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APOSTILA - FENATEHD

CURSO DE CAPACITAÇÃO
DE TERAPEUTAS
CONSELHEIROS EM
DEPENDÊNCIA QUIMICA
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

INDICE

Tópico Página
Classificação das drogas 3
Qual a definição científica de Substância Psicoativa (droga)? 5
Entre as pessoas que usam drogas, quantas vão se tornar dependentes? 5
Sintomas de Síndrome de Abstinência: Aprenda a Identificar 6
O que são sintomas de síndrome de abstinência? 7
Como identificar os sintomas de crise de abstinência? 8
Quais são os tratamentos adequados para os sintomas de crise de abstinência? 11
O que é quebra de paradigma? 13
Síndrome do pensamento acelerado 20
Imunidade emocional 22
Desligamento emocional 24
Bases neurológicas da drogadição 28
A codependência familiar 33
Primeiro atendimento individual 42
Como é a visão científica atual da toxicodependência 45
A Origem dos 12 Passos 48
Os 12 Passos 53
Metabolismo do álcool 80
O que é Anamnese? – Saiba o que é e como funciona 82
Terapia Holística 88
Comunicação não violenta 91
Dependência Química 92
Auto perdão 95
Dentro da Clínica 97
Tipos de Adicção 105
Lista de Manias e Obsessões 115
Dependência Química Feminina 118
Introdução a Espiritualidade 123
Teste Rápido de Ansiedade e Depressão 126
PPR - Plano de Prevenção à Recaída 131
Resolução que rege as clínicas (Anexo Extra) 126

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Classificação das drogas

As drogas podem ser classificadas de acordo com seus efeitos.

As drogas psicotrópicas agem no sistema nervoso central, produzindo alterações de


comportamento, humor e cognição. De acordo com a ação destas no organismo do indivíduo,
um pesquisador francês, denominado Chaloult, classificou as drogas em três grandes grupos:

1 - Drogas estimulantes do sistema nervoso central:


Estas substâncias aumentam a atividade cerebral, uma vez que imitam ou cooperam com os
neurotransmissores estimulantes do organismo do indivíduo, como a epinefrina e dopamina.
Assim, dão sensação de alerta, disposição e resistência, mas que, ao fim de seus efeitos,
conferem cansaço, indisposição e depressão, devido à sobrecarga que o organismo se expôs.

Algumas delas são:

 Nicotina

 Cafeína

 Anfetamina

 Cocaína

 Crack

 Merla

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2 - Drogas depressoras do sistema nervoso central:

Tais drogas apresentam uma diminuição das atividades cerebrais de seu usuário, deixando-o
mais devagar, desligado e alheio; menos sensível aos estímulos externos.

Algumas delas são:

 Álcool

 Inalantes/Solventes

 Soníferos

 Ansiolíticos

 Antidepressivos

 Morfina

3 - Drogas perturbadoras do sistema nervoso central:

São aquelas drogas cujos efeitos são relativos à distorção das atividades cerebrais, podendo
causar perturbações quanto ao espaço e tempo; distorções nos cinco sentidos e até mesmo
alucinações. Grande parte destas substâncias é proveniente de plantas, cujos efeitos foram
descobertos por culturas primitivas, associando as experiências vivenciadas a um contato com
o divino.

Algumas delas são:

 Maconha

 Haxixe

 Ecstasy

 Cogumelo

 LSD

 Medicamentos Anticolinérgicos

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Na história das civilizações, há vários registros relacionados ao uso de drogas. Na pré-história,


o homem já utilizava plantas e algumas substâncias de origem animal para a alteração da
consciência, para alcançar a transcendência nos rituais religiosos e na busca de seu bem-estar
físico e psíquico.

Na contemporaneidade, os usos das substâncias psicoativas (SPA) ganharam novos


significados, assumindo uma preocupação central no debate público. Para uma melhor
compreensão desse fenômeno é necessário levar em consideração a droga, a pessoa que dela
faz uso e o contexto em que essa pessoa está inserida.

Qual a definição científica de


Substância Psicoativa (droga)?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), droga é qualquer substância não produzida
pelo organismo que pode atuar sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) provocando alterações
no seu funcionamento. Essas alterações podem variar de um estímulo leve, como o provocado
por uma xícara de café, aos mais intensos, com a mudança na percepção de tempo, de espaço
ou do próprio corpo, provocados pelas drogas alucinógenas.

As drogas também são classificadas de acordo com a sua legalidade, em lícitas e ilícitas.

 As drogas lícitas são aquelas cuja lei permite seu comércio e consumo, como é o caso
do álcool, do tabaco e dos medicamentos.

 As drogas ilícitas são aquelas que têm seu comércio e consumo proibidos por lei, a
exemplo da maconha, da cocaína e do crack.

Entre as pessoas que usam drogas,


quantas vão se tornar dependentes?
A grande maioria das pessoas faz uso ocasional de alguma droga, sem que isso represente um
problema. Dentre as pessoas que experimentam drogas, apenas uma pequena parcela vai se
tornar dependente.

Tipos de usuários de drogas:

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 Experimentador – aquela pessoa que entra em contato com uma substância psicoativa
e não faz mais uso; trata-se de um episódio isolado.

 Usuário Ocasional – aquela pessoa que utiliza uma ou várias substâncias psicoativas
de modo esporádico, sem que isso provoque alterações nas suas relações afetivas,
sociais e profissionais.

 Usuário Habitual – aquela pessoa que faz uso frequente, ainda que controlado, de
uma ou mais substância psicoativa e já apresenta sinais de alterações nas relações
afetivas, sociais e profissionais.

 Usuário Dependente – aquela pessoa com uma relação muito estreita com uma ou
mais substância psicoativa; que não tem controle sobre o seu consumo e por
apresenta rupturas significativas nas suas relações afetivas, sociais e profissionais e
precisa de tratamento especializado. Ela procura a substância não apenas pelo prazer
que está lhe proporciona, mas também para evitar desconfortos provenientes de sua
privação.

Sintomas de Síndrome de Abstinência:


Aprenda a Identificar

Os problemas de quem é usuário de drogas não estão apenas no uso da substância química.
Quem acompanha pessoas em tratamento de recuperação precisa estar atento aos sintomas
de síndrome de abstinência.

Isso mesmo: a falta da droga pode desencadear efeitos comportamentais, físicos e psicológicos
perturbadores no usuário. Por isso, é muito importante saber identificar quando a crise
acontece.

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Conteúdo preparado para você saber o que é e como reconhecer quando o paciente está
passando por um quadro de abstinência.

O que são sintomas de síndrome de


abstinência?

Síndrome de abstinência é a soma de sintomas e sensações ocasionados pela falta da


substância química durante períodos sem o seu uso. Por isso, é normal que atinja usuários de
drogas em processos de recuperação.

Sim. Infelizmente, é bastante comum. E quem acompanha casos de pessoas com dependência
química precisa saber que as alterações não são propositais. Elas desencadeiam no organismo
efeitos que não são fáceis de serem controlados.

Existem duas classificações para a síndrome de abstinência:

 SAA — síndrome de abstinência aguda: acontece no período mais recente da


abstenção, durante os primeiros dias sem a substância que causa dependência;

 SAD — síndrome de abstinência demorada: ocorre em intervalos de tempo e


enquanto o paciente não está mais sob os efeitos da droga. A SAD é frequente em
pessoas que estão no processo de tratamento, e pode aparecer em lapsos de dias,
meses e até anos, por mais que o paciente não use mais a substância.

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Por isso, conhecer o diagnóstico e os sintomas da síndrome de abstinência é fundamental para


o processo de recuperação.

Como identificar os sintomas de crise


de abstinência?

Geralmente, o corpo do usuário “fala” em situações de abstinência. O comportamento


também sofre com os efeitos da privação da droga e algumas atitudes diferentes podem ser
percebidas. Sem contar os sintomas psicológicos, que são mais difíceis de serem identificados
por quem está perto do indivíduo.

Mal-estar, convulsões e sofrimento mental são alguns dos efeitos frequentes. Veja abaixo
outros sintomas, além de entender como o diagnóstico da síndrome de abstinência deve ser
feito.

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Sintomas de crise de abstinência físicos

São muitos, e acontecem dependendo da intensidade da crise. A abstinência pode causar no


paciente desde um suor excessivo até convulsões. Também é comum que a intensidade
aumente conforme o tempo sem a substância química.

Veja a lista de sintomas corporais mais corriqueiros:

 Dores no corpo;

 Pupilas dilatadas;

 Náuseas e vômitos;

 Taquicardia;

 Sudorese;

 Tremores;

 Diarreia;

 Febre;

 convulsão;

 Hipertensão

 Insônia

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Sintomas comportamentais

Quem convive com pessoas em abstinência pode ajudar a identificar a síndrome,


principalmente pelo comportamento do paciente. Alguns efeitos que acontecem no organismo
são capazes de mudar a forma como a pessoa costuma agir, de interferir no seu
temperamento e atitudes. Alguns deles são:

 Ansiedade;

 Irritabilidade;

 Oscilações de humor;

 Agitação;

 Insônia;

 Falta de racionalidade.

Sintomas de crise de abstinência psicológicos

A perturbação psicológica do paciente durante a síndrome de abstinência é algo que tem


grande impacto em sua saúde mental. Os efeitos sofridos podem ser muitos e, na maior parte
dos casos, é recomendado auxílio médico para que sejam controlados.

As construções da mente e tudo o que gira em torno do psicológico são alicerces do indivíduo.
É essencial que sejam restabelecidos para que o tratamento contra a dependência tenha
resultado.

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Confira alguns dos sintomas psicológicos mais frequentes:

 Confusão mental;

 Depressão;

 Ataques de pânico;

 Alucinações.

Quais são os tratamentos adequados


para os sintomas de crise de
abstinência?

Quando os sintomas da síndrome de abstinência aparecem é muito importante que seja


diagnosticada para buscar o tratamento adequado.

Diagnóstico
O primeiro passo diante dos sinais é contar com ajuda profissional. Buscar por médicos,

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técnicos e especialistas pode ser uma decisão difícil para o usuário, mas é essencial para que a
dependência química seja tratada.

Médicos psiquiatras, neurologistas e psicólogos são os mais indicados para diagnosticar o


usuário, assim como clínicas especializadas, que costumam oferecer esses e outros serviços
nos cuidados com o paciente.

Vale ressaltar que é muito importante levar ao conhecimento do profissional o histórico


médico do usuário e os sintomas que ele apresenta. O paciente deve, preferencialmente, estar
acompanhado durante a consulta de diagnóstico. Com exames médicos, físicos e avaliações
psicológicas é possível diagnosticar a síndrome e identificar sua intensidade.

Com o diagnóstico realizado, a próxima etapa é fazer o tratamento conforme as orientações


médicas apontadas. Para isso, existem alguns meios e processos que auxiliam o paciente a
controlar os sintomas e sinais da síndrome.

Tratamentos
As formas de tratar a abstinência podem ser aplicadas de forma isolada — sendo indicado
apenas um método pelo médico —, mas, geralmente, são complementares e adequadas de
acordo com a intensidade apontada pelo profissional. Veja quais são os principais tratamentos
para a situação.

Medicamentos
No grupo de medicamentos receitados estão sedativos, antidepressivos e ansiolíticos.
Importante lembrar que a medicação, assim como a sua dosagem, deve ser indicada por um
médico capacitado para o tratamento.

Acompanhamento psicológico para os sintomas de crise de abstinência


Além dos cuidados médicos, a presença de um psicólogo durante o tratamento de abstinência
é fundamental. Como já foi citado neste post, trabalhar para que a mente de quem sofre com
a síndrome seja saudável faz parte do sucesso do tratamento.

Especialistas
Outros médicos especialistas, terapeutas e profissionais da saúde podem ser incluídos no
tratamento para conter os sintomas da falta da substância química, já que seus efeitos podem
repercutir em outros problemas, como a perda de peso, que necessita do acompanhamento
de um nutricionista.

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Clínicas especializadas em sintomas de crise de abstinência

As clínicas que tem como especialidade o atendimento a usuários de droga costuma contar
com tratamentos para abstinência. Além disso, um ponto interessante é que alguns locais
trabalham fortemente com ações preventivas para evitar os sintomas da síndrome

Por isso, se você identificou algum dos sintomas de síndrome de abstinência apresentados
aqui, não esqueça: procure orientação profissional. Afinal, para quem precisa de tratamento é
complicado dar o primeiro passo, mas é também muito importante.

Portanto, vale destacar que se manter informado colabora para enfrentar problemas como
esse.

O que é quebra de paradigma?

Afinal, o que é quebra de paradigma? Como empregá-la no mundo da dependeria química.

Existem algumas frases de efeito no meio terapêutico que, ditas em reuniões, terapias, que
podem soar interessante.

Porém, devemos explorar melhor seu conceito para poder entender de verdade o que
significam.

“Pensar fora da caixa”, “experiência de mudança”, “agregar valor”, “posicionamento de


atitudes” … todas estas frases vêm sendo repetidas há muitos anos dentro das terapias.

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Porém, ultimamente temos escutado muito a quebra de paradigma. Você sabe, do que se
trata? Entenda de forma simples o que quero explanar

O paradigma
O paradigma nada mais é que um modelo instaurado que segue em uso. Quebrar o
paradigma, portanto, seria fazer algo diferente do que vem sendo feito e obtendo os mesmos
resultados com tais repetições.

Parece simples, mas muitos profissionais e pacientes enfrentam problemas com a quebra de
paradigma.

Isto acontece porque o caminho mais seguro costuma ser o que já foi trilhado, pois há uma
certa segurança na dor que nos é familiar e quando se arrisca na proposta de mudança O
fracasso pode ser muito difícil de recuperar.

Exemplo a recaída

Há de se considerar que algumas diretrizes já estão implementadas desde muito tempo.

É difícil ser inovador na proposta terapêutica já estabelecidos e conhecidos, pois há uma


fórmula, uma receita de como fazer para dar certo e muitos Terapeutas não mudam a forma
de pensar.

Esta receita é feita com base em casos de sucesso e nas ferramentas utilizadas para chegar ao
sucesso, porém pra cada caso temos que ser imparcial e fazer um plano individual para cada
paciente, usando a abordagem e a anamnese.

Também se agrega uma pitada dos erros cometidos para aprender o que não faze, pois repetir
os mesmos e esperar resultados diferentes é insanidade

Sendo assim, linhas imaginárias como referências, sendo muito difícil sair delas, deixar o
modelo instaurado, e assim quebrar o paradigma, e se fazer possível os resultados de mudança
na forma de pensar, sentir e agir.

Exemplos de quebra de paradigma


Um dos exemplos mais recentes deste novo século e de maior influência no mundo foi a
maneira como vemos a adicção como doença e as diferentes ferramentas que temos para
tratar e obter resultados de recuperação

Por muitos anos a dependência química e outras adicções foram encaradas pelo aspecto moral
se utilizando assim de inúmeros métodos de tratamento, alguns métodos

 Modelo Aristotélico

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 12 Passos

 Modelo Ético Moral.

 T.C.C

 Modelo Biopsicossocial.

 T.R.E

 Modelo Synanon

 Modelo Minessota

Exemplo prático de Quebra de paradigma


Nós primeiros modelos de tratamento acreditava se que era um problema de moralidade (
Modelo Aristotélico ) o que até atingia resultados, mas na sua grande maioria acontecia as
recaídas, conforme os anos foram se passando, assim também veio a evolução na maneira de
enxergar a D.Q. de forma psiquiátrica aí vieram os tratamentos de eletrochoque, e
medicamentoso de grande potência, o curso eu também obteve resultados, mas as
consequências também traziam problemas, tal como a fármaco dependência.

Depois surgiu as os primeiros tratamentos em comunidades, retirando o adicto da sociedade,


mas a abordagem era bem diferente do que se tem hoje em comunidades Terapêutica, no
Modelo Synanon usava se o auto confronto o que também em comunidades mais antigas
chamava se cadeira elétrica.

Depois surgiu o modelo Minessota o que usa as tarefas e a grafoterapia, sendo adaptado
também como ORAÇÃO, TRABALHO E DISCIPLINA esses últimos atingiram muitos e muitos

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resultados de recuperação, mas com o surgimento de drogas mais pesadas assunto que será
abordado na aula sobre a classificação de drogas, os casos se tornaram mais graves surgindo
assim os Modelos Involuntários e Compulsórios.

Não vou entrar em detalhes de outros métodos e modelos porque o assunto é quebra de
paradigmas e na própria proposta de tratamento tem que haver essa quebra, pois como já dito
cada caso e um caso e temos que entender como profissionais e aprender a avaliar cada um
deles e aplicar os métodos que sejam eficazes para cada um deles. O terapeuta precisa
associar diversas combinações de modelos e utilização de outras ferramentas disponíveis,
como também haver uma união entre os profissionais da área, psicólogo, psiquiátrica,
Terapeutas

Pensamento disruptivo
O exemplo da mudança dos modelos de tratamento demonstra perfeitamente o conceito de
pensamento disruptivo, que é o fenômeno pelo qual uma inovação transforma um método ou
modelo e que existente através da introdução de simplicidade, prática e acessibilidade a cada
sujeito.

Como quebrar o paradigma?


Algo que a maioria dos especialistas de mercado Terapêutico, concordam é que, para quebrar
o paradigma e prever as inovações necessárias, é fundamental conhecer seu Paciente.

A aquisição de dados tem sido algo tão valioso quanto contraditório nos últimos tempos,
porém, um bom estudo destes dados é o que vai levar a proposta Terapêutica a tomar as
decisões corretas ali na frente.

Certamente você está pensando como pode quebrar paradigmas no modelo que você aplica e
o usar o pensamento disruptivo para romper com velhas ideias.

Existem alguns conceitos que cresceram muito nos últimos tempos e um deles é o do
coworking. Que nada mais é que o atendimento virtual com a proposta se ter Ambientes
preparados diretamente para facilitar o trabalho autônomo ou do seu grupo de trabalho, além
de poder ser um lugar para troca de experiências com outros profissionais.

Aceitar essa ideia pra muitos Terapeutas foi e ainda é difícil, pois o paradigma é que os
atendimentos ter que ser presencial pra se ter resultado

Diminua a complicação e pense de forma inteligente.

Como é o diagrama interno que você tem com consigo mesmo?

Sabia que a maneira como você se trata interfere e muito no nível da sua autoestima, na sua
relação consigo mesmo e consequentemente no grau de felicidade que você tem? Palavras de
conforto, entusiasmo e motivação são muito importantes para desenvolver uma relação
positiva consigo mesmo.

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Há momentos em nossa vida que a autoestima pode estar elevada ou baixa, mas isso vai
depender de vários fatores e um deles é a maneira como nos tratamos no dia a dia através da
conversa interna.

 Conversa interna negativa


Sabe aquela conversa interna que você tem consigo mesmo o dia inteiro? Então, ela
mesma é um bom termômetro para você avaliar a sua relação consigo mesmo, pois, se
você costuma se criticar com palavras rudes, negativas e até mesmo destrutivas, isso
afetará seu autoconceito (a opinião que você tem de si mesmo), e sua autoestima.
Consequentemente também vai gerar sentimentos negativos ao seu respeito como:
falta de confiança, tristeza, falta de compaixão, falta de amor próprio entre outros.

 Filtro negativo
Quando você costuma ter uma conversa negativa e autocrítica, você acaba por filtrar
só o negativo em você também, ou seja, seu olhar fica mais focado no que é negativo,
esquecendo o positivo que há em você. Esse é outro fator que acaba com a sua
autoestima e fere o seu autoconceito.

Agora se você tem uma conversa interna positiva, motivacional, se trata com compaixão
quando erra, isso vai gerar sentimentos positivos ao seu respeito e consequentemente uma
atitude positiva com você e com as oportunidades que a vida lhe trouxer.

Abaixo vou deixar 3 dicas que te ajudarão a melhorar a relação consigo mesmo:

1. Faça as pazes com você


A minha dica para você que quer melhorar sua relação consigo mesmo é: Faça as pazes
com você, pois esse é o primeiro passo para melhorar sua autoestima. Seja seu(a)
amigo(a), trate-se com compaixão. Diga palavras de motivação e superação todos os
dias. Se tem uma pessoa que pode melhorar o seu dia, essa pessoa é você mesmo! É
isso aí, esperar de fora o que pode vir de dentro é realmente uma terapia, pois gostar
de si mesmo é tão importante e tão saudável ao mesmo tempo.

2. Foque no que há de positivo em você


Deixe de focar o que você acredita ser negativo em você mesmo. Foque no que há de
positivo, seja uma característica sua, atitudes que pessoas dizem que você tem e
também se pergunte como você pode melhorar o que você não gosta em si mesmo.
Assim poderá desenvolver e trabalhar suas potencialidades. Goste de você e como
você é.

3. Tenha um diálogo interno positivo e construtivo


Deixe de lado as críticas negativas e passe a ter uma conversa mais positiva,
construtiva e motivadora com você. Isso vai fazer uma diferença muito grande,
acredite. Além de mudar sua relação consigo mesmo, também trará sentimentos
positivos e uma atitude ativa e saudável com você e com o mundo.

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Se não te amares quem te amarás?


Não dá para crescer pessoalmente e profissionalmente se você estiver em guerra com você
mesmo, ainda que você alcance os patamares do sucesso, seu grau de felicidade consigo
mesmo não será suprido. Portanto ser seu próprio amigo é fundamental para uma vida plena e
satisfatória. Transforme sua autoestima, transforme você!

Palavras de conforto, entusiasmo e motivação são muito importantes para desenvolver uma
relação positiva consigo mesmo. Há momentos em nossa vida que a autoestima pode estar
elevada ou baixa, mas isso vai depender de vários fatores e um deles é a maneira como nos
tratamos no dia a dia através da conversa interna.

Relação da pessoa consigo mesma e com os outros


O termo relação significa ligações entre os seres humanos, bem como ligação entre os seres e
o mundo. A relação da pessoa consigo próprio e com os outros significa dizer que não existe
um homem que vive no mundo sozinho e isolado.

Praticar uma maneira segura de expressar suas emoções é uma grande parte da terapia, e é
algo que você pode fazer quando quiser ou precisar.

Como melhorar o seu relacionamento consigo mesmo. Ame-se!


1. Reclame menos. Reclamar é só uma forma de desabafar;

2. Não se critique tanto;

3. Foque nas suas qualidades;

4. Para de se diminuir;

5. Amor-próprio em primeiro lugar;

6. Respeite a si mesma;

7. Ser feliz acima de tudo;

8. Autoconhecimento é tudo.

Redesenhar as páginas e o capítulo da sua vida

1 - Primeiramente

A cada dia uma renovação cerebral emocional espiritual da sua nova história
O nosso cérebro é uma máquina que precisamos usar tudo que nos esforçamos a cada dia
contudo de melhora imposição emocional ou relação a si próprio ele capta as informações
habituais e faz você normalmente agir da forma correta
O seu cérebro pode adaptar formatos ruins para seus hábitos se você o programar
Ou se você programá-lo para o seu bem-estar, para você melhorar, seguir diferente de tudo
que fez ele se reprograma ao seu favor.

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Mas tudo leva tempo para se tornar novos hábitos, se você constantemente fizer o movimento
que é preciso para mudança

Todo começo é difícil mas depois se torna comum na sua vida

Isso vale para trabalhar os seus defeitos de caráter reprogramar seu cérebro para agir de
forma correta

Ter alguns minutos para você todos os dias e se desligar ou com uma meditação ou com uma
respiração ou com uma oração

É preciso ter totalmente desligamento de tudo que está em sua volta para obter essa paz por
esses instantes.

Momentos de angústia desespero, sugestão um copo de água com açúcar, um doce bem
gostoso ou um chocolate

E a troca de oxigênio com a sua respiração limpando todo, seu corpo, inspira, respira inspira
respira

Tudo na vida só acontece se você começar, se você permitir, fora isso tudo se estaciona.
Karla jabur

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Síndrome do pensamento acelerado

A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma alteração, identificada por Augusto Cury, onde a
mente fica repleta de pensamentos, estando completamente cheia durante todo o tempo em
que a pessoa está acordada, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a
saúde física e mental.

Assim, o problema desta síndrome não está relacionado com o conteúdo dos pensamentos,
que geralmente são interessantes, cultos e positivos, mas sim com a sua quantidade e a
velocidade com que acontecem dentro do cérebro.

Normalmente, esta síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente


atentas, produtivas e sob pressão e, por isso, é comum em executivos, profissionais de saúde,
escritores, professores e jornalistas. No entanto, tem se observado que até mesmo as crianças
tem demonstrado essa síndrome.

Principais sintomas
As principais características de uma pessoa com síndrome do pensamento acelerado incluem:

 Ansiedade;

 Dificuldade para se concentrar;

 Ter pequenos lapsos de memória de forma frequente;

 Cansaço excessivo;

 Dificuldade para pegar no sono;

 Irritabilidade fácil;

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 Não conseguir descansar o suficiente e acordar cansado;

 Inquietação;

 Intolerância ao ser contrariado;

 Mudança de humor repentina;

 Insatisfação constante;

 Sintomas psicossomáticos como: dor de cabeça, nos músculos, queda de cabelo e


gastrite, por exemplo.

Além disso, também é comum a sensação de que as 24 horas do dia não são suficientes para
fazer tudo o que deseja.

Essa síndrome tem se tornado cada vez mais comum porque a quantidade de estímulos e
informações disponível nos jornais, revistas, televisão, redes sociais e nos smartphones são
muito grandes, e bombardeiam o cérebro de informações a todo instante. O resultado disso é
que além de ter uma grande quantidade de informações na mente, o pensamento tem se
tornado cada vez mais acelerado, sendo mais difícil gerir as emoções associadas a cada
situação.

Como é feito o diagnóstico


O diagnóstico dessa síndrome é feito pelo psicólogo ou psicanalista com base nos sintomas e
relatos da história que a pessoa apresenta, mas a pessoa também pode responder a um
questionário para ajudar a identificar essa síndrome mais rápido.

Como tratar a Síndrome do Pensamento Acelerado


O tratamento contra a Síndrome do Pensamento Acelerado deve ser orientado por um
profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra, por exemplo. Mas geralmente é
feito com a adaptação dos hábitos de vida, devendo-se procurar incluir várias pausas durante
o dia, fazer atividade física frequente ou incluir pequenos momentos para ouvir música ou ler
um livro sem estar pensando em outras atividades.

É ainda aconselhado evitar as longas jornadas de trabalho, fazendo as tarefas relacionadas


com o trabalho apenas durante o horário laboral, e tirar férias por curtos períodos de forma
mais frequente. Uma boa dica é ao invés de tirar um mês de férias, a pessoa possa tirar 4 ou 5
dias de férias a cada 4 meses porque assim há mais tempo para descansar e desligar a mente
das tarefas do trabalho e dos estudos.

Karla Jabur - CRT – 1059/21 DF

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Imunidade emocional
O que é imunidade emocional?
Na prática isso quer dizer que bons sentimentos, pensamentos positivos e evitar o estresse
desnecessário contribuem para uma imunidade emocional alta. O que poucos sabem é que
essas atitudes também refletem na imunidade física. É comprovado pela ciência que a
glândula Timo é responsável pelas defesas do organismo.

Se você deseja ser menos frágil emocionalmente, trabalhe para eliminar estes hábitos:

 Confiar muito nos seus pensamentos.

 Contando com habilidades de enfrentamento para se sentir melhor.

 Quebrando promessas a si mesmo.

 Sempre indo com o fluxo.

 Ser crítico consigo mesmo.

 Busca de tranquilidade.

 Estar constantemente ocupado com atividades saudáveis

Quando somos expostos a uma forte carga emocional, o nosso organismo produz hormonas de
uma forma descontrolada, afetando não só as nossas células de defesa como todas as funções
orgânicas que ele desempenha. Uma das hormonas produzidas para combater o stress é o
cortisol, que é produzido nas glândulas supra renais

Karla Jabur - CRT – 1059/21 DF

Imunidade e o equilíbrio emocional


Vivemos constantemente expostos ao nervosismo, estresse, ansiedade, entre outros
problemas que provocam diversas alterações no organismo. No trânsito, no trabalho ou até
mesmo em casa, são frequentes as situações em que o controle emocional é afetado.

Quase sempre, isso faz com que o nosso cérebro promova a liberação descontrolada de
hormônios. Esse processo afeta não apenas nossas células de defesa, mas também todas as
funções orgânicas que desempenhamos.

Além disso, no atual cenário de isolamento social em virtude da pandemia da COVID-19, tais
fatores se tornam ainda mais perigosos à saúde. Esses problemas atingem o sistema
imunológico, tornando o corpo mais propenso a contrair doenças. Por isso, é fundamental

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entender a relação entre o equilíbrio emocional e a imunidade. Assim como as formas de se


manter saudável emocional e fisicamente.

A capacidade do sistema imunológico de proteger o corpo em um determinado momento está


muito ligada a certos fatores psicossociais. Entre eles, destacam-se o estado emocional, as
características da personalidade, a qualidade das relações sociais, o tipo e intensidade do
estresse submetido. Conheça os impactos do estresse na sua saúde.

Saúde mental e prevenção de doenças: imunidade e o equilíbrio emocional


Para compreender a relação desses fatores também é preciso ter em mente que todos os
sistemas presentes no corpo atuam de forma conjunta, influenciando uns aos outros diante de
cada situação vivenciada. Por exemplo, quando estamos emocionalmente bem nosso corpo
funciona de maneira equilibrada. Por outro lado, quando estamos adoecidos ou somos
submetidos a uma forte carga emocional, o organismo tende a produzir hormônios de forma
descontrolada.

Ansiedade, depressão e pânico são algumas das questões psicológicas capazes de prejudicar o
sistema imunológico. Sabe-se que uma exposição constante a esses fatores faz com que a
produção hormonal ocorra exageradamente.

Nesse sentido, se houver no corpo uma grande quantidade de elementos mediadores, tais
como cortisol e adrenalina, são desencadeados diversos efeitos negativos, a exemplo do
desequilíbrio e da inibição das células do sistema imune, além do surgimento de várias
doenças.

Dessa forma, podem ocorrer problemas como inflamações, infecções, dores musculares,
disfunções cardiovasculares ou até mesmo o comprometimento da função de outros órgãos.
Além do mais, a presença excessiva de cortisol torna o corpo resistente a ele, o que, por sua
vez, pode ocasionar um estado crônico de inflamação. Isso compromete as funções do sistema
imune, que se torna cada vez menos capaz de combater agentes externos como bactérias e
vírus, ensejando, em consequência, o surgimento de gripes, constipações ou fadiga intensas.

De que modo devemos lidar com o problema?


Aumentar o equilíbrio e a proteção do corpo é uma tarefa que exige múltiplos esforços. É
possível, por exemplo, adotar uma rotina de hábitos saudáveis, além de procurar ajuda
psicoterápica profissional. Sendo assim, é essencial dormir bem, evitar o consumo de álcool e
drogas, seguir uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.

Uma boa frequência de sono é capaz de promover o descanso e o aumento das defesas do
corpo. Já a prática de exercícios físicos gera a liberação de substâncias capazes de melhorar o
humor, reduzindo estados de ansiedade e estresse. Uma dieta saudável também tem vários
benefícios, pois reforça a ação do sistema imunitário elevando sua energia e resistência. Por

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

fim, é válido manter uma rotina de acompanhamento psicológico, uma vez que promove a
saúde e a autonomia emocional.

Resiliência

 FÍSICA
propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem
sido submetidos a uma deformação elástica.

 EMOCIONAL
capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
Pessoas resilientes são capazes de manter a calma diante dessas adversidades. Por
meio do autocontrole e do próprio otimismo, elas encaram a situação com
tranquilidade e enxergam as situações com mais equilíbrio.

Dicas para desenvolver a resiliência

 Ser uma pessoa adaptável;

 Focar em atitudes assertivas;

 Aprender com as situações;

 Procure formas de liberar o estresse e a tensão;

 Confie em si mesmo;

 Ter bases de apoio.

A resiliência humana está diretamente relacionada ao autoconhecimento e à inteligência


emocional. Quando a pessoa se conhece melhor, tem consciência sobre as suas limitações e é
capaz de identificar suas qualidades e pontos de melhoria, consegue lidar ainda melhor com as
adversidades e desafios

Desligamento emocional
A emoção é uma das principais ferramentas para o tratamento da dependência química. A
palavra emoção vem da raiz latina “motiv”, que significa “mover”, e é uma tentativa de
compreender o que nos movimenta ou por quê agimos de determinada maneira. É uma série

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

inferida de processos que fazem com que a pessoa se mova em direção a um objetivo
específico.

Descrevemos os estágios de emoção que podem ser aplicados para entender melhor a
dependência química. Os estágios são: Pré-Contemplação, Contemplação, Preparação, Ação e
Manutenção.

Apliquemos esses estágios emocionais a um casal de namorados: Pré-Contemplação – só se


gostam e vão ao cinema; Contemplação – começam a se amar e pensam em casamento;
Preparação – são noivos e juntam dinheiro para as coisas da casa como: geladeira, fogão, etc.;
Ação – se casam; Manutenção – com muito amor vivem com alegria.

Agora vamos aplicar os mesmos estágios à dependentes químicos: Pré-Contemplação sem


intenção de parar com o uso de drogas. Estão contentes e não pensam nos resultados
nefastos; Contemplação – começam a pensar emocionalmente em parar com o uso de drogas.
Procuram informações. Não estão completamente prontos para mudar; Preparação – a atitude
é positiva e começam a auto-regular comportamentos emocionais positivos. Decidem parar
com o álcool e com outras drogas; Ação – param mesmo com o uso do álcool e das outras
drogas. Procuram uma vida de felicidade; Manutenção – vivem uma vida de sobriedade. Têm
muito cuidado para evitar gatilhos e fissuras. Usam todos os recursos para não terem uma
recaída. Controlam as emoções.

É difícil perder um hábito. Ainda mais difícil é ir contra a própria vontade. Se alguém não é
vitorioso em pequenos e fáceis combates, emocionalmente falando, quando terá êxito nos
mais difíceis? Resista desde o início à sua inclinação para os maus hábitos e elimine-os, do
contrário eles lhe causarão aos poucos grandes dificuldades. Se você soubesse a paz que há
para você e a alegria que há para os outros se você se conduzir bem, creio que você se
preocuparia mais com o seu progresso espiritual sem as drogas.

A pombinha voou, voou e não “encontrou onde pousar os pés” (Gn 8,9). E voltou, pousando na
mão amiga de Noé. Mais uns dias, o Patriarca a enviou de novo. A pombinha voltou com um
raminho de oliveira no bico. Noé reconheceu que a terra estava enxuta e que ele podia sair da
arca com sua gente e bicharada. E a humanidade ganhou um símbolo: a pombinha com o ramo
de oliveira no bico ficou sendo um sinal de paz na terra.

Sem drogas vivemos na paz e temos emoções positivas!

“Senhor, mostra-me que, embora o amadurecimento possa ser doloroso, lidar com emoções
imaturas é mais doloroso ainda. Dê-me emoções santas e certas.”

O desligamento é encarar a REALIDADE de forma a nos permitir ver a situação de maneira mais
OBJETIVA e REALISTA. O desligamento emocional não significa abandoná-lo.

... DESLIGAMENTO NÃO SIGNIFICA DEIXAR DE AMAR E CUIDAR! Significa que nos tornamos
conscientes e exercemos a nossa própria recuperação

Desligar-se do outro não é deixar de se importar, mas sim, deixar de viver em função do outro.
Também não é deixar de preocupar com o seu sucesso e nem de deixar torcer para que tudo
de bom aconteça, mas permitir que o outro lute pela própria conquista

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Suprimindo Sentimentos
A forma mais óbvia de parar os sentimentos é suprimi-los. Por exemplo, se você sente medo
injustificado, inapropriado ou vergonha de revelar em uma dada situação, você pode
simplesmente tentar não experimentar este sentimento ou distraí-lo para removê-lo.

A despersonalização é mais comum do que se imagina. Segundo estudos sobre o tema, estima-
se que uma em cada 100 pessoas sofre com o distúrbio. A despersonalização é um transtorno
que transforma a realidade de quem a enfrenta no dia a dia

Como deixar de depender emocionalmente de outras pessoas

 Reconheça os sintomas da dependência;

 Mantenha ou recupere seu espaço individual;

 Valorize outras pessoas sem as idolatrar;

 Tenha autonomia para tomar decisões.

Os Sinais da Dependência Emocional

 Cuidado excessivo com o companheiro;

 O foco da felicidade se concentra em uma única pessoa;

 Autoestima comprometida;

 O que o companheiro pensa de você é o que mais importa;

 As emoções são reprimidas;

 Não defende sua própria opinião;

 Controle compulsivo;

 O desejo do parceiro é mais importante;

 A escravidão.

As causas da dependência emocional estão associadas ao medo de errar e de ser rejeitado,


além do temor de ficar sozinho. Podem ter origem numa infância superprotegida ou ser
consequência de alguma situação traumática. Isso é projetado na vida adulta, e a pessoa
depende dos demais para reconhecer suas virtudes.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O que é dependência emocional?


Dependência emocional é quando um indivíduo permite que outros afetem seus sentimentos
e emoções e passa a depender destes para sentir-se feliz. Isso impacta negativamente a
autoestima, uma vez que a formação dela depende de terceiros

Os resultados mostraram que a dependência emocional é definida como um transtorno


aditivo, no qual o indivíduo necessita do outro para manter seu equilíbrio emocional. Sua
etiologia está relacionada ao desenvolvimento do apego na infância, além de fatores culturais
e filogenéticos

Desligamento emocional é ter consciência que o outro não pode ser responsável pela minha
felicidade.

7 principais benefício para desligamento emocional

1. Eu ganho tempo

2. Ela aprende

3. Eu não carrego culpa

4. Ela cresce

5. Menos medo, mais amor

6. Ela ganha musculatura

7. Ocupo espaço, mas saudável mas importante

Desligamento emocional para codependentes.


Desligamento emocional do codependente para o adicto é um dia de cada vez devemos
tentando se desligar. Como fazer isso?

 Entender que eu não posso ser o salvador dele

 Entender que ele não vai mudar por mim

 Que eu não posso tirar as dores dele

 Que não posso carregar ele no colo e nem devo

 Para ele crescer e desenvolver a sua recuperação ele precisa de ter a sua própria vida

 Se eu sempre interferir ou dizer que ele tem que fazer eu vou estar sempre
atrapalhando ele e a mim

 Desligamento emocional nada mais é eu aprender a cuidar de mim que já é muito


difícil

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

 O dele o desligamento emocional para um adicto é um grande passo para que ele
consiga andar com suas próprias pernas e se manter sóbrio

 E aí potência do codependente perante a mudança do adicto é muito grande chega ser


incapaz

 O adicto só muda se ele quiser

Desligamento emocional facilita muito a vida do povo dependente pois ele se livra da dura
emocional de dentro.de desenvolve a paz interior que ele necessita e o adicto adicto dele
precisa

O desligamento emocional ajuda na relação do codependente com o adicto dele Pois um


precisa mudar para parar as brigas

Não adianta você pensar que desligando emocionalmente do seu Adicto você vai mudar ele
pode até acontecer mas pensando assim você não tá fazendo o desligamento emocional por
você

Controlar dinheiro saída faço telefone do adicto não te ajudará em nada só te trará mais
atenção e controle na vida do outro isso não é desligamento emocional

Se desligar do outro e cuidar de você totalmente é desligamento emocional

Isso não quer dizer que você não amará o seu adicto isso quer dizer que você terá amor com
razão

Que amor com emoção é doença da codependência Aprender a se desligar emocionalmente é

Se respeitar Se amar

Seguir o seu caminho Ser você para você

Karla Jabur - CRT 1059/21 DF

Bases neurológicas da drogadição


O entendimento das bases neurológicas da drogadição continua desafiando clínicos e
pesquisadores. Não é de hoje que o sistema dopaminérgico vem sendo considerado como o
mais importante no que se refere ao uso abusivo de substâncias, sendo a via dopaminérgica
mesocorticolímbica a mais referida.

Juntamente com a dopamina, outros neurotransmissores em conjunto parecem colaborar para


a atividade da via dopaminérgica com o chamado “sistema de recompensa”. Incluem-se à
dopamina, por exemplo: o ácido gama-aminobutírico (GABA), o glutamato, a serotonina e os

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

peptídeos opioides. Além de atuar sobre o sistema recompensa, o sistema dopaminérgico


apresenta importante função sobre o sistema motor além de funções refinadas de cognição e
memória. Já o sistema opioide é responsável pelo componente hedônico (de prazer) do
sistema de recompensa cerebral além estar relacionado também à dor e ao processamento
emocional.

Quando observamos os mecanismos de ação das diferentes drogas de abuso verificamos que
todas apresentam uma relação direta ou indireta com um ou mais destes neurotransmissores
como veremos a seguir:

Cocaína
A cocaína se liga aos transportadores de dopamina (DAT), serotonina (5-HTT) e noradrenalina.
Entretanto, os efeitos subjetivos e comportamentais desta substância são geralmente
atribuídos à sua ação sobre o sistema dopaminérgico.

Acredita-se que 50% de ocupação de transportador de dopamina seja necessário para que um
indivíduo perceba os efeitos da substância e que, para a sensação de euforia, pelo menos 60%
dos sítios de DAT devem estar ocupados

Nas três vias de administração – aspirada, injetada e fumada (crack) - a ocupação de DAT é
superior a 60%

A cocaína per se provoca efeitos deletérios indiscutíveis, mas quando é ingerida concomitante
ao álcool, leva a formação de um metabólito conjugado chamado cocaetileno. Esse metabólito
apresenta propriedades psicoativas importantes e uma meia-vida muito maior do que se a
cocaína e o álcool fossem ingeridos separadamente, seu acúmulo leva rapidamente a um
quadro de intoxicação.

Metanfetamina e Ecstasy
(MDMA -3,4 metilenodiox,metanfetamina)

As drogas classificadas como derivados anfetamínicos podem atuar no Sistema Nervoso


Central (SNC) de formas distintas. Seu alvo principal são as monoaminas cerebrais: dopamina,
serotonina e noradrenalina. Assim, farmacologicamente são classificadas como agonistas
indiretos pois não atuam específicamente sobre receptores monoaminérgicos pós-sinápticos
mas, indiretamente da seguinte forma impedem a recaptação dos neurotransmissores através
do bloqueio competitivo do transportador de dopamina e noradrenalina e em altas doses,
também de serotonina; inibem a atividade das enzimas de metabolismo (monoaminoxidase –
MAOA e MAOB); estimulam a liberação do neurotransmissor independente de Ca++ (ou seja
independente da despolarização do botão sináptico).

Maconha
O principal componente psicoativo da maconha é o Δ9 -tetrahidrocanabinol (THC). Seu
mecanismo de ação do THC ainda não foi completamente elucidado, mas acredita-se que ele

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

atue no SNC através de receptores canabinóides CB1 e CB2. As áreas cerebrais com maior
densidade de receptores CB1 são o córtex frontal, núcleos da base, cerebelo e hipocampo.

Estudos com animais têm demonstrado que o THC e a anandamida (canabinóide endógeno
mais estudado), aumentam a concentração de dopamina no estriado e no sistema
mesolímbico

Nicotina
A nicotina é a principal substância do cigarro responsável pelos efeitos psicoativos e pela
dependência de tabaco. No entanto, há milhares de compostos químicos na fumaça do cigarro
e alguns deles podem contribuir para os efeitos comportamentais e tóxicos do tabaco.

Nicotina é um agonista direto em receptores colinérgicos nicotínicos onde age acetilcolina


endógena e estão amplamente distribuídos no SNC. Os receptores nicotínicos implicados na
ação da Nicotina estão localizados no sistema dopaminérgico mesocorticolímbico.

Álcool
Os mecanismos pelos quais o álcool atua no cérebro assim como as alterações cerebrais
produzidas pelo seu consumo crônico ainda não estão compreendidos sendo que a maioria
dos estudos indica a participação dos sistemas dopaminérgicos, serotoninérgicos e
principalmente gabaérgicos. O sistema de recompensa associado ao uso do álcool, além dos
neurônios dopaminérgicos da área tegmental ventral e núcleo accumbens, inclui também
estruturas que usam o ácido gama-aminobutírico (GABA) como transmissor, tais como o
córtex, cerebelo, hipocampo, colículos superiores, inferiores e a amígdala.

Opióides
Os opióides modulam a liberação de neurotransmissores como a acetilcolina, serotonina,
noradreanlina, além de outros peptídeos, como a substância P. O locus coeruleos, responsável
pela maior parte da produção de noradrenalina no SNC, apresenta-se estimulado na síndrome
de abstinência a opiáceos, o que provoca os típicos sintomas de estimulação simpática. L

O sistema de recompensa aos opiáceos, além das estruturas antes mencionadas inclui também
áreas que usam como neurotransmissores opiáceos endógenos, tais como o núcleo arqueado,
a amígdala, o locus coeruleos e a área cinzenta periaquedutal dorsal.

Sistema de Recompensa Cerebral


Vários estudos têm mostrado ao longo do tempo que existe uma cadeia de reações,
envolvendo os diversos neurotransmissores citados nos mecanismos de ação das diferentes
drogas de abuso, que culmina com a liberação da dopamina na porção ventral do núcleo
estriado chamada de Núcleo Accumbens (NA). O NA recebe projeções de neurônios
dopaminérgicos localizados na área tegmental ventral, local de convergência para estímulos
procedentes da amígdala, hipocampo, córtex entorrinal, giro do cíngulo anterior e parte do

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

lobo temporal. Do núcleo accumbens partem eferências para o septo hipocampal, hipotálamo,
área cingulada anterior e lobos frontais. Devido às suas conexões aferentes e eferentes o NA
desempenha importante papel na regulação da atribuição de saliência (relevância) das
emoções, da motivação e da cognição. O sistema mesocorticolímbico de recompensa como
comentado, estende-se a partir da área tegmental ventral até o NA, passando para diferentes
áreas, como o sistema límbico e o córtex órbito-frontal. Alterações no sistema dopaminérgico,
como por exemplo, a diminuição dos receptores D2 de dopamina, poderiam ser responsáveis
por alterações neste sistema recompensa quando da utilização de drogas de abuso. Este
sistema está ativado quando sentimos prazer, satisfação, ou seja, sensação de bem-estar. Esta
circuitaria do sistema recompensa é „alimentada‟ por estas sensações. Quando se utiliza
drogas de abuso, por exemplo, que proporcionem sensações de prazer, o sistema é ativado,
sempre mediado pela dopamina. Interessante perceber que pessoas com deficiência no
sistema recompensa sempre estão buscando externamente (através de substâncias de abuso,
por exemplo) uma maneira de ativar o sistema que pode ser deficiente de maneira inata.

Assim, por meio da memória neuronal, esse sistema estaria marcado pelo prazer obtido pela
droga, o que acarreta o comportamento de procura pela substância. Como o circuito de
recompensa é mediado pela liberação de dopamina, além de alterações na quantidade do
neurotransmissor ou na sensibilidade dos receptores D2 podem provocar, naqueles que
apresentam estas alterações, uma falta de controle nos impulsos, buscando sempre uma
maior intensidade nas sensações prazerosas, ou seja, impulsividade. Inicialmente, o impulso
que é perfeitamente controlável para a maioria das pessoas é conduzido de forma diferente
por uma minoria. Este controle está localizado em uma região cerebral chamada de córtex
órbito-frontal. Pessoas com lesões funcionais nesta circuitaria podem apresentar dificuldades
de controlar seus impulsos, aspecto determinante no processo de dependência. Foi
demonstrado que, mesmo drogas que não estão diretamente relacionadas ao sistema
dopaminégico, são capazes de promover a ativação dopaminérgica indiretamente pela
sensação de conforto e prazer. Essa ativação pode gerar um circuito reverberativo,
acarretando na busca incessante pelo objeto de prazer: a droga

Achados farmacológicos sobre sistema límbico de O bloqueio do transportador de dopamina


(DAT) aumenta substancialmente as concentrações extracelulares de dopamina, resultando
em elevada estimulação de neurônios nas regiões cerebrais envolvidas com o comportamento
de reforço e recompensa. Como o núcleo accumbens é a principal estrutura em importância
no sistema mesocorticolímbico, recebe projeções dopaminérgicas da área tegmental ventral e
glutamatérgicas do córtex pré-frontal, amígdala e hipocampo. Estas projeções integram as
regiões corticais e límbicas, conectando motivação à ação.De forma simples podemos dizer
que o sistema recompensa exerce uma mediação importante nos efeitos naturalmente
prazerosos e gratificantes de comer, do sexo e não naturais como das drogas de abuso.

Estudos mostram que lesões no núcleo accumbens reduzem os efeitos prazerosos de


psicoestimulantes e opíoides. Diversos estudos farmacológicos utilizando animais já
mostraram a relação dos receptores D2 em exercer uma função importante no sistema
recompensa7,8

31
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

.Um exemplo mostra estudos envolvendo micro infusão direta destas drogas no NA. Por
exemplo, ratos treinados a receber auto-administração de anfetamina diretamente no NA
demonstraram o efeito reforçador verificado bioquimicamente através dos níveis
extracelulares aumentados de dopamina nesta região. No entanto ratos que auto-administram
um inibidor da recaptação de dopamina (cocaína) no NA apresentaram este efeito é
surpreendentemente fraco quando comparado ao da anfetamina. Esta observação fez
especular-se que os efeitos de recompensa da cocaína seriam realizados em outras regiões
fora do núcleo accumbens incluindo por exemplo o tubérculo olfatório

No entanto cabe aqui lembrar que a propriedade anestésica local da cocaína é um enorme viés
para estudos de administração da droga diretamente em estruturas cerebrais.

Sistema límbico de recompensa


Esta figura representa um corte sagital do cérebro de um rato onde estão representados as
estruturas que compreendem sistema límbico, incluindo amígdala, hipocampo, córtex pré-
frontal (PFC), nucleus accumbens (N. Acc.), Globo pálido ventral (VP) e área tegmental ventral
(VTA). Os neurônios dopaminérgicos da área No ventral modulam as informações através do
circuito límbico via projeções para o nucleus accumbens, amígdala, hipocampo, córtex pré-
frontal e globo pálido ventral. O aumento da transmissão dopaminérgica no sistema límbico,
particularmente no nucleus accumbens, sustenta o efeito reforçador provocado pelas drogas
de abuso no chamado sistema recompensa. Esta figura representa a ação de psicoestimulantes
aumentando a transmissão dopaminérgica em áreas que recebem projeções da área
tegmental ventral via interação com o transportador de dopamina.

Qual a relação do estresse com o sistema límbico de recompensa?


Evidências mostram uma importante participação do CRF (fator liberador de corticotrofina)
numa função neurotrófica fora do SNC. Atuando sobre o eixo HPA (hipotálamo-hiófise-
adrenal) sugere um mecanismo paralelo de mediação autonômica de resposta
comportamental ao estresse e uma contribuição para o estado comportamental de estresse na
dependência química através da liberação de esteróides adrenais. Tanto o estresse agudo mas
principalmente o crônico contribuem de forma significativa com a liberação intensa de
glicocorticóides (GC). Os GC são capazes de aumentarem a sensibilidade do nucleus
accumbens ao uso abusivo de drogas, justamente por facilitarem a liberação de dopamina no
NA10

Estudos mostram que por exemplo, a retirada aguda de drogas de abuso produz aumento nas
respostas de ansiedade e aumento nos níveis de CRF no núcleo central da amígdala. Um
sistema de estresse cerebral é hipotetizado estar ativado por conta do uso agudo exacerbado
de drogas de abuso e ficando sensibilizado durante retirada da droga, persistindo na
abstinência e contribuindo para a compulsividade da drogadição11

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Sendo assim podemos dizer que drogadição impacta múltiplos mecanismos e poderia ser
inserido no conceito de desordem que progride da impulsividade (reforço positivo) à
compulsão (reforço negativo). O construto de reforço negativo poderia ser definido como uma
droga que alivia um estado emocional negativo. O estado emocional negativo que rege tal
reforço negativo e hipotetizado como uma derivação da desregularão do elemento
neuroquímico chave envolvido na recompensa (DA) e estresse (CRF) com as estruturas
cerebrais envolvidas no sistema recompensa

A codependência Familiar
A codependência familiar se refere a uma dependência de ordem emocional da qual pessoas
que convivem com adictos podem vir a desenvolver.

Essa relação é marcada por preocupações e cuidados excessivos para com o dependente
químico, sendo assim ela pode acabar por gerar consequências ao codependente e é marcada
por etapas e sintomas que podem ser desenvolvidos de diferentes formas no contexto
familiar.

A família possui um papel muito importante na vida do dependente químico e por conta disso
também se faz necessário que além do adicto, elas tenham o suporte e tratamento necessários
à sua saúde e bem-estar.

Diante disso, é preciso estar atento aos sintomas que se manifestam na família da
codependência para que esta consiga lhe dar melhor com a toda a situação.

O Que é Codependência Familiar


O termo codependência teve origem em centros de tratamento em Minnesota mais
precisamente na década de 1970, muito utilizado para se referir a pessoas que tinham sua vida
prejudicada por um membro em sua família com a dependência química.

O codependente é o indivíduo que é influenciado de forma direta pelas ações realizadas por
outra pessoa e que acaba por tentar controlar essas ações.

A dependência química também pode ser vista como sendo uma doença que afeta os
familiares dos adictos, pois representa sofrimento para eles e acaba adoecendo-os de maneira
gradual.

Sendo assim, a dependência química adoece também as pessoas que se encontram próximas
ao adicto.
Ela é caracterizada por uma forte ligação emocional de familiares em relação a

um membro que esteja passando por problemas com o álcool ou outras drogas por exemplo.

33
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Geralmente, nessa relação os familiares se preocupam de forma excessiva com o dependente,


onde podem existir padrões de comportamentos patológicos que acabam por gerar ainda mais
sofrimento a eles.

Na maioria das vezes o codependente familiar são os pais ou cônjuges que mantem contato
direto com o adicto e que vivem suas vidas em razão do dependente, passam a assumir a
responsabilidade pelos problemas dele, onde manifestam uma preocupação excessiva com os
seus atos.

Nessa relação o codependente não compreende que ao cuidar do outro acaba por esquecer de
olhar para si mesmo, deixando muitas vezes de lado seus próprios planos e objetivos de vida,
sendo assim ele é considerado dependente da dependência do adicto.

Vale ressaltar também, que a codependência familiar não se refere apenas aos casos de
dependência química de álcool ou outras drogas, mas também a qualquer contexto onde se
tenha a presença de pessoas com qualquer espécie de comportamento considerado doentio,
de ligação emocional ou psicológica.

O Que é Codependência emocional


Primeiro se faz preciso distinguir a diferença entre codependência familiar e a codependência
emocional.

Onde a primeira se refere a indivíduos que possuem um ente dependente químico, cujo
contexto familiar é influenciado pelo adicto e o segundo se refere a qualquer indivíduo que
possua uma forte ligação emocional em qualquer tipo de relacionamento.

Está ligada a indivíduos que vivem suas vidas em função de agradar e atender aos desejos do
outro em seu relacionamento, onde o dependente emocional não consegue sequer pensar em
sua vida sem a outra pessoa, sustentando assim sentimentos intensos, como a insegurança ou
medo de perder, por exemplo.

A codependência emocional se refere a pessoas que dependem emocionalmente de outra


pessoa onde essa relação acaba por prejudicar a

prática de um relacionamento saudável e equilibrado.

Ela também pode estar ligada a um estado psicológico onde o indivíduo é manipulado por
outro, por meio de uma condição considerada patológica.

Nem sempre essa condição pode estar ligada a uma questão patológica, porém, é importante
considerar este fato para que haja o devido cuidado e tratamento do codependente.

A codependência emocional gera consequências negativas a ambas as partes envolvidas, pois


o que acaba acontecendo é que nessa relação existe uma pessoa em que a sua felicidade
depende de que seu parceiro esteja sempre ao seu lado e de que não abandone o
relacionamento.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Etapas da Codependência Familiar


Muitas vezes o contexto familiar é comprometido com o uso abusivo de álcool ou outras
drogas que é realizado por algum dos membros da família, desta forma, o impacto que ela
acaba sofrendo corresponde aos comportamentos que vão acontecendo com o adicto ao
longo do tempo.

A dependência química acarreta impactos negativos não somente ao adicto, mas também nos
membros da família e na dinâmica de suas relações.

Como os familiares estão em contato direto com o dependente químico existem algumas
etapas que caracterizam a evolução dos impactos gerados dessa relação pela qual existe no
processo da codependência familiar.

 Negação
Nesta primeira, ocorre a negação que é um mecanismo de defesa, onde o familiar
nega a realidade e o contexto no qual está vivendo, nega o fato de seu ente ter
envolvimento com drogas.
Aqui o codependente não admite e não aceita que esteja passando por esta situação
em sua família e que isso possa estar acontecendo com eles.

 Desespero
Na segunda etapa os familiares ficam muito preocupados com essa situação e
começam a tentar controlar o consumo da droga do dependente químico, como
também as consequências de ordem física, emocional, profissional e sociais
relacionadas a esse uso, ou seja, tentam a todo custo camuflar a situação da qual
estão vivendo.

Aqui é bastante comum um clima de mentiras com relação a dependência do álcool ou


outras drogas, onde a regra é não falar sobre o assunto, mantendo a ilusão de que não
existem problemas ou dificuldades a serem superadas na dinâmica familiar.

 Controle
Na terceira etapa ocorre uma desordem na família onde seus membros começam a
assumir papéis e responsabilidades que não são suas, mas sim do dependente
químico.
O núcleo familiar acaba por facilitar que o adicto não se responsabilize por seus
próprios atos, como também pelas consequências do mesmo.

Desta maneira, os familiares em vez de se encarregarem de cuidar da doença, acabam


por se tornarem participantes da mesma, o que representa um enorme perigo para
ambos os envolvidos.

 Exaustão Emocional
A quarta e última etapa é marcada por uma exaustão emocional, podendo aparecer
nessa relação familiar com o adicto, variados distúrbios comportamentais e de saúde,
como ansiedade ou depressão, entre muitos outros, que podem acabar por afetar

35
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

todos os membros.

Todo esse contexto é bem comum de acontecer em uma família codependente e ela
pode levar até mesmo ao afastamento entre os membros gerando assim uma
desorganização no convívio e dinâmica familiar.

Apesar dessas etapas serem um padrão na codependência familiar, esses fenômenos


não necessariamente acontecem da mesma forma ou na mesma ordem, porém, os
familiares podem sentir culpa ou vergonha por estarem passando por essa situação.

E por conta disso muitas vezes acabam não assumindo que existe um problema e
assim demoram ainda mais, para procurar ajuda profissional, fazendo com que as
consequências acabem por se agravar ainda mais.

Como a desenvolve no âmbito familiar


O âmbito familiar está sempre sofrendo alterações, pois é um sistema dinâmico, ao se deparar
com um de seus membros com dificuldades com o consumo de drogas, o impacto que a
família sofre é comparado as mesmas reações que acontecem com o adicto.

As relações familiares se modificam e se desorganizam com esse acontecimento, tornando a


convivência normal conflitiva.

No primeiro momento onde se é confirmado que a família possui um membro dependente


químico, a primeira atitude muitas vezes é tentar a todo custo controlar o comportamento
dele.

Logo de início as pessoas pensam que esse comportamento faz parte apenas de uma fase da
qual ele esteja passando.

A partir do momento em que os impactos negativos causados a família se mostram de forma


mais clara, ela passa a ficar atenta a qualquer tipo de movimentação que ele venha a ter.

Essa conduta adotada pela família do adicto é algo natural, mas que se torna prejudicial,
conforme ela adoece juntamente com ele.

A família se desestrutura emocionalmente por conta da dependência química e diante desse


quadro na codependência familiar os seus membros se negam que existe um problema.

Se encontram envolvidos em uma ilusão não conseguindo enxergar a gravidade da situação e


de que estão passando por um problema sério, que pode se agravar ainda mais caso não seja
resolvido de forma adequada.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Os familiares fecham os seus olhos para o contexto na qual estão vivendo, não querem admitir
para si mesmo que possuem um membro que tem problemas com o consumo abusivo de
álcool ou outras drogas.

A família acaba por se responsabilizar pelos comportamentos inadequados do adicto, se


tornando uma espécie de participante da sua doença.

Temos como exemplo, uma mãe com um filho dependente químico e que não consegue ter a
iniciativa de internar o rapaz para o devido tratamento, pois possui uma forte ligação
emocional da qual prefere não fazer isso.

Em outro exemplo, uma esposa que acaba aceitando e se submetendo as consequências


resultantes do comportamento do seu marido adicto ao álcool, como agressividade,
intolerância e rispidez praticados por ele.

Portanto, a família que tenta proteger o dependente, com o objetivo de impedir determinados
tipos de comportamentos deste, ou para que eles não sejam descobertos é considerado um
codependente.

E o codependente que age desta forma, encobrindo os acontecimentos que são considerados
como uma vergonha para a sociedade pelo simples fato de estarem desinformadas, acredita
que está o ajudando, quando na realidade está dificultando que um possível tratamento
adequando seja realizado.

Conforme a doença do adicto evolui, os mais próximos ficam emocionalmente envolvidos na


situação e não possuem a consciência de que estão vivendo em um ciclo disfuncional em seu
vínculo familiar com o dependente.

De início, o primeiro e melhor auxílio que devem dar ao adicto é a ajuda e orientação da sua
situação, para que não sejam participantes do padrão da doença, sem a visão de que podem
acabar por piorar a situação.

Portanto, se faz necessário compreender que a família pode fazer de tudo que achar melhor
para ajudar e mesmo assim a doença progredir sem nenhum tipo de controle.

Sendo assim, nenhuma família irá convencer o dependente a parar de usar drogas tentando
controlar os seus comportamentos.

SINTOMAS E CONSEQUÊNCIAS
É bem comum os codependentes familiares expressarem alguns sintomas, pois passam por
situações que podem lhe causar exaustão emocional, alguns dos sintomas são:

 Baixa autoestima

 Ansiedade

37
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

 Depressão

 Estresse

 Medo de ser abandonado

 Necessidade de controlar o comportamento do outro

 Sentimento de incapacidade

Muitas vezes as famílias veem as consequências da dependência química, como sendo um


problema na esfera dos relacionamentos pessoais e sociais, que acabam por dificultar o
desenvolvimento e preservação dos laços afetivos.

A família sabe que o dependente precisa parar de usar drogas, assim que veem o surgimento
dos sintomas físicos que prejudicam as suas atividades cotidianas.

Esses contextos de conflitos fazem com que a família sofra, lhe causando também marcas
físicas, sociais e psicológicas profundas, ela acaba sofrendo os impactos que o consumo
abusivo do álcool e outras drogas causam em alguns de seus membros.

As consequências do consumo de substâncias psicoativas não afetam somente o dependente


químico, mas também os seus familiares os transformando em codependentes químicos.

O relacionamento e o convívio familiar se tornam insustentável e acaba como consequência


causando adoecimentos nos membros, e fragilizando seus vínculos.

Toda essa dinâmica familiar gera sofrimento e prejuízos de ordem psicológica, emocional,
física, comportamental, cultural e também espiritual, ou seja, pode haver consequências em
todas as áreas da vida deles, tendo em vista que o ser humano é um ser biopsicossocial.

Conforme o codependente deixa suas próprias necessidades, planos ou projetos no decorrer


de sua vida, ela acaba abandonando e anulando a si mesmo.

Normalmente a consciência de suas escolhas presentes, acontecem a longo prazo e isso só é


percebido no decorrer do tempo que poderia ter sido investido em si mesmo, em seus planos
de vida e objetivos.

Todas essas situações acabam por provocar prejuízos para a saúde que podem ser
manifestados através de doenças psicossomáticas, onde as mais comuns são os quadros de
depressão e ansiedade.

Além dessas, as consequências também incluem problemas com a interação social,


econômicos e legais.

É bastante comum as famílias terem problemas econômicos, devido aos gastos excessivos que
o dependente químico fez, os problemas legais podem incluir as agressões físicas, psicológicas
ou morais.

38
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Já as consequências na interação social podem incluir problemas na dinâmica familiar, como


por exemplo separações entre o membro dependente e seu cônjuge ou isolamento social da
família em uma tentativa de se evitar sentimentos como a vergonha, humilhação ou raiva.

A família não pode carregar o peso de ser considerada a responsável pela dependência
química de algum membro de sua família, no entanto, por conta da falta de conhecimento
sobre a doença, os que convivem mais próximos a eles podem acabar por não permitir que ela
seja identificada.

E podem até mesmo, contribuir para a sua evolução, e para que seu tratamento seja evitado.

Identifique o tratamento correto


Procurar o tratamento adequado é a maneira mais eficaz de se viver livre desse ciclo, é preciso
tratar tanto o dependente químico quanto a sua família, para que ambos passem por uma
mudança e voltem a conviver de forma mais equilibrada e saudável.

É importante que exista o acompanhamento médico adequado de acordo com cada demanda
familiar.

O tratamento tem como principal objetivo auxiliar os membros da família a ter


relacionamentos mais saudáveis, e a saberem lidar da melhor forma com o seu ente
dependente químico.

Tem a finalidade de resgatar a autoestima dos membros da família para que tenham uma
maior assertividade quanto aos comportamentos futuros no relacionamento com o adicto.

Como em alguns casos a codependência envolve problemas relacionados a saúde psicológica


ou emocional, como por exemplo a depressão ou ansiedade e por conta disso, é indispensável
o auxílio de um médico psiquiatra ou psicólogo para a avaliação de cada caso.

Seja verdadeiro e identifique o problema


Portanto, embora os membros codependentes procurem ajuda profissional e tratamento,
estes só terão efeito quando conseguem ter a consciência de que possuem um problema.

Os codependentes são afetados de forma direta pelo convívio com um ente em sua família que
é um dependente químico, e por conta disso, possuem muita dificuldade para ter a iniciativa
de pedir ou aceitar ajuda.

Para ir à procura de tratamento os codependentes primeiro precisam aceitar que possuem


essa condição.

39
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Um dos locais mais apropriados para os familiares encontrarem acolhimento e adquirirem


informações sobre a doença da adicção é através de grupos de apoio que tem seu foco em
questões sobre a dependência química.

Assim como também, palestras que possuem uma intenção de instruir essas pessoas de forma
gradativa, diminuindo a ansiedade das famílias, que tem como objetivo possibilitar um local
onde essas pessoas com dificuldades semelhantes, sejam compreendidas e ajudadas,
compartilhando suas experiências e buscando soluções a diversas situações.

Nesses grupos é visto uma rede de apoio por meio de trocas de informações e testemunhos
das vivencias dos participantes, senso assim, muitas vezes dentro deles são compreendidas a
necessidade de se realizar mudanças nos diversos comportamentos inadequados das famílias.

Além dos grupos de ajuda, muitas vezes se faz preciso também, que a família busque outros
meios, como o tratamento que é feito através de psicoterapias, terapia familiar e caso
necessário de alguns tipos de medicações.

Por meio do entendimento do problema, a família pode adotar certas atitudes que podem
direcionar o adicto para uma recuperação.

Nesse processo de tratamento é muito importante que os familiares codependentes façam


algum tipo de acompanhamento psicológico, terapia de casal ou uma terapia individual, ambas
se constituem essenciais, porque esse ciclo não pode ser rompido sem ajuda.

Todos esses meios de ajuda as famílias se constituem como um meio da aceitação não só da
doença do adicto, mas das mudanças que precisam ser feitas em seus comportamentos e
ações diante do contexto ao qual estão vivendo.

A melhor maneira da família ajudar o adicto é estabelecer determinadas regras para uma
convivência familiar mais saudável, se colocando à disposição para auxiliá-lo em qualquer tipo
de tratamento que ele queira realizar.

Informe-se sobre o tema


As famílias dos dependentes químicos precisam de cuidados e informação para que possam
aprender a viver com eles de maneira mais equilibrada e livre do sentimento de culpa.

Portanto, conhecer quais os processos de ordem emocional que estão presentes na


dependência química são indispensáveis.

Esse processo faz com que os familiares acabem buscando ajuda de forma mais clara sobre o
tratamento do adicto em uma clínica especializada em dependência química como a do Grupo
Recanto.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

As pessoas que se encontram envolvidas na vida do dependente não podem tratar a doença
dele, pois isto deve ser feito com o tratamento adequado em uma clínica de reabilitação por
profissionais especializados

ESTABELESSA REGRAS FIRMES


A melhor maneira da família ajudar o adicto é estabelecer determinadas regras para uma
convivência familiar mais saudável, se colocando à disposição para auxiliá-lo em qualquer tipo
de tratamento que ele queira realizar.

CONCLUSÃO
Sabe-se que a dependência química é uma doença que afeta o indivíduo em uma esfera global,
ou seja, acaba o prejudicando em todas as áreas de sua vida.

Por conta disso, o seu contexto familiar também é atingido, devido a convivência em um
ambiente disfuncional que acaba por prejudicar e causar sofrimento aos seus familiares.

Todos os familiares que convivem com o adicto de forma direta podem sofrer com o
fenômeno da codependência familiar.

A codependência acontece quando a família acaba se envolvendo de forma direta e intensa


com o adicto, vivendo em função de agradar a ele e tentando de toda forma controlar os seus
comportamentos.

A família codependente se preocupa de forma excessiva com o dependente químico, ela


possui etapas que são desenvolvidas diante desse processo, que podem acabar por gerar nelas
sentimentos como vergonha, medo, frustração e a não aceitação da doença.

Diante disso, as famílias podem acabar por desenvolverem sintomas que podem comprometer
também a sua saúde física e psicológica.

Vale lembrar que assim como existe tratamento para o dependente químico, também existe
para a sua família.

Tratamentos como grupos de ajuda mútua, terapia familiar ou psicoterapia individual se


constituem como alternativas para cuidar dos familiares.

Portanto, se faz preciso dar atenção não somente a dependência química, mas também a
essas famílias e estar atento aos sintomas que podem aparecer da codependência familiar,
para que possam ser adotadas medidas para ajudar e

auxiliar a todas nesse processo.

KARLA JABUR

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Primeiro atendimento individual


Três blocos, do cérebro infantil ao cérebro adulto.

Qual a linha da vida desta pessoa preciso entender Divido em três blocos para paciente se
focalizar

De 1 a 10 anos de vida oque teve de importante em sua vida escola como foi família etc Como
foi Avaliar fatores para proteção e

Défice de atenção comorbidade muitos Coloco uma mente de alimento neste local

A maior parte de pessoas com está comorbidade usa Depois adolescência entender motivação
inicial

Um gatilho ? Um fator de proteção

Envolvimento bom na escola ou religião ou bom esporte Outros comportamento fatores de


risco

Dados mostram que 65% dos adolescentes não bebem e apresentam 15 % que bebem
exageradamente.

Grupo social vai mudando o que bebe mudam o ciclo natural das experiências que deveriam
fazer parte da adolescência.

A adolescência e momento que o celebro está modificando entre os 10 aos 21 anos e um


período de intensa mudança cerebral

Celebro de um adolescente está se preparando para se tornar celebro adulto Começa do


celebro de trás para frente (parte frontal)

Você pode ter um jogador de bola maravilhosamente e o uso atingir o cérebro e ele perder
toda está habilidade e aí da comprometer toda função cerebral

Celebro precisa amadurecer naturalmente

Adolescente q usa , celebro não se forma de acordo natural, estudam mostram mudanças
significativas na sua formação,

Quanto mais proteger desenvolvimento do celebro melhor uma vida adulta

A Bipolaridade marca celebro para sempre, trazendo muitas vezes consequências irreversíveis

O celebro de um adolescente em definição acaba acostumando com o prazer fácil que a droga
produz e isso muda de forma significativa sua cognição

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Negligência as outras fontes natural do prazer, como sexo, alimento, e atividade física Estudar
fazer um esporte pensar no futuro Trabalho família perde o significado

A droga empobrece o parser que o adolescente precisa aprender e nós precisamos auxiliar na
conscientização e prevenção

Nosso celebro tem uma capacidade de prazer de organização e a droga rompe estás fontes

Aí a pessoa confia mais no efeito rápido da droga e menos nas fontes de prazer, porque
demoram mais a acontecer

Droga corrompe está forma de prazer correto e a disciplina

A. Disciplina é importante e a droga corrompe o comportamento alterando o Histórico clínico


do residente

Além da dependência química a pessoa desenvolver problemas psiquiátricos

Eu vou me surpreender se alguém q usou droga continuamente não ter uma comorbidade
psiquiátricos

Tenho q estar procurando ativamente que aconteceu com celebro dela durante o atendimento
A droga afeta o desenvolvimento ela muda a capacidade deste celebro desenvolver

Se o paciente tem destroce de atenção e fumar maconha ele vai ficar mas desatento Se ele
tiver oscilação de humor o humor vai ficar pior

Se a pessoa nasce com uma comorbidade ela piora na adolescência no uso de droga nota-se a
chance de comorbidades maiores

Qualquer adolescente que usa droga na terá algum Dano cerebral A capacidade da memória
capacidade de planejamento

A capacidade de concentração Fica limitado

Cocaína especialmente ela diminui fluxo sanguíneo frontal todos estudos tem uma diminuição

O declínio cognitivo pode ser entendido como uma condição de transição entre a cognição
normal e a demência.

Em recuperação ele vai melhorar a sua capacidade de vida é importante frisar entender as
comorbidades no primeiro atendimento.

Doença complexa a dependência química E muito comum para dependente químico

Bipolaridade e depressão. Comorbidades sérias que precisam ser tratadas junto a dependência
química.

A psiquiatria ela não tem muita importância na ajuda de se recuperar a psiquiatria ajudo de
indivíduo nas comorbidades e nas dificuldades de início de recuperação O que ajuda o
indivíduo a se recuperar são os grupos de auto ajuda

43
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

São duas coisas diferentes os grupos de auto ajuda auxiliam o dia a dia da recuperação do
dependente químico para vida toda um dia de cada vez

Temos que ter muito respeito a área profissional a medicina os psiquiatras para se tratar as
comorbidades é nosso dever explicar o que é necessidade de medicamento e o que pode se
tornar um vício ou uma compulsão é muito importante explicar detalhadamente sobre os
tratamentos que o adicto precisa, se ele tiver uma comunidade para viver melhor

Todo educador deve prestar atenção ou profissional quando for tentar ajudar e ensinar
principalmente com pessoas de estado de rua

Primeira coisa que devemos saber é que não sabemos

Segunda coisa que precisamos saber se eles me ensinam a ensina Los

Exemplo uma forma de trazer o residente para mim com os vícios da rua com medo da polícia
com insegurança e desconfiança com os maus tratos ele precisa de ter confiança no que eu
estou passando para ele

Teoria do conhecimento a gente te ensina como a gente consegue aprender

Esse assunto pode ser abordado individualmente com o residente, pois cada um apresenta
uma realidade

Com o tempo conseguimos tirar vício da rua também, mas é preciso ter paciência para
entender que nem todos estão com a mente preparada para captar ajuda, pois há uma certa
segurança na dor que lhes e familiar.

Alguns seus alunos e sempre foram bem tratados cobertos de alimento e outros foram criados
na rua roubando para comer, enfim existe diferença e não devemos tratar com rigidez nenhum
ser humano seja qual for

Terapeuta precisa passar confiança Amor e respeito para que o Residente receba o que ele
precisa pra se recuperar e voltar a ser um membro produtivo na sua família e sociedade.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Como é a visão científica atual da


toxicodependência

A toxicodependência ou vício é uma doença que afeta seu cérebro e comportamento. Quando
você é viciado em drogas, não consegue resistir ao desejo de usá-las, não importa quanto dano
as drogas possam causar.

O vício em drogas não se trata apenas de heroína, cocaína ou outras drogas ilegais. Você pode
se viciar em álcool, nicotina, analgésicos opioides e outras substâncias legais.

No começo, você pode optar por tomar um medicamento, porque gosta do jeito que ele se
sente. Você pode pensar que pode controlar o quanto e com que frequência o usa. Mas com o
tempo, as drogas mudam a forma como o seu cérebro trabalha. Essas mudanças físicas podem
durar muito tempo. Eles fazem você perder o autocontrole e podem levar a comportamentos
prejudiciais.

Dependência vs. Abuso


O abuso de drogas é quando você usa substâncias legais ou ilegais de maneiras que não
deveria. Você pode tomar mais do que a dose regular de pílulas ou usar a receita de outra
pessoa. Você pode abusar de drogas para se sentir bem, aliviar o estresse ou evitar a
realidade. Mas geralmente, você é capaz de mudar seus hábitos prejudiciais ou parar de usar
completamente.

O vício é quando você não pode parar. Não quando coloca sua saúde em perigo. Não quando
isso causa problemas financeiros, emocionais e outros para você ou seus entes queridos. Esse
desejo de obter e usar medicamentos pode ser preenchido a cada minuto do dia, mesmo se
você quiser sair.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Efeito no seu cérebro


Seu cérebro está conectado para fazer você querer repetir experiências que o fazem se sentir
bem. Então, você está motivado a fazê-las repetidamente.

Os medicamentos que podem ser viciantes têm como alvo o sistema de recompensa do seu
cérebro. Eles inundam seu cérebro com uma substância química chamada dopamina. Isso
provoca uma sensação de prazer intenso. Então você continua tomando a droga para
perseguir tão alto.

Com o tempo, seu cérebro se acostuma com a dopamina extra. Portanto, você pode precisar
tomar mais do medicamento para obter a mesma sensação. E outras coisas que você gostou,
como comida e sair com a família, podem lhe proporcionar menos prazer.

Quando você usa drogas por um longo período, também pode causar alterações em outros
sistemas e circuitos químicos do cérebro. Eles podem prejudicar o seu:

 Julgamento

 Tomando uma decisão

 Memória

 Capacidade de aprender

Juntas, essas alterações cerebrais podem levá-lo a procurar e tomar medicamentos de


maneiras que estão além do seu controle.

Quem é mais provável que se torne viciado?


O corpo e o cérebro de cada pessoa são diferentes. As pessoas também reagem de maneira
diferente às drogas. Alguns amam a sensação na primeira vez que experimentam e querem
mais. Outros odeiam e nunca tentam novamente.

Nem todo mundo que usa drogas fica viciado. Mas isso pode acontecer com qualquer pessoa e
em qualquer idade. Algumas coisas podem aumentar suas chances de dependência, incluindo:

História de família. Seus genes são responsáveis por cerca de metade das suas chances. Se
seus pais ou irmãos têm problemas com álcool ou drogas, é mais provável que você também.
Mulheres e homens são igualmente propensos a se tornarem viciados.

Uso precoce de drogas. O cérebro das crianças ainda está crescendo, e o uso de drogas pode
mudar isso. Portanto, consumir drogas em uma idade precoce pode aumentar a probabilidade
de você ficar viciado quando envelhecer.

Transtornos Mentais, Desordem Mental. Se você está deprimido, tem problemas para prestar
atenção ou se preocupa constantemente, você tem uma chance maior de dependência. Você
pode recorrer às drogas como uma maneira de tentar se sentir melhor.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Relacionamentos problemáticos. Se você cresceu com problemas familiares e não é próximo


de seus pais ou irmãos, isso pode aumentar suas chances de dependência.

Sinais de Dependência
Você pode ter um ou mais destes sinais de aviso:

 Um desejo de usar a droga todos os dias, ou muitas vezes ao dia.

 Você toma mais drogas do que deseja e por mais tempo do que pensava.

 Você sempre tem a droga com você e a compra mesmo que não possa pagar.

 Você continua usando drogas, mesmo que isso lhe cause problemas no trabalho ou
faça com que brigue com familiares e amigos.

 Você passa mais tempo sozinho.

 Você não se cuida ou se importa com a sua aparência.

 Você rouba, mente ou faz coisas perigosas, como dirigir em alta ou fazer sexo
inseguro.

 Você passa a maior parte do tempo obtendo, usando ou se recuperando dos efeitos da
droga.

 Você se sente mal quando tenta sair.

Quando obter ajuda


Se seu uso de drogas ou de um familiar estiver fora de controle ou causando problemas, entre
em contato com a FENATEHD Podemos orientar em qual a melhor forma de tratar o problema.

