcarbazepina e outros...

Alguns Antipsicóticos também são


estabilizadores do humor!

Ex: Quetiapina, Lurazidona e etc.

Hipnóticos: Ex.: Zolpidem, Zopiclona e


outros...

Psicoestimulantes: Ex.: Metilfenidato,


Lisdexanfetamina e outros...

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Claro que, aqui, foram apresentados


grupos e exemplo sem entrarmos em
detalhes, visto não ser o objetivo deste
E-book.

O objetivo é trazer um pouco de


informações e despertar a curiosidade
para o aprendizado dos Psicofármacos.

O ideal é ir para os livros!

DR. CASSIANO ZORTÉA


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• C O M O A P S I C O T E R A P I A E O T R A T A M E N T O
F A R M A C O L Ó G I C O I N T E R A G E M

Aqui não há muito o que dizer, a não ser


que:

É comprovado cientificamente que


medicação e psicoterapia, JUNTAS,
trazem resultados muito melhores para
nossos pacientes!

Logo, vamos promover esta união!

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M U I T O O B R I G A D O
P E L A L E I T U R A !

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