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PSIQUIATRIA SAÚDE MENTAL

Parar de tomar
remédio psiquiátrico e
interromper
tratamento: quais os
perigos?
Por Hospital Santa Mônica

27 de outubro de 2021 10 comentários

Post fixo

Parar de tomar remédio psiquiátrico por


conta própria é um grande risco para o
paciente e para a sua família, pois as
consequências são perceptíveis em pouco
tempo. Os medicamentos tarja preta, como
ansiolíticos e antidepressivos, após
interrupção brusca, podem causar crises de
choro, irritabilidade e abstinência, por
exemplo.

Os motivos da interrupção são diversos,


principalmente relacionados ao imediatismo
que as pessoas querem sobre os efeitos
desses produtos, que não são observados
nas primeiras semanas de uso.

Além disso, a falta de informações verídicas


e os relatos de outras pessoas sobre os
efeitos colaterais dos remédios
psiquiátricos acabam influenciando aqueles
indivíduos que já estão destinados a parar
de tomar.

Por isso, a dra. Luciana Mancini Bari,


médica com foco em saúde mental do
Hospital Santa Mônica, irá apresentar a
seguir quais são os perigos de parar de
tomar remédio psiquiátrico sem
consentimento médico. Acompanhe
conosco!

Qual é a importância de
tomar remédio
psiquiátrico?
O remédio psiquiátrico, cientificamente
denominado medicamento que atua no
sistema nervoso central (psicotrópico), é
aquele utilizado para tratar transtornos
mentais com ação prioritariamente no
cérebro.

Na maioria das vezes, age na liberação de


neurotransmissores para ajudar na melhoria
do humor, redução da ansiedade
patológica, controle de sintomas eufóricos,
redução de crises nervosas, entre outras
ações.

É indicado para pessoas com diagnóstico


de:

depressão;
transtorno bipolar;
transtorno de ansiedade generalizada;
transtorno de personalidade borderline;
distúrbios do pânico;
fobias;
além das associações desses problemas
nos indivíduos.

O tratamento psiquiátrico deve ser


escolhido para amenizar as manifestações
clínicas e pode ser associado ao
acompanhamento psicológico. Dependendo
da situação, será por tempo determinado.

Às vezes, uma situação desconfortante,


como a perda de um ente querido ou
estresse incomum, como os que estamos
vivenciando nesta pandemia, é fator
indicativo para uso desses remédios até
que a situação emocional se restabeleça
novamente.

Quem pode me
recomendar o melhor
remédio para tratamento
psiquiátrico?
É importante ressaltar que não existe o
melhor remédio para tratamento
psiquiátrico, mas sim aquele que foi mais
adequado para o indivíduo, pelo ponto de
vista clínico, medicamentoso e
principalmente relacionado à adesão ao
paciente.

Isso porque um medicamento psiquiátrico


pode fazer bem para uma pessoa e causar
diversas reações adversas em outra,
quando utilizado para a mesma doença,
reforçando ainda mais a tese de que o
tratamento deve ser personalizado.

Diante disso, o profissional mais indicado


para receitar um remédio desses é o
psiquiatra, após uma consulta acolhedora,
objetiva e que aborde todos o histórico
clínico e medicamentoso do paciente.

Considerando isso, o paciente pode tirar


todas as dúvidas em relação ao esquema
medicamentoso proposto, questionando o
médico sobre todos os dados da
prescrição. O psiquiatra vai esclarecer
sobre dosagem do medicamento, hora de
tomar e o que fazer quando esquecer de
tomar o remédio.

Outras recomendações pertinentes são


sobre dirigir veículos, fazer atividades que
demandam atenção, sonolência diurna,
alterações na libido e mudanças repentinas
de humor.

Não quero me viciar,


quando devo parar de
tomar remédio
psiquiátrico?
Assim como a decisão para iniciar o
tratamento psiquiátrico foi do médico, em
comum acordo com o paciente, a
interrupção deve acontecer dessa mesma
maneira. E diversos fatores precisam ser
analisados antes dessa atitude.

Primeiramente, é importante lembrar que


os remédios psiquiátricos demoram um
tempo para fazer efeito, geralmente até
quatro semanas. Ou seja, antes desse
período é muito difícil analisar o efeito
terapêutico e sugerir uma interrupção, a
menos que estejam ocorrendo reações
adversas.

Outro ponto a ser considerado é a


possibilidade de se viciar nos remédios.
Nesse caso, se o acompanhamento clínico
for efetivo, as chances desse efeito
diminuem consideravelmente para o
indivíduo. Isso porque o médico avaliará,
conforme a evolução do estado clínico do
paciente, a possibilidade do “desmane”, ou
seja, a redução gradativa da dose para
evitar a adicção em remédio.

Por isso, a decisão pelo uso e pela


interrupção deve ser sempre avaliada pelo
médico e acordada com o paciente, que
precisa relatar todos os sentimentos
envolvidos e se está aderindo
adequadamente ao esquema proposto.

Também é recomendável fazer um


acompanhamento com psicólogo para
reduzir a possibilidade de desenvolver ou
aumentar a chamada dependência
psicológica, relacionada ao medo de ficar
sem o remédio.

Sendo assim, para evitar a possibilidade de


se viciar nos remédios psiquiátricos, é
importante que o paciente seja monitorado
por uma equipe multidisciplinar e siga todas
as recomendações propostas. Caso
apresente alguma reação adversa, se faz
necessário comunicar os médicos para que
a terapia seja ajustada.

Quais são os riscos de


interromper o tratamento
com remédios
psiquiátricos?
Parar de tomar remédio psiquiátrico por
conta própria pode trazer diversas
complicações. A primeira delas é a falta de
efeito terapêutico, principalmente se
ocorrer no início do tratamento
preconizado.

