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CURSO DE CAPACITAÇÃO
DE TERAPEUTAS
CONSELHEIROS EM
DEPENDÊNCIA QUIMICA
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
INDICE
Tópico Página
Classificação das drogas 3
Qual a definição científica de Substância Psicoativa (droga)? 5
Entre as pessoas que usam drogas, quantas vão se tornar dependentes? 5
Sintomas de Síndrome de Abstinência: Aprenda a Identificar 6
O que são sintomas de síndrome de abstinência? 7
Como identificar os sintomas de crise de abstinência? 8
Quais são os tratamentos adequados para os sintomas de crise de abstinência? 11
O que é quebra de paradigma? 13
Síndrome do pensamento acelerado 20
Imunidade emocional 22
Desligamento emocional 24
Bases neurológicas da drogadição 28
A codependência familiar 33
Primeiro atendimento individual 42
Como é a visão científica atual da toxicodependência 45
A Origem dos 12 Passos 48
Os 12 Passos 53
Metabolismo do álcool 80
O que é Anamnese? – Saiba o que é e como funciona 82
Terapia Holística 88
Comunicação não violenta 91
Dependência Química 92
Auto perdão 95
Dentro da Clínica 97
Tipos de Adicção 105
Lista de Manias e Obsessões 115
Dependência Química Feminina 118
Introdução a Espiritualidade 123
Teste Rápido de Ansiedade e Depressão 126
PPR - Plano de Prevenção à Recaída 131
Resolução que rege as clínicas (Anexo Extra) 126
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Nicotina
Cafeína
Anfetamina
Cocaína
Crack
Merla
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Tais drogas apresentam uma diminuição das atividades cerebrais de seu usuário, deixando-o
mais devagar, desligado e alheio; menos sensível aos estímulos externos.
Álcool
Inalantes/Solventes
Soníferos
Ansiolíticos
Antidepressivos
Morfina
São aquelas drogas cujos efeitos são relativos à distorção das atividades cerebrais, podendo
causar perturbações quanto ao espaço e tempo; distorções nos cinco sentidos e até mesmo
alucinações. Grande parte destas substâncias é proveniente de plantas, cujos efeitos foram
descobertos por culturas primitivas, associando as experiências vivenciadas a um contato com
o divino.
Maconha
Haxixe
Ecstasy
Cogumelo
LSD
Medicamentos Anticolinérgicos
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As drogas também são classificadas de acordo com a sua legalidade, em lícitas e ilícitas.
As drogas lícitas são aquelas cuja lei permite seu comércio e consumo, como é o caso
do álcool, do tabaco e dos medicamentos.
As drogas ilícitas são aquelas que têm seu comércio e consumo proibidos por lei, a
exemplo da maconha, da cocaína e do crack.
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Experimentador – aquela pessoa que entra em contato com uma substância psicoativa
e não faz mais uso; trata-se de um episódio isolado.
Usuário Ocasional – aquela pessoa que utiliza uma ou várias substâncias psicoativas
de modo esporádico, sem que isso provoque alterações nas suas relações afetivas,
sociais e profissionais.
Usuário Habitual – aquela pessoa que faz uso frequente, ainda que controlado, de
uma ou mais substância psicoativa e já apresenta sinais de alterações nas relações
afetivas, sociais e profissionais.
Usuário Dependente – aquela pessoa com uma relação muito estreita com uma ou
mais substância psicoativa; que não tem controle sobre o seu consumo e por
apresenta rupturas significativas nas suas relações afetivas, sociais e profissionais e
precisa de tratamento especializado. Ela procura a substância não apenas pelo prazer
que está lhe proporciona, mas também para evitar desconfortos provenientes de sua
privação.
Os problemas de quem é usuário de drogas não estão apenas no uso da substância química.
Quem acompanha pessoas em tratamento de recuperação precisa estar atento aos sintomas
de síndrome de abstinência.
Isso mesmo: a falta da droga pode desencadear efeitos comportamentais, físicos e psicológicos
perturbadores no usuário. Por isso, é muito importante saber identificar quando a crise
acontece.
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Conteúdo preparado para você saber o que é e como reconhecer quando o paciente está
passando por um quadro de abstinência.
Sim. Infelizmente, é bastante comum. E quem acompanha casos de pessoas com dependência
química precisa saber que as alterações não são propositais. Elas desencadeiam no organismo
efeitos que não são fáceis de serem controlados.
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Mal-estar, convulsões e sofrimento mental são alguns dos efeitos frequentes. Veja abaixo
outros sintomas, além de entender como o diagnóstico da síndrome de abstinência deve ser
feito.
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Dores no corpo;
Pupilas dilatadas;
Náuseas e vômitos;
Taquicardia;
Sudorese;
Tremores;
Diarreia;
Febre;
convulsão;
Hipertensão
Insônia
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Sintomas comportamentais
Ansiedade;
Irritabilidade;
Oscilações de humor;
Agitação;
Insônia;
Falta de racionalidade.
As construções da mente e tudo o que gira em torno do psicológico são alicerces do indivíduo.
É essencial que sejam restabelecidos para que o tratamento contra a dependência tenha
resultado.
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Confusão mental;
Depressão;
Ataques de pânico;
Alucinações.
Diagnóstico
O primeiro passo diante dos sinais é contar com ajuda profissional. Buscar por médicos,
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técnicos e especialistas pode ser uma decisão difícil para o usuário, mas é essencial para que a
dependência química seja tratada.
Tratamentos
As formas de tratar a abstinência podem ser aplicadas de forma isolada — sendo indicado
apenas um método pelo médico —, mas, geralmente, são complementares e adequadas de
acordo com a intensidade apontada pelo profissional. Veja quais são os principais tratamentos
para a situação.
Medicamentos
No grupo de medicamentos receitados estão sedativos, antidepressivos e ansiolíticos.
Importante lembrar que a medicação, assim como a sua dosagem, deve ser indicada por um
médico capacitado para o tratamento.
Especialistas
Outros médicos especialistas, terapeutas e profissionais da saúde podem ser incluídos no
tratamento para conter os sintomas da falta da substância química, já que seus efeitos podem
repercutir em outros problemas, como a perda de peso, que necessita do acompanhamento
de um nutricionista.
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As clínicas que tem como especialidade o atendimento a usuários de droga costuma contar
com tratamentos para abstinência. Além disso, um ponto interessante é que alguns locais
trabalham fortemente com ações preventivas para evitar os sintomas da síndrome
Por isso, se você identificou algum dos sintomas de síndrome de abstinência apresentados
aqui, não esqueça: procure orientação profissional. Afinal, para quem precisa de tratamento é
complicado dar o primeiro passo, mas é também muito importante.
Portanto, vale destacar que se manter informado colabora para enfrentar problemas como
esse.
Existem algumas frases de efeito no meio terapêutico que, ditas em reuniões, terapias, que
podem soar interessante.
Porém, devemos explorar melhor seu conceito para poder entender de verdade o que
significam.
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Porém, ultimamente temos escutado muito a quebra de paradigma. Você sabe, do que se
trata? Entenda de forma simples o que quero explanar
O paradigma
O paradigma nada mais é que um modelo instaurado que segue em uso. Quebrar o
paradigma, portanto, seria fazer algo diferente do que vem sendo feito e obtendo os mesmos
resultados com tais repetições.
Parece simples, mas muitos profissionais e pacientes enfrentam problemas com a quebra de
paradigma.
Isto acontece porque o caminho mais seguro costuma ser o que já foi trilhado, pois há uma
certa segurança na dor que nos é familiar e quando se arrisca na proposta de mudança O
fracasso pode ser muito difícil de recuperar.
Exemplo a recaída
Esta receita é feita com base em casos de sucesso e nas ferramentas utilizadas para chegar ao
sucesso, porém pra cada caso temos que ser imparcial e fazer um plano individual para cada
paciente, usando a abordagem e a anamnese.
Também se agrega uma pitada dos erros cometidos para aprender o que não faze, pois repetir
os mesmos e esperar resultados diferentes é insanidade
Sendo assim, linhas imaginárias como referências, sendo muito difícil sair delas, deixar o
modelo instaurado, e assim quebrar o paradigma, e se fazer possível os resultados de mudança
na forma de pensar, sentir e agir.
Por muitos anos a dependência química e outras adicções foram encaradas pelo aspecto moral
se utilizando assim de inúmeros métodos de tratamento, alguns métodos
Modelo Aristotélico
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12 Passos
T.C.C
Modelo Biopsicossocial.
T.R.E
Modelo Synanon
Modelo Minessota
Depois surgiu o modelo Minessota o que usa as tarefas e a grafoterapia, sendo adaptado
também como ORAÇÃO, TRABALHO E DISCIPLINA esses últimos atingiram muitos e muitos
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resultados de recuperação, mas com o surgimento de drogas mais pesadas assunto que será
abordado na aula sobre a classificação de drogas, os casos se tornaram mais graves surgindo
assim os Modelos Involuntários e Compulsórios.
Não vou entrar em detalhes de outros métodos e modelos porque o assunto é quebra de
paradigmas e na própria proposta de tratamento tem que haver essa quebra, pois como já dito
cada caso e um caso e temos que entender como profissionais e aprender a avaliar cada um
deles e aplicar os métodos que sejam eficazes para cada um deles. O terapeuta precisa
associar diversas combinações de modelos e utilização de outras ferramentas disponíveis,
como também haver uma união entre os profissionais da área, psicólogo, psiquiátrica,
Terapeutas
Pensamento disruptivo
O exemplo da mudança dos modelos de tratamento demonstra perfeitamente o conceito de
pensamento disruptivo, que é o fenômeno pelo qual uma inovação transforma um método ou
modelo e que existente através da introdução de simplicidade, prática e acessibilidade a cada
sujeito.
A aquisição de dados tem sido algo tão valioso quanto contraditório nos últimos tempos,
porém, um bom estudo destes dados é o que vai levar a proposta Terapêutica a tomar as
decisões corretas ali na frente.
Certamente você está pensando como pode quebrar paradigmas no modelo que você aplica e
o usar o pensamento disruptivo para romper com velhas ideias.
Existem alguns conceitos que cresceram muito nos últimos tempos e um deles é o do
coworking. Que nada mais é que o atendimento virtual com a proposta se ter Ambientes
preparados diretamente para facilitar o trabalho autônomo ou do seu grupo de trabalho, além
de poder ser um lugar para troca de experiências com outros profissionais.
Aceitar essa ideia pra muitos Terapeutas foi e ainda é difícil, pois o paradigma é que os
atendimentos ter que ser presencial pra se ter resultado
Sabia que a maneira como você se trata interfere e muito no nível da sua autoestima, na sua
relação consigo mesmo e consequentemente no grau de felicidade que você tem? Palavras de
conforto, entusiasmo e motivação são muito importantes para desenvolver uma relação
positiva consigo mesmo.
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Há momentos em nossa vida que a autoestima pode estar elevada ou baixa, mas isso vai
depender de vários fatores e um deles é a maneira como nos tratamos no dia a dia através da
conversa interna.
Filtro negativo
Quando você costuma ter uma conversa negativa e autocrítica, você acaba por filtrar
só o negativo em você também, ou seja, seu olhar fica mais focado no que é negativo,
esquecendo o positivo que há em você. Esse é outro fator que acaba com a sua
autoestima e fere o seu autoconceito.
Agora se você tem uma conversa interna positiva, motivacional, se trata com compaixão
quando erra, isso vai gerar sentimentos positivos ao seu respeito e consequentemente uma
atitude positiva com você e com as oportunidades que a vida lhe trouxer.
Abaixo vou deixar 3 dicas que te ajudarão a melhorar a relação consigo mesmo:
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Palavras de conforto, entusiasmo e motivação são muito importantes para desenvolver uma
relação positiva consigo mesmo. Há momentos em nossa vida que a autoestima pode estar
elevada ou baixa, mas isso vai depender de vários fatores e um deles é a maneira como nos
tratamos no dia a dia através da conversa interna.
Praticar uma maneira segura de expressar suas emoções é uma grande parte da terapia, e é
algo que você pode fazer quando quiser ou precisar.
4. Para de se diminuir;
6. Respeite a si mesma;
8. Autoconhecimento é tudo.
1 - Primeiramente
A cada dia uma renovação cerebral emocional espiritual da sua nova história
O nosso cérebro é uma máquina que precisamos usar tudo que nos esforçamos a cada dia
contudo de melhora imposição emocional ou relação a si próprio ele capta as informações
habituais e faz você normalmente agir da forma correta
O seu cérebro pode adaptar formatos ruins para seus hábitos se você o programar
Ou se você programá-lo para o seu bem-estar, para você melhorar, seguir diferente de tudo
que fez ele se reprograma ao seu favor.
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Mas tudo leva tempo para se tornar novos hábitos, se você constantemente fizer o movimento
que é preciso para mudança
Isso vale para trabalhar os seus defeitos de caráter reprogramar seu cérebro para agir de
forma correta
Ter alguns minutos para você todos os dias e se desligar ou com uma meditação ou com uma
respiração ou com uma oração
É preciso ter totalmente desligamento de tudo que está em sua volta para obter essa paz por
esses instantes.
Momentos de angústia desespero, sugestão um copo de água com açúcar, um doce bem
gostoso ou um chocolate
E a troca de oxigênio com a sua respiração limpando todo, seu corpo, inspira, respira inspira
respira
Tudo na vida só acontece se você começar, se você permitir, fora isso tudo se estaciona.
Karla jabur
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A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma alteração, identificada por Augusto Cury, onde a
mente fica repleta de pensamentos, estando completamente cheia durante todo o tempo em
que a pessoa está acordada, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a
saúde física e mental.
Assim, o problema desta síndrome não está relacionado com o conteúdo dos pensamentos,
que geralmente são interessantes, cultos e positivos, mas sim com a sua quantidade e a
velocidade com que acontecem dentro do cérebro.
Principais sintomas
As principais características de uma pessoa com síndrome do pensamento acelerado incluem:
Ansiedade;
Cansaço excessivo;
Irritabilidade fácil;
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Inquietação;
Insatisfação constante;
Além disso, também é comum a sensação de que as 24 horas do dia não são suficientes para
fazer tudo o que deseja.
Essa síndrome tem se tornado cada vez mais comum porque a quantidade de estímulos e
informações disponível nos jornais, revistas, televisão, redes sociais e nos smartphones são
muito grandes, e bombardeiam o cérebro de informações a todo instante. O resultado disso é
que além de ter uma grande quantidade de informações na mente, o pensamento tem se
tornado cada vez mais acelerado, sendo mais difícil gerir as emoções associadas a cada
situação.
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Imunidade emocional
O que é imunidade emocional?
Na prática isso quer dizer que bons sentimentos, pensamentos positivos e evitar o estresse
desnecessário contribuem para uma imunidade emocional alta. O que poucos sabem é que
essas atitudes também refletem na imunidade física. É comprovado pela ciência que a
glândula Timo é responsável pelas defesas do organismo.
Se você deseja ser menos frágil emocionalmente, trabalhe para eliminar estes hábitos:
Busca de tranquilidade.
Quando somos expostos a uma forte carga emocional, o nosso organismo produz hormonas de
uma forma descontrolada, afetando não só as nossas células de defesa como todas as funções
orgânicas que ele desempenha. Uma das hormonas produzidas para combater o stress é o
cortisol, que é produzido nas glândulas supra renais
Quase sempre, isso faz com que o nosso cérebro promova a liberação descontrolada de
hormônios. Esse processo afeta não apenas nossas células de defesa, mas também todas as
funções orgânicas que desempenhamos.
Além disso, no atual cenário de isolamento social em virtude da pandemia da COVID-19, tais
fatores se tornam ainda mais perigosos à saúde. Esses problemas atingem o sistema
imunológico, tornando o corpo mais propenso a contrair doenças. Por isso, é fundamental
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Ansiedade, depressão e pânico são algumas das questões psicológicas capazes de prejudicar o
sistema imunológico. Sabe-se que uma exposição constante a esses fatores faz com que a
produção hormonal ocorra exageradamente.
Nesse sentido, se houver no corpo uma grande quantidade de elementos mediadores, tais
como cortisol e adrenalina, são desencadeados diversos efeitos negativos, a exemplo do
desequilíbrio e da inibição das células do sistema imune, além do surgimento de várias
doenças.
Dessa forma, podem ocorrer problemas como inflamações, infecções, dores musculares,
disfunções cardiovasculares ou até mesmo o comprometimento da função de outros órgãos.
Além do mais, a presença excessiva de cortisol torna o corpo resistente a ele, o que, por sua
vez, pode ocasionar um estado crônico de inflamação. Isso compromete as funções do sistema
imune, que se torna cada vez menos capaz de combater agentes externos como bactérias e
vírus, ensejando, em consequência, o surgimento de gripes, constipações ou fadiga intensas.
Uma boa frequência de sono é capaz de promover o descanso e o aumento das defesas do
corpo. Já a prática de exercícios físicos gera a liberação de substâncias capazes de melhorar o
humor, reduzindo estados de ansiedade e estresse. Uma dieta saudável também tem vários
benefícios, pois reforça a ação do sistema imunitário elevando sua energia e resistência. Por
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fim, é válido manter uma rotina de acompanhamento psicológico, uma vez que promove a
saúde e a autonomia emocional.
Resiliência
FÍSICA
propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem
sido submetidos a uma deformação elástica.