Melhorar o vício em drogas pode levar tempo. Não há cura, mas o tratamento pode ajudá-lo a
parar de usar drogas e permanecer livre de drogas. Seu tratamento pode incluir
aconselhamento, remédios ou ambos. A melhor forma é buscar ajuda e informação
profissional.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A Origem dos 12 Passos


Um Fragmento da História: A Origem dos Doze Passos
Bill W. - Julho de 1953

Membros de AA vivem perguntando: “De onde surgiram os 12 Passos?”. Em última análise,


talvez ninguém saiba. No entanto, alguns dos acontecimentos que levaram à sua formulação,
estão tão claros para mim, como se tivessem acontecido ontem.

No que se refere à sua origem humana, os principais canais de inspiração para os nossos
Passos foram em número de três – os Grupos Oxford, o Dr. William D. Silkworth do Towns
Hospital e o famoso psicologista William James, chamado por alguns de pai da psicologia
moderna. A história de como estes canais de influência se encontraram e de como eles
levaram a se escrever os nossos 12 Passos é excitante e em alguns aspectos inequívocos,
inacreditável.

Muitos de nós lembram-se dos Grupos Oxford como um movimento evangelizador que
floresceu nos anos 20 e início dos 30, liderados por um ex-pastor luterano, Dr. Frank Buchman.
Os Grupos Oxford daqueles tempos enfatizavam fortemente o trabalho pessoal de um
membro com o outro. O décimo-segundo Passo de AA originou-se naquela prática vital. A
espinha moral dos Grupos Oxford era honestidade absoluta, pureza absoluta, altruísmo
absoluto e amor absoluto. Eles também praticavam um tipo de confissão, que eles chamavam
de “compartilhamento”. A reparação por danos causados, eles chamavam de “restituição”.
Eles acreditavam profundamente nos “tempos quietos” deles, uma meditação praticada tanto
pelos grupos, como pelos indivíduos, na qual se buscava a orientação de Deus para cada
detalhe de suas vidas, grandes ou pequenos.

Estas ideias básicas não eram novas: elas poderiam ser encontradas em outros lugares. Mas
para nós, primeiros alcoólicos a contatar os Grupos Oxford, a salvação foi que eles davam
grande ênfase a estes princípios. Afortunadamente para nós, os membros do Grupo tomavam
um cuidado muito especial em não interferir com a visão religiosa pessoal de cada um. A
sociedade deles, como mais tarde também a nossa, via a necessidade de ser absolutamente
independente de qualquer religião.

No final do verão de 1934, meu grande amigo alcoólico e colega de escola Ebbie, envolveu-se
com estas pessoas e imediatamente ficou sóbrio. Sendo um alcoólico, podemos dizer do tipo
obstinado, ele não conseguiu “comprar” todas as ideias e atitudes do Grupo Oxford. No
entanto, ele se comoveu pela profunda sinceridade deles e sentiu-se muito agradecido pelo
fato de que seus ensinamentos tinham, na ocasião, suspendido sua obsessão para beber.

Quando voltou para Nova Iorque, no fim do outono de 1934, Ebbie pensou logo em mim. Num
dia gelado de novembro, ele apareceu. Logo ele estava me olhando do outro lado da mesa da
nossa cozinha na Clinton Street 182, Brooklin, Nova Iorque. Da forma como eu me lembro de
nossa conversa, ele constantemente usava frases como “eu descobri que não conseguia dirigir
minha própria vida”; “eu tive que ser honesto comigo mesmo e com mais uma pessoa”; “eu
tive que fazer reparações por danos que eu causei”; “eu tive que rezar, pedindo a Deus força e

48
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

orientação, mesmo não tendo a certeza que existisse qualquer Deus”; “e depois que eu tentei
com determinação fazer todas estas coisas, descobri que minha obsessão pelo álcool tinha
desaparecido”. Depois, repetidas vezes Ebby, dizia uma coisa semelhante a: “Bill, não é nem
um pouco como se eu tivesse embarcado no vagão de água. Você não combate o desejo de
beber – você simplesmente se livra dele. Nunca tive antes um sentimento assim.”

Este foi o somatório do que Ebbie extraiu dos seus amigos do Grupo Oxford e me transmitiu
naquele dia. Apesar destas ideias simples não serem novas, elas certamente me atingiram
como toneladas de tijolos. Hoje nós compreendemos o porque disto – um alcoólico falando
para outro, como mais ninguém pode. Duas ou três semanas mais tarde, no dia 11 de
dezembro, para ser mais exato, eu me internei no Charles B. Towns Hospital, aquele famoso
empório de enxugamento alcoólico, no Central Park West, na cidade de Nova Iorque. Eu já
havia estado lá antes, de modo que eu conhecia e gostava muito do médico de plantão – Dr.

Silkworth. Foi ele que em breve iria contribuir com uma grande ideia, sem a qual AA nunca
teria surgido. Há anos ele afirmava que alcoolismo era uma doença, uma obsessão da mente
ligada a uma alergia do corpo. Agora eu sabia que isto era para mim. Eu também compreendia
que combinação fatal estes dois fatores podiam representar. É claro que eu, em outras
ocasiões, tive a esperança de estar incluído na pequena porcentagem de vítimas que volta e
meia escapavam da sua

vingança. Mas desta vez até esta esperança tinha ido embora, eu estava perto do fundo do
poço. Aquele veredicto da ciência – a obsessão que me condenava a beber e a alergia que me
condenava a morrer – estava próximo de fazer a mágica. Foi aí que a ciência médica,
personificada por este pequeno e bom doutor, encaixou-se no conjunto. Esta dupla verdade,
nas mãos de um alcoólico falando com outro, era como um martelo rompendo na
profundidade a dura couraça do ego alcoólico, deixando-o bem aberto para a graça de Deus.

É claro que no meu caso, foi o Dr. Silkworth quem usava a marreta, enquanto meu amigo
Ebbie me transmitia os princípios espirituais e a graça que me trouxe o súbito despertar
espiritual, no hospital, três dias mais tarde. Eu imediatamente percebi que era um homem
livre. E com esta assombrosa experiência, veio um sentimento de magnífica certeza de que um
dia, um grande número de alcoólicos poderiam se aproveitar deste presente sem preço, que
me foi concedido.

Neste ponto, uma terceira linha de influência entrou em minha vida, através das páginas do
livro de William James, Variedades de Experiências Religiosas. Alguém o havia trazido para
meu quarto no hospital. No período seguinte à minha súbita experiência, o Dr. Silkworth
tentava firmemente me convencer de que eu não estava alucinando. Mas William James fez
mais. Não só, dizia ele, experiências espirituais podem conduzir pessoas à sanidade, mas
também podem transformar homens e mulheres, de modo que possam fazer, sentir e
acreditar coisas que antes eram impossíveis para elas. Não importa se estes despertares forem
súbitos ou que sejam graduais; sua variedade pode ser quase infinita. Mas a principal
mensagem daquele livro, era que na maioria dos casos descritos, estas pessoas transformadas
eram gente sem qualquer esperança. Em alguma área de suas vidas, elas tinham encontrado a
derrota total. Bem, isto era eu. Em completa derrota, sem mais esperança ou fé em nada, eu
apelei para um Poder Superior. Eu tinha feito o primeiro Passo no nosso atual programa de

49
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
AA:

50
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

“ admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre
nossas vidas”. Também tinha feito o terceiro Passo: “decidimos entregar nossa vontade e
nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos”.

Foi desta forma que eu fui libertado. Foi tão simples, como tão misterioso. Estas realizações
foram tão estimulantes, que imediatamente fui compartilhá-las com os Grupos Oxford. Porém,
para consternação deles, eu insisti em me devotar exclusivamente aos bêbedos. Isto
incomodou os Grupos Oxford de duas maneiras: primeiro, eles queriam ajudar a salvar o
mundo inteiro; segundo, seu resultado com bêbedos tinha sido muito fraco. Na hora em que
eu os procurei, eles tinham acabado de trabalhar com um bando de alcoólicos que os havia
desapontado completamente. Havia rumores, que um deles havia arremessado seu sapato
através de uma valiosa janela de cristal da igreja episcopal que ficava em frente à Central dos
Grupos Oxford. De forma que eles não foram benevolentes diante de minhas constantes
declarações, de que não iria demorar muito o dia em que todos os bêbedos do mundo iriam
ficar a sóbrios. Na realidade, eles afirmaram que meu orgulho ainda era imenso.

Após uns seis meses de violentas exortações para um bando de bêbedos, que eu encontrei
próximos às missões assistenciais e ao Towns Hospital, parecia que os membros dos Grupos
Oxford estavam certos. Eu não havia trazido ninguém à sobriedade. Em nossa casa no Brooklin,
nós sempre tínhamos alguns bebedores morando conosco, número que às vezes chegava a
cinco. Minha valente esposa, Lois, uma vez chegou em casa do trabalho e encontrou três deles
bastante

embriagados. Os dois restantes estavam pior, cambaleantes. Apesar de acontecimentos como


estes, terem de alguma maneira reduzido meus ímpetos, na realidade eu nunca perdi a
convicção de que existia um caminho para a sobriedade. Apesar de tudo, havia um intenso
foco de luz. Meu padrinho Ebbie agarrava-se precariamente à sua recém-encontrada
sobriedade. Qual a razão para todos estes fiascos? Se Ebbie e eu conseguíamos ficar sóbrios,
por que todos os outros não conseguiam também? Alguns com quem tínhamos trabalhado,
certamente queriam ficar bem. Nós especulávamos noite e dia porque nada havia acontecido
com eles.

Talvez eles não conseguissem manter a paz espiritual dos Grupos Oxford, dos quatro
absolutos, de honestidade, pureza, generosidade e amor. De fato, alguns alcoólicos diziam que
este era o problema. A agressiva pressão sobre eles, fazia- os voar alto como os gansos
durante algumas semanas e depois desabar pesadamente. Eles se queixavam também, de
outra forma de coerção – alguma coisa que o Grupos Oxford chamavam de “guiar os outros”.
Um time de membros não-alcoólicos do grupo sentava-se com algum alcoólico e depois de um
“tempo quieto”, vinha com precisas instruções de como o alcoólico deveria passar a dirigir sua
própria vida. Em que pese toda nossa gratidão para com nossos amigos dos Grupos Oxford,
isto é duro de engolir. Tudo isto, por certo, tinha a ver com as persistentes derrapagens que
estavam acontecendo. Mas esta não era a causa integral da nossa falha. Depois de meses, eu
percebi que o problema estava principalmente em mim. Eu havia me tornado muito agressivo,
muito dono da verdade. Eu falava muito da minha súbita experiência espiritual, como se fosse
alguma coisa muito fora de série. Eu desempenhava o duplo papel de professor e pregador.
Nas minhas exortações, eu me esquecia completamente do lado médico da nossa doença e

51
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

negligenciava o aspecto da necessidade de profunda deflação do ego, tão enfatizado por


William James. Nós não estávamos usando a marreta médica, que o Dr. Silkworth tão
providencialmente nos havia dado.

Finalmente, um dia o Dr. Silkworth me trouxe de volta para meu real tamanho. Ele disse: “Bill,
porque você não para de falar tanto sobre aquela sua luminosa experiência brilhante? Parece
tão louco! Embora eu esteja convencido que somente uma ética melhor possa realmente
ajudar os alcoólicos, eu acho que você está colocando o carro adiante dos bois. O fato é que
alcoólicos não vão aceitar estas exortações morais, antes de se convencerem de que é
necessário. Se eu fosse você, eu os abordaria primeiro com uma base médica. Apesar de nunca
me ter trazido qualquer benefício o lhes contar como é fatal a doença que eles tem, pode ser
uma história muito diferente se você, um ex-bebedor sem esperança, dê a eles estas más
notícias. Devido à identificação que você naturalmente tem com alcoólicos, talvez você
penetre aonde eu não consigo chegar. Conte-lhes primeiro a parte médica da coisa e faça-o
com ênfase. Talvez isto os amoleça, a ponto de aceitarem os princípios que realmente vão lhes
fazer bem”.

Logo após esta histórica conversa, eu estava em Akron, Ohio, envolvido em um


empreendimento comercial que não deu certo. Sozinho na cidade, eu escava morrendo de
medo de ficar bêbedo. Eu não era mais um professor ou pregador, eu era um alcoólico que
precisava de outro alcoólico, tanto quanto ele talvez estivesse precisando de mim. Pressionado
desta maneira, logo eu estava face-a-face com Dr. Bob. De imediato, ficou claro que o Dr. Bob
sabia mais sobre coisas espirituais, do que eu. Ele também havia estado em contato com as
pessoas do grupo Oxford, em Akron. Mas de alguma forma, ele simplesmente não conseguia
ficar sóbrio.

Seguindo o conselho do Dr. Silkworth, eu fiz uso do martelo médico. Eu lhe contei o que era o
alcoolismo e como podia ser fatal. Aparentemente, isto fez acontecer algo dentro do Dr. Bob.
Em 10 de junho de 1935 ele ficou sóbrio, nunca mais bebeu. Quando, em 1939, a história do
Dr.Bob apareceu pela primeira vez, no livro Alcoólicos Anônimos, ele colocou um dos
parágrafos em itálico. Falando comigo, ele me disse: “Muito mais importante foi o fato dele ser
o primeiro ser vivo com quem falei, que conhecia o que falava sobre alcoolismo a partir de
uma experiência pessoal”.

Dr. Silkworth na verdade forneceu o elo que faltava, sem o qual a seqüência de princípios hoje
reunida nos nossos 12 Passos nunca poderia ter sido completada. Naquele lugar e naquele
momento, aconteceu a centelha daquilo que um dia viria a ser Alcoólicos Anônimos.

Durante os três primeiros anos que se seguiram à recuperação do Dr. Bob, nossos três grupos
pioneiros em Akron, Nova Iorque e Cleveland cresceram e evoluíram com o assim chamado
programa verbal, transmitido oralmente.

Quando começamos a formar uma sociedade separada dos Grupos Oxford, começamos a
formular nossos princípios mais ou menos assim:

1. Admitimos sermos impotentes perante o álcool.

2. Passamos a ser honestos conosco mesmos.

52
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

3. Passamos a ser honestos com outra pessoa, em confiança.

4. Fizemos reparações por danos causados a outros.

5. Trabalhamos com outros alcoólicos, sem visar prestígio ou dinheiro.

6. Oramos a Deus, para que nos ajudasse a fazer estas coisas da melhor maneira
que nos fosse possível.

Apesar destes princípios serem apregoados de acordo com a veneta e os gostos de cada um de
nós, apesar de que em Akron e Cleveland eles ainda estivessem aferrados aos quatro
absolutos dos Grupos Oxford de honestidade, pureza, altruísmo e amor, esta era a mensagem
para qualquer alcoólico ingressante até 1939, quando foram escritos os nossos 12 Passos.

Eu lembro bem da noite em que os 12 Passos foram escritos. Eu estava na cama, bastante
desanimado, sofrendo uma das minhas imaginárias crises de úlcera.

Quatro capítulos do livro Alcoólicos Anônimos havia sido rascunhado e lido em reuniões em
Akron e Nova Iorque. Rapidamente descobrimos que cada um de nós queria ser um autor. As
discussões sobre o que deveria entrar no nosso novo livro foram terríveis. Por exemplo, alguns
queriam um livro puramente psicológico, cujo conteúdo penetrasse nos alcoólicos, sem
assustá-los. Sobre o “assunto de Deus”, poderíamos deixar para lhes contar mais tarde. Alguns
poucos, liderados pelo nosso maravilhoso amigo sulista Fitz M., queriam um livro bastante
religioso, recheado de alguns dos dogmas colhidos junto às igrejas e instituições missionárias
que haviam tentado nos ajudar. Quanto mais barulhentos estes argumentos, mais eu tendia
para um meio-termo. Parecia até que eu não seria o autor do livro. Eu iria ser apenas um
árbitro para decidir sobre o conteúdo dele.

Isto não quer dizer que não houvesse um enorme entusiasmo pelo projeto. Cada um de nós
estava tremendamente excitado pela possibilidade de receber nossa mensagem antes
daqueles incontáveis alcoólicos que ainda não sabiam de nada.

Tendo chegado ao capítulo quinto, parece que estava mais do que na hora de definir o que era
na realidade nosso programa. Eu me lembro que passavam pela minha cabeça todas as
palavras e frases que então se usavam. Juntando tudo, resultou nas seis que foram descritas
acima. Depois surgiu a ideia, que nosso programa deveria ser descrito de forma mais definida e
clara. Leitores distantes teriam assim uma série de princípios mais precisos. Conhecendo a
habilidade dos alcoólicos em racionalizar, era preciso escrever algo incontestável. Não
poderíamos deixar o leitor interpretar o que quisesse. Além disso, afirmativas mais completas
iriam nos ajudar nos capítulos subsequentes, onde teríamos que mostrar exatamente como o
programa de recuperação deveria ser feito.

Comecei a escrever numa bandeja amarela, destas bem baratas. Eu dividi o nosso programa
verbal em pedaços menores, enquanto aumentava consideravelmente suas metas. Sem
inspiração, como eu me sentia, fiquei surpreso em reunir em um curto espaço de tempo,
talvez uma meia hora, um certo número de princípios, que ao serem contados, mostraram
serem doze. E por alguma razão inescrutável, eu havia movimentado a ideia de Deus para o

53
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

segundo Passo, bem lá na frente. Alem disso, eu citei Deus de forma muito liberal no meio dos
demais Passos. Em um deles, eu até sugeri que o ingressante ficasse de joelhos.

Quando este documento foi mostrado na nossa reunião de Nova Iorque, os protestos foram
muitos e ruidosos. Nossos amigos agnósticos não aceitaram de modo algum a ideia de se
ajoelhar. Outros disseram que estávamos falando demais em Deus. E de qualquer forma,
porque doze Passos, ase nós só havíamos feito 5 ou 6? Vamos deixar isto continuar simples,
disseram eles.

Este tipo de discussão acalorada durou dias e noites. Mas dela resultou um gol para Alcoólicos
Anônimos. Nosso contingente agnóstico, representado por Hank P. e Jim B., finalmente nos
convenceu de que deveríamos facilitar as coisas para pessoas como eles, usando termos como
um “Poder Superior” ou “Deus como o concebemos”. Estas expressões, que nós hoje
conhecemos tão bem, demonstraram serem salvadoras da vida de muitos alcoólicos. Elas
permitiram que milhares de nós iniciássemos um programa, que não seria possível começar se
tivéssemos deixado os Passos como eu os escrevi originalmente. Felizmente não houve mais
outras mudanças no esboço original e o número de Passos continua sendo doze. Não
podíamos imaginar que nossos 12 Passos fossem tão rápida e universalmente aprovados por
clérigos de todas as religiões e até por nossos futuros amigos, os psiquiatras.

Este pequeno fragmento de história deverá convencer até os mais céticos, que ninguém
inventou Alcoólicos Anônimos. AA apenas cresceu – pela graça de Deus

OS 12 PASSOS

1. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas
tinham se tornado incontroláveis.

2. Viemos acreditar que um Poder maior que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira
como nós O compreendíamos.

4. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5. Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das nossas
falhas.

6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de


caráter.

7. Humildemente pedimos a ele que removesse nossos defeitos.

54
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemos a


fazer reparações a todas elas.

9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-
lo pudesse prejudica-la ou a outras.

10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o


admitíamos prontamente.

11. Procuramos através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com
Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da
Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos,


procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar este princípios em
todas as nossas atividades.

PASSO UM
“Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se
tornado incontroláveis.”

Não importa o que ou quanto nós usávamos. Em Narcóticos Anônimos, estar limpo tem que vir
em primeiro lugar. Percebemos que não podemos usar drogas e viver. Quando admitimos
nossa impotência e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas, abrimos a porta da
recuperação. Ninguém conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos
que admiti‐lo. Quando algum de nós fica em dúvida, ele se pergunta: “Posso controlar o uso de
substâncias químicas que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?”

A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o
resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período de
tempo.

Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência significa
nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar, como podemos nos iludir
dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temos escolha,” mostramos a
incapacidade de parar de usar, mesmo com a maior força de vontade e o desejo mais sincero.
No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de tentar justificar nosso uso.

Não chegamos a NA transbordantes de amor, honestidade, boa vontade e mente aberta.


Chegamos a um ponto em que não podíamos mais continuar devido à dor física, mental e
espiritual. Ao nos sentirmos derrotados, ficamos prontos.

Nossa incapacidade de controlar o uso de drogas é um sintoma da doença da adicção. Não


somos apenas impotentes perante as drogas, mas também perante a adicção. Precisamos
admiti‐lo para nos recuperarmos. A adicção é uma doença física, mental e espiritual que afeta
todas as áreas de nossas vidas.

55
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O aspecto físico da nossa doença é o uso compulsivo de drogas: a incapacidade de parar uma
vez que tenhamos começado. O aspecto mental é a obsessão ou o desejo incontrolável que
nos leva a usar, mesmo destruindo nossas vidas. A parte espiritual da nossa doença é o total
egocentrismo. Pensávamos que podíamos parar quando quiséssemos, apesar de todas as
evidências em contrário. Negação, substituição, racionalização, justificação, desconfiança dos
outros, culpa, vergonha, desleixo, degradação, isolamento e perda de controle são alguns
resultados da nossa doença. Nossa doença é progressiva, incurável e fatal. Para a maioria de
nós, é um alívio descobrir que temos uma doença, e não uma deficiência moral.

Não somos responsáveis por nossa doença, mas somos responsáveis pela nossa recuperação.

A maioria de nós tentou parar de usar por conta própria, mas éramos incapazes de viver com
ou sem drogas. Finalmente, percebemos que éramos impotentes perante a adicção.
Muitos de nós tentaram parar de usar por simples força de vontade, o que resultou numa
solução temporária. Vimos que a força de vontade sozinha não funcionava por muito tempo.

Tentamos inúmeros outros recursos, psiquiatras, hospitais, clínicas diversas, novos romances,
novas cidades, novos trabalhos. Tudo o que tentávamos, fracassava. Começamos a perceber
que havíamos racionalizado verdadeiros absurdos para justificar a confusão que fizéramos das
nossas vidas com drogas.

Até abrirmos mão de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estaremos colocando
em risco os alicerces da nossa recuperação. As restrições nos privam dos benefícios que este
programa tem a oferecer. Livrando‐nos de todas as restrições, nós nos rendemos. Só assim
podemos ser ajudados na recuperação da doença da adicção.

Agora a pergunta é: “Se somos impotentes, como Narcóticos Anônimos pode ajudar?”
Começamos por pedir ajuda. O alicerce do nosso programa é a admissão de que nós, por nós
mesmos, não temos poder sobre a adicção. Quando podemos aceitar este fato, completamos
a primeira parte do Passo Um.

Precisamos fazer uma segunda admissão para completarmos nosso alicerce. Se pararmos aqui,
saberemos apenas meia verdade. Somos mestres em manipular a verdade. Dizemos por um
lado: “Sim, sou impotente perante minha adicção,” e por outro lado, “Quando acertar minha
vida, poderei lidar com as drogas.” Tais pensamentos e ações nos levaram de volta à adicção
ativa.

Nunca nos ocorreu perguntar: “Se não podemos controlar a adicção, como podemos controlar
nossas vidas?” Nós nos sentíamos péssimos sem as drogas, e nossas vidas estavam
incontroláveis.

Incapacidade de se empregar, desleixo e destruição são facilmente identificados como


características de uma vida incontrolável. Geralmente, nossas famílias estão desapontadas,
confusas e frustradas com nossas ações e, muitas vezes, desertaram ou nos deserdaram.
Nossas vidas não se tornam controláveis por conseguirmos um emprego, sermos aceitáveis
socialmente e com o retorno aos familiares. Aceitação social não significa recuperação.

56
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Descobrimos que não tínhamos escolha: ou mudávamos completamente nossas antigas


maneiras de pensar, ou então voltávamos a usar. Quando damos o melhor de nós, o programa
funciona para nós como funcionou para outros. Quando não suportávamos mais nossas velhas
maneiras de ser, começamos a mudar. A partir deste ponto, começamos a ver que cada dia
limpo é um dia bem sucedido, não importa o que aconteça. A rendição significa que não temos
mais que lutar. Aceitamos a nossa adicção e a vida como ela é. Estamos dispostos a fazer o que
for necessário para ficarmos limpos, até o que não gostamos de fazer.

Até darmos o Passo Um, estávamos repletos de medo e dúvidas. Muitos de nós sentiam‐se
perdidos e confusos. Nós nos sentíamos diferentes. Ao trabalharmos este passo, afirmamos a
nossa rendição aos princípios de NA. Somente após a rendição, começamos a superar a
alienação da adicção. A ajuda aos adictos só começa quando somos capazes de admitir a
completa derrota. Pode ser assustador, mas é o alicerce sobre o qual construímos nossas
vidas.

O Passo Um significa que não precisamos usar, e isto é uma grande liberdade. Demorou muito
para que alguns de nós percebessem que suas vidas tinham se tornado incontroláveis. Para
outros, o descontrole de suas vidas era a única coisa clara. Sabíamos, no fundo de nossos
corações, que as drogas tinham o poder de nos transformar em alguém que não queríamos
ser.

Estando limpos e trabalhando este passo, somos libertados dos nossos grilhões. Entretanto,
nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste passo;
aprendemos a vivê‐los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos oferecer.
Encontramos esperança. Podemos aprender a funcionar no mundo em que vivemos. Podemos
encontrar sentido e significado na vida e sermos resgatados da insanidade, depravação e
morte.

Quando admitimos nossa impotência e incapacidade de controlar nossas próprias vidas,


abrimos a porta para que um Poder maior do que nós, nos ajude. Não é onde estávamos que
conta, mas para onde estamos indo.

PASSO UM
“Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se
tornado incontroláveis.”

Não importa o que ou quanto nós usámos. No programa estar limpo tem que vir em primeiro
lugar. Percebemos que não podemos usar drogas e viver. Quando admitimos nossa impotência
e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas, abrimos a porta da recuperação. Ninguém
conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos que admiti-lo. Quando
algum de nós fica em dúvida, ele se pergunta: “Posso controlar o uso de substância químicas
que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?”

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o
resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período de
tempo.

Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência
significa nos drogarmos contra nossa vontade. Se não conseguimos para como podemos nos
iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temo escolha,” mostramos a
incapacidade de parar de usar, mesmo com maior força de vontade e o desejo mais sincero.
No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de tentar justificar nosso uso.

Não chegamos ao programa transbordantes de amor, honestidade, boa vontade e


mente aberta. Chegamos a um ponto em que não podíamos mais continuar devido à dor física,
mental e espiritual. Ao nos sentirmos derrotados ficamos prontos.

Nossa incapacidade de controlar o uso de drogas é um sintoma da adicção. Não somos


apenas impotentes perante as drogas, mas também perante adicção. Precisamos admiti-los
para nos recuperarmos. A adicção é uma doença física, mental e espiritual que afeta todas as
áreas de nossas vidas.

O aspecto físico da nossa doença é o uso compulsivo de drogas: a incapacidade de


parar uma vez que tenhamos começado. O aspecto mental é a obsessão ou desejo
incontrolável que nos leva usar, mesmo destruindo nossas vidas. A parte espiritual da nossa
doença é o total egocentrismo. Pensávamos que podíamos parar quando quiséssemos, apesar
de todas as evidências em contrário. Negação, substituição, racionalização, justificação,
desconfiança dos outros, culpa, vergonha, desleixo, degradação, isolamento e perda de
controle são alguns dos resultados da nossa doença, e não uma deficiência moral.

Não somos responsáveis por nossa doença, mas somos responsáveis pela nossa
recuperação. A maioria de nós tentou parar de usar por conta própria, mas éramos incapazes
de viver com ou sem drogas. Finalmente, percebemos que éramos impotentes perante Nossa
adicção.

Muito de nós tentaram parar de usar por simples força de vontade, o que resultou
numa solução temporária. Vimos que a força de vontade sozinha não funcionava por muito
tempo. Tentamos inúmeras outros recursos, psiquiatria, hospitais, clinicas diversas, novos
romances, novas cidades, novos trabalhos. Tudo que tentávamos, fracassava. Começamos a
perceber que havíamos racionalizado verdadeiros absurdos para justificar a confusão que
fizéramos das nossas vidas com drogas.

Até abrirmos mãos de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estaremos
colocando em risco os alicerces da nossa recuperação. Só assim podemos ser ajudados na
recuperação da doença da adcção.

Agora a pergunta é: “Se somos impotentes, como o programa pode me ajudar?”


Começamos por pedir ajuda. O alicerce do nosso programa é a admissão de que nós, por nós
mesmos, não temos poder sobre a adicção. Quando podemos aceitar este fato, completamos
a primeira parte do Passo Um.

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Precisamos fazer um segunda admissão para completarmos nosso alicerce. Se


pararmos aqui, saberemos apenas meia verdade. Somos mestres em manipular a verdade.
Dizemos por um lado: “Quando acertar minha vida, poderei lidar com as drogas.” Tais
pensamentos e ações nos levaram de volta à adicção ativa. Nunca nos ocorreu perguntar: “Se
não podemos controlar a adicção, como podemos controlar nossas vidas?” Nós nos sentíamos
péssimos sem drogas, e nossas vidas estavam incontroláveis.

Incapacidade de se empregar, desleixo e destruição são facilmente identificados como


características de uma vida incontrolável. Geralmente, nossas famílias estão desapontadas,
confusas e frustradas com nossas ações e, muitas vezes, desertaram ou nos deserdaram.
Nossas vidas não se tornam controláveis por conseguirmos um emprego, sermos aceitáveis
socialmente e com retorno aos familiares, Aceitação social não significa recuperação.

Descobrimos que não tínhamos escolha: ou mudávamos completamente nossas


antigas maneiras de pensar ou então voltávamos a usar. Quando damos o melhor de nós, o
programa funciona para nós como funcionou para outros. Quando não suportávamos mais
nossas velhas maneira de ser, começamos a mudar. A partir desse ponto, começamos a ver
cada dia limpo é um dia bem sucedido, não temos mais que lutar. Aceitamos a nossa adicção e
a vida como ela é. Estamos dispostos a fazer o que for necessário para ficarmos limpos, até o
que não gostamos de fazer.

Até darmos o Passo Um, estávamos repletos de medo e duvidas. Muito de nós
sentiam-se perdidos e confusos. Nós nos sentíamos diferentes. Ao trabalharmos este passo,
afirmamos a nossa rendição aos princípios de NA. Somente após a rendição, começamos a
superar a alienação da adicção. A ajuda aos adictos só começa quando somo capazes de
admitir a completa derrota. Pode ser assustador, mas é o alicerce sobre o qual construímos
nossas vidas.

O Passo Um significa que não precisamos mais usar, e isto é uma grande liberdade.
Demorou muito para que alguns de nós percebêssemos que suas vidas tinham se tornado
incontrolável. Para outros, o descontrole de suas vidas era a única coisa clara. Sabíamos, no
fundo de nossos corações, que as drogas tinham o poder de nos transformar em alguém que
não queríamos ser.

Estando limpos e trabalhando este passo, somo libertados dos nossos grilhões.
Entretanto, nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste
passo; aprendemos a vivê-los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos
oferecer.

Encontramos esperança. Podemos aprender a funcionar no mundo em que vivemos.


Podemos encontrar sentido e significado na vida e sermos resgatados da insanidade,
depravação e morte.

Quando admitimos nossa impotência e incapacidade de controlar nossas próprias


vidas, abrimos a porta para que um Poder maior do que nós, nos ajude. Não é onde estávamos
que conta, mas para onde estamos indo.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

PASSO DOIS
“Viemos a acreditar que um poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.”

O Segundo Passo é necessário se esperamos alcançar uma recuperação contínua. O Primeiro


Passo deixa-nos a necessidade de acreditarmos em algo que nos ajude com nossa impotência,
inutilidade e desamparo.

O Primeiro Passo deixou um vazio em nossas vidas. Precisamos encontrar alguma coisa
para preencher esse vazio. Este é o proposito do Segundo Passo.

Alguns de nós, a princípio, não levaram este passo a sério; passamos por ele com
pouco interesse, para constatarmos depois que os passos não funcionavam até que
trabalhássemos o Passo Dois. Mesmo quando admitiam precisar de ajuda para seu problema
com drogas, muitos de nós não admitiam a necessidade de fé e sanidade.

Temos uma doença: progressiva, incurável e fatal. De uma maneira ou de outra, fomos
lá e compramos nossa destruição a prestações! Todos nós, do drogado que rouba bolsas na
rua à doce velhinha que consegue arrancar receitas de dois ou três médicos, temos uma coisa
em comum: buscamos nossa destruição de grama em grama, de comprimido em comprimido,
ou de garrafa em garrafa, até a morte. Isto é pelo menos parte da insanidade da adicção. O
preço pode aparecer maior para o adicto que se prostitui por um pico do que para o adicto
que apenas mente para o médico. No fim, ambos pagam pela doença com suas vidas.
Insanidade é cometer os mesmo erros, esperando resultados diferentes.

Quando chegam ao programa, muitos de nós percebem que voltaram a usar inúmeras
vezes, sabendo que estavam destruindo suas vidas. Insanidade é usarmos drogas todos dia
após dia, sabendo que o único resultado é a nossa destruição física e mental. A insanidade
mais obvia da doença da adicção é a obsessão de usar drogas.

Pergunte a você mesmo: Acredito que seria insano pedir para alguém “Por favor, me
dê um ataque do coração ou um acidente fatal?” Se você concordar que isto seria insano, não
deverá ter qualquer problema com o Segundo Passo.

Neste programa, primeira coisa que fazemos é pararde usar drogas. Neste ponto,
começamos a sentir a dor de viver sem drogas ou algo que as substitua. A dor nos força a
buscar um Poder maior do que nós, que possa aliviar nossa obsessão de usar. O processo de
vir acreditar é parecido para maioria dos adictos. Faltava à maioria de nós um relacionamento
prático com um Poder Superior. Começamos a desenvolver este relacionamento prático com
um Poder Superior. Começamos a desenvolver este relacionamento simplesmente admitindo a
possibilidade de um Poder maior do que nós. A maioria de nós não tem dificuldade de admitir
que a adicção havia se tornado uma força destrutiva em nossas vidas. Nossos melhores
esforços resultaram em destruição e desespero cada vez maiores. Chegamos a um ponto em
que percebemos que precisávamos da ajuda de algum Poder maior do que nossa adicção. A
nossa compreensão de um Poder Superior fica a nosso critério. Ninguém vai decidir por nós.
Podemos escolher o grupo, o programa, ou podemos chama-lo de Deus. A única diretriz
sugerida é que este Poder seja amoroso, cuidadoso e maior que nós. Não precisamos ser
religiosos para aceitarmos esta ideia. O importante é abrirmos nossas mentes para acreditar.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Podemos ter dificuldades, mas mantendo a mente aberta, mais cedo ou mais tarde,
encontramos a ajuda necessária .

Falamos e ouvimos os outro. Vimos outras pessoas se recuperando, e elas nos


disseram o que estavam funcionando para elas. Começamos a ver evidência de um Poder que
não podia ser explicado completamente. Confrontamos com esta evidencia, começamos a
aceitar a existência de um Poder maior que nós. Podemos usar este Poder muito antes de
compreendê-lo.

À medida que vemos a coincidências e milagres acontecendo em nossas vidas, a


aceitação se transforma em confiança. Crescemos a ponto de nos sentirmos à vontade com o
nosso Poder Superior como fonte de força. À medida que aprendemos a confiar neste Poder,
começamos a superar o nosso medo da vida.

O progresso de vir acreditar devolve-nos à sanidade. A força para agir vem desta
crença. Precisamos aceitar este passo para começarmos a trilhar o caminho da recuperação.
Quando a nossa crença estiver fortalecida, estaremos preparados para o Passo Três.

PASSO TRÊS
“Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como
nós o compreendíamos.”

Como adictos, várias vezes entregamos nossa vontade e nossas vidas a um poder destrutivo.
Nossa vontade e nossas vidas eram controladas pelas drogas. Fomos capturados pela
necessidade de satisfação imediata que as drogas nos davam. Durante esse período, todo
nosso ser – corpo, mente e espírito – estava dominado pelas drogas. Por algum tempo, isto no
deu prazer; depois, a euforia começou a desaparecer e vimos o lado horrível da adicção.
Descobrimos que, quanto mais alto as drogas nos levavam, mais para baixo elas nos deixavam
na volta. Encaramos duas escolhas: ou sofrer a dor da retirada das drogas ou usar mais.

Para todos nós, chegou o dia em que já não havia mais escolha: tínhamos que usar.
Com nossa vontade e nossas vidas entregues à nossa adicção, e em total desespero,
procuramos um outro caminho. No Programa, decidimos entregar nossa vontade e nossas
vidas aos cuidados Deus, da maneira como nós O compreendemos. Este é um passo
gigantesco. Não precisamos ser religiosos; qualquer um pode dar este passo. Só é preciso boa
vontade. Só é essencial abrirmos a porta para um Poder maior que nós.

Nosso conceito de Deus não vem de um dogma, mas daquilo em que nós acreditamos
e que funciona para nós. Muitos de nós compreendem Deus, simplesmente, como sendo
aquela força que nos mantém limpos. O direito a um Deus, da maneira que você o
compreende, é total e irrestrito. Por termos este direito, precisamos ser honestos a respeito
da nossa crença, se quisermos crescer espiritualmente.

Descobrimos que tudo o que precisávamos fazer era tentar. Quando fizemos nossos
melhores esforços, o programa funcionou para nós, como havia funcionado para tantos

61
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

outros. O Terceiro Passo não diz que “Entregamos nossa vontade e nossas vidas aos cuidados
de Deus.” Diz que” Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da
maneira como nós o compreendíamos. “Nós decidimos; não foram as drogas, nossa família,
uma autoridade, um juiz, um terapeuta ou um médico. Fomos nós que decidimos! Pela
primeira vez, desde aquela primeira onda, tomamos uma decisão por nós mesmos.

A palavra decisão implica ação. Esta decisão é baseada na fé. Precisamos apenas
acreditar que o milagre que vemos acontecer nas vidas de adictos em recuperação pode
acontecer a qualquer adicto que tenha o desejo de mudar. Percebemos apena que existe uma
força para o crescimento espiritual, que pode nos ajudar a sermos mais tolerantes, pacientes e
úteis para ajudar os outros. Muitos de nós disseram: “Tome minha vontade e minha vida.
Oriente-me na minha recuperação. Mostre-me como viver.” O alívio de “abrir mão e entregar
a Deus” ajuda-nos a desenvolver uma vida que vale a pena viver.

A rendição à vontade do nosso Poder Superior vai ficando mais fácil com a prática
diária. Quando tentamos honestamente, funciona. Muitos de nós começam o dia comum
simples pedido de orientação do seu Poder Superior.

Apesar de sabermos que a entrega funciona, podemos ainda tomar nossa vontade e
nossa vida de volta. Podemos até ficar com raiva porque Deus o permite. Há momentos na
nossa recuperação em que a decisão de pedir ajuda a Deus é a nossa maior fonte de força e
coragem. Nunca é demais tomar esta decisão. Nós nos rendemos calmamente, e deixamos que
o Deus, da maneira que compreendemos, cuide de nós.

A princípio, as nossas cabeças não paravam com perguntas: “O que vai acontecer
quando eu entregar minha vida? Ficarei perfeito?” Talvez tenhamos sido mais realistas. Alguns
de nós tiveram que ir até um membro de NA experiente e perguntar: “Como é que foi com
você?” A resposta varia de adicto para adicto. A maioria de nós sente que as chaves deste
passo são mente aberta, boa vontade e rendição.

Rendemos nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de um Poder maior que nós. Se
formos rigorosos e sinceros, percebemos uma mudança para melhor. Nossos medos são
diminuídos e a fé começa crescer, à medida que aprendemos o verdadeiro significado da
rendição. Não estamos mais lutando contra o medo, a raiva, a culpa, auto piedade ou
depressão. Percebemos que o Poder que nos trouxe para este programa ainda está conosco, e
continuará nos guiando se O deixarmos.

Começamos lentamente a perder o medo paralisante da desesperança. A prova deste passo é


a maneira como vivemos.

Passamos a apreciar a vida limpa e queremos mais das boas coisas que o programa
tem para nós. Sabemos agora, que não podemos parar no nosso programa espiritual;
queremos tudo o que pudermos conseguir.

Agora estamos prontos para a nossa primeira auto avaliação honesta, e começamos o Passo
Quatro.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

PASSO QUATRO
“Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.”

O propósito de um profundo e destemido inventário moral é arrumar a confusão e a


contradição das nossas vidas, para que possamos descobrir quem realmente somos. Estamos
começando uma nova maneira de viver e precisamos nos livrar da carga e das armadilhas que
nos controlavam e impediam nosso crescimento.

À medida que nos aproximamos deste passo, a maioria de nós teme que haja um
monstro dentro de nós que, se for libertado, irá nos destruir. Este medo pode nos levar a adiar
nosso inventário ou pode até nos impedir totalmente de dar este passo crucial. Descobrimos
que o medo é falta de fé, e encontramos um Deus amoroso e pessoal a quem podemos
recorrer. Não precisamos mais ter medo.

Fomos mestres em autoengano e racionalizações. Escrevendo o nosso inventário,


podemos superar estes obstáculos. Um inventário escrito vai desvendar partes do nosso
subconsciente, que permanecem escondidos, quando apenas pensamos ou falamos sobre
quem somos. Quando está tudo no papel, é muito mais fácil ver o nossa verdadeira natureza, e
muito mais difícil negá-la. A auto avaliação honesta é uma das chaves da nossa nova maneira
de viver.

Vamos encarar os fatos: quando usávamos, nós não éramos honestos conosco.
Começamos a ser honestos conosco, quando admitimos que a adicção nos derrotou e que
precisamos de ajuda. Levou muito tempo para admitirmos que estávamos derrotados.

Descobrimos que não nos recuperamos física, mental e espiritualmente da noite para o dia. O
Passo Quatro vai nos ajudar na nossa recuperação. A maioria de nós descobriu que não
éramos nem tão terríveis, nem tão maravilhosos quanto imaginávamos. Ficamos surpresos por
descobrir que temos coisas boas no nosso inventário. Qualquer pessoa que esteja há algum
tempo no programa e tenha a praticado este passo vai lhe dizer que o Quarto Passo foi um
momento decisivo na sua vida.

Alguns de nós cometeram o erro de chegar ao Quarto Passo como se fosse uma
confissão de como somos horríveis – como fomos maus. Nesta nova maneira de viver, um
porre de sofrimento emocional pode ser perigoso. Não é este o propósito do Quarto Passo.
Estamos tentando nos libertar de uma vida de padrões velhos e inúteis. Damos o Quarto Passo
para crescer e ganhar força e discernimento. Podemos abordar o Quarto Passo de várias
maneiras.

Os Passos Um, Dois e Três são a preparação necessária para se ter fé e coragem para
escrever um inventário destemido. É aconselhável repassarmos os três primeiros passos com
um padrinho ou madrinha antes de começarmos. A nossa compreensão destes passos nos
deixa à vontade. Nós nos damos o privilégio de nos sentirmos bem com o que estamos
fazendo. Estivemos nos debatendo por muito tempo, sem chegar a lugar nenhum. Começamos
agora o Quarto Passo e abrimos mão do medo. Simplesmente escrevemos o melhor que
podemos no momento.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Precisamos por um ponto final no passado, e não nos agarrar a ele. Queremos encarar
nosso passado de frente, vê-lo como ele realmente foi e libertá-lo para podermos viver o hoje.
Para a maioria de nós, o passado era um fantasma no armário. Temíamos abrir aquele
armário, com medo do que o fantasma pudesse fazer. Não temos que olhar para o passado
sozinho. Agora, nossas vontades e nossas vidas estão nas mãos do nosso Poder Superior.

Parecia impossível escrever um inventário completo honesto. E era, enquanto


estivéssemos trabalhando com nosso próprio poder. Fazemos alguns momentos de silêncio
antes de escrever e pedimos força para sermos destemidos e profundos.

No Passo Quatro, começamos a entrar em contato conosco. Escrevemos sobre as


nossas deficiência, tais como culpa, vergonha, remorso, auto piedade, ressentimento, raiva,
depressão, frustração, confusão, solidão, ansiedade, deslealdade, desesperança, fracasso,
medo e negação.

Escrevemos sobre aquilo que nos incomoda aqui e agora. Temos a tendência de
pensar negativamente e, escrevendo, temos a possibilidade de olhar mais positivamente para
o que está acontecendo.

As qualidades também têm que ser consideradas, se quisermos ter um quadro mais
correto e completo de nós mesmos. Isto é muito difícil para maioria de nós, pois é difícil
aceitar que temos boas qualidades. No entanto, todos temos qualidades, muitas delas
recémencontradas no programa, tais como estar limpo, ter mente aberta, consciência de
Deus, honestidade com os outros, aceitação, ação positiva, partilhar, ter boa vontade,
coragem, fé, carinho, gratidão, gentileza e generosidade. Nossos inventários geralmente
incluem os relacionamentos.

Examinamos nossa atuação passada e nosso comportamento presente, para ver o que
queremos manter e o que queremos descartar. Ninguém está nos forçando a desistir da nossa
miséria. Este passo tem fama de ser difícil; na realidade, ele é bastante simples.

Escrevemos o nosso inventário sem pensar no Quinto Passo. Trabalhamos o Passo


Quatro como senão existisse o Passo Cinco. Podemos escrever a sós ou perto de outras
pessoas, o quanto for necessário. Alguém com experiência pode nos ajudar. O importante é
escrevermos um inventário moral. Se a palavra moral incomodar, podemos chamá-lo de
inventário do positivo/negativo. A maneira de escrever um inventário é escrevê-lo! Pensar a
respeito do inventário, falar sobre ele, teorizar sobre, teorizar sobre o inventário, não faz dele
um inventário escrito. Nós nos sentamos com um bloco, pedimos orientação, pegamos a
caneta e começamos a escrever. Qualquer coisa em que pensemos é material para o
inventário. Quando percebemos pouco que temos a perder e o quanto temos a ganhar,
começamos este passo.

Um método prático é saber que poderemos escrever de menos, mas nunca


escreveremos demais. O inventário vai se ajustar ao indivíduo. Talvez pareça difícil ou
doloroso. Pode parecer impossível. Podemos temer que o contato com os nossos sentimento
vá detonar uma insuportável reação em cada cadeia de dor e pânico. Podemos querer evitar
inventário por medo do fracasso. Quando ignoramos nossos sentimentos, a tensão é demais

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para nós. O medo do confronto iminente é tão grande que ultrapassa o nosso medo do
fracasso.

O inventário torna-se uma alívio, pois a dor de faze-lo é menor do que a dor de não
fazê-lo. Aprendemos que a dor pode ser um fator que motiva a recuperação. Portanto, tornase
inevitável encará-la. Todo tema de reuniões de passos parecer ser o Quarto Passo ou o
inventário diário. Através do processo de inventário, somo capazes de lidar com todas as
coisas que possam se acumular. Quanto mais vivemos o nosso programa, mais parece que
Deus nos coloca em situações onde surgem questões. Quando as questões surgem,
escrevemos sobre elas. Começamos apreciar nossa recuperação, porque temos uma maneira
de resolver a vergonha, culpa ou o ressentimento.

O estresse acumulado de nós é libertado. Ao escrever, vamos abrir a tampa de nossa


panela de pressão. Decidimos se queremos servir ao que tem dentro, colocar a tampa de volta,
ou jogar fora. Não precisamos mais no cozinhar dentro dela.

Sentamos com papel e caneta e pedimos ajuda ao nosso Deus, para que nos revele os
defeitos que nos causam dor e sofrimento. Rogamos coragem para sermos destemidos e
profundos, e para que o inventário possa nos ajudar a colocar nossas vidas em ordem. Quando
rezamos a agimos, sempre conseguimos o melhor resultado.

Não vamos ser perfeitos. Se fôssemos perfeitos, não seríamos humanos. O importante
é que façamos o nosso melhor. Usamos as ferramentas à nossa disposição e desenvolvemos a
capacidade de sobreviver às nossas emoções. Não queremos perder nado do que ganhamos;
queremos continuar o programa. A nossa experiência demonstra que nenhum inventário, por
mais profundo e completo, terá qualquer efeito duradouro, se não for prontamente seguido
de um Quinto Passo igualmente completo.

PASSO CINCO
“Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.”

O Quinto Passo é a chave para liberdade. Ele permite vivermos limpos no presente.

Partilhando a natureza exata de nossas falhas, somo libertados para viver. Depois de fazermos
um Quarto Passo completo, lidamos com o conteúdo do nosso inventário. Dizem-nos que, se
guardamos estes defeito dentro nós, eles nos levarão a usar a usar de novo. O apego ao nosso
passado acabaria por nos adoecer e nos impedir de fazer parte de nossa nova maneira de
viver. Se não formos honestos, quando damos o Quinto Passo, teremos os mesmo resultados
negativos que a desonestidade nos trazia no passado.

O Passo Cinco sugere que admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a
natureza exta de nossas falhas. Olhamos nossas falhas, examinamos nossos padrões de

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

comportamento e começamos a ver os aspectos mais profundo de nossa doença. Agora,


sentamos com outra pessoa e partilhamos nosso inventário em voz alta.

Nosso Poder Superior estará conosco durante o nosso Quinto Passo. Receberemos
ajuda e estaremos livre para encarar a nós mesmos e a outro ser humano. Parecia
desnecessário admitir a natureza exata de nossas falhas ao nosso Poder Superior. “Deus já
sabe isso tudo,” racionalizamos. Embora Ele já saiba, a admissão deve vir dos nossos próprios
lábios, para que seja verdadeiramente afetiva. O Passo Cinco não é simplesmente a leitura do
Passo Quatro.

Durantes anos evitamos ver como realmente éramos. Tínhamos vergonha de nós
mesmos e nos sentíamos isolados do resto do mundo. Agora que capturamos a parte
vergonhosa do nosso passado, podemos varrê-la das nossas vidas, se a encararmos e
admitirmos. Seria trágico escrever tudo e jogar numa gaveta. Estes defeitos crescem no escuro
e morrem à luz da exposição.

Antes de virmos para o programa, sentíamos que ninguém podia compreender as


coisas que tínhamos feito. Temíamos que, se alguém vez revelássemos como éramos de fato,
certamente seríamos rejeitados. A maioria dos adictos sente-se desconfortável com isto.
Reconhecemos que não temos sido realista, sentindo-nos assim. Nossos companheiros nos
compreendem.

Temos escolher com cuidado a pessoa que vai ouvir o nosso Quinto Passo. Devemos
ter certeza de que ela sabe o que estamos fazendo e o porquê. Apesar de não haver regra
rígida quanto à pessoa que escolhemos, é importante confiarmos nela. Só tendo total
confiança na integridade de discrição da pessoa, podemos nos dispor a fazer este passo
completo. Alguns de nós dão o Quinto Passo com um estranho, embora alguns de nós se
sentiam mais à vontade, escolhendo um membro de Narcóticos Anônimos. Sabemos que um
outro adicto tem menos tendência de nos julgar com malícia ou incompreensão.

Uma vez feita a escolha e a sós com essa pessoa, nós prosseguimos com o seu
encorajamento. Queremos ser precisos, honestos e profundos, compreendendo que é uma
questão de vida e morte.

Alguns de nós tentaram esconder parte de seu passado, tentando encontrar uma maneira
mais fácil de lidar com os sentimentos mais profundos. Podemos achar que já fizemos muito,
escrevendo sobre nosso passado. É um erro que não podemos permitir. Este passo vai expor
nossos motivos e nossas ações. Não podemos esperar estas coisas se revelem sozinhas.
Finalmente nossa vergonha é superada, e podemos evitar a culpa futura.

Nós não procrastinamos. Temos que ser exatos. Queremos contar a verdade simples,
nua e crua, o mais rápido possível. Há sempre o perigo de exagerarmos nossas falhas. É
igualmente perigoso minimizar ou racionalizar nosso papel em situações passadas. Apesar de
tudo, ainda queremos parecer bons.

Os adictos tendem a levar vidas secretas. Durante muitos anos, encobrimos a nossa
pouca autoestima, esperando enganar as pessoas com imagem falsas. Infelizmente,
enganamos a nós mesmos mais do que qualquer outra pessoa. Embora muitas vezes

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

parecêssemos atraentes e confiantes por fora, estávamos, na verdade, escondendo uma


pessoa vacilante e insegura por dentro. Temos que abandonar as máscaras. Partilhamos o
nosso inventário como ele está escrito, sem omitir nada. Continuamos abordando este passo,
com honestidade e profundidade, até o fim. É um alivio enorme nos livrarmos de todos os
segredos e partilharmos a carga do nosso passado.

À medida que partilhamos este passo, geralmente ou ouvinte também vai partilhando
um pouco da sua história. Descobrimos que não somos os únicos. Vemos, através da aceitação
do nosso confidente, que podemos ser aceitos como somos.

Talvez nunca nos lembremos de todos os nossos erros passados. Mas podemos fazer melhor e
mais completo esforço. Começamos a experimentar verdadeiros sentimentos pessoais de
natureza espiritual. Onde antes tínhamos teoria espirituais, começamos agora a despertar para
realidade espiritual. Este exame inicial de nós mesmos, geralmente, revela alguns padrões de
comportamento que não apreciamos particularmente. Entretanto, encarando esses padrões
trazendo-os para fora, temos a possibilidade de lidar com eles construtivamente. Não
podemos fazer estas mudanças sozinhos. Precisaremos da ajuda de Deus, da maneira como
nós O compreendemos, e do programa.

PASSO SEIS
“Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse estes defeitos de caráter.”

Por que pedir uma coisa, antes de estarmos pronto para ela? Isso seria pedir problemas.

Quantas vezes adictos buscaram as recompensas de um trabalho árduo, sem fazerem esforço.
O que nós batalhamos no Passo Seis é boa vontade. A sinceridade com que trabalhamos este
passo será proporcional ao nosso desejo de mudar.

Queremos realmente nos livrar dos nosso ressentimentos, da nossa raiva e do nosso
medo? Muitos de nós se apegam ao seus medos, dúvidas, auto aversão ou ódio, pois há uma
certa segurança distorcida na dor que nos é familiar. Parece mais seguro abraçar o que
conhecemos do que abrir pelo desconhecido.

Abrir mão dos defeitos de caráter deve ser fruto de uma decisão. Sofremos por que suas
exigências nos enfraquecem. Descobrimos que não podemos escapar do orgulho com
arrogância. Se não somos humildes, somos humilhados. Se somos ganancioso, descobrimos
que nunca estaremos satisfeitos. Antes de fazermos os Passos Quatro e Cinco, podíamos ceder
ao medo, à raiva, à desonestidade ou auto piedade. Ceder agora a estes defeitos caráter
obscurece nossa capacidade de pensar com lógica. O egoísmo torna-se um grilhão intolerável e
destrutivo, que nos prende aos nossos maus hábitos. Nossos defeitos sugam todo nosso
tempo e energia.

Examinamos o inventário do Quarto Passo e olharmos bem o que estes defeitos estão
fazendo nas nossas vidas. Começamos a ansiar pela nossa libertação destes defeitos. Rezamos
ou ficamos dispostos, prontos e capazes de deixar que Deus remova estes traços destrutivos.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Precisamos de uma mudança de personalidade, se quisermos nos manter limpos. Queremos


mudar.

Devemos entrar em contato com os nossos velhos defeitos com a mente aberta.
Estamos conscientes deles, ainda assim, cometemos os mesmos erros e somos incapazes de
cortar os maus hábitos. Procuramos, na Irmandade, o tipo de vida que queremos para nós.
Perguntamos aos nossos amigos: “Você conseguiu abrir mão?” Quase sem exceção a resposta
é: “Consegui, o melhor que pude.” Quando vemos como os nossos defeitos existem nas nossas
vidas e os aceitamos, podemos abrir mão deles e prosseguir na nossa nova vida. Aprendemos
que estamos crescendo, quando cometemos novos erros, em vez de repetir os velhos.

Quando trabalhamos o Passo Seis, é importante lembrar que somos humanos e não
devemos colocar expectativas irreais em nós mesmos. Este é um passo de boa vontade. O
princípio espiritual do Passo Seis é boa vontade. Passo Seis ajuda-nos a caminhar numa direção
espiritual. Por sermos humanos, nós nos desviaremos do caminho.

A rebeldia é um defeito de caráter que nos assalta neste ponto. Não precisamos
perder a fé quando ficamos rebeldes. A rebeldia pode provocar indiferença ou intolerância que
poderão ser superadas, através de um esforço persistente. Continuamos pedindo boa vontade.
Podemos duvidar que Deus achasse justo nos aliviar, ou podemos achar que algo vá dar
errado. Perguntamos a outro membro, que nos diz: “Você está exatamente onde deveria
estar.” Novamente, nós nos prontificamos a deixar que nossos defeitos sejam removidos. Nós
nos rendemos às simples sugestões que o programa nos oferece. Mesmo não estando
inteiramente prontos, estamos caminhando na direção certa.

A fé, humildade e aceitação acabarão por substituir o orgulho e a rebeldia. Vimos a


conhecer a nós mesmos. Descobrimos que estamos crescendo para uma consciência
amadurecida. Começamos a nos sentir melhor, à medida que a boa vontade se transforma em
esperança. Talvez, pela primeira vez, tenhamos uma visão da nossa nova vida. Com isto em
mente, colocamos a nossa boa vontade em ação ao passarmos para Passo Sete.

Passo Sete
“Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.”

Os defeitos de caráter são as causas da dor e do sofrimento nas nossas vidas. Se


contribuíssem para nossa saúde e felicidade, não teríamos chegado a um tal estado de
desespero. Tivemos que ficar prontos para que Deus, da maneira como nós O
compreendíamos, removesse estes defeitos.

Decidimos que queríamos que Deus nos aliviasse dos aspectos inúteis ou destrutivos
das nossas personalidades, chegámos ao Sétimo Passo. Não conseguíamos lidar sozinhos com
as provações das nossas vidas. É só percebemos, quando já havíamos feito das nossas vidas
uma grande confusão. Ao admiti-lo, alcançamos um lampejo de humildade. Este é o
ingrediente principal do Passo Sete. A humildade resulta sermos mais honestos conosco.
Temos praticado a honestidade desde o Passo Um. Aceitamos a nossa adicção e impotência.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Encontramos uma força além de nós e aprendemos a confiar nela. Examinamos nossas vidas e
descobrimos quem somos realmente. Somos verdadeiramente humildes quando aceitamos e
tentamos, honestamente, ser quem somos. Nenhum de nós é perfeitamente bom ou
inteiramente mau. Somo pessoas com qualidades e deficiências. E, acima de tudo, somo
humanos.

A humildade é tão importante para nos mantermos limpos, como comer e beber são
importantes para nossa sobrevivência. À medida que a nos adicção progredia, dedicávamos
nossa energia a satisfazer nossos desejos materiais. Todas as outras necessidades estavam fora
do nosso alcance. Queríamos sempre a satisfação dos nossos desejos básicos.

O Sétimo Passo é de ação, e chegou a hora de pedirmos a Deus a ajuda e alívio. Temos
que compreender que nossa maneira de pensar não é a única; outras pessoas podem nos
aconselhar. Quando alguém nos aponta um defeito, a nossa primeira reação poderá ser
defensiva. Temos que compreender que não somos perfeitos. Sempre haverá espaço para o
crescimento. Se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente o que os
companheiros tiverem a nos dizer. Se os defeitos que descobrimos forem reais, e tivermos
oportunidade de nos livrarmos deles, certamente experimentaremos uma sensação de bem
estar.

Alguns vão querer dar esse passo de joelhos. Alguns permanecerão em silêncio, e
outros demonstração uma intensa boa vontade, através de um grande esforço emocional. A
palavra humildade se aplica, pois nós nos aproximamos deste Poder maior do que nós, para
Lhe pedirmos a liberdade de uma vida sem limitações passadas. Muitos de nós estão dispostos
a trabalhar este passo sem reservas, na base da pura fé cega, pois estamos cansados que
temos feito e de como nos sentimos. Iremos até o fim com qualquer coisa que funcione.

Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias. Aos
poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão da adicção e entramos na corrente
da vida. Este crescimento não é resultado de um desejo, é resultado de ação e oração. O
objetivo principal do Passo Sete é sair de nós mesmos e lutar para alcançar a vontade do nosso
Poder Superior.

Se formos descuidados e não conseguirmos captar o significado espiritual deste passo,


poderemos ter dificuldades e atiçara velhos problemas. Um do perigosos é sermos
excessivamente duros conosco.

Partilhar com outros adictos em recuperação ajuda a evitar que nos tornemos
morbidamente sérios a nosso respeito. A aceitar os defeitos dos outros podem nos ajudar a
nos tornarmos humildes e pode abrir o caminho para que os nossos próprios defeitos sejam
removidos. Muitas vezes, Deus se manifesta através daqueles que se importa com a
recuperação, ajudando-nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos.

Reparamos que a humildade tem um papel muito importante neste programa e na


nossa nova maneira de viver. Fazemos nosso inventário; prontificamo-nos a deixar que Deus
remova nossos defeitos de caráter; Humildemente pedimos a Ele que remova os nossos

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

defeitos. Este é a nossa estrada para o crescimento espiritual, vamos querer continuar.
Estamos prontos para o Passo Oito.

Passo Oito
“Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a fazer
reparações a todas elas.”

O Passo Oito é o teste da nossa recém-encontrada humildade. Nosso objetivo é a libertação da


culpa que temos carregado. Queremos olhar o mundo de frente, sem agressividade ou medo.

Estamos dispostos a fazer uma lista de todas as pessoas que prejudicamos, a fim de
limpar o medo e a culpa que o passado ainda nos traz? Nossa experiência demonstra que
precisamos sentir boa vontade para que este passo possa surtir qualquer efeito.

O Oitavo Passo não é fácil; exige um novo tipo de honestidade nas nossas relações
com os outros. O Oitavo Passo inicia o processo de perdão: perdoamos aos outros,
possivelmente somos perdoados e, finalmente, nós nos perdoamos e aprendemos a viver no
mundo.. Quando chegamos a este passo, estamos prontos para compreender mais do que
sermos compreendidos. Podemos viver e deixar viver mais facilmente, quando conhecemos as
áreas em que devemos reparações. Pode parecer difícil agora, mas, depois que o fizermos,
perguntaremos por que não tínhamos feito isso há mais tempo.

Precisamos de um pouco de verdadeira honestidade para podermos fazer uma lista


precisa. N reparação para fazer a lista de Oitavo Passo, é importante que se defina o que é
“prejudicar.” Uma definição de prejuízo é dano físico ou mental. Outra definição de prejudicar
é causar dor, sofrimento ou perda. O prejuízo pode ser causado por algo que seja dito, feito ou
deixado de fazer. Podemos ter prejudicado com palavras ou ações, intencionais ou não. O grau
de prejuízo pode variar desde de fazer com que alguém se sinta mentalmente desconfortável,
até o dano físico ou mesmo a morte.

O Oitavo Passo nos confronta com um problema. Muitos de nós têm dificuldade de
admitir que prejudicassem outras pessoas, pois julgavam-se vitimas da sua adicção. É crucial
evitar esta racionalização no Oitavo Passo. Temos que separar o que fizeram conosco daquilo
que fizemos com os outros. Deixamos de lado as nossas justificativas e ideias de sermos
vitimas. Frequentemente sentimos que só prejudicamos a nós mesmos, porém normalmente
nós nos colocamos em último lugar na lista, quando nos colocamos. Este passo faz o trabalho
externo para reparar os destroços das nossas vidas.

Não nos tornaremos pessoas melhores, julgando os erros dos outros. O que nos fará
sentir melhor é limpar nossas vidas, aliviando a culpa. Ao escrevermos nossa lista, já não
poderemos mais negar que tenhamos causado prejuízos. Admitimos que prejudicamos outras
pessoas, direta ou indiretamente, através de alguma ação, mentira, promessa quebrada ou
negligencia.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Fazemos a nossa lista, ou tiramos de nosso Quarto Passo, e acrescentamos mais


nomes, à medida que nos vêm à cabeça. Encaramos a lista com honestidade e examinamos
abertamente os nossos erros, com o objetivo de nos dispormos a fazer reparações.

Em alguns casos, podemos não conhecer as pessoas com quem fomos injustos.
Quando usávamos, qualquer pessoa com quem entrássemos em contato corria o risco de sair
prejudicada. Muitos membros mencionam os seus pais, cônjuges, filhos, amigos, amantes,
outros adictos, conhecidos ocasionais, colegas de trabalho, patrões, professores, senhorios e
desconhecidos. Podemos também nos incluir na lista, pois na nossa adicção ativa estávamos
lentamente cometendo suicídio. Podemos achar benéfico fazer uma lista separada das pessoas
a quem devemos reparações financeiras.

Como em todos os passos, temos que ser profundos. A maioria de nós fica aquém dos
objetivos, mais freqüentemente do que os ultrapassa. Ao mesmo tempo, não podemos desistir
deste passo, só porque não temos certeza de nossa lista esteja completa. Ela nunca será
completa.

A última dificuldade em fazer o Oitavo Passo é separá-lo do Nono Passo. Projetar as


reparações propriamente ditas pode ser um obstáculo maior, tanto para se fazer a lista, como
para se dispor a fazer reparações. Fazemos este passo, como se não houvesse o Nono Passo.
Nem sequer pensamos em fazer reparações, se nos concentramos exatamente no que diz o
Oitavo Passo: fazer uma lista e se dispor. O mais importante é que este passo nos ajuda a criar
uma consciência de que estamos, aos poucos, ganhando novas atitudes em relação a nós
mesmos e no trato com as outras pessoas.

Ouvindo atentamente a experiência de outros membros com este passo, poderemos


esclarecer qualquer confusão que possamos ter quanto a escrever a lista. Nossos padrinhos
também poderão partilhar conosco como o Passo Oito funcionou para eles. Fazendo
perguntas durante a reunião, podemos ter o beneficio da consciência de grupo.

O Oitavo Passo oferece uma grande mudança numa vida dominada pela culpa e pelo
remorso. Nosso futuro é modificado, por que não temos que evitar as pessoas que
prejudicamos. Como resultado deste passo, recebemos uma nova liberdade que pode pôr fim
ao isolamento. Quando percebemos a nossa necessidade de sermos perdoados, temos a
tendência de perdoar mais. Pelo menos, sabemos que não estamos mais magoando os outros
intencionalmente.

O Oitavo Passo é de ação. Como todos os passos, oferece benefícios imediatos. Agora
estamos livres para começar nossas reparações no Passo Nove.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Passo Nove
“Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo
pudesse prejudicá-la ou a outras.”

Este passo não deve ser evitado. Se assim fizermos, estaremos reservando, em nosso
programa, um espaço para recaída. Às vezes, o orgulho, o medo e a procrastinação parecem
uma barreira intransponível; obstruem o caminho do progresso e do crescimento. O
importante é partirmos para a ação, e estarmos prontos para aceitar as reações das pessoas
que prejudicamos. Fazemos as reparações o melhor que podemos.

É essencial escolhermos o momento certo deste passo. Devemos fazer as reparações


quando a oportunidade aparecer, exceto quando fazê-los possa causar algum prejuízo. Às
vezes, não poderemos realmente fazer as reparações podem estar além dos nossos recursos.
Descobrimos que a boa vontade pode substituir a ação. Quando não for possível entrar em
contato com a pessoa com a qual prejudicamos. Entretanto, jamais devemos deixar de entrar
em contato com alguém por constrangimento, medo ou procrastinação.

Queremos nos livrar da nossa culpa, mas não queremos fazê-lo à custa de outra
pessoa. Podemos correr o risco de envolver uma terceira pessoa ou algum companheiro dos
tempos de ativa, que não queira ser exposto. Não temos o direito nem a necessidade de
colocar outras pessoas em apuros. É necessário, frequentemente, receber orientação de
outras pessoas nestes assuntos.

Recomendamos entregar nossos problemas legais a advogados, e nossos problemas


financeiros ou médicos a profissionais. Aprender a viver bem é, em parte, aprender, a saber,
quando precisamos de ajuda.

Em alguns relacionamentos antigos, ainda pode existir um conflito não resolvido.


Fazemos a nossa parte para resolver velhos conflitos através das operações. Queremos nos
desviar de mais antagonismo e de contínuos ressentimentos. Em muitos casos, só podemos
procurar a pessoas e pedir-lhe, humildemente, que compreenda os nossos erros passados. Às
vezes, será uma ocasião de alegria, quando velhos amigos ou parente se mostrarem dispostos
abrir mão da sua amargura. Pode ser necessário fazer reparações indiretas, quando as
reparações diretas não forem seguras, ou puderem ameaçar outras pessoas. Fazemos as
nossas reparações o melhor que podemos. Tentamos lembrar que fazemos as reparações por
nós mesmos. Em vez de nos sentirmos culpados ou com remorsos, nós nos sentimos aliviados
do nosso passado.

Aceitamos que forma as nossas ações que causaram a nossa atitude negativa. O Passo
Nove ajuda-nos com a nossa culpa e ajuda os outros com sua raiva. Às vezes, a única reparação
que podemos fazer é nos mantermos limpos. Devemos isso a nós mesmos e às pessoas que
amamos. Não estamos mais fazendo confusão em sociedade por causa do nosso uso. Às vezes,
a única maneira de fazermos reparações é contribuirmos para sociedade. Agora estamos
ajudando a nós mesmos e a outros adictos a se recuperarem. Esta é uma enorme reparação a
toda comunidade.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

No processo da nossa recuperação, somos devolvidos à sanidade, e parte da sanidade


é, de fato, o relacionamento com os outros. Com menos frequência, encaramos as pessoas
como uma ameaça à nossa segurança. A verdadeira segurança vai substituir a dor física e a
confusão mental que vivemos no passado. Com humildade e paciência, procuramos as pessoas
que prejudicamos. Muitas das pessoas que nos querem bem podem relutar em aceitar a
realidade da nossa recuperação. Temos que nos lembrar da dor que conheceram. Com o
tempo, muitos milagres vão acontecer. Muitos de nós, que estiveram separados de suas
famílias, conseguiram reatar relações com elas. Vai se tornando mais fácil para elas aceitar a
nossa mudança. O tempo limpo fala por si. O amor incondicional que experimentamos vai
rejuvenescer a nossa vontade de viver e, para cada atitude positiva da nossa parte, haverá
uma oportunidade inesperada. Uma reparação exige muita coragem e fé, e o resultado é
muito crescimento espiritual.

Estamos nos libertando dos destroços do nosso passado. Vamos querer manter a
nossa casa em ordem, praticando um contínuo inventário pessoal no Passo Dez.

PASSO DEZ
“Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos
prontamente.”

O Passo Dez nos liberta dos destroços do nosso presente. Se não continuarmos atentos aos
nossos defeitos, eles poderão nos levar para um beco sem saída, do qual não conseguiremos
escapar limpos.

Uma das primeiras coisas que aprendemos em Narcóticos Anônimos é: se usamos,


perdemos. Da mesma forma, também não sentiremos tanta dor, se pudermos evitar aquilo
que nos provoca dor. Continuar fazendo o inventário pessoal significa que criamos hábito de
olhar regularmente para nós mesmos, nossas ações, atitudes e relacionamentos.

Somos criaturas de hábitos, e somos vulneráveis às nossas velhas maneiras de pensar


e reagir. Às vezes, parece mais fácil continuar no velho trilho da autodestruição do que tentar
uma nova rota, aparentemente perigosa. Não precisamos ser encurralados pelos nossos velhos
padrões. Hoje, temos uma escolha.

O Décimo Passo pode nos ajudar a corrigir nossos problemas com a vida, e evitar que
se repitam. Examinamos as nossas ações durante o dia. Alguns de nós escrevem sobre os seus
sentimentos, avaliando como se sentiram e qual a sua participação nos problemas que tenham
ocorrido. Prejudicamos alguém? Temos que admitir que estávamos errados? Se encontrarmos
dificuldades, fazemos um esforço para resolvê-las. Quando estas coisas ficam pendentes, elas
têm sua maneira de envenenar o espirito.

Este passo pode ser uma defesa contra a velha insanidade. Podemos nos perguntar se
estamos sendo arrastado para os velhos padrões de raiva, ressentimento ou medo.
Sentimonos encurralados? Estamos arranjando problemas? Estamos muitos famintos,
raivosos, solitários ou cansados? Estamos levando muito a sério? Estamos julgando nosso

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interior pela aparência exterior dos outros? Estamos sofrendo de algum problema físico? As
respostas a estas perguntas podem nos ajudar a lidar com as dificuldades do momento. Não
precisamos mais viver com a sensação de mal estar. Muitas das nossas principais
preocupações e dificuldades maiores vêm da nossa inexperiência de viver sem drogas. Muitas
vezes, quando perguntamos a alguém com mais tempo de programa o que devemos fazer,
ficamos surpresos com a simplicidade da resposta.

O Décimo Passo pode ser uma válvula de escape. Trabalhamos este passo enquanto os
altos e baixos do dia ainda estão frescos na nossa mente. Listamos o que fizemos e tentamos
não racionalizar as nossas ações. Isto pode ser feito por escrito no fim do dia. A primeira coisa
que fazemos é parar! Depois nós nos damos um tempo e nos permitimos o privilégio de
pensar. Examinamos as nossas ações, reações e motivos. Muitas vezes, descobrimos que
estamos nos saindo melhor do que temos sentido. Isto nos permite examinar nossas ações e
reconhecer o erro, antes que as coisas piorem. Precisamos evitar racionalizações. Prontamente
admitimos nossos erros, não os justificamos.

Trabalhamos este passo continuamente. Trata-se de uma ação preventiva. Quanto


mais trabalhamos este passo, menos precisaremos da sua parte corretiva. Este passo é uma
grande ferramenta para evita a aflição, antes de cairmos nela. Vigiamos os nossos
sentimentos, emoções, fantasias e ações. Olhando constantemente para nós mesmos,
conseguimos evitar a repetição das ações que nos fazem sentir mal.

Precisamos deste passo, mesmo quando nos sentimos bem e quando as coisas estão
dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova para nós, e precisamos nutri-los. Em
momentos de confusão, podemos tentar as coisas que funcionaram nos momentos bons.
Temos o direito de nos sentirmos bem. Temos uma escolha. Os bons momentos também
podem ser uma armadilha; corremos o perigo de esquecer que a nossa primeira prioridade é
nos mantermos limpos. Para nós, a recuperação é mais do que apenas prazer.

Precisamos lembrar que todos cometem erros. Nunca seremos perfeitos, Mas nós
podemos nos aceitar, usando o Passo Dez. Continuando inventário pessoal, somos libertados,
aqui e agora, de nós mesmos e do passado. Não justificamos mais a nossa existência. Este
passo nos permite sermos nós mesmos.

PASSO ONZE
“Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus,
da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade
em relação a nós e o poder de realizar esta vontade.”

Os primeiros dez passos prepararam o terreno para melhorarmos o nosso contato consciente
com o Deus da nossa compreensão. Eles nos dão a base para alcançarmos as nossas metas
positivas que, há muito, buscamos. Entrando nessa fase do nosso programa espiritual, através
da prática dos dez passos anteriores, a maioria de nós acolhe de bom grado o exercício da

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prece e da meditação. Nosso estado espiritual é o alicerce de uma recuperação bem sucedida,
que oferece crescimento ilimitado.

Muitos de nós começam realmente a apreciar a recuperação, quando chegam ao Décimo


Primeiro Passo. Neste passo, nossas vidas adquirem um significado mais profundo. Deixando
de controlar, ganhamos um poder muitíssimo maior através da rendição.

A natureza da nossa crença irá determinar a maneira com oramos ou meditamos. Só


precisamos da certeza de que temos um sistema de crença que funcione para nós. Os
resultados contam na recuperação. Como já foi dito anteriormente, as nossas preces
pareceram funcionar, assim que entramos no Programa e nos rendemos à nossa doença. O
contato consciente, descrito neste passo, é o resultado direto da vivencia dos passos. Usamos
este passo para melhorar e manter o nosso estado espiritual.

Quando viemos para o programa pela primeira vez, recebemos a ajuda de um Poder
maior do que nós. Isto se deu com a nossa rendição ao programa. O objetivo do Décimo
Primeiro Passo é aumentar a nossa consciência desse Poder e melhorar a nossa capacidade de
usá-la como fonte de forças nas nossas novas vidas.

Quanto mais aprimoramos o nosso contato consciente com nosso Deus, através de
prece e meditação, mais fácil fica dizer: “Seja feita a Sua vontade, não a minha.” Podemos
pedir ajuda de Deus quando precisamos, e nossas vida melhoram. Nem sempre as experiências
dos outros com meditação e crenças religiosas individuais são adequadas para nós. O nosso
programa não é religioso, é espiritual. Quando chegamos ao Décimo Primeiro Passo, já
identificamos e lidamos com os defeitos de caráter, que nos causavam problemas no passados,
através do trabalho dos dez passos anteriores. A imagem do tipo de pessoas que gostaríamos
de ser é apenas um vislumbre da vontade de Deus para nós. Frequentemente, a nossa
perspectiva é tão limitada que só conseguimos ver nossas vontades e necessidades imediatas.

É fácil recairmos nas nossas velhas maneiras. Temos que aprender a manter as nossas
vidas numa sólida base espiritual, para assegurarmos a continuidade do nosso crescimento e
da nossa recuperação. Deus não vai nos impor a Sua bondade, mas poderemos recebê-la, se
pedirmos. Geralmente, sentimos uma diferença na hora, mas, só mais tarde, notamos a
diferença em nossas vidas. Quando, finalmente, tiramos nossos motivos egoísta do caminho,
começamos a descobrir uma paz que nunca imaginamos ser possível. A moralidade forçada
não tem o poder que vem a nós quando escolhemos uma vida espiritual. A maioria de nós
reza, quando está com dor. Aprendemos que, se rezarmos com regularidade, não sentiremos
dor com tanta frequência ou com tanta intensidade.

Fora do programa, existem incontáveis grupos diferentes que praticam meditação.


Quase todos esses grupos estão ligados a uma determinada religião ou filosofia. O endosso de
qualquer destes métodos seria uma violação das nossas tradições e uma restrição ao direito
individual de ter um Deus da sua compreensão. A meditação permite que nos desenvolvamos
espiritualmente da nossa própria maneira. Algumas das coisas que não funcionavam para nós
no passado poderão funcionar hoje. Temos um novo olhar a cada dia, com a mente aberta.
Sabemos que, rogamos a vontade de Deus, receberemos o que for melhor para nós,

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independente do que pensamos. Este conhecimento é baseado na nossa crença e na nossa


experiência com adictos em recuperação.

Orar é comunicar nossas preocupações a um Poder maior do que nós. Às vezes,


quando rezamos, acontece uma coisa impressionante: encontramos os meios, maneiras e
energias para realizarmos tarefas que estão muito além das nossas capacidades. Alcançamos a
força ilimitada que nos proporcionam a oração diária e a rendição, enquanto mantivermos a fé
e a renovarmos.

Para alguns, oração é pedir a ajuda de Deus; meditação é escutar a resposta de Deus.
Aprendemos a ser cuidadosos ao rezar por coisas específicas. Rezamos para que Deus nos
mostre Sua vontade, e para que nos ajude a realiza-la. Em alguns casos, a Sua vontade é tão
óbvia que temos pouca dificuldade em vê-la. Em outros, estamos tão egocêntricos que só
aceitaremos a vontade de Deus, após muita luta e rendição. Se rogarmos a Deus que remova
quaisquer influencia que nos distraiam, a qualidade das nossas preces geralmente melhora e
sentimos a diferença. A prece exige prática, e devemos nos lembrar que as pessoas habilidosas
não nascem com sua habilidade. Foi preciso muito esforço da parte delas para desenvolvê-las.
Através da prece, buscamos o contato consciente com o nosso Deus. Na meditação,
alcançamos este contato, e Décimo Primeiro Passo nos ajuda a mantê-lo.

Podemos ter sido expostos a muitas religiões e disciplina meditativas, antes de


chegarmos a Narcóticos Anônimos. Alguns de nós estavam aniquilados e totalmente confusos
por causas destas práticas. Estávamos certos de que era vontade de Deus que usássemos
drogas para alcançarmos uma consciência mais elevada. Muitos de nós se encontravam em
estados muito estranhos como resultado destas práticas. Nunca suspeitamos que os efeitos
prejudiciais da nossa adicção fossem a raiz da nossa dificuldade, e seguíamos até o fim
qualquer caminho que oferecesse esperança.