Isso porque, como já mencionamos, o


remédio psiquiátrico atua no cérebro e
demora até quatro semanas para readaptar
as funções do sistema nervoso. Por isso,
não se percebe muita alteração do estado
emocional do paciente nesse período.

Outra consequência de interromper o


remédio psiquiátrico por conta própria é a
possibilidade de ocorrer o efeito rebote,
caracterizado por uma exacerbação dos
sintomas que estão sendo tratados.

Ou seja, se a pessoa parar de usar um


ansiolítico, poderá ter mais ansiedade do
que tinha antes de iniciar o tratamento,
além de outros sintomas associados, como
insônia, perda de memória e concentração,
entre outros.

Dependendo do tipo do remédio e do


tempo de tratamento, o indivíduo pode
sofrer também de outras reações corporais,
como:

coração acelerado;
transpiração excessiva;
aumento da pressão arterial;
tonturas;
náuseas;
dores de cabeça;
alterações no humor.

Por que contar com


acompanhamento
médico no tratamento?
Considerando todos os fatores
mencionados acima, conclui-se que parar
de tomar remédios por conta própria é
prejudicial para o paciente, portanto, deve
ser evitado ao máximo. O uso racional de
medicamentos é a melhor alternativa a se
fazer.

Parar de tomar remédio psiquiátrico é o


desejo de muito indivíduos, mas essa
atitude deve ser bem pensada e acordada
com o profissional da saúde para evitar
diversas consequências. Afinal, os
remédios psiquiátricos são prescritos para
condições específicas, por um tempo
determinado e dependem
consideravelmente da adesão do paciente.

Os riscos de aparecimento de efeitos


colaterais existem, mas podem ser
prevenidos ou avaliados precocemente ao
manter um acompanhamento contínuo com
uma equipe especializada e multidisciplinar,
como acontece no Hospital Santa Mônica.

E você, está passando por essa situação ou


conhece alguém que precisa de
acompanhamento? Então, entre com
contato conosco e veja como podemos
ajudar!

Cresce procura por antidepressivos na rede


pública de Araraquara, SP
Psiquiatria
Ninguém leva minha depressão a sério
Psiquiatria
Uso racional de medicação psiquiátrica
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Parar de tomar remédio psiquiátrico

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identidade e suas causas
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conheça os efeitos da droga

10 respostas em “Parar
de tomar remédio
psiquiátrico e interromper
tratamento: quais os
perigos?”

Genildo machado
23 de outubro de 2022 às 1937

minha esposa está tomando remédio para


depressão e anciedade porém ela está
inchando as pernas e o rosto o quê
devemos fazer ?

RESPONDER

Mônica
30 de novembro de 2022 às 1453

Olá Genildo, seria importante conversar


com o médico que está tratando sua
esposa, pois ele saberá quais são as
medicações indicadas e se for o caso,
poderá medir alguns exames de sangue
para avaliar.

RESPONDER

Isaete Gomes da Silva


4 de novembro de 2022 às 1343

Quero ajudar parei de tomar os


medicamentos que tava mim fazendo mal e
estou sentindo muita tontura e coração
acelerado e calar excessivo.

RESPONDER

Mônica
7 de novembro de 2022 às 1050

Olá Isaete, seguem nossos contatos,


ligue para o HSM que poderemos
orientá-la
011 996677454
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RESPONDER

Simone Ramos de Araujo


9 de novembro de 2022 às 0048

Fiquei três dias sem a medicação


desvenlafaxina, na hora de dormir tive
alucinação e não conseguia acordar.
Quando consegui acordar fui correndo
tomar a medicação,dividi o remédio em
duas partes.
Tomava 50mg e apartir de agora quero
diminuir.

RESPONDER

Silvana
12 de novembro de 2022 às 1757

Olá, tenho uma filha adolescente com


quadro grave de depressão. Ficamos um
ano em atendimento pelo plano de saúde,
não tivemos melhora com a medicação
Maxaparan. Recentemente busquei uma
psiquiatra particular, relatei todo o ocorrido
ela entrou com a medicação Risperidona,
Esc, Torval. Após 20 dias notei que um dos
remédios estavam piorando ela, avisei a
psiquiatra ela retirou o Riss e trocou o
Torval pelo Divalcon ER. Depois disso foi só
ladeira abaixo, crises todo dia, quer se
matar, tá ansiosa, falta de ar, batendo a
cabeça, comportamentos inadequados,
excesso de atenção. Estou vivendo um
pesadelo com minha filha depois desses
remédios. O que pode ter acontecido de
errado?

RESPONDER

Mônica
22 de novembro de 2022 às 1416

Olá Silvana, já pensou em internação? A


internação é recomendada quando o
paciente pode se colocar em risco.
Infelizmente não podemos avaliar a
condução clínica dela, porque teríamos
que conhecer todo o histórico, mas se
está em dúvida, por que não procura um
outro psiquiatra especializado em
infantojuvenil?

RESPONDER

Joa
14 de dezembro de 2022 às 0408

Cuide da sua filha, de amor e busque


tratamentos alternativos

RESPONDER

Silvana
16 de dezembro de 2022 às 0657

Qnd c para um antidepressivo de maneira


brusca por 3 vezes.e volta a tomar ele.é
possível que ele deixa d fazer efeito?

RESPONDER

Mônica
21 de dezembro de 2022 às 1638

Olá Silvana, Não, os antidepressivos não


apresentam o chamado efeito de
tolerância. A tolerância ocorre quando,
após a administração repetida de
determinada droga, há necessidade de
doses progressivamente maiores para se
obterem os efeitos desejados com o uso
inicial da droga.

RESPONDER

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