EMOCIONAL
capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
Pessoas resilientes são capazes de manter a calma diante dessas adversidades. Por
meio do autocontrole e do próprio otimismo, elas encaram a situação com
tranquilidade e enxergam as situações com mais equilíbrio.
Confie em si mesmo;
Desligamento emocional
A emoção é uma das principais ferramentas para o tratamento da dependência química. A
palavra emoção vem da raiz latina “motiv”, que significa “mover”, e é uma tentativa de
compreender o que nos movimenta ou por quê agimos de determinada maneira. É uma série
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inferida de processos que fazem com que a pessoa se mova em direção a um objetivo
específico.
Descrevemos os estágios de emoção que podem ser aplicados para entender melhor a
dependência química. Os estágios são: Pré-Contemplação, Contemplação, Preparação, Ação e
Manutenção.
É difícil perder um hábito. Ainda mais difícil é ir contra a própria vontade. Se alguém não é
vitorioso em pequenos e fáceis combates, emocionalmente falando, quando terá êxito nos
mais difíceis? Resista desde o início à sua inclinação para os maus hábitos e elimine-os, do
contrário eles lhe causarão aos poucos grandes dificuldades. Se você soubesse a paz que há
para você e a alegria que há para os outros se você se conduzir bem, creio que você se
preocuparia mais com o seu progresso espiritual sem as drogas.
A pombinha voou, voou e não “encontrou onde pousar os pés” (Gn 8,9). E voltou, pousando na
mão amiga de Noé. Mais uns dias, o Patriarca a enviou de novo. A pombinha voltou com um
raminho de oliveira no bico. Noé reconheceu que a terra estava enxuta e que ele podia sair da
arca com sua gente e bicharada. E a humanidade ganhou um símbolo: a pombinha com o ramo
de oliveira no bico ficou sendo um sinal de paz na terra.
“Senhor, mostra-me que, embora o amadurecimento possa ser doloroso, lidar com emoções
imaturas é mais doloroso ainda. Dê-me emoções santas e certas.”
O desligamento é encarar a REALIDADE de forma a nos permitir ver a situação de maneira mais
OBJETIVA e REALISTA. O desligamento emocional não significa abandoná-lo.
... DESLIGAMENTO NÃO SIGNIFICA DEIXAR DE AMAR E CUIDAR! Significa que nos tornamos
conscientes e exercemos a nossa própria recuperação
Desligar-se do outro não é deixar de se importar, mas sim, deixar de viver em função do outro.
Também não é deixar de preocupar com o seu sucesso e nem de deixar torcer para que tudo
de bom aconteça, mas permitir que o outro lute pela própria conquista
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Suprimindo Sentimentos
A forma mais óbvia de parar os sentimentos é suprimi-los. Por exemplo, se você sente medo
injustificado, inapropriado ou vergonha de revelar em uma dada situação, você pode
simplesmente tentar não experimentar este sentimento ou distraí-lo para removê-lo.
A despersonalização é mais comum do que se imagina. Segundo estudos sobre o tema, estima-
se que uma em cada 100 pessoas sofre com o distúrbio. A despersonalização é um transtorno
que transforma a realidade de quem a enfrenta no dia a dia
Autoestima comprometida;
Controle compulsivo;
A escravidão.
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Desligamento emocional é ter consciência que o outro não pode ser responsável pela minha
felicidade.
1. Eu ganho tempo
2. Ela aprende
4. Ela cresce
Para ele crescer e desenvolver a sua recuperação ele precisa de ter a sua própria vida
Se eu sempre interferir ou dizer que ele tem que fazer eu vou estar sempre
atrapalhando ele e a mim
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O dele o desligamento emocional para um adicto é um grande passo para que ele
consiga andar com suas próprias pernas e se manter sóbrio
Desligamento emocional facilita muito a vida do povo dependente pois ele se livra da dura
emocional de dentro.de desenvolve a paz interior que ele necessita e o adicto adicto dele
precisa
Não adianta você pensar que desligando emocionalmente do seu Adicto você vai mudar ele
pode até acontecer mas pensando assim você não tá fazendo o desligamento emocional por
você
Controlar dinheiro saída faço telefone do adicto não te ajudará em nada só te trará mais
atenção e controle na vida do outro isso não é desligamento emocional
Isso não quer dizer que você não amará o seu adicto isso quer dizer que você terá amor com
razão
Se respeitar Se amar
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Quando observamos os mecanismos de ação das diferentes drogas de abuso verificamos que
todas apresentam uma relação direta ou indireta com um ou mais destes neurotransmissores
como veremos a seguir:
Cocaína
A cocaína se liga aos transportadores de dopamina (DAT), serotonina (5-HTT) e noradrenalina.
Entretanto, os efeitos subjetivos e comportamentais desta substância são geralmente
atribuídos à sua ação sobre o sistema dopaminérgico.
Acredita-se que 50% de ocupação de transportador de dopamina seja necessário para que um
indivíduo perceba os efeitos da substância e que, para a sensação de euforia, pelo menos 60%
dos sítios de DAT devem estar ocupados
Nas três vias de administração – aspirada, injetada e fumada (crack) - a ocupação de DAT é
superior a 60%
A cocaína per se provoca efeitos deletérios indiscutíveis, mas quando é ingerida concomitante
ao álcool, leva a formação de um metabólito conjugado chamado cocaetileno. Esse metabólito
apresenta propriedades psicoativas importantes e uma meia-vida muito maior do que se a
cocaína e o álcool fossem ingeridos separadamente, seu acúmulo leva rapidamente a um
quadro de intoxicação.
Metanfetamina e Ecstasy
(MDMA -3,4 metilenodiox,metanfetamina)
Maconha
O principal componente psicoativo da maconha é o Δ9 -tetrahidrocanabinol (THC). Seu
mecanismo de ação do THC ainda não foi completamente elucidado, mas acredita-se que ele
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atue no SNC através de receptores canabinóides CB1 e CB2. As áreas cerebrais com maior
densidade de receptores CB1 são o córtex frontal, núcleos da base, cerebelo e hipocampo.
Estudos com animais têm demonstrado que o THC e a anandamida (canabinóide endógeno
mais estudado), aumentam a concentração de dopamina no estriado e no sistema
mesolímbico
Nicotina
A nicotina é a principal substância do cigarro responsável pelos efeitos psicoativos e pela
dependência de tabaco. No entanto, há milhares de compostos químicos na fumaça do cigarro
e alguns deles podem contribuir para os efeitos comportamentais e tóxicos do tabaco.
Álcool
Os mecanismos pelos quais o álcool atua no cérebro assim como as alterações cerebrais
produzidas pelo seu consumo crônico ainda não estão compreendidos sendo que a maioria
dos estudos indica a participação dos sistemas dopaminérgicos, serotoninérgicos e
principalmente gabaérgicos. O sistema de recompensa associado ao uso do álcool, além dos
neurônios dopaminérgicos da área tegmental ventral e núcleo accumbens, inclui também
estruturas que usam o ácido gama-aminobutírico (GABA) como transmissor, tais como o
córtex, cerebelo, hipocampo, colículos superiores, inferiores e a amígdala.
Opióides
Os opióides modulam a liberação de neurotransmissores como a acetilcolina, serotonina,
noradreanlina, além de outros peptídeos, como a substância P. O locus coeruleos, responsável
pela maior parte da produção de noradrenalina no SNC, apresenta-se estimulado na síndrome
de abstinência a opiáceos, o que provoca os típicos sintomas de estimulação simpática. L
O sistema de recompensa aos opiáceos, além das estruturas antes mencionadas inclui também
áreas que usam como neurotransmissores opiáceos endógenos, tais como o núcleo arqueado,
a amígdala, o locus coeruleos e a área cinzenta periaquedutal dorsal.
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lobo temporal. Do núcleo accumbens partem eferências para o septo hipocampal, hipotálamo,
área cingulada anterior e lobos frontais. Devido às suas conexões aferentes e eferentes o NA
desempenha importante papel na regulação da atribuição de saliência (relevância) das
emoções, da motivação e da cognição. O sistema mesocorticolímbico de recompensa como
comentado, estende-se a partir da área tegmental ventral até o NA, passando para diferentes
áreas, como o sistema límbico e o córtex órbito-frontal. Alterações no sistema dopaminérgico,
como por exemplo, a diminuição dos receptores D2 de dopamina, poderiam ser responsáveis
por alterações neste sistema recompensa quando da utilização de drogas de abuso. Este
sistema está ativado quando sentimos prazer, satisfação, ou seja, sensação de bem-estar. Esta
circuitaria do sistema recompensa é „alimentada‟ por estas sensações. Quando se utiliza
drogas de abuso, por exemplo, que proporcionem sensações de prazer, o sistema é ativado,
sempre mediado pela dopamina. Interessante perceber que pessoas com deficiência no
sistema recompensa sempre estão buscando externamente (através de substâncias de abuso,
por exemplo) uma maneira de ativar o sistema que pode ser deficiente de maneira inata.
Assim, por meio da memória neuronal, esse sistema estaria marcado pelo prazer obtido pela
droga, o que acarreta o comportamento de procura pela substância. Como o circuito de
recompensa é mediado pela liberação de dopamina, além de alterações na quantidade do
neurotransmissor ou na sensibilidade dos receptores D2 podem provocar, naqueles que
apresentam estas alterações, uma falta de controle nos impulsos, buscando sempre uma
maior intensidade nas sensações prazerosas, ou seja, impulsividade. Inicialmente, o impulso
que é perfeitamente controlável para a maioria das pessoas é conduzido de forma diferente
por uma minoria. Este controle está localizado em uma região cerebral chamada de córtex
órbito-frontal. Pessoas com lesões funcionais nesta circuitaria podem apresentar dificuldades
de controlar seus impulsos, aspecto determinante no processo de dependência. Foi
demonstrado que, mesmo drogas que não estão diretamente relacionadas ao sistema
dopaminégico, são capazes de promover a ativação dopaminérgica indiretamente pela
sensação de conforto e prazer. Essa ativação pode gerar um circuito reverberativo,
acarretando na busca incessante pelo objeto de prazer: a droga
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
.Um exemplo mostra estudos envolvendo micro infusão direta destas drogas no NA. Por
exemplo, ratos treinados a receber auto-administração de anfetamina diretamente no NA
demonstraram o efeito reforçador verificado bioquimicamente através dos níveis
extracelulares aumentados de dopamina nesta região. No entanto ratos que auto-administram
um inibidor da recaptação de dopamina (cocaína) no NA apresentaram este efeito é
surpreendentemente fraco quando comparado ao da anfetamina. Esta observação fez
especular-se que os efeitos de recompensa da cocaína seriam realizados em outras regiões
fora do núcleo accumbens incluindo por exemplo o tubérculo olfatório
No entanto cabe aqui lembrar que a propriedade anestésica local da cocaína é um enorme viés
para estudos de administração da droga diretamente em estruturas cerebrais.
Estudos mostram que por exemplo, a retirada aguda de drogas de abuso produz aumento nas
respostas de ansiedade e aumento nos níveis de CRF no núcleo central da amígdala. Um
sistema de estresse cerebral é hipotetizado estar ativado por conta do uso agudo exacerbado
de drogas de abuso e ficando sensibilizado durante retirada da droga, persistindo na
abstinência e contribuindo para a compulsividade da drogadição11
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Sendo assim podemos dizer que drogadição impacta múltiplos mecanismos e poderia ser
inserido no conceito de desordem que progride da impulsividade (reforço positivo) à
compulsão (reforço negativo). O construto de reforço negativo poderia ser definido como uma
droga que alivia um estado emocional negativo. O estado emocional negativo que rege tal
reforço negativo e hipotetizado como uma derivação da desregularão do elemento
neuroquímico chave envolvido na recompensa (DA) e estresse (CRF) com as estruturas
cerebrais envolvidas no sistema recompensa
A codependência Familiar
A codependência familiar se refere a uma dependência de ordem emocional da qual pessoas
que convivem com adictos podem vir a desenvolver.
Essa relação é marcada por preocupações e cuidados excessivos para com o dependente
químico, sendo assim ela pode acabar por gerar consequências ao codependente e é marcada
por etapas e sintomas que podem ser desenvolvidos de diferentes formas no contexto
familiar.
A família possui um papel muito importante na vida do dependente químico e por conta disso
também se faz necessário que além do adicto, elas tenham o suporte e tratamento necessários
à sua saúde e bem-estar.
Diante disso, é preciso estar atento aos sintomas que se manifestam na família da
codependência para que esta consiga lhe dar melhor com a toda a situação.
O codependente é o indivíduo que é influenciado de forma direta pelas ações realizadas por
outra pessoa e que acaba por tentar controlar essas ações.
A dependência química também pode ser vista como sendo uma doença que afeta os
familiares dos adictos, pois representa sofrimento para eles e acaba adoecendo-os de maneira
gradual.
Sendo assim, a dependência química adoece também as pessoas que se encontram próximas
ao adicto.
Ela é caracterizada por uma forte ligação emocional de familiares em relação a
um membro que esteja passando por problemas com o álcool ou outras drogas por exemplo.
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Na maioria das vezes o codependente familiar são os pais ou cônjuges que mantem contato
direto com o adicto e que vivem suas vidas em razão do dependente, passam a assumir a
responsabilidade pelos problemas dele, onde manifestam uma preocupação excessiva com os
seus atos.
Nessa relação o codependente não compreende que ao cuidar do outro acaba por esquecer de
olhar para si mesmo, deixando muitas vezes de lado seus próprios planos e objetivos de vida,
sendo assim ele é considerado dependente da dependência do adicto.
Vale ressaltar também, que a codependência familiar não se refere apenas aos casos de
dependência química de álcool ou outras drogas, mas também a qualquer contexto onde se
tenha a presença de pessoas com qualquer espécie de comportamento considerado doentio,
de ligação emocional ou psicológica.
Onde a primeira se refere a indivíduos que possuem um ente dependente químico, cujo
contexto familiar é influenciado pelo adicto e o segundo se refere a qualquer indivíduo que
possua uma forte ligação emocional em qualquer tipo de relacionamento.
Está ligada a indivíduos que vivem suas vidas em função de agradar e atender aos desejos do
outro em seu relacionamento, onde o dependente emocional não consegue sequer pensar em
sua vida sem a outra pessoa, sustentando assim sentimentos intensos, como a insegurança ou
medo de perder, por exemplo.
Ela também pode estar ligada a um estado psicológico onde o indivíduo é manipulado por
outro, por meio de uma condição considerada patológica.
Nem sempre essa condição pode estar ligada a uma questão patológica, porém, é importante
considerar este fato para que haja o devido cuidado e tratamento do codependente.
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A dependência química acarreta impactos negativos não somente ao adicto, mas também nos
membros da família e na dinâmica de suas relações.
Como os familiares estão em contato direto com o dependente químico existem algumas
etapas que caracterizam a evolução dos impactos gerados dessa relação pela qual existe no
processo da codependência familiar.
Negação
Nesta primeira, ocorre a negação que é um mecanismo de defesa, onde o familiar
nega a realidade e o contexto no qual está vivendo, nega o fato de seu ente ter
envolvimento com drogas.
Aqui o codependente não admite e não aceita que esteja passando por esta situação
em sua família e que isso possa estar acontecendo com eles.
Desespero
Na segunda etapa os familiares ficam muito preocupados com essa situação e
começam a tentar controlar o consumo da droga do dependente químico, como
também as consequências de ordem física, emocional, profissional e sociais
relacionadas a esse uso, ou seja, tentam a todo custo camuflar a situação da qual
estão vivendo.
Controle
Na terceira etapa ocorre uma desordem na família onde seus membros começam a
assumir papéis e responsabilidades que não são suas, mas sim do dependente
químico.
O núcleo familiar acaba por facilitar que o adicto não se responsabilize por seus
próprios atos, como também pelas consequências do mesmo.
Exaustão Emocional
A quarta e última etapa é marcada por uma exaustão emocional, podendo aparecer
nessa relação familiar com o adicto, variados distúrbios comportamentais e de saúde,
como ansiedade ou depressão, entre muitos outros, que podem acabar por afetar
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
todos os membros.
Todo esse contexto é bem comum de acontecer em uma família codependente e ela
pode levar até mesmo ao afastamento entre os membros gerando assim uma
desorganização no convívio e dinâmica familiar.
E por conta disso muitas vezes acabam não assumindo que existe um problema e
assim demoram ainda mais, para procurar ajuda profissional, fazendo com que as
consequências acabem por se agravar ainda mais.
Logo de início as pessoas pensam que esse comportamento faz parte apenas de uma fase da
qual ele esteja passando.
Essa conduta adotada pela família do adicto é algo natural, mas que se torna prejudicial,
conforme ela adoece juntamente com ele.
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Os familiares fecham os seus olhos para o contexto na qual estão vivendo, não querem admitir
para si mesmo que possuem um membro que tem problemas com o consumo abusivo de
álcool ou outras drogas.
Temos como exemplo, uma mãe com um filho dependente químico e que não consegue ter a
iniciativa de internar o rapaz para o devido tratamento, pois possui uma forte ligação
emocional da qual prefere não fazer isso.
Portanto, a família que tenta proteger o dependente, com o objetivo de impedir determinados
tipos de comportamentos deste, ou para que eles não sejam descobertos é considerado um
codependente.