Nos momentos tranquilos de meditação, a vontade de Deus pode tornar-se evidente


para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em
contato com Deus dentro de nós. Uma premissa básica da meditação é que é difícil, se não
impossível, alcançar um contato consciente, a não ser que a mente esteja sossegada. Para que
haja progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a
nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam
morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a
meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós.

O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa


experiência confirma isso. Alguns de nós chegaram ao programa quebrados e se aguentaram
por um tempo, só para encontrarem Deus ou a salvação em algum tipo de culto religioso. É
fácil flutuarmos porta afora numa nuvem de fervor religioso, e esquecemos que somos adictos
com uma doença incurável.

Diz-se que, para a meditação ter algum valor, os resultados deverão ser sentidos nas
nossas vidas cotidianas. Este fato está implícito no Décimo Primeiro Passo: “... Sua vontade em
relação a nós e o poder de realizar essa vontade.” Para aqueles de nós que não rezam, a
meditação é a única maneira de trabalhar este passo.

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Rezamos porque nos traz paz e desenvolve nossa confiança e coragem. Ajuda-nos a
viver uma vida livre do medo e da desconfiança. Quando removemos os nossos motivos
egoísta, e rogamos por orientação, descobrimos sentimentos de paz e serenidade. Começamos
a vivenciar uma consciência e uma empatia com as outras pessoas, o que não era possível
antes de trabalharmos este passo.

À medida que buscamos o nosso contato pessoal com Deus, começamos a


desabrochar como uma flor ao sol. Começamos a ver o amor de Deus esteve sempre presente,
apenas esperando que nós o aceitássemos. Fazemos o trabalho de base e aceitamos o que nos
tem sido dado livremente a cada dia. Descobrimos que ficamos mais à vontade com a ideia de
confiar em Deus.

Quando chegamos pela primeira vez ao programa, costumamos pedir muitas coisas que
parecem ser vontades e necessidades

importantes. À medida que crescemos espiritualmente e encontramos um Poder maior do que


nós começamos a perceber que, enquanto nossas necessidades espirituais forem satisfeitas, os
nossos problemas existenciais estarão reduzidos a um nível confortável. Quando esquecemos
onde reside a nossa verdadeira força, rapidamente ficamos sujeitos aos mesmos padrões de
pensamento e ação que primeiro nos trouxeram para o programa. Acabamos redefinindo as
nossas crenças e nossa compreensão até o ponto de enxergar que a nossa maior necessidade é
conhecimento da vontade de Deus em relação e a força de realizá-la. Conseguimos deixar de
lado algumas das nossas preferencias pessoais, pois aprendemos que a vontade de Deus em
relação a nós consiste nas coisas que mais valorizamos. A vontade de Deus para nós torna-se a
nossa própria verdadeira vontade. Isto acontece de uma maneira intuitiva, que não pode ser
adequadamente explicada em palavras.

Começamos a sentir vontade de deixar que os outros sejam quem são sem
precisarmos julgá-los. Perdemos a urgência de controlar as coisas. No principio, não podíamos
compreender a aceitação; hoje, podemos.

Sabemos que Deus nos deu tudo aquilo que precisamos para o nosso bem estar
espiritual, independente do que o dia nos trouxe. É certo admitimos a nossa impotência, pois
Deus é suficiente poderoso para nos ajudar a nos mantermos limpos e a desfrutarmos o
progresso espiritual. Deus está nos ajudando a arrumar a casa.

Começamos a perceber mais claramente o que é real. Através do contato constante


com nosso Poder Superior, as respostas que buscamos vêm até nós. Ganhamos a capacidade
de fazer o que não conseguíamos. Respeitamos as crenças dos outros. Nós encorajamos a
procurar força e orientação de acordo com sua crença.

Somos gratos a este passo, pois começamos a ter o que é melhor para nós. Às vezes,
rezámos de acordo com as nossas vontades, e éramos encurralados por elas. Podíamos rezar e
conseguir uma coisa, e depois ter que rezar pela sua remoção, porque não éramos capazes de
lidar com ela.

Esperamos que, tendo aprendido o poder da oração e a responsabilidade que ela traz
consigo, possamos usar o Décimo Primeiro Passo como uma diretriz do nosso programa diário.

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Começamos a rogar apenas a vontade de Deus em relação a nós. Desta maneira,


alcançamos apenas aquilo com que somos capazes de lidar. Somos capazes de corresponder e
de lidar com isso, pois Deus nos ajuda a nos prepararmos. Alguns de nós simplesmente usam a
palavra para agradecer a graça de Deus.

Com uma atitude de rendição e humildade, retomamos este passo, repetidamente,


para recebermos a dádiva do conhecimento e da força do Deus da nossa compreensão. O
Décimo Passo limpa os erros do presente, para que possamos trabalhar o Décimo Primeiro
Passo. Sem aquele passo, seria improvável que pudéssemos experimentar um despertar
espiritual, praticar princípios espirituais nas nossas vidas, ou levar a mensagem capaz de atrais
outras pessoas para recuperação. Existe um princípio espiritual de dar aquilo que nos foi dado
no programa, para podermos mantê-lo. Ao ajudarmos os outros a se manterem limpos,
desfrutamos o beneficio da riqueza espiritual que encontramos. Temos que dar livremente e
com gratidão o que nos foi dado livremente e com gratidão.

PASSO DOZE
“Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos
levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas
atividades.”

Viemos para o programa devido aos destroços do nosso passado. A última coisa que
esperávamos era um despertar do espírito. Queríamos apenas que a dor parasse.

Os passos conduzem a um despertar de natureza espiritual. Este despertar é


demonstrado pelas mudanças nas nossas vidas. As mudanças nos tornam mais capazes de
viver segundo princípios espirituais, e de levar a nossa mensagem de recuperação e esperança
ao adicto que ainda sofre. Entretanto, a mensagem não tem sentido, se não a VIVERMOS. À
medida que vivemos nossas vidas e ações dão-lhe maior significado do que nossas palavras e
literatura jamais conseguiriam.

A ideia de um despertar espiritual toma muitas formas diferentes nas diferentes


personalidades que encontramos na Irmandade. Mas todo despertar espiritual tem alguma
coisas em comum. Os elementos comuns incluem o fim da solidão e um sentido de direção nas
nossas vidas. Muitos de nós acreditamos que um despertar espiritual não tem sentido, se não
for acompanhado por uma crescente paz de espírito e interesse pelos outros. Para mantermos
a paz de espírito, nós nos esforçamos para viver no aqui e agora.

Aqueles de nós, que trabalham estes passos o melhor que puderam, receberam
muitos benefícios. Acreditamos que os benefícios são resultado direto de viver este programa.

Quando começamos a apreciar o alívio de nossa adicção, corremos o risco de assumir


novamente o controle das nossas vidas. Esquecemos a agonia e a dor que conhecemos. Nossa
doença controlava as nossas vidas, quando usávamos. Ela está pronta e aguardando para

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assumir o controle de novo. Rapidamente, esquecemos que todos os nossos esforços


passados, para controlarmos as nossas vidas, falharam.

A esta altura, a maioria de nós percebe que a única maneira de mantermos o que nos
foi dado é partilhar esta nova dádiva da vida com o adicto que ainda sofre. Este é o melhor
seguro contra uma recaída na tortuosa existência do uso. Chamamos a isso levar a mensagem,
e nós a fazemos de diversas maneiras.

No Décimo Segundo Passo, praticamos os princípios espirituais de dar a mensagem de


recuperação do programa para mantê-la. Até um membro, com um só dia no programa, pode
levar a mensagem de que o programa funciona.

Quando partilhamos com alguém novo, podemos pedir para sermos usados como
instrumento espiritual do nosso Poder Superior. Não nos colocamos como deuses. Quando
partilhamos com uma pessoa nova, muitas vezes, pedimos a ajuda de outro adicto em
recuperação. É um privilégio responder a um apelo por ajuda. Nós, que já estivemos no abismo
do desespero, sentimo-nos afortunado por ajudar os outros a encontrarem a recuperação.

Ajudamos os novos a aprender os princípios de Narcóticos Anônimos. Tentamos fazer com que
eles se sintam bem vindos e nós os ajudamos a aprender o que o programa tem a oferecer.
Partilhamos nossa experiência, força e esperança. Quando possível, acompanhamos os recém-
chegados a uma reunião.

Este serviço abnegado é o verdadeiro princípio do Passo Doze. Recebemos nossa


recuperação de um Deus, da maneira que O compreendemos. Nós nos colocamos agora a sua
disposição, como sua ferramenta, para partilhar a recuperação com aqueles que a procuram. A
maioria de nós aprende que só podemos levar nossa mensagem a alguém que esteja pedindo
ajuda. Às vezes, o poder do exemplo é a única mensagem necessária, para que o adicto que
ainda sofre estenda a mão. Um adicto pode estar sofrendo, mas não estar disposto a pedir
ajuda. Podemos nos colocar à disposição destas pessoas, e alguém estará lá, quando elas
pedirem.

Aprender a ajudar os outros é um benefício do Programa. É impressionante como o


trabalho dos Doze Passos nos afasta da humilhação e do desespero, e nos conduz para agirmos
com instrumentos do nosso Poder Superior. É-nos dada a habilidade de ajudar um
companheiro adicto, quando ninguém mais consegue. Vemos isso acontecer, entre nós, todos
os dias. Esta virada milagrosa é a evidência de um despertar espiritual. Partilhamos da nossa
experiência pessoal, como aconteceu conosco. A tentação de dar conselhos é grande, mas,
quando fazemos, perdemos o respeito do recém-chegados. Isto turva a nossa mensagem. A
mensagem simples e honesta de recuperação da adicção soa verdadeira.

Frequentamos as reuniões e nos fazemos visíveis e dispostos a servir à Irmandade.


Damos livremente e com gratidão o nosso tempo, serviço e o que encontramos aqui. O serviço
de que falamos no programa é o propósito primordial dos nossos grupos. Serviço é levar a
mensagem ao adicto que ainda sofre. Quanto mais prontamente nós mergulhamos e
trabalhamos, mais rico será nosso despertar espiritual.

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A primeira maneira levarmos a mensagem fala por si própria. As pessoas nos vêem na
rua e lembra-se de nós errantes, solitários e assustados. Reparam que o medo está deixando
nossas faces. Elas nos vêem reviver gradualmente.

Uma vez encontrado o caminho do programa, o tédio e a complacência não têm lugar
na nossa vida. Mantendo-nos limpos, começamos a praticar princípios espirituais como
esperança, rendição, aceitação, honestidade, mente aberta, boa vontade, fé, tolerância,
paciência, humildade, amor incondicional, partilha e interesse. À medida que nossa
recuperação progride, os princípios espirituais tocam todas as áreas das nossas vidas, porque
simplesmente tentamos viver este programa aqui e agora.

Encontramos a alegria, quando começamos a aprender como viver pelos princípios de


recuperação. É a satisfação de ver uma pessoa limpa há dois dias, dizer a outra, com um dia
limpo, que “Um adicto sozinho está em má companhia. “ É a alegria de ver alguém, que estava
batalhando para conseguir encontrar, no meio da conversa, as palavras necessárias para levar
a mensagem de recuperação.

Sentimos que nossas vidas estão valendo a pena. Espiritualmente revigorados,


estamos contentes por estarmos vivos. Quando usávamos, nossas vidas tornaram-se um
exercício de sobrevivência. Agora, estamos vivendo muito mais do que sobrevivendo.
Compreendendo que a base é nós mantermos limpos, podemos apreciar a vida. Gostamos de
estar limpos e de levar a mensagem de recuperação ao adicto ainda sof tratar os outros de
maneira justa. Nossas decisões passam a ser temperadas com tolerância. Aprendemos a nos
respeitar.

As lições que aprendemos na nossa recuperação, às vezes, são amargas e dolorosas.


Ajudando os outros, encontramos a recompensa do auto respeito, pois temos a possibilidade
de partilhar estas lições com outros membros do programa. Não podemos negar a outros
adictos a sua dor, mas podemos levar a mensagem de esperança que nos foi dada por
companheiros adictos em recuperação. Partilhamos os princípios da recuperação, como eles
funcionaram nas nossas vidas. Deus nos ajuda, quando ajudamos uns aos outros. A vida
assume um novo significado, uma nova alegria, e a qualidade de ter valor e de valer a pena.
Somos revigorados espiritualmente, e estamos contentes por estarmos vivos. Um aspecto do
nosso despertar espiritual surge através da nova compreensão do nosso Poder Superior que
desenvolvemos, compartilhando a recuperação de outro adicto.

Sim, somos uma visão de esperança. Somos exemplos de que o programa funciona. A
felicidade que temos em viver limpos é uma atração para o adicto que ainda sofre.

Nós nos recuperamos para uma vida limpa e feliz. Bem-vindo ao programa. Os passos
não terminam aqui. Os passos são um novo começo!

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Metabolismo do álcool
Da ingestão até ser eliminado, o álcool passa por diversas fases de metabolização dentro do
nosso organismo.

O etanol é uma molécula pequena, com absorção relativamente lenta pelo estômago e
absorção mais rápida pelo intestino. Por ser solúvel em água, ele acessa rapidamente a
corrente sanguínea – de onde é livremente distribuído para a maioria dos órgãos e sistemas.

O coração, o cérebro e os músculos estão sujeitos às mesmas concentrações de álcool do


sangue. A exceção é o fígado, que fica sujeito a concentrações maiores, já que recebe o etanol
absorvido do estômago e do intestino. O fígado é um órgão particularmente susceptível aos
danos provocados pelo álcool, pois ele é o principal sítio de metabolização desta substância no
organismo.

Mais de 90% do álcool absorvido é eliminado pelo fígado; 2 a 5% é excretado sem


modificações na urina, suor e respiração. O primeiro passo no metabolismo do álcool é a
oxidação do acetaldeído pela enzima denominada álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima
converte o álcool em acetaldeído que, mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o
organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em
acetato. A maior parte do acetato produzido atinge outras partes do organismo pela corrente
sanguínea onde participa de outros ciclos metabólicos.

O sistema de enzimas microssomais oxidativas (SEMO) pertencem à família dos citocromos e


compreendem um sistema alternativo de metabolização do álcool no fígado. O SEMO
transforma o álcool em acetaldeído pela ação do citocromo P450 2E1 ou CYP2E1 presentes nas
células hepáticas.

Ainda, é importante ressaltar que outros fatores influenciam o metabolismo do álcool, tais
como: idade, estrutura física (altura, massa corporal), vulnerabilidade genética, estado de
saúde, padrão de consumo e contextos relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas (se bebe
durante as refeições, por exemplo).

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As diferenças no metabolismo do álcool podem colocar algumas pessoas em maior risco para
desenvolver problemas relacionados ao álcool.

Independentemente da quantidade que uma pessoa consome, o corpo pode metabolizar


apenas uma certa quantidade de álcool a cada hora. Esse montante varia amplamente entre os
indivíduos e depende de uma série de fatores, incluindo o tamanho do fígado e massa
corporal.

Além disso, vale ressaltar que o organismo feminino também apresenta menores níveis das
enzimas responsáveis pela metabolização do álcool e, por isso, este permanece em seus
corpos por mais tempo. Assim, as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool do que os
homens principalmente devido a aspectos fisiológicos. Por exemplo, o álcool mistura-se
facilmente com a água do corpo, e como as mulheres possuem proporcionalmente menos
água que os homens, o etanol se torna muito mais concentrado em seu organismo, o que
agrava seus efeitos.

Limiar de tolerância
A substância age difere de uma pessoa para outra. Segundo afirmação detectada em muitos
anos de experiência e estudo sobre a dependência Química “A substância é sempre subjetiva e
cada

indivíduo aprende a utilizá-la por meio de suas experiências.”

Isto significa que cada indivíduo reage de uma maneira diferente a um estímulo do efeito
causado e esta percepção além de fatores fisiológicos e bioquímicos é influenciada pelo estado
de ânimo, personalidade, cultura, circunstâncias e experiências distintas de cada um, sendo
assim o efeito da substância é interpretada por aspectos somáticos ou físicos, psicológicos,
sociais e culturais. Tudo isto influência no limiar de tolerância do sujeito. O limiar de tolerância
é o momento em que o estímulo da substância passa a ser percebido como não satisfatório
tendo que aumentar a dosagem e a frequência do uso

Quando isto ocorre dizemos que o limiar de tolerância foi atingido. Ele varia de indivíduo para
indivíduo, sendo que a pressão mental exercida sobre o cérebro por exemplo vai ser percebido
como pouco a dose tomada em tempo e maneira diferente para cada pessoa.

Quando a substância atinge uma intensidade que não é mais satisfatória por esta pessoa
dizemos que ela atingiu o limiar de tolerância, que é a pior fase do uso, pois acaba que
desenvolve um ritmo de uso inconsequente, a causa da dependência e justamente envolvida
com a quantidade de substância usada, seja ela qual for (Lícitas ou Ilícitas).

Um coisa e certa e possível estacionar o uso em qualquer estágio, mas quando se atinge uma
frequência de uso constante cada organismo vai reagir de uma forma a abstinência.

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Por isso muitos drogadictos enfrentam uma barreira gigantesca no contexto da recuperação e
nos profissionais da área temos que desenvolver um plano de tratamento de forma individual
para atingir maiores resultados

O que é Anamnese? – Saiba o que é e


Como funciona
Para entender o que é anamnese precisamos compreender que o termo é oriundo da palavra
grega “anamnésis” e pode ser definido como uma espécie de lembrança ou recordação de
algo. No contexto clínico, se refere à manifestação de sintomas de um sujeito. É pela
anamnese que se averigua o surgimento de sinais de uma possível complicação ou
comorbidade, por exemplo.

Como se trata de todo o contexto clínico do paciente, ela pode ser feita por diversos
profissionais de saúde concomitantemente e, assim, podem se complementar. Todos os
profissionais que fazem a anamnese devem levantar hipóteses para o desenvolvimento
daquele sintoma.

Quer saber como fazer a anamnese corretamente? Vamos te contar nos próximos tópicos.

O que é Anamnese?
Partindo do conceito que anamnese se trata de uma lembrança, o processo consiste em um
registro de dados obtidos numa conversa inicial com o paciente. Esses dados são referentes à
vida do sujeito e devem ter a maior quantidade de detalhes possível.

Essa etapa é extremamente importante para o tratamento do paciente, uma vez que orienta
os profissionais de saúde acerca de qual a ordem de execução de exames, bem como a
identificação de quais outras intervenções deverão ser feitas no tratamento.

Quais são as técnicas de Anamnese?


Cada profissional tem a sua maneira singular de executar a anamnese. Contudo, existem
algumas metodologias que não podem ser deixadas de lado nesse momento tão importante.
Existem duas principais técnicas para executar a anamnese:

• Técnica do interrogatório cruzado — o examinador conduzirá as perguntas ao paciente


durante a consulta.

• Técnica de escuta — no momento de fala do paciente, o examinador cria um espaço


confortável para que ele consiga compartilhar, com as próprias palavras, suas angústias e
sintomas.

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Essas técnicas são, em grande parte dos casos, complementares, se sobrepondo durante a
consulta inicial com o paciente. Dessa forma, é possível chegar ao diagnóstico correto do
sujeito, especialmente quando falamos da psiquiatria, a qual tem alguns desafios clínicos.

Como fazer uma boa Anamnese?


A anamnese pode ser separada em etapas, de forma a organizar e padronizar o relatório final.
Outro detalhe importante a ser considerado é a forma como as informações são escritas, pois
a anamnese precisa ser compreensível a qualquer profissional que tiver acesso a ela.

A seguir, explicaremos as características de cada uma das etapas. Acompanhe.

1ª Etapa — Identificação
Essa é uma etapa relativamente demorada, pois é o momento em que será coletada a maior
quantidade possível de informações do paciente acerca de seu quadro clínico. Logo, devem ser
considerados alguns itens. Os principais são:

 Nome — certifique-se de que anotou o nome completo do paciente, para facilitar o


arquivamento do prontuário e, acima de tudo, criar uma relação mais consolidada com
o paciente.
 Endereço — é importante anotar o endereço completo do paciente, com bloco,
complemento, número do apartamento e, se possível, referência. É um dado
extremamente importante para ampliar as possibilidades de contato com o paciente
e/ou com sua família.
 Idade — grande parte das doenças são manifestadas de forma diferente de acordo
com a idade. Sendo assim, se o paciente apresentou queixas de uma doença que não
costuma ser manifestada na idade dele, por exemplo, é um sinal de alerta para a
equipe envolvida no caso.
 Estado Civil — conhecer a família do paciente é importante para manutenção do
vínculo terapêutico, tornando importante a coleta da informação acerca do estado
civil. Ademais, entender se a pessoa é casada ou solteira pode ter impacto psicológico
e, consequentemente, psicossomático.
 Gênero ou sexo — algumas doenças têm incidência maior ou menor nos diferentes
gêneros.
 Profissão — certas profissões podem predispor uma pessoa a desenvolver
determinadas doenças, devido às condições em que o paciente trabalha.
 Procedência — sempre pergunte a região em que o paciente reside, trabalha e vive. É
importante investigar se viajou recentemente ou visitou alguma área de risco.

2ª etapa — Queixa principal


É preciso entender, nesse momento, qual é o principal motivo que direcionou o paciente a
buscar ajuda. Para isso, a queixa precisa ser analisada quanto à presença de indícios de
anormalidade, medida pelos relatos e sinais de sintomas compartilhados pelo paciente.

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Além disso, procura-se identificar alguma satisfação com tratamentos realizados no passado.
Existem alguns pacientes que poderão comparecer à consulta apenas por rotina e essa
observação também precisa ser anotada.

Sempre que possível, dê preferência por usar as próprias palavras do paciente em sua ficha,
desde que seja claro e, pelo menos, ligeiramente objetivo.

3ª etapa — História da doença atual (H.D.A)


Agora é hora de conduzir o histórico das manifestações das dores do sujeito. Para isso,
primeiro o paciente descreve quando ele começou a senti-la, como ela caminhou ao longo dos
dias, onde ela começou, onde está agora e como ele percebeu os primeiros sintomas.

É comum, ao decorrer dessa etapa, a realização de três perguntas centrais: “Quando isso
começou? Onde começou? Como começou?”. No caso de pacientes com queixas psicológicas,
por exemplo, é importante saber se iniciou gradual ou subitamente, além de entender se ele já
passou por aquilo em outro momento e se foi tratado corretamente.

4ª etapa — História médica


O próximo passo é levantar, detalhadamente, a maior quantidade possível de informações
sobre as doenças um dia manifestadas pelo paciente desde o nascimento até a data do
atendimento. Essa etapa é importante para entender as possíveis interações medicamentosas,
além de ser possível identificar diagnósticos de doenças não tratadas.

5ª etapa — Antecedentes familiares


Esse momento é dedicado à compreensão do estado de saúde das pessoas mais próximas ao
paciente, como pais, irmãos, avós, cônjuge e filhos. Assim, é possível buscar eventuais
comorbidades herdadas ou que possam ter surgido em decorrência de outras pessoas.

6ª etapa — Hábitos
O hábito do paciente impacta diretamente na imunidade dele. Devido a isso, é preciso listar
quais são os principais hábitos que fazem parte da vida dele atualmente e os que já teve ao
longo dos anos.

É um momento que demanda bastante paciência, pois é necessária uma análise bem
minuciosa acerca de cada tipo de hábito, a fim de investigar o tipo, tempo de uso, quantidade,
variações ou interrupções dele.

Ao contrário do que o senso comum pode propagar sobre o que é anamnese, ela é bastante
estruturada e essencial para o tratamento do paciente. É um encontro que pode durar mais do
que alguns minutos, mas que fica mais dinâmico com o tempo. Logo, o foco nos detalhes é o
principal ponto para garantir que a anamnese foi feita de forma correta.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

COMORBIDADES DECORRENTE DO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.


Comorbidade pode ser definida como a ocorrência de duas ou mais enfermidades ou
transtornos, em uma mesma pessoa, num determinado período de tempo (ou por tempo
indeterminado).

A manifestação de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de drogas e


de outros transtornos psiquiátricos, vem sendo bastante estudada desde os anos 80. Pode-se
dizer que o abuso de substâncias psicoativas é o transtorno coexistente mais frequente entre
os portadores de transtornos mentais, sendo fundamental o correto diagnóstico das doenças
envolvidas.

Os transtornos mais comuns incluem os transtornos de humor, como a depressão, os


transtornos de ansiedade, os transtornos de conduta, o déficit de atenção e hiperatividade e a
esquizofrenia. Transtornos alimentares e transtornos da personalidade também estão
relacionados com o abuso de substâncias psicoativas.

Diagnóstico – Relevância Clínica


Uma das maiores dificuldades na abordagem do paciente com comorbidade está no
diagnóstico diferencial, pois ocorre uma superposição de sintomas. Um transtorno pode
aumentar ou mascarar o outro: intoxicação por abuso de álcool ou estimulantes, por exemplo,
pode produzir sintomas de mania ou hipomania enquanto abstinência a substâncias, com
frequência, se manifesta com sintomas de disforia e depressão. Não é fácil, no início,
estabelecer diferenças entre a presença de comorbidade psiquiátrica e abuso de substâncias
psicoativas.

Por outro lado, também ainda não é claro o efeito dessas substâncias na apresentação dos
sintomas em pacientes com transtornos mentais graves, não sendo possível estabelecer a real
influência das drogas psicoativas sobre a psicopatologia: alucinações experimentadas por
dependentes de álcool podem não diferir significativamente das alucinações experimentadas
por pacientes esquizofrênicos. Aspectos envolvendo gênero, etnia e status socioeconômico
também não devem ser esquecidos. Muitos autores concordam que tais fatores podem levar
“a pistas” de situações ambientais traumáticas ou dificuldades variadas que influenciam o
desenvolvimento e/ou o agravamento, tanto das questões relacionadas ao abuso de
substâncias psicoativas quanto à comorbidade psiquiátrica. Em razão do elevado índice de
comorbidade com AOS entre mulheres, que apresentam diagnóstico psiquiátrico, em relação
aos homens, uma atenção especial deve ser dada para o acesso ao uso de álcool ou outras
substâncias (AOS) para o sexo feminino.

Médicos, psiquiatras e profissionais da saúde tendem a não detectar o abuso de substâncias


psicoativas em pacientes com doença psiquiátrica grave, como esquizofrenia e depressão.
Além disso, no sentido oposto, em programas de tratamento para abuso de substâncias foi
encontrado que metade dos pacientes que apresentavam comorbidade psiquiátrica nunca
havia recebido tratamento para este problema. O tempo necessário de abstinência de álcool
ou outras drogas para se firmar o diagnóstico do transtorno primário ainda não foi definido na
literatura médica, podendo variar de semana a meses.

86
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O correto diagnóstico por meio das entrevistas iniciais ou da observação da evolução clínica
pode facilitar a abordagem terapêutica e as estratégias de prevenção de recaída.

O que investigar
1. História dos sintomas psiquiátricos
2. Tratamentos passados (hospitalizações, terapias, medicações);
3. Ideações suicidas ou atos de violência;
4. História do uso de álcool e outras drogas (tabaco);
5. Avaliação com a família.

Elementos do Diagnóstico Diferencial:


1. Identificar as queixas isoladas e as síndromes incompletas;
2. Observar a sequência de aparição dos transtornos;
3. Valorizar a história pessoal ou familiar de transtorno psiquiátrico;
4. Avaliar a ocorrência dos sintomas psiquiátricos durante períodos de remissão do
transtorno de uso de substâncias psicoativas;
5. A melhora rápida pós-desintoxicação sugere que o transtorno tenha sido causado por
AOS;
6. Utilizar questionários padronizados (Instrumentos de Pesquisa);
7. Revisão de prontuário;
8. Exame físico;
9. Realizar exames laboratoriais, de urina e bafômetro.

TRATAMENTO
Tratamento integrado e organização de serviço: vários sintomas atribuídos a uma
comorbidade são muitas vezes sintomas associados ao período de intoxicação ou de
abstinência a uma ou mais substância psicoativa.

Osher & Kofoed (1989) propuseram abordagem integrada para pacientes comórbidos, que
incluem os seguintes fatores:

a. Estratégias para aumentar a adesão ao tratamento;


b. Convicção acerca da relação entre abuso de substâncias psicoativas e
transtorno psiquiátrico;
c. Tratamento concomitante dos dois distúrbios para aliviar qualquer conflito
entre as modalidades de tratamento.

Outros autores também sugerem que o tratamento integrado de pacientes com comorbidade
psiquiátrica tem um melhor resultado do que o tratamento sequencial ou o paralelo, com uma
abordagem abrangente, incluindo maneiras para “lidar” com a crise aguda, por equipe
multidisciplinar e por terapeuta individual, aguardando a desintoxicação com abstinência por,
no mínimo, duas semanas. A pior evolução dos pacientes dependentes de drogas que
apresentam comorbidade psiquiátrica pode ser atribuída, em grande parte, à abordagem

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

tradicional, que trata a dependência em um serviço e o transtorno psiquiátrico associado em


outro.

Serviços voltados ao atendimento de pacientes dependentes têm pouca segurança e


experiência em trabalhar com pacientes psicóticos, pacientes bipolares ou com graves
transtornos de personalidade e acreditam que seu tratamento está além de suas
possibilidades. Por esta razão, existem propostas para programas específicos, que permitam às
equipes de saúde mental desenvolver formas efetivas de lidar com tais pacientes, visando
conscientizá-los da necessidade de se tornarem abstinentes, melhorar sua adesão ao
tratamento e reorganizar suas redes sociais. Alguns autores enfatizam a necessidade de incluir
também no tratamento, além dos itens aqui citados, programas psicoeducacionais (exemplo:
orientação ou aconselhamento) para atendimento familiar.

Pacientes com dependência química necessitam de maiores esforços, por parte do terapeuta,
para estabelecer uma aliança capaz de promover mudanças em seu comportamento e
aumentar as possibilidades de aderência à terapia proposta. As psicoterapias têm se mostrado
atualmente consistentes, quando avaliadas em pesquisas clínicas para o uso AOS e transtornos
de ansiedade e do humor, tanto depressivo quanto bipolar, além de fortalecer a aliança
terapêutica nos portadores de demais transtornos.

Esta aliança tem importância especial para os portadores de transtorno de personalidade, que
apresentam dificuldades para mudanças de estágio, redução da adesão e altas taxas de
abandono de tratamento.

Vários tipos de intervenção são propostas, entre elas tem sido dada preferência à terapia
cognitiva comportamental (TCC) e outras modalidades relacionadas, na forma de prevenção de
recaída, tanto individual como em grupo.

Em relação ao tratamento farmacológico, a regra geral é aguardar o período de desintoxicação


para iniciar o tratamento da comorbidade. Considerações específicas na escolha do agente
farmacológico para o uso em pacientes com dependência de substâncias incluem: segurança,
toxicidade e potencial de abuso. Obviamente, se um paciente está em crise psicótica, agressivo
ou suicida, a intervenção imediata específica deve ser realizada, ainda que se considere o
transtorno afetivo relacionado à dependência química (ou seja, farmacoterapia, proteção
ambiental, orientação familiar, psicoterapia de apoio).

Os seguintes itens devem ser considerados, centrados em estratégias de manejo


biopsicossocial:

1. Considerar a combinação específica da comorbidade e o estágio da motivação, ao


escolher o melhor método de tratamento.
2. Considerar o uso de farmacoterapia para o tratamento do transtorno psiquiátrico,
desintoxicação e fase inicial de recuperação e prevenção de recaída.
3. Usar técnicas psicossociais para aumentar a motivação, auxiliar na resolução de
problemas ambientais e em maneiras de lidar com situações difíceis.
4. Fornecer apoio familiar e informação sobre tratamento adicional de apoio, como
grupos baseados nos 12 passos de Alcoólicos Anônimos e outros grupos de
autoajuda.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5. Apoio psiquiátrico para o controle de sintomas psicóticos, maníacos e depressivos,


com ou sem risco de suicídio.

TERAPIA HOLÍSTICA
Desde que o conceito de saúde foi ampliado, deixando de ser apenas sinônimo da ausência de
doenças, e passando a abranger a totalidade e integralidade do ser humano, ocorreram
diversas transformações na compreensão do cuidado e da assistência. Entramos, então, em
uma era de promoção e proteção à saúde, e também de valorização das estratégias e
ferramentas de prevenção. A saúde passou a ser vista e vivenciada com muito mais nitidez,
estando entrelaçada às diversas dimensões humanas, se relacionando diretamente ao bem-
estar físico, mental e social.

CUIDADO INTEGRAL
Os serviços de saúde e os planos terapêuticos também passaram por uma revolução. O
paciente já não poderia ser mais visto como uma parte, nem ser fragmentado dentro das
diversas áreas de assistência, mas carecendo de um cuidado integral. Assim, ocorreu a
interconexão das áreas de saber da saúde e as equipes interdisciplinares passaram a ganhar
força e raízes em todos os níveis de atenção. O cuidado passou a ser integral e continuado.

DESPALDO CIENTÍFICO
Foi dentro desse mesmo contexto de transformação que técnicas e estratégias de saúde tidas
como alternativas foram ganhando respaldo científico e espaço nos serviços de saúde.
Passaram de terapias alternativas para complementares e hoje são reunidas dentro da Terapia
Holística, já sendo reconhecidas pelo Ministério de Saúde e incorporadas aos tratamento de
diversas doenças e condições clínicas, inclusive a dependência química e alcoólica.

TERAPIA HOLÍSTICA
A Terapia Holística é um conjunto de terapias que visam a promoção a saúde, a prevenção de
doenças e agravos, alívio de sintomas e cura, através do cuidado integral do ser humano. Seus
componentes, em sua maioria, têm berço na medicina oriental e trazem consigo uma mistura
entre o conhecimento prático e científico. Baseiam-se principalmente em métodos de
relaxamento, alívio de pontos gatilhos, manipulação de energias e mudanças nos hábitos de
vida. E quando unidos aos tratamentos tradicionais, mostram fortes benefícios e vantagens
para o paciente.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Após o entendimento do que é terapia holística temos agora que pensar na aplicação em
dependência química, tendo a finalidade de promover recursos e ferramentas pra oferecer
uma proposta de tratamento com resultados aos nossos pacientes.

Não podemos nos limitar a modelos de tratamento, pois existe uma gama de propostas que
podemos utilizar e assim oferecer tratamento digno e humanizado, levando em consideração a
individualmente de cada um.

Saber reconhecer qual método utilizar pra cada pacientes e parte da responsabilidade de um
bom Terapeuta holístico e isso acontece logo no acolhimento e anamnese.

A principal função do terapeuta e ensinar o paciente a ser o seu próprio terapeuta, pois
somente ele poderá expor os reais fatos que o condizem ao uso de substâncias Lícitas e ilícitas.

DEPENDENCIA E ABUSO
 Experimentam a substância pela primeira vez, mas não são afetados pelo uso,
podendo simplesmente abandonar o consumo.
 Abuso: É o uso nocivo de uma substância consequente de algum tipo de problema.
Neste caso, o uso das substâncias é mais recorrente, podendo desencadear na
dependência.
 Dependência Ocorre quando não existe mais um controle sobre o uso, causando
problemas reais à saúde. O consumo se torna uma compulsão, já que o indivíduo
passa a direcionar toda a sua vida ao consumo das drogas ou do álcool. As
substâncias se tornam indispensáveis ao funcionamento psicológico do indivíduo.
Portanto, a dependência provém não do desejo de consumir substâncias, mas da
incapacidade de não consumi-las.

A Neurobiologia e a Dependência Química


A Neurobiologia descreve a Dependência Química como resultado da associação entre o uso
frequente de álcool ou drogas e os efeitos consequentes do consumo. Isto ocorre devido ao
fato de que as drogas e o álcool tendem a liberar substâncias no sistema nervoso central que
alteram profundamente o estado comportamental do usuário, causando alteração de
comportamento e fazendo com que este perca a capacidade de fazer julgamentos.

No sistema nervoso central são transmitidos os sinais e sintomas como as sensações de prazer
ou desconforto que se configuram como resposta aos estímulos. Logo, a desconfiguração do
sistema cerebral tende a colocar em risco a sobrevivência do dependente. As substâncias
psicoativas provocam drásticas alterações no sistema sensorial. O álcool, por exemplo, tende a
tornar o indivíduo depressivo, a cocaína provoca um nível extremo de prazer, a maconha
proporciona uma sensação de prazer mais duradoura e etc…

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Ao serem ingeridos, o álcool e as drogas cada vez mais esgotam a capacidade do dependente
em produzir dopaminas, substâncias responsáveis por causar as sensações de prazer. Por isso,
o usuário passa a recorrer a doses cada vez maiores destas substâncias com mais frequência.

Abuso
Pode ter um grave impacto sobre o seu funcionamento, bem como a sua saúde física. O abuso
de substâncias ou uso indevido é formalmente definido como o uso continuado de qualquer
substância que altera a mente, que afeta negativamente a saúde física e mental da pessoa,
situação social e responsabilidades.

Interessante atentarmos para as diferenças entre as formas de se relacionar com as drogas em


geral, no entanto qualquer relação que uma pessoa estabeleça com tabaco, álcool e drogas,
oferece riscos ao indivíduo. É importante destacarmos que os riscos podem atingir grandes
proporções, e como não poderíamos esgotar suas formas neste texto, desejamos citar dois
aspectos importantes.

O USO DE SUBSTÂNCIAS
Primeiro, o uso de qualquer uma dessas substâncias pode desenvolver doenças físicas e/ ou
psicológicas em seus usuários. Em seguida, pode-se desenvolver a tolerância, o que significa
que o organismo pode facilmente se adaptar ao uso dessas substâncias exigindo doses cada
vez maiores para se satisfazer. Dependendo da especificidade de cada substância e também de
aspectos físicos e psicológicos de cada pessoa, essa exigência da dosagem ocorre de maneira
lenta ou rápida.

BAIXO RISCO, USO AGUDO OU ABUSO?


Desejamos fazer aqui uma explicação sucinta e de fácil compreensão para uma questão
relativamente complicada, a dependência química. Dessa forma, falaremos sobre o uso de
baixo risco, o uso agudo e o abuso de substâncias psicoativas. Consideramos um uso de baixo
risco, por exemplo, quando uma pessoa bebe um copo de cerveja ou fuma um baseado de
maconha duas vezes ao ano, ou seja, em pequena quantidade a cada episódio. Outra relação
com as drogas pode ser chamada de uso agudo, quando nos referimos a algo intenso, mas não
necessariamente o mais grave. Porém, com relação ao consumo dessas substâncias já é um
uso considerável, como uma mulher que toma duas garrafas de cerveja por semana, toda
semana. Quanto ao abuso, ele pode instalar-se em pessoas tanto de uso esporádico quanto de
uso agudo. Visto que o abuso é caracterizado pelos usos intensos num único episódio, ou seja,
quando a mulher do exemplo decidiu consumir as duas garrafas de cerveja (ou mais) em um
único dia.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Quem usa diariamente uma substância psicoativa é dependente químico? Não
necessariamente, pois há critérios diagnósticos aplicados somente por um profissional
habilitado para identificar a presença ou não da dependência química. E quando se instala a
dependência química? É comum que um indivíduo que passou pelas fases anteriores,
desenvolva essa síndrome por uma ou mais substâncias. Primeiro, investigamos se uma pessoa
precisa utilizar ao menos uma droga (lícita ou ilícita) por pelo menos um ano. Outro aspecto
importante estudado é se, ao longo do tempo, ela aumentou, mesmo que vagarosamente, o
consumo da substância. E, consequentemente, avaliamos se a pessoa dispende
gradativamente mais tempo em prol do uso e se, por conseguinte, vai gradativamente
abandonando ou realizando tarefas com menos empenho do que antes, especialmente,
atividades prazerosas, como frequentar uma academia.

Comunicação não violenta


O que leva uma comunicação violenta perante o terapeuta e o dependente
químico
Os maus-tratos psicológicos entre casais são um tipo de violência, eu diria que o mais
generalizado e sobretudo o mais normalizado. É um tipo de violência pouco detectável, difícil
de provar, embora seu poder lesivo possa ser imensamente superior ao da violência física,
muito mais óbvia e na qual vítima acaba tomando medidas para se defender ou proteger.

É sutil, intermitente, mas constante, o que deriva numa grande dependência emocional por
parte de quem o sofre, por causa da destruição lenta, mas segura, da autoestima da vítima. E
esse é o seu maior poder de agressão, a progressiva anulação da pessoa maltratada, que chega
a duvidar inclusive do seu próprio valor como ser humano. A desvalorização e a culpa são os
protagonistas emocionais de um fino trabalho de distorção da realidade em que a pessoa
passa a crer que merece isso, e que esse é o preço de não ficar limpo e não assumir o estigma
de fracasso

As consequências dos maus-tratos psicológicos reiterados são de toda espécie, já que


submetem a pessoa a estresse crônico, o que propiciará a aparição de doenças físicas ou
servirá como estopim daquelas que só estavam em estado latente. Alguns sintomas visíveis
que respondem à somatização do estresse emocional são ansiedade, problemas com o sono
e/ou alimentação,

Não há um perfil específico de pessoa mais vulnerável aos maus-tratos, pois ele se dá em
todas as culturas e contextos socioeconômicos. O que há é um perfil de pessoa maltratada

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

psicologicamente, já que essa forma de violência vai configurando mudanças na personalidade


de quem a sofre, tais como insegurança e baixa ou nula autoestima, percepção de impotência
para manejar o entorno, culpabilidade, sensação de fracasso na vida, sentimentos

QUAL A CONDUTA CORRETA


Como sabemos, a recuperação eficaz deve passar não apenas pela “limpeza do organismo”,
mas também pelos aspectos emocionais, de conduta e que envolvem mudanças de hábitos.
Nesse sentido, há a figura da desintoxicação social, a qual consiste em oferecer suporte
emocional e psicológico.

 Tratamento deve ser racional com razão não emoção


 O terapeuta não deve punir os seus residência de forma agressiva

DEPENDENCIA QUÍMICA
Sintomas da pessoa com dependência química
 Forte desejo ou compulsão pela substância (fissura ou craving);
 Dificuldade em controlar o uso em termos de início, término e quantidade;
 Presença da síndrome de abstinência;
 Maior tolerância à determinada substância;

Atualmente, a dependência química é compreendida como um transtorno mental e


comportamental, incluído no manual

Classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde Classificação


estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde.

Considerado um transtorno mental, além de um problema social pela Organização Mundial de


Saúde (OMS), a dependência química é tida como doença crônica, que comumente atinge
indivíduos que fazem o uso constante de determinadas drogas. O portador desse tipo de
distúrbio acaba por não conseguir conter o vício, afetando sua vida psíquica, emocional, física
e, consequentemente, a vida social.

As substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central, alterando a forma de o indivíduo


pensar, agir ou sentir são denominadas drogas psicoativas. Sendo conhecida e usada desde o
início das civilizações, em rituais religiosos ou como fonte de prazer, substâncias como a
maconha, cocaína e o álcool ainda são comuns nos dias atuais. Tendem a causar um
desequilíbrio no metabolismo químico do organismo, levando a dependência química da
droga.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A dependência a uma droga é caracterizada pelo descontrole do indivíduo no uso da


substância, que aos poucos o desintegra da sociedade. Fatores relacionados à própria droga,
até uma predisposição genética e doenças psiquiátricas pré-existentes, podem levar algumas
pessoas a um quadro de dependência. Com o objetivo de sentir novamente os sintomas de
prazer, ou ainda, para eliminar o mal-estar que se sente quando há a interrupção da droga, o
indivíduo tende a repetir o uso daquela substância. Os sintomas de desconforto são
designados “Síndrome da Abstinência”, que tendem a surgir a cada vez que o indivíduo cessar
o uso da droga. A “tolerância à droga” leva ao consumo de doses cada vez maiores, no intuito
de obter os mesmos sintomas promovidos em doses que antes eram menores. Outro fator
associado à dependência química é a fissura, caracterizada pela vontade incontrolável de fazer
o uso da droga, a qualquer hora do dia ou noite.

Uma vez que se torna um dependente químico, será permanentemente um dependente.


Acontece que a doença apresenta caráter crônico, incurável e progressivo. Assim, como não há
cura para a dependência química, o indivíduo irá necessitar de tratamento constante,
independente de estar fazendo o uso ou não da droga.

1. Tolerância: a redução da magnitude dos efeitos leva ao uso de doses cada vez maiores
para atingir o efeito desejado;
2. Senso de compulsão: forte desejo de consumir a droga;
3. Abstinência: após a interrupção ou diminuição do uso, surgindo sintomas de
desconforto como tremores, ansiedade, irritabilidade e insônia, levando ao uso da
mesma substância (ou outra relacionada) para promover o alívio ou evitar tais
sintomas;
4. Desejo de reduzir ou controlar o consumo, porém, sem sucesso;
5. Abandono de atividades prazerosas alternativas: maior parte do tempo gasto em prol
do uso da substância;
6. Persistência ao uso: mesmo com o surgimento de manifestações nocivas e patológicas,
como danos em órgãos e estados depressivos, resultantes do consumo crônico e
excessivo, ainda se mantém o consumo.

Esta doença merece toda a atenção, por desprender o indivíduo da sociedade, podendo
ocasionar o óbito. Por acometer toda a família, que adoece emocionalmente junto ao
indivíduo, esta também deve receber orientações e apoio.

Conclui-se que a dependência química transforma os relacionamentos familiares, causa


prejuízos laborais e sociais, contribui para o desenvolvimento da delinquência e da violência
sendo necessário adequar e investir em políticas públicas para a reestruturação desses
sistemas.

O álcool e as drogas atuam no Sistema Nervoso Central, alterando a consciência e causando


dependência física e psicológica. O usuário enfrenta um sofrimento que vai muito além da
dependência, com impactos na saúde, no trabalho e nas relações pessoais.

Problema social que a droga provoca

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Doenças psicológicas, falta de estrutura e afeto familiar além de uma sociedade cada dia mais
estressada, são os principais fatores que levam as pessoas a buscarem prazer por meio de
produtos alucinógenos. A precocidade com que ocorre o primeiro contato com as drogas é o
que mais preocupa.

TRATAMENDO TERAPEUTA COMO SE COMPORTAR


É bem comum, quando se é terapeuta, ouvir este questionamento vindo de pessoas
conhecidas, como parentes e amigos: “Mas por que você não pode me atender?” ou ainda:
“Você que é terapeuta, o que você acha sobre esse assunto, como podemos resolver isso?” ou
“O que você acha que eu tenho?”.

São muitas as situações em que os terapeutas “convocados” a dar sua “opinião de


especialista” para ajudar a resolver conflitos familiares ou cotidianos.

O Código de Ética dos terapeuta não proíbe claramente que sejam atendidos familiares ou
amigos, a decisão sobre atender ou não vai de acordo com o bom senso do profissional.

O que se acredita que pode interferir negativamente no sucesso do processo terapêutico é


justamente a intimidade e proximidade que existe entre o terapeuta e o paciente fora do
consultório. Durante os atendimentos, para se chegar a um objetivo, o terapeuta precisa
explorar muitos aspectos da história do indivíduo, fazer questões que muitas vezes adentram a
sua intimidade e suas particularidades, o que pode prejudicar de alguma forma o
relacionamento de amizade ou familiar. E o contrário também ocorre, pois muitas vezes o
paciente pode optar por não revelar determinadas questões sobre si mesmo por não se sentir
à vontade o suficiente com o psicólogo e mesmo por medo de expor suas intimidades e ter sua
relação fora do consultório afetada. Assim, o processo terapêutico fica comprometido. E por
parte do terapeuta também pode haver pré-concepções sobre o paciente (pois estes já se
conhecem), que poderão afetar o processo. O terapeuta não é isento de sentimentos e
emoções, que o fazem correr o risco de deposita-los de forma incorreta no paciente já
conhecido, envolvendo opiniões pessoais e não somente profissionais na terapia.

E é claro que ao psicólogo não fica vedado o direito de dar sua opinião profissional acerca de
conflitos e questões familiares ou de amigos. Aqui entra novamente o bom senso, pois não se
pode fornecer um “diagnóstico” fora do setting terapêutico, ou seja, ausente do ambiente de
atendimento e sem analisar todo um histórico e demais fatores que interferem em
determinada questão (o que não se pode fazer em alguns minutos apenas, no churrasco de
domingo). O terapeuta pode contribuir e auxiliar nestas questões específicas até o momento
que lhe couber, com base nos princípios éticos que regem a profissão, visando sempre o
cuidado e o bem estar do outro

Nós referimos com residente como terceira pessoa

Ex chame no individual e relate com sinceridade e que só poderá ajuda lo se o residente


permitir que ele seja referido como uma terceira pessoa

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Senhor falando de tal ......

Nunca se refira primeira pessoa

Sempre se dirija senhor tal

Não ter lembranças do passado juntos em terapia ou na CT

Conduzir para um individual com outro profissional

Se não poder tratar como outro um desconhecido

Esclarecer tudo no individual primeiro atendimento

Karla jabur

Auto perdão
Como podemos praticar o auto perdão?

 O que está feito, não tem mais como mudar;


 Enxergue suas mudanças e motivos;
 Descubra mais sobre você mesmo;
 Coloque tudo “para fora”

Ninguém tem o poder de controlar os próprios sentimentos. “O coração tem razões que a
própria razão desconhece”, ensinava o filósofo Blaise Pascal. Cada um precisa fazer sua parte,
aquilo que está a seu alcance.

Fazer nossa parte significa exercitar o perdão, declará-lo abertamente e decidir não falar mal
de quem nos machucou, mas não há como deixar de sentir algo de negativo. Ninguém
consegue exercer domínio total sobre seus sentimentos. O que sentimos ou não sentimos não
é fruto de decisões nem da vontade. As emoções estão fora do nosso controle. Nosso único
poder, nessa área, é determinar o que vamos fazer ou não com nossos sentimentos e com
nossas emoções. Sou capaz de me decidir por não dar um soco no rosto de alguém que me
ofendeu, mas não tenho o poder de resolver não sentir o desejo de dar o soco.

Nenhum de nós tem a capacidade de decidir sentir isso ou aquilo a partir de determinado
momento. O sentimento não obedece à razão. Como mudar um sentimento em relação a uma
pessoa? Sem o exercício do perdão e a força da graça de Deus é absolutamente impossível.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Como exercitar o perdão?


No exercício do perdão, é fundamental reconhecer a necessidade de pedirmos desculpas aos
que ofendemos. Se perdoar é uma arte difícil, pedir perdão é mais difícil ainda. Se perdoar
exige uma decisão do coração e da vontade, pedir perdão exige arrependimento. E isso é algo
que precisamos aprender com clareza e praticar com persistência.

O verdadeiro arrependimento, conforme Jesus ensinou, implica uma mudança de vida. O


arrependimento vai muito além do remorso ou da vergonha de ter sido descoberto no seu
erro. A vergonha é consequência de um medo; arrepender-se é fruto de uma decisão. Como o
perdão, o arrependimento vai muito além do desejo. É uma atitude.

5 dicas para viver o perdão


No exercício do perdão e do pedido de perdão, cinco pontos são de fundamental importância:

1. Reconhecer que fomos ofendidos ou que ofendemos.


2. Tomar a decisão de perdoar e de pedir perdão, apesar dos sentimentos ou dos
desejos.
3. Expressar o perdão por meio de palavras faladas ou por escrito.
4. Tomar a decisão de não comentar os erros da pessoa nem o fato que provocou a
ofensa.
5. Permitir que Deus mude nossos sentimentos e cure nossas emoções negativas.

Significado de autoperdão:
Perdoar a si mesmo; se libertar da culpa, mágoa ou ressentimento.

Karla Jabur

O reflexo aprendido
A descoberta do reflexo aprendido foi realizada pelo fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov e,
por esse motivo também é conhecido como Condicionamento Pavloviano.

Sabemos que o reflexo inato corresponde ás respostas emitidas pelo organismo sem
necessidade de aprendizado. Sendo assim, o Reflexo aprendido refere aquelas ações que por
mais que sejam reflexas, necessitaram de aprendizado para serem emitidas, mesmo que no
começo fossem apenas estímulos neutros.

Experimento:

1. Pavlov realizou um experimento para compreender a magnitude da resposta de salivar


de um cão frente á quantidade e qualidade de comida apresentada.
1.1. Pavlov observou a resposta de salivação era eliciada por outros estímulos que
ocorriam paralelamente á apresentação de comida.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

2. Para comprovar a possibilidade de condicionamento das respostas reflexas inatas,


Pavlov elegeu uma Sineta (som) como estimulo neutro.
2.1. Elegeu o pó da carne como estimulo incondicionado, Já que eliciava resposta de
salivação no cão, mesmo sem aprendizado.
2.2 Elegeu o cão como organismo emissor da resposta em questão.

3. o estimulo neutro foi apresentado para detectar respostas reflexas e comprovado que
se tratava de um estimulo neutro.
4. Posteriormente a sineta foi apresentada junto com a carne, ou seja emparelhamento
de estímulos, ocorrendo assim a emissão de resposta salivação, após cerca de 60
emparelhamentos , apenas a apresentação da sineta eliciava salivação.

A compreensão do Reflexo Aprendido é de extrema importância para as praticas de Análise


Funcional de Comportamento, pois exemplificam como o organismo aprende a emitir
respostas reflexas frente a estímulos que muitas vezes são inofensivos e passam a acreditar
que isso sempre ocorreu.

Os sentidos tem um papel essencial no processo de aprendizagem

Dentro da Clínica
TERMO DE RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO

Pelo presente TERMO DE RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO,


eu, , portadora(o) do RG nº ,
inscrita(o) no CPF sob o nº , venho, através do presente termo de
responsabilidade e compromisso assumir toda e qualquer comportamento que o (a)

, _( grau de parentesco) venha a ter durante o


período de saída de ressocialização, insentando a moradia assistida de qualquer situação
causado pelo mesmo (a) como também insentar de todos os acordos firmados seja escrito ou
verbalmente caso haja recaída, ou evasão durante a saída.

Assim, mediante este instrumento, declaro que tenho ciência de quais são as minhas
responsabilidades para com o paciente

Assumo também a responsabilidade de traze lo de volta pro tratamento na data / / até


às 19:00 hrs

Concordo em assumir toda responsabilidade.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Este Termo de Responsabilidade e Compromisso é expressão da verdade e por ele respondo


integralmente.

, de de .

ASSINATURA

REGULAMENTO – NORMAS E REGRAS

Para PACIENTES e Familiares:


Estas instruções têm como objetivo ajuda-los (as) a entender melhor a nossa proposta de
tratamento quanto à doença da dependência química e alcoolismo e esclarecer qual a maneira
saudável em participar do mesmo para que possa haver uma boa recuperação, e um melhor
resultado nessa proposta, assim como estabelecer critérios de boa convivência entre os
pacientes nas dependências da residência.

O INTERNO do CENTRO TERAPÊUTICO UNIÃO será tratado como PACIENTE em todo (s) os
documentos.

 Diagnóstico De Entrada: feito logo que o paciente chega no centro, onde se detecta a
possibilidade de complicações clínicas e psíquicas que possam interferir na evolução
do paciente, através da equipe médica. Para isto são feitos exames laboratoriais e
outras avaliações especializadas;

 São realizados TESTES TOXICOLÓGICOS de rotina na admissão e após as licenças para


ressocialização;

 Durante o tratamento há o diagnóstico contínuo, onde há a realização de


procedimentos para diagnosticar a presença de outros transtornos psiquiátricos.

 Durante a internação o paciente passa pelo período de DESINTOXICAÇÃO, onde é


almejada a abstinência total de substâncias químicas e alcoólicas para que haja
condições de estabilização clínica e psíquica para o paciente;

 Durante o período de abstinência é feita também a avaliação da FARMACOTERAPIA,


com a indicação e proposta para o tratamento de sintomas a curto e longo prazo;

 O paciente seguirá durante o tratamento toda a GRADE DE ATIVIDADES PROPOSTAS


(dinâmicas individuais e em grupo, educação física, oficinas, palestras, debates,
atividades culturais e lazer) segundo o cronograma já estabelecido, o qual oferece

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condições para uma completa mudança de estilo de vida do paciente;

 O paciente receberá SESSÕES DE PSICOTERAPIA individuais e em grupo, podendo ser


utilizadas de forma avulsa ou combinadas. Nas sessões de psicoterapia é feita uma
abordagem comportamental através de medidas terapêuticas que visam à abstinência
total, promovendo a qualidade de vida e melhora do funcionamento
BIOPSICOSSOCIAL;

 O tratamento inclui a REABILITAÇÃO FÍSICA E PSICOSSOCIAL, com o objetivo de


preparar o indivíduo para que ele possa terminar o tratamento e ser reintroduzido na
sociedade em boas condições psicossociais. Isto é desenvolvido através de atividades
práticas: condicionamento físico, flexibilidade, jogos, atividades lúdicas, atividades
teóricas – abordando diferentes temas relacionados ao estado emocional do paciente
com toda orientação de profissionais especializados;

 Ainda durante o processo de reabilitação o paciente passará pelo período de


RESSOCIALIZAÇÃO, no qual é preparado para voltar para a casa e receberá técnicas
para evitar recaídas; com plano individualizado de prevenção a recaída.

 Propomos através de TERAPIA FAMILIAR, incluídas em nosso programa, a integração


familiar, onde é feita abordagem sistêmica da família, a identificação de problemas do
sistema e atuação sobre esses problemas com o objetivo que a família colabore com a
manutenção da abstinência do paciente;

 Proporcionamos o acompanhamento de TERAPIA OCUPACIONAL para a reabilitação ou


o desenvolvimento de habilidades;

 Nossa filosofia de tratamento é baseada nas seguintes abordagens: Modelo Americano


californiano, 12 passos, Psicodramas, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia
Racional Emotiva, Biofeedback, Plano De Prevenção à Recaída (PPR);

 As refeições oferecidas no Centro terapêutico UNIÃO são balanceadas e seguem


cronograma proposto por Nutricionista.

DO TRATAMENTO:
 O Tratamento ocorre mediante a voluntariedade, pois todo usuário é um cidadão
resguardado pela lei de Direitos Do Cidadão Segundo a Constituição Federal como tal,
será respeitada sua autonomia para decisão em relação ao mesmo – salvo em caso de
intervenção familiar;

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 O tempo de tratamento proposto pelo centro, é de 3 meses (Noventa Dias), onde os


primeiros 15 (quinze dias), são de isolamento em relação ao contato com familiares,
amigos e o mundo exterior, e após 30 (Trinta Dias), a utilização de meios de
comunicação com acesso à internet.

 Os contratos firmados via convênio, deverão respeitar o tempo proposto pelo Centro
Terapêutico, sendo que a primeira etapa será em sistema de internação, respeitando
dias limites de afastamento proposto pela empresa. O restante deverá ser cumprido
em sistema ambulatorial.

 O período de tratamento proposto nos itens acima, deverá ser revisto e estendido
conforme avaliação da equipe multidisciplinar e dependendo da necessidade do
paciente – sempre mediante prévia autorização da família;

 Fica estabelecido que o paciente deva ser submetido à avaliação neuropsicológica.


Este exame é uma avaliação detalhada e objetiva das principais funções mentais onde
são utilizados testes específicos, além de questionários e inventários aplicados por
profissionais especializados. O exame documenta de modo quantitativo e qualitativo
várias funções mentais e proporciona a compreensão da relação entre danos cerebrais
e seus efeitos na cognição e no comportamento do indivíduo, muito importante o
quadro de dependentes químicos. Os custos deste exame fica a encargo da família,
pois não estão incluídos no custo do tratamento;

 Haverá períodos de Reinserção Social, onde o paciente visitará sua família. Esta saída
acontecerá de acordo com a autorização da equipe, não havendo necessariamente um
período padrão. Cada caso será tratado individualmente, estando dentro do
andamento do processo esperado de recuperação e segundo avaliação da equipe
terapêutica. E acompanhado por um Terapeuta quando necessário ou solicitado pela
família.

NORMAS DE CONDUTA PESSOAL DURANTE A INTERNAÇÃO:


 Respeitar os horários de despertar e recolher, os quais serão estabelecidos através de
cronogramas e ou determinações extraordinárias estabelecidas pela equipe;

 Manter relacionamento respeitoso com todos, sejam funcionários, visitantes e, em


especial, colegas de tratamento. Evitando o uso de gírias ou palavras de baixo calão.
Manter relacionamento respeitoso com todos os funcionários, independente da
função;

 É terminantemente proibido oferecer presentes, agrados e em especial, dinheiro, a


qualquer funcionário, visto que tal atitude é completamente contrária às nossas
normas e poderá interferir negativamente no tratamento do paciente; chamamos de

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contratos negativos.

 Respeitar os horários preestabelecidos pela equipe para uso da sala de TV, jogos e
academia;

 O paciente deverá responsabilizar-se por seus pertences pessoais, não cabendo


quaisquer reclamações, pois não nos responsabilizamos pelo desaparecimento de
pertences pessoais;

 Não é permitida a permanência nos dormitórios durante os horários das atividades


constantes do cronograma do centro. Exceções somente mediante autorização da
equipe;

 Não é permitida a entrada e ou permanência em outros dormitórios que não seja o


seu;

 Não é autorizado o porte de qualquer objeto cortante ou pontiagudo que possa -se ou
a integridade física dos outros pacientes;

 Não permitimos a utilização de nenhum material pornográfico, bem como jornais e


revistas que tratem de assuntos relacionados à adicção ativa;

 Não é permitido qualquer contato de cunho sexual entre os próprios pacientes ou


mesmo com funcionários (as); PROÍBIDO SEXO.

 Não é permitida brincadeiras físicas ou qualquer tipo de brincadeira imprópria que


venham tumultuar a harmonia do ambiente;

 O paciente não terá acesso às medicações, uma vez que são administrados pelos
técnicos de enfermagem ou pelos responsáveis pela área;

 É expressamente proibido fumar fora do ambiente específico, não e permitido fumar


nós dormitórios e em ambientes fechados.

 Em caso de ausentar-se das dependências da clínica sem expressa autorização, será


considerada uma evasão;

 O paciente deverá zelar por todo patrimônio do centro Quaisquer danos causados
pelo paciente serão de responsabilidade do contratante e deverão ser ressarcidos a
residência.

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NORMAS DE HIGIENE PESSOAL,


(Cabe ao paciente):

 Manter-se devidamente trajado com roupas limpas e adequadas para a convivência


em comunidade;

 Tomar banho diariamente caso o paciente não tenha condições de fazê-lo sozinho,
receberá auxilio devido;

 Manter cuidados básicos como lavar as mãos antes das refeições, bem como ao
utilizar o banheiro;

 Manter-se sempre pronto no tocante a sua higiene pessoal;

 Manter cabelo e barba devidamente higienizados;

 Respeitar e proporcionar o bem estar coletivo;

NORMAS DE HIGIENIZAÇÃO DOS SANITÁRIOS:


 Manter os sanitários sempre em ordem, limpos e desinfetados;

 Dar descarga após o uso;

 Secar o banheiro após o banho, independentemente se outro paciente for usar o


banheiro ou não;

 Utilizar rodo e pano para retirar todo excesso de água;

 Fazer uso do bom senso quanto à utilização dos sanitários, ao consumo excessivo de
água e energia evitando banhos longos. Isso se faz necessário diante do cenário
mundial dos recursos naturais, e para com o companheiro de tratamento que pode vir
estar aguardando o mesmo para utilização.

NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DOS DORMITÓRIOS:


 Os pacientes deverão diariamente arrumar suas camas, manter a limpeza e a devida
organização nos dormitórios;

 As roupas ou toalhas não poderão ser penduradas ou estendidas nas dependências


dos dormitórios;

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 As roupas não deverão ser deixadas sobre as camas, mesmo que dobradas, devendo as
mesmas serem guardadas em seus lugares adequados;

 Não será permitido o armazenamento de alimentos de espécie alguma (especialmente


os perecíveis), nas dependências dos dormitórios;

 É vedada a entrada e circulação em outros dormitórios que não seja o seu,


considerada esta, uma transgressão passível de sansões.

NORMAS DO REFEITÓRIO E COZINHA:


 Os pacientes farão (4) quatro refeições diárias – café da manhã, almoço, lanche da
tarde e jantar) devendo ser respeitados rigorosamente os horários previstos para as
mesmas

 Os pacientes deverão obedecer à chamada e ao sinal para servir-se, devendo manter-


se em ordem e em silêncio enquanto servem-se da refeição;

 Todos os pacientes poderão servir-se novamente, dentro do período daquela refeição,


desde que todos já tenham se servido uma vez, e respeitando sempre os responsáveis
pela organização da alimentação, sempre com o objetivo de manter a organização;

 Devem-se evitar desperdícios.

 Cada paciente tem o direito de ter os seus próprios alimentos desde que os
mantenham sempre em condições de higiene.

NORMAS DA LAVANDERIA:
 Os pacientes deverão: Seguir escala de lavagem de roupas que é feita pelos
MONITORES, mantendo a lavanderia sempre em ordem, deixando os tanques, baldes e
demais itens limpos, secos e desinfetados após o uso, guardando todos os materiais
utilizados para a lavagem das roupas em seus devidos lugares;

 Lavar no mesmo dia todas as roupas de molho, nunca as deixando para o próximo dia.

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NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DA PISCINA:


• O uso da piscina será previamente estabelecido pela equipe e devendo sempre
banhar-se na ducha antes de adentrar à mesma;

• Utilizar-se sempre de trajes adequadas

NORMAS PARA VISITAS:


• As visitas acontecerão aos finais de semana após completarem-se 15 ( Quinze
Dias), de tratamento;

• Fica a critério da família decidir se deseja visitar o paciente;

• Os visitantes deverão permanecer juntamente com os pacientes nas dependências


comuns da clínica, sendo vedada a permanência dos mesmos nos dormitórios.
Caso haja tal necessidade deverão ser acompanhados pelos terapeutas.

• Não será permitida a saída dos pacientes das dependências da clínica, com
exceção de autorização expressa e requerimento da família por escrito;

• Não é permitido o envolvimento sexual com visitas (mesmo que esposa, marido ou
namorada (o) nas dependências da residência

• É rigorosamente proibida a entrada de bebidas alcoólicas e outras drogas na


residência, assim como a participação de familiares ou responsáveis que sejam
usuários de álcool e outras drogas e que ainda estejam sob o efeito;

• Os objetos pessoais como cigarros, alimentos destinados aos pacientes, devem ser
entregues diretamente na entrada da clínica ou coordenação. Nunca diretamente
aos pacientes;

• É solicitado o respeito à sobriedade de vestir. Não aconselhamos o uso de


minissaias, shorts, roupas decotadas, justas e transparentes para que desta forma
não venha a chamar atenção de outros pacientes e causar qualquer situação
inconveniente;
• Ao trazer notícias de fora, procurar verificar com a coordenação se o impacto das
mesmas será ou não prejudicial aos mesmos;

• Durante a visita, se surgir alguma dúvida, procure algum profissional nosso para se
instruir;

• As visitas são reservadas para os familiares de primeira ordem, como mãe, pai,
filhos, irmãos, esposa e outros que realmente tenham participação efetiva na vida

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do paciente. A visita de namoradas (os) do (a) paciente deverá ser autorizada pelo
contratante e responsável pelo paciente.

• Liberando que estamos passando por uma pandemia o que nos restringe a
quantidade de pessoas na visita e é obrigatório o uso de máscara.

TERMO DE COMPROMISSO:
Na transgressão e um ou mais itens deste regimento, poderá acarretar em desligamento,
reinício do tratamento e/ou outras sanções cabíveis, por exemplo: a remoção para outra
unidade com outro sistema de tratamento ou até mesmo a exclusão do paciente ao
tratamento. O paciente e suas famílias declaram estar cientes das normas acima, bem como
das consequências que poderão ser acarretadas pela infringência das mesmas

TIPOS DE ADICÇÃO
Esclarecendo a Dicotomia entre ´Adicção` x ´Dependência Química`
Existem muitas discussões sobre esta questão. A princípio, abordando de forma superficial,
poderia se dizer que a Classe Médica acredita em Dependência Química e a Filosofia acredita
em Adicção. Para esclarecer esta dicotomia, vamos oferecer aqui, um texto não técnico que
elucida estas questões, mais uma vez quebrando mitos e tabus.

Adicção, ou Adicto, é uma palavra, um termo oriundo do Latim Clássico adictos – escravo De
... ( Do Prazer )

Adjetivo…

Que se apega, inclina, quem se dedica;

Que “depende” de algo, dependente; Escravizado, impotente

Observando o significado terminológico desta palavra, em nenhum momento notamos a


presença de Drogas ou Substâncias. A palavra na sua origem etimológica nos remete a uma
situação COMPORTAMENTAL.

Acredita-se, baseado nestas informações, que o doente da ADICÇÃO, já nasce com esta
predisposição. Fala-se muito que as Drogas (ou Álcool) são nada mais do que a cereja do bolo.

O Adicto é aquele indivíduo que, desde a infância, apresenta comportamentos adoecidos por
aspectos compulsivos e obsessivos. A inveja, o isolamento, o egocentrismo, características de
arrogância e prepotência, dificuldade em lidar com crenças, dificuldade em verdadeiramente
interagir com a transcendência e com o Divino. Hiperatividade exacerbada, Déficit de Atenção

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(TDAH), independência social precoce também são características pueris que podem se
relacionar diretamente com comportamentos ditos adictivos.

Sob este prisma, fica uma questão, que nem a Medicina, nem a Psicologia, nem as Irmandades
Anônimas conseguem definir com exatidão. Ou seja, COMO o indivíduo (ainda criança ou
adolescente) desenvolve a ADICÇÃO. Supostamente existem três respostas bastante possíveis
e até evidentes. A primeira delas seria um fator genético desencadeado por relações
cromossômicas disfuncionais. A segunda delas, e mais simplista, é que seria um fator
hereditário. A terceira, mais profunda e carente de mais estudos analíticos, sugere que a
ADICÇÃO se desenvolve em meio as dificuldades do indivíduo com ele mesmo.

Até porque, por amostragem, uma farta maioria dos adictos são frutos de lares
desestruturados, não somente sob o ponto de vista econômico. Mas egressos de lares cujas
relações de afeto são comprometidas em algum ponto: pais separados, casos de violência
doméstica, superlotação residencial, abandono. Crê-se então, que a Adicção é uma patologia
(doença) adquirida no cérebro em formação e desenvolvida paralelamente à evolução e
crescimento do indivíduo, a pior de todas as consequências da adicção é a imaturidade
emocional.

É como se uma série de rupturas formassem no cognitivo do indivíduo um álbum de retratos


de pequenos e cotidianos traumas. Fazendo dele um sujeito infantiloide, inseguro e
demasiadamente carente (de afeto, aceitação, identidade e até, em casos mais extremos, da
própria personalidade). Com isso, o caráter vai se formando fragmentado, vulnerável e sem
princípios éticos ou ainda sem uma noção correta do juízo de valores sobre questões simples
como “O Bem e o Mal”, “O Certo e o Errado”, “Causa e

Consequências”, etc. Estas rupturas ou uma delas especificamente, um episódio ou mais de


um, que comprometem a formação saudável do indivíduo, podem fazer com que ele estacione
o próprio cognitivo, no que tange a auto-compreensão, ainda em tenra idade. É a formação do
que chamamos de “Rei Bebê”. Um adulto inseguro e egocentrado que só funciona se o mundo
o “servir”.

Na verdade, este processo todo, não é fruto de pesquisa científica, mas de amostragens,
observação de campo, análise filosófica e experiência pessoal. Eu sou um Adicto e passei por
toda esta situação.

Este adulto fragilizado, vulnerável e inseguro não consegue tomar para si as rédeas da própria
vida. Fica refém sempre dos outros, de “colo”, de “chamego” e claro, de vícios.

Ao experimentar uma substância que lhe dê prazer e que lhe construa uma pseudorealidade
mais agradável e colorida, é fato que, em pouco tempo de uso, instala-se então a Dependência
Química. É um cérebro deficitário nas questões sociais e afetivas que recebe descargas
monstruosas de DOPAMINA e de NORADRENALINA, ficando assim APEGADO, INCLINADO,
DEDICADO e DEPENDENTE.

Esta é a minha visão da doença. Ainda em campo empírico e totalmente aberta a qualquer
tipo de discussão, retorno ou reavaliação. Mudança nos paradigmas.

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Fica evidente então que ADICÇÃO nada tem a ver com Dependência Química. São coisas
distintas, que, no máximo, se fundem num determinado momento da vida. Não é mistério que
o adicto se torne dependente.

Face ao apresentado, evidencia-se que o tratamento da Dependência Química pura e


simplesmente, pode e deve ser feito em ambiente ambulatorial ou clínico Terapeutico
Terapeutico ou não de medicamentos entre outras terapias. Já a adicção exige uma conversão
radical de comportamentos. Uma mudança que tange todas as questões existenciais do
doente. É a chamada NOVA MANEIRA DE VIVER. O adicto precisa ser RECONDICIONADO e
passar por um novo processo de APRENDIZAGEM/APRENDIZADO para voltar a viver BEM em
sociedade. Não basta parar de usar drogas. É uma reconstrução do EU, a aplicação de limites
que em outrora deveriam ter sido assimilados, é a busca incessante da prática de novos
valores e de nova e ética.

A prática da RECUPERAÇÃO de um adicto é muito mais exigente (e difícil) do que a do


dependente químico. Uma vez diagnosticada a real presença da Adicção, é sugerido que, para
uma mudança (conversão) total de comportamentos, valores, ética e até moral, fazse
necessária um exaustiva atitude terapêutica. Grupos de Ajuda Mútua, onde por identificação,
atinge-se “insights”, e com eles a consciência, são muito indicados. Freqüência regular nestas
reuniões são uma exigência (não é apenas sugerido). A busca por uma espiritualidade na sua
práxis, ou seja, retomar hábitos que religuem ao Divino é uma ferramenta muito eficaz. Evitar
“fisicamente” velhas pessoas e velhos lugares também ajudam muito. Remédios podem ser
eficazes, desde que muito bem equilibrados e receitados, por experiência, sabemos de casos
em que o indivíduo desenvolve a Dependência Química isoladamente. É uma questão
biológica, patológica e também comportamental, porém, nem sempre com origem na infância
e na maioria das vezes, sem o comprometimento total do ambiente cognitivo, da identidade,
do caráter e da personalidade. Sabemos que milhares de substâncias viciam, geram tolerância
e dependência. Muita gente cai nessa involuntariamente, sem exatamente estar buscando
fuga ou conforto. No fim, tudo dá na mesma. São ambas doenças terríveis, incuráveis,
progressivas e fatais. Carecem de intervenção rápida, ações positivas, coragem e dedicação. E
esse o verdadeiro papel do terapeuta.

Onde está o sujeito nas adicções?


O uso do termo adicções é muito amplo. Em linhas gerais, designa o consumo compulsivo de
substâncias psicoativas, as quais são classificadas a partir de seus efeitos potenciais. Todavia,
esses efeitos variam de acordo com o organismo de cada pessoa. Quanto ao alcoolismo, alguns
autores preferem destacá-lo como uma categoria à parte das adicções. Com isso, além da
droga de escolha (que pode ser mais de uma), a frequência do uso, a quantidade ingerida e o
que o sujeito busca com a droga são aspectos que impedem a definição de uma categoria
única das adicções. A diversidade de substâncias existentes, e de formas de uso, demonstra
que não é apenas o uso da droga - considerado isoladamente - que determina as adicções, mas
a função que ela ocupa para cada sujeito.

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Birman (2000), afirma a existência de dois grupos distintos de indivíduos que se relacionam
com o consumo de drogas: o usuário de drogas e o toxicômano - ou adicto, nomenclatura que
preferimos adotar neste trabalho. O que torna tais indivíduos distintos, segundo o autor, é a
dimensão compulsiva do padrão de uso.

Os usuários de droga podem se valer da droga para seu deleite e em momentos de angústia,
mas a droga nunca se transforma na razão maior de suas existências. Os toxicômanos, porém,
são compelidos à sua ingestão por forças físicas e psíquicas poderosas. As drogas passam a
representar, para esse grupo, o valor soberano na regulação de sua existência.

É claro que as substâncias químicas presentes nos psicoativos provocam uma dependência no
organismo. Contudo, não é somente a dependência orgânica que está em questão nas
adicções. Freud (1930) ressaltava que o propósito do homem é a busca pela felicidade. Isso
significaria evitar o sofrimento e o desprazer, e obter intensos sentimentos de prazer. No
entanto, esse propósito regido pelo princípio de prazer é oprimido pela própria constituição do
sujeito neurótico, que o condena à restrição de sua satisfação pulsional por meio das
imposições da cultura.

Além disso, Freud aponta três fontes inequívocas de ameaça à felicidade plena:

O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo, condenado à
decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade
como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de
destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os
outros homens. (pp. 84, 85)

Essa última fonte de sofrimento humano é considerada pelo autor como a mais penosa. Como
medida de defesa mais imediata, o sujeito pode adotar o isolamento. Porém, se o sofrimento
persiste, o sujeito pode recorrer aos tóxicos, cuja função na economia psíquica consiste em
oferecer uma suspensão diante do mal-estar. Esse é um aspecto relevante em nossa
investigação, pois coloca a droga no lugar de mediador artificial do encontro com o Outro.
Como observa Vianna (2015), a drogadicção resguarda o sujeito de seu embaraço com o laço
social, como o próprio discurso do adicto aponta. Assim, pouco a pouco, o drogadicto rompe
com a sociedade, gerando um incômodo nela, como descrevemos na introdução. Como
resultado, assistimos à marginalização do adicto. No entanto, não é a própria cultura que
disponibiliza o recurso da droga ao sujeito?

O papel da cultura, segundo Freud (1930), é o de deter o controle sobre as massas com a
criação de regras sociais e normas morais, e sua subsequente internalização pelo sujeito. O
que determina a submissão às regras impostas pela cultura é o sentimento de culpa, o qual
impulsiona o sujeito a satisfazer as exigências do supereu. Por conseguinte, a subordinação à
cultura é um efeito da incidência da lei paterna.

O sentimento de culpa, que emerge como efeito das tensões entre o eu e o supereu, culmina
na necessidade de punição, que consiste em uma tentativa de reparar os confrontos com a
instância paterna. Nessa medida, o sacrifício da satisfação plena das pulsões, implicado na
submissão aos mandatos da cultura, visa silenciar a culpa. Logo, o indivíduo está condenado à

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insatisfação das pulsões e a deixar-se governar pelas normas sociais, pois a culpa é sempre
maior do que o sacrifício. A severidade do supereu designa, portanto, o sentimento de culpa
perante a figura paterna, na medida em que os imperativos do supereu traduzem o modo
como se configura a relação do sujeito com a lei.

Em resumo, a cultura é responsável pela criação de normas, que regulam a satisfação pulsional
a partir de sua internalização pela incidência da lei paterna. E como efeito da interdição à
obtenção do prazer pleno, advém o mal-estar. Em contrapartida, a cultura oferece meios de
compensar a privação de prazer, por meio dos benefícios propiciados pelos avanços científicos
e tecnológicos.

Existem, todavia, outros recursos que circulam no social a fim de dar conta da insatisfação do
sujeito, embora não sejam legitimados. É o caso do consumo de drogas, que consiste em um
dos métodos mais eficazes para evitar o sofrimento, uma vez que possui a capacidade de
oferecer uma anestesiamento contra a dor.

Não creio que alguém compreenda inteiramente o seu mecanismo; é fato, porém, que existem
substâncias estranhas, as quais, quando presentes no sangue ou nos tecidos, provocam em
nós, diretamente, sensações prazerosas, alterando, também, tanto as condições que dirigem
nossa sensibilidade, que nos tornamos incapazes de receber impulsos desagradáveis. (p. 86)

A eficácia da droga se justifica por conferir uma barreira contra o conflito insolúvel entre a
exigência pulsional e a lei civilizatória. Assim, os tóxicos garantem uma sensação imediata de
prazer por libertarem o sujeito das normas da cultura, ainda que momentaneamente. É por
essa razão que Freud (1930, p. 86) os define como "amortecedores de preocupações", pois
propiciam um refúgio com a criação de uma nova realidade durante a experiência de êxtase.
Em função do alívio instantâneo que proporcionam, as drogas passam a ocupar um lugar
permanente na economia da libido.

Voltar-nos-emos, portanto, para uma questão menos ambiciosa, a que se refere àquilo que os
próprios homens, por seu comportamento, mostram ser o propósito e a intenção de suas
vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar
dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa
empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma meta negativa. Por um lado, visa a
uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro, à experiência de intensos sentimentos
de prazer. Em seu sentido mais restrito, a palavra

'felicidade' só se relaciona a esses últimos. (p. 84)

Nada como uma substância psicoativa para provocar intensos sentimentos de prazer, ainda
que fugazes.

A forma como se relacionam sujeito, cultura e droga é explicada por Freda (1987) já no título
de sua conferência ministrada em Belo Horizonte: "O toxicômano faz a droga". Se a questão
decorresse puramente da dependência orgânica, o tratamento para desintoxicação
solucionaria toda a problemática do uso abusivo de drogas. Isso significa que o sujeito
encontra na adicção um artifício que lhe confere uma forma de satisfação pulsional plena e
irrestrita. Na neurose, por exemplo, a droga confere ao sujeito a possibilidade de suspender-se

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dos efeitos da castração. É por esse motivo que a droga desperta o fascínio naqueles que
temem a lei, o que faz do drogadicto um herói, nas palavras de Melman (1992). Esse fascínio é
suscitado pelo caráter transgressor da droga, que proporciona uma ilusão de ausência de
temor à castração, uma vez que é em busca da lei que o drogadicto dirige os seus atos.

Logo, a cultura cria o adicto e ao mesmo tempo o mantém à margem, pois ele representa um
perigo ao realizar a façanha de driblar a castração neurótica. Não obstante, as adicções se
revelam fracassadas em sua tarefa de propiciar um refúgio contra o mal-estar da cultura, pois
lançam o sujeito inevitavelmente ao vazio, sempre que os limites do corpo em relação à droga
se impõe. O encontro com a droga forja uma pretensa completude que se esvaece ao fim da
experiência de êxtase. Sua existência é regulada, portanto, entre o nada ser ou tudo ser com a
droga. A esse respeito, Melman (p. 85) escreve que "quando retorna ao dia, quando reemerge,
isto não se faz sem um certo drama, pois neste momento o mundo lhe parece particularmente
cinza e, ele mesmo, bastante insuportável".

O toxicômano encontra-se, portanto, aprisionado a esse circuito de elevações e quedas. De


acordo com Bittencourt (1993, p. 83), o sujeito não consegue se desvencilhar desse artifício,
pois "a toxicomania, enquanto dispositivo, opera como um modo de resposta permanente que
se substitui à exigência de uma elaboração psíquica e apazigua o sujeito diante de um
intolerável". Todavia, nesse modus operandi o sujeito se priva da possibilidade de elaborar a
sua angústia a partir de recursos simbólicos, por exemplo, por meio do laço com o social.
Porém, esse último foi rompido.

Segundo Vianna (2015), a drogadicção designa um meio de atrair a atenção para o sofrimento
do sujeito, quando da impossibilidade de encontrar outros meios de ser escutado. Para
escapar da angústia, o toxicômano grita com a droga. O uso de drogas em si mesmo não deve
ser considerado um sintoma para a psicanálise, pois não há um endereçamento ao Outro nem
requer qualquer recurso simbólico. Na verdade, o que está em jogo na drogadicção está mais
na ordem de um apelo ao Outro para que um corte seja operado em sua relação destrutiva.
Para tanto, o sujeito grita com a droga. Impossibilitado de operar outro modo de resposta que
viabilize a elaboração de sua angústia, a droga se apresenta como um recurso que exprime um
apelo à função paterna em função de seu caráter transgressor. O sujeito sai em busca da lei
transgredindo-a.

Vimos com a literatura sobre o tema que as adicções consistem em uma tentativa de o sujeito
se anestesiar diante do mal-estar que advém da dificuldade de responder às demandas da
cultura, que exigem a sustentação de um lugar no social, na estrutura familiar, vida
profissional ou afetiva. Não é por acaso que muitos casos de dependência química começam
durante a adolescência e início da idade adulta, quando é exigido que o sujeito faça escolhas
significativas, como a escolha de uma carreira, e quando os relacionamentos afetivos e sexuais
começam a dominar o universo do adolescente.

As adicções na contemporaneidade
Uma vez delineadas as questões do sujeito e a droga, daremos um novo passo: o de
circunscrever as adicções no cenário atual. O mundo pós-moderno impõe um novo paradigma

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social, o qual é marcante na relação estabelecida com a droga, como observa Vianna (2015, p.
105).

Enquanto na cultura descrita por Freud havia uma repressão social sobre a satisfação,
assistimos na contemporaneidade um imperativo de gozo. Na cultura de hoje, não há mais a
valorização da formação dos laços entre os homens, o que assinala para a falência do ideal
como regulador das relações. As adicções, neste contexto, tornam manifesta a exclusão do
outro na busca pela satisfação.

Birman (2000) descreve um quadro da psicopatologia da pós-modernidade no qual se


destacam as adicções, ao lado das depressões e da síndrome do pânico. Nesse cenário, as
adicções merecem um holofote, pois apresentam um crescimento epidemiológico superior às
outras mazelas. Segundo o autor, há na atualidade um modelo de estetização da existência
que serve de alicerce para a produção subjetiva desses padrões patológicos.

Pelos imperativos da estetização da existência e da inflação do eu, pode-se fazer a costura


entre as interpretações de Debord e Lasch, já que a exigência de transformar os incertos
percalços de uma vida em obra de arte evidencia o narcisismo que o indivíduo deve cultivar na
sociedade do espetáculo. Nessa medida, o sujeito é regulado pela performatividade mediante
a qual compõe os gestos voltados para a sedução do outro. Este é apenas um objeto
predatório para o gozo daquele e para o enaltecimento do eu. As individualidades se
transformam, pois, tendencialmente, em objetos descartáveis, como qualquer objeto vendido
nos supermercados e cantado em prosa e verso pela retórica da publicidade. Pode-se
depreender, com facilidade, que a alteridade e a intersubjetividade são modalidades de
existência que tendem ao silêncio e ao esvaziamento (p. 188).

A partir dessa perspectiva, observa-se a presença do uso abusivo de drogas em dois contextos.
No primeiro, ele marca um compasso de medicalização da vida, alegórico ao consumo
crescente de psicofármacos, que auxilia justamente na sustentação de sua performatividade
nos padrões exigidos no teatro social. No segundo, ele funciona como um útil bem de
consumo, cujo efeito é "mitigar as desesperanças das individualidades, para apaziguar as
angústias e as tristezas daquelas no desamparo provocado pelo malestar na atualidade"
(Birman, 2000, p. 239).

As correspondências entre mudanças sociais e mudanças na relação sujeito-droga servem para


demonstrar como a questão da toxicomania tem uma ancoragem sociológica e, portanto,
encontra uma determinação no laço social e como este está inscrito no horizonte
históricocultural.

O tratamento das adicções e o laço social


A primeira dificuldade com a qual o tratamento das adicções se depara é o sujeito tomar
consciência de que precisa de ajuda. Enquanto o sujeito não percebe as perdas provocadas por
seu padrão de uso, dificilmente vai à procura de suporte ou atendimento profissional. Por essa
razão, não é raro que o paciente chegue ao tratamento por intermédio de terceiros. Contudo,
se, por um lado, a intervenção da família e de amigos é essencial para que o toxicômano dê
início ao tratamento, por outro, a sua implicação no tratamento pode ser prejudicada caso

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

permaneça submetida a esses terceiros. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o tratamento
é imposto como uma condição para o paciente. Por essa razão, faz-se necessário operar uma
virada na qual o sujeito deve implicar-se por si próprio.

Isso remete à problemática dos baixos índices de adesão ao tratamento. Como contribuição da
Psicanálise para a direção do tratamento nas adicções, podemos apontar como fator
fundamental a importância da construção da relação transferencial com o sujeito para que ele
possa se apresentar para além da droga e se reconectar com seus sentimentos e com a
sociedade. Desse modo, ainda que ele chegue por determinação externa (legal, familiar ou
médica), é importante que em algum momento o paciente se implique em causa própria.

Todavia, a construção de qualquer tipo de vínculo consiste em um grande desafio, uma vez
que o laço social nas adicções é notavelmente precário.

A fragilidade do laço social é sintomático nas adicções. A respeito de seu viés social, é
interessante observar que os grupos de mútua ajuda, como o Alcoólicos Anônimos e os
Narcóticos Anônimos, definem a adicção como uma doença progressiva, incurável e de
determinação fatal, que mata desmoralizando. Esse conceito tem grande peso e harmonizase
com o discurso popular de que a dependência química designa não apenas uma doença
orgânica incurável, mas ainda de caráter moral. Diferentemente dos bebedores sociais, que
tomam uma "cervejinha" após um longo dia de trabalho e alguns drinks em eventos
comemorativos, os toxicômanos abusam do consumo da substância e costumam causar
constrangimento a si próprios e aos outros. É por essa razão que esses últimos não circulam
impunemente pelo social. Ao contrário, são comumente alvos de críticas morais e
marginalizados pela sociedade.

Desse modo, é importante levar em consideração o valor de identidade das adicções,


especialmente para refletir sobre a direção do tratamento. O reforço da dependência química
como identidade cristaliza ainda mais o sujeito nessa posição. É crucial, portanto, apontar para
outros modos de inserção no social, visto que a droga cumpre a função de encobrir
precisamente o embaraço do sujeito em ocupar outros lugares no social, que não o de adicto.

Em relação à postura do analista diante desse quadro e apontando a direção para clínica nas
drogadicções, Birman (2000, p. 205) afirma:

Ao psicanalista não cabe participar de uma cruzada pela vida sob a alegação de estar
promovendo a higiene social, ou tampouco lhe compete ser o defensor das ideologias
familiares e da posição dos pais em conflitos geracionais. Enfim, o analista deve escutar esses
analisandos procurando decifrar as vias de seu prazer com a droga e suas impossibilidades
psíquicas face a outra economia do prazer.

Não basta retirar a droga do sujeito como uma proposta de cura. É preciso, ao contrário,
retirar o foco da dependência orgânica e privilegiar o seu discurso. Assim, o psicanalista
inaugura um espaço de escuta do sujeito - e não da droga - ao dar a palavra ao adicto.

Ao recusar as técnicas sublimatórias da civilização e se lançar nas adicções, o sujeito assinala


para uma tentativa de anestesiar seu mal-estar usando psicotrópicos como uma espécie de

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artífice farmacológico, porém em detrimento de sua própria vida. Assim, o artifício da droga
detém a função de prótese reparadora do embaraço do sujeito em sua relação com o desejo.

Logo, uma das direções para o trabalho com os adictos é suscitar um questionamento acerca
do papel ocupado pela droga: em que momento a necessidade da droga se impõe? Do que o
sujeito pretende se resguardar? Quais são as implicações da dependência química em sua
vida? A partir disso, é possível fazer emergir os conflitos que impedem o sujeito de se
desvencilhar do artifício da droga. Com isso, o rompimento com a droga requer um trabalho
de luto e elaboração. No entanto, as marcas subjetivas que o sujeito carrega na relação com a
droga que podem guiar a análise de um adicto são, ao mesmo tempo, as que conferem mais
resistência ao tratamento.

Realizar esse trabalho é um grande desafio, uma vez que as adicções conferem uma identidade
e um recurso eficaz para lidar com o sofrimento.

Contudo, oferecer um espaço de escuta para que o sujeito fale sobre sua relação com a droga
possibilita que ele expresse quando essa relação se mostra infiel. Afinal, a droga também
fracassa: seus efeitos são momentâneos e o corpo sempre vai impor seu limite. Desse modo, é
a partir de um espaço onde o sujeito seja capaz de produzir um saber sobre a sua relação com
a droga que torna possível a entrada do sujeito em tratamento.

Para entender como ocorre esse rompimento com o laço social, recorreremos a Freud (1921)
em seu estudo sobre a psicologia das massas. Instigado pela forte influência exercida pelas
massas, Freud (1921) desenvolve um estudo sobre a identificação a partir dos laços erigidos
entre os membros de um grupo. Os laços mútuos são nutridos pelo reconhecimento de ideais
compartilhados pelo grupo, os quais se encontram personificados na figura do líder. A
submissão ao grupo é a condição para que o sujeito seja acolhido pelos demais membros e
amado pelo líder. Ao ocupar o lugar da lei paterna, o líder opera a função de intermediador
das relações. Contudo, se por um lado o amor pelo líder garante os sentimentos de
pertencimento e onipotência atribuídos ao grupo, por outro despoja seus membros de
liberdade. Assim, o amor a si mesmo é mantido em suspenso no grupo, a fim de preservar os
laços entre os membros, porquanto a ligação amorosa oferece uma barreira contra a
hostilidade. Como escreve Freud (1921, p. 114), "só o amor atua como fator civilizador, no
sentido de ocasionar a modificação do egoísmo em altruísmo".

Logo, uma das principais características dos grupos consiste na substituição do ideal do eu pelo
ideal do grupo, corporificado na figura do líder. Sendo assim, Freud (1921) adverte que a
devoção a um ideal compartilhado pelo grupo permite ao sujeito manifestar o que há de mais
cruel, destrutivo e, como não poderia deixar de ser, velado em cada um.

Fundamentalmente, para Freud (1921) o homem conserva a organização primitiva da horda,


que urge pela condução por um chefe. A sugestionabilidade é observada de modo ainda mais
intenso na hipnose, enquanto o sujeito se deixa "mergulhar numa atividade na qual o mundo
está fadado a parecer-lhe desinteressante" (Freud, 1921, p. 137). A obediência a uma figura de
autoridade remonta à herança arcaica de submissão aos genitores, resultando na atitude
passiva diante daquele que se coloca no lugar da lei.

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Na origem de toda relação objetal, está o mecanismo de identificação, o qual consiste na


expressão mais arcaica de laço emocional. Desse modo, carrega consigo a história primitiva do
complexo edípico, suscitando a ambivalência nas relações. Assim, a identificação emerge a
partir do reconhecimento de um ideal compartilhado. Até mesmo um sintoma pode suscitar a
identificação. É o caso da jovem de um internato que mantinha em segredo uma relação
amorosa, e ao receber uma carta de seu amado reage com uma crise histérica. Quando
recebem a notícia, suas colegas reproduzem os mesmos sintomas histéricos, cuja explicação
está no desejo de encontrarem-se na mesma situação.

Um determinado ego percebeu uma analogia significante com outro sobre certo ponto, em
nosso exemplo sobre a receptividade a uma emoção semelhante. Uma identificação é logo
após construída sobre esse ponto e, sob a influência da situação patogênica, deslocada para o
sintoma que o primeiro ego produziu. A identificação por meio do sintoma tornou-se assim o
sinal de um ponto de coincidência entre os dois egos, sinal que tem de ser mantido reprimido
(Freud, 1921, p. 117)

Assim, a ligação entre os indivíduos advém do reconhecimento de uma qualidade


compartilhada. Por conseguinte, sendo o ideal o regulador das relações, a identificação atua
como suporte do laço social.

Logo, a fragilidade dos laços sociais nas adicções aponta para uma precariedade da instância
ideal como reguladora das relações. Segundo Bittencourt (1993), tal precariedade decorre do
luto impossível da perda das identificações ideais, que se referem às identificações mais
arcaicas do sujeito e que dão origem ao ideal do eu. Dessa forma, podemos dizer que o
toxicômano se encontra à deriva, ou seja, sem um ponto de ancoragem no campo simbólico.
Por essa razão habita um hiato.

É notória na clínica a dificuldade dos toxicômanos em sustentar seus vínculos sociais. Estes
parecem estar sob constante ameaça de se diluírem. Ou então, ocorre o contrário. Há casos
em que ele investe de forma maciça no vínculo com uma pessoa, o que torna esse laço
ameaçador. O medo da perda dessa pessoa o atormenta a ponto de colocar a relação em
risco.

A fragilidade do laço social e o não engajamento ao desejo assinalam para o luto impossível
das identificações ideais. Um estado semelhante a esse é o da inibição, que, segundo Freud
(1926[1925]), não tem necessariamente uma implicação patológica. Fundamentalmente, nela
o eu limita suas atividades a fim de apaziguar os conflitos com o isso e o supereu, evitando
novas medidas de recalque. Todavia, nesse arranjo o perigo pulsional é mantido vivo, pois não
há uma substituição, como ocorre no sintoma. Desse modo, a inibição oferece uma defesa
contra a angústia, uma vez que propicia a fuga da insuportável questão sobre o que sustenta
seu desejo. Em contrapartida, a inibição condena o sujeito ao desaparecimento, pois o subtrai
da rede significante e leva ao fading do desejo. É nesse ponto que as adicções nos revelam,
assim como a inibição, uma resposta ao luto impossível das identificações ideais, porém com a
suspensão proporcionada pelo estado de êxtase. No entanto, essa suspensão admite apenas
um alívio momentâneo do perigo pulsional.

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Tipos de adicções
 Jogos
 Compras
 Sexo
 Celular (aparelhos eletrônicos)
 Internet
 Drogas Lícitas e Ilícitas
 Emocionais
 Alimentar
 Acumulação
 Dor / Neuroses
 Atividades físicas

Lista de Manias e obsessões


Existem incontáveis tipos de manias. Manias são obsessões por diversas coisas, umas bem
comuns e outras bastante estranhas. Vai de lavar as mãos obsessivamente à paixão por
samambaias, e por aí vai.

Assim como acontece com as fobias, basicamente se nomeia uma mania pegando a palavra em
latim ou grego e adicionando mania no final. Por exemplo: Andromania = Andro (homem em
grego) + mania.

Palavra Definição
ablutomania mania de lavar-se
aboulomania indecisão patológica
agromania intenso desejo de estar em espaços abertos
andromania obsessão por homens
anglomania mania ou obsessão com a Inglaterra e o Inglês
antomania obsessão com flores
afrodisiomania interesse sexual anormal
aritmomania preocupação obsessiva com números
bibliomania mania de livros ou leitura
bruxomania compulsão para ranger os dentes
cacodemomania crença patológica que está possuído por
um espírito maligno
catapedamania obsessão com saltar de lugares altos
chinamania obsessão com a china
coreomania Mania de dançar. Mesmo que
Coromania
clinomania desejo excessivo de ficar na cama (eu tenho)
copromania obsessão com fezes
dacnomania obsessão com a morte
demonomania crença patológica que se está possuído por demônios

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

dinomania mania de dança


dipsomania desejo anormal por álcool
Discomania obsessão pela música de discoteca
Eluronomania obsessão por gatos
doromania obsessão por dar presentes
drapetomania intenso desejo de fugir de casa
dromomania desejo compulsivo por viagens
ecdemomania compulsão anormal por vaguear
egomania atitude egocêntrica irracional ou autoadoração
eleuteromania desejo maníaco de liberdade
empleomania mania de cargos públicos
enosimania crença patológica que pecou
enteomania mania em que o paciente se acha inspirado por Deus
epomania mania de escrever épicos
ergasiomania desejo excessivo de trabalho; ergomania
ergomania desejo excessivo de trabalho
Erotomania desejo sexual anormalmente poderoso que pode provocar delírios e
falsas crenças
eteromania ânsia de éter
etnomania devoção obsessiva pelo próprio povo
eulogomania mania obsessiva de elogios
flagelomania entusiasmo anormal para flagelação
florimania mania de flores
francomania mania ou obsessão com a França e os franceses
gamomania obsessão com casamento
Graecomania obsessão com a Grécia e os gregos
grafomania obsessão com a escrita
ginecomania obsessão sexual anormal com mulheres
habromania distúrbio mental caracterizado por grande alegria e jovialidade;
felicidade
hagiomania mania para a santidade
Helenomania
hexametromania mania de escrever em hexâmetros
hieromania visões ou delírios religiosos patológicas
Hidromania desejo irracional por água
hilomania tendência excessiva em direção ao materialismo
hipermania mania grave
hipomania mania leve
histeromania ninfomania (histero = útero)
iconomania obsessão com ícones ou retratos
idolomania obsessão ou devoção a ídolos
infomania excessiva devoção a acumular informações
islomania mania ou obsessão por ilhas
Italomania obsessão com a Itália ou italianos

cleptomania desejo irracional por roubar


logomania loquacidade patológica
macromania ilusão de que os objetos são maiores do que o tamanho natural,
megalomania anormal tendência para o comportamento grandioso
Melomania mania de música

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metomania ânsia mórbida por álcool


metromania insaciável desejo de escrever versos
micromania autodepreciação ou crença patológica que é muito pequeno
monomania obsessão anormal com um único pensamento ou ideia
morfinomania ânsia habitual ou desejo de morfina
musomania obsessão com música
mitomania mentir ou exagerar em uma extensão anormal
narcomania ânsia incontrolável de narcóticos
Necromania obsessão sexual com cadáveres; necrofilia
nosomania ilusão de sofrer de uma doença
nostomania desejo anormal para voltar para lugares familiares
ninfomania o desejo sexual excessivo ou enlouquecido
oenomania obsessão ou mania de vinho
oligomania obsessão com alguns pensamentos ou ideias
oniomania mania de fazer compras
onomamania mania de nomes
onomatomania desejo irresistível de repetir certas palavras
opiomania ânsia de ópio
opsomania amor anormal por um tipo de comida
orquidomania obsessão anormal com orquídeas
parousiamania obsessão com a segunda vinda de Cristo
patomania insanidade moral
peotilomania compulsão anormal para puxar o pênis
fagomania desejo excessivo de alimentos ou comer
farmacomania obsessão anormal com drogas
phonomania tendência patológica ao assassinato
fotomania desejo patológico de luz
planomania desejo anormal por vagar e desobedecer as normas sociais
plutomania mania de dinheiro
polemomania mania para a guerra
politicomania mania para a política
polcamania mania de dançar polca
polimania mania que afeta várias faculdades mentais diferentes
pornomania obsessão com pornografia
potomania desejo anormal por beber
pseudomania predileção irracional por mentir
pteridomania paixão por samambaias
piromania mania de iniciar incêndios
Rinotilexomania compulsão por colocar o dedo no nariz / limpar o nariz
rincomania obsessão com patinagem
satiromania desejo sexual masculino anormalmente grande; satiríase
sebastomania insanidade religiosa
sitiomania aversão mórbida à alimentação
sabiomania ilusão de que um é incrivelmente inteligente
sifilomania crença patológica que se está com sífilis
Tecnomania mania de tecnologia
Teutomania obsessão com coisas teutônicas ou alemãs
tanatomania obsessão pela morte (enterros, cemitérios)
teomania crença de que é um deus
timbromania mania de colecionar selos

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tomomania predileção irracional por realização de cirurgias


toxicomania ânsia mórbida por venenos
tricotilomania neurose onde o paciente retira próprio cabelo
tulipomania obsessão com tulipas
tifomania estado de delírio resultante de tifo
tipomania mania de imprimir
uranomania obsessão com a ideia da divindade
verbomania mania de palavras
xenomania apego desordenado a coisas estrangeiras
Zoomania carinho insano para animais

DEPENDÊNCIA QUÍMICA FEMININA


Tratamento para mulheres - um olhar feminino sobre a dependência

O CUIDADO DAS MULHERES NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

INTRODUÇÃO
geral, as responsáveis pelas ações de ponta, seja no âmbito privado, como mães e esposas
dadivosas, seja no público, como enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais. Neste texto, é
abordado o tema da dependência química quando são elas, e não eles, quem requerem
medidas de cuidado no contexto do considerado uso abusivo de álcool e outras drogas.

Proponho uma reflexão antropológica situada em um determinado contexto empírico, com o


objetivo de contribuir com análises sobre a temática de gênero no campo da saúde mental
para álcool e outras drogas. Neste campo, pesquisas apontam para especificidades no cuidado
das mulheres, em função das expectativas quanto ao desempenho do papel social atribuído à
maternidade (Galera, Roldán e O’Brien, 2005; Fowler et al., 2015; Bastos e Bertoni, 2014;
Haritavorn, 2016). A partir de etnografia, argumenta-se que o modelo de tratamento encontra,
na ação de “recuperação” do contingente feminino, desafios semelhantes ao modelo
terapêutico baseado nos Doze Passos dos Alcoólicos Anônimos (AA) (Melo, 2016;

Melo, 2017).

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O contexto histórico de formação do grupo de ajuda mútua mais famoso no

mundo, o AA, nos dá algumas pistas do que considera-se dificuldades do método de


tratamento, no que tange ao contingente feminino, devido à centralidade de uma certa noção
de família no ethos da ajuda mútua e seus desdobramentos na simbolização do feminino e da
maternidade.

O AA foi fundado nos Estados Unidos, em 1935, por dois bebedores de classe média,
protestantes e politicamente conservadores, unidos pela experiência no Oxford Group –
inicialmente conhecido como The First Century Christian Fellowship e, em seus anos finais,
como Moral Re-Armament (Robertson, 1988; Leon, 2003). Inspiradas por um afã
evangelizador de seus membros na “recuperação” de bebedores contumazes, as reuniões de
AA, regadas a café e tabaco, atendiam, até a década de 1950, apenas homens brancos, em
ambiente de mutualidade e por meio do exemplo e da educação. Durante a pesquisa, a
presença de mulheres na instituição mais que dobrou, o que não alterou a ampla maioria de
homens no local. Enquanto publicações apontam o uso intenso de álcool entre mulheres
como um dado invisibilizado (Roberston, 1988), outros dados indicam um aumento
significativo na quantidade de mulheres com uso problemático de álcool e ou outras drogas
no mundo ocidental (Galera, Roldán e O’Brien, 2005).

A entidade privada, que engloba salas de ajuda mútua e comunidade terapêutica (CT), é
dirigida atualmente por uma presidente e pelo corpo de diretores, todos voluntários, que
possuem vínculos afetivos com portadores da nomeada doença. A instituição é composta
pelos grupos de ajuda mútua Núcleo de Ajuda à Toxicômanos e Alcoolistas (NATA) e Núcleo
de Ajuda aos Familiares de Toxicômanos e Alcoolistas

(NAFTA), bem como pela CT. Nas duas salas do NATA – a “triagem”,2 frequentada por
“adictos na ativa”, e a “perseverança”, daqueles “em recuperação” –, cerca de

80% da frequência é masculina, sendo a primeira quase que exclusiva dos homens.

As mulheres que frequentam a “perseverança” são, em geral, egressas da CT. No NAFTA,


formado pelas salas dos familiares das três categorias de adicto (ativa, residente e
perseverante), a porcentagem inverte-se. Tal como em outros espaços de frequentação
religiosa e em visitas aos presídios, a participação nas reuniões de familiares é
majoritariamente feminina. Assim, no método de cuidado que tem homens como
protagonistas no recebimento das ações, as mulheres figuram como doadoras dessas ações.

A referida desigualdade na presença de homens e mulheres também apresenta-se na CT,3


onde a sede masculina costuma ficar lotada, ao contrário da feminina.4 A frequência de
mulheres nos dias de visitação na CT masculina é muito superior à dos homens na CT
feminina, o que, como já mencionado, pode ser visualizado no NAFTA.

O Cuidado das Mulheres na Dependência Química | 123

A frequência semanal na sala da família dos residentes é obrigatória para aqueles que
quiserem visitar o ente querido na CT.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Considero o grupo de ajuda mútua, ou autoajuda, como categoria terapêutica que se organiza
de modo dinâmico, em torno de uma visão que identifica atos desviantes e se propõe a tratá-
los, tendo como fundamento a crença na capacidade individual de mudança. Esta crença é
engendrada por uma metafísica do cultivo do contato com um “poder superior”,5 ao alcance
do indivíduo em relação específica com seus pares, conforme preceituado em AA. Nesse
relacionamento, sentimentos e habilidades são, idealmente, adquiridos por meio da adesão a
uma prática ritualística central nos encontros dos membros, as denominadas partilhas.
Associo-as ao modelo de transmissão de fé cristã realizada pelo testemunho,6 em que o
sujeito se engaja e reproduz narrativas de construção da condição de doente, do percurso
necessário à recuperação e da nova condição.

A participação ativa no discurso partilhado é condição necessária, mas não suficiente, para o
alcance da “sobriedade” almejada. Durante a partilha, o membro constrói a memória de sua
trajetória no “tempo da ativa”, “tempo de insanidades”, revivendo-a em cores fortes, como
impulso para sua transformação pessoal. A prática ritualizada, em que se diz que o “remédio
entra pelo ouvido e a doença sai pela boca”, não faz, em sua concepção, distinção de gênero.
Ao longo da discussão, entretanto, argumento que, para o engajamento no jogo da partilha, é
necessário

o cultivo de uma certa disposição de expor situações vividas no tempo de “uso”. Tal
disposição carrega implicações relacionadas ao gênero que são condicionantes da eficácia do
método.

A ausência de consenso na literatura científica sobre a definição do conceito de dependência,


doença da dependência ou adicção (Levine, 1978; Berridge, 1994; Babor, 1994; Room, 1983;
Fraser, 2017), por sua vez, não é obstáculo para a hegemonia, em meios científicos e
vernaculares, da ideia de uma “doença incurável, progressiva e fatal”, cujo controle, com ou
sem medicamentos, encontra-se no interior do sujeito portador – o adicto.

O termo adicção tem sido usado nas ciências sociais desde 2013 no sentido de levar a sério a
temática como objeto de conhecimento, intervenção, identificação e contenção no mundo
contemporâneo, ou seja, de compreender seus supostos e dialogar em um campo
interdisciplinar (Raikhel e Garriott, 2013).

A questão relativa à categoria “adicção”, no contexto em pauta, não se refere somente ao uso
de substâncias, mas a um uso relacionado a uma reputada conduta

QUANDO É A MULHER QUEM PRECISA DE CUIDADOS


Durante a pesquisa, e para além do contexto etnográfico em tela, ouviu-se, de profissionais da
saúde e usuários, que a autoestima das mulheres em uso considerado intensivo de álcool e
outras drogas é menor que a dos homens, e que elas apresentam índices de ansiedade e
depressão maiores, além de terem o desempenho de suas habilidades sociais mais
prejudicado. De acordo com essa perspectiva, a culpa e a vergonha pelo estilo de vida
transgressor no interior da subcultura das drogas são mais acentuadas nas mulheres do que
nos homens, conforme tem sido notado pelas ciências sociais (Bourgois, 1996; Haritavorn,
2016).

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A seguir, apresentam-se brevemente duas interlocutoras de pesquisa,11 selecionadas porque


comunicam com transparência e de modo sucinto as visões mais generalizadas sobre questões
de gênero na adicção química. Uma ia ao NATA e a outra residiu na CT; ambas frequentaram a
entidade em cumprimento a medidas judiciais.12 O leitor será remetido aos trechos
transcritos a seguir, devido à clareza dessas interlocutoras em veicularem um conteúdo
comum ao universo pesquisado.

Na sala da perseverança

Andrea é solteira, separada do pai dos seus dois filhos, também adicto; é filha de mãe e pai
adictos. Afirma ter sofrido muito com a adicção da mãe, enquanto o pai, recasado e com uma
vida funcional, consta em sua fala como provedor. Possui ensino fundamental, sem profissão.
Morou na rua, onde conheceu o pai dos filhos. Frequentava a sala da perseverança com sua
namorada. Não foi residente em CT e frequentou, além do NATA, outras salas de Doze Passos.
Durante a pesquisa, também fez tratamento no CAPSad e afirma que, além da espiritualidade,
também precisa de psicóloga e de medicamento. Além disso, ela cumpriu medida judicial em
liberdade, por roubo.

O Cuidado das Mulheres na Dependência Química | 129 inscritas na parentalidade, aparecem


como parte de um “caminho errado”, “do tempo das insanidades”, representando, portanto,
signos do passado. Afirmar ações transgressoras na dinâmica da partilha significa apontar o
erro e desafiar-se a si mesmo, como capaz de distanciar-se do ato “compulsivo” ou “insano”.
Trata-se de uma ação viril, que subjaz ao cumprimento dos mandamentos dos Doze Passos.

Uma análise simbólica deste método indica que há nele um suposto ritual em que

“para virar a página é preciso antes escrevê-la”.16

Minha hipótese, a ser ainda investigada com mais profundidade, sugere que, para uma
cultura, como a moderna, na qual a maternidade dadivosa é um aspecto essencializado e
fundante da identidade feminina (Costa, 1983), a subjetividade da mãe sob uso intensivo de
álcool e outras drogas é afetada de modo dramático, e acaba por comprometer sua habilidade
de incorporar o modelo terapêutico proposto. Neste sentido, defendo que um rito que supõe
a explicitação pública de transgressões, para pessoas muitas vezes desconhecidas – típico do
testemunho cristão atualizado na partilha dos grupos de Doze Passos –, parece operar com
mais eficácia entre aqueles, homens e mulheres, dispostos a aderir ao jogo viril e destemido,
sendo esta disposição um condicionante da gramática ritual da partilha.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reescrita do eu, proposta na partilha e necessária à eficácia do tratamento, relaciona-se ao
que os interlocutores de pesquisa percebem como “dificuldade das mulheres”. Tal modo de
situar a questão deve ser compreendido, sobretudo, a partir da dimensão simbólica da
maternidade e do estigma da “má mãe”. A suposta postura de autocomiseração, exercida
pelas mulheres, repõe percepções de gênero relativas à passividade feminina: ao recusar
jogar o jogo viril da partilha,17 a mulher exerceria uma postura “passiva”.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A percepção das mães interlocutoras, diante do próprio comportamento na fase da “ativa”,


difere da de mães portadoras de outras doenças. Estas, a depender do estágio, consideram-se
e são consideradas impedidas de exercer devidamente os cuidados com as crianças (Knauth,
1997). O uso intensivo de drogas, mesmo quando visto como uma doença, não tem o efeito
de desresponsabilizar as mulheres pelo comportamento indesejado perante os filhos. Nesse
caso, a dependência química, diversa de outras doenças, não atenua o julgamento diante do
tempo não dedicado à função materna.

Quais os efeitos da cocaína em uma mulher?


Além disso, cientistas que estudaram os efeitos do uso da droga, descobriram que as mulheres
podem ter problemas relacionados à produção de hormônios, ciclo menstrual, fertilidade,
gravidez, amamentação e menopausa.

Como é tratada a dependência química feminina


Assim como em todas as modalidades, a dependência química é tratada por meio de
interdisciplinaridade da ensinando ao cliente sobre sua psicopatologia, entendendo o histórico
da doença e do indivíduo ao longo do tempo e intervindo com técnicas que auxiliarão a pessoa
a sair dessa condição limitadora.

Com o tratamento da dependência química na Clínica Marcelo

Parazzi, o cliente aprenderá ao longo da terapia, com diversas técnicas e exercícios concretos,
a cada vez mais utilizar esses recursos de maneira autônoma até o final deste processo
terapêutico.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Introdução a Espiritualidade
O que é Espiritualidade?
Certamente, cada pessoa tem sua própria ideia desse conceito. Em um contexto geral, a
espiritualidade pode ser definida como a busca humana por um significado para a vida por
meio de conexões intangíveis.

Espiritualidade tem a ver com propósito e sentido. É um grande ato de conexão entre o ser
humano e o divino. Mas, porém, é a busca por um reencontro com a sua essência, de si
mesmo e relação saudável com o outro, conectando-se com algo maior que si próprio.

Nessa matéria, vamos analisar a essência da espiritualidade por meio de diferentes pontos.
Assim, poderemos compreender o assunto com mais amplitude e clareza.

Qual a importância da espiritualidade?

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Muitos de nós possuem o desejo de compreender coisas que não podem ser explicadas e a
espiritualidade aponta o caminho para a descoberta dos mistérios da vida.

A espiritualidade é uma forma de buscar a tranquilidade. Praticá-la traz um senso de


perspectiva, significado e propósito para nossas vidas. Geralmente ela encoraja o otimismo e a
busca por uma existência mais alegre.

Ela também ajuda na identificação dos nossos próprios valores e na apreciação dos valores do
outro. Pessoas espirituais são mais altruístas, compassivas e perdoadoras porque acreditam
que estamos conectados uns aos outros por um poder maior do que todos nós, e que essa
conexão é baseada no amor e na compaixão.

Qual é a diferença entre religião e


espiritualidade?
É muito comum a associação da espiritualidade com a religião, no entanto é muito importante
saber que elas não estão, necessariamente, ligadas. Isso porque as práticas e os rituais
religiosos podem ser meios para atingir a espiritualidade, e não o objetivo final.

Religião, por definição, é um conjunto pessoal ou sistema institucionalizado de atitudes,


crenças e práticas religiosas; o serviço e adoração a Deus ou ao sobrenatural.

Já a espiritualidade, por outro lado, conota uma experiência de conexão com algo maior do
que você; viver a vida cotidiana de maneira reverente e sagrada.

“Espiritualidade é o aspecto da humanidade que se refere à maneira como os indivíduos


buscam e expressam significado e propósito e a maneira como eles vivenciam sua conexão
com o momento, para si mesmo, para os outros, para a natureza e para o significativo ou
sagrado."

Em outras palavras, o que vale na espiritualidade é o propósito ou intenção por trás da ação,
às vezes ela está pautada relacionamentos, prática de alguma atividade, contato com a
natureza e até mesmo na arte.

Como buscar a espiritualidade?


Não existe uma fórmula ou manual que desperte sua espiritualidade. Essa é uma questão de
prática e concentração no seu propósito e pode funcionar de formas distintas para cada
pessoa.

Ficar quieto e aprender a acalmar sua mente é uma das coisas mais simples e poderosas que
você pode fazer para se sentir em contato com sua verdadeira natureza.

Outras 5 maneiras de desenvolver sua


espiritualidade

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Medite
A meditação é uma forma de eliminar pensamentos estressantes e perturbadores, para que
você possa estar presente, mais calmo e consciente de seu ambiente.

Esteja na natureza o máximo que puder


A conexão com a natureza é um ato de reencontro com nossa essência, além de promover
menores índices de estresse, depressão e ansiedade. Desfrute do ar fresco da vegetação, da
brisa do mar, do pôr do sol, do som dos pássaros, esses são ótimos antídotos para a alma.

Mantenha-se presente
O Espírito humanizado , ou atenção plena, além de nos manter ciente de onde estamos e do
que estamos fazendo, promove benefícios no tratamento de muitas condições psicológicas,
ajudando a lidar com emoções negativas e com a dor física.

Seja grato
Entenda quais valores são importantes para sua vida. A gratidão amplifica as coisas e o lembra
de que você é abençoado pelo que já tem.

Ofereça seu tempo para alguém que necessita


Fazer a diferença na vida de outra pessoa aumenta seu senso de propósito e significado na
terra, além de fornecer uma boa dose de perspectiva quando seu objetivo lhe parece
pequeno.

Por fim, a espiritualidade é uma tendência universal e tem um efeito extremamente positivo
na felicidade, saúde e relacionamentos de quem a busca. No fundo, nós somos um espírito que
anseia por conhecer a plenitude. Então, pratique!

Sérgio Cleis

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Teste rápido de Ansiedade e Depressão


Nome:

Idade:

Comorbidade:

1. Achei difícil me acalmar

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2. Senti minha boca seca

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3. Não consegui vivenciar nenhum sentimento positivo

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4. Tive dificuldade em respirar em alguns momentos (ex. respiração ofegante, falta de


ar, sem ter feito nenhum esforço físico)

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5. Achei difícil ter iniciativa para fazer as coisas

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6. Tive a tendência de reagir de forma exagerada às situações

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7. Senti tremores (ex. nas mãos)

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8. Senti que estava sempre nervoso

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9. Preocupei-me com situações em que eu pudesse entrar em pânico e parecesse ridículo (a)

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10. Senti que não tinha nada a desejar

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11. Senti-me agitado

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12. Achei difícil relaxar

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13. Senti-me depressivo (a) e sem ânimo

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14. Fui intolerante com as coisas que me impediam de continuar o que eu estava fazendo

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15. Senti que ia entrar em pânico

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16. Não consegui me entusiasmar com nada

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17. Senti que não tinha valor como pessoa

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18. Senti que estava um pouco emotivo/sensível demais

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19. Sabia que meu coração estava alterado mesmo não tendo feito nenhum esforço físico (ex.
aumento da frequência cardíaca, disritmia cardíaca)

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20. Senti medo sem motivo

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21. Senti que a vida não tinha sentido

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PLANO DE PREVENÇÃO À RECAÍDA

A RECAÍDA É UMA REALIDADE PODE ACONTECER E REALMENTE ACONTECE, MAS NUNCA É


UM ACIDENTE É SEMPRE NOS DADO A ESCOLHA.

Estabilização — Voltar ao autocontrole e ao meu comportamento. Antes de fazer o


plano de prevenção de recaída deve-se estar no controle de si mesmo.

Estabilização significa reconquistar o controle dos pensamentos, emoções memória,


julgamento e comportamento após ter recaído. E uma hora de crise para o adicto e sua
família. A recaída quebrou sua vida. E normal que a pessoa se sinta assustado, zangado,
desapontado e culpado. O adicto precisa de ajuda. Precisa se voltar para pessoas em
quem confia e de que depende e que pode ajudar a tomar os passos necessários para
estabelecer sua sobriedade.

Se for incapaz de manter um controle consistente de seus pensamentos, emoções e


comportamentos deveria consultar um consultor profissional ou centro de tratamento.
Pode precisar de ajuda profissional para conseguir se estabilizar.

Avaliação — Precisa entender, com a ajuda dos outros, o que ocasionou o episódio
de recaída.

Avaliação: O segundo passo do plano de prevenção de recaída é descobrir o que


ocasionou a recaída. Isto é feito revisando a história de uso de químicos, assim como os
sinais de aviso específicos e sintomas que ocorrem durante tentativas de conseguir
abstinência.

Esta informação fornecerá indícios do que foi feito errado e o que pode ser feito
diferente para melhorar suas chances de sobriedade permanente. Lembre-se que seu
passado é seu melhor professor. Se você falha em aprender com seu passado, você é
condenado a repeti-lo.

Educação — Preciso aprender sobre o processo de recaída e como preveni-lo.

Educação — para prevenir recaída é preciso entende-las. Quanto mais informações


possuir sobre adicção, recuperação e recaída, mais ferramentas você terá para manter
sobriedade.

É necessário entender os sintomas de abstinência demorada o que lhe coloca num alto
risco de desenvolve-la, o que pode aciona-la o que se precisa para preveni-la o lidar com
ela.

Deve familiarizar-se com os sinais de aviso e ser capaz de dar exemplos deles e coloca-los
nas próprias palavras para ter certeza de entende-los. Você já começou o processo de
educação lendo este livro. Mas somente ler não é suficiente; Os conceitos apresentados
neste livro precisam ser revisados e discutidos com outras pessoas. Um consultor em
dependência química credenciado, deveria estar envolvido em ajudar a rever este

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material. Se isto não for possível, o padrinho no A.A. ou outro adulto que leu este livro e
não tem um problema de dependência química pode lhe ajudar a rever e aplicar esta
informação.

Lembre-se, o programa de educação não está completo ate que o adicto seja capaz de
aplicar honestamente francamente a informação que aprendeu da própria vida e das
atuais circunstancias da mesma. Adicção é a doença da negação. Sem o envolvimento de
outros, no processo de educação, a negação pode impedi-lo de reconhecer o que acontece
realmente.

Identificação dos sinais de aviso — Preciso identificar os sinais de aviso que me


dizem que tenho problema com minha sobriedade.

Toda pessoa tem um conjunto pessoal e único de sinais que indicam que o processo de
recaída está acontecendo. Estes são sinais para o próprio e para os outros que existe
processo de recaída, ou desenvolvimento de outros sintomas. Identificação dos sinais de
aviso é o processo de identificar os problemas e sintomas que podem levar a recaída.
Problemas podem ser situações internas ou externas ao adicto.

Sintomas podem ser problemas de saúde, problemas de pensamento, problemas


emocionais, de memória ou de julgamento e comportamento adequado. E preciso
desenvolver uma lista de sinais de aviso pessoais ou de indicações de que pode estar em
perigo. A lista de avisos deve ser desenvolvida de experiências das recaídas passadas.

Da lista de sinais escolha cinco que se aplicam ao adicto. Coloque-os nas próprias palavras
do adicto e escreva uma declaração sobre cada um que descreva sua própria experiência.
Você precisa ter uma lista de indicadores e especificar o que esta saindo de uma vida
produtiva e confortável, para começar a se mover para a recaída.

Administração dos sinais de aviso — Preciso ter planos concretos para prevenir e
parar os sinais de aviso.

Administração dos sinais de aviso: cada sinal de aviso na verdade é um problema que
precisa prevenir ou resolver desde que acorra. Se você quer evitar um problema, precisa
revisar cada sinal de aviso e responder a questão: Como posso evitar que este problema
aconteça?

É necessário lembrar que adicção é uma doença com tendência á recaída. Isto significa
que qualquer adicto em recuperação terá uma tendência a experimentar problemas ou
sinais de aviso que podem levá-lo de volta ao uso aditivo.

Uma vez que se saiba e aceite este fato, pode-se planejar o inevitável. Haverá problemas
e sinais de aviso de recaída. Se você quer evitar a recaída você precisa ver cada sinais de
aviso que experimentou no passado e formular um plano para lidar com eles. E essencial
que se estabeleça novas respostas para identificar sinais de aviso de recaída. Determinar
o que se irá fazer quando reconhecer que um sinal de aviso está acontecendo em sua
vida. Como pode ser interrompida a síndrome de recaída? Que ação positiva pode se
tomar que removera o sinal de recaída? Liste várias opções ou possíveis soluções para
remover o problema. Listar várias alternativas dará mais chances de se escolher solução e
dar alternativas se a primeira escolha não funcionar.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Escolha uma opção razoável que pareça oferecer a melhor possibilidade de interromper o
processo de recaída. Esta será a resposta nova quando perceber um sinal de recaída em
particular.

Pratique cada nova resposta até se tornar um habito. Se a nova resposta estiver
disponível para na hora de stress alto, haverá a necessidade de praticá-lo na hora em que
o stress estiver baixo.

Pratique e pratique até que a resposta se torne um hábito. Se a resposta nova falhar para
interromper o sinal de aviso, estabeleça um plano novo mais efetivo.

Não se pode permitir aditar um plano para interromper os sinais se eles ocorrerem. Se
não se possuir um plano, não será capaz de interrompê-los quando ocorrerem.

Treinamento do inventário — Preciso fazer um inventário duas vezes por dia para
que possa perceber os primeiros sinais de problemas e corrigir os problemas antes que
fiquem fora de controle.

Treinamento do inventario: Qualquer programa de recuperação com sucesso envolve um


inventaria diário. O 10º.

Passo do A.A. lembra-nos que devemos continuar a fazer um inventário pessoal e quando
estivermos errados admiti-los prontamente. Um inventário diário é necessário para
ajudar a identificar os sinais de aviso de recaída antes da negação ser reativada. Qualquer
sinal de recaída e ser o porque pode ser o primeiro passo para voltar a beber ou ter
colapso emocional e físico. Sem um inventado diário o adicto ira ignorar os sinais inic iais,
e então será incapaz de interromper a síndrome da recaída quando se torna mais
aparente.

Para um plano de prevenção de recaída é necessário projetar um sistema de inventário


especial que monitora os sinais de aviso de uma recaída em potencial.

Desenvolva unia maneira para incorporar este sistema de inventaria na vida no dia a dia.
Agora você tem uma lista dos sinais de aviso pessoais. Como você vai determinar se
algum destes sintomas for ativado em sua vida?

Para que um inventado diário se torne um habito, recomendamos que se estabeleça dois
rituais para o inventado diário. O primeiro deveria ser pela manhã. Abra um espaço de 5 a
10 minutos para ler a meditação no livro 24 horas e fazer um resumo de seus planos para
o dia. Pergunte-se se você está preparado para este dia e o que você pode fazer que lhe
ajudará fisicamente e emocionalmente a enfrentar os desafios do dia e manter uma
sobriedade confortável. O segundo ritual de inventário dever ia ocorrer á noite. Reveja as
tarefas do dia, identifique o que você manuseou bem e o que precisa melhorar.

Que forças você usa para enfrentar os desafios do dia? Como você pode reforçar e
aumentar sua força? Que fraqueza ficou aparente e como você pode corrigir os defeitos e
melhorar nestas áreas?

Olhe cuidadosamente na sua lista de sinais de recaída pessoal. Alguns deles estão
presentes em sua vida? O que você está fazendo para corrigir estas situações? Existem
outros sinais de aviso que podem ser acrescentados a sua lista?

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Pode ser útil manter um diário para rever seu progresso na recuperação e para
acompanhar os sinais de recaída. Isto ajudara a ver que você se está fazendo progresso na
recuperação progresso porque lutamos. Afinal, não por perfeição.

Apenas saber quais são os seus sinais de aviso não irão necessariamente lhe ajudar. Lembre-
se que os sinais de recaída se desenvolvem inconscientemente. `Você não sabe que eles
estão acontecendo. Um inventário é uma maneira para rever conscientemente o que
acontece no dia. Através de um inventário feito de manhã e a noite é possível perceber os
sinais de recaída, e fazer algo para pará-los antes de perder o controle.

Rever o programa de recuperação — Preciso rever meu programa de


recuperação atual para ter certeza de que existe ajuda para tratar com meus sinais de
aviso.

REVER O PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO: Recuperação e recaída são os lados opostos da


mesma moeda. Se você não está se recuperando, você está em perigo de recair. Um bom
programa de recuperação é necessário para evitar à recaída. Seu programa de
recuperação anterior funciona bem para você?

Como pode ser melhorado é necessário aprender a se desafiar na vida diária. O adicto
conhece sua adicção e sabe lidar com os sintomas? Presta atenção a todas suas
necessidades de saúde? Está fazendo todo o necessário para se recuperar?

É necessário desenvolver um novo programa de recuperação baseado no que funcionou e


do que não funcionou no passado.

Para cada problema, sintoma ou sinal de aviso que se identifique precisa-se ter certeza de
que há alguma coisa no programa de recuperação para ajudar a lidar com isto.

Envolvimento com os outros — Preciso pedir aos outros que me ajudem a


continuar sóbrio, falando-lhes sobre os meus sinais de aviso e pedindo por um retorno
se eles verem quaisquer sinais aparecerem.

Envolvimento de pessoas significativas. Você não pode se recuperar sozinho. Recuperação


total envolve a ajuda e apoio de uma variedade de pessoas. E necessário ajuda de outras
pessoas para ter sucesso num plano de prevenção de recaída. O processo de recaída
muitas vezes é um processo totalmente inconsciente. Apesar de um inventário diário
pode se não ver o que está acontecendo. Por isso é importante envolver outras pessoas
nos planos de prevenção de recaída.

Membros da família, colegas de trabalho e companheiros de A.A/NA. podem ser muito


úteis em ajudar a reconhecer sinais de aviso enquanto ainda é possível fazer algo sobre
eles. Para que os outros possam ajudar, eles precisam conhecer os sinais de aviso e se
preocupar o bastante para ter disposição de falar ao adicto quando percebem estes sinais
de aviso.

É necessário estar disposto a falar com estas pessoas regulamente para que eles possam
notar quando algo está errado e agir sobre o que eles dizem.

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Selecione pessoas significativas na vida do adicto para ficarem envolvidas na prevenção


de recaída. Podem ser os membros mais próximos da família, um patrão que o apoia, um
padrinho do A.A., ou amigo do A.A.

Faça uma lista das pessoas com quem se tem um contato diário. Escolha desta lista as
pessoas que você acha que seriam importantes para lhe ajudar a continuar sóbrio e evitar
a recaída. Estas pessoas formam a rede de intervenção. Determine como cada pessoas
interagiu com o adicto no passado, quando mostrou sintomas de recaída. Foram úteis à
sobriedade? O que poderia fazer que seria mais útil a sua sobriedade? Agora determine o
que você gostaria que estas pessoas fizessem na próxima vez que forem reconhecidos os
sintomas de recaída.

Reúna as pessoas da vida do adicto para a reunião. Explique a eles lista de sinais de aviso
pessoais e forme um contrato com cada pessoa de apoio sobre o que ele deverá fazer
quando os sintomas de recaída forem percebidos e o que eles farão se o adicto começar a
usar. O que se quer que eles façam e o que eles estão dispostos a fazer se a negação for
reativada e se ficar incapaz de reconheces que existe um problema?

A rede de intervenção deveria ensaiar ou representar uma situação quando o adicto pode
ficar numa pior. Representar uma situação na qual se está mostrando sinais de aviso e
então negar estes sintomas. A pessoa precisa ensaiar o que ele precisa fazer para ajudar a
interromper a síndrome de recaída.

Permita a rede de intervenção participar na sua recuperação. Encoraje-os a apoiar o


programa de recuperação e a rejeitar apoio a seus sintomas de aviso de recaída. Lembre-
se também, que os membros da família também estão se recuperando. E preciso
conhecer suas necessidades e assumir um forte compromisso para atendê-lo em seus
próprios programas de recuperação.

Acompanhamento e reforço — Preciso revisar meu plano de prevenção de recaída


em intervalos regulares à medida que cresço e mudo na recuperação.

ACOMPANHAMENTO E REFORÇO: Adicção não tem cura. Ela é uma doença crônica.
Recuperação da adicção é uma maneira de vida. Como o plano de prevenção de recaída é
parte da recuperação, também precisa tomar-se uma maneira de vida. O plano de
prevenção de recaída precisa ser integrado em toda a vida e em todos aspectos da sua
recuperação do adicto.

O plano de prevenção de recaída precisa ser compatível com A.A/NA. e outros grupos de
apoio que se usa para progressiva sobriedade.

Deve também ser compatível com o programa de tratamento e da família.

Prevenção de recaída precisa ser praticada ate toma-se um habito. Todos somos escravos
de nossos hábitos. A única liberdade que podem ter e escolher com cuidado os hábitos
dos quais ficaremos escravos. Para a pessoa em recuperação é especialmente real que
existe liberdade na estrutura. Somente no habito e na estrutura de um programa de
sobriedade diário é que se pode conseguir a liberdade da escravidão da adicção.

E preciso estar disposto e revisar e atualizar o plano de prevenção de recaída em


intervalos regulares e estar dispostos a reconhecer novos problemas que ameaçam a

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sobriedade. Plano de prevenção de recaída é um processo que deveria tonar-se uma


parte integral da recuperação.

A consequência será a liberdade para gozar sobriedade confortável e a garantia que se


tem um conhecimento de recaída, que se pode identificar os próprios sinais de aviso, e
que se tem um plano de ação permitir que estes sinais de aviso se desenvolvam.

AS FASES E SINAIS DE AVISO DA RECAÍDA


(Sintomas da disfunção externa)

O processo de recaída leva a pessoa em recuperação a sentir dor e desconforto sem o


químico. Esta dor e desconforto ficam tão fortes que a pessoa em recuperação fica
incapaz de viver normalmente quando não bebe ou usa e sente que beber não pode ser
pior que a dor de continuar sóbrio.

Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence Gorski pela
conclusão de entrevistas clínicas com 118 pacientes em recuperação. A pessoa em
recuperação tem quatro coisas em comum:

A pessoa completa um programa de reabilitação de alcoolismo de 21 a 28 dias;

Reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode usar álcool/drogas com
segurança;

Foi dispensada com a intenção consciente de ficar sóbrio permanentemente, se utilizados


de Alcoólicos Anônimos/Narcóticos Anônimos e o aconselhamento profissional no
ambulatório;

Finalmente volta a beber, apesar de seu compromisso inicial de permanecer sóbrios.

Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram compilados num quadro
de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída.

Esses sinais foram divididos em 11 fases e a redação mudou um pouco para ser entendia
com mais facilidade.

FASE UM
SINAIS DE AVISO DE RECAÍDA INTERNOS

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Nesta fase a pessoa em recuperação se sente incapaz de funcionar normalmente dentro


de si mesmo. Os sintomas mais comuns são

1.1 Dificuldade de Pensar com Clareza.

A pessoa em recuperação muitas vezes tem dificuldade em pensar com clareza ou


resolver problemas, geralmente simples. Às vezes sua mente age com pensamentos
rígidos e repetitivos. Outras vezes sua mente parece se fechar ou dar brancos. Tem
dificuldades de se concentrar ou pensar logicamente por mais que alguns minutos. Por
isso nem sempre está seguro de como uma coisa se relaciona ou afeta outras coisas.
Também tem dificuldade em decidir o que fazer a seguir para lidar com sua vida e
recuperação. Às vezes é incapaz de pensar claramente e tende a tomar decisões, que não
tomaria se o pensamento estivesse normal.

1.2 - Dificuldades em Lidar com Sentimentos e Emoções.

Na recuperação a pessoa que tem dificuldades em lidar com seus sentimentos e emoções.
Às vezes super regra emocionalmente (sentem demais). Às vezes fica emocionalmente
insensível (sentem muito pouco) e não é capaz de saber o que está sentindo. Em outras
vezes ainda, tem pensamentos estranhos e malucos, sem razão aparente (sentem coisas
erradas) e começa a pensar que vai ficar louco. Este problema de lidar com os
sentimentos e emoções leva-o a experimentar e confia em seus sentimentos e emoções,
muitas vezes há ignorá-los ou esquecê-las. Às vezes a incapacidade de lidar com os
sentimentos e emoções, leva-o a reagir de maneira que não agir, se seus sentimentos
fossem admitidos apropriadamente.

1.3 - Dificuldade Em Lembrar Coisas.

A pessoa em recaída em recuperação tem problemas de memória e o impede de


apreender informações novas e habilidades, as coisas novas que apreende tende a se
dissolver de sua mente dentro de 20 minutos após apreendê-la.

Tem problemas para se lembrar de fatos importantes da infância, adolescência ou como


adultos. Às vezes se lembrar tudo claramente. Sente-se bloqueados, grudados ou
desligados da memória. Às vezes esta mesma memória, não em mente. Às vezes a
incapacidade de lembrar coisas levando tomar decisões que não tomaria se sua memória
estivesse funcionando bem.

1.4 - Dificuldade em Lidar com o Stress.

A pessoa em recuperação tem dificuldade em lidar com o stress. Não consegue


reconhecer os menores sinais do stress diário. Quando reconhece o stress é incapaz de
relaxar. As coisas que a pessoa faz para relaxar ou não funciona ou piora seu stress. A
pessoa fica tão tensa que não consegue controlá-lo. Devido à tensão constante existem
dias em que o esforço se torna tão forte que é incapaz de funcionar normalmente e sente
que vai ter um colapso físico ou emocional.

1.5 -Dificuldade em Dormir Tranquilamente.

Na recuperação a pessoa tem dificuldade em dormir tranquilamente. Não consegue


dormir. Quando dorme tem sonhos incomuns e perturbadores. Acorda muitas vezes e

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tem dificuldade de voltar e dormir. Dormir intermitentemente e raramente experimenta


um sono profundo e reparador. Acorda de uma noite de sono e se sente cansado e muda
as horas do dia em que descansa. Às vezes fica acordado até tarde devido à incapacidade
de dormir e então dorme demais porque está cansado demais para se levantar de manhã.
Às vezes fica tão cansado que dorme por longos períodos, dormindo até um dia inteiro ou
mais.

1.6 - Dificuldades com a Coordenação Física e Acidentes.

Na recuperação a pessoa tem dificuldades com a coordenação física que resulta em


tonturas, problemas de equilíbrio, dificuldades de coordenação entre os olhos e as mãos,
ou reflexos fracos. Estes problemas criam idiotismo, bobo e tolo e propensão a acidentes
que leva a outros problemas que não teriam se sua coordenação fosse normal.

1.7 - Vergonha, Culpa e Desesperança.

Às vezes a pessoa em recuperação sente muita vergonha porque acha que está louco,
perturbado emocionalmente, deficiente como pessoa, ou incapaz de ser ou sentir-se
normal. Outras vezes sente culpa porque acha que está fazendo alguma coisa errada ou
falhando em trabalhar um programa de recuperação apropriado. A vergonha e a culpa levam-
no a esconder os sinais de aviso e para de falar honestamente com os outros sobre o que
estão experimentando. Quando mais a pessoa mantém escondidos, mais fortes os sinais
de aviso se tornam. A pessoa tenta lidar com estes sinais de aviso, mas falha. Por isso
começa a acreditar que não tem e não existe mais esperança.

FASE DOIS
VOLTA À
NEGAÇÃO

Nesta fase a pessoa não é capaz de reconhecer e falar honestamente aos outros o que
está pensando ou sentido. Os sintomas mais comuns são:

2.1 - Preocupação Sobre o Bem-Estar.

Os sinais de aviso internos levam a pessoa a sentir-se inquieta, assustada e ansiosa. Às


vezes tem medo de não ser capaz de continuar sóbrio. Esta inquietação vem e vai, e
geralmente dura pouco tempo.

2.2 - Negação Da Preocupação.

Para suportar estes períodos de preocupação, medo e ansiedade pode ignorar ou negar
estes sentimentos, da mesma maneira que antes negava a adição. A negação pode ser tão
forte que não tem consciência dela enquanto a mesma está acontecendo. Mesmo quando
está consciente dos sentimentos, a pessoa esquece logo e se vão. Somente quando pensa
de volta na situação mais tarde é que é capaz de reconhecer os sentimentos de ansiedade
e sua negação.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

FASE TRÊS
IMPEDIMENTOS E COMPORTAMENTOS DEFENSIVO

Nesta fase a pessoa em recuperação não quer pensar sobre qualquer coisa que possa
trazer de volta os sentimentos dolorosos e desconfortáveis. Por isso começa evitar tudo
que possa forçá-lo a uma honesta olhada em si mesmo. Quando são feitas perguntas
diretas sobre seu bem-estar, a pessoa tende a ficar na defensiva. Os sintomas mais
comuns são:

3.1 - Que Eu Nunca Mais Vou Beber:

A pessoa em recuperação se convence que nunca mais vai usar ou beber novamente.
Algumas vezes fala isto a outras pessoas, mas geralmente mantêm isto só para si. Pode
ter medo de falar sobre isto só para si. Pode ter medo de falar sobre isto para seu
consultor ou para outros membros de A.A/NA. quando acredita firmemente que nunca
mais vão beber ou usar, a necessidade por um programa de recuperação diário parece
menos importante.

3.2 - Se Preocupa com os Outros em vez de Si Mesmo.

Fica mais preocupado com a sobriedade dos outros do que de com a sua recuperação
pessoal. Não fala diretamente sobre esta preocupação, mas em particular julga : - a
maneira de beber dos amigos e do cônjuge, assim como o programa de recuperação das
outras pessoas. No A.A/NA. isto se chama trabalhando com o programa dos outros.

3.3 - Ficar na defensiva

Pode ter uma tendência para se defender quando fala dos problemas pessoais ou de seu
programa de recuperação mesmo quando nenhuma defesa é necessária.

3.4 - Comportamento Compulsivo

Pode tonar-se compulsivo [ obcecado – ou seja com ideias fixas ou rígidas ] na maneira
que pensa ou se comporta. Existe uma tendência de fazer as mesmas coisas várias vezes,
sem uma boa razão. Existe uma tendência de controlar conversas ou por falar demais, ou
por não falar nada. Tende a trabalhar mais que o necessário, se envolve em muitas
atividades e pode parecer um modelo de recuperação devido a um forte envolvimento no
trabalho dos 12 Passos de A.A/NA, pode ser um líder em aconselhar os grupos,
representando um terapeuta. Envolvimento casual ou informal com as pessoas, porém
evitado.

3.5 - Comportamento Impulsivo

Estruturas do comportamento compulsivo começa a ser interrompidas por reações


impulsivas. Em muitos casos são reações a situações estressantes. Situação de stress alto
duram bastante tempo geralmente resultam em comportamento impulsivo. Muitas vezes
estas super reações ao stress forma a base de decisões, que afetam áreas importantes da
vida e compromissos para continuar o tratamento.

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3.6 - À Solidão

Começar a gastar mais tempo sozinho. Sempre tem boas razões e desculpas para ficar
longe das pessoas. Estes períodos de ficar sozinho começa a ocorrer mais vezes e começa
a sentir-se cada vez mais sozinho. Em vez de lidar com a solidão, tentando se encontrar
ou ficar junto das pessoas, seu comportamento torna-se mais compulsivo e impulsivo.

FASE QUATRO
CONSTRUINDO A
CRISE

Nesta fase a pessoa em recuperação começa a experimentar uma sequência de


problemas nas vidas causadas pela negação de sentimentos pessoais, a se isolar e a
negligenciar os problemas e trabalhar duro nisto, surgem dois problemas para substituir
cada problema resolvido. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem neste período são:

4.1 - Visão de Túnel

Visão de túnel é ver somente uma pequena parte da vida e não conseguir uma visão
panorâmica. A pessoa em recuperação vê à vida como sendo feita de partes separadas e
sem relação. Focaliza em uma parte sem olhar as outras partes, ou como estão
relacionadas. Às vezes isto cria a crença errada da que tudo está seguro e indo bem.
Outras vezes leva a ver só o que está indo errado. Pequenos problemas explodem e ficam
fora de proporção. Quando isto acontece começam a acreditar que está sendo tratado
injustamente e não tem poder para fazer nada sobre isto.

4.2 - Depressão Secundária (Leve)

Sintomas de depressão começa a aparecer e a persistir. Pode sentir-se para baixo, triste,
apático, vazio de sentimentos. Dormir demais se torna comum. É capaz de se distrair
destes humores, ficando ocupado com outras coisas e não falando sobre a sua depressão.

4.3 - Deixar De Planejar Construtivamente

Pode parar de planejar cada dia e o futuro: muitas vezes interpreta mal o lema de A.A/NA
– Viva um dia de cada vez, significando que a pessoa não deve planejar ou pensar sobre o
que vão fazer. Cada vez menos atenção é prestada aos detalhes. Fica apático. Planos são
baseados mais em fatos que gostaria que fosse realidade (como gostaria que fossem as
coisas) do que a realidade (como as coisas realmente são).

4.4 - Planos Começam A Falhar.

A pessoa faz planos que não são realistas e sem prestar atenção em detalhes, os planos
começam a falhar. Cada fracasso causa novos problemas na vida. Alguns destes
problemas são parecidos aos que acontece quando bebiam. Tipicamente incluem
problemas conjugais, sociais e dinheiro. Muitas vezes se sente culpado e com remorso
quando estes problemas ocorrem.

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FASE CINCO
IMOBILIZAÇ
ÃO

Nesta fase a pessoa em recuperação é incapaz de iniciar uma ação. Passa pelos
movimentos da vida, mas é controlado em vez de controlar a vida.

Devaneios e Ilusões. Fica mais difícil se concentrar. A síndrome da palavra [se] fica mais
comum na conversa. Começa a ter fantasias de fuga ou de ser socorrido por algo
improvável de acontecer. Sentimentos de Que Nada Pode Ser Solucionado.

Um senso de fracasso começa a se desenvolver. O fracasso pode ser real ou imaginário.


Pequenos fracassos são exagerados e aumentam de proporção. A crença de que fiz o
melhor que pude, e a recuperação não está funcionando começa a se desenvolver.

5.1 - Imaturo De Ser Feliz

Um vago desejo de ser feliz ou ter as coisas funcionando. Usa de um pensamento mágico.
Deseja que as coisas melhorem sem fazer nada para melhorá-las, sem pagar o preço. para
que as coisas melhorem.

FASE SEIS
CONFUSÃO E SUPER
REAÇÃO

Neste período a pessoa em recuperação têm dificuldades em pensar claramente. Fica


perturbado consigo própria e com as pessoas ao seu redor. Fica limitada e super-reagem
às pequenas coisas. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:

6.1 - Período de Confusão

Período de confusão torna-se mais frequentes, duram mais, e causam mais problemas. A
pessoa em recuperação fica zangada consigo pela sua incapacidade de resolver as coisas.

6.2 – Irritação com os Amigos

As relações com os amigos, consultores e membros de A.A/NA. ficam tensas. A pessoa em


recuperação pode se sentir ameaçada quando os outros falam sobre as mudanças que
estão notando em seu comportamento e humor. Os conflitos aumentam, apesar de seus
esforços para resolvê-los. Começa a sentir-se culpado e com remorso sobre seu papel

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nestes conflitos.

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6.3 - Irritado Facilmente

Pode experimentar episódios de raiva, frustração, ressentimentos e irritabilidade sem


uma razão real, reação exagerada a pequenas coisas ficam frequentes. O stress e a
ansiedade aumentam devido ao medo de que a super reação, pode resultar em violência.
O esforço para se controlar aumenta o stress e a tensão.

FASE
SETE
DEPRESS
ÃO

Neste período a pessoa em recuperação fica tão deprimida que tem dificuldade de se
manter na rotina diária.

Às vezes pode ter pensamentos de suicídio, beber ou usar drogas como uma maneira de
terminar com a depressão. A depressão é muito forte e persistente e não pode ser
ignorada facilmente ou escondida dos outros. Os sinais de aviso mais comuns que
ocorrem neste período são:

7.1 - Hábitos Alimentares Irregulares

Pode começar a comer demais ou comer pouco. Existe perda ou ganho de peso. Para de
ter refeições regulares e substituí uma dieta nutritiva e bem balanceada por comida ruim.

7.2 - Falta De Iniciativa

Pode haver períodos em que é incapaz de iniciar ou de fazer qualquer coisa. Nestas horas
é incapaz de se concentrar, sente-se ansioso, medroso e inquieto, e muitas vezes preso e
sem saída.

7.3 - Hábitos De Sono Irregulares


Pode ter dificuldades para dormir ou ficar inquieto e caprichoso quando querem dormir.
O sono muitas vezes é marcado por sonhos estranhos e assustadores. Devidos ao cansaço
pode dormir de 12 a 20 horas de cada vez. Estas maratonas de sono acontecem cada 6 a
15 dias.

7.4 - Perda Da Estrutura Diária

A rotina diária fica acidental. Deixa de se levantar e ir para a cama nas horas regulares. Às
vezes não pode dormir, e isto leva a dormir demais em outros dias. Os horários das
refeições ficam irregulares. Fica mais difícil manter compromissos e planejar eventos
sociais. Sente-se apressado e sobrecarregado, e em outras horas não tem nada fazer. É
incapaz de dar seguimento a um plano e de decisões, e experimentar tensão, frustração,
medo ou ansiedade que não o deixe fazer o que precisa ser feito.

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7.5 - Período de Profunda Depressão

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Se sente deprimido mais vezes. A depressão fica pior, dura mais e interfere com a vida. É
tão grande que pode ser notada pelos outros e não pode se negada facilmente. A
depressão é mais forte nas horas não planejadas e não estruturadas. Fadiga, fome e
solidão tornam a depressão pior. Quando se sente deprimido, se isola ou melhor se
separam das outras pessoas, fica irritado e zangado com os outros, e muitas vezes
reclama que ninguém se preocupa e não o entende, o que está acontecendo com ele!

FASE OITO
PERDA CONTROLE DO COMPORTAMENTO

Nesta fase fica incapaz de controlar ou regular o comportamento pessoal e os horários do


dia. Existe ainda uma negação forte e falta de uma consciência de estar fora de controle.
Sua vida fica caótica e muitos problemas se criam em todas as áreas da vida e na
recuperação. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:

8.1 – Participação Irregular nas Reuniões de Tratamento e no A.A/NA

Para de participar do A.A. e começa a perder as consultas marcadas para


acompanhamento ou tratamento. Encontra desculpas para justificar isto, e não reconhece
a importância de A.A. e do tratamento. Desenvolve uma atitude de que o A.A/NA e o
aconselhamento não estão fazendo com que eu me se sinta melhor, porque isto faz sua
prioridade número um? Existem outras coisas mais importantes.

 Desenvolvimentos de uma Atitude de Não Tenho Nada com Isto.


 Tenta agir como se não tivesse nada a ver com os problemas que estão
acontecendo.
 Isto é para esconder sentimentos de desesperança, uma crescente falta de
autores peito e auto confiança.
 Rejeição Aberta de Ajuda.
 Desliga-se das pessoas que podem ajudar. Pode fazer isto tendo ataque de raiva
que afastam as pessoas, criticando ou colocando os outros para baixo ou se
afastando dos outros tranquilamente.
 Falta de Satisfação com a Vida.
 As coisas parecem tão mal que começa a pensar que deveria começar a usar o
químico, porque as coisas não podem ficar pior. A vida parece que ficou
incontrolável desde que parou de beber.
 Sentimento De Impotência E Desesperança.
 Tem dificuldade em começar as coisas, tem problema em pensar claramente, em
se concentrar, e em pensar abstratamente: sente que não pode fazer nada e
começar a acreditar que não há saída.

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FASE NOVE
RECONHECIMENTO DA PERDA DE
CONTROLE

Sua negação quebra e de súbito reconhece como seus problemas são, como a vida
ficou incontrolável e como a pessoa tem pouco poder e controle para resolver
qualquer problema. Esta percepção é muito dolorosa e assustadora. Nesta hora está
tão sozinho que parece não existir ninguém para pedir ajuda. Os sinais de aviso mais
comuns que ocorrem nesta fase são:

9.1 - Auto Piedade

Começa a sentir pena de si mesmo e pode usar a auto piedade para conseguir atenção
no A.A e dos Outros.

9.2 - Pensamentos de Beber Socialmente

A pessoa acha que beber ou usar drogas iria ajudá-lo a se sentir melhor e começar a
achar que podem beber ou usar normalmente e que pode se controlar. Às vezes
consegue colocar estes pensamentos para fora de suas mentes, mas às vezes os
pensamentos são tão fortes que não pode ser detido. Pode começar a sentir que
beber pode ser a única alternativa e ficar louco ou cometer suicídio. Realmente beber
parece uma alternativa sã e racional.

9.3 – Conscientes

Começa a reconhecer as mentiras, negação e desculpas, mas não pode interrompê-la.

9.4 - Perda Completa de Auto Confiança

Sente-se preso e vencido pela incapacidade de pensar claramente e agir. Este


sentimento de impotência lhe causa a crença que é inútil e incompetente. Por isso
acredita que não pode lidar com os vários pontos da sua vida.

FASE DEZ
REDUÇÃO DE
OPÇÕES

Nesta fase a pessoa em recuperação sente-se presa pela dor e pela incapacidade de lidar
com a vida. Então parece haver apenas três saídas: insanidade, suicídio ou uso do
químico. Não acredita que alguém ou algo possa ajudá-lo. Os sinais de aviso mais comuns
nesta fase são:

10.1 - Ressentimentos Insensatos

Sente raiva por causa da incapacidade de comportar-se de maneira que deseja. Às vezes à
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raiva é com o mundo em geral às vezes com alguém em particular, e às vezes consigo

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mesmo.

10.2 - Parar Todo o Tratamento Profissional e do A.A/NA

Para de assistir reuniões de A.A., se está tomando medicação esquece de tomá-lo ou evita
deliberadamente de tomá-lo. Se um padrinho ou pessoa que ajuda é parte do tratamento,
se desenvolve uma tensão e conflito tão fortes, que o relacionamento geralmente acaba.
Pode retirar-se do aconselhamento profissional muito embora precisa de ajuda e saiba
disto.

10.3 - Esmagadora Solidão, Frustração, Raiva e Tensão

Se sente totalmente esmagado. Acredita que não existe saída a não ser beber, suicídio ou
insanidade. Existem fortes sentimentos de insanidade e sentimentos de desespero.

10.4 - Perda do Controle do Comportamento

Experimenta cada vez mais dificuldades em controlar pensamentos, emoções,


julgamentos e comportamentos. Está progressiva e incapacitante perda de controle
começa a causar problemas em todos as áreas de sua vida. Começa a afetar a saúde. Não
importa quando tenta reconquistar o controle, é incapaz de consegui-lo.

FASE ONZE
VOLTA AO USO DO QUÍMICO OU COLAPSO FÍSICO E
EMOCIONAL.
11.1 - Volta ao Uso Controlado de químicos

Neste ponto a pessoa está por demais desesperada e se convence que é possível usar
com controle. Planeja usar o químico por um curto período de tempo ou de uma maneira
controlada. Começa a usar o químico com a melhor das intenções. Acredita não ter outra
escolha.

11.2 - Vergonha e Culpa


O uso produz sentimento de vergonha e culpa muito fortes. Culpa é o sentimento que é
causado pelo próprio julgamento de que “Fiz alguma coisa errada” A pessoa recaída
recentemente se sente moralmente responsável por ter voltado a usar e acreditar que
isto não teria acontecido se fizesse a coisa correta. Vergonha é o sentimento que resulta
do próprio julgamento que sou uma pessoa defeituosa. A pessoa em recuperação sente
como que sua recaída prova que é sem valor e que pode morrer como um adicto na ativa.

11.3 - Perda de Controle

O uso do químico leva aos poucos a perda de controle. Às vezes a perda de controle corre
lentamente. Outra perda de controle é muito rápida. A pessoa começa a usar tanto ou
mais que antes.

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11.4 - Problemas de Vida e de Saúde

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Começa a experimentar problemas severos com sua vida e saúde. Casamento, trabalho e
amizades são prejudicados seriamente. Finalmente sua saúde física sofre e se torna tão
doente que precisa de tratamento profissional.

“Se uma pessoa falha em aprender com seu próprio passado, ela está condenada a repeti-
lo“. Terence Gorski

*Anexo Extra
Resolução que rege as clínicas
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Abaixo está a e que em alguns anos será a única vigente na proposta de clínicas de
recuperação:

RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e


avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que


lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto nº 3.029,
de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de fevereiro de 2002, e considerando o
princípio da descentralização político-administrativa previsto na Constituição Federal e na
Lei nº

8.080 de 19/09/1990;

considerando o art. 3º, alínea C, art. 6º, inciso VI e art. 10 previstos na Portaria nº

1.565/GM/MS, de 26 de agosto de 1994;

considerando a necessidade de atualizar as normas existentes na área de infra-estrutura

física em saúde;

considerando a necessidade de dotar o País de instrumento norteador das novas


construções, reformas e ampliações, instalações e funcionamento de Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde que atenda aos princípios de regionalização, hierarquização,
acessibilidade e qualidade da assistência prestada à população;

considerando a necessidade das secretarias estaduais e municipais contarem com um


instrumento para elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde, adequado às novas tecnologias na área da saúde; considerando o
disposto nas Portarias/SAS/MS n.º 230, de 1996 e 104, de 1997; considerando a consulta
pública publicada pela Portaria SVS/MS n.º 674, de 1997;

adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a

sua publicação.

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico destinado ao planejamento, programação,


elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde, anexo a esta Resolução, a ser observado em todo território nacional, na área pública
e privada compreendendo:

a) as construções novas de estabelecimentos assistenciais de saúde de todo o país;

b) as áreas a serem ampliadas de estabelecimentos assistenciais de saúde já existentes;

c) as reformas de estabelecimentos assistenciais de saúde já existentes e os

anteriormente não destinados a estabelecimentos de saúde.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Art. 2º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde prestará


cooperação técnica às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a fim de orientá-las
sobre o exato cumprimento e interpretação deste Regulamento Técnico.

Art. 3º As Secretariais Estaduais e Municipais de Saúde são responsáveis pela aplicação e


execução de ações visando o cumprimento deste Regulamento Técnico, podendo
estabelecer normas de caráter supletivo ou complementar a fim de adequá-lo às
especificidades locais.

Art. 4º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, procederá a


revisão deste Regulamento Técnico após cinco anos de sua vigência, com o objetivo de
atualizálo ao desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Art. 5º A inobservância das normas aprovadas por este Regulamento constitui infração à
legislação sanitária federal, conforme dispõe o art. 10, incisos II e III., da Lei n.º 6.437, de 20
de agosto de 1977.

Art. 6º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.

GONZALO VECINA NETO

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO, ELABORAÇÃO E


AVALIAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS DE ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE

SAÚDE

Todos os projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde-EAS deverão obrigatoriamente


ser elaborados em conformidade com as disposições desta norma. Devem ainda atender a
todas outras prescrições pertinentes ao objeto desta norma estabelecidas em códigos, leis,
decretos, portarias e normas federais, estaduais e municipais, inclusive normas de
concessionárias de serviços públicos. Devem ser sempre consideradas as últimas edições ou
substitutivas de todas as legislações ou normas utilizadas ou citadas neste documento.