E o codependente que age desta forma, encobrindo os acontecimentos que são considerados
como uma vergonha para a sociedade pelo simples fato de estarem desinformadas, acredita
que está o ajudando, quando na realidade está dificultando que um possível tratamento
adequando seja realizado.
De início, o primeiro e melhor auxílio que devem dar ao adicto é a ajuda e orientação da sua
situação, para que não sejam participantes do padrão da doença, sem a visão de que podem
acabar por piorar a situação.
Portanto, se faz necessário compreender que a família pode fazer de tudo que achar melhor
para ajudar e mesmo assim a doença progredir sem nenhum tipo de controle.
Sendo assim, nenhuma família irá convencer o dependente a parar de usar drogas tentando
controlar os seus comportamentos.
SINTOMAS E CONSEQUÊNCIAS
É bem comum os codependentes familiares expressarem alguns sintomas, pois passam por
situações que podem lhe causar exaustão emocional, alguns dos sintomas são:
Baixa autoestima
Ansiedade
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Depressão
Estresse
Sentimento de incapacidade
A família sabe que o dependente precisa parar de usar drogas, assim que veem o surgimento
dos sintomas físicos que prejudicam as suas atividades cotidianas.
Esses contextos de conflitos fazem com que a família sofra, lhe causando também marcas
físicas, sociais e psicológicas profundas, ela acaba sofrendo os impactos que o consumo
abusivo do álcool e outras drogas causam em alguns de seus membros.
Toda essa dinâmica familiar gera sofrimento e prejuízos de ordem psicológica, emocional,
física, comportamental, cultural e também espiritual, ou seja, pode haver consequências em
todas as áreas da vida deles, tendo em vista que o ser humano é um ser biopsicossocial.
Todas essas situações acabam por provocar prejuízos para a saúde que podem ser
manifestados através de doenças psicossomáticas, onde as mais comuns são os quadros de
depressão e ansiedade.
É bastante comum as famílias terem problemas econômicos, devido aos gastos excessivos que
o dependente químico fez, os problemas legais podem incluir as agressões físicas, psicológicas
ou morais.
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A família não pode carregar o peso de ser considerada a responsável pela dependência
química de algum membro de sua família, no entanto, por conta da falta de conhecimento
sobre a doença, os que convivem mais próximos a eles podem acabar por não permitir que ela
seja identificada.
E podem até mesmo, contribuir para a sua evolução, e para que seu tratamento seja evitado.
É importante que exista o acompanhamento médico adequado de acordo com cada demanda
familiar.
Tem a finalidade de resgatar a autoestima dos membros da família para que tenham uma
maior assertividade quanto aos comportamentos futuros no relacionamento com o adicto.
Os codependentes são afetados de forma direta pelo convívio com um ente em sua família que
é um dependente químico, e por conta disso, possuem muita dificuldade para ter a iniciativa
de pedir ou aceitar ajuda.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Assim como também, palestras que possuem uma intenção de instruir essas pessoas de forma
gradativa, diminuindo a ansiedade das famílias, que tem como objetivo possibilitar um local
onde essas pessoas com dificuldades semelhantes, sejam compreendidas e ajudadas,
compartilhando suas experiências e buscando soluções a diversas situações.
Nesses grupos é visto uma rede de apoio por meio de trocas de informações e testemunhos
das vivencias dos participantes, senso assim, muitas vezes dentro deles são compreendidas a
necessidade de se realizar mudanças nos diversos comportamentos inadequados das famílias.
Além dos grupos de ajuda, muitas vezes se faz preciso também, que a família busque outros
meios, como o tratamento que é feito através de psicoterapias, terapia familiar e caso
necessário de alguns tipos de medicações.
Por meio do entendimento do problema, a família pode adotar certas atitudes que podem
direcionar o adicto para uma recuperação.
Todos esses meios de ajuda as famílias se constituem como um meio da aceitação não só da
doença do adicto, mas das mudanças que precisam ser feitas em seus comportamentos e
ações diante do contexto ao qual estão vivendo.
A melhor maneira da família ajudar o adicto é estabelecer determinadas regras para uma
convivência familiar mais saudável, se colocando à disposição para auxiliá-lo em qualquer tipo
de tratamento que ele queira realizar.
Esse processo faz com que os familiares acabem buscando ajuda de forma mais clara sobre o
tratamento do adicto em uma clínica especializada em dependência química como a do Grupo
Recanto.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
As pessoas que se encontram envolvidas na vida do dependente não podem tratar a doença
dele, pois isto deve ser feito com o tratamento adequado em uma clínica de reabilitação por
profissionais especializados
CONCLUSÃO
Sabe-se que a dependência química é uma doença que afeta o indivíduo em uma esfera global,
ou seja, acaba o prejudicando em todas as áreas de sua vida.
Por conta disso, o seu contexto familiar também é atingido, devido a convivência em um
ambiente disfuncional que acaba por prejudicar e causar sofrimento aos seus familiares.
Todos os familiares que convivem com o adicto de forma direta podem sofrer com o
fenômeno da codependência familiar.
Diante disso, as famílias podem acabar por desenvolverem sintomas que podem comprometer
também a sua saúde física e psicológica.
Vale lembrar que assim como existe tratamento para o dependente químico, também existe
para a sua família.
Portanto, se faz preciso dar atenção não somente a dependência química, mas também a
essas famílias e estar atento aos sintomas que podem aparecer da codependência familiar,
para que possam ser adotadas medidas para ajudar e
KARLA JABUR
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Qual a linha da vida desta pessoa preciso entender Divido em três blocos para paciente se
focalizar
De 1 a 10 anos de vida oque teve de importante em sua vida escola como foi família etc Como
foi Avaliar fatores para proteção e
Défice de atenção comorbidade muitos Coloco uma mente de alimento neste local
A maior parte de pessoas com está comorbidade usa Depois adolescência entender motivação
inicial
Dados mostram que 65% dos adolescentes não bebem e apresentam 15 % que bebem
exageradamente.
Grupo social vai mudando o que bebe mudam o ciclo natural das experiências que deveriam
fazer parte da adolescência.
Você pode ter um jogador de bola maravilhosamente e o uso atingir o cérebro e ele perder
toda está habilidade e aí da comprometer toda função cerebral
Adolescente q usa , celebro não se forma de acordo natural, estudam mostram mudanças
significativas na sua formação,
A Bipolaridade marca celebro para sempre, trazendo muitas vezes consequências irreversíveis
O celebro de um adolescente em definição acaba acostumando com o prazer fácil que a droga
produz e isso muda de forma significativa sua cognição
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Negligência as outras fontes natural do prazer, como sexo, alimento, e atividade física Estudar
fazer um esporte pensar no futuro Trabalho família perde o significado
A droga empobrece o parser que o adolescente precisa aprender e nós precisamos auxiliar na
conscientização e prevenção
Nosso celebro tem uma capacidade de prazer de organização e a droga rompe estás fontes
Aí a pessoa confia mais no efeito rápido da droga e menos nas fontes de prazer, porque
demoram mais a acontecer
Eu vou me surpreender se alguém q usou droga continuamente não ter uma comorbidade
psiquiátricos
Tenho q estar procurando ativamente que aconteceu com celebro dela durante o atendimento
A droga afeta o desenvolvimento ela muda a capacidade deste celebro desenvolver
Se o paciente tem destroce de atenção e fumar maconha ele vai ficar mas desatento Se ele
tiver oscilação de humor o humor vai ficar pior
Se a pessoa nasce com uma comorbidade ela piora na adolescência no uso de droga nota-se a
chance de comorbidades maiores
Qualquer adolescente que usa droga na terá algum Dano cerebral A capacidade da memória
capacidade de planejamento
Cocaína especialmente ela diminui fluxo sanguíneo frontal todos estudos tem uma diminuição
O declínio cognitivo pode ser entendido como uma condição de transição entre a cognição
normal e a demência.
Em recuperação ele vai melhorar a sua capacidade de vida é importante frisar entender as
comorbidades no primeiro atendimento.
Bipolaridade e depressão. Comorbidades sérias que precisam ser tratadas junto a dependência
química.
A psiquiatria ela não tem muita importância na ajuda de se recuperar a psiquiatria ajudo de
indivíduo nas comorbidades e nas dificuldades de início de recuperação O que ajuda o
indivíduo a se recuperar são os grupos de auto ajuda
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
São duas coisas diferentes os grupos de auto ajuda auxiliam o dia a dia da recuperação do
dependente químico para vida toda um dia de cada vez
Temos que ter muito respeito a área profissional a medicina os psiquiatras para se tratar as
comorbidades é nosso dever explicar o que é necessidade de medicamento e o que pode se
tornar um vício ou uma compulsão é muito importante explicar detalhadamente sobre os
tratamentos que o adicto precisa, se ele tiver uma comunidade para viver melhor
Todo educador deve prestar atenção ou profissional quando for tentar ajudar e ensinar
principalmente com pessoas de estado de rua
Exemplo uma forma de trazer o residente para mim com os vícios da rua com medo da polícia
com insegurança e desconfiança com os maus tratos ele precisa de ter confiança no que eu
estou passando para ele
Esse assunto pode ser abordado individualmente com o residente, pois cada um apresenta
uma realidade
Com o tempo conseguimos tirar vício da rua também, mas é preciso ter paciência para
entender que nem todos estão com a mente preparada para captar ajuda, pois há uma certa
segurança na dor que lhes e familiar.
Alguns seus alunos e sempre foram bem tratados cobertos de alimento e outros foram criados
na rua roubando para comer, enfim existe diferença e não devemos tratar com rigidez nenhum
ser humano seja qual for
Terapeuta precisa passar confiança Amor e respeito para que o Residente receba o que ele
precisa pra se recuperar e voltar a ser um membro produtivo na sua família e sociedade.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
A toxicodependência ou vício é uma doença que afeta seu cérebro e comportamento. Quando
você é viciado em drogas, não consegue resistir ao desejo de usá-las, não importa quanto dano
as drogas possam causar.
O vício em drogas não se trata apenas de heroína, cocaína ou outras drogas ilegais. Você pode
se viciar em álcool, nicotina, analgésicos opioides e outras substâncias legais.
No começo, você pode optar por tomar um medicamento, porque gosta do jeito que ele se
sente. Você pode pensar que pode controlar o quanto e com que frequência o usa. Mas com o
tempo, as drogas mudam a forma como o seu cérebro trabalha. Essas mudanças físicas podem
durar muito tempo. Eles fazem você perder o autocontrole e podem levar a comportamentos
prejudiciais.
O vício é quando você não pode parar. Não quando coloca sua saúde em perigo. Não quando
isso causa problemas financeiros, emocionais e outros para você ou seus entes queridos. Esse
desejo de obter e usar medicamentos pode ser preenchido a cada minuto do dia, mesmo se
você quiser sair.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Os medicamentos que podem ser viciantes têm como alvo o sistema de recompensa do seu
cérebro. Eles inundam seu cérebro com uma substância química chamada dopamina. Isso
provoca uma sensação de prazer intenso. Então você continua tomando a droga para
perseguir tão alto.
Com o tempo, seu cérebro se acostuma com a dopamina extra. Portanto, você pode precisar
tomar mais do medicamento para obter a mesma sensação. E outras coisas que você gostou,
como comida e sair com a família, podem lhe proporcionar menos prazer.
Quando você usa drogas por um longo período, também pode causar alterações em outros
sistemas e circuitos químicos do cérebro. Eles podem prejudicar o seu:
Julgamento
Memória
Capacidade de aprender
Nem todo mundo que usa drogas fica viciado. Mas isso pode acontecer com qualquer pessoa e
em qualquer idade. Algumas coisas podem aumentar suas chances de dependência, incluindo:
História de família. Seus genes são responsáveis por cerca de metade das suas chances. Se
seus pais ou irmãos têm problemas com álcool ou drogas, é mais provável que você também.
Mulheres e homens são igualmente propensos a se tornarem viciados.
Uso precoce de drogas. O cérebro das crianças ainda está crescendo, e o uso de drogas pode
mudar isso. Portanto, consumir drogas em uma idade precoce pode aumentar a probabilidade
de você ficar viciado quando envelhecer.
Transtornos Mentais, Desordem Mental. Se você está deprimido, tem problemas para prestar
atenção ou se preocupa constantemente, você tem uma chance maior de dependência. Você
pode recorrer às drogas como uma maneira de tentar se sentir melhor.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Sinais de Dependência
Você pode ter um ou mais destes sinais de aviso:
Você toma mais drogas do que deseja e por mais tempo do que pensava.
Você sempre tem a droga com você e a compra mesmo que não possa pagar.
Você continua usando drogas, mesmo que isso lhe cause problemas no trabalho ou
faça com que brigue com familiares e amigos.
Você rouba, mente ou faz coisas perigosas, como dirigir em alta ou fazer sexo
inseguro.
Você passa a maior parte do tempo obtendo, usando ou se recuperando dos efeitos da
droga.
Melhorar o vício em drogas pode levar tempo. Não há cura, mas o tratamento pode ajudá-lo a
parar de usar drogas e permanecer livre de drogas. Seu tratamento pode incluir
aconselhamento, remédios ou ambos. A melhor forma é buscar ajuda e informação
profissional.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
No que se refere à sua origem humana, os principais canais de inspiração para os nossos
Passos foram em número de três – os Grupos Oxford, o Dr. William D. Silkworth do Towns
Hospital e o famoso psicologista William James, chamado por alguns de pai da psicologia
moderna. A história de como estes canais de influência se encontraram e de como eles
levaram a se escrever os nossos 12 Passos é excitante e em alguns aspectos inequívocos,
inacreditável.
Muitos de nós lembram-se dos Grupos Oxford como um movimento evangelizador que
floresceu nos anos 20 e início dos 30, liderados por um ex-pastor luterano, Dr. Frank Buchman.
Os Grupos Oxford daqueles tempos enfatizavam fortemente o trabalho pessoal de um
membro com o outro. O décimo-segundo Passo de AA originou-se naquela prática vital. A
espinha moral dos Grupos Oxford era honestidade absoluta, pureza absoluta, altruísmo
absoluto e amor absoluto. Eles também praticavam um tipo de confissão, que eles chamavam
de “compartilhamento”. A reparação por danos causados, eles chamavam de “restituição”.
Eles acreditavam profundamente nos “tempos quietos” deles, uma meditação praticada tanto
pelos grupos, como pelos indivíduos, na qual se buscava a orientação de Deus para cada
detalhe de suas vidas, grandes ou pequenos.
Estas ideias básicas não eram novas: elas poderiam ser encontradas em outros lugares. Mas
para nós, primeiros alcoólicos a contatar os Grupos Oxford, a salvação foi que eles davam
grande ênfase a estes princípios. Afortunadamente para nós, os membros do Grupo tomavam
um cuidado muito especial em não interferir com a visão religiosa pessoal de cada um. A
sociedade deles, como mais tarde também a nossa, via a necessidade de ser absolutamente
independente de qualquer religião.
No final do verão de 1934, meu grande amigo alcoólico e colega de escola Ebbie, envolveu-se
com estas pessoas e imediatamente ficou sóbrio. Sendo um alcoólico, podemos dizer do tipo
obstinado, ele não conseguiu “comprar” todas as ideias e atitudes do Grupo Oxford. No
entanto, ele se comoveu pela profunda sinceridade deles e sentiu-se muito agradecido pelo
fato de que seus ensinamentos tinham, na ocasião, suspendido sua obsessão para beber.
Quando voltou para Nova Iorque, no fim do outono de 1934, Ebbie pensou logo em mim. Num
dia gelado de novembro, ele apareceu. Logo ele estava me olhando do outro lado da mesa da
nossa cozinha na Clinton Street 182, Brooklin, Nova Iorque. Da forma como eu me lembro de
nossa conversa, ele constantemente usava frases como “eu descobri que não conseguia dirigir
minha própria vida”; “eu tive que ser honesto comigo mesmo e com mais uma pessoa”; “eu
tive que fazer reparações por danos que eu causei”; “eu tive que rezar, pedindo a Deus força e
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
orientação, mesmo não tendo a certeza que existisse qualquer Deus”; “e depois que eu tentei
com determinação fazer todas estas coisas, descobri que minha obsessão pelo álcool tinha
desaparecido”. Depois, repetidas vezes Ebby, dizia uma coisa semelhante a: “Bill, não é nem
um pouco como se eu tivesse embarcado no vagão de água. Você não combate o desejo de
beber – você simplesmente se livra dele. Nunca tive antes um sentimento assim.”
Este foi o somatório do que Ebbie extraiu dos seus amigos do Grupo Oxford e me transmitiu
naquele dia. Apesar destas ideias simples não serem novas, elas certamente me atingiram
como toneladas de tijolos. Hoje nós compreendemos o porque disto – um alcoólico falando
para outro, como mais ninguém pode. Duas ou três semanas mais tarde, no dia 11 de
dezembro, para ser mais exato, eu me internei no Charles B. Towns Hospital, aquele famoso
empório de enxugamento alcoólico, no Central Park West, na cidade de Nova Iorque. Eu já
havia estado lá antes, de modo que eu conhecia e gostava muito do médico de plantão – Dr.