Embora exista uma hierarquia entre as três esferas, o autor ou o avaliador do projeto deverá
considerar a prescrição mais exigente, que eventualmente poderá não ser a do órgão de
hierarquia superior.

PARTE I- PROJETOS DE ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares a seguinte
norma:- NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura; 1.1.. TERMINOLOGIA

Para os estritos efeitos desta norma, são adotadas as seguintes definições:

1.1.1. Programa de Necessidades

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Conjunto de características e condições necessárias ao desenvolvimento das atividades dos


usuários da edificação que, adequadamente consideradas, definem e originam a proposição
para o empreendimento a ser realizado. Deve conter a listagem de todos os ambientes
necessários ao desenvolvimento dessas atividades.

1.1.2. Estudo Preliminar

Estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica a partir dos dados levantados no
Programa de Necessidades, bem como de eventuais condicionantes do contratante.

1.1.3. Projeto Básico

Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para caracterizar os serviços e


obras, elaborado com base no Estudo Preliminar, e que apresente o detalhamento
necessário para a definição e quantificação dos materiais, equipamentos e serviços relativos
ao empreendimento.

1.1.4. Projeto Executivo

Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para realização do


empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e
detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras.

1.1.5. Obra de Reforma

Alteração em ambientes sem acréscimo de área, podendo incluir as vedações e/ou as


instalações existentes.

1.1.6. Obra de Ampliação

Acréscimo de área a uma edificação existente, ou mesmo construção de uma nova edificação
para ser agregada funcionalmente

(fisicamente ou não) a um estabelecimento já existente.

1.1.7. Obra Inacabada

Obra cujos serviços de engenharia foram suspensos, não restando qualquer atividade no
canteiro de obras.

1.1.8. Obra de Recuperação

Substituição ou recuperação de materiais de acabamento ou instalações existentes, sem


acréscimo de área ou modificação da disposição dos ambientes existentes.

1.1.9. Obra Nova

Construção de uma nova edificação desvinculada funcionalmente ou fisicamente de algum


estabelecimento já existente.

1.2. ETAPAS DE PROJETO

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Os projetos para a construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação


ou conjunto de edificações serão desenvolvidos, basicamente, em três etapas: estudo
preliminar, projeto básico e projeto executivo.

O desenvolvimento consecutivo dessas etapas terá, como ponto de partida, o programa de


necessidades (físico-funcional) do EAS onde deverão estar definidas as características dos
ambientes necessários ao desenvolvimento das atividades previstas na edificação

1.2.1. Estudo preliminar

Visa a análise e escolha da solução que melhor responda ao Programa de Necessidades, sob
os aspectos legais, técnicos, econômicos e ambientais do empreendimento.

1.2.1.1 Arquitetura

Consiste na definição gráfica do partido arquitetônico, através de plantas, cortes e fachadas


(opcional) em escala livre e que contenham graficamente:

- a implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu relacionamento com o


local escolhido;

- acessos, estacionamentos e outros - e expansões possíveis;

- a explicitação do sistema construtivo que serão empregados;

- os esquemas de zoneamento do conjunto de atividades, as circulações e organização


volumétrica;

- o número de edificações, suas destinações e locações aproximadas;

- o número de pavimentos;

- os esquemas de infra-estrutura de serviços;

- o atendimento às normas e índices de ocupação do solo.

O estudo deverá ser desenvolvido a partir da análise e consolidação do programa de


necessidades, caracterizando os espaços, atividades e equipamentos básicos
(médicohospitalares e de infraestrutura) e do atendimento às normas e leis de uso e
ocupação do solo.

Além dos desenhos específicos que demonstrem a viabilidade da alternativa proposta, será
parte integrante do estudo preliminar,

um relatório que contenha memorial justificativo do partido adotado e da solução escolhida,


sua descrição e características principais, as demandas que serão atendidas e o
prédimensionamento da edificação.

Deverão ser consideradas as interferências entre os diversos sistemas da edificação.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Quando solicitado pelo contratante e previamente previsto em contrato, deverá ser


apresentada estimativa de custos da obra.

1.2.1.2. Instalações

1.2.1.2.1.Elétrica e Eletrônica

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações elétricas e especiais do E.A.S.,
destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as diretrizes básicas a serem
adotadas no desenvolvimento do projeto, contendo quando aplicáveis:

- Localização e característica da rede pública de fornecimento de energia elétrica;

- Tensão local de fornecimento de energia elétrica (primária e secundária);

- Descrição básica do sistema de fornecimento de energia elétrica: entrada,


transformação, medição e distribuição;

- Descrição básica do sistema de proteção contra descargas atmosféricas;

- Localização e características da rede pública de telefonia;

- Descrição básica do sistema telefônico: entrada, central privada de comutação e


L.P.'s;

- Descrição básica do sistema de sinalização de enfermagem;

- Descrição básica do sistema de sonorização;

- Descrição básica do sistema de intercomunicação;

- Descrição básica do sistema de televisão e rádio;

- Descrição básica do sistema de computadores;

- Descrição básica do sistema de radiologia;

- Descrição básica do sistema de busca-pessoa;

- Descrição básica do sistema de aterramento das salas cirúrgicas (quando houver);

- Descrição básica do sistema de geração da energia de emergência (baterias ou grupo


gerador);

- Descrição básica do sistema de alarme contra incêndios;

- Determinação básica dos espaços necessários para as centrais de energia elétrica


e centrais de comutação telefônica;

- Determinação básica das áreas destinadas ao encaminhamento horizontal e vertical


do sistema elétrico (prumadas);

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Efetuar consulta prévia às concessionárias de energia elétrica e telefonia;

- Apresentar memória de cálculo, com justificativa dos sistemas propostos.

B. Produtos

- Descritivo básico, com indicação das alternativas e recomendações de ordem técnica


para adequação do projeto básico de arquitetura.

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

1.2.1.2.2. Hidráulica e Fluido-Mecânica

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações hidráulicas e especiais do


estabelecimento, destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as diretrizes
básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto, contendo quando aplicáveis:

- Localização da rede pública de fornecimento de água ou quando necessária a


indicação de poço artesiano;

- Descrição básica do sistema de abastecimento de água:entrada;

- Previsões do consumo de água, reservação (enterrada e elevada) e casa de bombas;

- Descrição básica do sistema de aquecimento;

- Previsão de consumo de água quente;

- Descrição básica do sistema de proteção e combate a incêndio;

- Localização da rede pública de fornecimento de gás combustível e/ou quando


necessário de gás engarrafado;

- Previsão de consumo de gás combustível;

- Localização da rede pública de esgoto e/ou quando necessário a indicação de


sistema de tratamento (fossa séptica, câmaras de decantação para esgoto radioativo,
outros);

- Localização de galeria para drenagem de águas pluviais e/ou quando necessário a


indicação de despejo livre;

- Previsão do volume de escoamento de águas pluviais;

-Descrição básica do sistema de fornecimento de gases medicinais (oxigênio, óxido nitroso,


ar comprimido medicinal e outros) quando for o caso;

- Descrição básica do sistema de tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS),


quando for o caso;

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Previsão do consumo dos gases medicinais;

- Descrição do sistema de fornecimento de vácuo;

- Previsão do consumo de vácuo;

- Descrição do sistema de fornecimento de vapor;

- Previsão de consumo de vapor;

- Consultas prévias junto às concessionárias públicas de fornecimento de água e gás;

- Determinação básica dos espaços necessários para as centrais de gases medicinais,


gás combustível, vácuo, vapor, tratamento de RSS, quando for o caso;

- Determinação básica dos espaços necessários para as centrais de gases medicinais,


gás combustível, vácuo, vapor;

- Determinação básica das áreas destinadas aos encaminhamentos dos sistemas


hidráulicos e especiais (prumadas);

- Apresentação de memórias de cálculo e justificativa dos sistemas propostos.

B. Produtos

- Descritivo básico com indicação das alternativas e recomendações de ordem técnica


para adequação ao projeto básico de arquitetura;

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

1.2.1.2.3. Climatização

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações de ar condicionado e


ventilação mecânica do EAS, destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as
diretrizes básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto, contendo quando
aplicáveis:

- Proposição das áreas a serem climatizadas (refrigeração, calefação,


umidificação, pressurização, ventilação e câmaras frigoríficas);

- Descrição básica do sistema de climatização, mencionando:filtros, água gelada, "self"


a ar, Tc;

- Previsão do consumo de água;

- Previsão de consumo de energia elétrica;

- Elaboração do perfil da carga térmica;

15
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Elaboração do estudo comparativo técnico e econômico das alternativas técnicas


para o sistema;

- Localização da central de casa de máquinas em função dos sistemas propostos;

- Pré-localização do sistema de distribuição, prumadas dos dutos e redes de água em


unifilares da alternativa proposta.

B - Produtos

- Descritivo básico, com indicação das alternativas e recomendações de ordem técnica


para adequação do projeto básico de arquitetura;

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

1.2.1.3. Estrutura e Fundações

Assim como os projetos de arquitetura e instalações, os projetos de estrutura e fundações


obedecerão as etapas de estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo e deverão
estar em perfeita sintonia com aqueles projetos, estimando as cargas de acordo com os
ambientes e equipamentos propostos.

1.2.2 Projeto Básico

Deverá demonstrar a viabilidade técnica da edificação a partir do Programa de necessidades


e do Estudo preliminar desenvolvidos anteriormente, possibilitar a avaliação do custo dos
serviços e obras, bem como permitir a definição dos métodos construtivos e prazos de
excussão do empreendimento. Serão solucionadas as interferências entre os sistemas e
componentes da edificação. 1.2.2.1. Arquitetura

Deverão estar graficamente demonstrados:

- em plantas, cortes e fachadas, com escalas não menores que 1:100, todos os
ambientes com nomenclatura conforme listagem contida nessa Portaria, dimensões
(medidas lineares e áreas internas dos compartimentos e espessura das paredes), locação de
louças sanitárias e bancadas, posição dos leitos (quando houver), locação dos equipamentos
não portáteis médicohospitalares e de infra-estrutura - caldeiras, subestação, locais de
tratamento de RSS, etc e quando na tabela de ambientes estiver especificado ADE. (vide
capítulo 1 item6.2), indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes, sempre com
indicação clara dos respectivos materiais de execução e acabamento.Em se tratando de
reforma e/ou ampliação e/ou conclusão, as plantas devem conter legenda indicando área a
ser demolida, a ser construída e existente;

- locação da edificação ou conjunto de edificações e seus acessos de pedestres e


veículos;

- a proposta de cobertura em planta com todas as indicações pertinentes;

- planta de situação do terreno em relação ao seu entorno urbano.

15
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O projeto básico será constituído, além dos desenhos que representem tecnicamente a
solução adotada, de relatório técnico descritivo que contenha:

- memorial do projeto de arquitetura descrevendo as soluções adotadas pelo mesmo,


onde se incluem, necessariamente, considerações sobre os fluxos internos e externos;

- resumo da proposta assistencial, contendo listagem das atividades que irão ocorrer
no interior do EAS (a partir da listagem de

atividades dessa norma);

- quadro de número de leitos discriminando: leitos de internação, leitos de


observação e leitos de tratamento intensivo, conforme

Terminologia Básica em Saúde do Ministério da Saúde;

- especificação básica de materiais e equipamentos de infraestrutura (poderá estar


indicado nas plantas de arquitetura) e quando

solicitado, dos equipamentos médico-hospitalares;

- descrição sucinta da solução adotada para o abastecimento de água potável e


energia elétrica, e coleta e destinação de esgoto, resíduos sólidos e águas pluviais da
edificação;

- no caso de instalações radiativas, o licenciamento é de acordo com a norma da CNEN


NE 6.02.,

- quando solicitado pelo contratante e, previsto em contrato, também a quantificação


de materiais, equipamentos e serviços, e o orçamento da obra.

O Projeto Básico de Arquitetura-PBA (representação gráfica + relatório técnico) será a base


para o desenvolvimento dos projetos complementares de engenharia (estrutura e
instalações).

1.2.2.2. Instalações

1.2.2.2.1.Elétrica e Eletrônica

A. Escopo

A partir das diretrizes estabelecidas no estudo preliminar e com base no projeto


arquitetônico e de estrutura, deverá ser elaborado o projeto básico de instalações elétricas e
especiais, contendo quando aplicáveis:

- Confirmação das entradas de energia elétrica e de telefonia;

- Confirmação do sistema de energia elétrica e da central de comutação telefônica;

- Confirmação do sistema de distribuição contendo redes e pré-dimensionamento;

- Proposição da locação dos quadros gerais de BT, QL e QF;

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Proposição da locação dos quadros de distribuição telefônica;

- Proposição das dimensões das centrais da energia (medição,transformação, quadros


gerais, BT, geradores) e da central telefônica;

- Proposição dos pontos de alimentação, iluminação e sinalização:

Pontos de força para equipamentos e tomadas de uso geral;

Pontos de luz e seus respectivos interruptores;

Pontos de detecção e alarme de incêndio;

Pontos de telefones e interfones;

Pontos para o sistema de sinalização de enfermagem, com seus respectivos acionamentos;

- Proposição dos pontos para locação dos captores e para o sistema de proteção
contra descargas atmosféricas;

-Proposição dos pontos de alimentação do sistema de ar condicionado, elevadores, sistema


de som, intercomunicação e sistemas de computadores;

- Proposição dos pontos de alimentação de todos os sistemas de suprimento,


processamento e tratamento de efluentes, líquidos ou sólidos, quando for o caso.

B. Produtos

- Memorial descritivo e definitivo explicativo do projeto, com soluções adotadas e


compatibilizadas com o projeto básico e as soluções adotadas nos projetos das áreas
complementares.

- Documentos Gráficos:

- Implantação geral - escala ≥ 1:500;

- Plantas baixas - escala ≥ 1:100;

- Planta de cobertura - escala ≥ 1:100;

- Prumadas esquemáticas - sem escala.

1.2.2.2.2.Hidráulica e Fluido-Mecânica

A. Escopo

A partir das diretrizes estabelecidas no estudo preliminar e baseado no anteprojeto básico


arquitetônico, deverá ser elaborado o projeto básico de instalações hidráulicas e especiais,
contendo quando aplicáveis:

- Proposição da entrada de água, da entrada de gás e ligações de esgoto e águas


pluviais;

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Confirmação da necessidade de poço artesiano e sistema de tratamento de esgoto;

- Confirmação das necessidades de abastecimento e captação:

de água para consumo e combate a incêndios; de esgotos pluviais; de gás combustível; de


gases medicinais; de vácuo; de vapor;

- Confirmação dos tubos de queda para as prumadas devidamente pré-dimensionadas


para a compreensão da solução adotada para águas pluviais.

-Confirmação do dimensionamento das centrais de gases medicinais, gás, vácuo e vapor,


incluindo as redes e respectivos pontos de consumo;

- Confirmação do dimensionamento das centrais de tratamento ou suprimento de


instalações especiais, como tratamento deágua para diálise, tratamento de RSS, tratamento
de esgoto, etc.

B. Produtos

- Memorial descritivo definitivo, explicativo do projeto, com soluções adotadas e


compatibilizadas com o projeto básico de arquitetura e as soluções adotadas nos projetos
das áreas complementares. - Documentos gráficos:

implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta de cobertura -
escala≥ 1:100; prumadas esquemáticas - escala ≥ 1:100.

1.2.2.2.3. Climatização

A. Escopo

A partir das diretrizes estabelecidas no programa básico e baseado no projeto básico


arquitetônico, deverá ser elaborado o projeto básico de instalações de ar condicionado e
ventilação mecânica, contendo quando aplicáveis:

- Definição dos pesos e dimensões dos equipamentos para o sistema proposto;

- Confirmação da alternativa do sistema a ser adotado

- Confirmação das áreas a serem climatizadas;

- Confirmação das áreas a serem ventiladas;

- Confirmação dos consumos de água e energia elétrica;

- Compatibilização com os projetos básicos de instalaçõeselétrica e hidráulica com o


sistema adotado;

- Proposição das redes de dutos unifilares com dimensionamento das linhas tronco de
grelhas, difusores, etc.;

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e


número de fases;

- Localização dos pontos de consumo hidráulico (água e drenagem).

B. Produtos

- Memorial descritivo definitivo, explicativo do projeto, com soluções adotadas e


compatibilizadas com o projeto básico e as soluções adotadas nos projetos das áreas
complementares;

- Documentos gráficos:

implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta da cobertura -
escala ≥ 1:100.

1.2.3. Projeto Executivo

Deverá apresentar todos os elementos necessários à realização do empreendimento,


detalhando todas as interfaces dos sistemas e seus componentes.

1.2.3.1. Arquitetura

O projeto executivo deverá demonstrar graficamente:

- a implantação do edifício, onde constem:

orientação da planta com a indicação do Norte verdadeiro ou magnético e as geratrizes

de implantação;

representação do terreno, com as características planialtimétricas, compreendendo medidas


e ângulos dos lados e curvas de nível, e localização de árvores, postes, hidrantes e outros
elementos construídos, existentes;

as áreas de corte e aterro, com a localização e indicação da inclinação de taludes e

arrimos; a RN do levantamento topográfico;

os eixos das paredes externas das edificações, cotados em relação a referências

preestabelecidas e bem identificadas;

cotas de nível do terrapleno das edificações e dos pontos significativos das áreas externas

(calçadas, acessos, patamares, rampas e outros);

localização dos elementos externos, construídos como estacionamentos, construções

auxiliares e outros;

- o edifício, compreendendo:

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

plantas de todos os pavimentos, com nomenclatura conforme listagem de ambientes


contida nessa norma e medidas internas de

todos os compartimentos, espessura de paredes, material e tipo de acabamento, e


indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes;

dimensões e cotas relativas de todas as aberturas, altura dos peitoris, vãos de portas e

janelas e sentido de abertura;

plantas de cobertura, indicando o material, a inclinação, sentido de escoamento das águas, a


posição das calhas, condutores e

beirais, reservatórios, domus e demais elementos, inclusive tipo de impermeabilização,


juntas de dilatação, aberturas e equipamentos,

sempre com indicação de material e demais informações necessárias; todas as elevações,


indicando aberturas e materiais de acabamento;

cortes das edificações, onde fique demonstrado o pé direito dos compartimentos, altura das
paredes e barras impermeáveis, altura de platibandas, cotas de nível de escadas e
patamares, cotas de piso acabado, forros e coberturas, tudo sempre com indicação clara dos
respectivos materiais de execução e acabamento; impermeabilização de paredes e outros
elementos de proteção contra umidade;

ampliações, de áreas molhadas, com posicionamento de aparelhos hidráulico-sanitários,

indicando seu tipo e detalhes necessários;

as esquadrias, o material componente, o tipo de vidro, fechaduras, fechos, dobradiças, o

acabamento e os movimentos das peças, sejam verticais ou horizontais;

todos os detalhes que se fizerem necessários para a perfeita compreensão da obra a


executar, como cobertura, peças de concreto aparente, escadas, bancadas, balcões e outros
planos de trabalho, armários, divisórias, equipamentos de segurança e outros fixos e todos
os arremates necessários;

se a indicação de materiais e equipamentos for feita por código, incluir legenda indicando

o material, dimensões de aplicação e demais dados de interesse da execução das obras;

Quando for solicitado pelo contratante, o projeto executivo será integrado por um
cronograma onde estejam demonstradas as etapas lógicas da execução dos serviços e suas
interfaces, bem como um manual de operação e manutenção das instalações, quando se
tratar de equipamentos ou projetos especiais.

Todos os detalhes executivos que interfiram com outros sistemas deverão estar
perfeitamente harmonizados.

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Também constará do projeto executivo, se solicitado pelo contratante e previsto em


contrato, o orçamento analítico da obra e cronograma físico-financeiro.

1.2.3.2. Instalações

1.2.3.2.1. Elétrica e Eletrônica

A. Escopo

Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente e/ou cliente, deverá ser
elaborado o projeto executivo de instalações elétricas e especiais, atentando para os
projetos executivos de arquitetura e formas de estrutura, de modo a permitir a completa
execução das obras.

B. Produtos

- Memorial descritivo e explicativo das instalações elétricas ou especiais, indicando


fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos: tensão, corrente, fator de
demanda, fator de potência,índice iluminotécnico, telefonia, etc.;

- Memorial descritivo da ordem de serviço a ser executada e recomendações quanto a


método e técnicas a serem utilizadas.

- Documentos Gráficos:

As plantas poderão ser apresentadas agrupando-se os diversos sistemas, segundo o seguinte


critério: agrupamento 1 - iluminação, sonorização, sinalização de enfermagem, alarme de
detecção contra incêndio e relógio; agrupamento 2 - alimentadores, tomadas, telefone,
interfone e sistema de computadores;

Implantação geral - escala ≥ 1:500;

Plantas baixas - escala ≥ 1:100;

Planta de cobertura - escala ≥ 1:100;

Planta corte e elevação da cabine de medição e transformação - escala ≥ 1:25;

Diagrama unifilar geral - sem escala;

Diagramas trifilares dos quadros elétricos - sem escala;

Detalhes gerais - escala ≥ 1:25;

Prumadas esquemáticas - sem escala;

Legenda das simbologias adotadas - sem escala.

- Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados


nos diversos sistemas, contendo:

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Tipo e qualidade;

Características para sua identificação;

Unidade de comercialização;

Respectivas quantidades;

- Elementos necessários para aprovação junto à companhia de fornecimento de


energia elétrica, contendo:

. Plantas e detalhes (escala ≥ 100 e ≥ 1:25);

. Tabela de carga instalada e demandada;

- Memorial descritivo;

- Outros documentos solicitados pela concessionária;

- Elementos necessários para aprovação junto à companhia telefônica, contendo:

- Plantas e detalhes (escala≥ 1:100 e ≥ 1:25);

- Memorial descritivo;

- Outros documentos solicitados pela concessionária.

1.2.3.2.1. Hidráulica e Fluído-Mecânica

A. Escopo

Após a provação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto
executivo de instalações hidráulicas e especiais, atentando para o projeto executivo de
arquitetura, de modo a permitir a completa execução das obras.

B. Produtos

- Memorial descritivo e explicativo das instalações hidráulicas ou especiais, indicando


fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos e cálculos (volume,
capacidade, vazão, etc.);

- Memorial descritivo da ordem de serviço a ser executado e recomendações quanto a


método e técnicas a serem utilizadas;

- Documentos gráficos:

As plantas poderão ser apresentadas, agrupando-se os diversos sistemas, de acordo com o


seguinte critério: instalações de água quente e fria, instalações de esgoto e águas pluviais,
instalações de gás combustível, instalações de gases medicinais, instalações de redes de
proteção e combate a incêndio e instalações da rede de vapor e condensado;

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Planta de implantação geral do edifício, em escala ≥ 1:200,desenvolvida a partir do projeto


arquitetônico, contendo as redes públicas existentes de água, gás, esgoto sanitário e águas
pluviais;

Plantas baixas dos pavimentos - escala ≥ 1:50;

Planta de cobertura - escala ≥ 1:50;

Esquema isométrico - escala ≥ 1:25;

Detalhes gerais - escala ≥ 1:25;

Detalhes de reservatórios de água - escala ≥ 1:50;

Legenda das simbologias adotadas - sem escala;

- Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados


nos diversos sistemas, contendo:

Tipo e qualidade;

Características para sua identificação;

Unidade de comercialização;

Respectivas quantidades;

- Elementos necessários para aprovação junto ao Corpo de Bombeiros contendo:

Memoriais descritivos;

Memoriais de cálculo;

Plantas e detalhes do sistema (escala ≥ 1:100 e ≥ 1:25, respectivamente);

Outros documentos solicitados pelo órgão.

- Elementos necessários para aprovação junto à companhia de gás, quando da


existência da mesma, contendo:

Plantas e detalhes (escala ≥ 1:50 e ≥ 1:25);

Memorial descritivo;

- Elementos necessários para o dimensionamento do ramal de entrada de água


(hidrômetro) e saída de esgoto sanitário, junto à concessionária de água e esgoto, contendo:

Plantas e detalhes (escala ≥ 1:50 e ≥ 1:25);

Memorial descritivo;

Outros documentos solicitados pela concessionária.

16
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1.2.3.2.1. Climatização

A. Escopo

Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto
executivo de instalações de ar condicionado e ventilação mecânica, atentando para o
projeto executivo de arquitetura e de estruturas, de modo a permitir a execução das obras
das instalações hidráulicas e especiais por terceiros, segundo padrões convencionais da
construção civil.

B. Escopo

- Memorial descritivo e explicativo das instalações de ar condicionado e ventilação


mecânica, indicando fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos de: cargas
térmicas, consumo de água, carga elétrica, número de troca de ar e filtros de ar; - Memorial
descritivo da ordem de serviço a ser executada e recomendações quanto ao método e
técnicas a serem utilizadas para execução de obra.

- Documentos gráficos:

As plantas poderão ser apresentadas agrupando-se as instalações de ar condicionado, redes


de água gelada, ventilação e exaustão e deverão ser compostas por:

implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta de cobertura -
escala ≥ 1:100; esquema isométrico - escala ≥ 1:25; detalhes gerais - escala ≥ 1:25; esquema
elétrico - sem escala; fluxograma - sem escala; legenda das simbologias adotadas - sem
escala;

- Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados


nos diversos sistemas, contendo:

Tipo e qualidade;

Características para sua identificação;

Unidade de comercialização; Respectivas quantidades.

1.3 - RESPONSABILIDADES

1.3.1. Cabe a cada área técnica o desenvolvimento do projeto executivo respectivo. O


projeto executivo completo da edificação será constituído por todos os projetos
especializados devidamente compatibilizados, de maneira a considerar todas as suas
interferências.

1.3.2. A elaboração e avaliação dos projetos físicos serão de responsabilidade de técnicos


ou firmas legalmente habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA.

1.3.3. O autor ou autores deverá assinar todas as peças gráficas dos projetos respectivos,
mencionando o número de sua inscrição nos diversos órgãos e providenciando sempre a

16
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A.R.T. (Anotação de Responsabilidade Técnica) correspondente, recolhida na jurisdição


aonde for elaborado o projeto.

1.3.4. Ainda que o encaminhamento para aprovação formal nos diversos órgãos de
fiscalização e controle, como prefeitura municipal, corpo de bombeiros e entidades de
proteção sanitária e do meio ambiente, não seja realizado diretamente pelo autor do
projeto, será de sua responsabilidade a introdução das modificações necessáriasà sua
aprovação. A aprovação do projeto não eximirá os autores desse das responsabilidades
estabelecidas pelas normas, regulamentos e legislação pertinentes às atividades
profissionais.

1.4. APRESENTAÇÃO DE DESENHOS E DOCUMENTOS

Os desenhos e documentos a serem elaborados deverão respeitar a NBR-6492 e também os


requisitos a seguir descritos, que têm por finalidade padronizar e unificar a sua
apresentação.

1.4.1. Formato das Folhas de Desenho

Os projetos deverão ser apresentados, preferencialmente, em folhas do mesmo formato.

A adoção de outros formatos ou tamanhos, se necessária, deverá contar com a anuência do


contratante.

São os seguintes os formatos usuais:

A4 = 210x297mm

A3 = 297x420mm

A2 = 420x594mm

A1 = 594x841mm

A0 = 841x1.189mm

1.4.2. Padronização Gráfica de Desenhos

Todas as folhas de desenho deverão ter "carimbo" (campos de identificação), que conterá,
no mínimo, as seguintes informações:

- nome e assinatura do autor do projeto e número da carteira profissional;

- nome do proprietário;

- nome e endereço da obra a ser executada;

- escalas utilizadas;

- referência do projeto (parte de outro projeto, número do desenho, de referência;


outras);

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- número do desenho e número de revisão (se for o caso);

- data do desenho;

- quadro de área discriminando: área do terreno, área construída total e áreas


construídas por pavimento e/ou conjunto;

- registro da aprovação, com data, nome e assinatura e número do CREA do


responsável por esta aprovação;

Todos os desenhos deverão ser cotados e conter as legendas necessárias para sua clareza.

Nas plantas baixas será apresentada a capacidade do EAS no que diz respeito ao número de
leitos e consultórios, conforme Terminologia Básica em Saúde do Ministério da Saúde.

1.4.3. Memoriais Descritivos, Especificações, Memórias de Cálculo, Quantificações e


Orçamento

Serão apresentados em papel tamanho A4, preferencialmente datilografados/digitados, com


carimbo ou folha-rosto contendo as informações mencionadas no item 4.2.

1.5. TIPOS E SIGLAS ADOTADAS

1.5.1 - Serviços Preliminares(P)

Canteiro de obras PC

Demolição PD

Terraplenagem PT

Rebaixamento de lençol freático PR

1.5.2 - Fundação e Estruturas(E)

Fundações EF

Estruturas de concreto EC

Estruturas metálicas ES

Estruturas de madeira EM

1.5.3 - Arquitetura e Elementos de Urbanismo(A)

Arquitetura AR

Comunicação visual AC

Interiores AI

Paisagismo AS

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Pavimentação AP

Sistema viário AV

1.5.4 - Instalações Hidráulicas e Sanitárias(H)

Água fria HF

Água quente HQ

Drenagem de águas pluviais HP

Esgotos sanitários HE

Resíduos sólidos HR

1.5.5 - Instalações Elétricas e Eletrônicas(I)

Instalações elétricas IE

Telefonia IT

Detecção e alarme de incêndio II

Sonorização IN

Relógios sincronizados IR

Antenas coletivas de TV e FM IA

Circuito fechado de televisão IC

Sinalização de enfermagem IS

Lógica IL

1.5.6. - Instalações de Proteção Contra Descargas Elétricas(P)

1.5.7 - Instalações Fluído - Mecânicas(F)

Gás combustível FG

Vapor e condensado FV

Ar Comprimido: medicinal e industrial FA

Vácuo clínico e limpeza FV

Oxigênio medicinal FO

Óxido nitroso FN

1.5.8 - Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio (C)

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Prevenção e combate a incêndio CI

1.5.9 -Instalações de Climatização(A)

Ar Condicionado ACC

Ventilação mecânica ACV

1.6. AVALIAÇÃO DE PROJETOS

Para execução de qualquer obra nova, de reforma ou de ampliação de EAS é exigida a


avaliação do projeto físico em questão pela Vigilância Sanitária local (estadual ou
municipal), que licenciará a sua execução, conforme o Inciso II do Artigo 10º e Artigo 14º da
Lei 6.437/77 que configura as infrações à legislação sanitária federal, Lei 8080/90 - Lei
Orgânica da Saúde e Constituição Federal.

A avaliação dos projetos físicos de EAS exige a documentação denominada PBA - Projeto

Básico de Arquitetura (representação

gráfica + relatório técnico), conforme descrito no item 1.2.2.1. e ART prevista no item 1.3
dessa Resolução.

Quando do término da execução da obra e solicitação de licença de funcionamento do


estabelecimento, a Vigilância Sanitária fará inspeção no local para verificar a conformidade
do construído com o projeto licenciado anteriormente. No ato da emissão da licença ou
alvará de funcionamento do EAS, o proprietário deverá entregar a Vigilância Sanitária as
ARTs referentes aos projetos complementares de estruturas e instalações, quando couber,
conforme previsto no item 1.3 dessa Resolução.

1.6.1 - Parecer Técnico

Para a avaliação do PBA é feita uma análise por equipe multiprofissional e elaborado parecer
técnico baseado na documentação apresentada, emitido por profissional (is) legalmente
habilitado (s) pelo Sistema CREA/CONFEA, em obediência aos termos da Lei n.º 5.194, de
24/12/66. Este parecer deverá ser expedido pelo órgão responsável pela direção do Sistema
Único de Saúde municipal ou estadual.

O parecer deverá descrever o objeto de análise e conter uma avaliação do projeto básico
arquitetônico quanto a:

Adequação do projeto arquitetônico às atividades propostas pelo EAS - verificação da


pertinência do projeto físico apresentado com a proposta assistencial pretendida, por
unidade funcional e conjunto do EAS, objetivando o cumprimento da assistência proposta;

Funcionalidade do edifício - verificação dos fluxos de trabalho/materiais/insumos propostos


no projeto físico, visando evitar problemas futuros de funcionamento e de controle de
infecção (se for o caso) da unidade e do EAS como um todo;

17
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Dimensionamento dos ambientes - verificação das áreas e dimensões lineares dos ambientes
propostos em relação ao dimensionamento mínimo exigido por este regulamento,
observando uma flexibilidade nos casos de reformas e adequações, desde que justificadas as
diferenças e a não interferência no resultado final do procedimento a ser realizado;

Instalações ordinárias e especiais - verificação da adequação dos pontos de instalações


projetados em relação ao determinado por este regulamento, assim como das instalações de
suporte ao funcionamento geral da unidade (ex.: sistema de ar condicionado adotado nas
áreas críticas, sistema de fornecimento de energia geral e de emergência (transformadores e
gerador de emergência), sistema de gases medicinais adotado, sistema de tratamento de
esgoto, sistema de tratamento de RSS, quando for o caso e equipamentos de infraestrutura,
tais como: elevadores, monta-cargas, caldeiras, visando evitar futuros problemas
decorrentes da falta ou da inadequação dessas instalações;

Especificação básica dos materiais - verificação da adequação dos materiais de acabamento


propostos com as exigências normativas de uso por ambiente e conjunto do EAS, visando
adequar os materiais empregados com os procedimentos a serem realizados.

O parecer deve ser conclusivo e conter a análise do PBA sobre cada um dos itens acima
relacionados, identificando os problemas existentes (se houver) de forma descritiva e
recomendando as alterações ou complementações a serem feitas, assim como conter a
observação da necessidade de apreciação e aprovação do projeto pelos órgãos competentes
do nível local para execução da obra.

No caso de obras públicas o parecer deve conter ainda a observação quanto à exigência de
conclusão dos projetos de instalações e estruturas (Lei 8.666 em seus artigos 6º e 7º e
Resolução CONFEA n.º 361/91), assim como sua apreciação e aprovação pelosórgãos
competentes do nível local, quando couber, para realização do processo de licitação e
conseqüente execução da obra.

Nota: As peças gráficas e descritivas do PBART analisado deverão possuir registro de


identificação do parecer técnico emitido, com data, nome, assinatura e número do
CREAConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, do responsável pelo
parecer.

1.6.2 - Procedimentos

Para edificações novas, sejam estabelecimentos completos ou partes a serem ampliadas, é


obrigatória a aplicação total desta norma.

Para obras de reforma e adequações, quando esgotadas todas as possibilidades sem que
existam condições de cumprimento integral desta norma, devem-se privilegiar os fluxos de
trabalho/material/paciente, adotando-se a seguinte documentação complementar, que
deverá ser analisada em conjunto com o projeto básico de arquitetura':

1 - Planta baixa com "lay-out" dos equipamentos não portáteis (quando houver) e
mobiliário principal, com as devidas dimensões

consignadas ou representadas em escala;

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

2 - Declaração do projetista e do responsável pelo EAS de que o projeto proposto


atende parcialmente as normas vigentes para o desenvolvimento das atividades assistenciais
e de apoio previstas, relacionando as ressalvas que não serão atendidas e o modo como
estão sendo supridas no projeto em análise.

Procedimento igual ao das reformas deve ser seguido quando se tratar da adoção de uma
nova tecnologia não abordada pela norma, diferente das usuais, como por exemplo,
lavanderias do tipo "túnel" e outros.

Em todos os casos, os projetos deverão ser acompanhados de relatório técnico conforme


explanado no item 1.2.2.1 do item Elaboração de projetos físicos desta norma.

Caberá a gerência do EAS a guarda dos projetos aprovados, mantendo-os disponíveis para
consulta por ocasião das vistorias ou fiscalizações.

A direção do EAS deverá comunicar aos órgãos de inspeção para que seja avaliada segundo
as normas vigentes, modificações na estrutura física que impliquem mudanças de fluxos ou
alteração substancial de lay-out ou incorporação de nova atividade.

A área técnica competente poderá solicitar os projetos complementares de estruturas e


instalações ordinárias e especiais, conforme dispõe os itens 1.2.1.3 e 1.2.2.2. do capítulo -
Elaboração de Projetos Físicos, quando couber.

1.6.3 - Obras financiadas pelo Ministério da Saúde

As obras a serem financiadas pelo Ministério da Saúde terão seus projetos avaliados
conforme as orientações contidas nas normas de financiamento de programas e projetos
mediante a celebração de convênios do Minstério da Saúde.

PARTE II. PROGRAMAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DOS ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE


SAÚDE

A programação físico-funcional dos estabelecimentos assistenciais de saúde, baseia-se em


um Plano de Atenção à Saúde já elaborado, onde estão determinadas as ações a serem
desenvolvidas e as metas a serem alcançadas, assim como estão definidas as distintas
tecnologias de operação e a conformação das redes físicas de atenção à saúde, delimitando
no seu conjunto a listagem de atribuições de cada estabelecimento de saúde do sistema.

Essas atribuições, tanto na área pública quanto na área privada, são conjuntos de atividades
e sub-atividades específicas, que correspondem a uma descrição sinóptica da organização
técnica do trabalho na assistência à saúde.

Os conjuntos de atribuições admitem diversas composições (teóricas) que são as tipologias


(modelos funcionais) de estabelecimentos assistenciais de saúde. Portanto, cada composição
de atribuições proposta definirá a tipologia própria a ser implantada.

Dessa forma adota-se nesse regulamento técnico uma abordagem onde não se utilizam
programas e projetos pré-elaborados, que freqüentemente são desvinculados das realidades
loco-regionais, mas apresentam-se as diversas atribuições de um estabelecimento

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assistencial de saúde que acrescidas das características e especificidades locais, definirão o


programa físicofuncional do estabelecimento.

A metodologia utilizada para a composição dos programas funcionais é a apresentação da


listagem, a mais extensa possível, do conjunto das atribuições e atividades do EAS, aqui
tratado genericamente, sem compromisso com soluções padronizadas, embora seja
reconhecida uma família de tipologias tradicionais. O objetivo é apresentar aos projetistas e
avaliadores de EAS um leque das diversas atividades e os ambientes respectivos em que elas
ocorrem.

A listagem contém as atribuições e atividades, com a qual se pode montar o estabelecimento


desejado, ou seja, reunindo-se determinado grupo de atribuições-fim, associadas às
atribuições de apoio necessárias ao pleno desenvolvimento das primeiras, definese um
estabelecimento específico.

Para tanto se deve selecionar as atribuições que participarão do programa de atividades do


estabelecimento, de acordo com as necessidades da instituição, do município, da região e do
estado, baseadas na proposta assistencial a ser adotada. Desta forma a decisão do tipo de
estabelecimento a ser implantado será dos gestores, dos técnicos e da comunidade
envolvida, e não mais de acordo com padrões preestabelecidos nacionalmente.

2. ORGANIZAÇÃO FÍSICO FUNCIONAL

Neste capítulo são apresentadas as atribuições e atividades desenvolvidas nos diversos tipos
de EAS. Procurou-se aqui, listar as

atividades que são geradoras ou que caracterizam os ambientes. Estas são também as mais
comumente encontradas nos diversos tipos de estabelecimentos. Embora o objetivo seja
esgotar a listagem, esta é sempre passível de modificação, porque sempre será possível o
surgimento e/ou transformação das atividades ou até mesmo das atribuições.

Os grupos de atividades de cada atribuição compõem unidades funcionais que, embora com
estreita conotação espacial, não constituem, por si só, unidades espaciais.

O capítulo trata de questões funcionais genéricas como já citado, e não da descrição de


determinados tipos de estabelecimentos pré-concebidos.

São oito as atribuições que se desdobram em atividades e sub-atividades representadas no


diagrama.

2.1. Atribuições de Estabelecimentos Assistenciais

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1- Prestação de atendimento eletivo de promoção e assistência à saúde em regime


ambulatorial e de hospital-dia - atenção à saúde incluindo atividades de promoção,
prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma
programada e continuada;

2- Prestação de atendimento imediato de assistência à saúde - atendimento a pacientes


externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de vida
(emergência);

3- Prestação de atendimento de assistência à saúde em regime de internação- atendimento a


pacientes que necessitam de assistência direta programada por período superior a 24 horas
(pacientes internos);

4- Prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia- atendimento a pacientes


internos e externos em ações de apoio direto ao reconhecimento e recuperação do estado
da saúde (contato direto);

5- Prestação de serviços de apoio técnico- atendimento direto a assistência à saúde


em funções de apoio (contato indireto);

6- Formação e desenvolvimento de recursos humanos e de pesquisa- atendimento direta ou


indiretamente relacionado à atenção e assistência à saúde em funções de ensino e
pesquisa;

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7- Prestação de serviços de apoio à gestão e execução administrativa- atendimento ao


estabelecimento em funções administrativas;

8- Prestação de serviços de apoio logístico - atendimento ao estabelecimento em funções de


suporte operacional.

As quatro primeiras são atribuições fim, isto é, constituem funções diretamente ligadas à
atenção e assistência à saúde. As quatroúltimas são atribuições meio para o
desenvolvimento das primeiras e de si próprias.

2.1. Listagem de Atividades

São apresentadas a seguir as listagens das atividades e subatividades do EAS,


desdobramentos das atribuições listadas anteriormente.

Em cada caso estão listadas apenas as atividades e subatividades próprias ou pertinentes a


cada atribuição.

Evidentemente, cada listagem não vai definir por si uma unidade funcional perfeitamente
auto-suficiente; esta só será possível com a agregação de atividades e sub-atividades
próprias ou pertinentes a outras atribuições.

A partir da determinação das atribuições centrais e de apoio, para o objeto em estudo, a


equipe de programação funcional comporá seu modelo funcional (tipológico), adequado às
suas necessidades.

ATRIBUIÇÃO 1: PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO ELETIVO DE PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À


SAÚDE EM REGIME AMBULATORIAL E DE HOSPITAL-DIA

ATIVIDADES:

1.1-Realizar ações individuais ou coletivas de prevenção à saúde tais como: imunizações,


primeiro atendimento, controle de doenças, visita domiciliar, coleta de material para exame,
etc.;

1.2-Realizar vigilância epidemiológica através de coleta e análise sistemática de dados,


investigação epidemiológica, informação sobre doenças, etc.;

1.3-Promover ações de educação para a saúde, através de palestras, demonstrações e


treinamento "in loco", campanha, etc.;

1.4-Orientar as ações em saneamento básico através da instalação e manutenção de


melhorias sanitárias domiciliares relacionadas com água, esgoto e resíduos sólidos;

1.5-Realizar vigilância nutricional através das atividades continuadas e rotineiras de


observação, coleta e análise de dados e disseminação da informação referente ao estado
nutricional, desde a ingestão de alimentos à sua utilização biológica;

1.6-Recepcionar, registrar e fazer marcação de consultas;

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1.7-Proceder à consulta médica, odontológica, psicológica, de assistência social, de nutrição,


de farmácia, de fisioterapia, de terapia ocupacional, de fonoaudiologia e de enfermagem;

1.8-Realizar procedimentos médicos e odontológicos de pequeno porte, sob anestesia local


(punções, biópsia, etc);

1.9-Realizar procedimentos diagnósticos que requeiram preparação e/ou observação médica


posterior, por período de até 24 horas *;

1.10-Realizar procedimentos terapêuticos, que requeiram preparação e/ou observação


médica posterior, por período de até 24 horas *;

1. 11-executar e registrar a assistência médica e de enfermagem por período de até 24


horas; e

1.12- Realizar treinamento especializado para aplicação de procedimento terapêutico e/ou


manutenção ou uso de equipamentos especiais.

* As sub-atividades relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, encontramse


nas listagens da Atribuição 4 que descrevem cada um dos procedimentos por especialidades.

ATRIBUIÇÃO 2: PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO IMEDIATO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

ATIVIDADES:

2. 1-Nos casos sem risco de vida (urgência de baixa e média complexidade):

2.1. 1-fazer triagem para os atendimentos;

2.1.2-prestar atendimento social ao paciente e/ou acompanhante;

2.1.3-fazer higienização do paciente;

2.1.4-realizar procedimentos de enfermagem;

2.1.5-realizar atendimentos e procedimentos de urgência;

2.1.6-prestar apoio diagnóstico e terapêutico por 24 hs;

2.1.7-manter em observação o paciente por período de até 24hs;e

2.1.8-fornecer refeição para o paciente.

2.2. Nos casos com risco de vida (emergência) e nos casos sem risco de vida (urgências de
alta complexidade):

2.2.1-prestar o primeiro atendimento ao paciente;

2.2.2-prestar atendimento social ao paciente e/ou acompanhante;

2.2.3-fazer higienização do paciente;

2.2.4-realizar procedimentos de enfermagem;

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2.2.5-realizar atendimentos e procedimentos de emergência e urgência de alta


complexidade;

2.2.6-prestar apoio diagnóstico e terapia por 24 hs;

2.2.7-manter em observação o paciente por período de até 24 hs;e

2.2.8-fornecer refeição para o paciente.

ATRIBUIÇÃO 3: PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM REGIME DE


INTERNAÇÃO

ATIVIDADES:

3.1- Internação de pacientes adultos e infantis:

3.1.1-proporcionar condições de internar pacientes, em ambientes individuais ou coletivos,


conforme faixa etária, patologia, sexo e intensividade de cuidados;

3.1.2-executar e registrar a assistência médica diária;

3.1.3-executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as diferentes


intervenções sobre o paciente;

3.1.4-prestar assistência nutricional e distribuir alimentação a pacientes (em locais


específicos ou no leito) e a acompanhantes (quando for o caso);

3.1.5-prestar assistência psicológica e social;

3.1.6-realizar atividades de recreação infantil e de terapia ocupacional; e

3.1.7-prestar assistência pedagógica infantil (de 1º grau) quando o período de internação for
superior a 30 dias.

3. 2-Internação de recém-nascidos até 28 dias (neonatologia):

3.2.1-alojar e manter sob cuidados recém-nascidos sadios;

3.2.2-proporcionar condições de internar recém-nascidos, patológicos, prematuros e


externos que necessitam de observação;

3.2.3-proporcionar condições de internar pacientes críticos em regime intensivo;

3.2.4-executar e registrar a assistência médica diária;

3.2.5-executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as diferentes


intervenções sobre o paciente;

3.2.6-prestar assistência nutricional e dar alimentação aos recém-nascidos;

3.2.7-executar o controle de entrada e saída de RN.

3. 3-Internação de pacientes em regime de terapia intensiva:

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3.3.1-proporcionar condições de internar pacientes críticos, em ambientes individuais ou


coletivos, conforme grau de risco, faixa etária (exceto neonatologia), patologia e requisitos
de privacidade;

3.3.2-executar e registrar a assistência médica intensiva;

3.3.3-executar e registrar a assistência de enfermagem intensiva;

3.3.4-prestar apoio diagnóstico laboratorial, de imagens, hemoterápico, cirúrgico e


terapêutico durante 24 horas;

3.3.5-manter condições de monitoramento e assistência respiratória 24 horas;

3.3.6-prestar assistência nutricional e distribuir alimentação aos pacientes;

3.3.7-manter pacientes com morte cerebral, nas condições de permitir a retirada de órgãos
para transplante, quando consentida; e

3.3.8-prestar informações e assistência aos acompanhantes dos pacientes.

3. 4-Internação de pacientes queimados em regime intensivo:

3.4.1-recepcionar e transferir pacientes;

3.4.2-proporcionar condições de internar pacientes com queimaduras graves, em ambientes


individuais ou coletivos, conforme faixa etária, sexo e grau de queimadura;

3.4.3-executar e registrar a assistência médica ininterrupta;

3.4.4-executar e registrar a assistência de enfermagem ininterrupta;

3.4.5-dar banhos com fins terapêuticos nos pacientes;

3.4.6-assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicos e executar procedimentos


anestésicos;

3.4.7-prestar apoio terapêutico cirúrgico como rotina de tratamento (vide item 5.6.);

3.4.8-prestar apoio diagnóstico laboratorial e de imagens ininterrupto;

3.4.9-manter condições de monitoramento e assistência respiratória ininterruptas; 3.4.10-


prestar assistência nutricional de alimentação e hidratação aos pacientes; e

3.4.11-prestar apoio terapêutico de reabilitação fisioterápica aos pacientes.

ATRIBUIÇÃO 4: PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO DE APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA

ATIVIDADES:

4. 1-Patologia clínica:

4.1.1-receber ou proceder a coleta de material (no próprio laboratório ou descentralizada);

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4.1.2-fazer a triagem do material;

4.1.3-fazer análise e procedimentos laboratoriais de substâncias ou materiais biológicos com


finalidade diagnóstica e de pesquisa;

4.1.4-fazer o preparo de reagentes/soluções;

4.1.5-fazer a desinfecção do material analisado a ser descartado;

4.1.6-fazer a lavagem e preparo do material utilizado; e

4.1.7-emitir laudo das análises realizadas.

4. 2-Imagenologia:

4.2.1-proceder à consulta e exame clínico de pacientes;

4.2.2-preparar o paciente;

4.2.3-assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicose realizar procedimentos


anestésicos;

4.2.4-proceder a lavagem cirúrgica das mãos;

4.2.5-realizar exames diagnósticos e intervenções terapêuticas:

a) por meio da radiologia através dos resultados de estudos fluoroscópicos ou

radiográficos;

b) por meio da radiologia cardiovascular, usualmente recorrendo a catéteres e injeções de


contraste. Executam-se também procedimentos terapêuticos como angioplastia, drenagens
e embolizações terapêuticas;

c) por meio da tomografia- através do emprego de radiações ionizantes;

d) por meio da ultra-sonografia- através dos resultados dos estudos ultra-sonográficos;

e) por meio da ressonância magnética- através de técnica que utiliza campos magnéticos;

f) por meio de endoscopia digestiva e respiratória;

g) por outros meios;

4.2.6-elaborar relatórios médico e de enfermagem e registro dos procedimentos realizados;

4.2.7-proporcionar cuidados pós-anestésicos e pós procedimentos;

4.2.8-assegurar atendimento de emergência;

4.2.9-realizar o processamento da imagem;

4.2.10-interpretar as imagens e emitir laudo dos exames realizados;

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4.2.11-guardar e preparar chapas, filmes e contrastes;

4.2.12-zelar pela proteção e segurança de pacientes e operadores; e

4.2.13-Assegurar o processamento do material biológico coletado nas endoscopias.

5. 3-Métodos gráficos:

4.3.1-preparar o paciente;

4.3.2-realizar os exames que são representados por traçados gráficos aplicados em papel ou
em filmes especiais, tais como: eletrocardiograma, ecocardiograma, ergometria,
fonocardiograma, vetocardiograma, eletroencefalograma, potenciais evocados, etc.; e

4.3.3-emitir laudo dos exames realizados.

4. 4-Anatomia patológica:

4.4.1-receber e registrar o material para análise ( peças, esfregaços, líquidos , secreções e


cadáveres)

4.4.2-fazer a triagem do material recebido;

4.4.3-preparo e guarda dos reagentes;

4.4.4-fazer exames macroscópicos e/ou processamento técnico (clivagem, descrição,


capsulamento, fixação e armazenagem temporária e peças) do material a ser examinado;

4.4.5-realizar exames microscópicos de materiais teciduais ou citológicos, obtidos por coleta


a partir de esfregaços, aspirados, biópsias ou necrópsias;

4.4.6-realizar necrópsias;

4.4.7-emitir laudo dos exames realizados;

4.4.8-fazer a codificação dos exames realizados;

4.4.9-manter documentação fotográfica científica, arquivo de lâminas e blocos;

4.4.10-zelar pela proteção dos operadores.

4. 5-Desenvolvimento de atividades de medicina nuclear:

4.5.1-receber e armazenar os radioisótopos;

4.5.2-fazer o fracionamento dos radioisótopos;

4.5.3-receber e proceder a coleta de amostras de líquidos corporais para ensaios;

4.5.4-realizar ensaios com as amostras coletadas utilizando radioisótopos;

4.5.5-aplicar radioisótopos no paciente pelos meios: injetável, oral ou inalável;

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4.5.6-manter o paciente em repouso pós-aplicação;

4.5.7-realizar exames nos pacientes "aplicados";

4.5.8-realizar o processamento da imagem;

4.5.9-manter em isolamento paciente pós-terapia com potencial de emissão radioativa;

4.5.10-emitir laudo dos atos realizados e manter documentação; e 4.5.11-zelar pela proteção
e segurança dos pacientes e operadores.

4. 6-Realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos:

4.6.1-recepcionar e transferir pacientes;

4.6.2-assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicos


e executar procedimentos anestésicos no paciente;

4.6.3-proceder a lavagem cirúrgica e anti-sepsia das mãos;

4.6.4-executar cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em situações de emergência;

4.6.5-realizar endoscopias que requeiram supervisão de médico anestesista;

4.6.6-realizar relatórios médicos e de enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias


realizadas;

4.6.7-proporcionar cuidados pós-anestésicos;

4.6.8-garantir o apoio diagnóstico necessário; e

4.6.9-retirar e manter órgãos para transplante.

4. 7.Realização de partos normais, cirúrgicos e intercorrências obstétricas:

4.7.1-recepcionar e transferir parturientes;

4.7.2-examinar e higienizar parturiente;

4.7.3-assistir parturientes em trabalho de parto;

4.7.4-assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicose anestésicos;

4.7.5-proceder a lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos,nos casos de partos cirúrgicos;

4.7.6-assistir partos normais;

4.7.7-realizar partos cirúrgicos;

4.7.8-assegurar condições para que acompanhantes das parturientes possam assistir ao pré-
parto, parto e pós-parto, a critério médico;

4.7.9-realizar curetagens com anestesia geral;

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4.7.10-realizar aspiração manual intra-uterina-AMIU;

4.7.11-prestar assistência médica e de enfermagem ao RN, envolvendo avaliação de


vitalidade, identificação, reanimação (quando

necessário) e higienização;

4.7.12-realizar relatórios médicos e de enfermagem e registro de

parto; 4.7.13-proporcionar cuidados pós-anestésicos e pós-parto; e

4.7.14-garantir o apoio diagnóstico necessário.

4. 8-Desenvolvimento de atividades de reabilitação em pacientes externos e internos:

4.8.1-preparar o paciente; 4.8.2-realizar procedimentos:

a)por meio da fisioterapia - através de meios físicos:

Termoterapia (tratamento através de calor) -forno de Bier, infravermelho, Ultravioleta,


ondas curtas, ultra-som e parafina;

Eletroterapia (tratamento através de corrente elétrica) -corrente galvânica e corrente


farádica;

Cinesioterapia (tratamento através de movimento) -exercício ativo, exercício passivo e


exercício assistido (com ajuda de aparelhos);

Mecanoterapia (tratamento através de aparelhos) -tração cervical, tração lombar, bicicleta


fixa, bota de Delorene, mesa de Kanavel, espelho de postura, barra de Ling, escada e rampa,
roda de ombro, paralela, tatame e quadro balcânico;

Hidroterapia (tratamento por meio de água) -turbilhão, tanque de Hubbad e piscina;

b)por meio da terapia ocupacional; e,

c)por meio da fonoaudiologia.

4.8.3-emitir relatório das terapias realizadas.

4. 9-Desenvolvimento de atividades hemoterápicas e hematológicas:

4.9.1-recepcionar e registrar doadores;

4.9.2-manter arquivo de doadores;

4.9.3-fazer triagem hematológica e clínica de doadores;

4.9.4-coletar sangue ou hemocomponentes;

4.9.5-prestar assistência nutricional aos doadores;

4.9.6-proporcionar cuidados médicos aos doadores;

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4.9.7-processar sangue em componentes;

4.9.8-analisar as amostras coletadas de doadores;

4.9.9-emitir laudo da análise realizada;

4.9.10-fazer a liberação e rotulagem dos produtos após o resultado das análises

laboratoriais;

4.9.11-estocar sangue e hemocomponentes;

4.9.12-testar os hemocomponentes produzidos;

4.9.13-promover teste de compatibilidade entre a amostra de sangue de pacientes e


hemocomponentes ou sangue de doadores;

4.9.14-distribuir sangue e hemocomponentes;

4.9.15-coletar amostra de sangue de pacientes;

4.9.16-promover terapêutica transfusional em paciente;

4.9.17-promover a aféreses terapêutica em paciente; e

4.9.18-realizar procedimentos de enfermagem.

4. 10-Desenvolvimento de atividades de radioterapia:

4.10.1-proceder a consulta médica para o planejamento e programação da terapia;

4.10.2-preparar paciente;

4.10.3-realizar procedimentos de enfermagem;

4.10.4-realizar o planejamento e programação de procedimentos radioterápicos (cálculos,


moldes, máscaras, simulação, etc.);

4.10.5-realizar o processamento da imagem;

4.10.6-aplicar radiações ionizantes (Raios X, gama, etc.) para fins terapêuticos através
equipamentos apropriados;

4.10.7-manter em isolamento paciente em terapia com potencial de emissão radioativa; e,

4.10.8-zelar pela proteção e segurança dos pacientes, operadores e ambientes.

4. 11-Desenvolvimento de atividades de quimioterapia:

4.11.1-realizar o planejamento e programação das ações de quimioterapia;

4.11.2-preparar paciente;

4.11.3-realizar procedimentos de enfermagem;

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4.11.4-administrar/infundir soluções quimioterápicas para fins terapêuticos;

4.11.5-manter em observação paciente pós-terapia;

4.11.6-emitir laudo e registrar os atos realizados; e

4.11.7-zelar pela proteção e segurança dos pacientes, operadores e ambiente.

4. 12-Desenvolvimento de atividades de diálise:

4.12.1-proceder a consulta médica para elaboração de plano de diálise;

4.12.2-proporcionar cuidados médicos imediatos aos pacientes com intercorrências advindas


da diálise;

4.12.3-proporcionar condições para o tratamento (deionização, osmose reversa ou outro) da


água a ser utilizada nas terapias;

4.12.4-realizar diálises (peritoniais e/ou hemodiálise);

4.12.5-realizar procedimentos de enfermagem;

4.12.6-realizar o processamento de limpeza e desinfecção dos capilares para reuso nas


diálises; e,

4.12.7-proceder ao treinamento de DPAC (Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua) para os


pacientes;

4.12.8-prestar assistência nutricional aos pacientes.

4. 13-Desenvolvimento de atividades relacionadas ao leite humano

4.13.1-recepcionar, registrar e fazer a triagem das doadoras;

4.13.2-preparar a doadora;

4.13.3-coletar leite humano (colostro, leite de transição e leite maduro), intra ou extra
estabelecimento;

4.13.4-fazer o processamento do leite coletado, compreendendo as etapas de seleção,


classificação, tratamento e acondicionamento;

4.13.5-fazer a estocagem do leite processado;

4.13.6-fazer o controle de qualidade do leite coletado e processado;

4.13.7-distribuir leite humano;

4.13.8-promover ações de educação no âmbito do aleitamento materno, através de


palestras, demonstrações e treinamento "in loco"; e

4.13.9-proporcionar condições de conforto aos lactentes acompanhantes da doadora.

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4. 14-Desenvolvimento de atividades de oxigenoterapia hiperbárica (OHB):

4.14.1-proceder a consulta médica para o planejamento e programação da terapia;

4.14.2-emitir relatório das terapias realizadas;

4.14.3-realizar o tratamento médico através de câmara hiperbárica individual ou coletiva;

4.14.4-Proporcionar acompanhamento médicoaos pacientes durante as seções de


tratamento;

4.14.5-proporcionar cuidados médicos imediatos aos pacientes com intercorrências advindas


do tratamento;

4.14.6-realizar procedimentos de enfermagem;

4.14.7-zelar pela proteção e segurança dos pacientes, operadores e ambiente.

ATRIBUIÇÃO 5: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO

ATIVIDADES:

5.1- Proporcionar condições de assistência alimentar a indivíduos enfermos e sadios *.

5.1.1.receber, selecionar e controlar alimentos, fórmulas, preparações e utensílios;

5.1.2-armazenar alimentos, fórmulas, preparações e utensílios;

5.1.3-distribuir alimentos e utensílios para preparo;

5.1.4-fazer o preparo dos alimentos e fórmulas;

5.1.5-fazer a cocção das dietas normais, desjejuns e lanches;

5.1.6-fazer a cocção das dietas especiais;

5.1.7-fazer o preparo de fórmulas lácteas e não lácteas;

5.1.8-fazer a manipulação das nutrições enterais;

5.1.9-fazer o porcionamento das dietas normais;

5.1.10-fazer o porcionamento das dietas especiais;

5.1.11-fazer o envase, rotulagem e esterilização das fórmulas lácteas e não

lácteas; 5.1.12-fazer o envase e rotulagem das nutrições enterais;

5.1.13-distribuir as dietas normais e especiais;

5.1.14.distribuir as fórmulas lácteas e não lácteas;

5.1.15-distribuir as nutrições enterais;

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5.1.16-distribuir alimentação e oferecer condições de refeição aos pacientes, funcionários,


alunos e público;

5.1.17-distribuir alimentação específica e individualizada aos pacientes;

5.1.18-higienizar e guardar os utensílios da área de preparo;

5.1.19-receber, higienizar e guardar utensílios dos pacientes além de descontaminar e


esterilizar os utensílios provenientes de quartos de isolamento;

5.1.20-receber, higienizar e guardar as louças, bandeja e talheres dos funcionários, alunos e


público;

5.1.21-receber, higienizar e guardar os carrinhos;

5.1.22-receber, higienizar e esterilizar mamadeiras e demais utensílios utilizados; e

5.1.23-receber, higienizar e esterilizar os recipientes das nutrições enterais.

*Nota: Alguns estabelecimentos proporcionam condições de alimentação a público visitante.

5. 2-Proporcionar assistência farmacêutica:

5.2.1-receber e inspecionar produtos farmacêuticos;

5.2.2-armazenar e controlar produtos farmacêuticos;

5.2.3-distribuir produtos farmacêuticos;

5.2.4-dispensar medicamentos;

5.2.5-manipular, fracionar e reconstituir medicamentos;

5.2.6-preparar e conservar misturas endovenosas (medicamentos)

5.2.7-preparar nutrições parenterais;

5.2.8-diluir quimioterápicos;

5.2.9-diluir germicidas;

5.2.10-realizar controle de qualidade; e

5.2.11-prestar informações sobre produtos farmacêuticos.

5. 3-Proporcionar condições de esterilização de material médico, de enfermagem,


laboratorial, cirúrgico e roupas:

5.3.1-receber, desinfetar e separar os materiais;

5.3.2-lavar os materiais;

5.3.3-receber as roupas vindas da lavanderia;

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5.3.4-preparar os materiais e roupas (em pacotes);

5.3.5-esterilizar os materiais e roupas, através dos métodos físico (calor úmido, calor seco e
ionização) e/ou químico (líquido e gás), proporcionando condições de aeração dos produtos
esterilizados a gás;

5.3.6-fazer o controle microbiológico e de validade dos produtos esterilizados;

5.3.7-armazenar os materiais e roupas esterilizadas;

5.3.8-distribuir os materiais e roupas esterilizadas; e

5.3.9-zelar pela proteção e segurança dos operadores.

ATRIBUIÇÃO 6: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS E DE PESQUISA

ATIVIDADES:

6. 1-Promover o treinamento em serviço dos funcionários;

6.2-Promover o ensino técnico, de graduação e de pós-graduação; e

6. 3-Promover o desenvolvimento de pesquisas na área de saúde.*

*Nota: Sua execução pode se dar em praticamente todos os ambientes do EAS.

ATRIBUIÇÃO 7: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO DE GESTÃO E EXECUÇÃO


ADMINISTRATIVA

ATIVIDADES:

7. 1-Realizar os serviços administrativos do estabelecimento:

7.1.1-dirigir os serviços administrativos;

7.1.2-assessorar a direção do EAS no planejamento das atividades e da política de


investimentos em recursos humanos, físicos,

técnicos e tecnológicos;

7.1.3-fazer administração de pessoal;

7.1.4-executar compra de materiais e equipamentos;

7.1.5-executar administração orçamentária, financeira, contábil e faturamento;

7.1.6-organizar, processar e arquivar os dados de expediente; 7.1.7-prestar informações


administrativas aos usuários e funcionários; e

7.1.8-apurar custos da prestação de assistência e outros.

7. 2-Realizar os serviços de planejamento clínico, de enfermagem e técnico:

18
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

7.2.1-dirigir os serviços clínicos, de enfermagem e técnico do estabelecimento;

7.2.2-executar o planejamento e supervisão da assistência; e 7.2.3-prestar informações


clínicas e de enfermagem ao paciente.

7. 3-Realizar serviços de documentação e informação em saúde:

7.3.1-registrar a movimentação dos pacientes e serviços clínicos do

estabelecimento; 7.3.2-proceder a marcação de consultas e exames;

7.3.3-fazer as notificações médicas e as movimentações dos pacientes do atendimento


imediato;

7.3.4-receber, conferir, ordenar, analisar e arquivar os prontuários dos pacientes;

7.3.5-elaborar e divulgar estatísticas de produção e dados nosológicos do estabelecimento; e

7.3.6-fazer notificação policial dos casos de acidente e violência.*

*Função exercida por um policial, ficando o relacionamento da área de saúde com esse
setor, submetido às normas éticas de cada profissão.

ATRIBUIÇÃO 8: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO LOGÍSTICO

ATIVIDADES:

8. 1-Proporcionar condições de lavagem das roupas usadas

8.1.1-coletar e acondicionar roupa suja a ser encaminhada para a lavanderia (externa ao

EAS ou não);

8.1.2-receber, pesar as roupas e classificar conforme norma;

8.1.3-lavar e centrifugar a roupa;

8.1.4-secar a roupa;

8.1.5-costurar e/ou confeccionar, quando necessário, a roupa;

8.1.6-passar a roupa através de calandra, prensa ou ferro;

8.1.7-separar e preparar (dobragem, etc.) as demais roupas lavadas;

8.1.8-armazenar as roupas lavadas;

8.1.9-separar e preparar os pacotes da roupa a ser esterilizada;

8.1.10-distribuir as roupas lavadas;

8.1.11-zelar pela segurança dos operadores; e

8.1.12-limpar e desinfectar o ambiente e os equipamentos.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8. 2-Executar serviços de armazenagem de materiais e equipamentos:

8.2.1-receber, inspecionar e registrar os materiais e equipamentos; 8.2.2-armazenar os


materiais e equipamentos por categoria e tipo; e

8.2.3-distribuir os materiais e equipamentos.

8.3-Proporcionar condições técnicas para revelação, impressão e guarda de chapas e filmes:

8. 4-Executar a manutenção do estabelecimento:

8.4.1-receber e inspecionar equipamentos, mobiliário e utensílios;

8.4.2-executar a manutenção predial (obras civis e serviços de alvenaria, hidráulica,


mecânica, elétrica, carpintaria, marcenaria, serralharia, jardinagem, serviços de chaveiro);

8.4.3-executar a manutenção dos equipamentos de saúde:assistenciais, de apoio, de infra-


estrutura e gerais, mobiliário e utensílios (serviços de mecânica, eletrônica, eletromecânica,
ótica, gasotécnica, usinagem, refrigeração, serralharia, pintura, marcenaria e estofaria);
8.4.4-guardar e distribuir os equipamentos, mobiliário e utensílios; e

8.4.5-alienar bens inservíveis.

8.5-Proporcionar condições de guarda, conservação, velório e retirada de cadáveres.

8. 6-Proporcionar condições de conforto e higiene aos:

8.6.1-paciente: recepção, espera, guarda de pertences, recreação, troca de roupa e higiene


pessoal;

8.6.2-doador: espera, guarda de pertences e higiene pessoal;

8.6.3-funcionário e aluno: descanso, guarda de pertences, troca de roupa e higiene pessoal;

8.6.4-público: espera, guarda de pertences e higiene pessoal.

8.7-Zelar pela limpeza e higiene do edifício, instalações eáreas externas e materiais e


instrumentais e equipamentos assistenciais, bem como pelo gerenciamento de resíduos
sólidos.

8.8-Proporcionar condições de segurança e vigilância do edifício, instalações e áreas


externas.

8. 9-Proporcionar condições de infra-estrutura predial:

8.9.1-de produção:

a)abastecimento de água;

b)alimentação energética;

c)geração de energia;

19
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

d) geração de vapor; e,

e) geração de água e ar frio.

8.9.2-de distribuição ou coleta:

a)efluentes;

b)resíduos sólidos;

c)resíduos radioativos.

8.9.3-reservação, lançamento ou tratamento:

a) água;

b) gases combustíveis (GLP e outros);

c) óleo combustível;

d) gases medicinais; e

e)esgoto.

8.9.4-guarda de veículos

DIMENSIONAMENTO,
QUANTIFICAÇÃO E
INSTALAÇÕES PREDIAIS DOS
AMBIENTES
Neste capítulo são abordados os aspectos espaciais estritamente relacionados com as diversas
atribuições e atividades, a partir

de uma listagem extensa dos ambientes próprios para os Estabelecimentos Assistenciais de


Saúde, reunidos em tabelas por grupos de atividades.

As tabelas apresentadas a seguir não são programas arquitetônicos de unidades específicas,


mas sim tabelas contendo os diversos ambientes próprios para cada atividade descrita no
capítulo 2 - organização físico-funcional.

Portanto, ao se elaborar o programa arquitetônico de um EAS qualquer é necessário, antes de


se consultar as tabelas, descrever quais atividades serão realizadas nesse EAS e assim
identificar quais os ambientes necessários para a realização dessas atividades. Não é correto
listar ambientes sem saber antes que tipos de atividades serão desenvolvidas no EAS.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A presente norma não estabelece uma tipologia de edifícios de saúde, como por exemplo
posto de saúde, centro de saúde, hospital, etc., aqui se procurou tratar genericamente todos
esses edifícios como sendo estabelecimentos assistenciais de saúde - EAS, que devem se
adequar as peculiaridades epidemiológicas, populacionais e geográficas da região onde estão
inseridos. Portanto, são EASs diferentes, mesmo quando se trata de edifícios do tipo centros
de saúde, por exemplo. O programa arquitetônico de um centro de saúde irá variar caso a
caso, na medida em que atividades distintas ocorram em cada um deles.

Desta forma, as diversas tabelas contidas no documento permitem que sejam elaborados
programas arquitetônicos dos mais diversos. Para tanto se deve, a partir da definição da
listagem das atividades que o EAS irá realizar, escolher os ambientes próprios para realização
das mesmas. Assim, identificando-se na listagem de atribuições/ atividades do capítulo 2 o
número da atividade que se irá realizar, deve-se procurar na primeira coluna de cada tabela
esse número e consequentemente o ambiente correspondente àquela atividade. Exemplo:
caso tenha-se definido que o EAS executará a atribuição de internação e mais precisamente as
atividades de internação de pacientes em regime de terapia intensiva, deve-se procurar a
tabela de unidade funcional internação, subgrupo internação intensiva. Nesta tabela serão
encontrados os ambientes fins "relativosà UTI/CTI. Logicamente um programa arquitetônico
de uma UTI não será composto somente por esses ambientes. Portanto, deve-se procurar nas
tabelas relativas as atividades de apoio os ambientes complementares, como por exemplo
banheiros, copas, etc. Esses ambientes encontram-se listados abaixo das tabelas, com a
denominação ambientes de apoio.

Cabe ressaltar que o ambiente somente será obrigatório, se, obviamente, o EAS for exercer a
atividade correspondente.

Portanto não há programas arquitetônicos pré-definidos, e sim uma listagem de ambientes


que deve ser usada pela equipe de planejamento do EAS na medida que se está montado o
programa desse, ou quando o projeto está sendo analisado para fins de aprovação.

Cada programa é específico e deve ser elaborado pela equipe que está planejando o EAS,
incorporando as necessidades e as especificidades do empreendimento, propiciando desta
forma uma descentralização de decisões, não mais tomadas sob uma base pré-definida de
programas ou formas.

AMBIENTES DO EAS

Ambiente é entendido nesta norma como o espaço fisicamente determinado e especializado


para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e
instalações diferenciadas.

Os aspectos de dimensionamento e as instalações prediais dos ambientes encontram-se


organizados em colunas próprias nas tabelas. A quantificação refere-se ao número de vezes
em que o mesmo ambiente se repete. O dimensionamento é expresso pela quantificação e
dimensões espaciais do ambiente, ou seja, o tamanho do ambiente (superfície e dimensão),
em função do equipamento e/ou população presentes. O dimensionamento logicamente
deverá estar relacionado à demanda pretendida ou estipulada, portanto a quantificação e o

19
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

dimensionamento adotado nas tabelas são o mínimo necessário, podendo ser aumentado a
partir da demanda gerada.

INSTRUÇÕES PARA USO DAS TABELAS DE AMBIENTES

A existência ou não de um determinado ambiente, depende da execução ou não da atividade


correspondente. Entretanto, em alguns casos o fato de determinada atividade ser realizada,
não garante a existência de ambiente específico para esta, pois a atividade eventualmente
pode ser executada junto com outra atividade em outro ambiente.

Os ambientes em cuja coluna-quantificação aparecem numerais ou fórmulas matemáticas


identificando a quantidade mínima destes, são obrigatórios, ou seja, quando a unidade existir,
assim como a atividade correspondente, estes tem de estar presentes. Os demais são
optativos, na dependência do tipo do estabelecimento.

Os ambientes de apoio podem ou não estar dentro da área da unidade, desde que de fácil
acesso, salvo exceções explicitadas entre parênteses ao lado do nome do ambiente, assim
como podem ser compartilhados entre duas ou mais unidades. Unidades de acesso restrito
(centro cirúrgico; centro obstétrico; hemodinâmica; UTI, etc.), têm seus ambientes de apoio no
interior das próprias unidades. Os aspectos de quantificação, de dimensão e de instalações dos
ambientes de apoio encontram-se detalhados nas tabelas das unidades funcionais específicas
desses.

Os ambientes de apoio que estiverem assinalados com * não são obrigatórios, os demais são.
Esses ambientes de apoio podem ser compartilhados entre duas ou mais unidades, a depender
do "lay-out" dessas;

Estabelecimentos que realizam atividades especializadas relativas a uma ou mais unidades


funcionais e que funcionam físico e funcionalmente isolado - extra-hospitalar, dispondo de
recursos materiais e humanos compatíveis à prestação de assistência como, por exemplo,
clínicas de diálise, de quimioterapia e radioterapia, de endoscopia, estabelecimentos da rede
de sangue, etc., necessitam de ambientes de apoio, ou mesmo unidades inteiras
complementares aos ambientes especificados nas tabelas, de modo a suprir estes EASs de
serviços essenciais ao seu funcionamento. Esses ambientes poderão se localizar dentro do
próprio edifício ou mesmo fora desses através de serviços terceirizados ou não e normalmente
estão relacionadas às atividades de processamento de roupas, esterilização de materiais,
nutrição de pacientes ou funcionários, etc. Ambientes de apoio relacionados ao conforto e
higiene dos pacientes e funcionários, guarda de RSS e limpeza do EAS devem estar localizados
na própria edificação.

Para fins de avaliação de projeto, aceitam-se variações de até 5 % nas dimensões mínimas dos
ambientes, principalmente para atendimento a modulações arquitetônicas e estruturais. Para
análise de projetos de reforma vide item 6 do capítulo Elaboração de Projetos Físicos.

LEGENDA:

HF= Água fria

HQ = Água quente

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FV = Vapor

FG = Gás combustível

FO = Oxigênio (6)

FN = Óxido nitroso

FV C = Vácuo clínico (6)

FV L = Vácuo de limpeza

FA M = Ar comprimido medicinal (6)

FA I = Ar comprimido industrial

AC = Ar condicionado (1)

CD = Coleta e afastamento de efluentes diferenciados (2)

EE = Elétrica de emergência (3)

ED = Elétrica diferenciada (4)

E = Exaustão (5)

ADE = A depender dos equipamentos utilizados. Nesse caso é obrigatória a apresentação do


"lay-out" da sala com o equipamento.

(1) Refere-se à climatização destinada à ambientes que requerem controle na qualidade


do ar.

(2) Refere-se à coleta e afastamento de efluentes que necessitam de algum tratamento


especial.

(3) Refere-se à necessidade de o ambiente ser provido de sistema elétrico de emergência.

(4) Refere-se à necessidade de o ambiente ser provido de sistema elétrico diferenciado


dos demais, na dependência do equipamento instalado. Exemplo: sistema com tensão
diferenciada, aterramento, etc.

(5) É dispensável quando existir sistema de ar recirculado.

(6) Canalizado ou portátil.

(*) A classificação foi adotada em função de como o profissional de saúde recebe as


informações ou realiza as terapias

OBS.: Não foram objetos de estudo as instalações: elétrica comum, hidro-sanitária comum,
telefone, som, processamento de dados, cabeamento estruturado, águas pluviais, combate a
incêndios e climatização de conforto.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

UNIDADE FUNCIONAL: 1- ATENDIMENTO AMBULATORIAL

N.º ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO (min.)

1.1 a 1.5 Ações Básicas de Saúde

1.1 Sala de atendimento 1 9,0 m


individualizado

1.1, 1.3, 1.4 e Sala de demonstração e 1 1,0 m por ouvinte


1.5 educação em saúde

1.1 Sala de imunização 1 6,0 m

1.5 Sala de armazenagem e 1,0 m por tonelada para


distribuição de alimentos de empilhamentos com h.= 2,0 m e
programas especiais com aproveitamento de
70% da m do ambiente

1.2, 1.4, 1.5 Sala de relatório 1,0 m por funcionário

1 . 11 Enfermagem

1.11 Sala de preparo de paciente 6,0 m


(consulta de enferm., triagem,
biometria)

1 . 11 Sala de serviços 8,0 m

1.8; 1.11 Sala de curativos / suturas e 9,0 m


coleta de material (exceto
ginecológico)

1.11 Sala de reidratação (oral e 6,0 m por paciente


intravenosa)

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1.11 Sala de inalação individual 1, obrigatório em unidades p/ 4,0 m
tratamento de AIDS

1.11 Sala de inalação coletiva 1,6 m por paciente

1.11 Sala de aplicação de 5,5 m


medicamentos

1.7 Consultórios ¹

1.7; 1.8 Consultório indiferenciado 4 NC=(A.B):(C.D.E.F.) * 7,5 mcom dim. mínima=2,2 m

1.7 Consultório de serviço social - 6,0 m 0,8 mp/ paciente


consulta de grupo

1.7; 1.8 Consultório de ortopedia 7,5 m ou 6,0 m ( área de exames


comum a outros
consultórios com área mínima de
7,0 m²). Dim. mínima de
ambos=2,2 m

1.7; 1.8 Consultório diferenciado A depender do equipamento


(oftalmo, otorrino, etc.) utilizado. Distância mínima
entre cadeiras odontológicas
1.7; 1.8 Consultório odontológico coletivo individuais numa mesma sala
=1m

1.7; 1.8 Consultório odontológico 9,0 m

Internação de Curta Duração ²

1 . 11 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de curta duração 6,0 m

1 . 11 Área de prescrição médica 2,0 m

1.8; 1.9; 1.10; Quarto individual de curta 1 10,0m = quarto de 1 leito 7,0m
1.11; duração por leito = quarto de 2 leitos 6,0mpor
1.12 leito = quarto de 3 a
6 leitos

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1.8; 1.9; 1.10; Quarto coletivo de curta duração N.º máximo de leitos por quarto = 6
1.11; Distância entre leitos paralelos = 1m
1.12 Distância entre leito e paredes:
cabeceira = inexistente; pé do leito =
1,2m; lateral = 0,5m
Na pediatria e na geriatria devem
ser previstos espaços
para

cadeira de acompanhante ao lado do


leito

Vide Portaria Conjunta MS/GAB nº 1 de 02/08/00 sobre funcionamento de

estabelecimentos privados de vacinação e Portaria MS/GAB nº 44 de 10/01/01 sobre


hospitaldia no âmbito do SUS.