Silkworth. Foi ele que em breve iria contribuir com uma grande ideia, sem a qual AA nunca
teria surgido. Há anos ele afirmava que alcoolismo era uma doença, uma obsessão da mente
ligada a uma alergia do corpo. Agora eu sabia que isto era para mim. Eu também compreendia
que combinação fatal estes dois fatores podiam representar. É claro que eu, em outras
ocasiões, tive a esperança de estar incluído na pequena porcentagem de vítimas que volta e
meia escapavam da sua
vingança. Mas desta vez até esta esperança tinha ido embora, eu estava perto do fundo do
poço. Aquele veredicto da ciência – a obsessão que me condenava a beber e a alergia que me
condenava a morrer – estava próximo de fazer a mágica. Foi aí que a ciência médica,
personificada por este pequeno e bom doutor, encaixou-se no conjunto. Esta dupla verdade,
nas mãos de um alcoólico falando com outro, era como um martelo rompendo na
profundidade a dura couraça do ego alcoólico, deixando-o bem aberto para a graça de Deus.
É claro que no meu caso, foi o Dr. Silkworth quem usava a marreta, enquanto meu amigo
Ebbie me transmitia os princípios espirituais e a graça que me trouxe o súbito despertar
espiritual, no hospital, três dias mais tarde. Eu imediatamente percebi que era um homem
livre. E com esta assombrosa experiência, veio um sentimento de magnífica certeza de que um
dia, um grande número de alcoólicos poderiam se aproveitar deste presente sem preço, que
me foi concedido.
Neste ponto, uma terceira linha de influência entrou em minha vida, através das páginas do
livro de William James, Variedades de Experiências Religiosas. Alguém o havia trazido para
meu quarto no hospital. No período seguinte à minha súbita experiência, o Dr. Silkworth
tentava firmemente me convencer de que eu não estava alucinando. Mas William James fez
mais. Não só, dizia ele, experiências espirituais podem conduzir pessoas à sanidade, mas
também podem transformar homens e mulheres, de modo que possam fazer, sentir e
acreditar coisas que antes eram impossíveis para elas. Não importa se estes despertares forem
súbitos ou que sejam graduais; sua variedade pode ser quase infinita. Mas a principal
mensagem daquele livro, era que na maioria dos casos descritos, estas pessoas transformadas
eram gente sem qualquer esperança. Em alguma área de suas vidas, elas tinham encontrado a
derrota total. Bem, isto era eu. Em completa derrota, sem mais esperança ou fé em nada, eu
apelei para um Poder Superior. Eu tinha feito o primeiro Passo no nosso atual programa de
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
AA:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
“ admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre
nossas vidas”. Também tinha feito o terceiro Passo: “decidimos entregar nossa vontade e
nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos”.
Foi desta forma que eu fui libertado. Foi tão simples, como tão misterioso. Estas realizações
foram tão estimulantes, que imediatamente fui compartilhá-las com os Grupos Oxford. Porém,
para consternação deles, eu insisti em me devotar exclusivamente aos bêbedos. Isto
incomodou os Grupos Oxford de duas maneiras: primeiro, eles queriam ajudar a salvar o
mundo inteiro; segundo, seu resultado com bêbedos tinha sido muito fraco. Na hora em que
eu os procurei, eles tinham acabado de trabalhar com um bando de alcoólicos que os havia
desapontado completamente. Havia rumores, que um deles havia arremessado seu sapato
através de uma valiosa janela de cristal da igreja episcopal que ficava em frente à Central dos
Grupos Oxford. De forma que eles não foram benevolentes diante de minhas constantes
declarações, de que não iria demorar muito o dia em que todos os bêbedos do mundo iriam
ficar a sóbrios. Na realidade, eles afirmaram que meu orgulho ainda era imenso.
Após uns seis meses de violentas exortações para um bando de bêbedos, que eu encontrei
próximos às missões assistenciais e ao Towns Hospital, parecia que os membros dos Grupos
Oxford estavam certos. Eu não havia trazido ninguém à sobriedade. Em nossa casa no Brooklin,
nós sempre tínhamos alguns bebedores morando conosco, número que às vezes chegava a
cinco. Minha valente esposa, Lois, uma vez chegou em casa do trabalho e encontrou três deles
bastante
Talvez eles não conseguissem manter a paz espiritual dos Grupos Oxford, dos quatro
absolutos, de honestidade, pureza, generosidade e amor. De fato, alguns alcoólicos diziam que
este era o problema. A agressiva pressão sobre eles, fazia- os voar alto como os gansos
durante algumas semanas e depois desabar pesadamente. Eles se queixavam também, de
outra forma de coerção – alguma coisa que o Grupos Oxford chamavam de “guiar os outros”.
Um time de membros não-alcoólicos do grupo sentava-se com algum alcoólico e depois de um
“tempo quieto”, vinha com precisas instruções de como o alcoólico deveria passar a dirigir sua
própria vida. Em que pese toda nossa gratidão para com nossos amigos dos Grupos Oxford,
isto é duro de engolir. Tudo isto, por certo, tinha a ver com as persistentes derrapagens que
estavam acontecendo. Mas esta não era a causa integral da nossa falha. Depois de meses, eu
percebi que o problema estava principalmente em mim. Eu havia me tornado muito agressivo,
muito dono da verdade. Eu falava muito da minha súbita experiência espiritual, como se fosse
alguma coisa muito fora de série. Eu desempenhava o duplo papel de professor e pregador.
Nas minhas exortações, eu me esquecia completamente do lado médico da nossa doença e
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Finalmente, um dia o Dr. Silkworth me trouxe de volta para meu real tamanho. Ele disse: “Bill,
porque você não para de falar tanto sobre aquela sua luminosa experiência brilhante? Parece
tão louco! Embora eu esteja convencido que somente uma ética melhor possa realmente
ajudar os alcoólicos, eu acho que você está colocando o carro adiante dos bois. O fato é que
alcoólicos não vão aceitar estas exortações morais, antes de se convencerem de que é
necessário. Se eu fosse você, eu os abordaria primeiro com uma base médica. Apesar de nunca
me ter trazido qualquer benefício o lhes contar como é fatal a doença que eles tem, pode ser
uma história muito diferente se você, um ex-bebedor sem esperança, dê a eles estas más
notícias. Devido à identificação que você naturalmente tem com alcoólicos, talvez você
penetre aonde eu não consigo chegar. Conte-lhes primeiro a parte médica da coisa e faça-o
com ênfase. Talvez isto os amoleça, a ponto de aceitarem os princípios que realmente vão lhes
fazer bem”.
Seguindo o conselho do Dr. Silkworth, eu fiz uso do martelo médico. Eu lhe contei o que era o
alcoolismo e como podia ser fatal. Aparentemente, isto fez acontecer algo dentro do Dr. Bob.
Em 10 de junho de 1935 ele ficou sóbrio, nunca mais bebeu. Quando, em 1939, a história do
Dr.Bob apareceu pela primeira vez, no livro Alcoólicos Anônimos, ele colocou um dos
parágrafos em itálico. Falando comigo, ele me disse: “Muito mais importante foi o fato dele ser
o primeiro ser vivo com quem falei, que conhecia o que falava sobre alcoolismo a partir de
uma experiência pessoal”.
Dr. Silkworth na verdade forneceu o elo que faltava, sem o qual a seqüência de princípios hoje
reunida nos nossos 12 Passos nunca poderia ter sido completada. Naquele lugar e naquele
momento, aconteceu a centelha daquilo que um dia viria a ser Alcoólicos Anônimos.
Durante os três primeiros anos que se seguiram à recuperação do Dr. Bob, nossos três grupos
pioneiros em Akron, Nova Iorque e Cleveland cresceram e evoluíram com o assim chamado
programa verbal, transmitido oralmente.
Quando começamos a formar uma sociedade separada dos Grupos Oxford, começamos a
formular nossos princípios mais ou menos assim:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
6. Oramos a Deus, para que nos ajudasse a fazer estas coisas da melhor maneira
que nos fosse possível.
Apesar destes princípios serem apregoados de acordo com a veneta e os gostos de cada um de
nós, apesar de que em Akron e Cleveland eles ainda estivessem aferrados aos quatro
absolutos dos Grupos Oxford de honestidade, pureza, altruísmo e amor, esta era a mensagem
para qualquer alcoólico ingressante até 1939, quando foram escritos os nossos 12 Passos.
Eu lembro bem da noite em que os 12 Passos foram escritos. Eu estava na cama, bastante
desanimado, sofrendo uma das minhas imaginárias crises de úlcera.
Quatro capítulos do livro Alcoólicos Anônimos havia sido rascunhado e lido em reuniões em
Akron e Nova Iorque. Rapidamente descobrimos que cada um de nós queria ser um autor. As
discussões sobre o que deveria entrar no nosso novo livro foram terríveis. Por exemplo, alguns
queriam um livro puramente psicológico, cujo conteúdo penetrasse nos alcoólicos, sem
assustá-los. Sobre o “assunto de Deus”, poderíamos deixar para lhes contar mais tarde. Alguns
poucos, liderados pelo nosso maravilhoso amigo sulista Fitz M., queriam um livro bastante
religioso, recheado de alguns dos dogmas colhidos junto às igrejas e instituições missionárias
que haviam tentado nos ajudar. Quanto mais barulhentos estes argumentos, mais eu tendia
para um meio-termo. Parecia até que eu não seria o autor do livro. Eu iria ser apenas um
árbitro para decidir sobre o conteúdo dele.
Isto não quer dizer que não houvesse um enorme entusiasmo pelo projeto. Cada um de nós
estava tremendamente excitado pela possibilidade de receber nossa mensagem antes
daqueles incontáveis alcoólicos que ainda não sabiam de nada.
Tendo chegado ao capítulo quinto, parece que estava mais do que na hora de definir o que era
na realidade nosso programa. Eu me lembro que passavam pela minha cabeça todas as
palavras e frases que então se usavam. Juntando tudo, resultou nas seis que foram descritas
acima. Depois surgiu a ideia, que nosso programa deveria ser descrito de forma mais definida e
clara. Leitores distantes teriam assim uma série de princípios mais precisos. Conhecendo a
habilidade dos alcoólicos em racionalizar, era preciso escrever algo incontestável. Não
poderíamos deixar o leitor interpretar o que quisesse. Além disso, afirmativas mais completas
iriam nos ajudar nos capítulos subsequentes, onde teríamos que mostrar exatamente como o
programa de recuperação deveria ser feito.
Comecei a escrever numa bandeja amarela, destas bem baratas. Eu dividi o nosso programa
verbal em pedaços menores, enquanto aumentava consideravelmente suas metas. Sem
inspiração, como eu me sentia, fiquei surpreso em reunir em um curto espaço de tempo,
talvez uma meia hora, um certo número de princípios, que ao serem contados, mostraram
serem doze. E por alguma razão inescrutável, eu havia movimentado a ideia de Deus para o
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
segundo Passo, bem lá na frente. Alem disso, eu citei Deus de forma muito liberal no meio dos
demais Passos. Em um deles, eu até sugeri que o ingressante ficasse de joelhos.
Quando este documento foi mostrado na nossa reunião de Nova Iorque, os protestos foram
muitos e ruidosos. Nossos amigos agnósticos não aceitaram de modo algum a ideia de se
ajoelhar. Outros disseram que estávamos falando demais em Deus. E de qualquer forma,
porque doze Passos, ase nós só havíamos feito 5 ou 6? Vamos deixar isto continuar simples,
disseram eles.
Este tipo de discussão acalorada durou dias e noites. Mas dela resultou um gol para Alcoólicos
Anônimos. Nosso contingente agnóstico, representado por Hank P. e Jim B., finalmente nos
convenceu de que deveríamos facilitar as coisas para pessoas como eles, usando termos como
um “Poder Superior” ou “Deus como o concebemos”. Estas expressões, que nós hoje
conhecemos tão bem, demonstraram serem salvadoras da vida de muitos alcoólicos. Elas
permitiram que milhares de nós iniciássemos um programa, que não seria possível começar se
tivéssemos deixado os Passos como eu os escrevi originalmente. Felizmente não houve mais
outras mudanças no esboço original e o número de Passos continua sendo doze. Não
podíamos imaginar que nossos 12 Passos fossem tão rápida e universalmente aprovados por
clérigos de todas as religiões e até por nossos futuros amigos, os psiquiatras.
Este pequeno fragmento de história deverá convencer até os mais céticos, que ninguém
inventou Alcoólicos Anônimos. AA apenas cresceu – pela graça de Deus
OS 12 PASSOS
1. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas
tinham se tornado incontroláveis.
2. Viemos acreditar que um Poder maior que nós poderia devolver-nos à sanidade.
3. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira
como nós O compreendíamos.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das nossas
falhas.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-
lo pudesse prejudica-la ou a outras.
11. Procuramos através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com
Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da
Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.
PASSO UM
“Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se
tornado incontroláveis.”
Não importa o que ou quanto nós usávamos. Em Narcóticos Anônimos, estar limpo tem que vir
em primeiro lugar. Percebemos que não podemos usar drogas e viver. Quando admitimos
nossa impotência e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas, abrimos a porta da
recuperação. Ninguém conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos
que admiti‐lo. Quando algum de nós fica em dúvida, ele se pergunta: “Posso controlar o uso de
substâncias químicas que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?”
A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o
resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período de
tempo.
Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência significa
nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar, como podemos nos iludir
dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temos escolha,” mostramos a
incapacidade de parar de usar, mesmo com a maior força de vontade e o desejo mais sincero.
No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de tentar justificar nosso uso.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
O aspecto físico da nossa doença é o uso compulsivo de drogas: a incapacidade de parar uma
vez que tenhamos começado. O aspecto mental é a obsessão ou o desejo incontrolável que
nos leva a usar, mesmo destruindo nossas vidas. A parte espiritual da nossa doença é o total
egocentrismo. Pensávamos que podíamos parar quando quiséssemos, apesar de todas as
evidências em contrário. Negação, substituição, racionalização, justificação, desconfiança dos
outros, culpa, vergonha, desleixo, degradação, isolamento e perda de controle são alguns
resultados da nossa doença. Nossa doença é progressiva, incurável e fatal. Para a maioria de
nós, é um alívio descobrir que temos uma doença, e não uma deficiência moral.
Não somos responsáveis por nossa doença, mas somos responsáveis pela nossa recuperação.
A maioria de nós tentou parar de usar por conta própria, mas éramos incapazes de viver com
ou sem drogas. Finalmente, percebemos que éramos impotentes perante a adicção.
Muitos de nós tentaram parar de usar por simples força de vontade, o que resultou numa
solução temporária. Vimos que a força de vontade sozinha não funcionava por muito tempo.
Tentamos inúmeros outros recursos, psiquiatras, hospitais, clínicas diversas, novos romances,
novas cidades, novos trabalhos. Tudo o que tentávamos, fracassava. Começamos a perceber
que havíamos racionalizado verdadeiros absurdos para justificar a confusão que fizéramos das
nossas vidas com drogas.
Até abrirmos mão de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estaremos colocando
em risco os alicerces da nossa recuperação. As restrições nos privam dos benefícios que este
programa tem a oferecer. Livrando‐nos de todas as restrições, nós nos rendemos. Só assim
podemos ser ajudados na recuperação da doença da adicção.
Agora a pergunta é: “Se somos impotentes, como Narcóticos Anônimos pode ajudar?”
Começamos por pedir ajuda. O alicerce do nosso programa é a admissão de que nós, por nós
mesmos, não temos poder sobre a adicção. Quando podemos aceitar este fato, completamos
a primeira parte do Passo Um.
Precisamos fazer uma segunda admissão para completarmos nosso alicerce. Se pararmos aqui,
saberemos apenas meia verdade. Somos mestres em manipular a verdade. Dizemos por um
lado: “Sim, sou impotente perante minha adicção,” e por outro lado, “Quando acertar minha
vida, poderei lidar com as drogas.” Tais pensamentos e ações nos levaram de volta à adicção
ativa.
Nunca nos ocorreu perguntar: “Se não podemos controlar a adicção, como podemos controlar
nossas vidas?” Nós nos sentíamos péssimos sem as drogas, e nossas vidas estavam
incontroláveis.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Até darmos o Passo Um, estávamos repletos de medo e dúvidas. Muitos de nós sentiam‐se
perdidos e confusos. Nós nos sentíamos diferentes. Ao trabalharmos este passo, afirmamos a
nossa rendição aos princípios de NA. Somente após a rendição, começamos a superar a
alienação da adicção. A ajuda aos adictos só começa quando somos capazes de admitir a
completa derrota. Pode ser assustador, mas é o alicerce sobre o qual construímos nossas
vidas.
O Passo Um significa que não precisamos usar, e isto é uma grande liberdade. Demorou muito
para que alguns de nós percebessem que suas vidas tinham se tornado incontroláveis. Para
outros, o descontrole de suas vidas era a única coisa clara. Sabíamos, no fundo de nossos
corações, que as drogas tinham o poder de nos transformar em alguém que não queríamos
ser.
Estando limpos e trabalhando este passo, somos libertados dos nossos grilhões. Entretanto,
nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste passo;
aprendemos a vivê‐los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos oferecer.
Encontramos esperança. Podemos aprender a funcionar no mundo em que vivemos. Podemos
encontrar sentido e significado na vida e sermos resgatados da insanidade, depravação e
morte.
PASSO UM
“Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se
tornado incontroláveis.”
Não importa o que ou quanto nós usámos. No programa estar limpo tem que vir em primeiro
lugar. Percebemos que não podemos usar drogas e viver. Quando admitimos nossa impotência
e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas, abrimos a porta da recuperação. Ninguém
conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos que admiti-lo. Quando
algum de nós fica em dúvida, ele se pergunta: “Posso controlar o uso de substância químicas
que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?”
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A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o
resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período de
tempo.
Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência
significa nos drogarmos contra nossa vontade. Se não conseguimos para como podemos nos
iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temo escolha,” mostramos a
incapacidade de parar de usar, mesmo com maior força de vontade e o desejo mais sincero.
No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de tentar justificar nosso uso.
Não somos responsáveis por nossa doença, mas somos responsáveis pela nossa
recuperação. A maioria de nós tentou parar de usar por conta própria, mas éramos incapazes
de viver com ou sem drogas. Finalmente, percebemos que éramos impotentes perante Nossa
adicção.
Muito de nós tentaram parar de usar por simples força de vontade, o que resultou
numa solução temporária. Vimos que a força de vontade sozinha não funcionava por muito
tempo. Tentamos inúmeras outros recursos, psiquiatria, hospitais, clinicas diversas, novos
romances, novas cidades, novos trabalhos. Tudo que tentávamos, fracassava. Começamos a
perceber que havíamos racionalizado verdadeiros absurdos para justificar a confusão que
fizéramos das nossas vidas com drogas.
Até abrirmos mãos de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estaremos
colocando em risco os alicerces da nossa recuperação. Só assim podemos ser ajudados na
recuperação da doença da adcção.
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Até darmos o Passo Um, estávamos repletos de medo e duvidas. Muito de nós
sentiam-se perdidos e confusos. Nós nos sentíamos diferentes. Ao trabalharmos este passo,
afirmamos a nossa rendição aos princípios de NA. Somente após a rendição, começamos a
superar a alienação da adicção. A ajuda aos adictos só começa quando somo capazes de
admitir a completa derrota. Pode ser assustador, mas é o alicerce sobre o qual construímos
nossas vidas.
O Passo Um significa que não precisamos mais usar, e isto é uma grande liberdade.
Demorou muito para que alguns de nós percebêssemos que suas vidas tinham se tornado
incontrolável. Para outros, o descontrole de suas vidas era a única coisa clara. Sabíamos, no
fundo de nossos corações, que as drogas tinham o poder de nos transformar em alguém que
não queríamos ser.
Estando limpos e trabalhando este passo, somo libertados dos nossos grilhões.
Entretanto, nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste
passo; aprendemos a vivê-los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos
oferecer.
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PASSO DOIS
“Viemos a acreditar que um poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.”
O Primeiro Passo deixou um vazio em nossas vidas. Precisamos encontrar alguma coisa
para preencher esse vazio. Este é o proposito do Segundo Passo.
Alguns de nós, a princípio, não levaram este passo a sério; passamos por ele com
pouco interesse, para constatarmos depois que os passos não funcionavam até que
trabalhássemos o Passo Dois. Mesmo quando admitiam precisar de ajuda para seu problema
com drogas, muitos de nós não admitiam a necessidade de fé e sanidade.
Temos uma doença: progressiva, incurável e fatal. De uma maneira ou de outra, fomos
lá e compramos nossa destruição a prestações! Todos nós, do drogado que rouba bolsas na
rua à doce velhinha que consegue arrancar receitas de dois ou três médicos, temos uma coisa
em comum: buscamos nossa destruição de grama em grama, de comprimido em comprimido,
ou de garrafa em garrafa, até a morte. Isto é pelo menos parte da insanidade da adicção. O
preço pode aparecer maior para o adicto que se prostitui por um pico do que para o adicto
que apenas mente para o médico. No fim, ambos pagam pela doença com suas vidas.
Insanidade é cometer os mesmo erros, esperando resultados diferentes.
Quando chegam ao programa, muitos de nós percebem que voltaram a usar inúmeras
vezes, sabendo que estavam destruindo suas vidas. Insanidade é usarmos drogas todos dia
após dia, sabendo que o único resultado é a nossa destruição física e mental. A insanidade
mais obvia da doença da adicção é a obsessão de usar drogas.
Pergunte a você mesmo: Acredito que seria insano pedir para alguém “Por favor, me
dê um ataque do coração ou um acidente fatal?” Se você concordar que isto seria insano, não
deverá ter qualquer problema com o Segundo Passo.
Neste programa, primeira coisa que fazemos é pararde usar drogas. Neste ponto,
começamos a sentir a dor de viver sem drogas ou algo que as substitua. A dor nos força a
buscar um Poder maior do que nós, que possa aliviar nossa obsessão de usar. O processo de
vir acreditar é parecido para maioria dos adictos. Faltava à maioria de nós um relacionamento
prático com um Poder Superior. Começamos a desenvolver este relacionamento prático com
um Poder Superior. Começamos a desenvolver este relacionamento simplesmente admitindo a
possibilidade de um Poder maior do que nós. A maioria de nós não tem dificuldade de admitir
que a adicção havia se tornado uma força destrutiva em nossas vidas. Nossos melhores
esforços resultaram em destruição e desespero cada vez maiores. Chegamos a um ponto em
que percebemos que precisávamos da ajuda de algum Poder maior do que nossa adicção. A
nossa compreensão de um Poder Superior fica a nosso critério. Ninguém vai decidir por nós.
Podemos escolher o grupo, o programa, ou podemos chama-lo de Deus. A única diretriz
sugerida é que este Poder seja amoroso, cuidadoso e maior que nós. Não precisamos ser
religiosos para aceitarmos esta ideia. O importante é abrirmos nossas mentes para acreditar.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Podemos ter dificuldades, mas mantendo a mente aberta, mais cedo ou mais tarde,
encontramos a ajuda necessária .
O progresso de vir acreditar devolve-nos à sanidade. A força para agir vem desta
crença. Precisamos aceitar este passo para começarmos a trilhar o caminho da recuperação.
Quando a nossa crença estiver fortalecida, estaremos preparados para o Passo Três.
PASSO TRÊS
“Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como
nós o compreendíamos.”
Como adictos, várias vezes entregamos nossa vontade e nossas vidas a um poder destrutivo.
Nossa vontade e nossas vidas eram controladas pelas drogas. Fomos capturados pela
necessidade de satisfação imediata que as drogas nos davam. Durante esse período, todo
nosso ser – corpo, mente e espírito – estava dominado pelas drogas. Por algum tempo, isto no
deu prazer; depois, a euforia começou a desaparecer e vimos o lado horrível da adicção.
Descobrimos que, quanto mais alto as drogas nos levavam, mais para baixo elas nos deixavam
na volta. Encaramos duas escolhas: ou sofrer a dor da retirada das drogas ou usar mais.
Para todos nós, chegou o dia em que já não havia mais escolha: tínhamos que usar.
Com nossa vontade e nossas vidas entregues à nossa adicção, e em total desespero,
procuramos um outro caminho. No Programa, decidimos entregar nossa vontade e nossas
vidas aos cuidados Deus, da maneira como nós O compreendemos. Este é um passo
gigantesco. Não precisamos ser religiosos; qualquer um pode dar este passo. Só é preciso boa
vontade. Só é essencial abrirmos a porta para um Poder maior que nós.
Nosso conceito de Deus não vem de um dogma, mas daquilo em que nós acreditamos
e que funciona para nós. Muitos de nós compreendem Deus, simplesmente, como sendo
aquela força que nos mantém limpos. O direito a um Deus, da maneira que você o
compreende, é total e irrestrito. Por termos este direito, precisamos ser honestos a respeito
da nossa crença, se quisermos crescer espiritualmente.
Descobrimos que tudo o que precisávamos fazer era tentar. Quando fizemos nossos
melhores esforços, o programa funcionou para nós, como havia funcionado para tantos
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
outros. O Terceiro Passo não diz que “Entregamos nossa vontade e nossas vidas aos cuidados
de Deus.” Diz que” Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da
maneira como nós o compreendíamos. “Nós decidimos; não foram as drogas, nossa família,
uma autoridade, um juiz, um terapeuta ou um médico. Fomos nós que decidimos! Pela
primeira vez, desde aquela primeira onda, tomamos uma decisão por nós mesmos.
A palavra decisão implica ação. Esta decisão é baseada na fé. Precisamos apenas
acreditar que o milagre que vemos acontecer nas vidas de adictos em recuperação pode
acontecer a qualquer adicto que tenha o desejo de mudar. Percebemos apena que existe uma
força para o crescimento espiritual, que pode nos ajudar a sermos mais tolerantes, pacientes e
úteis para ajudar os outros. Muitos de nós disseram: “Tome minha vontade e minha vida.
Oriente-me na minha recuperação. Mostre-me como viver.” O alívio de “abrir mão e entregar
a Deus” ajuda-nos a desenvolver uma vida que vale a pena viver.
A rendição à vontade do nosso Poder Superior vai ficando mais fácil com a prática
diária. Quando tentamos honestamente, funciona. Muitos de nós começam o dia comum
simples pedido de orientação do seu Poder Superior.
Apesar de sabermos que a entrega funciona, podemos ainda tomar nossa vontade e
nossa vida de volta. Podemos até ficar com raiva porque Deus o permite. Há momentos na
nossa recuperação em que a decisão de pedir ajuda a Deus é a nossa maior fonte de força e
coragem. Nunca é demais tomar esta decisão. Nós nos rendemos calmamente, e deixamos que
o Deus, da maneira que compreendemos, cuide de nós.
A princípio, as nossas cabeças não paravam com perguntas: “O que vai acontecer
quando eu entregar minha vida? Ficarei perfeito?” Talvez tenhamos sido mais realistas. Alguns
de nós tiveram que ir até um membro de NA experiente e perguntar: “Como é que foi com
você?” A resposta varia de adicto para adicto. A maioria de nós sente que as chaves deste
passo são mente aberta, boa vontade e rendição.
Rendemos nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de um Poder maior que nós. Se
formos rigorosos e sinceros, percebemos uma mudança para melhor. Nossos medos são
diminuídos e a fé começa crescer, à medida que aprendemos o verdadeiro significado da
rendição. Não estamos mais lutando contra o medo, a raiva, a culpa, auto piedade ou
depressão. Percebemos que o Poder que nos trouxe para este programa ainda está conosco, e
continuará nos guiando se O deixarmos.
Passamos a apreciar a vida limpa e queremos mais das boas coisas que o programa
tem para nós. Sabemos agora, que não podemos parar no nosso programa espiritual;
queremos tudo o que pudermos conseguir.
Agora estamos prontos para a nossa primeira auto avaliação honesta, e começamos o Passo
Quatro.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
PASSO QUATRO
“Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.”
À medida que nos aproximamos deste passo, a maioria de nós teme que haja um
monstro dentro de nós que, se for libertado, irá nos destruir. Este medo pode nos levar a adiar
nosso inventário ou pode até nos impedir totalmente de dar este passo crucial. Descobrimos
que o medo é falta de fé, e encontramos um Deus amoroso e pessoal a quem podemos
recorrer. Não precisamos mais ter medo.
Vamos encarar os fatos: quando usávamos, nós não éramos honestos conosco.
Começamos a ser honestos conosco, quando admitimos que a adicção nos derrotou e que
precisamos de ajuda. Levou muito tempo para admitirmos que estávamos derrotados.
Descobrimos que não nos recuperamos física, mental e espiritualmente da noite para o dia. O
Passo Quatro vai nos ajudar na nossa recuperação. A maioria de nós descobriu que não
éramos nem tão terríveis, nem tão maravilhosos quanto imaginávamos. Ficamos surpresos por
descobrir que temos coisas boas no nosso inventário. Qualquer pessoa que esteja há algum
tempo no programa e tenha a praticado este passo vai lhe dizer que o Quarto Passo foi um
momento decisivo na sua vida.
Alguns de nós cometeram o erro de chegar ao Quarto Passo como se fosse uma
confissão de como somos horríveis – como fomos maus. Nesta nova maneira de viver, um
porre de sofrimento emocional pode ser perigoso. Não é este o propósito do Quarto Passo.
Estamos tentando nos libertar de uma vida de padrões velhos e inúteis. Damos o Quarto Passo
para crescer e ganhar força e discernimento. Podemos abordar o Quarto Passo de várias
maneiras.
Os Passos Um, Dois e Três são a preparação necessária para se ter fé e coragem para
escrever um inventário destemido. É aconselhável repassarmos os três primeiros passos com
um padrinho ou madrinha antes de começarmos. A nossa compreensão destes passos nos
deixa à vontade. Nós nos damos o privilégio de nos sentirmos bem com o que estamos
fazendo. Estivemos nos debatendo por muito tempo, sem chegar a lugar nenhum. Começamos
agora o Quarto Passo e abrimos mão do medo. Simplesmente escrevemos o melhor que
podemos no momento.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Precisamos por um ponto final no passado, e não nos agarrar a ele. Queremos encarar
nosso passado de frente, vê-lo como ele realmente foi e libertá-lo para podermos viver o hoje.
Para a maioria de nós, o passado era um fantasma no armário. Temíamos abrir aquele
armário, com medo do que o fantasma pudesse fazer. Não temos que olhar para o passado
sozinho. Agora, nossas vontades e nossas vidas estão nas mãos do nosso Poder Superior.
Escrevemos sobre aquilo que nos incomoda aqui e agora. Temos a tendência de
pensar negativamente e, escrevendo, temos a possibilidade de olhar mais positivamente para
o que está acontecendo.
As qualidades também têm que ser consideradas, se quisermos ter um quadro mais
correto e completo de nós mesmos. Isto é muito difícil para maioria de nós, pois é difícil
aceitar que temos boas qualidades. No entanto, todos temos qualidades, muitas delas
recémencontradas no programa, tais como estar limpo, ter mente aberta, consciência de
Deus, honestidade com os outros, aceitação, ação positiva, partilhar, ter boa vontade,
coragem, fé, carinho, gratidão, gentileza e generosidade. Nossos inventários geralmente
incluem os relacionamentos.
Examinamos nossa atuação passada e nosso comportamento presente, para ver o que
queremos manter e o que queremos descartar. Ninguém está nos forçando a desistir da nossa
miséria. Este passo tem fama de ser difícil; na realidade, ele é bastante simples.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
para nós. O medo do confronto iminente é tão grande que ultrapassa o nosso medo do
fracasso.
O inventário torna-se uma alívio, pois a dor de faze-lo é menor do que a dor de não
fazê-lo. Aprendemos que a dor pode ser um fator que motiva a recuperação. Portanto, tornase
inevitável encará-la. Todo tema de reuniões de passos parecer ser o Quarto Passo ou o
inventário diário. Através do processo de inventário, somo capazes de lidar com todas as
coisas que possam se acumular. Quanto mais vivemos o nosso programa, mais parece que
Deus nos coloca em situações onde surgem questões. Quando as questões surgem,
escrevemos sobre elas. Começamos apreciar nossa recuperação, porque temos uma maneira
de resolver a vergonha, culpa ou o ressentimento.
Sentamos com papel e caneta e pedimos ajuda ao nosso Deus, para que nos revele os
defeitos que nos causam dor e sofrimento. Rogamos coragem para sermos destemidos e
profundos, e para que o inventário possa nos ajudar a colocar nossas vidas em ordem. Quando
rezamos a agimos, sempre conseguimos o melhor resultado.
Não vamos ser perfeitos. Se fôssemos perfeitos, não seríamos humanos. O importante
é que façamos o nosso melhor. Usamos as ferramentas à nossa disposição e desenvolvemos a
capacidade de sobreviver às nossas emoções. Não queremos perder nado do que ganhamos;
queremos continuar o programa. A nossa experiência demonstra que nenhum inventário, por
mais profundo e completo, terá qualquer efeito duradouro, se não for prontamente seguido
de um Quinto Passo igualmente completo.
PASSO CINCO
“Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.”
O Quinto Passo é a chave para liberdade. Ele permite vivermos limpos no presente.
Partilhando a natureza exata de nossas falhas, somo libertados para viver. Depois de fazermos
um Quarto Passo completo, lidamos com o conteúdo do nosso inventário. Dizem-nos que, se
guardamos estes defeito dentro nós, eles nos levarão a usar a usar de novo. O apego ao nosso
passado acabaria por nos adoecer e nos impedir de fazer parte de nossa nova maneira de
viver. Se não formos honestos, quando damos o Quinto Passo, teremos os mesmo resultados
negativos que a desonestidade nos trazia no passado.
O Passo Cinco sugere que admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a
natureza exta de nossas falhas. Olhamos nossas falhas, examinamos nossos padrões de
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Nosso Poder Superior estará conosco durante o nosso Quinto Passo. Receberemos
ajuda e estaremos livre para encarar a nós mesmos e a outro ser humano. Parecia
desnecessário admitir a natureza exata de nossas falhas ao nosso Poder Superior. “Deus já
sabe isso tudo,” racionalizamos. Embora Ele já saiba, a admissão deve vir dos nossos próprios
lábios, para que seja verdadeiramente afetiva. O Passo Cinco não é simplesmente a leitura do
Passo Quatro.
Durantes anos evitamos ver como realmente éramos. Tínhamos vergonha de nós
mesmos e nos sentíamos isolados do resto do mundo. Agora que capturamos a parte
vergonhosa do nosso passado, podemos varrê-la das nossas vidas, se a encararmos e
admitirmos. Seria trágico escrever tudo e jogar numa gaveta. Estes defeitos crescem no escuro
e morrem à luz da exposição.