¹ Admite-se consultórios agrupados sem ambientes de apoio, desde que funcionem de forma
individual. Nesses caso os ambientes de apoio se resumem a sala(s) de espera e recepção e
sanitário(s) para público e, caso haja consultórios de ginecologia, proctologia e urologia,
sanitário para pacientes anexo à esses.

² Quando o EAS possuir unidade de internação, esta pode ser utilizada para manutenção de
pacientes em observação pós-cirurgia ambulatorial.

³ Exlusivo para unidades que dão assistência à pacientes com AIDS.

4 Vide Portaria MS/GAB nº 1316 de 30/11/00 - Regulamento Técnico para transplante de


medula óssea e outros precursores hematopoéticos.

Obs. : Os outros ambientes necessários a realização das atividades 1.9 e 1.10 encontramse nas
tabelas específicas - Apoio ao diagnóstico e terapia.

AMBIENTES DE APOIO:

-Sala de espera para pacientes e acompanhantes

-Área para registro de pacientes / marcação

-Sala de utilidades

-Depósito de material de limpeza

-Sanitários para pacientes e público (mas. e fem.)

-Sanitários para pacientes (anexo aos consultórios de gineco-obstetrícia, proctologia e


urologia)

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-Banheiros para pacientes (1 para cada quarto)

*-Sanitários para funcionários

*-Depósito de equipamentos

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas *-Copa

NC= Nº de consultórios/cadeiras(odont.) necessários (as)

A= Pop. da área B= Nº de consultas/habitante/ano

C=Nº de meses do ano E=Nº de consultas/turno de atendimento

D=Nº de dias úteis do mês F=Nº de turnos de atendimentos

B= Nº de consultas/habitante/ano

E=Nº de consultas/turno de atendimento

F=Nº de turnos de atendimentos

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UNIDADE FUNCIONAL: 2 - ATENDIMENTO


IMEDIATO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

2.1;2.2 Atendimentos de Urgência e


Emergência

Urgências (baixa e média


complexidade)

Área externa para desembarque de 1 21,00 m de área coberta


ambulâncias

2.1.1 Sala de triagem médica e/ou de 1 8,0 m HF


enfermagem

2.1.2 Sala de serviço social 1 6,0 m

2.1.3;2.2.3 Sala de higienização 8,0 m HF;HQ

2.1.4;2.1.5 Sala de suturas / curativos 1 9,0 m H F ; FA M ; E E

2.1.4;2.1.5 Sala de reidratação 6,0 m por leito H F ; FA M ; E E

2.1.4;2.1.5 Sala de inalação 1 1,6 m por paciente FA M ; F O ; E E

2.1.4 Sala de aplicação de 5,0 m HF


medicamentos

2.1.4;2.1.5 Sala de gesso e redução de 1 10,0 m quando houver boxes HF;HQ;CD;EE


fraturas individuais = 4,0 m por box

2.1.5 Sala para exame indiferenciado 1. Cálculo do nº 7,5 m HF;EE


de salas: NAU=
2.1.5 Sala para exame diferenciado PG . CHA . A ¹ A depender do equipamento HF;EE;ADE
(oftalmo, otorrino, etc) utilizado

2.1.5;2.1.7 Sala de observação 1 quando não 8,5 m HF;EE


existir a unidade

de e m e rg ê n c i a

2.1.4 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos 6,0 m HF;EE


de observação

*-Sala administrativa

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AMBIENTES DE APOIO:
Urgência ( baixa e média complexidade )

-Área para notificação médica de pacientes

-Área de recepção de pacientes

-Sanitários para pacientes (geral - mas. e fem. e consultórios de gineco-obstetrícia, urologia e


proctologia)

-Sala de utilidades

-Sala de espera para pacientes e acompanhantes

-Depósito de material de limpeza

-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Sala administrativa

*-Copa

¹NAU=Nº de atendimentos de urgência

PG= População geral

CHA=Nº de consultas/habitantes/ano

A= Estimativa percentual do total de consultas médicas que demandam atendimento de


emergência

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UNIDADE FUNCIONAL: 2 - ATENDIMENTO


IMEDIATO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

2.1;2.2 Atendimentos de Urgência e


Emergência (cont.)

Urgências (alta complexidade) e


Emergências

2.2.4 Posto de enfermagem / prescrição 1 para cada 12 leitos 6,0 m HF;EE


médica de observação

2.2.4 Sala de serviços 1 5,7 m HF;EE

2.2.4 à 2.2.7 Sala de isolamento 8,0 m HF;HQ;FO


; FA M ; E E

2.2.4 à 2.2.7 Sala coletiva de observação de 1 de pediatria, 2 de 8,5 m por leito H F ; F O ; FA


pediatria adulto (mas e fem). O M;EE
nº de leitos é calculado
2.2.4 à 2.2.7 Salas coletivas de observação de sobre a estimativa 8,5 m por leito HF;FO;FAM;EE
adulto - masculina e feminina ¹
do total de
atendimento de
emergência e
urgência. A sala
de pediatria é
opcional quando
o nº de leitos total
de obs. for a 6.

2.2.1;2.2.3 à Sala de procedimentos especiais ( 15,0 m FO;FN;FVC; FA


2.2.6 invasivos ) M;AC;EE;
ED

Área de escovação 2 torneiras por sala 1,10 m por torneira HF;HQ


invasivos

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

2.2.1;2.2.3 à Sala de emergências (politraumatismo, 1 12 mpor leito (2 leitos no min.), HF;FO;FN;FVC;


2.2.6 parada cardíaca, etc) com distância de 1 m entre estes e FA M ; A C ; E
paredes, exceto cabeceira e com E
espaço suficiente para manobra
da maca junto ao pé dessa.
Pédireito mínimo = 2,7 m

AMBIENTES DE APOIO (deve-se acrescer os ambientes de apoio da urgência de baixa e média


complexidade):

Atendimento de Urgência e Emergência

-Área para guarda de pertences de pacientes

-Agência transfusional ²

-Banheiros para pacientes (salas de observação e isolamento)

-Rouparia

-Sanitários para funcionários

-Banheiro para funcionários (plantão)

-Quarto de plantão

-Depósito de equipamentos

- Sala de distribuição de hemocomponentes ("in loco" ou não)

*- Salas administrativas

*- Copa

*- Posto policial

Obs.: Caso tenha-se atendimento pediátrico na unidade, este deverá ser diferenciado do de
adultos, com s. de observação e de espera próprias. Admite-se uma única sala de espera
quando o nº total de s. de exames for ≤ a 4.

Deve-se acrescer aos ambientes listados nesta tabela, todos os ambientes contidos na tabela
anterior de urgências de baixa e média complexidade, inclusive os ambientes de apoio. As
unidades de alta complexidade e/ou emergência são compostas pelos ambientes desta tabela,
mais os ambientes obrigatórios das urgências de baixa e média complexidade.

¹ Admite-se uma única sala para homens e mulheres, desde que entre os leitos haja algum
dispositivo de vedação que permita a privacidade dos pacientes e o nº total de leitos não for
maior do que 12.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

² "In loco" ou não. Obrigatório somente quando não existir outra unidade de hemoterapia com
estocagem de hemocomponentes no EAS.

UNIDADE FUNCIONAL: 3 -
INTERNAÇÃO (cont.)
Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

3.2 Internação de recém-nascido A unidade completa é


(neonatologia) obrigatória a partir da
existência de 12 berços
de RN de c.
intermediários/sadios ou
5 berços de RN de
cuidados intensivos ¹

3.2.4;3.2.5 Posto de enfermagem / prescrição 1 a cada 15 berços de 4,5 m HF;EE


médica cuidados
intermediáriosou
sadios e 1 para
cada berçário de
cuidados intensivos

3.2.4. Área para prescrição médica 2,0 m

3.2.5 Área de serviços de enfermagem 1 Área de serviços por 6,0 m HF;EE


posto de enfermagem

3.2.5 Área de cuidados e higienização² 1 a cada 15 berços ou 4,0 m HF;HQ;FVC;


fração FAM; EE

3.2.1;3.2.6 Berçário de sadios 2,2 m por berço (R.N. sadio) e HF; EE


4,5 m (outros), mantendo uma
3.2.2;3.2.6 Berçário de cuidados 1. Devem existir 4 distância mínima de 0,6 m (sadios) HF;HQ;FVC;
intermediários berços a cada 80 e 1 m (outros) entre berços e entre FAM; EE;FO
RN/ano de baixo peso (- estes e paredes, exceto entre
2500 g) cabeceira do berço
e parede. Para alojamento
conjunto³, o berço deve ficar ao
lado do leito da mãe e afastado 0,6
m de outro berço.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

3.2.3;3.2.6 Berçário de cuidados intensivos - Mínimo de 5 leitos, 6,5 m por berço. Distância entre H F ; F O ; FA
UTI neonatal 4 sendo 1 berços a cada 80 paredes e berço = 1 m, exceto M;AC;EE;
RN/ano de baixo peso (- cabeceira Distância entre berços = FVC;ED;E
2500g). É obrigatório em 2m
todo em EAS que
atendam gravidez/parto
de alto risco

Vide Manual de Assistência ao Recém Nascido, Coordenação Materno Infantil do Ministério da


Saúde, 1994 e Portaria 1091/GM de 25/08/99, publicada no DO 26/08/99, sobre Unidade de
cuidados intermediários neonatal no âmbito do SUS.

AMBIENTES DE APOIO:

Internação de recém-nascido - neonatologia ( unidade de acesso restrito):

-Sala de utilidades

-Área para registro de pacientes (controle de entrada e saída)

-Quarto de plantão ("in loco" ou não)

-Sanitários para funcionários

-Depósito de equipamentos / materiais

-Depósito de material de limpeza

-Vestiário de acesso à unidade

*-Sala administrativa

*-Copa de distribuição

*-Área para guarda de carros de transferência de R.N.

*-Sala para coleta de leite (obrigatório quando a mãe não estiver internada no mesmo

EAS)

*-Sala de estar para visitante (anexa à unidade)

*-Sanitários para público (junto à sala de estar)

Obs.: - Os berçários devem possuir painéis de vidro na área de visão, instalados nas paredes.

¹ EAS com menos de 12 leitos de RN podem prescindir da unidade física de neonatologia


completa, entretanto devem possuir na unidade de internação geral ao menos o ambiente
"berçário de cuidados intermediários", com o mesmo dimensionamento da tabela de acima.
Neste ambiente deve ser instalada uma bancada com pia com água quente para cuidados e
higenização dos RNs. O posto de enfermagem pode ser compartilhado com o da unidade de
internação geral onde o berçário citado está instalado, desde que este seja contíguo ao posto.

20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

² A sala de cuidados e higenização de lactente deve possuir uma pia de despejo.

³ Obrigatório de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei nº 8069/90 ).

4 Preferencialmente deve estar localizado na unidade de neonatologia. Poderá eventualmente


localizar-se no CTI/UTI.

UNIDADE FUNCIONAL: 3 - INTERNAÇÃO (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

3.3 Internação intensiva-UTI / CTI (1) É obrigatória a existência em


hospitais terciários e em
hospitais secundários com
capacidade 100 leitos, bem
como nos especializados que
atendam pacientes graves ou
de risco e em EAS que
atendam gravidez /par-to de
alto risco. Neste último caso o
EAS deve dispor de UTIs
adulto e neonatal.

3.3.2;3.3.3; Posto de enfermagem / área de 1 para cada área coletiva Ao menos um dos HF;EE
3.3.5 serviços de enfermagem ou conjunto de quartos, postos (quando houver
independente do nº de mais de um) deve
leitos. possuir 6,0m.

3.3.2 Área para prescrição médica 1,5 m

3.3.1 à Quarto (isolamento ou não) Mínimo de 5 leitos podendo 10,0 mcom distância de 1 HF;FO;FAM; AC;
3.3.3; 3.3.5; existir quartos ou áreas m entre paredes e EE;FVC;ED;E
à 3.3.7 coletivas, ou am-bos a leito, exceto cabeceira
critério do EAS. O nº de e com espaço
leitos de UTI deve suficiente para manobra
corresponder a no mí-nimo da maca junto ao pé
6% do total de leitos do dessa.
EAS. Deve ser previsto um
3.3.1 à Área coletiva de tratamento ( exceto quarto de isolamento para 9,0 m por leito com H F ; F O ; FA M
3.3.3; 3.3.5; neonatologia ) cada 10 leitos de UTI, ou distância de 1 m entre ; A C ; EE; FVC;
à 3.3.7 fração. paredes e leito, exceto ED
cabeceira e de 2 m entre
leitos e com espaço
suficiente para manobra
da maca junto ao pé
dessa.

5.3.1; 5.3.2 Sala de higenização e preparo de 1. "In loco" ou não 6,0m com dimensão HF
equipamentos / material mínima igual a 1,5 m

20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

3.3.8 Sala de entrevistas 6,0m

AMBIENTES DE APOIO:

CTI/UTI ( unidade de acesso restrito):

-Sala de utilidades

-Quarto de plantão

-Rouparia

Depósito de equipamentos e materiais

Banheiro para quarto de plantão

-Sanitários com vestiários para funcionários ( mas. e fem. )

-Sanitário para pacientes ( geral )

- Pode ser substituído, quando se fizer uso de quartos individuais, por equipamento ou
bancada contendo lavatório e bacia sanitária juntos.

-Sala de espera para acompanhantes e visitantes ( anexo à unidade ou não )

-Sala administrativa ( secretaria )

-Depósito de material de limpeza

-Copa

*-Área de estar para equipe de saúde

*-Sanitário para público (junto à sala de espera)

Obs.: - Os boxes das áreas coletiva de tratamento devem possuir dispositivos que permitam a
privacidade dos pacientes quando necessário.

- Na UTI pediátrica deve ser prevista poltrona para acompanhante junto aos leitos, sem
que isto implique em aumento de área prevista para cada leito.

- A sala de espera pode ser compartilhada com setores afins do hospital, desde que seja
dimensionada de forma a atender à demanda das unidades a que se destina.

- O posto de enfermagem deve estar instalado de forma a permitir observação visual


direta ou eletrônica dos leitos ou berços. No caso de observação visual por meio eletrônico,
deverá dispor de uma central de monitores.

20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

UNIDADE FUNCIONAL: 3 - INTERNAÇÃO (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

Internação Para Tratamento A unidade deve existir a


Intensivo de Queimados-UTQ partir da
necessidade de 5
leitos para queimados

3.4.1 Área de recepção e preparo de 1 Suficiente para o recebimento de


paciente uma maca

3.4.3;3.4.4;3.4.9 Posto de enfermagem / 1 a cada 10 leitos 6,0 m HF;EE

prescrição médica
3.4.3 Área para prescrição médica 2,0 m

3.4.3;3.4.4;3.4.6 Sala de exames e curativos 1 a cada 30 leitos ( 7,5 m H F ; FA M ; E


quando existir E
enfermaria que não
tenha sub-divisão
física dos leitos )

3.4.4 Sala de serviços Cada posto deve ser 5,7 m HF;EE


servido por ao menos 1
sala.

3.4.2;3.4.4; Quarto A cada 10 leitos de 12,0m com distância de 1 m HF;HQ; FO;


3.4.9;3.4.10 enfermaria ou entre paredes e leito, exceto FAM; FVC;AC;
fração,tem de existir cabeceira EE; ED
um quarto para
3.4.2;3.4.4 Enfermaria de adulto, de isolamento. Nº máximo 7,0m por leito = quarto de 2 leitos
3.4.9;3.4.10 adolescente e criança de leitos por enfermaria 6,0m por leito = enfermaria de 3
=6 à 6 leitos Distância entre leitos
paralelos
= 1m Distância entre leito e
paredes = cabeceira =
inexistente; pé do leito = 1,2m;
lateral = 0,5m Nos leitos
pediatria, deve ser previsto espaço
para cadeira de acompanhante ao
lado destes

3.4.5;3.4.6 Sala para tratamento de 1 12,0 m HF;HQ;FO;EE;


balneoterapia ED;FN

3.4.3;3.4.4 Banco de pele 3,0 m HF;EE

20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

AMBIENTES DE APOIO:

UTQ ( unidade de acesso restrito):

-Sala de utilidades

-Sala cirúrgica ("in loco" ou no centro cirúrgico)

-Copa

-Depósito de equipamentos

-Rouparia

-Quarto de plantão para funcionários ("in loco" ou não )

-Banheiros com vestiários para funcionários (paramentação, barreira de acesso à unidade -


mas. e fem.)

-Banheiro para pacientes (cada quarto ou enfermaria deve ter acesso direto a um banheiro,
podendo este servir a no máximo 2 enfermarias)

Salão para cinésioterapia e mecanoterapia ("in loco" ou não)

Depósito de material de limpeza

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Sala administrativa

*-Sala de estar para visitante (anexo à unidade)

*-Sanitário para público (sala de estar)

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

4.1 Patologia Clínica

4.1.1; Box de coleta de material 1 para cada 15 coletas / hora. 1,5 m por box. Um dos boxes deve
4.1.2 ser destinado à maca e com
dimensão para tal

4.1.1; Sala para coleta de Caso haja só um ambiente de 3,6 m HF


4.1.2 material coleta, este tem de ser do tipo
sala

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.1.2 Área para classificação e 3,0 m HF


distribuição de amostras

4.1.4 Sala de preparo de 3,0 m HF;CD;E


reagentes

4.1.3 a Laboratório de 1. A depender do tipo de 14,0 m para um laboratório "geral". HF;CD;ED;FG;


4.1.7 hematologia atividades exercidas pelo EAS, o 6,0 m para um laboratório. EE;E;ADE
4.9.8; laboratório pode subdividir-se em específico (ex.: hematologia)
4.9.9 vários outros. Quando existir
UTI, UTQ ou emergência no
4.1.3 a Laboratório de estabelecimento, tem de haver um
4.1.7 parasitologia- Área de laboratório dando suporte a estas
preparo- Área de unidades por 24 horas. A câmara de
microscopia imunofluorescência é optativa
ADE.

4.1.3 a Laboratório de urinálise


4.1.7

4.1.3 a Laboratório de imunologia


4.1.7 ² - Câmara de
4.9.8; imunofluorescência
4.9.9

4.1.3 a Laboratório de
4.1.7 bacteriologia ou
microbiologia

Laboratório de micologia

Laboratório de virologia -
Antecâmara de
paramentação - Sala de
manuseio de células

Laboratório de
bioquímica-Área para
eletroforese

4.1.3 a Laboratório de biologia


4.1.7 molecular ² - Sala de
4.9.8; preparo de soluções ³ - Sala
4.9.9 de extração de
4.1.4 ácidos nucléicos ³ -
Antecâmara de
paramentação exclusiva
para acesso à sala de
PCR - Sala de PCR
(amplificação)- Área de
preparo de géis

9,0 m²

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8,5 m²

2,8 m² HF

6,0 m² HF;FG; CD; EE;

- Sala de revelação de ED;ADE


géis
"In loco" no laboratório ou não 4,0 m ED;ADE

4.3.4; Laboratório de suporte à 8,0 m HF;FG;CD;EE;


4.1.3a UTI e UTQ¹ ED; E;ADE
4.1.7.

4.3.4; Laboratório de 16,0 m


4.1.3 a emergência
4.1.7

AMBIENTES DE APOIO:

-Área para registro de pacientes

-Sala de espera para pacientes e acompanhantes Sanitários para funcionários ("in loco" ou
não)

Sanitários para pacientes e acompanhantes

-Salas administrativas

-Depósito de material de limpeza

-Sala de esterilização de material

*-Copa

*-Quarto de plantão (quando houver funcionamento por 24 horas)

*-Depósito de equipamentos e materiais

Obs.: Os laboratórios podem estar localizados em um único salão, separados por áreas e
bancadas específicas. A depender do nível de biossegurança (vide item B.7 do capítulo
Condições ambientais de controle de infecção) exigido pelos procedimentos realizados em
cada um dos laboratórios, pode ou não ser necessária a existência de sala exclusiva, inclusive
com antecâmara.

¹ Situado nessas unidades.

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

² vide Portaria MS/GAB nº 1312 de 30/11/2000 sobre normas de cadastramento dos


laboratórios de histocompatibilidade no âmbito do SUS e norma da ANVISA sobre sangue e
hemocomponentes.

³ As Salas de preparo de soluções e de extração de ácidos nucléicos pode se constituir em uma


única sala, com duas áreas distintas.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

4.2 Imagenologia ¹

4.2.5.a Radiologia

4.2.2 Sala de preparo de pacientes 6,0 m

4.2.5.b Sala de preparo de contraste 2,5 m HF

4.2.2 Sala de indução anestésica e Distância entre macas(s) igual à 0,8 HF;FO;FN; AM;
recuperação de exames m e entre maca(s) e paredes, exceto FVC; EE; ED
cabeceira, igual à 0,6 m. e com
espaço suficiente para manobra da
maca junto ao pé dessa.

4.2.2 Sala de serviços 5,7 m HF

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2.5.a; Sala de exames (com comando) - 1 (geral). A ADE, com distâncias mínima entre Geral:
4.2.12 Geral - Odontológico - Mama - necessidade de salas de as bordas ou extremidades do FVC;FAM;EE;
Densitometria exames específicos, equipamento exceto estativa mural ED; AC
depende do programa e gerador e todas as paredes da sala Intervencionista:
do estabelecimento. O igual a: -1,0 m das bordas laterais FO;FN; FVC;
nº de salas depende da da mesa de exame do equipamento; FAM; C;
-0,6 m das demais bordas ou Mamog. e
capacidade de densit.: AC;EE;
extremidades do equipamento.
produção do .Odonto. comando fora da ED Odonto:
equipamento e da sala=4,0 m (dimensão mín. de 2,0 EE;ED;HF
m) .Odonto. comando na sala=6,0 m
demanda de
(dimensão mín. de 2,0 m) .Mama =
exames do 8,0 m com dimensão mínima de 2,0
estabelecimento m Obs.: O dimensionamento das s.
de exames de raios-X convencionais
ou telecomandados, devem obedecer
também a distância mínima de 1,5m
de qualquer parede da sala ou
barreira de proteção ao ponto
emissão de radiação do
equipamento, observandose sempre
os deslocamentos máximos
permitidos pelo mesmo; A sala
de mamografia deverá atender ao
estabelecido no item anterior, sendo
que entre o equipamento (face
posterior a do cabeçote) e a
parede paralela à essa face, a
distância poderá ser reduzida à 0,4
m; Equipamentos odontológicos
intra-oral podem ser instalados no
próprio consultório desde que a
equipe possa manter-se à no
mínimo 2 m de distância do
cabeçote e do paciente. Esta
distância é desnecessária quando o
disparador estiver situado em outra
sala.

4.2.5.a Sala de exames telecomandados ¹ Não é permitida a instalação de


mais de um equipam. por sala.

4.2.5.a; Área de comando 1 para cada sala de 4,0 m com dimensão mínima = EE;ED
4.2.12 exames telecomandados. 1,8 m
Uma sala pode servir à 2
salas de exames

4.2.10 Sala de interpretação e laudos 1 6,0 m

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

¹ Vide Portaria nº 453/98 do Ministério da Saúde " Diretrizes de Proteção Radiológica em


Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, publicada no DO de 02/06/98.

AMBIENTES DE APOIO:

Imagenologia ( comum à todos, exceto salas para oftalmologia e hemodinâmica)

-Área para registro de pacientes

-Sala de espera de pacientes e acompanhantes

-Sanitários para pacientes

-Sanitários para funcionários ( "in loco" ou não )

-Vestiários de pacientes -Laboratório de processamento de chapas ou filmes

-Arquivo de chapas e filmes

-Depósito de material de limpeza

-Sanitário para pacientes ( exclusivo para salas de raio "X" telecomandado e ultrasonografia
geral )

-Quarto de plantão ( "in loco" ou não, opcional quando se tratar de cliníca exclusiva de
imagens, extra-hospitalar )

-Depósito de equipamentos e materiais

-Sala de utilidades

-Sala administrativa

*-Sala de estar para funcionários

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Copa

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO


E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

4.2 Imagenologia ¹

4.2.5.b Hemodinâmica

4.2.1 Consultório indiferenciado 1. "In loco" ou não 7,5 m HF

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2.2 Área de recepção de pacientes 1 Suficiente para o


recebimento de uma
maca

4.2.4 Área de escovação 2 torneiras para cada 1,10 m por torneira com HF
sala de exames dim. mínima = 1,0 m

4.2.5.b Área de comando e componentes técnicos 1 para cada sala de 8,0 m AC;EE;ED;
exames. Uma sala
pode servir à 2 salas
de exames

4.2.4.b Sala de exames e terapias 1 sala. O nº de salas ADE, com distâncias FO;FAM;AC; EE; FVC;
depende da mínima entre as bordas ou ED; DE
extremidades do equipamento
capacidade de e todas as paredes da sala
produção do igual à: - 1,0 m das bordas
equip. e da laterais da mesa de exame do
equip.; - 0,6 m das demais
demanda de bordas ou extremidades do
exames do equip. Obs.: O
EAS dimensionamento das salas

de exames, devem
obedecer também a distância
mínima de 1,5m de qualquer
parede da sala
sala ou barreira de
proteção ao ponto emissão
de radiação do
equipamento, observandose
sempre os
deslocamentos máximos
permitidos pelo mesmo.
Pé-direito mínimo = 2,7 m

4.2.6 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de 4,5 m HF;EE


recuperação
pósanestésica

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2.3.; Área de indução e recuperação 1 área. O nº de leitos 8,0 m. Distância entre as macas H F ; F O ; F N ; FA M ;
4.2.7 pós-anestésica deve ser igual ao nº de igual a 0,8 m, entre macas e FVC;EE;ED
salas + 1. paredes, exceto cabeceira,
igual a 0,6 m e com espaço
suficiente para manobra da
maca junto ao pé dessa. O nº
de macas depende dos tipos e
demanda dos exames
previstos.

4.2.10 Sala de interpretação e laudos 1 4,5 m


(leitura de filmes)

¹ Vide Portaria nº 453/98 do Ministério da Saúde " Diretrizes de Proteção Radiológica em


Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, publicada no DO de 02/06/98.

AMBIENTES DE APOIO:

Imagenologia:

Hemodinâmica ( unidade de acesso restrito):

-Sala de utilidades

-Sanitário com vestiário para funcionários (barreira)

-Sanitário com vestiários para pacientes

-Depósito de material de limpeza

-Sala administrativa

-Laboratório de processamento de filmes ( "in loco" ou não ou compartilhado com o da


radiologia)

-Rouparia

*-Sala de preparo de equipamentos e materiais

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2 Imagenologia

4.2.5.c Tomografia ¹

4.2.5.c; Sala de exames de tomografia 1. O nº de salas ADE, com distâncias mínima entre FAM;AC;EE;
4.2.12 depende da as bordas ou extremidades do ED; ADE
capacidade de equipamento e todas as paredes da
produção do sala igual à: - 1,0 m das bordas
equipamento e da laterais da mesa de exame do
demanda de exames do equip.; - 0,6 m das demais bordas
estabelecimento ou extremidades do equip.

4.2.5.c; Área de comando 1 para cada sala de 6,0 m EE;ED


4.2.12 exames. Uma sala
pode servir à 2 salas
de exames

4.2.3.; 4.2.7 Sala de indução e recuperação A depender dos tipos de Distância entre leito(s) igual à 0,8 HF;FO;FVC;
exames realizados. Deve m e entre leito(s) e paredes, exceto FAM; EE; ED
anestésica existir quando cabeceira, igual à 0,6 m e

houver atendimento com espaço suficiente para


pediátrico manobra da maca junto ao pé
dessa

4.2.5.c Posto de enfermagem e serviços 4,5 m HF;EE

4.2.5.c Sala de componentes técnicos 1. Uma sala pode servir a A depender do equipamento EE;ED;AC;ADE
(computadores, etc.) duas salas de utilizado
exames

4.2.10 Sala de laudos e interpretação 6,0 m ED

4.2.5.d Ultra-sonografia

21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2.5.d Sala de exames e terapias de 1 (geral). A 6,0 m= geral 4,0 m = oftamológico HF;FAM;AC;
ultrasonografia - Geral - necessidade de salas de Litotripsia = ADE, com distâncias EE; ED; ADE
Oftamológico - exames específicos, mínima entre as bordas ou Litotripsia: HF;
Litotripsia extracorpórea e depende do pro-grama extremidades do equipamento F O ; FA M ; E
ultrasonog. Intervencionista ¹ do estabelecimento. O (exceto colimador) e todas as E;ED;AC
nº de salas depende da paredes da sala igual a: - 1,0 m das
capacidade de bordas laterais da mesa de exame do
produção do equip. e da equip.; -0,6 m das demais bordas ou
demanda de exames extremidades do equipamento.
do EAS O dimensionamento da sala de
litotripsia devem obedecer também
a distância mínima de 1,5m de
qualquer parede da sala ou barreira
de proteção ao ponto emissão de
raio x do equipamento, observando-
se sempre os deslocamentos
máximos permitidos pelo mesmo. A
sala deve conter no máximo 1
equipamento.

4.2.5.d Sala ou área de comando (para 1. Uma sala pode servir a A depender do equipamento AC;EE;ED; ADE
litotripsia) duas salas de utilizado
exames

4.2.5.d Sala de ecocardiografia 1. O nº de salas 5,5 m AC;HF;ED; EE


depende da
capacidade de
produção do
equipamento e da
demanda de exames do
estabelecimento

4.2.10 Sala de interpretação e laudos 6,0 m

¹ Vide Portaria nº 453/98 do Ministério da Saúde " Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica
em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, publicada no DO de 02/06/98.

AMBIENTES DE APOIO:

Ultra-sonografia geral:

-Sanitário para pacientes (anexo a sala de ultra-sonografia de abdome. O sanitário pode servir
a mais de uma sala)

AMBIENTES DE APOIO:

Tomografia: Vide radiologia

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

4.2 Imagenologia -cont.

4.2.5.e Ressonância magnética

4.2.5.e Área de detecção de A depender do ADE


metais equipamento utilizado

4.2.3; 4.2.7 Sala de indução e A depender dos tipos de exames Distância entre leito(s) HF;FO; FVC;
recuperação anestésica realizados. Deve de existir igual à 0,8 m e entre FAM; EE;ED
quando houver atendimento leito(s) e paredes,
pediátrico exceto cabeceira, igual à
0,6 m e com espaço
suficiente para
manobra da maca junto
ao pé dessa.

4.2.5.e Sala de exames de 1. O nº de salas depende da ADE, com distâncias FAM;AC;EE;


ressonância magnética capacidade de produção do mínima entre as bordas ED; ADE
equipamento e da demanda de ou extremidades do
exames do estabelecimento equipamento e todas
as paredes da sala
igual à: - 1,0 m das
bordas laterais da
mesa de exame do
equip.; -0,6 m das
demais bordas ou
extremidades do
equipamento.

4.2.5.e Área de comando 1 para cada sala de exames. 6,0 m AC;EE;ED


Uma sala pode servir à 2 salas de
exames

4.2.8 Área para atendimentos de 1. Opcional caso exista a sala de 6,0 m HF;FO;FAM
emergências recuperação anestésica EE;ED

4.2.5.e Posto de enfermagem e 6,0 m HF;EE


serviços

4.2.10 Sala de laudos e 6,0 m


interpretação

4.2.5.e Sala de componentes 1. Uma sala pode servir à A depender do AC;EE;ED;ADE


técnicos (computadores, duas salas de exames equipamento utilizado
compressor hélio, etc)

4.2.5.g Outros

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.2.5.g Sala exames oftamológicos 4,0 m ED;ADE


(retinografia, paquimetria,
campimetria,
etc.)

AMBIENTES DE APOIO: Vide radiologia

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

Imagenologia -cont.

4.2.5.f Endoscopia Digestiva e


Respiratória ¹

4.2.1 Consultório indiferenciado ² 1 7,5 m HF

4.2.2 a; Sala de exames e procedimentos ²- Área 1 12,0 m com área de limpeza e 9,0 m HF;HQ;FO; FVC;
4.2.5.f; para limpeza e desinfecção de sem área de limpeza FAM; ED;EE
4.2.7; endoscópios
4.2.13; 9.7

4.2.2 a; Sala de exames para procedimentos Vide salas de exames de raios "x" HF;HQ;FO;FVC
4.2.5.f; associados a radiologia ² FA M ; E E ; E D
4..2.7;
4.2.13

4.2.7 Sala de recuperação ² 1 Distância entre leito(s) igual à 0,8 m HF;FO;FVC;


FAM; EE
e entre leito(s) e paredes,
exceto cabeceira, igual à 0,6
m e com espaço suficiente
para manobra da maca junto
ao pé dessa

4.2.10 Sala de laudos e interpretação ² 1 6,0 m

AMBIENTES DE APOIO: Vide radiologia

Endoscopia Digestiva e Respiratória:

*-Sala para preparo de equipamentos/material (obrigatória no caso de haver mais de uma sala
de exames. Nesse caso dispensa-se a área de limpeza e desinfecção de endoscópios localizada
na sala de exames)

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

¹ Os ambientes dessa unidade podem ser compartilhados com os demais da imagenologia,


exceto a sala de exames e a sala de preparo de equipamentos.

² Unidades com uma única sala de exames poderão exercer as atividades 5.2.1,5.2.7 e 5.2.8 na
sala de exames e procedimentos. Nesse caso dispensa-se o consultório e as salas de
recuperação e de laudos.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

4.3 Métodos gráficos ¹

4.3.2 Cabine de audiometria 1 de cada, quando for o 1,4 m com dim. mínima =1,2 m
caso. O nº de salas
depende da capacidade
4.3.2;4.3.3 Sala de otoneurologia de pro dução do 11,0 m com dim. mínima =2,2 m HF;ED; ADE;
equipamento e da EE
demanda de exames do
4.3.2;4.3.3 Sala de potenciais evocados EAS e do tipo de ativi - 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
des desse
4.3.2;4.3.3 Sala de eletroencefalografia - EEG 5,5 m com dim. mínima =2,2 m

4.3.2;4.3.3 Sala de eletromiografia 5,5 m com dim. mínima =2,2 m

4.3.2; 4.3.3 Sala de fluxo vascular contínuo 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
(Doppler)

4.3.2; 4.3.3 Sala de eletrocardiografia - ECG 5,5 m com dim. mínima =2,2 m

4.3.2; 4.3.3 Sala de eletrocardiografia contínua - 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
(Holter)

4.3.2; 4.3.3 Sala de ergometria 5,5 m com dim. mínima =2,2 m

4.3.2; 4.3.3 Sala de fonomecanocardiografia 5,5 m com dim. mínima =2,2 m

4.3.2; 4.3.3 Sala de função pulmonar 4,0 m EE

4.3.2 Sala para estudos do sono 4,0 m ED;EE

4.3.2; 4.3.3 Área de comando para: audiometria, 1 para cada sala de 4,0 m
potenciais evocados e estudo do sono exames. Uma área
pode servir à 2 salas
de exames

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.3.3 Sala de interpretação e laudos 1. Quando não for feita 6,0 m


nas salas de exames

AMBIENTES DE APOIO:

Métodos gráficos:

-Área para recepção e registro de pacientes

-Sala de espera de pacientes e acompanhantes

-Sanitários para pacientes e acompanhantes

-Sanitário para paciente (sala de estudo do sono)

-Vestiários para pacientes (ergometria)

*-Sanitários para funcionários ("in loco" ou não)

¹ A unidade funcional Métodos Gráficos não se configura uma unidade física

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES


AMBIENTE
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

4.4 Anatomia Patológica e


Citopatologia

4.4.1;4.4.2;4.4.7; Sala de recepção e 1 6,0 m2


4.4.8 classificação- Área para
recepção e registro de
material- Área para
emissão e codificação
de laudos

4.4.4 Sala de 1 6,0 m2 HF; E


macroscopia- Área
de descrição e
clivagem- Área de
armazenamento de
peças

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.4.4 Sala de técnica - Área 1 12,0 m2 HF


histológica (inclusão
em parafina,
microtomia, coloração
e montagem)- Área
citológica

(processamento e
confecção de lâminas
para líquidos,
coloração e
montagem)

4.4.4 Sala de imuno-histoquímica- 6,5 m2 HF


Área de processamento

4.4.5 Sala de microscopia 1 6,0 m2

4.4.4; 4.4.5 Sala de biópsia de 3,6 m2 HF; ED


congelação 1

4.4.6 Sala de necrópsia- Área de 1 17,0 m2 c HF; E;


exames - Área de guarda EE;ADE
temporária de cadáveres ( dim. mínim
câmara frigorífica) = 2,8 m,
acrescent r
8,5 m2 por
mesa
adicional
3,0 m2 se
houver
câmara
frigorífica

4.4.9 Arquivo de peças, lâminas, 1 12,0 m2


blocos e fotografias

Vide Manual de Organização de Laboratório de Citopatologia e Histopatologia do MS, 1987, ou


o que vier a substituí-lo.

AMBIENTES DE APOIO:

Anatomia Patológica e Citopatologia:

-Banheiros para funcionários

-Depósito de material de limpeza

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

*-Sala de utilidades

*- Depósito de material (reagentes, parafina, etc...)

1 - Esta sala (quando existir), estará localizada no Centro Cirúrgico.

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

4.5. Medicina nuclear

4.5.1; 4.5.2 Laboratório de 1 8,0 m HF;E


manipulação e estoque de
fontes em uso ¹

4.5.1; 4.5.2 Sala de decaimento 1 4,0 m


(depósito de rejeitos
radioativos) ²

4.5.3 Box para coleta de 1 para cada 15 coletas / hora 1,5 m por box, sendo 1 para HF
material maca com dimensão para tal

4.5.4 Laboratório de 1 6,0 m HF;ED;E


radioimunoensaio ("in
loco" ou não)

4.5.5 Sala de administração 1 5,5 mcom dim. mínima = HF


de radiofármacos 2,2 m

4.5.6 Sala ou box de 1 Box individual para leito: 3,0


pacientes "injetados" m. Obrigatória a existência
de no mínimo 1 box Sala:
0,9 m² por cadeira

4.5.7 Salas de exames de 1. O nº de salas depende da ADE, com distâncias FA M ; A C ; E


medicina nuclear - capaci-dade de produção dos mínima entre as bordas E ADE
Gama-câmara - equipamentos e da demanda de ou extremidades do
Cintilógrafo exames do estabelecimento equipamento e todas as
paredes da sala igual à: -
100 cm das bordas
laterais da mesa de
exame do equip.; - 60 cm
das demais bordas ou
extremidades do
equipamento.

4.5.10 Sala de laudos e 6,0 m


arquivos

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Vide norma CNEN - NE 3.05 - Requisitos de Radioproteção e Segurança Para Serviços de


Medicina Nuclear e NE 6.05 - Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas.

AMBIENTES DE APOIO:

Medicina nuclear:

-Área de recepção e espera de pacientes

-Sanitário com vestiário para pacientes (exclusivo)

-Laboratório de revelação de filmes ("in loco" ou não)

-Depósito de material de limpeza

*-Sala administrativa

*-Quarto para internação com banheiro exclusivo (quando aplicado dose de Iodo - 131 acima
de 1,11 GBq (30 mCi) -"in loco" ou não

*-Sanitários para funcionários

*Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*Copa

¹ Deve possuir lava-olhos e chuveiro de emergência no acesso à sala.

² Pode constituir-se em um recipiente blindado acondicionado no laboratório de manipulação,


exceto quando a unidade possuir mais de três equipamentos de diagnóstico e/ou ao menos 1
quarto terapêutico.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)

4.6 Centro Cirúrgico ¹

4.6.1 Área de recepção de paciente 1 Suficiente para o recebimento de


uma maca

4.6.2 Sala de guarda e preparo de 4,0 m H F ; FA M


anestésicos

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.6.2 Área de indução anestésica 2 macas no mínimo, com distância HF;FN;FVC;FO;


entre estas igual a 0,8 m, entre FA M ; A C ; E E ;
macas e paredes, exceto cabeceira, ED
igual à 0,6 m e com espaço
suficiente para manobra da maca
junto ao pé dessa.

4.6.3 Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas 1,10 m por torneira com dim. HF;HQ
= 2 torneiras por cada mínima = 1,0 m
sala. Mais de 2 salas
cirúrgicas = 2 torneiras a
cada novo par de salas
ou fração

4.6.4; Sala pequena de cirurgia ( 2 salas. Para cada 50 S. pequena: 20,0 m com F O ; F N ; FA M ;
4.6.5;4.6.8 oftalmologia , endoscopia , leitos não especializados dimensão mínima = 3,45 m. S. FVC;AC;EE;ED; E;
otorrinolaringologia, etc) ou 15 leitos cirúrgicos média: 25,0 m com dimensão ADE
deve haver uma sala. mínima = 4,65 m S. grande 36,0
Sala média de cirurgia (geral) Estabelecimentos mcom dim. mínima = 5,0 m. Cada
especializados sala só pode conter uma única
(cardiologia, cirurgia, mesa cirúrgica. Pé-direito mínimo
Sala grande de cirurgia (
etc) tem de fazer um = 2,7 m
ortopedia, neurologia, cardiologia,
cálculo específico
etc )

4.6.4; 4.6.9 Sala de apoio às cirurgias 12,0 m HF;AC;EE; ED


especializadas

4.6.6 Área para prescrição médica 2,0 m EE

4.6.6 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de 6,0 m HF;AC;EE


recuperação
pósanestésica

4.6.7 Área de recuperação 1 2 macas no mínimo, com distância H F ; F O ; FA M ;


pósanestésica entre estas igual a 0,8 m, entre AC;FVC;EE;
macas e paredes, exceto cabeceira, ED
igual à 0,6 m e com espaço
suficiente para manobra da maca
junto ao pé dessa. O nº de macas
deve ser igual ao nº de salas
cirúrgicas +
1. No caso de cirurgias de alta
complexidade a recuperação pode
se dar diretamente na UTI. Nesse
caso, o cálculo do nº de macas deve
considerar somente as salas para
cirurgias menos complexas.

AMBIENTES DE APOIO :

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Centro Cirúrgico ( unidade de acesso restrito):

-Sala de utilidades

-Banheiros com vestiários para funcionários (barreira)

-Sala administrativa

-Laboratório para revelação de chapas ("in loco" ou não)

-Sala de preparo de equipamentos / material

-Depósitos de equipamentos e materiais

- Sala de distribuição de hemocomponentes ("in loco" ou não) *-Copa

*-Sala de espera para acompanhantes (anexa à unidade)

*-Sanitários para acompanhantes (sala de espera)

*-Sala de estar para funcionários

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Área de biópsia de congelamento

¹ Centros cirúrgicos exclusivamente ambulatoriais (CCA) podem ter o programa simplificado


em relação ao centro cirúrgico não ambulatorial:

Programa mínimo de centros cirúrgicos ambulatoriais: Área de recepção e preparo de


paciente, Área de escovação, Sala pequena ou média de cirurgia (pode ser uma única), Área de
recuperação pós-anestésica composto de enfermagem (uma ou mais macas), Sala de espera
para pacientes e acompanhantes (anexa à unidade), Sala de utilidades, Vestiários/sanitários
masculino e feminino para funcionários/pacientes (barreira a entrada da unidade. Quando o
CCA for composto de uma única sala de cirurgia, o vestiário/sanitário pode ser único),
Depósito de material de limpeza, Sala administrativa/área de registro ("in loco" ou não).

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

4.7 Centro Obstétrico (Partos A depender da demanda, e


cirúrgicos e normais) por questões operacionais, c.
cirúrgico e obstétrico
podem
constituir-se em uma
única unidade física

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.7.1. Área de recepção de 1 Suficiente para o recebimento de


parturiente uma maca

4.7.2 Sala de exame, admissão e 1 8,0 m HF;HQ


higienização de parturientes

4.7.3 Sala de pré-parto 1, tendo 1 leito de préparto a 9,0 m= individual 14,0 m = 2 leitos H F ; F O ; FA M ;
cada 10 leitos obstétricos ou Nº máximo de leitos por sala=2 E E ; ED
fração. O pré-parto pode ser
realizado no quarto de
internação quando esse for
individual.

4.7.3 Posto de enfermagem 1 a cada 30 leitos de 2,5 m HF;EE


préparto

4.7.4 Sala de guarda e preparo de 4,0 m H F ; FA M


anestésicos

4.7.4 Área de indução anestésica 2 macas no mínimo, com distância HF;FO;FN;FVC;


entre estas igual a 0,8 m e entre FA M ; A C ; E E ;
macas e paredes, exceto cabeceira, ED
igual à 0,6 m e com espaço suficiente
para manobra da maca junto ao pé
dessa.

4.7.5 Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas = 2 1,10 m por torneira com dim. HF;HQ
torneiras por cada sala. Mais mínima = 1,0 m
de 2 salas cirúrgicas
= 2 torneiras a cada novo
par de salas ou fração

4.7.6; 4.7.8 Sala de parto normal 1 a cada 20 leitos Parto cirúrgico = 20,0 m com FVC;FO;FN; FA
obstétricos ou fra-ção. A dimensão mínima = 3,45 m. Parto M;AC;EE;E
sala de parto normal torna- normal = 14,0 m com dimensão D
se optativa quando for mínima = 3,0 m. Cada sala de parto
adotada a técnica "PPP" normal ou cirúrgico deve conter uma
única mesa de parto.

4.7.7; 4.7.8 Sala de parto cirúrgico / 1 a cada 3 salas de parto FVC;FO;FN;AC;


curetagem normal ou fração FAM;EE; ED; E

4.7.10 Sala para AMIU 6,0 m HF;EE

4 . 7 . 11 Área para assistência de 1 área em cada sala de parto. 0,8 m, além da dimensão da HQ;FAM;FO;
R.N. No caso do uso sala própria sala de parto FVC; E; ED
exclusiva e não área, essa
4.7.11 Sala para assistência de pode servir a mais de uma 6,0 m para até 2 salas de parto.
R.N. sala de parto. Acrescer 0,8 m para cada sala
adicional

22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.7.12. Área de prescrição médica 2,0 m

4.7.12 Posto de enfermagem e 1 a cada 12 leitos de 6,0 m HF;EE


serviços recuperação pósanestésica

4.7.13 Área de recuperação 1 2 macas no mínimo, com distância H F ; F O ; FA M ;


pósanestésica entre estas igual a 0,8 m, entre macas A C ; F V C ; E E ;
e paredes, exceto cabeceira, igual à ED
0,6 m e com espaço suficiente para
manobra da maca junto ao pé dessa.
O nº de macas deve ser igual ao nº de
salas de parto cirúrgico

AMBIENTES DE APOIO:

Centro obstétrico ( unidade de acesso restrito): -Sala de utilidades

-Banheiros com vestiários para funcionários (barreira)

-Sala administrativa -Depósito de equipamentos e materiais

-Rouparia -Depósito de material de limpeza

-Banheiro (s. de pré-parto e higien., sendo 1 lavatório, 1 bacia s. e 1 chuveiro a c/ 4 leitos)

-Sala de distribuição de hemocomponentes ("in loco" ou não)

*-Sala de espera para acompanhantes (anexa à unidade)

*-Sala de preparo de equipamentos / material

*-Copa

*-Sala de estar para funcionários

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Sanitários para acompanhantes (sala de espera)

*-Área de guarda de pertences

*-Sala de estar (parturientes do pré-parto)

Obs.: - O acesso as salas de exame admissão e higienização de parturientes, pré-parto e AMIU


não se dá através dos vestiários de barreira. A sala para AMIU pode se localizar em
ambulatório, desde que esse esteja inserido em um estabelecimento hospitalar.

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Os ambientes de apoio podem ser compartilhados com os do c. cirúrgico quando as unidades


forem contígüas, observando-se para esses ambientes, dimensões porporcionais ao nº de salas
de parto e cirúrgicas.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES


ATIV.
QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)

4.7 Centro de Parto Normal - CPN Pode ser adotado


unicamente para partos
normais "sem risco",
quando se fizer uso da
técnica PPP (pré-
parto/parto/pósparto
natural). Não exclui o uso
do centro obstétrico para
os demais partos no
próprio EAS ou no de
referência. A dis-tân-cia
até esse EAS de referência
deve ser

vencida em no máximo 1
hora

4.7.1. Área de recepção de parturiente 1 Suficiente para o recebimento de


uma maca

4.7.2 Sala de exame e admissão de 1 8,0 m HF;HQ


parturientes

4.7.3; Salão com: - Box/Sala para Salão com no máximo HF;FO;FVC;


préparto/parto/pós-parto (PPP) - 10 boxes/ salas. CPN
4.7.6; Área para lavagem das mãos- Área isolados não poderão
4.7.8; de prescrição - Posto de
4.7.11; enfermagem e serviços ado-tar a solução
de
4.7.12 boxes individuais

1 10,5 m com dimensão mínima FA M ; E E


igual a 3,2 m. Nº máximo de
leitos por sala =1

1 lavatório a cada 2 0,9 m HF


boxes/s. de PPP

Obrigatório somente 2,0 m


para CPN isolados

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

1 a cada 10 boxes/salas de 6,0 m HF;EE


PPP. Optativo no caso de
CPN isolados

Quarto para pré- Obrigatório somente para 12,0 m ou 14,0 m² (quarto + HF;HQ;FO;F
parto/parto/pósparto - PPP ¹ CPN isolados. 10 a cada área com bancada para V C ; FA M ; E E
posto de enfermagem assistência de RN) com
quando na dimensão mínima igual a 3,0
u. de internação m. Nº máximo de leitos por
quarto = 1

4.7.3 Sala de estar para parturientes em 1 3,5 m x nº total de salas de


trabalho de parto e PPP
acompanhantes

4.7.10 Sala/área para assistência de 1 a cada 10 boxes de 6,0 m para até 2 salas de H Q ; FA M ; F O ;
R.N. PPP 1 a cada 10 salas ou parto. Acrescer 0,8 m para FVC;EE;ED
quartos de PPP sem área cada sala adicional
de assistência de RN

Vide Portaria MS nº 985 de 5/8/99, publicada no DO de 6/8/99 sobre Centro de parto normal
no âmbito do SUS.

AMBIENTES DE APOIO:

Centro de parto normal:

-Sala de utilidades

-Sanitários para funcionários e acompanhantes

-Banheiro para parturientes (1 lavatório, 1 bacia sanitária. e 1 chuveiro a c/ 4 parturientes)²

-Depósito de material de limpeza

-Depósitos de equipamentos e materiais

-Sala administrativa

-Copa

-Rouparia

*-Sala de ultrassonografia

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

Obs.: - Os ambientes de apoio e a sala de admissão e higienização podem ser compartilhados


com os ambientes externos à área restrita do centro obstétrico.

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- A técnica PPP permite a variação para PP com a realização do pós-parto na unidade de


internação do EAS. A higenização da parturiente deverá ser feita no próprio boxe/sala ou
quarto para PPP.

¹ Os quartos para "PPP" podem se localizar em unidades de internação de um EAS, desde que
possuam uma área para assistência de RN no interior do quarto ou uma sala exclusiva para
essa atividade. CPN isolados não poderão ter mais do que cinco quartos.

² Junto aos boxes.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO


AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.8 Reabilitação

4.8.2.a; Fisioterapia
3.4.10

4.8.2.a Box de terapias O número de boxes e 2,4 m com dimensão mínima = 1,2 HF;ADE
salas depende das m ( cada ). Ao menos um dos
atividades desenvolvidas boxes deve possuir dimensão
pelo e da demanda de mínima = 1,5 m
pacientes
4.8.2.a Sala para turbilhão A depender dos equipamentos HF;HQ;ED
utilizados
4.8.2.a Piscina HF;HQ;ADE

4.8.2.a Salão para cinesioterapia e HF


mecanoterapia

4.8.2.b Terapia ocupacional

4.8.2.b; Consultório de terapia 1 7,5 m


4.8.3 ocupacional - consulta
individual

4.8.2.b; Sala de terapia 1 2,2 m por paciente com mínimo de


4.8.3 ocupacionalconsulta de grupo 20,0 m

4.8.2.c Fonoaudiologia

4.8.2.c; Consultório de fonoaudiologia 1 7,5 m


4.8.3

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.8.2 c; Sala de psicomotricidade e 1 3,0 m por paciente com mínimo de


4.8.3 ludoterapia 20,0 m

AMBIENTES DE APOIO:

Reabilitação

Fisioterapia:

-Área para registro de pacientes

-Sala de espera de pacientes e acompanhantes

-Sanitários com vestiários para pacientes

-Depósito de material de limpeza

-Consultório de fisioterapia ("in loco" ou não)

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Copa

*-Sala administrativa

*-Rouparia (fisioterapia)

*-Depósito de equipamentos (fisioterapia)

Obs.: A unidade funcional Reabilitação não se configura uma unidade física , a subunidade
fisioterapia sim.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMEN INSTALAÇÕES


TO

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.9 Hemoterapia e Hematologia

4.9.1 a 4.9.14 Coleta, Processamento, Análise


lab. e Estocagem/Distribuição

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.9.1 Sala para recepção, registro e 1 (de cada) 3,0 m por poltrona de
espera de doadores¹ doação para EAS com até 8
poltronas e 2,0 m para EAS
com mais de 8 poltronas

4.9.2 Arquivo de doadores¹ A depender da tecnologia


utilizada

4.9.3 Sala/área para triagem 1 4,0 m HF;EE


hematológica¹

4.9.3;4.9.6;4.9.18 Triagem clínica ¹ 1 (de cada) 7,5 m

4.9.4; Sala para coleta de sangue de 4,0 m por poltrona de


4.9.6;4.9.18 doadores¹- Área de aféreses de doação.2a4 poltronas por
doador sala de triagem clínica

4.9.6;4.9.18 Sala para recuperação de doadores¹ 6,0 m HF;FO

4.9.7 Sala para processamento de 1 Área para centrifugação= a HF;EE;ED;E;AC


sangue² depender do equipamento.

4.9.11 Área/sala para pré-estoque ²/6 1 2,0 m(por freezer ou EE


refrigerador)

4.9.10 Sala para liberação e rotulagem ² 1 6,0 m

4.9.7 Sala para procedimentos especiais 1 ADE ADE


(abertura do sistema, alicotagem,
lavagem de hemácias, etc) ²

4.9.13; Sala de distribuição/compatibilidade 1 12,0 m HF;ED;EE


²/³- Área para teste de
4.9.14 compatibilidade (prova cruzada)-
Área para controle e distribuição de
hemocomponentes

4.9.11 Área/sala para estocagem de 2,0 m p/ freezer ou EE;ADE


hemocomponentes ³ refrigerador. A depender do
equipamento no caso do uso
de câmaras frias

4.9.12 Laboratório de controle de 1 10,0 m HF;ED;ADE


qualidade do produto final

4.9.15 a 4.9.18 Atendimento a Pacientes


Hematológicos

4.9.15 Sala de coleta de material 4 1 3,5 m HF

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

1.7;4.9.6 Consultório indiferenciado 4 1 7,5 m HF

4.9.16; Sala de transfusão 4 - Box de transfusão 1 10,0 m (ind.) 8,5 m (coletiva e H F ; F O ; FA M ;


4.9.17;4.9.18 individual (isolamento)- Área de aféreses) por leito, com EE;ED
transfusão coletiva - Área de aféreses distância entre estes e paredes,
terapêutica exceto cabeceira, de 1,0m e
com espaço suficiente para
manobra da maca junto ao pé
dessa.

4.9.18 Posto de enfermagem e serviços 4 1 a cada 12 leitos de 6,0 m HF;EE


transf. ou fração

Vide Resolução RDC 151 de 21/08/01, publicada no DO de 22/08/01 -Níveis de complexidade


de serviços de hemoterapia e legislação da ANVISA/Ministério da Saúde sobre sangue e
hemoderivados.

AMBIENTES DE APOIO:

Hemoterapia e Hematologia:

-Sanitários para doadores ¹

-Lanchonete para doadores ¹

-Laboratórios de: hematologia/coagulação, sorologia/imunofluorescência e imunohematologia


5

-Depósito de material de limpeza (um para área de doadores e outro para a área de pacientes
quando houver)

-Sala de utilidades 4

-Área para registro de pacientes 4

-Sala de espera para pacientes e acompanhantes 4

-Sanitários de pacientes e público 4

- Central de material esterilizado - simplificada 5

*-Consultório de serviço social

*-Sala administrativa

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Sanitários para funcionários ("in loco" ou não)

*Depósitos de equipamentos e materiais

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

¹ Quando existir a atividade 4.9.4. no estabelecimento. A recuperação de doadores pode ser


feita em sala exclusiva, área anexa a sala de coleta ou em sala de triagem clínica anexa a sala
de coleta.

² Quando existir a atividade 4.9.7. no estabelecimento.

³ Quando existir somente as atividades 4.9.11; 4.9.13; e 4.9.14 no estabelecimento, estas


podem ser ralizadas em uma única sala dividida em no mínimo duas áreas, ou seja, uma área
para recepção/distribuição e estoque e outra para o teste de compatibilidade. Neste caso
dispensa-se o restante dos ambientes.

4 Quando existirem as atividades 4.9.15 a 4.9.18 no estabelecimento.

5 Quando existir a atividade 4.9.8 no estabelecimento.

6 A sala de pré-estoque pode ser substituída por uma área dentro da sala de
processamento ou da sala para liberação e rotulagem.

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO


AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA
(cont.)
Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.10 Radioterapia ¹

4.10.1 Consultório indiferenciado 1."In loco" ou não 7,5 m HF

4.10.2 Sala de preparo e observação de 1 6,0 m


pacientes

4.10.3 Posto de enfermagem 1, quando existir 6,0 m HF


atividades de
4.10.3 Sala de serviços braquiterapia 6,0 m HF

4.10.4 Sala para confecção de moldes e 1 10,0 m HF;FG


máscaras

4.10.4 Sala de simulação 1. Opcional quando a A depender do equipamento AC;ED;ADE


simulação for feita em utilizado
equipamentos de
tomografia ou de
ressonância magnética.

4.10.4 Sala de planejamento e física 1 12,0 m


médica

4.10.6 Área de comando Cada s. de terapia ou 6,0 m EE;ED;ADE


simulação deve possuir

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

sala de comando, sendo


que 1 sala pode ser
compartilhada por até 2
s. de terapia ou
simulação

4.10.6; Salas de terapia - Bomba de 1. O nº de salas e o tipo A depender do equipamento F O ; FA M ; A C ; E


4.10.7 cobalto - Braquiterapia de baixa destas, depende da utilizado E ; FVC;ED;ADE
taxa de dose - Braquiterapia de alta capacidade de produção
taxa de dose - Acelerador linear - dos equipamentos, da
Ortovoltagem (raios X - terapias demanda de terapias do
superficial e profunda) estabelecimento e do tipo
de atividades a serem
desenvolvidas.

¹ Vide norma CNEN - NE 3.06 de 03/90 - Requisitos de Radioproteção e Segurança para


Serviços de Radioterapia e Vide Portaria MS nº 3.535 de 02/09/98 e Portaria MS 255 de
31/03/99 sobre centros de atendimento de oncologia, publicadas nos DO de 14/10/98 e
01/04/99 e Portaria MS/SAS nº 113 de 31/03/99 sobre cadastramento de serviços que
realizam procedimentos de alta complexidade em câncer, publicada no DO de 08/04/99.

AMBIENTES DE APOIO:

-Área para registro de pacientes

-Sala de espera para pacientes e acompanhantes

-Depósito de material de limpeza

-Sanitários para funcionários

-Vestiários para pacientes

-Sala de utilidades

-Laboratório de revelação ("in loco" ou não)

-Sala administrativa

-Depósito de equipamentos/materias

*-Sanitários para pacientes ("in loco" ou não)

*- Área para guarda de macas e cadeira de rodas

*-Copa

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4 . 11 Quimioterapia

4.11.1 Consultório indiferenciado 1."In loco" ou não 7,5 m HF

4.11.4; Sala de aplicação de quimioterápicos 1. No caso de haver 7,0 m por leito e 5,0 m por H F ; F O ; FA M ; E
4.11.5 - Adulto curta duração - poltronas atendimento pediátrico, poltrona E
e/ou longa a sala deve ser
duração¹ - leito - Criança curta exclusiva
duração - poltronas e/ou longa
duração¹ - leito

4.11.4 Área de material e medicamentos 1, quando o preparo das 3,0 m


² drogas for feito na
farmácia

4.11.3; Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 6,0 m HF


4.11.6 poltronas/leitos ou
fração

Vide Portaria MS nº 3.535 de 02/09/98 e Portaria MS 255 de 31/03/99 sobre centros de


atendimento de oncologia, publicadas nos DO de 14/10/98 e 01/04/99 e Portaria MS/SAS nº
113 de 31/03/99 sobre cadastramento de serviços, publicada no DO de 08/04/99.

AMBIENTES DE APOIO:

-Área para registro e espera de pacientes

-Sala de utilidades

-Sanitário de pacientes ( sala de aplicação )

-Depósito de material de limpeza

*-Sanitários de pacientes ( área de espera )

*-Sala administrativa

*-Copa

*- Área para guarda de macas e cadeira de rodas

Obs.: ¹ Pode ser realizado nos quartos ou enfermarias da internação.

² Vide unidade funcional farmácia.

23
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.12 Diálise ¹

4.12.1 Consultório indiferenciado 1 "in loco" ou não HF

4.12.1 Área de prescrição médica 2,0 m

4.12.2 Sala de recuperação de pacientes 1 a cada 20 poltronas 6,0 m HF;EE;ED;FO


ou leitos para diálise FA M ; A D E

4.12.4 Sala para tratamento hemodialítico 1 5,0 m por poltrona / leito. 1,00 m
entre leitos/poltronas, 0,5 m entre
leitos/poltronas e paredes paralelas,
1,5 m livres em frente ao pé da
poltrona/leito e 0,6 entre cabeceira
da poltrona e a parede atrás da
poltrona/leito

4.12.4 Sala de tratamento hemodialítico de 1 a cada 10 poltronas 7,0 m


pacientes HBsAg+ para hemodiálise.
Opcional caso a
unidade
mantenha
contrato com
outro EAS que
faça essa
atividade

4.12.4 Sala para diálise peritoneal 1 (de cada).A 6,0 m HF


ambulatorial contínua ( DPAC ) depender das
atividades do EAS
4.12.4 Sala para diálise peritoneal 8,5 m por leito para sala com até dois HF;ED;EE;ADE
intermitente ( DPI ) leitos e 6,5 m quando houver mais de
2 leitos. Distância entre leitos = 1,0
m, entre estes e paredes paralelas =
0,5 m e 1,50 m livres em frente ao pé
do leito.

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.12.5 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 25 leitos ou 6,0 m HF;EE


poltronas e mais 1 a
cada 8 leitos ou
poltronas no caso de
haver diálise
peritoneal

4.12.6 Sala de reprocessamento de 1 3,0 m HF;E


dialisadores contaminados por
hepatite C

4.12.6 Sala de reprocessamento de 3,0 m HF;E


dialisadores contaminados por 1. Opcional caso a
HBsAg+ unidade não faça

atendimentos de
pacientes HBsAg+

4.12.6 Sala de reprocessamento de 1 8,0 m a cada grupo de 20 HF;E


dialisadores de paciente não poltronas para hemodiálise
contaminado

4.12.3. Sala para tratamento e reservatório de 1 A depender do equipamento HF


água tratada para utilizado
diálise

¹ Vide Portaria nº 82 de 03/02/00 do Ministério da Saúde, publicada no DOU de 08/02/00

AMBIENTES DE APOIO:

-Área para registro e espera de pacientes e acompanhantes

-Sala de utilidades

-Sanitários de pacientes ( mas. e fem. )

-Sanitários de funcionários ( mas. e fem. )

-Depósito de material de limpeza

-Depósito de material (sala p/ armazenagem de concentrados, medicamentos e material


médico-hospitalar)

-Área para guarda de pertences

*-Sala administrativa

*-Copa para pacientes e funcionários

*-Área para guarda de macas e cadeira de rodas

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO


DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.13 Banco de leite humano - BLH ¹

4.13.1 Sala para recepção, registro e 1 12,0 m


triagem de doadoras

4.13.2 Sala de preparo da doadora 1 4,0 m HF

4.13.1 Área de recepção de coleta externa 3,0 m

4.13.1 Arquivo de doadoras A depender da tecnologia


utilizada

4.13.3 Sala para coleta 1 2,3 m por cadeira de doação HF

4.13.4; Sala para processamento, estocagem e 1 -Seleção, Classificação e HF;ED;EE;ADE


4.13.5 e distribuição de leite - Pasteurização = 15,0 m -
4.13.7 Seleção - Classificação - Estocagem = 2,0 m por freezer ou
Pasteurização - Estocagem - geladeira. A depender do
Liofilização equipamento, no caso do uso de
câmaras fria (+4º à +6 e 25º)

ADE EE;ADE

4.13.6 Laboratório de controle de qualidade 1 15,0 m HF;ED


²

4.13.9 Sala para lactentes acompanhantes 4,4 m. Sala com dois berços no HF
mínimo

¹ Vide Portaria nº 322 de 26/05/88 do Ministério da Saúde publicada no DOU de 27/05/88

AMBIENTES DE APOIO:

-Sala de esterilização de materiais ²

-Sanitários (mas. e fem.)

-Vestiário (barreira para área de liofilização, quando esta for realizada)

-Depósito de material de limpeza

*-Sala administrativa

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

*-Copa

*-Consultório

*-Sala de demonstração e educação em saúde

(2) Estas atividades podem ser realizadas em ambientes não exclusivos do BLH

UNIDADE FUNCIONAL: 4 - APOIO AO DIAGNÓSTICO E


TERAPIA (cont.)

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAME INSTALAÇÕES


N TO

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

4.14 Oxigenoterapia
Hiperbárica

4.14.14.14.2 Consultório indiferenciado 1."In loco" ou não 7,5 m HF

4.14.5 Sala de curativos 1 6,0 m HF

4.14.3;4.14.4;4.14.5 Sala de terapia individual - 1 Sala de terapia: ADE, HF; FO; FAM;
câmara hiperbárica para 1 com distâncias mínima EE; ED; FVC
paciente com entre as bordas ou
área de comando extremidades do
acoplada à câmara equipamento e todas as
paredes da sala igual à:
- 230 cm entrada
da câmara;
- 80 cm das
demais bordas ou
extremidades do
equipamento

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4.14.3;4.14.4;4.14.5 Sala de terapia coletiva - 1 - Sala de terapia: HF; FO; FAM;


câmara hiperbárica para ADE, com distâncias EE; ED; FVC
vários pacientes mínima entre as bordas ou
- Área de comando extremidades do
equipamento e todas as
paredes da sala igual à:
- 230 cm entrada
da câmara;
- 150 cm saída
posterior
(ante-câmara interna do
equipamento)
- 80 cm das
demais bordas ou
extremidades do
equipamento
- Área de
comando: 3,0 m

4.14.7 Sala de máquinas para 1 4,0 m EE


câmara coletiva

AMBIENTES DE APOIO:

-Área para registro e espera de pacientes

-Depósito de material de limpeza

-Vestiários de pacientes

-Sanitários de pacientes¹ ( área de espera )

*-Sala administrativa

*-Copa

*- Área para guarda de macas e cadeira de rodas ¹ Pode ser compartilhado com outras
unidades. Opcional para unidades com câmara

Individual

UNIDADE FUNCIONAL: 5 - APOIO TÉCNICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5.1 Nutrição e Dietética Tem de existir quando


houver internação
de pacientes. A
unidade pode
estar dentro ou
fora do EAS

Cozinha (tradicional) ¹

5.1.1 Área para recepção e inspeção de 1 Área total menos refeitório = - até HF
alimentos e utensílios 200 refeições por turno = 0,45 m
por refeição - de 201 a 400
5.1.2; 5.1.3 Despensa de alimentos e utensílios - área 1 refeições por turno = 0,30 m por EE
para alimentos em temperatura ambiente refeição - de 401 a 800 refeições
- área para utensílios - área e/ou câmara por turno = 0,18 m por refeição -
para alimentos resfriados - área e/ou acima de 800 refeições por
câmara para alimentos congelados turno= 0,16 m por refeição

5.1.2; 5.1.3 Área para guarda de utensílios 1

5.1.3 Área de distribuição de alimentos e HF;ADE


utensílios

5.1.4 Área para preparo de alimentos - área 1


para verduras, legumes e
cereais - área para carnes - área para
massas e sobremesas

5.1.5; 5.1.7 Área para cocção de dietas normais 1 HF;ADE;E

5.1.5; 5.1.7 Área para cocção de desjejum e 1


lanches

5.1.6; 5.1.7 Área para cocção de dietas especiais 1

5.1.9 Área para porcionamento de dietas


normais

5.1.10 Área para porcionamento de dietas


especiais

5.1.13; Área para distribuição de dietas Balcão: 1. Copa: 1 a


5.1.9; normais e especiais - Copa de cada 30 leitos (quando o
5.1.10; distribuição - Balcão de distribuição sistema de distribuição
5.1.17 for descentralizada)

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5.1.16 4.9.4 Refeitórios - Refeitório para paciente Lanchonete: 1 quando Refeitório = 1,0 m por comensal HF
- Refeitório para funcionário - Refeitório existir doa-ção de Lanchonete = 1,0 m por doador
para aluno - Refeitório para público - sangue no (todos sentados), sendo 1 cadeira
Lanchonete para doador de sangue estabelecimento para cada poltrona de doação
Demais: optativo

5.1.18; Área para recepção, lavagem e 1 A depender da tecnologia HF;HQ;ADE;CD


5.1.20 guarda de louças, bandejas e utilizada
talheres

5.1.18 Área para lavagem e guarda de 3,0 m


panelas

5.1.21 Área para recepção lavagem e 1, quando utilizado carro 3,0 m H F ; H Q ; FA I


guarda de carrinhos de trans-porte de ;CD
alimentos

5.1.14; Copa 1 em cada unidade 2,6 mcom dimensão mínima HF


5.1.15; requerente. EAS que não igual a 1,15 m
5.1.19; possuem internação
5.1.20 podem fazer uso somente
de copa (s)

AMBIENTES DE APOIO: vide página do lactário:


UNIDADE FUNCIONAL: 5 - APOIO TÉCNICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

Lactário 1Deve existir em EAS Em EAS com até 15 leitos


que possuam pediátricos, pode ter área
atendimento pediátrico mínima de 15,0 m com
e/ou obsté-trico distinção entre área "suja e
limpa", com acesso
independente à área "limpa"
feito através de vestiário de
barreira

5.1.22 Sala composta de:- Área para recepção, 1 8,0 m HF;HQ;ADE;CD


lavagem e descontaminação de
mamadeiras e outros utensílios - Área 1 4,0 m ADE
para esterilização de mamadeiras

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5.1.7; Sala composta de:- Área para preparo e 1 7,0 m HF;HQ;ADE;AC


5.1.11 envase de fórmulas lácteas e não lácteas-
Área para estocagem e distribuição de
5.1.14 fórmulas lácteas e não lácteas 1 5,0 m

Nutrição Enteral ² 1Deve existir em EAS


que utiliza nutrição
enteral em sistema aberto
(preparado para consumo
imediato).
Quando houver lactário,
os ambientes poderão
ser compartilhadas com
este em condições
específicas²

5.1.15; Sala de recebimento de prescrições e 1 7,0 m


7.1.6 dispensação de NE ³

5.1.4; 5.1.6 Sala de preparo de alimentos "in 6,0 m HF;CD


natura" 4

5.1.23 Sala de limpeza e sanitização de 1 4,5 m HF


insumos (assepsia de embalagens)

5.1.8; Sala de manipulação e envase de NE 1 7,0 m HF 5


5.1.12

² Vide Resolução da ANVISA/MS - RDC nº 63 de 06/07/2000, publicada no DO de


07/07/2000 sobre Terapia de Nutrição Enteral

AMBIENTES DE APOIO:

Cozinha:

-Sanitários para funcionários

-Depósito de material de limpeza

-Sala administrativa

-Sanitários para o refeitório ( "in loco ou não" )

Lactário

-Depósito de material de limpeza

-Vestiários (barreira para a sala de preparo, envase e estocagem)

*-Sala administrativa

Nutrição Enteral:

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Vestiários (barreira para a sala de manipulação e envase e sala de limpeza e


sanitização de insumos)

-Depósito de material de limpeza

- Área de armazenagem ("in loco" ou não ou compartilhado com outras


unidades)

¹ O presente documento não abordou cozinhas do tipo "congelados, super


gelados" e metabólica (experimental). Vide item 6.2 do capítulo Elaboração de Projetos
Físicos

³ Esta sala pode ser compartilhada com outros ambientes de outras unidades
como os do lactário.

4 Quando houver processamento de alimentos "in natura" (cozimento ou somente


preparo) antes da manipulação da NE, este deverá ser feito em sala separada ou ainda na
cozinha ou lactário.

5 Refere-se a um ponto de água para instalação de filtro. A sala não pode possuir
pia de lavagem.
UNIDADE FUNCIONAL: 5 - APOIO TÉCNICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

5.2 Farmácia

5.2.1 Área para recepção e inspeção 1 10 % da área para


armazenagem

5.2.2 Área para armazenagem e controle 1 (de cada). A depender -0,6 m por leito -Termolábeis = a E;ADE EE (área
(CAF) ¹ - Matéria prima: - Inflamáveis das atividades do depender da temperatura e de
- Não inflamáveis - Material de estabelecimento. umidade da região e do tipo de imunobiológicos)
embalagem e envase - Quarentena - embalagem dos medicamentos. -
Medicamentos - Termolábeis (23º à 25º Imunob.= 2,0 m p/ freezer ou
no máximo) - Imunobiológicos (4ºC à geladeira. A depender do
8ºC e - 18ºC à - 20ºC) - Controlados - equipamento, no caso do uso de
Outros - Materiais e artigos médicos câmaras fria.
descartáveis - Germicidas - Soluções
parenterais - Correlatos

5.2.3 Área de distribuição 1 10 % da área para


armazenagem

5.2.4 Área para dispensação ( farmácia 4,0 m. Pode ser substituída por HF
satélite ) carrinhos de
medicamentos ou armários
específicos.

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5.2. Farmacotécnica A existência dessa sub-


unidade dependerá da

execução ou não das


atividades
correspondentes

5.2.5 Sala de manipulação, fracio. de doses e 1 12,0 m HF;ADE


reconstituição de medicamento

5.2.4 Área de dispensação 1 6,0 m HF

5.2.9 Sala para preparo e diluição de 1 9,0 m HF;E


germicidas

5.2.10 Laboratório de controle de qualidade "In loco" ou não 6,0 m HF;FG;ED;ADE

5 . 2 . 11 Centro de informação sobre 6,0 m


medicamento

5.2.7; 5.2.8 Sala de limpeza e higenização de 1 4,5 m HF;AC


insumos (assepsia de embalagens) ²
³

5.2.8 Sala de preparação de 1 5,0 m por capela de fluxo AC;ED


quimioterápicos ³ laminar

5.2.7 Sala de manipulação de nutrição 1 5,0 m por capela de fluxo AC


parenteral 4 laminar

Vide Portaria MS nº 3.535 de 02/09/98 e Portaria MS 255 de 31/03/99 sobre


centros de atendimento de oncologia, publicadas nos DO de 14/10/98 e 01/04/99 e
Portaria MS/SAS nº 113 de 31/03/99 sobre cadastramento de serviços, publicada no DO
de 08/04/99.

AMBIENTES DE APOIO:

-Sanitários para

funcionários -Depósito

de material de limpeza

Farmacotécnica:

-Sanitários com vestiários para funcionários

-Sala administrativa

-Vestiário (barreira as sala de limpeza e higenização e salas de manipulação ) ³

24
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Depósito de material de limpeza

-Sala de esterilização de materiais

*-Copa

¹ Vide Manual de Recomendações para Projetos de Construção de Almoxarifados


Centrais de Medicamentos, CEME - Central de Medicamentos, 1984 e Guia Básico de
Farmácia Hospitalar, Min. Da Saúde,1994.

² Optativo quando não houver preparação de quimioterápicos ou manipulação de


nutrição parenteral. Uma única sala pode servir a sala de quimioterápicos e a sala de
nutrição parenteral.

³ Estas salas podem estar localizadas na unidade de quimioterapia ou na farmácia,


sempre sob a responsabilidade de um farmacêutico. Deve possuir visor que possibilite a
visão da capela de fluxo laminar.

4 Vide Portaria nº 272 de 08/04/98 do Ministério da Saúde publicada no DO de


23/04/98
UNIDADE FUNCIONAL: 5- APOIO TÉCNICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

5.3 Central de Material Esterilizado Deve existir quando


houver centros
cirúrgico, obstétrico
e/ou ambula-torial,
hemodinâmica, emerg
de alta complexidade
e urgência. A unida-
de pode se localizar
fora do EAS

5.3.1;5.3.2 Sala composta de:- Área para 1 0,08 m² por leito com área HF;HQ;E; ADE HF;E
recepção, descontaminação e mínima de 8,0 m²
separação de materiais- Área para
lavagem de materiais 1

5.3.2 Sala para lavagem e preparo de 7,0 m²


luvas (entalcamento)

5.3.3 Sala composta de:- Área para recepção 1 4,0 m²


de roupa limpa- Área para preparo de
materiais e roupa limpa- Área para
esterilização física- Área para
esterilização química líquida

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

5.3.4 0,25m² por leito com área


mínima de 12,0 m²

5.3.5; A depender do equipamento


5.3.6 utilizado. Distância mínima
entre as autoclaves = 20 cm

5.3.5; HF;AC;E
5.3.6;5.3.7 Sub-unidade para esterilização Comando = 2,0 m S. de
química gasosa ¹- Área de comando esterilização = 5,0 m²

- Sala de esterilização - Sala ou área Depósito = 0,5 m² S. de


de depósito de recipientes de ETO - aeração = 6,0 m²
Sala de aeração - Área de tratamento
do gás

5.3.7;5.3.8 Sala de armazenagem e distribuição de 1 0,2 m² por leito com o AC


materiais e roupas esterilizados mínimo de 10,0 m²

-Área para armaz. e distribuição de 1 25 % da área de


mat. esterilizados descartáveis armazenagem de material
esterilizado

5.3 Central de Material Esterilizado - Em estabelecimentos


Simplificada ² de sangue e
hemocomponentes,
laboratórios au-
tônomos ou EAS que
não realiza atividades
cirúrgicas, pode-se
dis-pensar a toda a
CME, inclusive os
ambientes de apoio,
em favor dessa

4. 1.5; Sala de lavagem e 1 A sala de 4,8 m² HF;HQ


4.1.6; descontaminação utilidades pode
5.3.1; substituir esta sala
5. 3.2; ou vice-versa.
5.3.9

5.3.4; Sala de esterilização 1 3,2 m² E


5.3.5;5.3.6
5.3.7;
5.3.8;5.3.9

Vide Manual do Ministério da Saúde - Processamento de Artigos e Superfícies em


Estabelecimentos de Saúde.

AMBIENTES DE APOIO:

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Sanitários com vestiário para funcionários (barreira para as áreas de recepção de


roupa limpa, preparo de materiais, esterilização e sala/área de armazenagem e
distribuição - área "limpa")

-Sanitário para funcionários (área "suja" - recepção, descontaminação, separação


e lavagem de materiais). Não se constitui necessariamente em barreira à área suja. Os
sanitários com vestiários poderão ser comuns às áreas suja e limpa, desde que
necessariamente estes se constituam em uma barreira a área limpa e o acesso à área suja
não seja feito através de nenhum ambiente da área limpa.

-Depósito(s) de material de limpeza (pode ser comum para as áreas "suja e


limpa", desde que seu acesso seja externo a essas)

-Sala administrativa

-Área para manutenção dos equipamentos de esterilização física (exceto quando de


barreira)

-Vestiário de barreira às salas de esterilização e de lavagem e descontaminação


(exclusivo para a CME simplificada)

Obs.: A presente Portaria não trata de tecnologias do tipo peróxido de hidrogênio.


Vide item 1.6.2 - Elaboração de Projetos Físicos

¹ Pode se localizar na CME ou não. Vide Portaria Interministarial nº 482 sobre


óxido de etileno de 16/04/99, publicada no DOU de 19/04/99.

² Consultórios isolados podem possuir somente equipamentos de esterilização


dentro do mesmo, desde que estabelecidas rotinas de assepsia e manuseio de materiais a
serem esterilizados.
UNIDADE FUNCIONAL: 6 - ENSINO E
PESQUISA

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

6.1; 6.2 Sala de Ensino - Sala de aula - A depender das Sala de aula*=1,3 m² por aluno
Anfiteatro / auditório atividades do Anfiteatro* = 1,2 m² por pessoa
estabelecimento
6.1; 6.2 Sala de estudo ( trabalho individual ) 2,0 m² por aluno

6.1; 6.2 Sala de professor 9,0 m²

6.1; 6.2; Biblioteca - Área para referência- Área Área para referência = a
6.3 para acervo- Área para leitura - Sala depender do equipamento
para processos técnicos utilizado A. acervo = 200 livros
por m² A. leitura = 2,0 m² por
leitor S. processos = 12,0 m²

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

* Carteira tipo universitária. No caso de utilização de mesas (55 x 60 cm) e


cadeiras, os índices sofrem acréscimo de 40%.

AMBIENTES DE APOIO:

-Sanitários para funcionários e alunos

-Salas administrativas

*-Copa

Obs.: A unidade funcional Ensino e Pesquisa, não se configura, necessariamente, uma


unidade física
UNIDADE FUNCIONAL: 7 - APOIO ADMINISTRATIVO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

7.1; 7.2 Serviços Administrativos/ Serviços


Clínicos, de Enfermagem e Técnico

7.1.1 e Sala de direção A depender das 12,0 m² ADE


7.2.1 atividades e
organização
1.3;1.4; Sala de reuniões administrativa do EAS 2,0 m² por pessoa
7.1.1 7.1.2;
7.2.1 e
7.2.2

7.1 Sala administrativa 5,5 m² por pessoa

7.1.2 a Área para execução dos serviços 1 5,5 m² por pessoa


7.1.6; 7.2.2; administrativos, clínicos, de
7.2.3; 7.3.5 enfermagem e técnico

7.1.6 Arquivo administrativo 1 A depender da tecnologia


utilizada

7.1.3 Área para controle de funcionário 4,0 m²


(ponto)

7.1.7 e Área para atendimento ao público - A depender das Protocolo = 3,0 m² por
7.2.3 Protocolo - Tesouraria - Posto de atividades e funcionário Tesouraria = 2,5
informações (administrativas e/ou organização m² por funcionário Posto de
clínicas) administrativa do informações = 3,0 m²
estabelecimento

7.3 Documentação e Informação

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

7.3.1 Área para registro de pacientes / 1 5,0 m² ADE


marcação

7.3.2 Área para notificação médica de 1, quando existir 5,0 m²


pacientes de atendimento imediato Atendimento Imediato

7.3.3 Posto policial 1, quando existir 4,0 m²


Emergência

7.3.4 Arquivo médico - Arquivo ativo - 1 A depender da tecnologia


Arquivo passivo utilizada

AMBIENTES DE APOIO:

Serviços administrativos:

-Sanitários para funcionários e público -Copa -Depósito de material de

limpeza- Documentação e Informação:

-Salas administrativas

-Sanitários para funcionários

-Sala de espera
UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

8.1 Processamento de Roupa ¹ Deve existir - EAS que processem até 100 kg
quando houver de roupa/dia=26 m² - EAS que
internação de processem de 100 a 200 kg de
pacientes. A unidade roupa/dia=36 m² - EAS que processem
pode estar dentro ou de 201 a 400 kg de roupa/dia=60 m² -
fora do EAS EAS que processem de 401 a 1500 kg
de roupa/dia=0,17 m² para cada kg de
roupa/dia - EAS que processem

acima de 1500 kg de
roupa/dia=0,15 m² para cada kg de
roupa/dia Cálculo do peso: PRP =
TP . KPD . 7 dias para EAS com ---

internação
NDT
8.1.2 Sala para recebimento, pesagem, 1 25 % da área total (com DML e HF;E; CD
classificação e lavagem (área "suja") banheiro)

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8.1.3 Salão de processamento composto 1 45 % da área total (com DML) HF;E;CD;ADE


de (área "limpa"):- Área para
8.1.4 centrifugação- Área de secagem- Área de 1
costura - Área de passagem
(calandra, prensa e ferro)- Área de
8.1.5 separação e dobragem- Área para 1
armazenagem/distribuição
8.1.6 e 1
8.1.7

8.1.9; 8.1.7 1

8.1.8; 1 30 % da área total


8.1.10

8 . 1 . 11 Sala do gerador de ozônio 1 quando forem ADE E


utilizadas máquinas

lavadoras a base de
ozônio

8.1.2 à Sala para lavagem de roupas Sala específica para 8,0 m² com largura mínima igual à HF
8.1.10 EAS 1,5 m
exceto destinados
8.1.5 e exclusivamente à
8.1.9 assistência
ambulatorial de
saúde mental.
Neste caso
excluem-se todas as
demais salas.

8.1.8 Rouparia 1 em cada unidade 2,2 m². Pode ser substituída por
funcional que tenha armários exclusivos ou carros roupeiros
pacientes

8.1.8 e Sala de armazenagem geral de roupa 1 quando não existir Área para no mínimo dois carros de
8.1.10 limpa (rouparia geral) lavanderia no EAS roupa limpa

8.1.1 Sala de armazenagem geral de roupa suja 1 quando não existir Área para no mínimo dois carros de
lavanderia no EAS roupa suja

¹ Verificar "Manual de Lavanderia para Serviços de Saúde" - ANVISA/Ministério da


Saúde, Brasília, 2002.

AMBIENTES DE APOIO:

-Banheiro para funcionários (exclusivo para sala de recebimento. Barreira para sala)

-Depósito de material de limpeza (exclusivo para sala de recebimento)

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Depósito de material de limpeza

*-Sanitários para funcionários ("in loco" ou não)

*-Sala administrativa (obrigatória quando o processamento for acima de 400


Kg/dia)

PRP = Peso (Kg) de roupa processada por dia KPD

= Kg / Paciente / Dia

NDT = Número de dias trabalhados por semana

TP = Total de pacientes (considerar o percentual médio de ocupação do EAS)


UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

8.2 Central de Administração de


Materiais e Equipamentos

8.2.1 Área para recebimento, inspeção e 1 10 % da área de armazenagem


registro

8.2.2 Área para armazenagem - Equipamento 1 subdividido em A depender da política de compras


- Mobiliário - Peças de reposição - grupos afins do estabelecimento (maior ou
Utensílios - Material de expediente - menor estoque)
Roupa nova - Inflamáveis

8.2.3 Área de distribuição 1 10 % da área de armazenagem

8.2.2; Depósito de equipamentos / 1 em cada unidade A depender dos tipos de


3.3.4; 3.4.7 materiais requerente equipamentos e materiais

8.2.2 Área para guarda de macas, cadeira de 3,0 m²


rodas e carro para transporte de recém-
nascidos

8.3 Revelação de Filmes e Chapas

8.3; 4.10.5 Laboratório de processamento - Sala 1, quando existir a A depender da quantidade de Área
e 4.5.8; de revelação - Área receptora de unidade de equipamentos e do tipo destes receptora=E;
4.2.5 4.2.7 chapas processadas imagenologia. A NPC HF; ADE
= B

4.2.5 Arquivo de chapas e/ou filmes e/ou 1 2,0 m²


fotos

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

AMBIENTES DE APOIO:

Central de Administração de Materiais e Equipamentos:

-Sanitários para funcionários

-Depósito de material de limpeza

NPC = Número de processadoras de chapas de Raios "X"

A = Estimativa do número médio de exames radiológicos realizados por mês

B = Capacidade de produção mensal doas processadoras


UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

8.4 Manutenção A unidade pode estar


dentro ou fora do EAS,
ou através de
terceiros

8.4.1 Área de recepção e inspeção de 1 10 % da área das oficinas


equipamentos, mobiliário e utensílios

8.4.2, 8.4.3 Oficina de manutenção - Serralharia - 1 (de cada) a depender A depender do maquinário ADE
Marcenaria e carpintaria - Pintura - das atividades do EAS utilizado e do nº de pessoal que
Elétrica - Hidráulica - Refrigeração - e da política trabalha nas oficinas
Gasotécnica - Mecânica - Eletrônica - administrativa deste
Eletromecânica - Ótica - Mecânica fina -
Usinagem - Estofaria

8.4.4 Área de guarda e distribuição de 1 10 % da área das oficinas


equipamentos, mobiliário e utensílios

8.4.5 Área de inservíveis A depender da política de


alienação de bens

8.5 Necrotério A unidade deve existir


quando houver
Internação e / ou
Atendimento imediato

8.5 Sala de preparo e guarda de cadáver 1 14,0 m² (área para 2 cadáveres no HF


mínimo)

8.5 Sala para velório 15 m² HF

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8.5 área externa para embarque de carro 1 21,0 m²


funerário

AMBIENTES DE APOIO:

Manutenção:

-Banheiros com vestiários para funcionários

-Área de armazenagem de peças de reposição

*-Sala administrativa

Necrotério:

*-Sanitários para público ( obrigatório quando houver velório )


UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO (min.)


(min.)

8.6 Conforto e Higiene

8.6.1, Área de recepção e espera para 1 em cada unidade 1,2 m² por pessoa
8.6.2, 8.6.4 paciente, doador, acompanhante de requerente

paciente
8.6.1, 8.6.4 Área de estar para paciente interno, 1,3 m² por pessoa
acompanhante de paciente e
visitante de paciente

8.6.1 Box de vestiário para paciente No mínimo 2 por 1,0 m². Ao menos um dos boxes deve
cada unidade possuir 2,25 m² com dimensão
requerente mínima de 1,5m (deficientes)

8.6.1, Sanitário para paciente, doador e 1 para cada sexo por Individual: 1,6 m² com dimensão HF
8.6.2, 8.6.4 público (1) unidade re-querente mínima = 1,2 m Individual p/
deficientes: 3,2m² com dimensão
mínima = 1,7 m Coletivo: 1 bacia
sanitária e 1 lavatório para cada
grupo de 6 pessoas. Dimensão
mínima = 1,7 m

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8.6.1 Banheiro para paciente interno (1) 1 para cada 2 Individual: 3,6 m² com dimensão HF;HQ;ADE
enfermarias ou mínima = 1,7 m Individual p/
quartos deficientes: 4,8 m² com dimensão
mínima = 1,7 m Box chuveiro:
dimensões mínimas = 0,8m x 1,0 m
Box chuveiro p/ deficientes:
dimensões mínimas = 0,9m x 1,1 m
Coletivo: 1 bacia sanitária, 1
lavatório e 1 chuveiro para cada 6
leitos. Dimensão mínima = 1,7 m

8.6.1, Área para guarda de pertences de 1 em cada unidade 0,3 m² por pessoa
8.6.2, 8.6.4 paciente, doador e público requerente

8.6.3 Sala de estar para funcionários e 1,3 m² por pessoa


alunos

8.6.3 Quarto de plantão para funcionários e 5,0 m² com dim. mínima = 2,0 m
alunos

8.6.3 Vestiário central para funcionários e 1 para cada sexo 0,5 m² por funcionário/turno, HF;HQ
alunos (1) sendo 25% para homens e 75%
para mulheres. 1 bacia sanitária, 1
lavatório e 1 chuveiro a cada 10
funcionários (2)

8.6.3 Sanitário para funcionários e alunos (1) 1 para cada sexo por 1 bacia sanitária e 1 lavatório cada 10 HF
unid. re-querente funcionários (2)

8.6.3 Banheiro para funcionários e alunos (1) 1 bacia sanitária, 1 lavatório e 1 HF;HQ;ADE
chuveiro a cada 10 funcion. (2)

8.6.3 Vestiário de barreira (à ambientes 1 por unidade 3,0 m² HF


específicos) requerente

8.6.3 Área para guarda de pertences de 1 em cada unidade 0,3 m² por pessoa
funcionários e alunos requerente

8.6.4 Sala de espera para público 1,3 m² por pessoa

(1)- Os sanitários e banheiros p/ deficientes tem de dar condições de uso à


portadores de deficiência ambulatorial conforme norma da ABNT NBR 9050.

(2)- Segundo a NR 24 - Condiçoes sanitárias e de conforto nos locais de trabalho,


do Ministério do Trabalho.

- Admite-se o uso de box menor para bacias sanitárias, quando se tratar de


reformas sem ampliações, conforme NBR 9050;

- Cada unidade requerente do EAS deve possuir ao menos um sanitário


individual p/ deficientes ( mas. e fem. ) para pacientes, doador e público com as
dimensões citadas, caso não haja sanitários coletivos nestas unidades. É

25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

possível a existência de somente um conjunto desses sanitários, caso exista mais de uma
unidade em um mesmo pavimento, e este não possua deslocamentos até os sanitários
maiores do que 80,00 m;

- Unidades que só possuam funcionários de um único sexo, ou cujo número de


funcionários masculinos ou de funcionários femininos seja inferior à 3 (três), podem
possuir um único sanitário ou banheiro para uso do sexo majoritário, desde que o
deslocamento até outros sanitários de uso do sexo minoritário não sejam maior do que
80,00 m. Esta questão deve estar devidamente justificada no projeto;

- Nos sanitários e banheiros coletivos e vestiários centrais, 5% no mínimo do


total de cada peça sanitária, deve ser adequado ao uso de pessoas portadora de
deficiência ambulatória, conforme NBR 9050, obedecendo o mínimo de uma peça de
cada. Nesses casos o box com bacia sanitária para deficientes deve possuir dimensões
mínimas iguais à 1,5m x 1,7m;

- Cada unidade de internação geral deve possuir para pacientes internos, ao


menos 30% de banheiros para deficientes com as dimensões citadas acima, exceto as
unidades de geriatria e ortopedia, cujo percentual deve ser igual à 100%.

- Os vasos sanitários para deficientes ambulatoriais devem possuir altura entre 46


e 50 cm.

Obs.: A unidade funcional Conforto e Higiene, não se configura uma


unidade física

UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO


Nº UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES
ATIV.
QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO (min.)

8.7 Limpeza e Zeladoria

8.7 Depósito de material de limpeza 1 em cada unidade 2,0 m² com dimensão mínima = HF
com tanque (DML) requerente 1,0 m

5.3.1; Sala de utilidades com pia de 4,0 m² com dimensão mínima = HF;ADE
5.3.2; despejo² 1,5 m. Quando houver guarda
8.7;
8.1.1 temporária de resíduos
sólidos acrescer 2 m²

8.7 Sala de preparo de equipamentos / 4,0 m² com dimensão mínima = HF


material 1,5 m

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8.7 Abrigo de recipientes de resíduos ( lixo 1 servindo a toda Depósito: Cada box deve ser HF
)² -Depósito (com no mín. 2 boxes - edificação onde estiver suficiente para a guarda de dois
resíduos biológicos e comuns) - localizado o EAS recipientes coletores Depósito
Depósito de resíduos químicos - químicos: a depender do PGRSS ² do
Higienização de recipientes coletores EAS Higienização: box para1 carro
coletor

8.7 Sala para equipamento de De acordo com o PGRSS ADE ADE


tratamento de resíduos ² do EAS

8.7 Sala de armazenamento 1 em cada unidade ADE. Suficiente para a guarda de HF


temporário de resíduos requerente de acordo com dois recipientes coletores
o PGRSS ² do EAS

8.8 Segurança e Vigilância

8.8 Área para identificação de pessoas 1 para cada acesso 4,0 m²


e/ou veículos

8.9 Intra-estrutura Predial

8.9.1 Sala para grupo gerador 1 De acordo com as normas da EE;ED


concessionária local e com o
equipamento utilizado
8.9.1 Sala para subestação elétrica 1. A depender da
demanda de carga
elétrica do
estabelecimento

8.9.1; Área para caldeiras ¹ 1. A depender das A depender dos equipamentos EE (ar
8.9.3 atividades do EAS 1 (de utilizados condicion. e
cada).A depender das bombas);ADE
Casa de caldeiras ¹
atividades do EAS

8.9.1 Sala para equipamentos de ar


condicionado

8.9.1 Casa de bombas / máquinas

8.9.3 Área para tanques de gases A depender dos equipamentos EE


medicinais utilizados

8.9.3 Área para centrais de gases 1.A depender das EE


(cilindros) atividades desen volvidas
no EAS

8.9.3 Unidade de tratamento de esgoto 1. Tem de existir quando ADE


for lançado em rios ou
lagos

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

8.9.4 Garagem No mínimo 2 vagas para


ambulâncias.Conforme código de
obras

8.9.4 Estacionamento 1 local. Vide capítulo - Circulações


Externas e Internas

¹ Vide Portaria do Ministério do Trabalho NR 13/94, publicada no DOU de 26/04/95

² Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Vide Regulamento técnico da


ANVISA/MS sobregerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Obs.: As unidades funcionais Limpeza e Zeladoria e Infraestrutura Predial, não se


configuram unidades físicas

PARTE III - CRITÉRIOS PARA PROJETOS DE ESTABELECIMENTOS


ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

São apresentadas variáveis que orientam e regulam as decisões a serem tomadas


nas diversas etapas de desenvolvimento de projeto. São elas:

- Circulações externas e internas;

- Condições ambientais de conforto;

- Condições ambientais de controle de infecção hospitalar;

- Instalações prediais ordinárias e especiais; e

- Condições de segurança contra incêndio.

A seguir são apresentados os critérios de projeto individualizados por assunto, na


seqüência das etapas de projeto - estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo,
quando couber.

4. CIRCULAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS

As circulações externas e internas do EAS são seus acessos, estacionamentos e


circulações horizontais e verticais caracterizadas a seguir e em conformidade com a
norma NBR9050 da ABNT, Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a
edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos.

4.1 - ACESSOS

Os acessos do EAS estão relacionados diretamente com a circulação de sua


população usuária e de materiais. A relação a ser
considerada é de tipos funcionais de acessos e não de número de acessos, esta sim, via de
regra, função da quantidade dos serviços prestados.

Deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo os números desses


acessos, com o objetivo de se conseguir um maior controle da movimentação no EAS,
evitando-se o tráfego indesejado em áreas restritas, o

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

cruzamento desnecessário de pessoas e serviços diferenciados, além dos problemas


decorrentes de desvios de materiais.

Um EAS pode agregar diversos tipos funcionais de acessos em um único espaço


físico, dependendo da interligação e aglutinação das unidades funcionais existentes, ou
ter acessos físicos diferenciados para cada tipo funcional.

Os tipos de pessoas e materiais que acessam (entram e saem) ao EAS são:

Paciente externo ambulante ou transportado, acompanhante e doador;

Paciente a ser internado ambulante ou transportado e acompanhante; Cadáver,

acompanhante e visitas relacionadas a esse;

Funcionário e aluno (a distribuição por categorias é definida pela administração


do EAS), vendedor, fornecedor e prestador de serviço, outros; e

Suprimentos e resíduos.

Os acessos de pessoas (pacientes, doadores, funcionários, alunos e público),


devem possibilitar que os portadores de deficiência ambulatória possam adentrar ao
prédio sem a ajuda de terceiros.

4.2 - ESTACIONAMENTOS

De acordo com os serviços prestados e população usuária do EAS, devem ser


previstos locais de estacionamento para as viaturas de serviço e de passageiros, sendo
consideradas para quantificação do número de vagas as orientações dos códigos de obras
municipais, ficando estabelecido para os EASs com internação situados em cidades onde
o código de obras é omisso em relação a esse assunto, uma área mínima de 12,00 m² ou
uma vaga para veículo a cada quatro leitos. O estacionamento pode ser localizado em
local distinto ao do prédio do EAS, conforme orientação contida no código de obras da
cidade.

Junto às calçadas, os meios-fios (guias) devem ser rebaixados de modo a permitir


o tráfego de cadeira de rodas ou macas.

A seguir são apresentados de modo geral os tipos de serviços e a população


usuária que requerem estacionamentos:

- paciente externo transportado (paciente de emergência), que chega


ou parte de automóvel, ambulância ou helicóptero;

- paciente a ser internado (paciente interno);

- visita ao paciente internado;

- paciente externo de ambulatório;

- funcionários (médicos e enfermeiros), se possível vaga de uso


exclusivo;

- demais funcionários;

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- fornecedores, vendedores;

- entrega de suprimentos: combustível, mantimentos,


medicamentos, etc.;

- remoção de cadáveres; e

- remoção de resíduos sólidos.

Para estacionamentos com até 100 vagas, devem existir duas vagas reservadas a
deficientes ambulatórios. Estacionamentos acima de 100 vagas devem possuir 1% dessas
destinados a esses deficientes, conforme norma NBR- 9050 da ABNT.

Os helipontos, quando existirem, devem atender as normas do Ministério da


Aeronáutica / Departamento de Aviação Civil - DAC, Instrução de Aviação Civil IAC-3134-
135-1096 e Portaria nº 18/GM5 de 14/02/74 publicada do DOU 01/03/74. 4.3-
CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS

As circulações horizontais adotadas no EAS devem seguir as seguintes

orientações: a) Corredores

Os corredores destinados à circulação de pacientes devem possuir corrimãos em


ao menos uma parede lateral a uma altura de 80 cm a 92 cm do piso, e com finalização
curva. Os bate-macas podem ter também a função de corrimão.

Os corredores de circulação de pacientes ambulantes ou em cadeiras de rodas,


macas ou camas, devem ter a largura mínima de 2,00 m para os maiores de 11,0m e
1,20m para os demais, não podendo ser utilizados como áreas de espera.

Os corredores de circulação de tráfego intenso de material e pessoal devem ter


largura mínima de 2,00 m, não podendo ser utilizados como área de estacionamento de
carrinhos.

Nas áreas de circulação só podem ser instalados telefones de uso público,


bebedouros, extintores de incêndio, carrinhos e lavatórios, de tal forma que não reduzam
a largura mínima estabelecida e não obstruam o tráfego, a não ser que a largura exceda a
2,00 m;

Os corredores destinados apenas à circulação de pessoal e de cargas não


volumosas devem ter largura mínima de 1,20 m.

No caso de desníveis de piso superiores a 1,5 cm, deve ser adotada solução de
rampa unindo os dois níveis.

Circulações das unidades de emergência e urgência, centro cirúrgico e obstétrico,


devem sempre possuir largura mínima de 2,00 m.

b) Portas

Todas as portas de acesso a pacientes devem ter dimensões mínimas de 0,80 (vão
livre) x 2,10 m, inclusive sanitários.

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Todas as portas de acesso aos ambientes aonde forem instalados equipamentos de


grande porte têm de possuir folhas ou paneis removíveis, com largura compatível com o
tamanho do equipamento, permitindo assim sua saída.

Todas as portas utilizadas para a passagem de camas/macas e de laboratórios


devem ter dimensões mínimas de 1,10 (vão livre) x 2,10 m, exceto as portas de acesso as
unidades de diagnóstico e terapia, que necessitam acesso de maca. As salas de exame ou
terapias têm de possuir dimensões mínimas de 1,20 x 2,10 m.

As portas de banheiros e sanitários de pacientes devem abrir para fora do


ambiente, ou permitir a retirada da folha pelo lado de fora, a fim de que sejam abertas
sem necessidade de empurrar o paciente eventualmente caído atrás da porta. As portas
devem ser dotadas de fechaduras que permitam facilidade de abertura em caso de
emergência e barra horizontal a 90 cm do piso;

As maçanetas das portas devem ser do tipo alavanca.

4.4 - CIRCULAÇÕES VERTICAIS

A circulação vertical para movimentação de pacientes em EAS deve atender aos


seguintes critérios:

EAS com até dois pavimentos (inferior ou superior), incluindo térreo - fica
dispensado de elevador ou rampa. Neste caso a movimentação de pacientes poderá ser
feita através de escada com equipamentos portáteis ou plataforma mecânica tipo plano
inclinado adaptada à escada, no caso do paciente precisar ser transportado;

EAS com até de dois pavimentos (inferior ou superior), inclusive térreo que
exerça atividades de internação, cirurgias não ambulatoriais, parto-cirúrgico e
procedimentos médicos com a utilização de anestesia geral, localizadas em pavimento(s)
diferente(s) do de acesso exterior - deve possuir elevador de transporte de pacientes em
macas ou rampa;

- EAS com mais de dois pavimentos- deve possuir elevador ou rampa;

- EAS com mais de dois pavimentos que exerça atividades de internação,


cirurgias não ambulatoriais, parto-cirúrgico e procedimentos médicos com a utilização
de anestesia geral, localizadas em pavimento(s) diferente(s) do de acesso exterior - deve
possuir elevador de transporte de pacientes em macas;

- EAS localizado em edificação de multiuso com mais de dois pavimentos e que


exerça suas atividades em um único pavimento diferente do de acesso exterior - deve
possuir elevador. O elevador pode ou não ser do tipo de transporte de pacientes em
macas.

- EAS localizado em edificação de multiuso com mais de dois pavimentos que


desenvolva atividades de internação, cirurgias não ambulatoriais, parto cirúrgico e
procedimentos médicos com a utilização de anestesia geral, localizadas em pavimentos
diferentes do pavimento de acesso exterior - deve possuir elevador de transporte de
pacientes em macas.

- EAS em edificação de multiuso com mais de dois pavimentos, que desenvolva


atividades diferentes das explicitadas no item anterior e localizadas em pavimento(s)
diferente(s) do pavimento de acesso exterior - deve possuir

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

elevador. O elevador pode ou não ser do tipo de transporte de pacientes em macas.

Em todos os casos citados acima, exceto em EAS com mais de três pavimentos
(incluindo térreo), as rampas podem substituir os elevadores. Vide item 4.4. b) desta
resolução.

São as seguintes as normas a serem seguidas nos EAS, para movimentação


vertical de pacientes, demais pessoas ou materiais:

a) Escadas

A construção das escadas deve obedecer aos critérios referentes ao código de


obras da localidade e a outras exigências legais supervenientes, bem como às seguintes
especificações adicionais:

- as escadas que, por sua localização, se destinem ao uso de pacientes, têm de ter
largura mínima de 1,50m e serem providas de corrimão com altura de 80 cm a 92 cm do
piso, e com finalização curva. Vide norma ABNT NBR 9050, item 6.6.1;

- nas unidades de internação, a distância entre a escada e a porta do quarto (ou


enfermaria) mais distante não pode ultrapassar de 35,00m;

- escadas destinadas ao uso exclusivo do pessoal têm de ter largura mínima de


1,20m;

- o piso de cada degrau tem de ser revestido de material antiderrapante e não ter
espelho vazado;

- os degraus devem possuir altura e largura que satisfaçam, em conjunto, à


relação 0,63 = 2H + L = 0,64m, sendo 'H' a altura (espelho) e 'L' largura (piso) do
degrau. Além disso, a altura máxima, será de 0,185m (dezoito centímetros e meio) e a
profundidade mínima de 0,26m (vinte e seis centímetros);

- nenhuma escada pode ter degraus dispostos em leque, nem possuir


prolongamento do patamar além do espelho (bocel);

- nenhum lance de escada pode vencer mais de 2,00m sem patamar


intermediário;

- o vão de escada não pode ser utilizado para a instalação de elevadores ou


montacargas;e

- no pavimento em que se localize a saída do prédio tem de estar nitidamente


assinalado "SAÍDA".

As escadas de incêndio devem atender ao determinado no item B.3.1 do capítulo


8. Condições de segurança contra incêndio e as normas dos corpos de bombeiros locais.
b) Rampas

EAS que utilizam rampas para pacientes devem obedecer os seguintes critérios:

26
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- rampas só podem ser utilizadas como único meio de circulação vertical quando
vencerem no máximo dois pavimentos independentemente do andar onde se localiza.
Ex.: poderá ser do térreo ao 2º pavimento, ou do 10º ao 12º pavimento. É livre o número
de lances quando complementada por elevadores para pacientes;

- admite-se o vencimento de mais um pavimento além dos dois previstos, quando


esse for destinado exclusivamente a serviços, no caso dos EAS que não possuam
elevador;

- a largura mínima será de 1,50m, declividade conforme tabela a seguir e


patamares nivelados no início e no topo. Rampa só para funcionários e serviços pode ter
1,20 m de largura; - quando as rampas mudarem de direção, deve haver patamares
intermediários destinados a descanso e segurança. Esses patamares devem possuir
largura mínima de 1,20cm; - as rampas devem ter o piso não escorregadio, corrimão e
guarda-corpo;
- não é permitida a abertura de portas sobre a rampa. Em caso de
necessidade deve existir vestíbulo com largura mínima de 1,50 m e comprimento de 1,20
m, mais a largura da folha da porta ;

- em nenhum ponto da rampa o pé-direito poderá ser inferior a 2,00m; e

- para rampas curvas, admite-se inclinação máxima de 8,33% e raio mínimo de


3,0 m medidos no perímetro interno à curva.

TABELA - CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA RAMPAS


Inclinação admissível Desnível máx. de N.º máximo Comprimento máx. de
de cada cada segmento permitido de cada segmento
segmento de de rampa Segmentos de de rampa
rampa rampa

1:8 ou 12,5% 0,183 m 01 1,46 m

1:10 ou 10% 0,274 m 08 2,74 m


0,500 m 06 5,00 m
0,750 m 04 7,50 m

1:12 ou 8,33% 0,900 m 10 10,80 m

1:16 ou 6,25% 1,000 m 14 16,00 m


1,200 m 12 19,20 m

1:20 ou 5,00% 1,500 m - 30,00 m

Fonte: NBR 9050

c) Elevadores

A instalação de elevadores deve obedecer à norma da ABNT NBR-7192, aos


dispositivos legais do Ministério do Trabalho e a outras exigências legais, bem como às
seguintes especificações adicionais:

c.1) Capacidade

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A instalação tem de ser capaz de transportar em cinco minutos:

- 8% da população onde houver monta-cargas para o serviço de alimentação


e material; e

- 12% da população onde não houver monta-cargas.

c.2) Para transporte de pacientes em maca

Ao menos um dos elevadores para pacientes em macas do EAS deve obedecer ao


item B.3.2 do capítulo Condições de Segurança contra Incêndio desta Resolução.

As dimensões internas mínimas da cabine do elevador são de no mínimo 2,10m x


1,30m.

O movimento das portas do elevador automático tem de ser retardado com


interrupção mínima de 18 segundos.

Os comandos externos e internos do elevador devem estar localizados a uma


altura máxima de 1,30m em relação ao piso.

O elevador deve ter portas de correr simultâneas na cabine e no pavimento, sendo


a largura mínima da porta igual a 0,90 m quando essa estiver colocada na menor
dimensão da cabine e 1,10 m quando colocada na maior dimensão. A porta da cabina
deve possuir barreira foteletrônica infravermelho. Deve conter dispositivo "no break",
com autonomia de uma hora, que no caso de falta de energia elétrica, mantêm
iluminação na cabina e propicia o funcionamento do mesmo.

Todo elevador para pacientes deve estar dotado de nivelamento automático e de


dispositivo que possibilite a interrupção das chamadas dos andares, para levar a cabine
diretamente ao andar desejado.

c.3) Para pacientes não transportados em maca, demais passageiros e


materiais.

Ao menos um dos elevadores para passageiros do EAS deve obedecer aos


dispostos na norma da ABNT NBR-13.994 - Elevadores para transporte de pessoas
portadoras de deficiência.

Sempre que o(s) elevador(es) para transporte de pacientes não satisfizer(em) o


volume de tráfego total, calculado de acordo com
os valores mínimos discriminados no item c.1, tem de ser instalado(s) elevador(es)
adicional(is) para o transporte de funcionários, visitantes e materiais.

Os elevadores destinados ao transporte de materiais têm de ser dotados de portas


de correr simultâneas na cabine e no pavimento.

A porta da cabina deverá possuir barreira foteletrônica infravermelho.

Deve conter dispositivo "no break", com autonomia de uma hora, que no caso de
falta de energia elétrica mantêm iluminação na cabina e propicia o funcionamento da
campainha de alarme. No caso dos elevadores destinados à pacientes, esse sistema deve
manter o funcionamento total do elevador.

26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Obs: Vide Capítulo Condições Ambientais de Controle de Infecção Hospitalar.

c.4) Comando

Os elevadores de transporte de pacientes que servem a mais de quatro pavimentos


devem ter comando automático, coletivo, com seleção na subida e na descida.

d) Monta-cargas

A instalação de monta-cargas deve obedecer à norma NBR- 7192 da ABNT, bem


como às seguintes especificações:

- as portas dos monta-cargas devem abrir para recintos fechados e nunca


diretamente para corredores; e

- em cada andar o monta-cargas deve ser dotado de porta corta-fogo, automática,


do tipo leve.

Obs: Vide Capítulo Condições Ambientais de Controle de Infecção Hospitalar.

e) Tubo de Queda

Só é permitido para uso exclusivo de roupa suja; e

Devem ser dotados de dispositivos que permitam sua total desinfecção

Obs: Vide Capítulo Condições Ambientais de Controle de Infecção Hospitalar.

5. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONFORTO

Os sistemas de controle ambiental nos EAS abrangem duas dimensões: a


endógena, que considera o edifício em sua finalidade de criar condições desejáveis de
salubridade através do distanciamento das pessoas das variáveis ambientais externas, e a
exógena, que observa os impactos causados pelas construções no meio ambiente externo
alterando, de forma positiva ou negativa, suas condições climáticas naturais. As decisões
de projeto dos EAS devem preocuparse em atender sua dimensão endógena sem
acarretar interferências negativas nas características ambientais de seu entorno.

A dimensão endógena dos sistemas de controle ambiental dos edifícios está


amparada por normas técnicas e de higiene e segurança do trabalho, que serão citadas
oportunamente. A dimensão exógena dos referidos sistemas é contemplada por alguns
instrumentos legais, como os Códigos de Obras e Posturas da maioria dos municípios
brasileiros, que estabelecem limites à implantação de edifícios (atividades permitidas e
proibidas, normas de construção e de aproveitamento do lote, etc.) e abordam as relações
dos prédios com a realidade climática local. Mais recentemente, a legislação federal tem
complementado esses estatutos, com normas urbanísticas, ambientais e de saneamento;
dentre eles, cite-se a Constituição Federal de 1988, em seus artigos 200 e 225, as leis
6938/81 e 6667 e o Código Florestal (Lei 4771/65, atualizada pela Lei 7803).

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

A abordagem do controle das condições de conforto ambiental dos EAS realizou-


se a partir da interação das expectativas específicas a cada sub-aspecto (higrotérmico e
de qualidade do ar, acústico e luminoso) com a classificação dos ambientes daqueles
edifícios segundo as atividades que abrigam. Obteve-se listagens deáreas funcionais,
correspondentes aos referidos sub-aspectos, onde os compartimentos das diversas
unidades funcionais dos EAS agrupamse pela demanda de sua população a determinadas
condições de conforto. Entretanto, devem ser cumpridos os requisitos de
condicionamento ambiental estabelecidos nas normas genéricas de construção,
constituindo-se esses estabelecimentos em casos a serem especialmente atendidos.

Considera-se como regra básica para todos os EAS no tocante as exigências de


conforto higrotérmico e luminoso, que na localização da edificação no terreno devam ser
seguidas as exigências do código de obras local. No entanto, nenhuma janela de
ambientes de uso prolongado, aqueles com permanência de uma mesma pessoa por
período contínuo de mais de quatro horas, poderá possuir afastamentos menores do que
3,0 m em relação a empenas de qualquer edificação. Nos demais ambientes, esses
afastamentos não poderão ser menores do que 1,5 m, exceto banheiros, sanitários,
vestiários e DML, que poderão ser ventilados através de poços de ventilação ou
similares.

5.1-CONFORTO HIGROTÉRMICO E QUALIDADE DO AR

Os diversos ambientes funcionais dos EAS solicitam sistemas de controle das


condições de conforto higrotérmico e de qualidade do ar diferentes, em função dos
grupos populacionais que os freqüentam, das atividades que neles se desenvolvem e das
características de seus equipamentos.

Os ambientes contidos em cada um destes grupos de sistemas de controle de


conforto higrotérmico e de qualidade do ar serão apresentados a seguir, e correspondem
à classificação funcional utilizada nesta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de qualidade do ar.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de temperatura, umidade e qualidade do ar. Sua ventilação e
exaustão podem ser diretas ou indiretas.

Observe-se o Código de obras local.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de deverem apresentar maiores níveis de assepsia.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que exigem controle


de qualidade do ar interior. Para tal, devem ser respeitadas as instalações indicadas na
tabela de ambientes e o item 7.5-Instalação de climatização do capítulo 7-Instalações
prediais ordinárias e especiais desta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de que as atividades neles desenvolvidas produzem odores.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de temperatura e umidade, mas necessitam de exaustão mecânica.
Para tal, devem ser respeitadas as instalações indicadas na tabela de ambientes e o item
7.5-
Instalação de climatização do capítulo 7-Instalações prediais ordinárias e especiais desta
norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de que as atividades neles desenvolvidas poluem o ar.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de temperatura e umidade, mas necessitam de ventilação direta
associada à exaustão mecânica.

Para tal, devem ser respeitadas as instalações indicadas na tabela de ambientes e o


item 7.5-Instalação de climatização do capítulo 7- Instalações prediais ordinárias e
especiais desta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função do
tempo de permanência dos pacientes nos mesmos

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de temperatura, umidade e qualidade do ar, devendo-se buscar as
melhores condições das mesmas por meio de ventilação e exaustão diretas.

- Atendimento imediato

Salas de observação

- Internação

Internação geral:

Quartos, enfermarias e áreas de recreação.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função das
características particulares dos equipamentos que abrigam.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de temperatura, umidade e qualidade do ar, demandando
climatização artificial e necessitando de exaustão mecânica. Para tal, devem ser
respeitadas as instalações indicadas na tabela de ambientes e o item 7.5- Instalação de
climatização do item 7-Instalações prediais ordinárias e especiais desta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função das
características particulares dos equipamentos que abrigam e das atividades que neles se
desenvolvem.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de temperatura, umidade e qualidade do ar pois, por abrigarem
equipamentos e atividades geradoras de calor, demandam ventilação direta associada à
necessidade de exaustão mecânica. Para tal, devem ser respeitadas as instalações
indicadas na tabela de ambientes e o item 7.5- Instalação de climatização do item 7-
Instalações prediais ordinárias e especiais desta norma e código de obras local.

5.2-CONFORTO ACÚSTICO

Há uma série de princípios arquitetônicos gerais para controle acústico nos


ambientes, de sons produzidos externamente. Todos agem no sentido de isolar as
pessoas da fonte de ruído, a partir de limites de seus níveis estabelecidos por normas
brasileiras e internacionais.

As normas para controle acústico a seguir devem ser seguidas por todos EAS.

- A Portaria do Ministério do Trabalho de 08/06/78, que define normas


regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho (NR 15), traz em seu anexo no.
1 os limites de tolerância para ruído continuo ou intermitente, e no anexo no. 2 os limites
de tolerância para ruídos de impacto.

- A Norma Brasileira NB-95 estabelece os níveis de ruído aceitáveis para


diferentes atividades.

- A NB-101, aprimora a NB-95, fixando níveis de ruído compatíveis com o


conforto acústico em ambientes diversos.

É necessário observar as demandas específicas dos diferentes ambientes


funcionais dos EAS quanto a sistemas de controle de suas condições de conforto
acústico, seja pelas características dos grupos populacionais que os utilizam, seja pelo
tipo de atividades ou ainda pelos equipamentos neles localizados.

Os ambientes contidos em cada um desses grupos de sistemas de controle de


conforto acústico serão apresentados a seguir, e correspondem à classificação funcional
utilizada nesta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais acústicas.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de níveis de ruído e que não o produzem em grau elevado. Não
necessitam de barreiras nem de isolamento sonoro especial.

Observe-se o Código de Obras local.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque, apesar de não abrigarem atividades nem
equipamentos geradores de altos níveis de ruído, os grupos populacionais que os
freqüentam necessitam dos menores níveis de ruído possíveis.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de níveis de ruído e que não o produzem em grau elevado.
Necessitam de isolamento sonoro especial.

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Apoio ao diagnóstico e terapia

Métodos Gráficos:

Cabine de audiometria

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque abrigam atividades e quipamentos geradores de
altos níveis de ruído e os grupos populacionais que os freqüentam necessitam os
menores níveis de ruído possíveis.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de níveis de ruído e que o produzem em grau elevado. Necessitam
de barreiras acústicas que garantam a não interferência desses ruídos em outros
ambientes.

- Atendimento imediato

Atendimentos de emergência e urgência

- Apoio ao diagnóstico e terapia

Imagenologia/Ultra-sonografia:

Litotripsia extracorpórea

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque abrigam atividades e equipamentos geradores de
níveis de ruído muito altos e necessitam serem isolados como fonte.

Estes ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de níveis de ruído, mas que o produzem em grau elevado.
Necessitam de barreiras acústicas, em relação aos demais ambientes do EAS.

- Apoio técnico

Nutrição e dietética:

Área de produção

- Apoio ao diagnóstico e terapia

Imagenologia/Ultra-sonografia:

Litotripsia extracorpórea

- Apoio logístico

Processamento de

roupa: Área para

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

lavagem e

centrifugação

Manutenção:

Oficinas de manutenção

Nota: Observem-se as normas específicas da ABNT

Infra-estrutura predial:

Sala para grupo gerador;

Casa de bombas;

Área para ar comprimido;

Salas para equipamentos de ar condicionado

5.3-CONFORTO LUMINOSO A PARTIR DE FONTE NATURAL

Normas a serem seguidas: NR-15, Anexo 4, Portaria de 08/06/78 do Ministério


do Trabalho / Níveis mínimos de iluminamento em lux por atividade. Todos se
relacionam com a condição de trabalho e se referem à categoria do funcionário dos
estabelecimentos assistenciais de saúde.

Há demandas específicas dos diferentes ambientes funcionais dos EAS quanto a


sistemas de controle de suas condições de conforto luminoso, seja pelas características
dos grupos populacionais que os utilizam, seja pelo tipo de atividades ou ainda pelos
equipamentos neles localizados.

Os ambientes contidos em cada um desses grupos de sistemas de controle de


conforto luminoso serão apresentados a seguir, e correspondem à classificação funcional
utilizada nesta norma.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais luminosas.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que não carecem de


condições especiais de iluminação. Não necessitam de incidência de luz de fonte natural
direta nem de iluminação artificial especial.

Observe-se o Código de Obras local.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas de controle natural das
condições ambientais luminosas.

Estes ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de iluminação, no sentido de necessitarem de incidência de luz de
fonte natural direta no ambiente.

- Atendimento imediato

Salas de observação

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

- Internação

Internação geral:

Quartos e enfermarias

Internação intensiva e queimados

Quartos e áreas

coletivas -

Apoio ao

diagnóstico e

terapia

Diálise:

Salas para tratamento hemodialítico

Salas para DPI

Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas de controle artificial das
condições ambientais luminosas.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de iluminação. Necessitam de iluminação artificial especial no
campo de trabalho.

- Todos os ambientes onde os pacientes são manipulados, em especial os


consultórios, salas de exames e terapias, salas de comando dessas, salas de
cirurgias e de partos, quartos e enfermarias e salas de observação.

Ambientes funcionais dos EAS que demandam obscuridade.

Esses ambientes correspondem a certas unidades funcionais que carecem de


condições especiais de iluminação, pois necessitam de obscuridade.

-Ambulatório

Consultórios de oftalmologia

- Atendimento imediato

Salas para exames de oftalmologia

- Apoio ao diagnóstico e terapia

Ima

gen

27
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

ologi

a:

Sala

s de

exa

mes

Oftal

mol

ogia

Sala de exames

Laboratório de biologia molecular:

Sala de revelação de géis

- Apoio logístico

Laboratório para revelação de filmes e chapa Sala

de revelação

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO

O presente capítulo fixa critérios para projetos arquitetônicos de


Estabelecimentos Assistenciais de Saúde visando seu bom desempenho quanto a
condições ambientais que interferem no controle de infecção de serviços de saúde. Essa
questão possui dois componentes técnicos, indispensáveis e complementares:

a) o componente de procedimentos nos EAS, em relação a pessoas,


utensílios, roupas e
resíduos-RSS;

b) o componente arquitetônico dos EAS, referente a uma série de


elementos construtivos, como: padrões de circulação, sistemas de transportes de
materiais, equipamentos e resíduos sólidos;sistemas de renovação e controle das
correntes de ar, facilidades de limpeza das superfícies e materiais; e instalações para
a implementação do controle de infecções.

6.1-CONCEITUAÇÃO BÁSICA

O papel da arquitetura dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde na prevenção


das infecções de serviços de saúde pode ser entendido em seus aspectos de barreiras,
proteções, meios e recursos físicos, funcionais e

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

operacionais, relacionados a pessoas, ambientes, circulações, práticas, equipamentos,


instalações, materiais, RSS e fluidos.

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde GM no 2616 de 12/05/98, publicada


no DOU de 13/05/98, Anexo II, "Infecção Hospitalaré aquela adquirida após a admissão
do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando puder ser
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares". "Infecção Comunitária é
aquela constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital". Essa Portaria limita-se à
prevenção e controle de infecção de origem interna ao EAS, no que se refere à água,
esgoto, roupa, resíduos, alimentos, ar condicionado, equipamento de esterilização,
destilador de água etc.

A prevenção de doenças ocupacionais dos funcionários e profissionais


trabalhadores nesses estabelecimentos também é preocupação dessa Portaria.

As precauções padrão constituem-se de barreiras e ênfase nos cuidados com


certos procedimentos, visando evitar que a equipe
de assistência tenha contato direto ou indireto com os diversos líquidos corporais, agulhas,
instrumentos e equipamentos encontram-se inclusos nos contatos indiretos. O mais
recente progresso na prevenção e controle de infecção de serviços de saúde é o
isolamento simplificado, que consta de duas práticas:

a) Prática geral: aplicação das precauções universais (PU) a todos os


pacientes, durante
todo o período de internação, independentemente do diagnóstico do paciente; e

b) Prática específica: aplica-se sempre que o paciente apresentar doença


infecciosa, com possibilidade de transmissão de pessoa a pessoa e/ou colonização por
germes multirresistentes, conforme listagem organizada pela CDC. Consiste em
suplementar as precauções universais com isolamento de bloqueio (IB) e com
precauções com materiais infectantes (PMI). O isolamento de bloqueio consiste na
utilização de barreiras físicas e cuidados especiais, para impedir que os germes
envolvidos se transmitam.

6.2-CRITÉRIOS DE PROJETO

Sendo o controle da infecção hospitalar fortemente dependente de condutas, as


soluções arquitetônicas passam a admitir possibilidades tradicionalmente a elas vedadas,
por contribuírem apenas parcialmente ao combate dessa moléstia. Contudo, há
características ambientais dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde que auxiliam nas
estratégias contra a transmissão de infecções adquiridas em seu recinto. Serão
apresentadas como critérios de projeto, vinculadas às diversas etapas do processo:

A. ESTUDO PRELIMINAR

A.1 - Localização do EAS

É proibida a localização de EAS em zonas próximas a depósitos de lixo,


indústrias ruidosas e/ou poluentes;

A.2 - Zoneamento das Unidades e Ambientes Funcionais, segundo sua


sensibilidade a risco de transmissão de infecção As condições ambientais
necessárias ao auxílio do controle da infecção de serviços de saúde dependem de
pré-requisitos dos diferentes ambientes do

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Estabelecimento Assistencial de Saúde, quanto a risco de transmissão da mesma.


Nesse sentido, eles podem ser classificados:

Áreas críticas - são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de


infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se
encontram pacientes imunodeprimidos.

Áreas semicríticas - são todos os compartimentos ocupados por pacientes com


doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas.

Áreas não-críticas - são todos os demais compartimentos dos EAS não ocupados
por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco.

A.3 Circulações, quanto a Elementos Limpos e Sujos

A melhor prevenção de infecção hospitalar é tratar os elementos contaminados na


fonte; o transporte de material contaminado, se acondicionado dentro da técnica
adequada, pode ser realizado através de quaisquer ambientes e cruzar com material
esterilizado ou paciente,sem risco algum.

Circulações exclusivas para elementos sujos e limpos é medida dispensável nos


EAS. Mesmo nos ambientes destinados à realização de procedimentos cirúrgicos, as
circulações duplas em nada contribuem para melhorar sua técnica asséptica, podendo
prejudicá-la pela introdução de mais um acesso, e da multiplicação de áreas a serem
higienizadas.

B. PROJETO BÁSICO

B.1 Barreiras Físicas

Barreiras físicas são estruturas que devem ser associadas a condutas técnicas
visando minimizar a entrada de microorganismos externos. São absolutamente
necessárias nas áreas críticas.

As exigências de isolamento de patógenos variam de acordo com a via pela qual


são eliminados. As precauções padrão procuram cobrir todas estas possibilidades e para
viabilizar a operacionalização existem procedimentos de segurança e barreiras
individuais (luvas, avental, máscara e óculos de proteção
- EPI), assim como barreiras físicas que correspondem a alguns compartimentos do EAS
em especial aos vestiários e aos quartos privativos. Vide item B.7 Níveis de
biosssegurança.

B.1.1 Vestiários/Banheiros/Sanitários de Barreira nos


Compartimentos

Destinados à Realização de Procedimentos assépticos (c. cirúrgico, c. obstétrico,


lactário/nutrição enteral, hemodinâmica, CME, diluição de quimioterápicos e preparo de
nutrição parenteral).

Os vestiários em ambientes destinados à realização dos procedimentos citados


têm de ser quantitativamente suficientes em relação à capacidade de atendimento dessas
unidades, serem exclusivosàs mesmas, dotados de lavatório(s) e de área de
paramentação, além de chuveiros (c. cirúrgico, c. obstétrico e CME), vaso sanitário (c.
cirúrgico, c. obstétrico, CME e hemodinâmica), e servirem de barreira ao acesso a estes
ambientes. O vestiário

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

das salas de diluição de quimioterápicos deve possuir lava-olhos, além do lavatório e da


área de paramentação.

É necessário possuírem áreas limpa e suja estanques, assim chamadas por


abrigarem funcionários, equipamentos e roupas em contato ou não com material
contaminado e com entradas e saídas distintas.

B.1.2 Sanitários nos Compartimentos Destinados ao Preparo e


Cocção de Alimentos

Sanitários franqueados para outros tipos de população do EAS não podem ser
compartilhados pelo pessoal que manuseia alimentos; e

A localização destes sanitários no âmbito da própria unidade funcional é obrigatória.

B.1.3 Banheiro na Sala de Recepção, Classificação, Pesagem e Lavagem de


Roupas Sujas

Este banheiro deve servir de barreira ao acesso a sala de recepção,.....................e


dispor de bacia sanitária, lavatório e chuveiro próprios. Deve ainda possuir entrada e
saída distintas.

B.1.4 Processamento de Roupa

O fluxo da roupa nos estabelecimentos assistenciais de saúde pode ser agente de


transmissão da infecção hospitalar. Nos EAS, as principais barreiras do fluxo de roupa
são:

1ª) Pré-classificação de roupa na origem: através de carros porta-saco (duplo ou


triplo), dotados de tampa acionada por pé.

2ª) Sala de recepção, classificação, pesagem e lavagem de roupa suja: ambiente


altamente contaminado que necessita requisitos arquitetônicos próprios como: banheiro,
exaustão mecanizada com pressão negativa, local para recebimento de sacos de roupa
por carros, tubulão ou monta-cargas, espaço para carga de máquina de lavar, ponto de
água para lavagem do ambiente, pisos e paredes laváveis, ralos, interfone ou similar e
visores. Pisos e paredes devem ser de material resistente e lavável. A conduta nessa área
deve prever equipamento de proteção individual aos funcionários.

3ª) Lavagem de Roupa: independente do porte da lavanderia, deve-se usar sempre


máquinas de lavar de porta dupla ou de barreira, onde a roupa suja é inserida pela porta
da máquina situada do lado da sala de recebimento, pesagem e classificação por um
operador e, após lavada, retirada do lado limpo através de outra porta. A comunicação
entre as duas áreas é feita somente por visores e interfones.

B.1.5 Quarto Privativo de Isolamento

É obrigatório somente nos casos de necessidade de isolamento de substâncias


corporais infectantes ou de bloqueio; nesses casos deve ser dotado de banheiro privativo
(com lavatório, chuveiro e vaso sanitário), exceto UTI, e de ambiente específico com pia
e armários estanques para roupa e materiais limpo e sujo anterior ao quarto (não
necessariamente uma antecâmara).

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

O quarto privativo no EAS tem flexibilidade para, sempre que for requerida
proteção coletiva (PC), operar prontamente como isolamento. Poderá, ainda, atuar como
isolamento de substâncias corporais (ISC) e como isolamento de bloqueio (IB), se
instalar-se sistema de abertura de porta por comando de pé ou outro, que evite tocar na
maçaneta.

B.1.6 Centros Cirúrgico e Obstétrico e Hemodinâmica O local de acesso dos


pacientes (zona de transferência) a essas unidades deve ser provido de barreira física que
impeça a entrada de macas de pacientes e permita a saída dessas.

B.2 Fluxos de Trabalho

Nas unidades de processamento de roupas, nutrição e dietética e central de


esterilização de material, os materiais devem obrigatoriamente, seguir determinados
fluxos e, portanto os ambientes destas unidades devem se adequar às estes fluxos.

São eles:

B.2.1- Processamento de Roupas:

Recepção →classificação / pesagem →lavagem / centrifugação →seleção


(relavagem ou conserto se for o caso) →secagem / calandragem →passagem /
prensagem →seleção para costura (conserto e relavagem ou baixa, se for o caso)
→ dobragem → preparo de pacotes→armazenamento e distribuição.

Obs. As quatro primeiras atividades (recebimento, classificação, pesagem,


lavagem) são consideradas "sujas" e portanto devem ser, obrigatoriamente, realizadas
em ambientes próprios e exclusivos e com paramentação adequada. B.2.2- Nutrição e
Dietética.

A. Lactário:

Preparo

Preparo de fórmulas lácteas e não lácteas →envase de mamadeiras→esterilização


terminal →distribuição.

Limpeza

Recebimento →lavagem (enxaguar, escovar e lavar) de utensílios.

Obs: A atividade de preparo deve estar obrigatoriamente em ambiente distinto ao


de recepção e lavagem e requer paramentação.

Entretanto, deve permitir a passagem direta das mamadeiras entre estes ambientes
através de guichê ou similar.

B. Nutrição Enteral

Preparo

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Recebimento de prescrições → cozimento e/ou preparo de materiais "in natura"


(quando houver) → manipulação de NE→ envase de recipientes → dispensação.

Limpeza

Recebimento de materiais e insumos→ limpeza e hienização de insumos Obs: A

atividade de manipulação deve estar obrigatoriamente em


ambiente distinto ao de limpeza e higenização de insumos e de preparo de alimentos "in
natura" e requer paramentação. Entretanto, deve permitir a passagem direta dos
recipientes entre estes ambientes através de guichê ou similar e entre a sala de
manipulação e dispensação. B.2.3- Central de Material Esterilizado.

Recebimento de roupa limpa / material →descontaminação de


material→separação e lavagem de material →preparo de roupas e material
→esterilização →aeração (quando for o caso) →guarda e distribuição.

Obs: As atividades de recebimento, descontaminação, lavagem e separação de


materiais são consideradas "sujas" e portanto devem ser, obrigatoriamente, realizadas
em ambiente(s) próprio(s) e exclusivo(s), e com paramentação adequada com a
colocação dos seguintes EPIs: avental plástico, botas, óculos e luvas (não cirúrgica).

Entretanto, deve permitir a passagem direta dos materiais entre este(s)


ambiente(s) e os demais ambientes "limpos" através de guichê ou similar.

B.3 Distribuição de água

Os reservatórios destinados à água potável devem ser duplos para permitir o uso
de um enquanto o outro estiver interditado para reparos ou limpeza.

Deve-se prover a rede de água do EAS, quando sujeita a refluxo, de meios de


prevenção contra ocorrência de pressão negativa em ramais que abastecem mangueiras,
bacias sanitárias, e outras fontes de contaminação por água.

B.4 Colocação de Lavatórios/pias/lavabos cirúrgicos

Para lavagem das mãos existem três tipos básicos de equipamentos que são
classificados como:

- Lavatório - exclusivo para a lavagem das mãos. Possui pouca profundidade e


formatos e dimensões variadas. Pode estar inserido em bancadas ou não;

- Pia de lavagem - destinada preferencialmente à lavagem de utensílios podendo


ser também usada para a lavagem das mãos.

Possui profundidade variada, formato retangular ou quadrado e dimensões variadas.


Sempre está inserida em bancadas;

- Lavabo cirúrgico - exclusivo para o preparo cirúrgico das mãos e antebraço.


Deve possuir profundidade suficiente que permita a lavagem do antebraço sem que o
mesmo toque no equipamento.

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Lavabos com uma única torneira devem ter dimensões mínimas iguais a 50 cm de
largura, 100 cm de comprimento e 50 cm de profundidade.

A cada nova torneira inserida deve-se acrescentar 80 cm ao comprimento da


peça. Para lavagem de fistulas na diálise, o lavabo deve seguir estas especificações.

Sempre que houver paciente (acamado ou não), examinado, manipulado, tocado,


medicado ou tratado, é obrigatória a provisão de recursos para a lavagem de mãos através
de lavatórios ou pias para uso da equipe de assistência. Nos locais de manuseio de
insumos, amostras, medicamentos, alimentos, também é obrigatória a instalação de pias /
lavatórios.

Esses lavatórios/pias/lavabos cirúrgicos devem possuir torneiras ou comandos do


tipo que dispensem o contato das mãos quando do fechamento da água. Junto a estes
deve existir provisão de sabão líquido degermante, além de recursos para secagem das
mãos.

Para os ambientes que executem procedimentos invasivos, cuidados a pacientes


críticos e/ou que a equipe de assistência tenha contato direto com feridas e/ou
dispositivos invasivos tais como cateteres e drenos, deve existir, além do sabão citado,
provisão de anti-séptico junto as torneiras de lavagem das mãos. Nos lavabos cirúrgicos
a torneira não pode ser do tipo de pressão com temporizador.

B.4.1 Compartimentos Destinados à Internação de Pacientes Adultos e


Infantis

Cada quarto ou enfermaria de internação deve ser provido de banheiro exclusivo,


além de um lavatório/pia para uso da equipe de assistência em uma área anterior a
entrada do quarto/enfermaria ou mesmo no interior desses, fora do banheiro. Um
lavatório/pia externo ao quarto ou enfermaria pode servir a no máximo 4 (quatro)
quartos ou 2 (duas) enfermarias.

Na UTI deve existir um lavatório a cada 5 (cinco) leitos de não isolamento e no


berçário 1 (um) lavatório a cada 4 (quatro) berços (intensivos ou não).

B.4.2 Compartimentos Destinados ao Preparo e Cocção de Alimentos e


Mamadeiras

Em cada local de trabalho destes compartimentos é obrigatória a instalação de


um lavatório / pia no ambiente para uso da equipe profissional.

B.4.3 Compartimentos Destinados à Realização de Procedimentos


Cirúrgicos, Hemodinâmicos e Partos Cirúrgicos

Os lavabos ou cochos para lavagem cirúrgica devem localizar- se em ambiente


anterior aos compartimentos destinados às atividades descritas.

B.4.4 Compartimentos Destinados à Realização de Procedimentos de


Reabilitação e Coleta Laboratorial

A cada 6 (seis) boxes deve existir um lavatório em local anexo a esses boxes e no
mínimo um lavatório no salão de cinésio e mecanoterapias.

B.4.5 Salas de Tratamento Hemodialítico

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Dentro das próprias salas ou em ambiente de fácil acesso deve(m) existir


lavabo(s) exclusivo(s) para uso de pacientes na limpeza e higienização de fístulas.

B.4.6 Compartimento Destinados ao Processamento de Roupas

Tanto na área "suja" (banheiro), quanto na área "limpa", é obrigatório a instalação


de um lavatórios para uso da equipe profissional.

B.4.7 Salas de Exames e de Terapia não Citadas nos Itens B.4.1 a B.4.6 Dentro

das próprias salas ou em ambiente anexo de fácil acesso deve(m)


existir lavatório(s) exclusivo(s) para uso da equipe de assistência.

B.4.8 Consultórios e Salas de Exames de Emergência e Urgência Deve(m) existir

lavatório(s) exclusivo(s) para uso da equipe de assistência


dentro dos próprios ambientes. Caso exista um sanitário ou banheiro dentro do
consultório/sala, fica dispensada a existência de lavatório extra. Consultórios exclusivos para
atividades não médicas não necessitam desses lavatórios.

B.5 Ralos (esgotos)

Todas as áreas "molhadas" do EAS devem ter fechos hídricos (sifões) e tampa
com fechamento escamoteável. É proibida a instalação de ralos em todos os ambientes
onde os pacientes são examinados ou tratados.

B.6 Localização das Salas de Utilidades

As salas de utilidades devem ser projetadas de tal forma que possam, sem afetar
ou interferir com outras áreas ou circulações, receber material contaminado da unidade
onde se encontra, receber o despejo de resíduos líquidos contaminados, além de abrigar
roupa suja e opcionalmente resíduo sólido (caso não exista sala específica para esse
fim), a serem encaminhados a lavanderia e ao abrigo de resíduos sólidos. A sala deve
possuir sempre, no mínimo, uma pia de despejo e uma pia de lavagem comum.

B.7 Biossegurança em Laboratórios

Conjunto de práticas, equipamentos e instalações voltadas para a prevenção,


minimização ou eliminação de riscos inerentes as atividades de prestação de serviços,
pesquisas, produção e ensino, visando a saúde dos homens, a preservação do ambiente e
a qualidade dos resultados. B.7.1 Níveis de Biossegurança

Existem quatro níveis de biossegurança, NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes


no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção, que consistem de
combinações de práticas e técnicas de laboratório e barreiras primárias e secundárias de
um laboratório.

O responsável técnico pelo laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e


pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança aqui descritos, em função dos tipos
de agentes e das atividades a serem realizadas. Poderão ser adotadas práticas mais ou
menos rígidas quando exister informação específica disponível que possa sugerir a
virulência, a patogenicidade, os padrões de

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

resistência a antibióticos, a vacina e a disponibilidade de tratamento, ou outros fatores


significadamente alterados.

B.7.1.1 Nível de Biossegurança 1 - NB-1

"O nível de Biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se


baseia nas práticas padrões de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias
ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos.

As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são


apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de
técnicos, e de professores de técnicas laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em
outros laboratórios onde o trabalho, com cepas definidas e caracterizadas de
microrganismos viáveis e conhecidos por não causarem doenças em homens adultos e
sadios, é realizado. O Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, o vírus da hepatite canina
infecciosa e organismos livre sob as Diretrizes do NIH de DNA Recombinantes são
exemplos de microorganismos que preenchem todos estes requisitos descritos acima.

Muitos agentes que geralmente não estão associados a processos patológicos em


homens são, entretanto, patógenos oportunos e que podem causar uma infecção em
jovens, idosos e indivíduos imunosupressivos ou imunodeprimidos. As cepas de vacina
que tenham passado por múltiplas passagens in vivo não deverão ser consideradas não
virulentas simplesmente por serem cepas de vacinas" ¹

B.7.1.2 Nível de Biossegurança 2 - NB-2

"As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos


laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios escolas e outros laboratórios onde o
trabalho é realizado com um maior espectro de agente nativos de risco moderado
presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de
gravidade variável. Com boas técnicas de microbiologia, esses agentes podem ser
usados de maneira segura em atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, uma vez
que o potencial para a produção de borrifos e aerossóis é baixo. O vírus da hepatite B, o
HIV, a salmonela e o Toxoplasma spp. são exemplos de microrganismos designados
para este nível de contenção. O nível de Biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho
que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas
primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecido.

Embora os organismos rotineiramente manipulados em um Nível de


Biossegurança 2 não sejam transmitidos através de aerossóis, os procedimentos
envolvendo um alto potencial para a produção de salpicos ou aerossóis que possam
aumentar o risco de exposição destes funcionários devem ser conduzidos com um
equipamento de contenção primária ou com dispositivos como a CSB ou os copos de
segurança da centrífuga. Outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos,
proteção facial, aventais e luvas devem ser utilizados.

As barreiras secundárias como pias para higienização das mãos e instalações para
descontaminação de lixo devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação
potencial do meio ambiente"¹.

B.7.1.3 Nível de Biossegurança 3 - NB-3

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

"As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das


dependências são aplicáveis para laboratórios clínicos, de diagnósticos, laboratório
escola, de pesquisa ou de produções. Nestes locais realiza-se o trabalho com agentes
nativos ou exóticos que possuam um potencial de transmissão via respiratória e que
podem causar infecções sérias e potencialmente fatais. O Mycobascterium tuberculosis,
o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii são exemplos de microrganismos
determinados para este nível. Os riscos primários causados aos trabalhadores que lidam
com estes agentes incluem a auto-inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis
infecciosos.

No Nível de Biossegurança 3, enfatizamos mais as barreiras primárias e


secundárias para protegermos os funcionários de áreas contíguas, a comunidade e o meio
ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo,
todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma CSB (Cabine de
Segurança Biológica) ou em um outro equipamento de contenção como uma câmara
hermética de geração de aerossóis. As barreiras secundárias para esse nível incluem o
acesso controlado ao laboratório e sistemas de ventilação que minimizam a liberação de
aerossóis infecciosos do laboratório"¹.

B.7.1.4 Nível de Biossegurança 4 - NB-4

"As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das


dependências são aplicáveis para trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que
representam um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Estes agentes
podem ser transmitidos via aerossóis e até o momento não há nenhuma vacina ou terapia
disponível. Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos
agentes do Nível de Biossegurança 4 também deverão ser manuseados neste nível.
Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com esses agentes deve continuar neste
nível ou em um nível inferior. Os vírus como os de Marburg ou da febre hemorrágica
Criméia - Congo são manipulados no Nível de Biossegurança 4.

Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de


Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição
da membrana mucosa e/ou da pele lesionada as gotículas infecciosas e a auto-
inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente
infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente
infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de
laboratório, à comunidade e ao meio ambiente.

O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos


materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança
biológica Classe
III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. A instalação do
Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma
zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de
gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente"¹.

A seguir é apresentado um quadro resumo dos níveis de biossegurança


recomendados para agentes infecciosos, segundo orientação contida na publicação do
CDC- Centro de Prevenção e Controle de Doenças do Departamento de Saúde e
Serviços Humanos dos EUA, Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de
Microbiologia, traduzida pelo Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde.
Maiores detalhes devem ser consultados

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

nesta mesma publicação ou definidos de acordo com a especificidade da situção, em


consonância com as diretrizes gerais definidas neste regulamento.

RESUMO DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA RECOMENDADOS PARA AGENTES


INFECCIOSOS

NB AGENTES PRÁTICAS EQUIPAMENTO DE I N S TA L A Ç Õ E S


SEGURANÇA (Barreiras

Secundárias)

1 Que não são Práticas Padrões de Não são necessários Bancadas abertas com
conhecidos por microbiologia pias próximas.
causarem doenças
em adultos sadios.

2 Associados com Prática de NB-1 mais: Barreiras Primárias = NB-1 mais: Autoclave
doenças humanas, - Acesso limitado - Cabines de Classe I ou disponível.
risco = lesão Aviso de Risco II ou outros
percutânea, ingestão, Biológico - Precauções dispositivos de
exposição da com objetos contenção física
membrana mucosa. perfurocortantes. - usados para todas as
Manual de manipulações de
Biossegurança que agentes que
defina qualquer provoquem aerossóis
descontaminação de ou vazamento de
dejetos ou normas de materiais infecciosos;
vigilância médica.

Procedimentos
Especiais como o uso
de aventais, luvas,
proteção para o rosto
como necessário.

3 Agentes exóticos Práticas de NB-2 mais: Barreiras Primárias = NB-2 mais: - Separação
com potencial para - Acesso controlado - Cabines de Classe I ou física dos corredores de
transmissão via Descontaminação de II ou outros acesso.
aerossol; a doença todo o lixo - dispositivos de - Portas de acesso dupla
pode ter Descontaminação da contenção usados para com fechamen- to
conseqüências sérias roupa usada no todas as manipulações automático. - Ar de
ou até fatais. laboratório antes de ser abertas de agentes; exaustão não
lavada. - Amostra Uso de aventais, luvas, recirculante. - Fluxo de
sorológica proteção respiratória ar negativo dentro do
quando necessária. laboratório.

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

4 Agentes exóticos NB-3 mais: -Mudança Barreiras Primárias = NB-3 mais: - Edifício
ou perigosos que de roupa antes de entrar. Todos os separado ou área
impõem um alto -Banho de ducha na procedimentos isolada. - Sistemas de
riso de doenças que saída. -Todo o material conduzidos em cabines abastecimento e escape,
ameaçam a vida, descontaminado na saída de Classe III ou Classe a vácuo, e de
infecções das instalações. I ou II junta-mente descontaminação. -
laboratoriais com macacão de Outros requisitos
transmitidas via pressão positiva com sublinhados no texto.
aerossol; ou suprimento de ar.
relacionadas a
agentes com risco
desconhecido de
transmissão

Fonte: CDC- CENTRO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS.


Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. Biossegurança em Laboratórios
Biomédicos e de Microbiologia. 4ª edição. Washington. EUA. 1999. Tradução:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Brasília, DF. 2000.

B.7.2 Barreiras de Contenção Biológica

De acordo com o nível de biosssegurança exigido, são definidos os requisitos


recomendados e obrigatórios que se classificam em barreiras de contenção primárias e
secundárias.

B.7.2.1 Barreiras Primárias - Equipamentos de Segurança

São considerados como barreiras primárias as cabines de segurança biológica


(CSB) ou outros equipamentos projetados para remover ou minimizar exposições aos
materiais biológicos perigosos.

"A cabine de segurança biológica (CSB) é o dispositivo principal utilizado para


proporcionar a contenção de borrifos ou aerossóis
infecciosos provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos. Três tipos de
cabines de segurança biológica (Classe I, II e III) usadas em laboratórios de
microbiologia estão descritas no quadro abaixo - Comparações das CSB. As cabines de
segurança biológica Classe I e II, que possuem a frente aberta, são barreiras primárias
que oferecem níveis significativos de proteção para a equipe do laboratório e para o
meio ambiente quando utilizadas com boas técnicas microbiológicas"¹. As cabines de
segurança biológica Classe II subdividem-se ainda segundo o padrão de fluxo do ar em
A, B1, B2 e B3 (ver tabela a seguir). Fornecem uma proteção contra a contaminaççao
externa de materiais (por exemplo, cultura de células, estoque microbiológico) que serão
manipulados dentro das cabines.

"A cabine de segurança biológica Classe III hermética e impermeável aos gases
proporciona o mais alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente"¹

Equipamentos de segurança são também os EPIs descritos no item B.1.

COMPARAÇÃO DAS CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Tipo Ve l o Padrões de Fluxo do Radionucleídeos Subs. Níveis de Proteção


cidade Ar Químicas Biossegurança do Produto
Frontal

Classe I 75 Frontal; atrás e acima Não 2,3 Não


com a através do filtro HEPA
frente
aberta

Classe II 75 70% de ar recirculado Não 2,3 Sim


Tipo A através do HEPA;
exaustão através do H E
PA

Tipo B1 100 30% de ar recirculado Sim (níveis 2,3 Sim


através do HEPA; baixo/volatividade)
exaustão de ar via
HEPA e dutos

Tipo B2 100 Nenhuma recirculado Sim 2,3 Sim


do ar; Total exaustão de
ar via HEPA e dutos

Tipo B3 100 Idêntica às cabines II Sim 2,3 Sim


A, mas o sistema de
ventilação plena sob
pressão negativa para
sala e exaustão através
de dutos

Classe III NA Entradas e saída do ar Sim 3,4 Sim


através do filtro HEPA
2

* Os comparatimentos para as luvas poderão ser acrescentados e aumentarão a


velocidade frontal para 150 ifpm; as luvas podem ser adicionadas com a liberação da
pressão da entrada de ar que permitirá o trabalho com radionuclídeos/químicos

Fonte: CDC- CENTRO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS.


Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. Biossegurança em Laboratórios
Biomédicos e de Microbiologia. 4ª edição. Washington. EUA. 1999. Tradução:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Brasília, DF. 2000.

B.7.2.2 Barreiras Secundárias

Entende-se como Barreiras Secundárias algumas soluções físicas presentes nos


ambientes devidamente previstas nos projetos de arquitetura e de instalações prediais, e
construídas de forma a contribuirem para a proteção da equipe do estabelecimento de
saúde, proporcionando uma barreira de proteção para as pessoas que se encontram fora
do laboratório contra agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente pelo
ambiente.

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

As barreiras secundárias recomendadas dependerão do risco de transmissão dos


agentes específicos.

"Quando o risco de contaminação através da exposição aos aerossóis infecciosos


estiver presente, níveis mais elevados de contenção primária e barreiras de proteção
secundárias poderão ser necessários para evitar que agentes infecciosos escapem para o
meio ambiente. Estas características do projeto incluem sistemas de ventilação
especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado, sistemas de tratamento de ar
para a descontaminação ou remoção do ar liberado, zonas de acesso controlado, câmaras
pressurizadas como entradas de laboratório, separados ou módulos para isolamento do
laboratório"¹. Vide capítulo 7, item 7.5 - Instalação de Climatização.

C. PROJETO EXECUTIVO

C.1 Acabamentos de Paredes, Pisos, Tetos e Bancadas

Os requisitos de limpeza e sanitização de pisos, paredes, tetos, pias e bancadas


devem seguir as normas contidas no manual Processamento de Artigos e Superfícies em
Estabelecimentos de Saúde 2ª edição, Ministério da Saúde / Coordenação de Controle de
Infecção Hospitalar. Brasília-DF, 1994 ou o que vier a substituí-lo.

Os materiais adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de


ambientes de áreas críticas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de
desinfetantes, conforme preconizado no manual anteriormente citado.

Devem ser sempre priorizados para as áreas críticas e mesmo nas áreas
semicríticas, materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, com o
menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e limpeza freqüente.

Os materiais, cerâmicos ou não, quando usados nas áreas críticas, não podem
possuir índice de absorção de água superior a 4% individualmente ou depois de
instalados no ambiente, além do que, o rejunte de suas peças, quando existir, também
deve ser de material com esse mesmo índice de absorção. O uso de cimento sem
qualquer aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares, é vedado
tanto nas paredes quanto nos pisos das áreas criticas.

As tintas elaboradas a base de epoxi, PVC, poliuretano ou outras destinadas a


áreas molhadas, podem ser utilizadas nas áreas
críticas tanto nas paredes, tetos quanto nos pisos, desde que sejam resistentes à lavagem,
ao uso de desinfetantes e não sejam aplicadas com pincel. Quando utilizadas no piso,
devem resistir também a abrasão e impactos a que serão submetidas.

O uso de divisórias removíveis nas áreas críticas não é permitido, entretanto


paredes préfabricadas podem ser usadas, desde que quando instaladas tenham acabamento
monolítico, ou seja, não possuam ranhuras ou perfis estruturais aparentes e sejam
resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, conforme preconizado no manual citado
no primeiro parágrafo desse item. Nas áreas semicríticas as divisórias só podem ser
utilizadas se forem, também, resistentes ao uso de desinfetantes e a lavagem com água e
sabão, conforme preconizado no manual citado no primeiro parágrafo desse item.

Nas áreas críticas e semicríticas não deve haver tubulações aparentes nas paredes
e tetos. Quando estas não forem embutidas, devem ser protegidas em

28
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

toda sua extensão por um material resistente a impactos, a lavagem e ao uso de desinfetantes.

C.2 Rodapés

A execução da junção entre o rodapé e o piso deve ser de tal forma que permita a
completa limpeza do canto formado. Rodapés com arredondamento acentuado, além de
serem de difícil execução ou mesmo impróprios para diversos tipos de materiais
utilizados para acabamento de pisos, pois não permitem o arredondamento, em nada
facilitam o processo de limpeza do local, quer seja ele feito por enceradeiras ou mesmo por
rodos ou vassouras envolvidos por panos.

Especial atenção deve ser dada a união do rodapé com a parede de modo que os
dois estejam alinhados, evitando-se o tradicional ressalto do rodapé que permite o
acúmulo de pó e é de difícil limpeza.

C.3 Forros

Os tetos em áreas críticas (especialmente nos salas destinadosà realização de


procedimentos cirúrgicos ou similares) devem ser contínuos, sendo proibido o uso de
forros falsos removíveis, do tipo que interfira na assepsia dos ambientes. Nas demais se
pode utilizar forro removível, inclusive por razões ligadas à manutenção, desde que nas
áreas semicríticas esses sejam resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e
desinfecção estabelecidos no item C1.

C.4 Banheiras "Terapêuticas"

Devem ser construídas de modo a impedir permanência deáguas residuais quando


esgotadas.

C.5 Elevadores, Monta-Cargas e Tubulões

Nos elevadores e monta-cargas são necessários vestíbulos nos acessos aos


primeiros, e antecâmaras nos acessos aos outros, que permita espaço suficiente para
entrada completa dos carros de coleta.

Toda tubulação usada para o transporte de roupa suja tem que possuir
mecanismos de lavagem próprios, antecâmaras de acesso com portas, tubo de ventilação
paralelo ligado em intervalos ao tubulão e área de recepção exclusiva da roupa suja, com
ralo sifonado para captação da água oriunda da limpeza do tubulão. O tubulão deve ser
de material resistente ao uso de desinfetantes e a lavagem com água e sabão,
anticorrosivo e com no mínimo 60 cm de diâmetro.Deve ainda possuir na saída,
mecanismos ou desenho que amorteça o impacto dos sacos contendo as roupas.

C.6 Bidês

É proibida a instalação de bidês nos EAS. Todos os banheiros e sanitários de


pacientes internados têm de possuir duchas higiênicas.

C.7 Renovação de Ar em Áreas Críticas

Todas as entradas de ar externas devem ser localizadas o mais alto possível em


relação ao nível do piso e devem ficar afastadas das saídas de ar

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

dos incineradores e das chaminés das caldeiras. Vide Capítulo 7 - Instalações Prediais
Ordinárias e Especiais, item 7.5.

C.8 Animais sinantrópicos

Devem ser adotadas medidas para evitar a entrada de animais sinantrópicos nos
ambientes do EAS, principalmente quando se tratar de regiões onde há incidência
acentuada de mosquitos, por exemplo.

7. INSTALAÇÕES PREDIAIS ORDINÁRIAS E ESPECIAIS

O capítulo apresenta as normas a respeito de instalações ordinárias e especiais² de


Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, a saber ³:

Instalações hidro-sanitárias (H)

Água fria (HF)

Água quente (HQ)

Esgoto sanitário (HE)

Instalações elétrica e eletrônica (I) 4

Elétrica (IE)

Sinalização de enfermagem (IS)

Instalação de proteção contra descarga elétrica (P)

Instalações fluido-mecânicas (F)

Vapor e condensado (FV)

Gás combustível (FG)

Oxigênio medicinal (FO) Ar

comprimido (FA)

Ar comprimido Medicinal

Ar comprimido Industrial

Ar comprimido Sintético

Vácuo (FV)

Vácuo clínico Vácuo

de limpeza Óxido

nitroso (FN)

Instalação de climatização (IC)

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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

Ar Condicionado (AC)

Ventilação (V)

Exaustão (E)

GENERALIDADES

É proibida a instalação de tubulações em poços de elevadores.

As tubulações devem ser identificadas de acordo com a sua utilização conforme


norma da ABNT NBR 6493 - Emprego de cores fundamentais para tubulações
industriais.

7.1. INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS (H)

7.1.1. Água Fria (HF)

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas: ABNT, NB 92 - Instalações Prediais de Água Fria e Portaria n.º 82 de
03/02/00 do Ministério da Saúde, publicada no DOU de 08/02/00 sobre funcionamento
dos serviços de terapia renal substitutiva.

CONSUMO

As diversas unidades funcionais do EAS demandam água fria de forma


diferenciada, portanto, o cálculo do consumo total necessário ao dimensionamento do(s)
reservatório(s) só é possível a partir do cálculo dos consumos parciais das unidades5.

As bases de cálculo do dimensionamento são:

. População;

. Determinadas atividades.