Temos escolher com cuidado a pessoa que vai ouvir o nosso Quinto Passo. Devemos
ter certeza de que ela sabe o que estamos fazendo e o porquê. Apesar de não haver regra
rígida quanto à pessoa que escolhemos, é importante confiarmos nela. Só tendo total
confiança na integridade de discrição da pessoa, podemos nos dispor a fazer este passo
completo. Alguns de nós dão o Quinto Passo com um estranho, embora alguns de nós se
sentiam mais à vontade, escolhendo um membro de Narcóticos Anônimos. Sabemos que um
outro adicto tem menos tendência de nos julgar com malícia ou incompreensão.
Uma vez feita a escolha e a sós com essa pessoa, nós prosseguimos com o seu
encorajamento. Queremos ser precisos, honestos e profundos, compreendendo que é uma
questão de vida e morte.
Alguns de nós tentaram esconder parte de seu passado, tentando encontrar uma maneira
mais fácil de lidar com os sentimentos mais profundos. Podemos achar que já fizemos muito,
escrevendo sobre nosso passado. É um erro que não podemos permitir. Este passo vai expor
nossos motivos e nossas ações. Não podemos esperar estas coisas se revelem sozinhas.
Finalmente nossa vergonha é superada, e podemos evitar a culpa futura.
Nós não procrastinamos. Temos que ser exatos. Queremos contar a verdade simples,
nua e crua, o mais rápido possível. Há sempre o perigo de exagerarmos nossas falhas. É
igualmente perigoso minimizar ou racionalizar nosso papel em situações passadas. Apesar de
tudo, ainda queremos parecer bons.
Os adictos tendem a levar vidas secretas. Durante muitos anos, encobrimos a nossa
pouca autoestima, esperando enganar as pessoas com imagem falsas. Infelizmente,
enganamos a nós mesmos mais do que qualquer outra pessoa. Embora muitas vezes
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À medida que partilhamos este passo, geralmente ou ouvinte também vai partilhando
um pouco da sua história. Descobrimos que não somos os únicos. Vemos, através da aceitação
do nosso confidente, que podemos ser aceitos como somos.
Talvez nunca nos lembremos de todos os nossos erros passados. Mas podemos fazer melhor e
mais completo esforço. Começamos a experimentar verdadeiros sentimentos pessoais de
natureza espiritual. Onde antes tínhamos teoria espirituais, começamos agora a despertar para
realidade espiritual. Este exame inicial de nós mesmos, geralmente, revela alguns padrões de
comportamento que não apreciamos particularmente. Entretanto, encarando esses padrões
trazendo-os para fora, temos a possibilidade de lidar com eles construtivamente. Não
podemos fazer estas mudanças sozinhos. Precisaremos da ajuda de Deus, da maneira como
nós O compreendemos, e do programa.
PASSO SEIS
“Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse estes defeitos de caráter.”
Por que pedir uma coisa, antes de estarmos pronto para ela? Isso seria pedir problemas.
Quantas vezes adictos buscaram as recompensas de um trabalho árduo, sem fazerem esforço.
O que nós batalhamos no Passo Seis é boa vontade. A sinceridade com que trabalhamos este
passo será proporcional ao nosso desejo de mudar.
Queremos realmente nos livrar dos nosso ressentimentos, da nossa raiva e do nosso
medo? Muitos de nós se apegam ao seus medos, dúvidas, auto aversão ou ódio, pois há uma
certa segurança distorcida na dor que nos é familiar. Parece mais seguro abraçar o que
conhecemos do que abrir pelo desconhecido.
Abrir mão dos defeitos de caráter deve ser fruto de uma decisão. Sofremos por que suas
exigências nos enfraquecem. Descobrimos que não podemos escapar do orgulho com
arrogância. Se não somos humildes, somos humilhados. Se somos ganancioso, descobrimos
que nunca estaremos satisfeitos. Antes de fazermos os Passos Quatro e Cinco, podíamos ceder
ao medo, à raiva, à desonestidade ou auto piedade. Ceder agora a estes defeitos caráter
obscurece nossa capacidade de pensar com lógica. O egoísmo torna-se um grilhão intolerável e
destrutivo, que nos prende aos nossos maus hábitos. Nossos defeitos sugam todo nosso
tempo e energia.
Examinamos o inventário do Quarto Passo e olharmos bem o que estes defeitos estão
fazendo nas nossas vidas. Começamos a ansiar pela nossa libertação destes defeitos. Rezamos
ou ficamos dispostos, prontos e capazes de deixar que Deus remova estes traços destrutivos.
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Devemos entrar em contato com os nossos velhos defeitos com a mente aberta.
Estamos conscientes deles, ainda assim, cometemos os mesmos erros e somos incapazes de
cortar os maus hábitos. Procuramos, na Irmandade, o tipo de vida que queremos para nós.
Perguntamos aos nossos amigos: “Você conseguiu abrir mão?” Quase sem exceção a resposta
é: “Consegui, o melhor que pude.” Quando vemos como os nossos defeitos existem nas nossas
vidas e os aceitamos, podemos abrir mão deles e prosseguir na nossa nova vida. Aprendemos
que estamos crescendo, quando cometemos novos erros, em vez de repetir os velhos.
Quando trabalhamos o Passo Seis, é importante lembrar que somos humanos e não
devemos colocar expectativas irreais em nós mesmos. Este é um passo de boa vontade. O
princípio espiritual do Passo Seis é boa vontade. Passo Seis ajuda-nos a caminhar numa direção
espiritual. Por sermos humanos, nós nos desviaremos do caminho.
A rebeldia é um defeito de caráter que nos assalta neste ponto. Não precisamos
perder a fé quando ficamos rebeldes. A rebeldia pode provocar indiferença ou intolerância que
poderão ser superadas, através de um esforço persistente. Continuamos pedindo boa vontade.
Podemos duvidar que Deus achasse justo nos aliviar, ou podemos achar que algo vá dar
errado. Perguntamos a outro membro, que nos diz: “Você está exatamente onde deveria
estar.” Novamente, nós nos prontificamos a deixar que nossos defeitos sejam removidos. Nós
nos rendemos às simples sugestões que o programa nos oferece. Mesmo não estando
inteiramente prontos, estamos caminhando na direção certa.
Passo Sete
“Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.”
Decidimos que queríamos que Deus nos aliviasse dos aspectos inúteis ou destrutivos
das nossas personalidades, chegámos ao Sétimo Passo. Não conseguíamos lidar sozinhos com
as provações das nossas vidas. É só percebemos, quando já havíamos feito das nossas vidas
uma grande confusão. Ao admiti-lo, alcançamos um lampejo de humildade. Este é o
ingrediente principal do Passo Sete. A humildade resulta sermos mais honestos conosco.
Temos praticado a honestidade desde o Passo Um. Aceitamos a nossa adicção e impotência.
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Encontramos uma força além de nós e aprendemos a confiar nela. Examinamos nossas vidas e
descobrimos quem somos realmente. Somos verdadeiramente humildes quando aceitamos e
tentamos, honestamente, ser quem somos. Nenhum de nós é perfeitamente bom ou
inteiramente mau. Somo pessoas com qualidades e deficiências. E, acima de tudo, somo
humanos.
A humildade é tão importante para nos mantermos limpos, como comer e beber são
importantes para nossa sobrevivência. À medida que a nos adicção progredia, dedicávamos
nossa energia a satisfazer nossos desejos materiais. Todas as outras necessidades estavam fora
do nosso alcance. Queríamos sempre a satisfação dos nossos desejos básicos.
O Sétimo Passo é de ação, e chegou a hora de pedirmos a Deus a ajuda e alívio. Temos
que compreender que nossa maneira de pensar não é a única; outras pessoas podem nos
aconselhar. Quando alguém nos aponta um defeito, a nossa primeira reação poderá ser
defensiva. Temos que compreender que não somos perfeitos. Sempre haverá espaço para o
crescimento. Se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente o que os
companheiros tiverem a nos dizer. Se os defeitos que descobrimos forem reais, e tivermos
oportunidade de nos livrarmos deles, certamente experimentaremos uma sensação de bem
estar.
Alguns vão querer dar esse passo de joelhos. Alguns permanecerão em silêncio, e
outros demonstração uma intensa boa vontade, através de um grande esforço emocional. A
palavra humildade se aplica, pois nós nos aproximamos deste Poder maior do que nós, para
Lhe pedirmos a liberdade de uma vida sem limitações passadas. Muitos de nós estão dispostos
a trabalhar este passo sem reservas, na base da pura fé cega, pois estamos cansados que
temos feito e de como nos sentimos. Iremos até o fim com qualquer coisa que funcione.
Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias. Aos
poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão da adicção e entramos na corrente
da vida. Este crescimento não é resultado de um desejo, é resultado de ação e oração. O
objetivo principal do Passo Sete é sair de nós mesmos e lutar para alcançar a vontade do nosso
Poder Superior.
Partilhar com outros adictos em recuperação ajuda a evitar que nos tornemos
morbidamente sérios a nosso respeito. A aceitar os defeitos dos outros podem nos ajudar a
nos tornarmos humildes e pode abrir o caminho para que os nossos próprios defeitos sejam
removidos. Muitas vezes, Deus se manifesta através daqueles que se importa com a
recuperação, ajudando-nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos.
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defeitos. Este é a nossa estrada para o crescimento espiritual, vamos querer continuar.
Estamos prontos para o Passo Oito.
Passo Oito
“Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a fazer
reparações a todas elas.”
Estamos dispostos a fazer uma lista de todas as pessoas que prejudicamos, a fim de
limpar o medo e a culpa que o passado ainda nos traz? Nossa experiência demonstra que
precisamos sentir boa vontade para que este passo possa surtir qualquer efeito.
O Oitavo Passo não é fácil; exige um novo tipo de honestidade nas nossas relações
com os outros. O Oitavo Passo inicia o processo de perdão: perdoamos aos outros,
possivelmente somos perdoados e, finalmente, nós nos perdoamos e aprendemos a viver no
mundo.. Quando chegamos a este passo, estamos prontos para compreender mais do que
sermos compreendidos. Podemos viver e deixar viver mais facilmente, quando conhecemos as
áreas em que devemos reparações. Pode parecer difícil agora, mas, depois que o fizermos,
perguntaremos por que não tínhamos feito isso há mais tempo.
O Oitavo Passo nos confronta com um problema. Muitos de nós têm dificuldade de
admitir que prejudicassem outras pessoas, pois julgavam-se vitimas da sua adicção. É crucial
evitar esta racionalização no Oitavo Passo. Temos que separar o que fizeram conosco daquilo
que fizemos com os outros. Deixamos de lado as nossas justificativas e ideias de sermos
vitimas. Frequentemente sentimos que só prejudicamos a nós mesmos, porém normalmente
nós nos colocamos em último lugar na lista, quando nos colocamos. Este passo faz o trabalho
externo para reparar os destroços das nossas vidas.
Não nos tornaremos pessoas melhores, julgando os erros dos outros. O que nos fará
sentir melhor é limpar nossas vidas, aliviando a culpa. Ao escrevermos nossa lista, já não
poderemos mais negar que tenhamos causado prejuízos. Admitimos que prejudicamos outras
pessoas, direta ou indiretamente, através de alguma ação, mentira, promessa quebrada ou
negligencia.
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Em alguns casos, podemos não conhecer as pessoas com quem fomos injustos.
Quando usávamos, qualquer pessoa com quem entrássemos em contato corria o risco de sair
prejudicada. Muitos membros mencionam os seus pais, cônjuges, filhos, amigos, amantes,
outros adictos, conhecidos ocasionais, colegas de trabalho, patrões, professores, senhorios e
desconhecidos. Podemos também nos incluir na lista, pois na nossa adicção ativa estávamos
lentamente cometendo suicídio. Podemos achar benéfico fazer uma lista separada das pessoas
a quem devemos reparações financeiras.
Como em todos os passos, temos que ser profundos. A maioria de nós fica aquém dos
objetivos, mais freqüentemente do que os ultrapassa. Ao mesmo tempo, não podemos desistir
deste passo, só porque não temos certeza de nossa lista esteja completa. Ela nunca será
completa.
O Oitavo Passo oferece uma grande mudança numa vida dominada pela culpa e pelo
remorso. Nosso futuro é modificado, por que não temos que evitar as pessoas que
prejudicamos. Como resultado deste passo, recebemos uma nova liberdade que pode pôr fim
ao isolamento. Quando percebemos a nossa necessidade de sermos perdoados, temos a
tendência de perdoar mais. Pelo menos, sabemos que não estamos mais magoando os outros
intencionalmente.
O Oitavo Passo é de ação. Como todos os passos, oferece benefícios imediatos. Agora
estamos livres para começar nossas reparações no Passo Nove.
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Passo Nove
“Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo
pudesse prejudicá-la ou a outras.”
Este passo não deve ser evitado. Se assim fizermos, estaremos reservando, em nosso
programa, um espaço para recaída. Às vezes, o orgulho, o medo e a procrastinação parecem
uma barreira intransponível; obstruem o caminho do progresso e do crescimento. O
importante é partirmos para a ação, e estarmos prontos para aceitar as reações das pessoas
que prejudicamos. Fazemos as reparações o melhor que podemos.
Queremos nos livrar da nossa culpa, mas não queremos fazê-lo à custa de outra
pessoa. Podemos correr o risco de envolver uma terceira pessoa ou algum companheiro dos
tempos de ativa, que não queira ser exposto. Não temos o direito nem a necessidade de
colocar outras pessoas em apuros. É necessário, frequentemente, receber orientação de
outras pessoas nestes assuntos.
Aceitamos que forma as nossas ações que causaram a nossa atitude negativa. O Passo
Nove ajuda-nos com a nossa culpa e ajuda os outros com sua raiva. Às vezes, a única reparação
que podemos fazer é nos mantermos limpos. Devemos isso a nós mesmos e às pessoas que
amamos. Não estamos mais fazendo confusão em sociedade por causa do nosso uso. Às vezes,
a única maneira de fazermos reparações é contribuirmos para sociedade. Agora estamos
ajudando a nós mesmos e a outros adictos a se recuperarem. Esta é uma enorme reparação a
toda comunidade.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Estamos nos libertando dos destroços do nosso passado. Vamos querer manter a
nossa casa em ordem, praticando um contínuo inventário pessoal no Passo Dez.
PASSO DEZ
“Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos
prontamente.”
O Passo Dez nos liberta dos destroços do nosso presente. Se não continuarmos atentos aos
nossos defeitos, eles poderão nos levar para um beco sem saída, do qual não conseguiremos
escapar limpos.
O Décimo Passo pode nos ajudar a corrigir nossos problemas com a vida, e evitar que
se repitam. Examinamos as nossas ações durante o dia. Alguns de nós escrevem sobre os seus
sentimentos, avaliando como se sentiram e qual a sua participação nos problemas que tenham
ocorrido. Prejudicamos alguém? Temos que admitir que estávamos errados? Se encontrarmos
dificuldades, fazemos um esforço para resolvê-las. Quando estas coisas ficam pendentes, elas
têm sua maneira de envenenar o espirito.
Este passo pode ser uma defesa contra a velha insanidade. Podemos nos perguntar se
estamos sendo arrastado para os velhos padrões de raiva, ressentimento ou medo.
Sentimonos encurralados? Estamos arranjando problemas? Estamos muitos famintos,
raivosos, solitários ou cansados? Estamos levando muito a sério? Estamos julgando nosso
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
interior pela aparência exterior dos outros? Estamos sofrendo de algum problema físico? As
respostas a estas perguntas podem nos ajudar a lidar com as dificuldades do momento. Não
precisamos mais viver com a sensação de mal estar. Muitas das nossas principais
preocupações e dificuldades maiores vêm da nossa inexperiência de viver sem drogas. Muitas
vezes, quando perguntamos a alguém com mais tempo de programa o que devemos fazer,
ficamos surpresos com a simplicidade da resposta.
O Décimo Passo pode ser uma válvula de escape. Trabalhamos este passo enquanto os
altos e baixos do dia ainda estão frescos na nossa mente. Listamos o que fizemos e tentamos
não racionalizar as nossas ações. Isto pode ser feito por escrito no fim do dia. A primeira coisa
que fazemos é parar! Depois nós nos damos um tempo e nos permitimos o privilégio de
pensar. Examinamos as nossas ações, reações e motivos. Muitas vezes, descobrimos que
estamos nos saindo melhor do que temos sentido. Isto nos permite examinar nossas ações e
reconhecer o erro, antes que as coisas piorem. Precisamos evitar racionalizações. Prontamente
admitimos nossos erros, não os justificamos.
Precisamos deste passo, mesmo quando nos sentimos bem e quando as coisas estão
dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova para nós, e precisamos nutri-los. Em
momentos de confusão, podemos tentar as coisas que funcionaram nos momentos bons.
Temos o direito de nos sentirmos bem. Temos uma escolha. Os bons momentos também
podem ser uma armadilha; corremos o perigo de esquecer que a nossa primeira prioridade é
nos mantermos limpos. Para nós, a recuperação é mais do que apenas prazer.
Precisamos lembrar que todos cometem erros. Nunca seremos perfeitos, Mas nós
podemos nos aceitar, usando o Passo Dez. Continuando inventário pessoal, somos libertados,
aqui e agora, de nós mesmos e do passado. Não justificamos mais a nossa existência. Este
passo nos permite sermos nós mesmos.