No que se refere à população interessa o seguinte:

. Paciente interno - permanece 24 hs no EAS e consome para a sua higienização,


portanto, o correspondente ao residente em hotel ou alojamento (excluindo cozinha e
lavanderia), ou seja, 120 1 / dia;

. Paciente externo, doador e público - permanecem poucas horas no E.A.S. e


consome para a sua higienizacão, estimando-se cerca de 10 l / dia;

. Funcionário e aluno - permanece o turno de trabalho, no EAS e consome para


higienização, portanto, o correspondente ao consumo de atividades comerciais, 50 1 /
dia.

Acrescenta-se ao consumo acima, àquele de determinadas atividades,


proporcionalmente marcantes no total de consumo do E.A.S., a saber:

a) Reabilitação (hidroterapia) - correspondente ao consumo das


instalações e equipamentos: piscina, tanque de turbilhão, tanque de Hubbard, tanque
de gelo, etc.;

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

b) Diálise - 180 1 por equipamento de hemodiálise em uso/turno.


Reservatório de água
especialmente tratada para diálise:capacidade mínima de 20 1 por equipamento de
hemodiálise em uso;

c) Laboratórios;

d) Cozinha - para preparo e cocção dos alimentos, lavagem de panelas e


utensílios, louças, bandejas, talheres e carrinhos. No caso da cozinha tradicional,
estima-se o consumo em
25 1 / refeição;

e) Lactário e nutrição enteral;

f) Central de material esterilizado;

g) Lavanderia - a base de cálculo6 é a quantidade de roupa:

- observação atendimento imediato: 6kg/paciente dia;

- internações clínicas médicas, cirúrgicas e pediátricas: 4kg/paciente dia;

- internação clínica obstétrica: 6kg/paciente dia;

- internação clínica especializada: variável;

- internação intensiva: 6kg/paciente dia;

Estima-se entre 25 e 30 l de água para cada quilo de roupa seca;

h) Limpeza e zeladoria.

RESERVATÓRIO

Calculado o consumo diário do EAS, a reserva de água fria, no caso de


abastecimento a partir de rede pública, deve ter autonomia mínima de dois dias ou mais,
em função da confiabilidade do sistema.

O reservatório deve possuir no mínimo dois compartimentos, de modo a permitir


as operações de limpeza e manutenção.

7.1.2. - Água Quente (HQ)

Nos casos não descritos nesta resolução, é adotada como complementar a norma
da ABNT, NBR 7198 - Instalações prediais de água quente.

CONSUMO

A exemplo da água fria, o consumo de água quente é diferenciado para as


diversas unidades funcionais do EAS e as bases para seu cálculo são a população e
determinadas atividades.

O consumo de água quente pela população refere-se à higienização e, portanto, é


função do nível de conforto das instalações e do clima. Considerando como condições
mínimas de conforto o uso pessoal em banho, a população

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

consumidora se restringe ao paciente interno, acompanhante, funcionário e aluno.


Finalmente o consumo médio de água quente por banho é de ordem de 30 1 a 60ºC.

No que se refere às atividades, tem de se considerar, no cálculo de consumo, as


unidades (caso existam):

a) Reabilitação (hidroterapia);

b) Cozinha - é o consumo para preparo e cocção de alimentos, e lavagem de


utensílios
estimado em 12 l à 60º C por refeição;

c) Lactário e nutrição enteral

d) Central de material esterilizado;

e) Lavanderia - a base de cálculo é a quantidade de roupa, ou seja, 15 l à 74º C


por cada
quilo de roupa seca;

f) Limpeza e zeladoria.

7.1.3. Esgoto Sanitário (HE)

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas:

ABNT, NBR 8160 - Instalações prediais de esgoto sanitário; NBR

7229 - construção e instalação de fossas sépticas;

CNEN NE - 6.05 - Gerência de rejeitos, radioativos em instalações radioativas;

CNEN NE - 3.05 - Requisitos de radiação e segurança para serviços de medicina

nuclear. CAIXAS DE SEPARAÇÃO

As instalações de esgoto sanitário do EAS devem dispor, além das caixas de


separação de materiais usuais, daquelas específicas para os rejeitos das atividades
desenvolvidas, a saber:

.Caixa de separação de material químico em atividade - laboratório (deve ser


observada a natureza do elemento químico e o quantitativo de uso desse para definição
da necessidade ou não de instalação da caixa);

.Caixa de gordura - unidade de nutrição e dietética, lactário e nutrição enteral;

.Caixa de separação de produto de lavagem - unidade de processamento de roupa;

.Caixa de separação de gesso - sala de gesso;

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

.Caixa de separação de fixadores e reveladores - laboratório para revelação de


filmes e chapas a depender do equipamento utilizado;

.Caixa de separação de graxa - oficina de manutenção;

.Caixa de separação para os efluentes de lavadores de gás de chaminés de


caldeiras.

LANÇAMENTO EXTERNO

Caso a região onde o EAS estiver localizado tenha rede pública de coleta e
tratamento de esgoto, todo o esgoto resultante desse pode ser lançado nessa rede sem
qualquer tratamento.

Não havendo rede de coleta e tratamento, todo esgoto terá que receber tratamento
antes de ser lançado em rios, lagos, etc. (se for o caso).

7.2. Instalações Elétricas e Eletrônicas (I)

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas:

Portaria do Ministério da Saúde n.º 2662 de 22/12/1995, sobre instalações


elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde;

ABNT NBR 13.534 - Instalações de elétrica em estabelecimentos assistenciais de


saúde - requisitos de segurança, exceto a tabela B3 - Classificação dos locais, substituída
pela listagem apresentada no item 7.2.1;

ABNT NBR 5413 - Iluminância de interiores.

7.2.1. Elétrica (IE)

CONSUMO

A estimativa do consumo de energia elétrica só é possível a partir da definição


das atividades e equipamentos a serem utilizados.

No caso de existir a necessidade de transformadores exclusivos para o EAS esses


devem ser, no mínimo, em número de 2 (dois), cada um com capacidade de no mínimo
metade da carga prevista para a edificação.

SISTEMAS DE EMERGÊNCIA

Nos EAS existem diversos equipamentos eletro-eletrônicos de vital importância


na sustentação de vida dos pacientes, quer por ação terapêutica quer pela monitoração de
parâmetros fisiológicos.Outro fato a ser considerado diz respeito à classificação da
norma NBR 5410 quanto à fuga de pessoas em situações de emergência, enquadrando
essas instalações como BD 4 (fuga longa e incômoda). Em razão das questões acima
descritas, estas instalações requerem um sistema de alimentação de emergência capaz de
fornecer energia elétrica no caso de interrupções por parte da companhia de distribuição
ou quedas superiores a 10% do valor nominal, por um tempo superior a 3s.

A NBR 13.534 divide as instalações de emergência em 3 classes, de acordo com


o tempo de restabelecimento da alimentação.

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

São elas:

Classe 0.5:

Trata-se de uma fonte capaz de assumir automaticamente o suprimento de energia


em no máximo 0,5 s e mantê-la por no mínimo 1 h. Essa classe destina-se à alimentação
de luminárias cirúrgicas.

Classe 15:

Equipamentos eletro-médicos utilizados em procedimentos cirúrgicos,


sustentação de vida (p. ex. equipamentos de ventilação mecânica) e aqueles integrados
ao suprimento de gases devem ter sua alimentação chaveada automaticamente para a
fonte de emergência em no máximo 15 s, quando a rede elétrica acusar queda superior a
10% do valor nominal por um período superior a 3 s devendo garantir o suprimento por
24 horas.

Classe > 15:

Equipamentos eletro-eletrônicos não ligados diretamente a pacientes, como por


exemplo, equipamentos de lavanderia, esterilização de materiais e sistemas de descarte
de resíduos, admitem um chaveamento automático ou manual para a fonte de
emergência em um período superior a 15 s, devendo garantir o suprimento por no
mínimo 24 h.

Essa mesma norma classifica as instalações quanto ao nível de segurança elétrica


e garantia de manutenção de serviços, dividindo- a em 3 grupos, conforme a atividade
realizada no ambiente.São eles:

Grupo 0:

Tipo de equipamento eletromédico: sem parte aplicada.

Grupo 1

Tipo de equipamento eletromédico:

a) parte aplicada externa;

b) parte aplicada a fluídos corporais, porém não aplicada ao coração.

Grupo 2

Tipo de equipamento eletromédico: parte aplicada ao coração.

Adicionalmente equipamentos eletromédicos essenciais à sustentação de vida do


paciente.

A seguir é apresentada listagem que substitui a tabela B3 - Classificação dos


locais, da norma NBR 13.534 - Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais
de saúde.

- Ambulatório

Enfermagem

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Sala de reidratação (oral e intravenosa): em função da reidratação intravenosa,


onde fica estabelecido um contato elétrico não direto com o coração, através do
equipamento: Grupo 1, Classe 15.

Internação de curta duração

-Posto de enfermagem e serviços: Grupo 0, Classe > 15;

-Para as demais: Grupo 1, Classe 15, principalmente se tais salas puderem ser
utilizadas para algum tipo de monitoração eletrônica.

Atendimento imediato

Atendimentos de urgência e emergência:

Urgências (baixo e médio risco):

-Sala de inalação, reidratação, sala para exame indiferenciado, oftalmologia,


otorrinolaringologia, ortopedia, odontológico individual:

Grupo 1, Classe 15;

-Para as demais Grupo 0, Classe > 15. Urgência

(alta complexidade) e emergência:

-Sala de procedimentos invasivos, de emergências (politraumatismo, parada


cardíaca): Grupo 2, Classe 0,5;

-Sala de isolamento, coletiva de observação, manutenção de paciente com morte


cerebral: Grupo 1, Classe 15; - Internação

Internação geral:
-Posto de enfermagem, sala de serviço, sala de exames e curativos e área de recreação : Grupo
0, Classe

.-+ 15;

-Para as demais: Grupo 1, Classe 15, principalmente se tais salas puderem ser
utilizadas para algum tipo de monitoração eletrônica.

Internação geral de recém-nascidos (neonatologia):

Grupo 1, Classe 15.

Internação intensiva-UTI:

-Área para prescrições médicas, sala de serviço e demais salas de apoio: Grupo 0,
Classe > 15;

-Posto de enfermagem: via de regra Grupo 1, Classe 15, porém se houver


equipamentos do tipo estação central de monitoração,é necessário ser do mesmo tipo
que as demais salas onde se encontram os pacientes, pois caso contrário é possível a
ocorrência interferências nos equipamentos.

29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química

-Áreas e quartos de pacientes: Grupo 2, Classe 15 e 0,5 para equipamentos


eletromédicos que eventualmente se quer associar à fonte de segurança capaz de
restabelecer a alimentação em no máximo 0,5 s.

Internação para tratamento de queimados-UTQ:

Grupo 1, Classe 15.

- Apoio ao Diagnóstico e Terapia

Patologia clínica:

29
-
Laboratórios e sala de laudos: Grupo 0, Classe > 15, a menos que alguns dos equipamentos
laboratoriais necessitem de uma classe mais restritiva. Tal informação deverá ser fornecida pelo
fabricante do equipamento. Dependendo da potência um "no-break" local pode ser utilizado.

Imagenologia (tomografia, ultra-sonografia, ressonância magnética, endoscopia) e métodos


gráficos:

-Para todas as salas de exames: Grupo 1, Classe 15.

-Hemodinâmica: Grupo 2, Classe 15 e Classe 0,5 para luminárias cirúrgicas e, eventualmente,


equipamentos eletromédicos que se queiram associar à fonte de segurança capaz de restabelecer a
alimentação em no máximo 0,5 s; -Sala de recuperação pós-anestésica e posto de enfermagem:

Grupo 1, Classe 15.

Anatomia patológica

-Para câmara frigorífica para guarda de cadáveres: Grupo 0, Classe

> 15.

Medicina nuclear:

- Salas de exames: Grupo 1, Classe 15

Centro cirúrgico:

-Sala de indução anestésica (principalmente se forem utilizados gases anestésicos inflamáveis),


salas de cirurgia (não importando o porte): Grupo 2, Classe 15 e Classe 0,5 para luminárias cirúrgicas e,
eventualmente, equipamentos eletromédicos que se queiram associar à fonte de segurança capaz de
restabelecer a alimentação em no máximo 0,5 s;

-Sala de recuperação pós-anestésica: Grupo 1, Classe 15 e Classe 0,5 para equipamentos eletromédicos
que eventualmente se quer associar à fonte de segurança capaz de restabelecer a alimentação em no
máximo 0,5 s; -Demais: Grupo 1, Classe 15.

Centro obstétrico cirúrgico:

-Salas de pré-parto, parto normal e AMIU: Grupo 1, Classe 15;

-Sala de indução anestésica: se não aplicado gás anestésico pode ser Grupo 1, Classe
15;

-Sala de recuperação pós-anestésica e assistência ao RN:

Grupo 1, Classe 15;

-Sala de parto cirúrgico: Grupo 2, Classe 15 e Classe 0,5 para luminárias cirúrgicas e,
eventualmente, equipamentos eletromédicos que se queiram associar à fonte de segurança capaz de
restabelecer a alimentação em no máximo 0,5 s;

29
-
Demais: Grupo 1, Classe 15.

Centro de parto normal:

-Salas de parto e assistência ao RN: Grupo 0, Classe > 15.

Hemoterapia

-Para as salas de processamento e guarda de hemocomponentes: Grupo 0,

Classe > 15;

-Sala de coleta de sangue: Grupo 1, Classe 15;

-Sala de recuperação de doadores: Grupo 1, Classe 15;

-Sala de transfusão e posto de enfermagem: Grupo 1, Classe 15.

Radioterapia

-Salas de exames: Grupo 1, Classe 15.

Quimioterapia

-Salas de aplicação: Grupo 0, Classe > 15. Diálise

-Salas para diálise / hemodiálise, recuperação de pacientes e posto de enfermagem: Grupo 1,


Classe 15;

Banco de leite

-Salas de processamento, estocagem e distribuição: Grupo 0, Classe

> 15.

Oxigenoterapia hiperbárica

-Salas de terapia e de máquinas: Grupo 1, Classe 15.

- Apoio técnico

Nutrição e dietética

-Despensa de alimentos climatizada: Grupo 0, Classe > 15.

Farmácia

-Área de imunobiológicos: Grupo 0, Classe > 15.

- Apoio logístico

30
-
Infra-estrtura predial

Centrais de gases e vácuo, ar condicionado, sala para grupo gerador, para sub-estação elétrica e
para bombas: Pelo menos uma luminária de cada um desses ambientes deve ser integrada ao sistema de
emergência, todos os alarmes das redes, além das instalações elétricas que acionam os sistemas (bombas,
compressores, etc.): Grupo 0, Classe 15.

Observações:

- Os ambientes do Grupo 2 acima mencionados devem possuir, no


mínimo, dois circuitos elétricos independentes e preferencialmente com
luminárias intercaladas e todas essas devem ser interligadas ao sistema de
emergência;

- Pelo menos uma luminária de cada um dos ambientes das unidades


que possuam Grupo 1 deve ser integrada ao sistema de emergência;

- Todos os demais ambientes não citados não necessitam estar ligados a


um sistema de emergência.

ILUMINAÇÃO

Quanto aos quartos enfermaria da unidade de internação geral- são quatro tipos de iluminação:

- iluminação geral em posição que não incomode o paciente deitado;

- iluminação de cabeceira de leito na parede (arandela) para leitura;

- iluminação de exame no leito com lâmpada fluorescente, que também


pode ser obtida através de aparelho ligado à tomada junto ao leito; e

- iluminação de vigília na parede (a 50 cm do piso).

Quanto ao quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva são quatro tipos de
iluminação7:

- iluminação geral em posição que não incomode o paciente deitado;

- iluminação de cabeceira de leito de parede (arandela);

- iluminação de exame no leito com lâmpada fluorescente no teto e/ou


arandela; e

- iluminação de vigília nas paredes (a 50 cm do piso) inclusive


banheiros.

Quanto à sala de cirurgia e sala de parto - além da iluminação geral de teto com lâmpada
fluorescente, existe a iluminação direta com foco cirúrgico.

30
-
Quanto aos consultórios e salas para exames clínicos

- iluminação que não altere a cor do paciente

- TOMADAS

Quanto à enfermaria da unidade de internação geral e berçário de sadios - uma tomada para
equipamento biomédico por leito isolado ou a cada dois leitos adjacentes, além de acesso à tomada para
aparelho transportável de raios X distante no máximo 5m de cada leito8

30
Quanto ao berçário de cuidados intermediários - três tomadas para cada
berço/Incubadora;

Quanto a quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva - oito9 tomadas para equipamento
biomédico por leito10 berçário ou incubadora, além de acesso à tomada para aparelho transportável de raios X
distante no máximo 5m de cada leito.

Quanto a sala de cirurgia e sala de parto - dois conjuntos com quatro tomadas11 cada um em paredes
distintas e tomada por aparelho transportável de raios X.

7.2.2. Sinalização de enfermagem (IS)

Trata-se de sistema de sinalização luminosa imediata entre o paciente interno e o funcionário assistencial
(médico e enfermeira).

O sistema interliga cada leito, sanitário e banheiro das diversas unidades e ambientes em que está
presente o paciente interno, com o respectivo posto de enfermagem que lhe dá cobertura assistencial, a saber:

- Quarto, enfermaria e banheiro da unidade de internação geral;

- Quarto, áreas coletivas de pediatria e banheiro da unidade de internação intensiva; e

Sala de indução anestésica e sala de recuperação pós-anestésica dos centros cirúrgicos e Obstétricos, e
demais.

A identificação deve se dar em cada leito e porta dos ambientes voltados para a circulação

7.2.3. Instalação de Proteção Contra Descarga Elétrica (P)

7.2.3.1 - Aterramento

Todos as instalações elétricas de um EAS devem possuir um sistema de aterramento que leve em
consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas em uma instalação. Todos os sistemas devem
atender a normas da ABNT NBR 13.534 e NBR 5410 e NBR 5419, no que diz respeito ao sistema de
aterramento.

Fica proibida a utilização do sistema TN-C especificado na norma NBR 13.534 em EAS.

Nenhuma tubulação destinada à instalações pode ser usada para fins de aterramento.

7.2.3.2 - Piso condutivo

Fica estabelecido:

a. A utilização de piso condutivo somente quando houver uso de misturas anestésicas


inflamáveis com oxigênio ou óxido nitroso, bem como quando houver agentes de desinfecção, incluindo-se aqui
a Zona de Risco.

b. A utilização de sistemas de ventilação para diminuir a concentração de misturas


anestésicas inflamáveis no ambiente do paciente, nas salas que fizerem uso dessas misturas.

c. A limitação, nas salas acima descritas, de uma região especial denominada de Zona de Risco,
composta por sua vez pela Zona M, cujas definições seguem abaixo:
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 29

ZONA G

Numa sala comportando procedimentos de anestesia por inalação,é o volume no qual temporária ou
continuamente podem ser produzidas, guiadas ou utilizadas pequenas quantidades de mistura inflamável de
anestésico e oxigênio (ou oxigênio e óxido nitroso), incluindo também o ambiente total ou parcialmente fechado
de equipamento ou partes de equipamento, até uma distância de 5 cm em relação a partes do Gabinete do
Equipamento, onde pode ocorrer vazamento, nos seguintes casos:

a. Partes desprotegidas e passíveis de ruptura;

b. Partes sujeitas a deterioração rápida; ou

c. Partes suscetíveis a desconexão inadvertida.

Nota:

No caso de o vazamento verificar-se para um outro Gabinete não suficientemente ventilado (por
ventilação natural ou forçada), e ser possível ocorrer um enriquecimento da mistura proveniente do vazamento,
considera-se como ZONA-G tal Gabinete, incluindo possivelmente suas adjacências, até uma distância de 5 cm
em relação a dito Gabinete ou parte do mesmo.

ZONA M

Numa sala comportando procedimentos de anestesia por inalação, é o volume em que podem formar-se
pequenas quantidades de mistura inflamável de anestésico e ar.

Notas:

a. Uma ZONA M pode ser criada por vazamento de uma mistura inflável de anestésico e
oxigênio (ou oxigênio e óxido nitroso) proveniente de uma ZONA-G, ou pela aplicação de produtos inflamáveis
de anti-sepsia e/ou produtos de limpeza.

b. No caso de uma ZONA-M ser formada por vazamento, ela compreende o espaço vizinho da
área de vazamento de uma ZONA-G até a distância de 25 cm, a partir do ponto de vazamento.

c. Marcação em equipamentos tipo "AP" e "APG".

d. Proibição de instalação de soquetes, chaves, quadros de distribuição de força e similares


em Zona de Risco.

e. No caso da utilização de piso não condutivo no mesmo ambiente de piso condutivo, deve-se
fazer uma marcação de distinção para ambos os pisos.

7.3 - INSTALAÇÕES FLUÍDO-MECÂNICAS (F)

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as seguintes normas:

NBR 12.188 - Sistemas centralizados de oxigênio, ar comprimido,óxido nitroso e vácuo para uso
medicinal em estabelecimento de saúde;

NBR 13.932 - Instalações internas de gás liquefeito de petróleo(GLP) - Projeto e Execução; NBR

13.933 - Instalações Internas de gás natural (GN) -Projeto e Execução.


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

7.3.1. Vapor (FV)

A aquisição, instalação e utilização de caldeiras devem atender a NR - 13 do Ministério do Trabalho,


publicada no DOU de 26/04/96.

CONSUMO

O consumo total é calculado com base nos consumos de todos os equipamentos e das pressões de
serviço.

As unidades funcionais que possuem equipamentos que demandam vapor são: cozinha, lactário, nutrição
enteral, central de material esterilizado e lavanderia.

7.3.2. Gás combustível (FG)

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

São dois os sistemas de abastecimento:

- encanado ou de rua; e

- em recipiente (butijão ou cilindro).

O primeiro existe em algumas cidades ou áreas de cidades de grande porte e é geralmente atendido por
concessionária. O segundoé abastecido por cilindros/butijão localizados no interior do EAS.

Dependendo do consumo, os cilindros são descentralizados ou centralizados. Quando o consumo for


superior a 1kg/h adota-se o sistema centralizado em cilindros transportáveis, e quando for superior a 30kg/h
adota-se o sistema centralizado em cilindros estacionários.

O dimensionamento da central é função do consumo e da regularidade do abastecimento.

CONSUMO

O consumo total é calculado com base nos consumos parciais das diversas unidades e seus
equipamentos:

- Patologia clínica - considerar os bicos de Bunsen dos diversos laboratórios;

- Nutrição e dietética; cozinha, lactário e nutrição enteral - na ausência das instalações


de vapor e condensado, considerar o consumo para cocção de alimentos;

- Lavanderia - considerar as calandras e as secadoras a gás;

- Autoclave - considerar as autoclaves a gás;

- Gerador - considerar os geradores da água quente a gás;

- Caldeira - considerar as caldeiras a gás;

- Incinerador - considerar os incineradores a gás.

7.3.3. Gases Medicinais (oxigênio, ar comprimido e óxido nitroso)


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Para o uso medicinal em EAS, os gases mais comumente empregados são o oxigênio, o ar comprimido e
o óxido nitroso.

São apresentados os aspectos comuns das instalações dos gases medicinais, tratandose posteriormente
das especificidades de cada um deles.

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

São três os sistemas de abastecimento:

- Cilindros transportáveis; - Centrais de reservação:

- Centrais de cilindros

- Tanques;

Usinas Concentradoras de Oxigênio.

O primeiro é utilizado no caso de emergências e uso eventual.

O abastecimento é descentralizado em cilindros transportáveis até os pontos de utilização.

O segundo e terceiro sistemas são centralizados. Neste caso o gás é conduzido por tubulação da central
até os pontos de utilização.

Os sistemas de baterias de cilindros devem estar conectados a uma válvula reguladora de pressão capaz
de manter a vazão máxima do sistema centralizado de forma contínua. Os sistemas de tanques e/ou usinas
concentradoras, devem manter suprimento reserva para possíveis emergências, que devem entrar
automaticamente em funcionamento quando a pressão mínima de operação preestabelecida do suprimento
primário for atingida.

Os sistemas devem estar protegidos de fonte de calor como os incineradores, as caldeiras e outras, de tal
forma que não haja possibilidade dos cilindros e demais equipamentos da central atingirem uma temperatura
acima de 54ºC. Da mesma forma devem ficar
afastados de transformadores, contactores, chaves elétricas e linhas abertas de condutores de energia elétrica. Os
sistemas devem estar obrigatoriamente localizados acima do solo, ao ar livre ou quando não for possível, em um
abrigo à prova de incêndio, protegido das linhas de transmissão de energia elétrica. Não podem estar localizados
na cobertura da edificação. Devem ser de tal maneira instalados que permitam fácil acesso dos equipamentos
móveis, de suprimento e de pessoas autorizadas.

Os ambientes onde estão instaladas as centrais de reservação e usinas concentradoras devem ser
exclusivos para as mesmas, não podendo ter ligação direta com locais de uso ou armazenagem de agentes
inflamáveis. O seu piso deve ser de material não combustível e resistente ao oxigênio líquido e/ou óxido nitroso
líquido. Caso haja declive nesse piso, deve ser eliminada a possibilidade de escoamento do oxigênio líquido
atingir as áreas adjacentes que tenha material combustível.

Quando o sistema de abastecimento estiver localizado emárea adjacente, no mesmo nível ou em nível
mais baixo que depósitos de líquidos inflamáveis ou combustíveis, tornam-se necessários cuidados especiais
utilizando-se diques, canaletas e outros, para evitar o fluxo desses líquidos para a área da central de gases.

Devem ser obedecidas as seguintes distâncias mínimas entre tanques e/ou cilindros de centrais de
suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências

TABELA - DISTÂNCIAS MÍNIMAS


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Edificações 5,0 m

Materiais combustíveis ou armazenamento de materiais 5,0 m


inflamáveis

Local de reunião de público 5,0 m

Portas ou passagem sem visualização e que dão acesso à área de 3,0 m


armazenamento

Tráfego de veículos 3,0 m

Calçadas públicas 3,0 m

Essas distâncias não se aplicam onde houver estrutura contra- fogo com resistência mínima ao fogo de 2
horas, entre tanques e/ou cilindros de centrais de suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências. Em tais
casos, os tanques e/ou cilindros devem ter uma distância mínima de 0,5 m (ou maior se for necessário para a
manutenção do sistema) da estrutura de proteção.

REDES DE DISTRIBUIÇÃO

As tubulações, válvulas reguladoras de pressão, manômetros e outras válvulas que fazem parte da central
devem ser construídos
com materiais adequados ao tipo de gás com o qual irão trabalhar e instalados de forma a resistir às pressões
específicas.

As tubulações não aparentes que atravessam vias de veículos, arruamentos, estacionamentos ou outras
áreas sujeitas a cargas de superfície, devem ser protegidas por dutos ou encamisamento tubular, respeitando-se a
profundidade mínima de 1,20m. Nos demais a profundidade pode ser de no mínimo 80 cm sem necessidade de
proteção.

Em seu trajeto, as tubulações não devem ser expostas ao contato com óleos ou substâncias graxas.

As tubulações aparentes quando instaladas em locais de armazenamento de material combustível ou em


lavanderias, preparo de
alimentos e refeitório ou outras áreas de igual risco de aquecimento, devem ser encamisadas por tubos de aço.

As válvulas de seção devem ser instaladas em local acessível, sem barreiras que impeçam sua operação
em casos de manutenção ou de emergência. Devem estar sinalizadas com aviso de advertência para
manipulação somente por pessoal autorizado.

Deve ser colocada uma válvula de seção após a saída da central e antes do primeiro ramal de
distribuição. Cada ramal secundário da rede deve ter uma válvula de seção instalada de modo que permita isolar
esse ramal, não afetando o suprimento dos outros conjuntos.

A unidade de terapia intensiva, os centros cirúrgicos e obstétricos devem ser atendidos pela tubulação
principal da rede de distribuição, devendo ser instalada uma válvula de seção à montante do painel de alarme de
emergência específico de cada uma dessas unidades.

SISTEMAS DE ALARMES E MONITORIZAÇÃO:


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Todos os alarmes devem ser precisamente identificados e instalados em locais que permitam a sua
observação constante e total.

Nos sistemas centralizados deve haver um alarme operacional que indique quando a rede deixa de
receber de um suprimento primário, tanto de uma bateria de cilindros quanto de tanque, e passa a receber de um
suprimento secundário ou de um suprimento reserva. Esse alarme deve ser sonoro e visual, sendo que este
último só pode ser apagado com o restabelecimento do suprimento primário. Nos centros cirúrgicos, obstétricos,
de terapia intensiva e onde tenham equipamentos de suporte à vida instalados, devem ser instalados,
obrigatoriamente, alarmes de emergência que atuem quando a pressão manométrica de distribuição atingir o
valor mínimo de operação.

Devem existir alarmes de emergência e esses devem ser independentes dos alarmes operacionais e de
fácil identificação.

POSTOS DE UTILIZAÇÃO

Os postos de utilização e as conexões de todos os acessórios para uso de gases medicinais devem ser
instalados conforme prescrito nas normas NBR 13730 - aparelho de anestesia - seção de fluxo contínuo -
requisitos de desempenho e projeto; NBR 13164 - Tubos flexíveis para condução de gases medicinais sob baixa
pressão; e NBR 11906 - Conexões roscadas e de engate rápido para postos de utilização dos sistemas
centralizados de gases de uso medicinal sob baixa pressão que determina que cada ponto de utilização de gases
medicinais deve ser equipado com uma válvula autovedante, e rotulado legivelmente com o nome ou
abreviatura e símbolo ou fórmula química e com cores para identificação de gases.

Os postos de utilização devem ser providos de dispositivo (s) de vedação e proteção na saída, para
quando os mesmos não estiverem em uso.

Os postos de utilização junto ao leito do paciente devem estar localizados a uma altura aproximada de
1,5m acima do piso, ou embutidos em caixa apropriada, a fim de evitar dano físico à válvula, bem como ao
equipamento de controle e acessórios.

Nos ambientes do EAS supridos por sistemas centralizados, devem ser atendidos, no mínimo, os
requisitos da Tabela - Número de Postos por Local de Utilização, constantes no item 7.4.

7.3.3.1. Oxigênio medicinal (FO)

Utilizado para fins terapêuticos, existem três tipos de sistemas de abastecimento de oxigênio medicinal:
por cilindros transportáveis, por centrais de reservação e por usinas concentradoras.

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

Além das orientações de caráter geral contidas no item 7.3.3, deverão ser observadas as seguintes
orientações específicas:

a) Centrais de suprimento com cilindros:

Contêm oxigênio no estado gasoso mantido em alta pressão.Devem ser duas baterias de cilindros sendo
um de reserva, que fornecem o gás à rede de distribuição sem interrupção. A capacidade da central deve ser
dimensionada de acordo com o fator de utilização previsto e a freqüência do fornecimento, sendo no mínimo
igual ao consumo normal de dois dias, a não ser nos casos de fornecimento comprovado mais freqüente ou mais
dilatado.

b) Centrais de suprimento com tanque criogênico:


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Contêm o oxigênio no estado líquido que é convertido para o estado gasoso através de um sistema
vaporizador. Esse tipo de instalação tem uma central de cilindros como reserva para atender a possíveis
emergências, com um mínimo de dois cilindros, e ambos dimensionados de acordo com o fator de utilização
proposto e a freqüência do fornecimento.

c) Usinas concentradoras:

O terceiro sistema é constituído de máquinas acionadas por energia elétrica que obtêm o oxigênio
medicinal a no mínimo 92%, a
partir do ar atmosférico através de peneiras moleculares, necessitando de um outro tipo de sistema como
reserva.

7.3.3.2. Ar comprimido (FA)

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

São três os tipos de ar comprimido no EAS, que podem ser atendidos de forma descentralizada, através
de equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de forma centralizada, através de equipamento
central. São eles:

a) Ar comprimido industrial:

Utilizado para limpeza e acionamento de equipamentos. É gerado por compressor convencional.

b) Ar comprimido medicinal:

Utilizado para fins terapêuticos. Deve ser isento de óleo e deágua, desodorizado em filtros especiais e
gerado por compressor com selo d'água, de membrana ou de pistão com lubrificação a seco. No caso de
utilização de compressores lubrificados a óleo, é necessário um sistema de tratamento para a retirada do óleo e
de odores do ar comprimido.

A central de suprimento deve conter no mínimo, um compressor e um suprimento reserva com outro(s)
compressor(es), equivalente ao primeiro, ou cilindros.

No caso de central com suprimento reserva de compressor(es), cada compressor deve ter capacidade de
100% do consumo máximo provável com possibilidade de funcionar automaticamente ou manualmente, de
forma alternada ou em paralelo, em caso de emergência.Pressupõe, portanto, a existência de suprimento de
energia elétrica de emergência. No caso de central de suprimento reserva de cilindros, devem ser instalados, no
mínimo, dois cilindros, e seu dimensionamento é função do consumo e freqüência do fornecimento.

A sucção dos compressores de ar medicinal deve estar localizada do lado de fora da edificação, captando
ar atmosférico livre de qualquer contaminação proveniente de sistemas de exaustão, tais como fornos, motores
de combustão, descargas de vácuo hospitalar, remoção de resíduos sólidos, etc. O ponto de captação de ar deve
estar localizado a uma distância mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de edificação ou outro ponto de
acesso. O ponto de captação de ar deve também, estar localizado a uma distância mínima de 16,0m de qualquer
exaustão de ventilação, descarga de bomba de vácuo ou exaustão de banheiro mantendo ainda uma distância de
6,0m acima do solo. A extremidade do local de entrada de ar deve ser protegida por tela e voltada para baixo.

Um dispositivo automático deve ser instalado de forma a evitar o fluxo reverso através dos compressores
fora de serviço.

A central de suprimento com compressores de ar deve possuir filtros ou dispositivos de


purificação, ou ambos quando necessário, para produzir o ar medicinal com os seguintes limites máximos
poluentes toleráveis:
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

- N2: Balanço

- O2: 20,9%

- CO: 5 ppm máximo;

- CO2: 350 ppm máximo;

- SO2: 0,016 ppm máximo;

- NOx: 0,0255 ppm máximo;

- Óleos e partículas sólidas: 0,1 mg/m³;

- Ponto de orvalho: - 40º C, referido a pressão atmosférica.

c) Ar comprimido sintético:

É obtido a partir da mistura de oxigênio (21%) e nitrogênio líquido (79%). Também utilizado para fins
terapêuticos como o ar comprimido medicinal.

A central com suprimento especial de mistura para suprimento de ar comprimido sintético deve possuir
fontes de oxigênio e nitrogênio com especificações de pureza compatíveis para uso medicinal.A fonte de
oxigênio pode ser a mesma que é utilizada para suprimento de oxigênio medicinal. Deve possuir um suprimento
reserva.

O dispositivo especial de mistura deve possuir sistema de análise contínua do ar comprimido sintético
produzido, bem como intertravamento com corte automático do suprimento de ar comprimido medicinal para o
EAS, quando a especificação do mesmo não for atendida.

O dispositivo especial de mistura deve ser projetado e construído segundo o conceito "failsafe" (falha
segura), de modo que a falha eventual de qualquer dispositivo de controle bloqueie a operação do equipamento,
não permitindo que o mesmo forneça o produto (ar comprimido sintético) fora de especificação.

O dispositivo especial de mistura deve operar automaticamente, produzindo ar comprimido sintético com
a especificação requerida, em qualquer condição de demanda do EAS.

7.3.3.3. Óxido Nitroso (FN)

Utilizado em procedimentos anestésicos, o sistema de abastecimento pode ser centralizado ou


descentralizado, seguindo-se as orientações do item 7.3.3.

7.3.4. Vácuo (FV)

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

São dois os sistemas independentes de vácuo no EAS:

a) Vácuo clínico:

Utilizado em procedimentos terapêuticos, deve ser do tipo seco, isto é, o material é coletado junto do
paciente.

b) Vácuo de limpeza:
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Utilizado para fins não terapêuticos.

Ambos os sistemas, em função do consumo, podem ser atendidos de forma descentralizada, por meio de
equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de forma centralizada, através de equipamento central.

No que se refere ao vácuo clínico, o sistema central deve ser operado por, no mínimo, duas bombas, com
capacidades equivalentes.Cada bomba deve ter capacidade de 100% do consumo máximo provável, com
possibilidade de funcionar alternadamente ou em paralelo em caso de emergência.

No caso de um sistema com duas bombas ou mais a capacidade destas deve ser tal que 100% do
consumo máximo provável possa ser mantido por uma bomba reserva.

Um reservatório de vácuo deve ser previsto em todos os sistemas de vácuo hospitalar, a fim de que as
bombas não tenham de operar continuamente sob baixa demanda.

Somente pode ser utilizado o sistema de vácuo clínico com coleta do produto aspirado em recipiente
junto ao ponto de utilização.

Deve ser previsto um sistema de alarme de emergência por sinal luminoso e sonoro, alertando a queda do
sistema de vácuo, abaixo de 26,64 kPa (200 mm Hg).

Cada posto de utilização de vácuo deve ser equipado com uma válvula autovedante, e rotulado
legivelmente com o nome ou abreviatura, símbolo e cores para identificação.

Devem ser instalados em paralelo dois filtros bacteriológicos à montante do reservatório de vácuo exceto
nos casos de sistemas de vácuo providos de outros sistemas de desinfecção do gás aspirado na rede e a ser
exaurido.

Cada filtro deve ter uma capacidade de retenção de partículas acima de 0,1m m. Sua montagem deve ser
feita de modo que a troca dos mesmos seja feita de maneira simples e segura.

A utilização do "sistema Venturi" para geração de vácuo só é permitida quando acoplada a um sistema de
filtro que impeça a contaminação do ambiente.

A descarga da central de vácuo deve ser obrigatoriamente dirigida para o exterior do prédio, com o
terminal voltado para baixo, devidamente telado, preferivelmente acima do telhado da central de vácuo e das
construções vizinhas e localizado a uma distância mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de ar ou
abertura do edifício.

Uma placa de sinalização de atenção e risco deve ser adequadamente colocada próxima ao ponto de
descarga do vácuo.

7.4 - CONSUMO DE OXIGÊNIO, AR COMPRIMIDO, VÁCUO E ÓXIDO NITROSO

Número de Postos por Local de Utilização


LOCAL NÚMERO DE POSTOS

Oxigênio Óxido Vácuo Ar


Nitroso Clínico Comprimido
Medicinal
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Sala de Inalação Caso não haja ar comprimido - - 1 para cada


disponível no EAS, o mesmo cadeira
deve ser substituído por 1 ponto
de O2 por cadeira

Consultório Odontologia - - 1 por 1 por equipo


equipo

Sala de Suturas /curativos 1 para cada 2 leitos ou fração - - -

Sala de Isolamento da e m e rg 1 para cada 2 leitos ou fração - 1 ponto -


ência para
cada 2
leitos

Sala Observação da 1 para cada leito. Caso não haja ar - - 1 para cada
emergência comprimido disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Procedim. Invasivos da 2 por leito 1 para - 2 por leito
Emerg. cada 2
leitos se
estiver
disponível
na unidade

Sala de Emergência 2 por leito - 1 por 1 por leito


leito

Quarto/Enfermaria 1 para cada 2 leitos ou 1 por - 1 para 1 para cada 2


leito isolado cada 2 leitos
leitos

Sala de Exames e - - - 1 para cada 2


Curativosinternação leitos

Sala de Exames e 1 para cada mesa 1 para cada 1 para 1 para cada
curativosqueimados/ mesa se cada mesa
Balneoterapia estiver mesa
disponível
na unidade

Área de cuidados e 1 por berço. Caso não haja ar - - 1 por berço


higienização de RN comprimido disponível no EAS,
deve haver 2 pontos de
O2 por berço
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Berçário Cuidados 1 para cada berço/ - 1 por 1 para cada


Intermediários incubadora. berço berço /
Caso não haja ar comprimido incubadora
disponível no EAS, deve haver
2 pontos de O2 por
berço/ incubadora
Berçário Cuidados 2 para cada berço / incubadora - 1 por 2 para cada
IntensivosUTI neonatal berço berço /
incubadora

Quarto/Área Coletiva de UTI 2 para cada leito - 1 por 2 para cada


leito lei-to

Sala de Raio X 1 para cada sala 1 para cada 1 para 1 para cada
Intervencionista sala se cada sala
estiver sala
disponível
na unidade

Sala de Raio X Geral 1 para cada sala - 1 para -


cada
sala

Salas Hemodinâmica 2 para cada sala - - 2 para cada


sala

Salas de Exames de 1 para cada sala 1 para cada 1 por 1 para cada
Tomografia, RMN sala se sala sala
estiver
disponível
na unidade

Salas Ultra-sonografia 1 para cada sala - - -

Sala de Exames de Medicina 1 para cada sala - - -


Nuclear

Sala de Exames 1 para cada sala. Caso não haja ar - - 1 para cada
Endoscópicos comprimi-do disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Indução e 1 para cada leito - 1 por 1 para cada
Recuperação Pós-anestésica leito lei-to

Sala Preparo Anestésico - - - -


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30

Sala de Cirurgia 2 por sala cirúrgica 1 para cada 1 por 2 por sala
sala se sala cirúrgica
estiver
disponível
na unidade

Sala de Pré-parto 1 para cada leito - - 1 por leito

Sala de Parto 1 para cada mesa de par-to. Caso 1 para cada 1 para 1 para cada
não haja ar comprimido disponí- sala se cada mesa
vel no EAS, deve haver estiver mesa
disponível
2 pontos de O2 por mesa na unidade

Área de assistência de 1 para cada berço. Caso não haja - - 1por berço
Recém-nascidos ar comprimido disponível no
EAS, deve haver 2 pontos
de O2 por berço

Sala/quarto de PPP 1 para cada leito. Caso não haja ar - - 1 para cada
comprimi-do disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Transfusão 1 para cada leito - - -

Sala de Radioterapia 1 para cada sala - - -

Sala de Aplicação de 1 por poltrona/leito - - 1para cada


Quimioterápicos leito

Sala de T. Hemodialítico 1 por poltrona/leito - - -

Câmara individual de 1 para cada câmara - - -


Oxigenoterapia Hiperb

Câmara coletiva de 1 para cada câmara - - -


Oxigenoterapia
Hiperb

Demanda (litros/minuto) por Posto de Utilização


LOCAL Valores de Referência para Dimensionamento de
Re-de

Oxigênio Óxido Vácuo Ar Comprimido


Nitroso Clínico Medicinal

Sala de Inalação 20 - - 20
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

Consultório Odontologia - - - 30

Sala de Suturas /curativos 20 - - -

Sala de Isolamento da emergência 20 - - 60

Sala Observação, da emergência 60 - - 60

Sala de Procedim. Invasivos da Emerg. 60 8 - 60

Sala de Emergência 60 - 60 60

Quarto/Enfermaria 20 - 30 20

Sala de Exames e Curativos-internação 20 - - 20

Sala de Exames e Curativos-Queimados/ 60 8 60 60


Balneoterapia

Área de cuidados e higienização de RN 60 - - 60

Berçário Cuidados Intermediários 60 - 60 60

Berçário Cuidados Intensivos-UTI neonatal 60 - 60 60

Quarto/Área Coletiva de UTI 60 - 60 60

Sala de Raio X Intervencionista 60 8 60 60

Sala de Raio X Geral 60 - 60 -

Salas Hemodinâmica 30 - - 30

Salas de Exames de Tomografia, RMN 60 8 - 60

Salas Ultra-sonografia 60 - - -

Sala de Exames de Medicina Nuclear 60 - - -

Sala de Exames Endoscópicos 30 - - 30

Sala de Indução e Recuperação 60 - 60 60


Pósanestésica

Sala Preparo Anestésico - - - -


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

Sala de Cirurgia 60 8 60 60

Sala de Pré-parto 30 - - 30

Sala de Parto 60 8 60 60

Área de assistência de Recém-nascidos 60 - - 60

Sala/quarto de PPP 60 - - 60

Sala de Transfusão 60 - - -

Sala de Radioterapia 60 - - -

Sala de Aplicação de Quimioterápicos 60 - - 60

Sala de T. Hemodialítico 20 - - -

Câmara individual de Oxigenoterapia Hiperb. 120 - - -

Câmara coletiva de Oxigenoterapia Hiperb. 120 - - -

Obs.: Condições normais de temperatura e pressão. Pressão 30 mm Hg de vácuo.

OBS: Deve ser prevista a utilização de vácuo de limpeza e ar comprimido industrial nas oficinas de
manutenção e limpeza de carrinhos do SND.

7.5 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO (IC)

São aquelas que criam um micro clima nos quesitos de temperatura, umidade, velocidade, distribuição
e pureza do ar.

Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as seguintes normas:

- ABNT/NBR-6401 - Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parâmetros


Básicos de Projeto.

- ABNT/NBR-7256 - Tratamento de Ar em Unidades Médico-Assistenciais.

- Portaria do Ministério da Saúde/GM nº 3532 de 28/08/98 e publicada no DO de


31/08/98.

- Recomendação Normativa 004-1995 da SBCC - Classificação de Filtros de Ar para


Utilização em Ambientes Climatizados.

- ABNT/NBR 14518 - Sistemas de Ventilação para Cozinhas Profissionais.

7.5.1 - Ar condicionado (AC)


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

Os setores com condicionamento para fins de conforto, como salas administrativas, quartos de
internação, etc., devem ser atendidos pelos parâmetros básicos de projeto definidos na norma da ABNT NBR
6401.

Os setores destinados à assepsia e conforto, tais como salas de cirurgias, UTI, berçário, nutrição
parenteral, etc., devem atender às exigências da NBR-7256.

No atendimento dos recintos citados acima devem ser tomados os devidos cuidados, principalmente por
envolver trabalhos e tratamentos destinados à análise e erradicação de doenças infecciosas, devendo portanto ser
observados os sistemas de filtragens, trocas de ar, etc. Toda a compartimentação do EAS estabelecida pelo
estudo arquitetônico, visando atender à segurança do EAS e, principalmente, evitar contatos de pacientes com
doenças infecciosas, deve ser respeitada quando da setorização do sistema de ar condicionado.

Tomada de Ar

As tomadas de ar não podem estar próximas dos dutos de exaustão de cozinhas, sanitários, laboratórios,
lavanderia, centrais de gás combustível, grupos geradores, vácuo, estacionamento interno e edificação, bem
como outros locais onde haja emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos, estabelecendo-se a distância
mínima de 8,00m destes locais.

Renovação de ar

O sistema de condicionamento artificial de ar necessita de insuflamento e exaustão de ar do tipo forçado,


atendendo aos requisitos quanto à localização de dutos em relação aos ventiladores, pontos de exaustão do ar e
tomadas do mesmo. Todo retorno de ar deve ser feito através de dutos, sendo vedado o retorno através de
sistema aberto (plenum).

Para os setores que necessitam da troca de ar constante, tem de ser previsto um sistema energético, para
atender às condições mínimas de utilização do recinto quando da falta do sistema elétrico principal, com o
mínimo período de interrupção (vide item 7.2.1.).

Nível de ruído

Os níveis de ruído provocados pelo sistema de condicionamento, insuflamento, exaustão e difusão do ar,
não podem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NB-10 da ABNT para quaisquer freqüências ou grupos
de freqüências audíveis.

Vibração

O sistema de ar condicionado não poderá provocar, em qualquer ponto do hospital, vibrações mecânicas
de piso ou estrutura que prejudiquem a estabilidade da construção ou o trabalho normal do EAS, obedecido o
critério compatível e especificado para cada aplicação.

7.5.2 - Ventilação (V)

7.5.2.1. Exaustão (E)

Lavanderia

É obrigatória a existência de sistemas de exaustão mecânica na lavanderia, tanto na área "suja" quanto na
área "limpa". Estes sistemas devem ser independentes um do outro.

A saída do exaustor da sala de recebimento de roupa suja deve estar posicionada de modo que não
prejudique a captação de ar de outros ambientes. Esta saída deve estar acima, no mínimo, um metro da cumeeira
do telhado da edificação. Deve-se utilizar filtros F1 nessas saídas caso a mesma
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

interfira na captação de ar de outros ambientes, quer seja por janelas ou tomadas de ar de sistemas de ar
condicionado.

Caso a lavanderia utilize ozônio em seu processo de lavagem,é necessário um sistema de exaustão de ar
na sala do gerador de ozônio, além do exaustor da sala de recebimento de roupa suja onde estão situadas as
lavadoras de roupa.

Deve ser previsto coifa com exaustor sobre as calandras, com altura máxima de 60 cm acima das
mesmas, além de outros exaustores perto de lavadoras, secadoras e prensas. Alguns equipamentos possuem
exaustão própria. Nestes casos a coifa é dispensável.

Farmácia

O duto de exaustão da capela de fluxo laminar de manipulação de quimioterápicos deve possuir filtros
finos.

8. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

8.1 - CRITÉRIOS DE PROJETOS

A. ESTUDO PRELIMINAR

A.1 - Acessibilidade

O acesso dos veículos do serviço de extinção de incêndio deve estar livre de congestionamento e permitir
alcançar, ao menos, duas fachadas opostas. As vias de aproximação devem ter largura mínima de 3,20m, altura
livre de 5,00m, raio de curvatura mínima de
21,30m e largura de operação mínima junto às fachadas de 4,50m.

A.2 - Setorização e compartimentação

Entende-se por setorização para fins de segurança contra incêndio, a divisão das unidades funcionais e
ambientes do EAS, em setores com características específicas em relação à população, instalações físicas e
função, tendo em vista subsidiar o zoneamento de incêndios. São eles:

A. Ações básicas de saúde, ambulatório e atendimento de emergência e


urgência;

B. Internação geral (quarto e enfermaria);

C. Internação geral de recém-nascido (neonatologia), internação


intensiva (UTI) e internação para tratamento de queimados (UTQ);

D. Apoio ao diagnóstico e terapia (laboratórios);*

E. Centro cirúrgico e centro obstétrico;

F. Serviço de nutrição e dietética (cozinha);*

G. Farmácia (área para armazenagem e controle-CAF);*

H. Central de material esterilizado;*

I. Anfiteatro, auditório;
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

J. Apoio administrativo;

K. Arquivo;*

L. Processamento de roupa (lavanderia);*

M. Área para armazenagem;*

N. Oficinas;

O. Salas para grupo gerador e subestação elétrica;*

P. Salão de caldeiras;*

Q. Depósito de combustível; *

R. Abrigo de resíduos sólidos (lixo);

S. Incinerador; *

T. Área para central de gases; *

U.Lavagem; e

V. Escadas, rampas, elevadores e monta-cargas.

Destes, alguns são de risco especial para o incêndio (anotação*) pelo tipo de equipamento e/ou pela
carga incêndio que possuem, e, portanto, são detalhados em separados, em setores de baixo, médio e alto risco a
partir do tamanho destes ambientes, conforme tabela a seguir.

Setores de Risco Especial


AMBIENTES DIMENSÕES DOS AMBIENTES

BAIXO MÉDIO RISCO ALTO RISCO


RISCO

Apoio ao diagnóstico e terapia -100m² 100200m² +200m²


(laboratório)

Serviço de nutrição e dietética -20m² 20200m² +200²


(cozinha)

Farmácia (área para -200m³ 200400m³ +400m³


armazenagem e controle-CAF)

Central de materiais esterilizado -100m³ 100300m³ +300m³

Arquivo -50m³ +50m³ -

Processamento de roupa -200m³ 200400m³ +400m³


(lavanderia)
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

Área para armazenagem (mobiliário, -50m³ +50m³ -


material de expediente e roupa)

Oficinas -200m³ 200400m³ +400m³

Salas para grupo gerador e alto risco


subestação elétrica

Salão de caldeiras alto risco

Depósito de combustível -200m³ 200400m³ +400m³

Depósito de resíduos sólidos (lixo) -15m² 15-30m² +30m²

Incinerador alto risco

Área para tanques de oxigênio alto risco

Área para central de gases alto risco

Garagem -125m² +125m² -

Os setores devem ser auto-suficientes em relação à segurança contra incêndio, isto é, devem ser
compartimentados horizontal e verticalmente de modo a impedir a propagação do incêndio para outro setor ou
resistir ao fogo do setor adjacente. A compartimentação horizontal
permite a transferência da população (em especial do paciente) entre setores de incêndio no mesmo pavimento;
a compartimentação vertical permite a transferência da população entre setores de incêndio em diferentes
pavimentos.

Portanto, a determinação de superfície de pavimento necessária para alojar a população do setor


contíguo tem de ser pressuposto do projeto. São os seguintes os parâmetros:

a. 25% dos pacientes estão em macas ou leitos (superfície necessária = 2,00m²/paciente);

b. 25% dos pacientes utilizam cadeiras de rodas, muletas ou necessitam de ajuda similar
(superfície necessária = 1,00m²/ paciente); e

c. 50% dos pacientes não necessitam de ajuda e, portanto, são somados ao restante da população
(superfície necessária = 0.5m²/pessoa).

Nenhuma abertura de setores de médio e alto risco podem interligar diretamente áreas de circulação ou
garagem. Nessas situações, antecâmaras devem ser obrigatoriamente utilizadas. Qualquer setor de risco especial
não pode ser interligado como rota de via de escape.

B. PROJETO BÁSICO

%0%.1 - Materiais construtivos estruturais

A opção pelo sistema estrutural e, portanto, dos materiais, deve ser feita com base no comportamento
dos elementos portantes da edificação sob o fogo, especificamente, sua resistência à temperatura de ordem de
850º C, valor este que usualmente ocorre no centro de um incêndio.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

Todo material utilizado na estrutura dos EAS tem de receber tratamento de ignifugação, de modo a
suportar as temperaturas estimadas em um incêndio.

%0%.2 - Aberturas

%0%.2.1 - Portas

Os setores de incêndio devem ser dotados de portas resistentes ao fogo com fechamento permanente12.
As portas de proteção em zonas de alta circulação devem possuir dispositivos de retenção próprios que possam
ser desligados automática ou manualmente em caso de incêndio.

%0%.3 - Vias de Escape

%0%.3.1 - Escada de incêndio

Podem ser protegidas, enclausuradas ou à prova de fumaça. A escada protegida é ventilada, com paredes
e portas resistentes ao fogo. A escada enclausurada tem paredes e portas corta-fogo. Finalmente, a escada à
prova de fumaça incorpora a esta última a antecâmara (à prova de fumaça com duto de ventilação) . A escolha
de cada tipo depende do grau de isolamento exigido13 O recurso de enclausuramento e de antecâmara deve ser
utilizado não só no caso de escadas mas sempre que possível, nos vestíbulos de setores de alto risco e
elevadores, além de dutos e monta-cargas, que ocupem áreas maiores que 1,00 m². As dimensões da antecâmara
devem permitir a varredura das portas sem o choque com as macas em trânsito e sem o impedimento de
fechamento das portas de modo a evitar a formação de corrente de ar.

As unidades de internação devem dispor de escada com raio de abrangência não superior a 30,00 m. Nos
setores de alto risco o raio de abrangência máxima é de 15,00m.

Os lances das escadas devem ser retos e o número de degraus, de preferência, constantes. As dimensões
do patamar devem permitir o giro de maca, considerando a presença das pessoas que transportam o paciente.

A escada deve possuir corrimão de ambos os lados, fechado no início de cada lance, de modo a evitar o
engate de pulso, mão ou peças de vestuário.

TABELA - NÚMEROS DE PESSOAS A EVACUAR EM FUNÇÃO DA LARGURA DA ESCADA E


NÚMERO DE PAVIMENTOS
Evacuação As

cendente

Evacuação Descendente

Altura

L a rg u ra da 9M 6M 3M Não Protegida Protegida


escada (m)
Adicio

2P 4P 6P 8P 10P nal p/

p a v.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

1,50 105 150 195 240 356 472 588 704 820 58
1,60 112 160 208 256 384 512 640 768 896 64
1,70 119 170 221 272 414 556 698 840 982 71
1,80 126 180 234 288 442 596 750 904 1058 77
1,90 133 190 247 304 472 640 808 976 1144 84
2,00 140 200 260 320 504 596 780 964 1148 92
2,10 147 210 273 356 534 732 930 1128 1326 99
2,20 154 220 286 352 566 673 887 1101 1315 107
2,30 161 230 299 368 598 828 1058 1288 1518 115
2,40 168 240 312 384 630 876 1122 1368 1614 123

FONTE: NORMA BÁSICA DE LA EDIFICACION - "CONDICIONES DE PROTECCION CONTRA


INCENDIOS EM LOS EDIFÍCIOS"- DIRECIÓN GENERAL DE ARQUITECTURA Y EDIFICACIÓN -
ESPAÑA (NBE - CPI/89).

OBSERVAÇÃO: AS ESCADAS PROTEGIDAS PODEM ABRIGAR 3 (TRÊS) PESSOAS POR M² DE


ÁREA ÚTIL TENDO EM CONTA QUE AO MESMO TEMPO CIRCULARÃO E ABANDONARÃO A
ESCADA NO PAVIMENTO DE SAÍDA.

P = Pavimentos

%0%.3.2 - Elevadores

Os EAS que necessitam de elevadores descritos no item 4.4

- Circulações Verticais desta Resolução com cota de piso superior a 15,00m em relação ao pavimento de
escape, devem dispor de pelo menos, um elevador de emergência adaptável para as manobras do Corpo de
Bombeiros. Vide sub-item a) do item 4.4.

C. PROJETO EXECUTIVO

C.1. Sinalização de Segurança

O porte do EAS pode exigir que a sinalização seja feita nas paredes e pisos, porque a fumaça pode
encobrir a sinalização mais alta. Toda atenção deve ser dada aos pacientes com as faculdades sensoriais
diminuídas; sinais acústicos podem ser utilizados como meios complementares.

Todas as saídas de pavimento e setores de incêndio têm de estar sinalizadas. As circulações contarão com
sinais indicativos de direção desde os pontos de origem de evacuação até os pontos de saída. A sinalização
perfeitamente visível deve confirmar a utilização, por exemplo, de escadas de incêndio. Toda porta que não seja
saída, e que não tenha indicação relativa à função do recinto a que dá acesso, pode induzir a erro. Dessa forma,
deve ser sinalizada com o rótulo "SEM SAÍDA". D. INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Os sistemas de detecção são constituídos pelos seguintes elementos:

1- Dispositivos de entrada - Detectores automáticos, acionadores automáticos e acionadores manuais;

2- Centrais de alarme - Painéis de controle individualizados, no mínimo, por setor de incêndio;

3- Dispositivos de saída - Indicadores sonoros, indicadores visuais, painéis repetidores, discagem


telefônica automática, desativadores de instalações, válvulas de disparo de agentes extintores, fechamento de
portas CORTA-FOGO e monitores;
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31

4- Rede de interligação - Conjunto de circuitos que interligam a central com os dispositivos de entrada,
saída e as fontes de energia do sistema.

As centrais de alarme (ver NBR 9441) e controle devem ficar em locais de fácil acesso e
permanentemente vigiadas. A instalação de detectores se faz por zonas coincidentes com cada setor de incêndio.
Assim, as características do fogo que pode ser produzido no setor e a atividade que lá se desenvolve,
determinam o tipo adequado de detector a especificar.

Os detectores podem ser pontuais, lineares, de fumaça, temperatura, de chama ou eletroquímicos.

A extinção pode ser feita pelos seguintes equipamentos ou suas combinações: extintores móveis (ver NB 142)
e hidrantes de parede (ver NB 24).

As instalações automáticas de extinção, por sua vez, têm como missão o combate em uma área
determinada de um incêndio, isso mediante a descarga de agentes extintores. Essas instalações são usadas em
zonas de alto risco e cujo conteúdo seja de grande valor.

Se para a descarga de combate for necessária energia elétrica o sistema deverá estar ligado à rede de
emergência.

Os sistemas de detecção e alarme têm de ser utilizados nos EAS que tenham: 1 - Mais

de 3 (três) pavimentos incluindo subsolo;e

2 - Uma área construída maior que 2.000 m2

Os detectores de fumaça serão obrigatoriamente utilizados nos quartos e enfermarias de geriatria,


psiquiatria e pediatria. As outras zonas de internação disporão de detectores de fumaça no interior de locais
onde não seja previsível a permanência constante de pessoas. Locais esses como depósitos, vestiários,
escritórios, despensas, et.

Os locais de risco especial, por sua vez, possuirão detectores adequados à classe previsível do
fogo.

E- NORMATIZAÇÃO BRASILEIRA REFERENTE À SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM


EDIFICAÇÕES URBANAS A SEREM OBSERVADAS.

NBR 9441-Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio;

NBR 8674-Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada
para transformadores e reatores de potência;

NBR 9441-Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio - procedimento;

NBR 5627-Exigências particulares das obras de concreto armado e protendido em relação a resistência
ao fogo;

NBR 5828-Componentes construtivos estruturais. Determinação da resistência ao fogo; NBR

6125-Chuveiros automáticos para extinção de incêndio;

NBR 9077-Saídas de emergência em edifícios;

NBR 11785-Barra antipânico - especificação;


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NBR 11742-Porta corta-fogo para saídas de emergência;

NBR 7532-Identificadores de extintores de incêndio - dimensões e cores; NB

24-Instalações hidráulicas prediais contra incêndio sob comando;

NB 98-Armazenamento e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis; NB 107-

Instalações para utilização de gases liqüefeitos de petróleo;

EB 46-Identificação de gases em cilindros;

EB 152/MB 267/NB 1135 - Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos; GB

920/EB 132-Porta corta-fogo de madeira revestida de metal;

MB 1192-Determinação de resistência ao fogo de paredes e divisórias sem função estrutural; e

MB 478-Tinta retardante de incêndio - verificação das características.

ADENDO

População usuária do EAS

Para determinação das relações entre as diversas atribuições do EAS, faz-se necessário reconhecer as
categorias de pessoas usuárias e circulantes no estabelecimento, que via de regra definirão os fluxos e acessos.

Adota-se a seguinte classificação por categoria para essa população: 1-

Paciente - pessoa que está sob cuidados médicos:

1.1- paciente externo - paciente que após ser registrado num estabelecimento de saúde, recebe assistência
ambulatorial ou de emergência (unidades funcionais diretamente vinculadas, ambulatório e atendimento
imediato); e,

1.2- paciente interno - paciente que admitido no estabelecimento de saúde passa a ocupar um leito por
período acima de 24 horas (unidade funcional diretamente ligada, internação).

*Classificação dos pacientes segundo faixa etária:

Recém nascido 0 a 28 dias;

Lactente 29 dias a 1 ano e 11 meses completos;

Criança 2 a 9 anos; Adolescente 10 a

19 anos; e,

Adulto mais de 20 anos.

2- Doador- pessoa que voluntariamente doa insumos humanos com fins terapêuticos. 2.1- De

sangue; e
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32

2.2- De leite humano.

3- Funcionário - pessoa que tem ocupação profissional no estabelecimento:

3.1-Administrativo ( nível superior, nível técnico e intermediário e nível auxiliar); e 3.2-

Assistencial ( nível superior, nível técnico e intermediário e nível auxiliar).

4- Aluno - pessoa que recebe instrução e/ou educação, no estabelecimento: 4.1-

Técnico;

4.2-Graduação;

4.3-Pós-graduação;e,

4.4-Estagiário.

5- Público - pessoa que circula no estabelecimento sem nenhuma das características citadas acima:

5.1- Acompanhante de paciente;

5.2- Visitante de paciente;

5.3- Fornecedor de materiais, prestador de serviços, vendedor de materiais e serviços; e, 5.4-

Visitante, conferencista, instrutor, convidado, etc.

GLOSSÁRIO14

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgão designado pelo COMMETRO como o
responsável pela normalização técnica no país.

Abrigo de recipientes de resíduos - Ambientes destinados à guarda externa de resíduos de serviços de


saúde sólidos (lixo) e higenização dos recipientes coletores.

Administração - unidade destinada ao desenvolvimento das atividades administrativas do


estabelecimento de saúde.

Alarme de emergência - alarme que indica a necessidade de intervenção da equipe de saúde. Alarme

operacional - alarme que indica a necessidade de intervenção da equipe de técnica.

Almoxarifado - unidade destinada ao recebimento, guarda, controle e distribuição do material necessário


ao funcionamento do estabelecimento de saúde.

Alojamento conjunto - modalidade de acomodação do recém- nascido normal em berço contíguo ao leito
da mãe.

Ambiente - espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s)


atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma
sala ou de uma área.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32

Ambiente de apoio - sala ou área que dá suporte aos ambientes destinados às atividades fins de uma
unidade.

Ambulatório - unidade destinada à prestação de assistência em regime de não internação.

Anatomia patológica - unidade destinada a realizar exames citológicos e estudos macro e ou


microscópicos de peças anatômicas retiradas cirurgicamente de doentes ou de cadáveres, para fins de
diagnóstico.

Animais sinantrópticos - espécies que indesejavelmente coabitam com o homem, tais como os roedores,
baratas, moscas, pernilongos, pombos, formigas, pulgas e outros.

Área - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces.

Área para assistência de RN - ambiente destinado à execução dos primeiros cuidados do recém- nascido e
à sua identificação.

Atendimento imediato - unidade destinada à assistência de pacientes, com ou sem risco de vida, cujos
agravos à saúde necessitam de pronto atendimento.

Atividade - cada uma das ações específicas, que no seu conjunto atendem ao desenvolvimento de uma
atribuição.

Atribuição - conjunto de atividades e sub-atividades específicas, que correspondem a uma descrição


sinóptica da organização técnica do trabalho na assistência à saúde.

Banheiro - ambiente dotado de bacia(s) sanitária(s), lavatório(s) e chuveiro(s).

Barreira (contra contaminação) - bloqueio físico que deve existir nos locais de acesso a área onde seja
exigida assepsia e somente se permita a entrada de pessoas com indumentária apropriada (paramentação).

Berçário - ambiente destinado a alojar recém-nascidos.

Berçário de cuidados intermediários - Ambiente hospitalar destinado à assistência ao recém- nascido


enfermo e/ou prematuro sem necessidade de cuidados intensivos e/ou aqueles que receberam alta da unidade de
terapia intensiva neonatal.

Berçário de cuidados intensivos - Ambiente hospitalar destinadoà assistência aos recémnascidos que
requeiram assistência médica, de enfermagem, laboratorial e radiológica ininterruptas.

Central de material esterilizado (CME) - unidade destinada à recepção, expurgo, limpeza,


descontaminação, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos materiais utilizados nas diversas unidades de
um estabelecimento de saúde. Pode se localizar dentro ou fora da edificação usuária dos materiais.

Centro cirúrgico - unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à


recuperação pós-anestésica e pósoperatória imediata.

Centro cirúrgico ambulatorial - unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que não
demandam internação dos pacientes.

Centro de parto normal - unidade ou EAS que presta atendimento humanizado e de qualidade
exclusivamente ao parto normal sem distócias. Caso se configure em um EAS isolado, extra-hospitalar, deve ter
como referência um hospital que seja alcançável em no máximo uma hora.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32

Centro obstétrico - unidade destinada a higienização da parturiente, trabalho de parto, parto (normal ou
cirúrgico) e os primeiros cuidados com os recém-nascidos.

CTI - conjunto de UTIs agrupadas num mesmo local.

Depósito de equipamentos/materiais - ambiente destinado à guarda de peças de mobiliário, aparelhos,


equipamentos e acessórios de uso eventual.

Depósito de material de limpeza - sala destinado à guarda de aparelhos, utensílios e material de limpeza,
dotado de tanque de lavagem.

Documentação e informação - unidade destinada à identificação, seleção, controle, guarda, conservação e


processamento das informações de todos os dados clínicos e sociais de paciente ambulatorial ou internado.
Compreende o registro geral, o arquivo médico e estatística.

Edificação de multiuso - edificação não exclusiva para EAS.

Emergência - unidade destinada à assistência de pacientes com risco de vida, cujos agravos necessitam
de atendimento imediato utilizando-se técnicas complexas de assistência.

Enfermaria - ambiente destinado à internação de pacientes, dotado de banheiro anexo, com capacidade
de três a seis leitos.

Estabelecimento assistencial de saúde (EAS) - denominação dada a qualquer edificação destinada à


prestação de assistência à saúde à população, que demande o acesso de pacientes, em regime de internação ou
não, qualquer que seja o seu nível de complexidade.

Estabelecimento autônomo especializado - EAS que realiza atividades especializadas relativas a uma ou
mais unidades funcionais.

Funciona físico e funcionalmente isolado - extra-hospitalar, dispondo de recursos materiais e humanos


compatíveis à prestação de assistência.

Esterilização terminal - esterilização da embalagem e produto juntos.

Farmácia - unidade destinada a programar, receber, estocar, preparar, controlar e distribuir medicamentos
ou afins e/ou manipular fórmulas magistrais e oficinais.

Hemoterapia e hematologia - unidade destinada à coleta, processamento, armazenamento, distribuição e


transfusão de sangue e seus hemocomponentes. Algumas unidades podem não executar algumas dessas
atividades descritas anteriormente.

Hospital - estabelecimento de saúde dotado de internação, meios diagnósticos e terapêuticos, com o


objetivo de prestar assistência médica curativa e de reabilitação, podendo dispor de atividades de prevenção,
assistência ambulatorial, atendimento de urgência/emergência e de ensino/pesquisa.

Hospital-dia (regime de) - modalidade de assistência à saúde, cuja finalidade é a prestação de cuidados
durante a realização de procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente
na unidade por um período de até 24 horas.

Imagenologia - unidade funcional, podendo ser também uma unidade física, que abriga as atividades ou
ambientes cujos exames e/ou terapias se utilizam de imagens.

Internação - admissão de um paciente para ocupar um leito hospitalar, por um período igual ou maior que
24 horas.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32

Internação - unidade destinada à acomodação e assistência do paciente internado.

Isolamento - quarto destinado a internar pacientes suspeitos ou portadores de doenças transmissíveis ou


proteger pacientes altamente suscetíveis (imunodeprimidos ou imunosuprimidos).

Laboratório de emergência - Laboratório de funcionamento ininterrupto que congrega todas as atividades


dos demais laboratórios, composto normalmente de um único salão subdividido em áreas distintas, onde são
realizados os diversos tipos de exames. Sua existência dá-se em função do não funcionamento por 24 horas dos
demais laboratórios. Serve principalmente à UTI, UTQ e Atendimento Imediato.

Lactário - unidade com área restrita, destinada à limpeza, esterilização, preparo e guarda de mamadeiras,
basicamente, de fórmulas lácteas.

Lavabo cirúrgico - exclusivo para o preparo cirúrgico das mãos e antebraço. Lavatório -

peça sanitária destinada exclusivamente à lavagem de mãos.

Leito de observação ou auxiliar - leito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob
supervisão médica e ou de enfermagem para fins de diagnóstico ou terapêutica durante um período inferior a 24
horas.

Leito hospitalar - cama destinada à internação de um paciente no hospital. (Não considerar como leito
hospitalar os leitos de observação e os leitos da Unidade de Terapia Intensiva).

Medicina nuclear - unidade destinada à execução de atividades relacionadas com a utilização de


substâncias radioativas, para fins de diagnóstico e tratamento.

Necrotério - unidade ou ambiente destinado à guarda e conservação do cadáver.

Norma - modelo, padrão, aquilo que se estabelece como base ou unidade para a realização ou avaliação
de alguma coisa.

Normalização ou normatização - atividade que visa a elaboração de padrões, através de consenso entre
produtores, prestadores de serviços, consumidores e entidades governamentais.

Parto normal - aquele que tem início espontâneo, é de baixo risco no início do trabalho de parto e assim
permanece ao longo do trabalho de parto e parto, o bebê nasce espontaneamente na posição de vértice entre 37 e
42 semanas de gestação e, após o parto, mãe e bebê estão em boas condições.

Patologia clínica - unidade destinada à realização de análises clínicas necessárias ao diagnóstico e à


orientação terapêutica de pacientes.

Pia de Despejo - peça sanitária destinada a receber resíduos líquidos e pastosos, dotada de válvula de
descarga e tubulação de esgoto de 75mm no mínimo.

Pia de lavagem - destinada preferencialmente à lavagem de utensílios podendo ser também usada para a
lavagem das mãos.

Posto de enfermagem - área destinada à enfermagem e/ou médicos, para a execução de atividades
técnicas específicas e administrativas.

Quarto - ambiente com banheiro anexo destinado à internação de pacientes, com capacidade para um ou
dois leitos.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32

Radiologia - unidade onde se concentram equipamentos que realizam atividades concernentes ao uso de
Raios X para fins de diagnóstico.

Radioterapia - unidade destinada ao emprego de radiações ionizantes com fins terapêuticos.

Resíduos de Serviços de Saúdes (RSS) - resíduos resultantes das atividades exercidas por
estabelecimento gerador, classificado de acordo com regulamento técnico da ANVISA sobre gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde.

Rouparia - sala, área para carro roupeiros ou armáriodestinadoà guarda de roupa proveniente da
lavanderia.

Sala - ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta.

Sala de entrevistas (UTI) - ambiente destinado ao atendimento de acompanhantes de pacientes internados


na UTI, com vistas ao repasse de informações sobre o mesmo.

Sala de pré-parto - ambiente destinado a acomodar a parturiente durante a fase inicial do trabalho de
parto. O quarto individual de internação pode ser utilizado para esta atividade.

Sala de preparo de equipamentos e materiais - ambiente destinado a realização dos diversos


procedimentos de limpeza e desinfecção de equipamentos e materiais médicohospitalares (respiradouros,
sondas, etc.). Deve ser dotado de ducha para limpeza destes equipamentos.

Sala de recuperação pós-anestésica - ambiente destinado à prestação de cuidados pósanestésicos e ou


pós-operatórios imediatos a pacientes egressos das salas de cirurgia.

Sala de resíduos - ambiente destinado à guarda interna provisória de recipientes de resíduos sólidos (lixo)
segregados até seu recolhimento ao abrigo de recipientes de resíduos.

Sala de serviço - ambiente destinado exclusivamente as atividades de enfermagem da unidade.

Sala de utilidades ou expurgo - ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e
roupas utilizados na assistência ao paciente e guarda temporária de resíduos. Deve ser dotado de pia e/ou
esguicho de lavagem e de pia de despejo com válvula de descarga e tubulação de esgoto de 75mm no mínimo.
Nos EAS de nível primário, pode-se dispensar a área de lavagem e descontaminação da central de material
esterilizado - simplificada em favor da sala de utilidades.

Sala para PPP - ambiente específico para realização, exclusivamente, de partos não cirúrgicos através de
técnicas naturais onde o pré-parto, o parto e o pós-parto acontecem no mesmo ambiente, tornando assim o parto
mais humanizado, com a participação intensa de acompanhantes (marido, mãe, etc.) da parturiente. A sala deve
possuir em todas as faces, elementos construtivos ou de decoração que permitam o completo isolamento visual
e, se possível acústico.

Sala para AMIU - ambiente destinado à aspiração manual intra-uterina, realizada com anestesia
local.

Sanitário - ambiente dotado de bacia (s) sanitária(s) e lavatório (s).

Tipologia - são os diversos modelos funcionais, resultantes do conjunto de atribuições que juntas compõe a
edificação do estabelecimento de saúde.

Unidade - conjunto de ambientes fisicamente agrupados, onde são executadas atividades afins.
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Unidade de acesso restrito - unidade física com barreira e controle de entrada e saída de pessoas e de
material. Possui todo conjunto de ambientes fins e de apoio dentro da própria área da unidade.

Unidade física - conjunto de ambientes fins e de apoio pertencentes a uma unidade funcional.

Unidade funcional - conjunto de atividades e sub-atividades pertencentes a uma mesma atribuição.

Urgência de alta complexidade - unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos
agravos necessitam de atendimento imediato utilizando-se técnicas complexas de assistência.

Urgência de baixa complexidade - unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos
agravos necessitam de atendimento imediato utilizando-se técnicas simples de assistência.

Pode estar inserida na Unidade de Emergência ou de Alta Complexidade.

UTI - 1. Unidade de terapia intensiva - unidade que abriga pacientes de requeiram assistência médica, de
enfermagem, laboratorial e radiológica ininterrupta - 2. Unidade específica dentro de uma CTI. Exemplo:
unidade coronariana.

UTI neonatal - berçário de cuidados intensivos com todos os ambientes de apoio necessários. UTQ -

unidade de tratamento de queimados.

Vestiário - ambiente destinado à troca de roupa

Vestiário central de funcionários - ambiente dotado de bacias sanitárias, lavatórios, chuveiros e área de
troca de roupa.

Vestiário de barreira - ambiente exclusivo para paramentação definida pela CCIH do EAS. Serve de
barreira (controle de entrada e saída) à entrada da unidade. Pode estar acoplado ou não a um sanitário ou
banheiro.

BIBLIOGRAFIA

FONTES BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE I

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2. MINISTERIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO. Portaria


GM nº 2.296 de 23/07/97. Diário Oficial da União de 31/07/1997, Seção 1.

3. MINISTERIO DA SAÚDE. Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de


saúde. Portaria 1884/94. Secretaria de Assistência à Saúde. Brasília, 1994.
(todos os capítulos)

FONTES BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE II

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30. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas para a construção e instalação de creches. Brasília, Centro
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31. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas para funcionamento de casas de repouso, clínicas geriátricas e
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33. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei orgânica da saúde. Brasília, Assessoria de Comunicação Social,
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34. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas para implantação de unidades de hemoterapia e hematologia.


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35. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN. Armazenamento


convencional de alimentos básicos. Brasília, 1983 (Mimeografado).

36. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Institudo Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN. Manual de


armazenagem dos alimentos na unidades de saúde. Brasília, 1983. (Mimeografado)

37. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Equipamentos para estabelecimentos assistenciais de saúde.


Planejamento e dimensionamento. Brasília, 1994.
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1. ABNT, Normas em geral

2. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Assistência à Saúde / NETO S. L.: Textos de Apoio à


Programação Física dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde-Instalações Prediais Ordinárias e Especiais,
Brasília D.F., 1995. Mimeo.

3. KARMAN, JARBAS: Manutenção Hospitalar Preditiva. Editora Pini Ltda. São Paulo, 1994.

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4. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Assistência à Saúde / NETO, M. A. L. : Textos de Apoio à


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8. ITSEMAP, MAPFRE, Instruções Técnicas de Proteção Contra Incêndios; Espanha. Notas:


CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 33

1. CDC- Centro de Prevenção e Controle de Doenças. Departamento de Saúde e Serviços


Humanos dos EUA. Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia. 4ª edição.
Washington. 1999. Tradução: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Brasília, DF. 2000.

2. Instalações ordinárias são as instalações elétricas, hidrosanitária e telefone. As especiais são


todas as outras específicas para o EAS. As instalações de prevenção e combate a incêndio estão tratadas no
item. - Condições de segurança contra incêndio.

3. Adota-se classificação da Portaria 2.296 de 23/07/97 do MARE, publicada no DO de


31/07/97. As siglas que a acompanham facilitam a elaboração da tabela dos ambientes

4. As instalações de processamento de dados não são tratadas

5. Estão excluídas: a reserva para combate a incêndio, sistema central de ar condicionado e


regação de jardins.

6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Unidade de Controle de Infecção: Manual de


Lavanderia em Serviços de Saúde. Brasília, 2002.

7. Os circuitos da iluminação devem ser totalmente distintos dos circuitos das tomadas desde a
fonte de entrada de forma a se evitar interferências eletromagnéticas nos equipamentos. 8. Esta tomada pode
estar no próprio quarto ou enfermaria ou no corredor da unidade.

9. No caso de utilização de equipamentos tipo monitores multiparamédicos, justifica-se a


utilização de somente 6 (seis) tomadas.

10. Especialmente no caso de uso intensivo de equipamento biomédico na Unidade de Internação


Intensiva, deve-se levar em conta o fato de existência de ambas as voltagens, 110v e 220v.

11. Esta tomada pode estar no próprio quarto ou enfermaria ou no corredor da unidade.

12. Fechamento significa porta encostada, e não bloqueada ou chaveada. As portas devem ser "de
abrir" e nunca "de correr" ou giratórias.

13. Vide NBR 9077/93 - Saídas de emergência em edifícios.

14. Este glossário se complementa com o livro Terminologia Básica em Saúde, Ministério da
Saúde - Brasília, 1987.

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