PASSO ONZE
“Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus,
da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade
em relação a nós e o poder de realizar esta vontade.”
Os primeiros dez passos prepararam o terreno para melhorarmos o nosso contato consciente
com o Deus da nossa compreensão. Eles nos dão a base para alcançarmos as nossas metas
positivas que, há muito, buscamos. Entrando nessa fase do nosso programa espiritual, através
da prática dos dez passos anteriores, a maioria de nós acolhe de bom grado o exercício da
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prece e da meditação. Nosso estado espiritual é o alicerce de uma recuperação bem sucedida,
que oferece crescimento ilimitado.
Quando viemos para o programa pela primeira vez, recebemos a ajuda de um Poder
maior do que nós. Isto se deu com a nossa rendição ao programa. O objetivo do Décimo
Primeiro Passo é aumentar a nossa consciência desse Poder e melhorar a nossa capacidade de
usá-la como fonte de forças nas nossas novas vidas.
Quanto mais aprimoramos o nosso contato consciente com nosso Deus, através de
prece e meditação, mais fácil fica dizer: “Seja feita a Sua vontade, não a minha.” Podemos
pedir ajuda de Deus quando precisamos, e nossas vida melhoram. Nem sempre as experiências
dos outros com meditação e crenças religiosas individuais são adequadas para nós. O nosso
programa não é religioso, é espiritual. Quando chegamos ao Décimo Primeiro Passo, já
identificamos e lidamos com os defeitos de caráter, que nos causavam problemas no passados,
através do trabalho dos dez passos anteriores. A imagem do tipo de pessoas que gostaríamos
de ser é apenas um vislumbre da vontade de Deus para nós. Frequentemente, a nossa
perspectiva é tão limitada que só conseguimos ver nossas vontades e necessidades imediatas.
É fácil recairmos nas nossas velhas maneiras. Temos que aprender a manter as nossas
vidas numa sólida base espiritual, para assegurarmos a continuidade do nosso crescimento e
da nossa recuperação. Deus não vai nos impor a Sua bondade, mas poderemos recebê-la, se
pedirmos. Geralmente, sentimos uma diferença na hora, mas, só mais tarde, notamos a
diferença em nossas vidas. Quando, finalmente, tiramos nossos motivos egoísta do caminho,
começamos a descobrir uma paz que nunca imaginamos ser possível. A moralidade forçada
não tem o poder que vem a nós quando escolhemos uma vida espiritual. A maioria de nós
reza, quando está com dor. Aprendemos que, se rezarmos com regularidade, não sentiremos
dor com tanta frequência ou com tanta intensidade.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Para alguns, oração é pedir a ajuda de Deus; meditação é escutar a resposta de Deus.
Aprendemos a ser cuidadosos ao rezar por coisas específicas. Rezamos para que Deus nos
mostre Sua vontade, e para que nos ajude a realiza-la. Em alguns casos, a Sua vontade é tão
óbvia que temos pouca dificuldade em vê-la. Em outros, estamos tão egocêntricos que só
aceitaremos a vontade de Deus, após muita luta e rendição. Se rogarmos a Deus que remova
quaisquer influencia que nos distraiam, a qualidade das nossas preces geralmente melhora e
sentimos a diferença. A prece exige prática, e devemos nos lembrar que as pessoas habilidosas
não nascem com sua habilidade. Foi preciso muito esforço da parte delas para desenvolvê-las.
Através da prece, buscamos o contato consciente com o nosso Deus. Na meditação,
alcançamos este contato, e Décimo Primeiro Passo nos ajuda a mantê-lo.
Diz-se que, para a meditação ter algum valor, os resultados deverão ser sentidos nas
nossas vidas cotidianas. Este fato está implícito no Décimo Primeiro Passo: “... Sua vontade em
relação a nós e o poder de realizar essa vontade.” Para aqueles de nós que não rezam, a
meditação é a única maneira de trabalhar este passo.
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Rezamos porque nos traz paz e desenvolve nossa confiança e coragem. Ajuda-nos a
viver uma vida livre do medo e da desconfiança. Quando removemos os nossos motivos
egoísta, e rogamos por orientação, descobrimos sentimentos de paz e serenidade. Começamos
a vivenciar uma consciência e uma empatia com as outras pessoas, o que não era possível
antes de trabalharmos este passo.
Quando chegamos pela primeira vez ao programa, costumamos pedir muitas coisas que
parecem ser vontades e necessidades
Começamos a sentir vontade de deixar que os outros sejam quem são sem
precisarmos julgá-los. Perdemos a urgência de controlar as coisas. No principio, não podíamos
compreender a aceitação; hoje, podemos.
Sabemos que Deus nos deu tudo aquilo que precisamos para o nosso bem estar
espiritual, independente do que o dia nos trouxe. É certo admitimos a nossa impotência, pois
Deus é suficiente poderoso para nos ajudar a nos mantermos limpos e a desfrutarmos o
progresso espiritual. Deus está nos ajudando a arrumar a casa.
Somos gratos a este passo, pois começamos a ter o que é melhor para nós. Às vezes,
rezámos de acordo com as nossas vontades, e éramos encurralados por elas. Podíamos rezar e
conseguir uma coisa, e depois ter que rezar pela sua remoção, porque não éramos capazes de
lidar com ela.
Esperamos que, tendo aprendido o poder da oração e a responsabilidade que ela traz
consigo, possamos usar o Décimo Primeiro Passo como uma diretriz do nosso programa diário.
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PASSO DOZE
“Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos
levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas
atividades.”
Viemos para o programa devido aos destroços do nosso passado. A última coisa que
esperávamos era um despertar do espírito. Queríamos apenas que a dor parasse.
Aqueles de nós, que trabalham estes passos o melhor que puderam, receberam
muitos benefícios. Acreditamos que os benefícios são resultado direto de viver este programa.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
A esta altura, a maioria de nós percebe que a única maneira de mantermos o que nos
foi dado é partilhar esta nova dádiva da vida com o adicto que ainda sofre. Este é o melhor
seguro contra uma recaída na tortuosa existência do uso. Chamamos a isso levar a mensagem,
e nós a fazemos de diversas maneiras.
Quando partilhamos com alguém novo, podemos pedir para sermos usados como
instrumento espiritual do nosso Poder Superior. Não nos colocamos como deuses. Quando
partilhamos com uma pessoa nova, muitas vezes, pedimos a ajuda de outro adicto em
recuperação. É um privilégio responder a um apelo por ajuda. Nós, que já estivemos no abismo
do desespero, sentimo-nos afortunado por ajudar os outros a encontrarem a recuperação.
Ajudamos os novos a aprender os princípios de Narcóticos Anônimos. Tentamos fazer com que
eles se sintam bem vindos e nós os ajudamos a aprender o que o programa tem a oferecer.
Partilhamos nossa experiência, força e esperança. Quando possível, acompanhamos os recém-
chegados a uma reunião.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
A primeira maneira levarmos a mensagem fala por si própria. As pessoas nos vêem na
rua e lembra-se de nós errantes, solitários e assustados. Reparam que o medo está deixando
nossas faces. Elas nos vêem reviver gradualmente.
Uma vez encontrado o caminho do programa, o tédio e a complacência não têm lugar
na nossa vida. Mantendo-nos limpos, começamos a praticar princípios espirituais como
esperança, rendição, aceitação, honestidade, mente aberta, boa vontade, fé, tolerância,
paciência, humildade, amor incondicional, partilha e interesse. À medida que nossa
recuperação progride, os princípios espirituais tocam todas as áreas das nossas vidas, porque
simplesmente tentamos viver este programa aqui e agora.
Sim, somos uma visão de esperança. Somos exemplos de que o programa funciona. A
felicidade que temos em viver limpos é uma atração para o adicto que ainda sofre.
Nós nos recuperamos para uma vida limpa e feliz. Bem-vindo ao programa. Os passos
não terminam aqui. Os passos são um novo começo!
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Metabolismo do álcool
Da ingestão até ser eliminado, o álcool passa por diversas fases de metabolização dentro do
nosso organismo.
O etanol é uma molécula pequena, com absorção relativamente lenta pelo estômago e
absorção mais rápida pelo intestino. Por ser solúvel em água, ele acessa rapidamente a
corrente sanguínea – de onde é livremente distribuído para a maioria dos órgãos e sistemas.
Ainda, é importante ressaltar que outros fatores influenciam o metabolismo do álcool, tais
como: idade, estrutura física (altura, massa corporal), vulnerabilidade genética, estado de
saúde, padrão de consumo e contextos relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas (se bebe
durante as refeições, por exemplo).
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
As diferenças no metabolismo do álcool podem colocar algumas pessoas em maior risco para
desenvolver problemas relacionados ao álcool.
Além disso, vale ressaltar que o organismo feminino também apresenta menores níveis das
enzimas responsáveis pela metabolização do álcool e, por isso, este permanece em seus
corpos por mais tempo. Assim, as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool do que os
homens principalmente devido a aspectos fisiológicos. Por exemplo, o álcool mistura-se
facilmente com a água do corpo, e como as mulheres possuem proporcionalmente menos
água que os homens, o etanol se torna muito mais concentrado em seu organismo, o que
agrava seus efeitos.
Limiar de tolerância
A substância age difere de uma pessoa para outra. Segundo afirmação detectada em muitos
anos de experiência e estudo sobre a dependência Química “A substância é sempre subjetiva e
cada
Isto significa que cada indivíduo reage de uma maneira diferente a um estímulo do efeito
causado e esta percepção além de fatores fisiológicos e bioquímicos é influenciada pelo estado
de ânimo, personalidade, cultura, circunstâncias e experiências distintas de cada um, sendo
assim o efeito da substância é interpretada por aspectos somáticos ou físicos, psicológicos,
sociais e culturais. Tudo isto influência no limiar de tolerância do sujeito. O limiar de tolerância
é o momento em que o estímulo da substância passa a ser percebido como não satisfatório
tendo que aumentar a dosagem e a frequência do uso
Quando isto ocorre dizemos que o limiar de tolerância foi atingido. Ele varia de indivíduo para
indivíduo, sendo que a pressão mental exercida sobre o cérebro por exemplo vai ser percebido
como pouco a dose tomada em tempo e maneira diferente para cada pessoa.
Quando a substância atinge uma intensidade que não é mais satisfatória por esta pessoa
dizemos que ela atingiu o limiar de tolerância, que é a pior fase do uso, pois acaba que
desenvolve um ritmo de uso inconsequente, a causa da dependência e justamente envolvida
com a quantidade de substância usada, seja ela qual for (Lícitas ou Ilícitas).
Um coisa e certa e possível estacionar o uso em qualquer estágio, mas quando se atinge uma
frequência de uso constante cada organismo vai reagir de uma forma a abstinência.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Por isso muitos drogadictos enfrentam uma barreira gigantesca no contexto da recuperação e
nos profissionais da área temos que desenvolver um plano de tratamento de forma individual
para atingir maiores resultados
Como se trata de todo o contexto clínico do paciente, ela pode ser feita por diversos
profissionais de saúde concomitantemente e, assim, podem se complementar. Todos os
profissionais que fazem a anamnese devem levantar hipóteses para o desenvolvimento
daquele sintoma.
Quer saber como fazer a anamnese corretamente? Vamos te contar nos próximos tópicos.
O que é Anamnese?
Partindo do conceito que anamnese se trata de uma lembrança, o processo consiste em um
registro de dados obtidos numa conversa inicial com o paciente. Esses dados são referentes à
vida do sujeito e devem ter a maior quantidade de detalhes possível.
Essa etapa é extremamente importante para o tratamento do paciente, uma vez que orienta
os profissionais de saúde acerca de qual a ordem de execução de exames, bem como a
identificação de quais outras intervenções deverão ser feitas no tratamento.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Essas técnicas são, em grande parte dos casos, complementares, se sobrepondo durante a
consulta inicial com o paciente. Dessa forma, é possível chegar ao diagnóstico correto do
sujeito, especialmente quando falamos da psiquiatria, a qual tem alguns desafios clínicos.
1ª Etapa — Identificação
Essa é uma etapa relativamente demorada, pois é o momento em que será coletada a maior
quantidade possível de informações do paciente acerca de seu quadro clínico. Logo, devem ser
considerados alguns itens. Os principais são:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Além disso, procura-se identificar alguma satisfação com tratamentos realizados no passado.
Existem alguns pacientes que poderão comparecer à consulta apenas por rotina e essa
observação também precisa ser anotada.
Sempre que possível, dê preferência por usar as próprias palavras do paciente em sua ficha,
desde que seja claro e, pelo menos, ligeiramente objetivo.
É comum, ao decorrer dessa etapa, a realização de três perguntas centrais: “Quando isso
começou? Onde começou? Como começou?”. No caso de pacientes com queixas psicológicas,
por exemplo, é importante saber se iniciou gradual ou subitamente, além de entender se ele já
passou por aquilo em outro momento e se foi tratado corretamente.
6ª etapa — Hábitos
O hábito do paciente impacta diretamente na imunidade dele. Devido a isso, é preciso listar
quais são os principais hábitos que fazem parte da vida dele atualmente e os que já teve ao
longo dos anos.
É um momento que demanda bastante paciência, pois é necessária uma análise bem
minuciosa acerca de cada tipo de hábito, a fim de investigar o tipo, tempo de uso, quantidade,
variações ou interrupções dele.
Ao contrário do que o senso comum pode propagar sobre o que é anamnese, ela é bastante
estruturada e essencial para o tratamento do paciente. É um encontro que pode durar mais do
que alguns minutos, mas que fica mais dinâmico com o tempo. Logo, o foco nos detalhes é o
principal ponto para garantir que a anamnese foi feita de forma correta.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Por outro lado, também ainda não é claro o efeito dessas substâncias na apresentação dos
sintomas em pacientes com transtornos mentais graves, não sendo possível estabelecer a real
influência das drogas psicoativas sobre a psicopatologia: alucinações experimentadas por
dependentes de álcool podem não diferir significativamente das alucinações experimentadas
por pacientes esquizofrênicos. Aspectos envolvendo gênero, etnia e status socioeconômico
também não devem ser esquecidos. Muitos autores concordam que tais fatores podem levar
“a pistas” de situações ambientais traumáticas ou dificuldades variadas que influenciam o
desenvolvimento e/ou o agravamento, tanto das questões relacionadas ao abuso de
substâncias psicoativas quanto à comorbidade psiquiátrica. Em razão do elevado índice de
comorbidade com AOS entre mulheres, que apresentam diagnóstico psiquiátrico, em relação
aos homens, uma atenção especial deve ser dada para o acesso ao uso de álcool ou outras
substâncias (AOS) para o sexo feminino.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
O correto diagnóstico por meio das entrevistas iniciais ou da observação da evolução clínica
pode facilitar a abordagem terapêutica e as estratégias de prevenção de recaída.
O que investigar
1. História dos sintomas psiquiátricos
2. Tratamentos passados (hospitalizações, terapias, medicações);
3. Ideações suicidas ou atos de violência;
4. História do uso de álcool e outras drogas (tabaco);
5. Avaliação com a família.
TRATAMENTO
Tratamento integrado e organização de serviço: vários sintomas atribuídos a uma
comorbidade são muitas vezes sintomas associados ao período de intoxicação ou de
abstinência a uma ou mais substância psicoativa.
Osher & Kofoed (1989) propuseram abordagem integrada para pacientes comórbidos, que
incluem os seguintes fatores:
Outros autores também sugerem que o tratamento integrado de pacientes com comorbidade
psiquiátrica tem um melhor resultado do que o tratamento sequencial ou o paralelo, com uma
abordagem abrangente, incluindo maneiras para “lidar” com a crise aguda, por equipe
multidisciplinar e por terapeuta individual, aguardando a desintoxicação com abstinência por,
no mínimo, duas semanas. A pior evolução dos pacientes dependentes de drogas que
apresentam comorbidade psiquiátrica pode ser atribuída, em grande parte, à abordagem
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Pacientes com dependência química necessitam de maiores esforços, por parte do terapeuta,
para estabelecer uma aliança capaz de promover mudanças em seu comportamento e
aumentar as possibilidades de aderência à terapia proposta. As psicoterapias têm se mostrado
atualmente consistentes, quando avaliadas em pesquisas clínicas para o uso AOS e transtornos
de ansiedade e do humor, tanto depressivo quanto bipolar, além de fortalecer a aliança
terapêutica nos portadores de demais transtornos.
Esta aliança tem importância especial para os portadores de transtorno de personalidade, que
apresentam dificuldades para mudanças de estágio, redução da adesão e altas taxas de
abandono de tratamento.
Vários tipos de intervenção são propostas, entre elas tem sido dada preferência à terapia
cognitiva comportamental (TCC) e outras modalidades relacionadas, na forma de prevenção de
recaída, tanto individual como em grupo.
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TERAPIA HOLÍSTICA
Desde que o conceito de saúde foi ampliado, deixando de ser apenas sinônimo da ausência de
doenças, e passando a abranger a totalidade e integralidade do ser humano, ocorreram
diversas transformações na compreensão do cuidado e da assistência. Entramos, então, em
uma era de promoção e proteção à saúde, e também de valorização das estratégias e
ferramentas de prevenção. A saúde passou a ser vista e vivenciada com muito mais nitidez,
estando entrelaçada às diversas dimensões humanas, se relacionando diretamente ao bem-
estar físico, mental e social.
CUIDADO INTEGRAL
Os serviços de saúde e os planos terapêuticos também passaram por uma revolução. O
paciente já não poderia ser mais visto como uma parte, nem ser fragmentado dentro das
diversas áreas de assistência, mas carecendo de um cuidado integral. Assim, ocorreu a
interconexão das áreas de saber da saúde e as equipes interdisciplinares passaram a ganhar
força e raízes em todos os níveis de atenção. O cuidado passou a ser integral e continuado.
DESPALDO CIENTÍFICO
Foi dentro desse mesmo contexto de transformação que técnicas e estratégias de saúde tidas
como alternativas foram ganhando respaldo científico e espaço nos serviços de saúde.
Passaram de terapias alternativas para complementares e hoje são reunidas dentro da Terapia
Holística, já sendo reconhecidas pelo Ministério de Saúde e incorporadas aos tratamento de
diversas doenças e condições clínicas, inclusive a dependência química e alcoólica.
TERAPIA HOLÍSTICA
A Terapia Holística é um conjunto de terapias que visam a promoção a saúde, a prevenção de
doenças e agravos, alívio de sintomas e cura, através do cuidado integral do ser humano. Seus
componentes, em sua maioria, têm berço na medicina oriental e trazem consigo uma mistura
entre o conhecimento prático e científico. Baseiam-se principalmente em métodos de
relaxamento, alívio de pontos gatilhos, manipulação de energias e mudanças nos hábitos de
vida. E quando unidos aos tratamentos tradicionais, mostram fortes benefícios e vantagens
para o paciente.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Após o entendimento do que é terapia holística temos agora que pensar na aplicação em
dependência química, tendo a finalidade de promover recursos e ferramentas pra oferecer
uma proposta de tratamento com resultados aos nossos pacientes.
Não podemos nos limitar a modelos de tratamento, pois existe uma gama de propostas que
podemos utilizar e assim oferecer tratamento digno e humanizado, levando em consideração a
individualmente de cada um.
Saber reconhecer qual método utilizar pra cada pacientes e parte da responsabilidade de um
bom Terapeuta holístico e isso acontece logo no acolhimento e anamnese.
A principal função do terapeuta e ensinar o paciente a ser o seu próprio terapeuta, pois
somente ele poderá expor os reais fatos que o condizem ao uso de substâncias Lícitas e ilícitas.
DEPENDENCIA E ABUSO
Experimentam a substância pela primeira vez, mas não são afetados pelo uso,
podendo simplesmente abandonar o consumo.
Abuso: É o uso nocivo de uma substância consequente de algum tipo de problema.
Neste caso, o uso das substâncias é mais recorrente, podendo desencadear na
dependência.
Dependência Ocorre quando não existe mais um controle sobre o uso, causando
problemas reais à saúde. O consumo se torna uma compulsão, já que o indivíduo
passa a direcionar toda a sua vida ao consumo das drogas ou do álcool. As
substâncias se tornam indispensáveis ao funcionamento psicológico do indivíduo.
Portanto, a dependência provém não do desejo de consumir substâncias, mas da
incapacidade de não consumi-las.
No sistema nervoso central são transmitidos os sinais e sintomas como as sensações de prazer
ou desconforto que se configuram como resposta aos estímulos. Logo, a desconfiguração do
sistema cerebral tende a colocar em risco a sobrevivência do dependente. As substâncias
psicoativas provocam drásticas alterações no sistema sensorial. O álcool, por exemplo, tende a
tornar o indivíduo depressivo, a cocaína provoca um nível extremo de prazer, a maconha
proporciona uma sensação de prazer mais duradoura e etc…
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Ao serem ingeridos, o álcool e as drogas cada vez mais esgotam a capacidade do dependente
em produzir dopaminas, substâncias responsáveis por causar as sensações de prazer. Por isso,
o usuário passa a recorrer a doses cada vez maiores destas substâncias com mais frequência.
Abuso
Pode ter um grave impacto sobre o seu funcionamento, bem como a sua saúde física. O abuso
de substâncias ou uso indevido é formalmente definido como o uso continuado de qualquer
substância que altera a mente, que afeta negativamente a saúde física e mental da pessoa,
situação social e responsabilidades.
O USO DE SUBSTÂNCIAS
Primeiro, o uso de qualquer uma dessas substâncias pode desenvolver doenças físicas e/ ou
psicológicas em seus usuários. Em seguida, pode-se desenvolver a tolerância, o que significa
que o organismo pode facilmente se adaptar ao uso dessas substâncias exigindo doses cada
vez maiores para se satisfazer. Dependendo da especificidade de cada substância e também de
aspectos físicos e psicológicos de cada pessoa, essa exigência da dosagem ocorre de maneira
lenta ou rápida.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Quem usa diariamente uma substância psicoativa é dependente químico? Não
necessariamente, pois há critérios diagnósticos aplicados somente por um profissional
habilitado para identificar a presença ou não da dependência química. E quando se instala a
dependência química? É comum que um indivíduo que passou pelas fases anteriores,
desenvolva essa síndrome por uma ou mais substâncias. Primeiro, investigamos se uma pessoa
precisa utilizar ao menos uma droga (lícita ou ilícita) por pelo menos um ano. Outro aspecto
importante estudado é se, ao longo do tempo, ela aumentou, mesmo que vagarosamente, o
consumo da substância. E, consequentemente, avaliamos se a pessoa dispende
gradativamente mais tempo em prol do uso e se, por conseguinte, vai gradativamente
abandonando ou realizando tarefas com menos empenho do que antes, especialmente,
atividades prazerosas, como frequentar uma academia.
É sutil, intermitente, mas constante, o que deriva numa grande dependência emocional por
parte de quem o sofre, por causa da destruição lenta, mas segura, da autoestima da vítima. E
esse é o seu maior poder de agressão, a progressiva anulação da pessoa maltratada, que chega
a duvidar inclusive do seu próprio valor como ser humano. A desvalorização e a culpa são os
protagonistas emocionais de um fino trabalho de distorção da realidade em que a pessoa
passa a crer que merece isso, e que esse é o preço de não ficar limpo e não assumir o estigma
de fracasso
Não há um perfil específico de pessoa mais vulnerável aos maus-tratos, pois ele se dá em
todas as culturas e contextos socioeconômicos. O que há é um perfil de pessoa maltratada
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
DEPENDENCIA QUÍMICA
Sintomas da pessoa com dependência química
Forte desejo ou compulsão pela substância (fissura ou craving);
Dificuldade em controlar o uso em termos de início, término e quantidade;
Presença da síndrome de abstinência;
Maior tolerância à determinada substância;
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
1. Tolerância: a redução da magnitude dos efeitos leva ao uso de doses cada vez maiores
para atingir o efeito desejado;
2. Senso de compulsão: forte desejo de consumir a droga;
3. Abstinência: após a interrupção ou diminuição do uso, surgindo sintomas de
desconforto como tremores, ansiedade, irritabilidade e insônia, levando ao uso da
mesma substância (ou outra relacionada) para promover o alívio ou evitar tais
sintomas;
4. Desejo de reduzir ou controlar o consumo, porém, sem sucesso;
5. Abandono de atividades prazerosas alternativas: maior parte do tempo gasto em prol
do uso da substância;
6. Persistência ao uso: mesmo com o surgimento de manifestações nocivas e patológicas,
como danos em órgãos e estados depressivos, resultantes do consumo crônico e
excessivo, ainda se mantém o consumo.
Esta doença merece toda a atenção, por desprender o indivíduo da sociedade, podendo
ocasionar o óbito. Por acometer toda a família, que adoece emocionalmente junto ao
indivíduo, esta também deve receber orientações e apoio.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Doenças psicológicas, falta de estrutura e afeto familiar além de uma sociedade cada dia mais
estressada, são os principais fatores que levam as pessoas a buscarem prazer por meio de
produtos alucinógenos. A precocidade com que ocorre o primeiro contato com as drogas é o
que mais preocupa.
O Código de Ética dos terapeuta não proíbe claramente que sejam atendidos familiares ou
amigos, a decisão sobre atender ou não vai de acordo com o bom senso do profissional.
E é claro que ao psicólogo não fica vedado o direito de dar sua opinião profissional acerca de
conflitos e questões familiares ou de amigos. Aqui entra novamente o bom senso, pois não se
pode fornecer um “diagnóstico” fora do setting terapêutico, ou seja, ausente do ambiente de
atendimento e sem analisar todo um histórico e demais fatores que interferem em
determinada questão (o que não se pode fazer em alguns minutos apenas, no churrasco de
domingo). O terapeuta pode contribuir e auxiliar nestas questões específicas até o momento
que lhe couber, com base nos princípios éticos que regem a profissão, visando sempre o
cuidado e o bem estar do outro
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Karla jabur
Auto perdão
Como podemos praticar o auto perdão?
Ninguém tem o poder de controlar os próprios sentimentos. “O coração tem razões que a
própria razão desconhece”, ensinava o filósofo Blaise Pascal. Cada um precisa fazer sua parte,
aquilo que está a seu alcance.
Fazer nossa parte significa exercitar o perdão, declará-lo abertamente e decidir não falar mal
de quem nos machucou, mas não há como deixar de sentir algo de negativo. Ninguém
consegue exercer domínio total sobre seus sentimentos. O que sentimos ou não sentimos não
é fruto de decisões nem da vontade. As emoções estão fora do nosso controle. Nosso único
poder, nessa área, é determinar o que vamos fazer ou não com nossos sentimentos e com
nossas emoções. Sou capaz de me decidir por não dar um soco no rosto de alguém que me
ofendeu, mas não tenho o poder de resolver não sentir o desejo de dar o soco.
Nenhum de nós tem a capacidade de decidir sentir isso ou aquilo a partir de determinado
momento. O sentimento não obedece à razão. Como mudar um sentimento em relação a uma
pessoa? Sem o exercício do perdão e a força da graça de Deus é absolutamente impossível.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Significado de autoperdão:
Perdoar a si mesmo; se libertar da culpa, mágoa ou ressentimento.
Karla Jabur
O reflexo aprendido
A descoberta do reflexo aprendido foi realizada pelo fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov e,
por esse motivo também é conhecido como Condicionamento Pavloviano.
Sabemos que o reflexo inato corresponde ás respostas emitidas pelo organismo sem
necessidade de aprendizado. Sendo assim, o Reflexo aprendido refere aquelas ações que por
mais que sejam reflexas, necessitaram de aprendizado para serem emitidas, mesmo que no
começo fossem apenas estímulos neutros.
Experimento:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
3. o estimulo neutro foi apresentado para detectar respostas reflexas e comprovado que
se tratava de um estimulo neutro.
4. Posteriormente a sineta foi apresentada junto com a carne, ou seja emparelhamento
de estímulos, ocorrendo assim a emissão de resposta salivação, após cerca de 60
emparelhamentos , apenas a apresentação da sineta eliciava salivação.
Dentro da Clínica
TERMO DE RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO
Assim, mediante este instrumento, declaro que tenho ciência de quais são as minhas
responsabilidades para com o paciente
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
, de de .
ASSINATURA
O INTERNO do CENTRO TERAPÊUTICO UNIÃO será tratado como PACIENTE em todo (s) os
documentos.
Diagnóstico De Entrada: feito logo que o paciente chega no centro, onde se detecta a
possibilidade de complicações clínicas e psíquicas que possam interferir na evolução
do paciente, através da equipe médica. Para isto são feitos exames laboratoriais e
outras avaliações especializadas;
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
DO TRATAMENTO:
O Tratamento ocorre mediante a voluntariedade, pois todo usuário é um cidadão
resguardado pela lei de Direitos Do Cidadão Segundo a Constituição Federal como tal,
será respeitada sua autonomia para decisão em relação ao mesmo – salvo em caso de
intervenção familiar;
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Os contratos firmados via convênio, deverão respeitar o tempo proposto pelo Centro
Terapêutico, sendo que a primeira etapa será em sistema de internação, respeitando
dias limites de afastamento proposto pela empresa. O restante deverá ser cumprido
em sistema ambulatorial.
O período de tratamento proposto nos itens acima, deverá ser revisto e estendido
conforme avaliação da equipe multidisciplinar e dependendo da necessidade do
paciente – sempre mediante prévia autorização da família;
Haverá períodos de Reinserção Social, onde o paciente visitará sua família. Esta saída
acontecerá de acordo com a autorização da equipe, não havendo necessariamente um
período padrão. Cada caso será tratado individualmente, estando dentro do
andamento do processo esperado de recuperação e segundo avaliação da equipe
terapêutica. E acompanhado por um Terapeuta quando necessário ou solicitado pela
família.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
contratos negativos.
Respeitar os horários preestabelecidos pela equipe para uso da sala de TV, jogos e
academia;
Não é autorizado o porte de qualquer objeto cortante ou pontiagudo que possa -se ou
a integridade física dos outros pacientes;
O paciente não terá acesso às medicações, uma vez que são administrados pelos
técnicos de enfermagem ou pelos responsáveis pela área;
O paciente deverá zelar por todo patrimônio do centro Quaisquer danos causados
pelo paciente serão de responsabilidade do contratante e deverão ser ressarcidos a
residência.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Tomar banho diariamente caso o paciente não tenha condições de fazê-lo sozinho,
receberá auxilio devido;
Manter cuidados básicos como lavar as mãos antes das refeições, bem como ao
utilizar o banheiro;
Fazer uso do bom senso quanto à utilização dos sanitários, ao consumo excessivo de
água e energia evitando banhos longos. Isso se faz necessário diante do cenário
mundial dos recursos naturais, e para com o companheiro de tratamento que pode vir
estar aguardando o mesmo para utilização.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
As roupas não deverão ser deixadas sobre as camas, mesmo que dobradas, devendo as
mesmas serem guardadas em seus lugares adequados;
Cada paciente tem o direito de ter os seus próprios alimentos desde que os
mantenham sempre em condições de higiene.
NORMAS DA LAVANDERIA:
Os pacientes deverão: Seguir escala de lavagem de roupas que é feita pelos
MONITORES, mantendo a lavanderia sempre em ordem, deixando os tanques, baldes e
demais itens limpos, secos e desinfetados após o uso, guardando todos os materiais
utilizados para a lavagem das roupas em seus devidos lugares;
Lavar no mesmo dia todas as roupas de molho, nunca as deixando para o próximo dia.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
• Não será permitida a saída dos pacientes das dependências da clínica, com
exceção de autorização expressa e requerimento da família por escrito;
• Não é permitido o envolvimento sexual com visitas (mesmo que esposa, marido ou
namorada (o) nas dependências da residência
• Os objetos pessoais como cigarros, alimentos destinados aos pacientes, devem ser
entregues diretamente na entrada da clínica ou coordenação. Nunca diretamente
aos pacientes;
• Durante a visita, se surgir alguma dúvida, procure algum profissional nosso para se
instruir;
• As visitas são reservadas para os familiares de primeira ordem, como mãe, pai,
filhos, irmãos, esposa e outros que realmente tenham participação efetiva na vida
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
do paciente. A visita de namoradas (os) do (a) paciente deverá ser autorizada pelo
contratante e responsável pelo paciente.
• Liberando que estamos passando por uma pandemia o que nos restringe a
quantidade de pessoas na visita e é obrigatório o uso de máscara.
TERMO DE COMPROMISSO:
Na transgressão e um ou mais itens deste regimento, poderá acarretar em desligamento,
reinício do tratamento e/ou outras sanções cabíveis, por exemplo: a remoção para outra
unidade com outro sistema de tratamento ou até mesmo a exclusão do paciente ao
tratamento. O paciente e suas famílias declaram estar cientes das normas acima, bem como
das consequências que poderão ser acarretadas pela infringência das mesmas
TIPOS DE ADICÇÃO
Esclarecendo a Dicotomia entre ´Adicção` x ´Dependência Química`
Existem muitas discussões sobre esta questão. A princípio, abordando de forma superficial,
poderia se dizer que a Classe Médica acredita em Dependência Química e a Filosofia acredita
em Adicção. Para esclarecer esta dicotomia, vamos oferecer aqui, um texto não técnico que
elucida estas questões, mais uma vez quebrando mitos e tabus.
Adicção, ou Adicto, é uma palavra, um termo oriundo do Latim Clássico adictos – escravo De
... ( Do Prazer )
Adjetivo…
Acredita-se, baseado nestas informações, que o doente da ADICÇÃO, já nasce com esta
predisposição. Fala-se muito que as Drogas (ou Álcool) são nada mais do que a cereja do bolo.
O Adicto é aquele indivíduo que, desde a infância, apresenta comportamentos adoecidos por
aspectos compulsivos e obsessivos. A inveja, o isolamento, o egocentrismo, características de
arrogância e prepotência, dificuldade em lidar com crenças, dificuldade em verdadeiramente
interagir com a transcendência e com o Divino. Hiperatividade exacerbada, Déficit de Atenção
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
(TDAH), independência social precoce também são características pueris que podem se
relacionar diretamente com comportamentos ditos adictivos.
Sob este prisma, fica uma questão, que nem a Medicina, nem a Psicologia, nem as Irmandades
Anônimas conseguem definir com exatidão. Ou seja, COMO o indivíduo (ainda criança ou
adolescente) desenvolve a ADICÇÃO. Supostamente existem três respostas bastante possíveis
e até evidentes. A primeira delas seria um fator genético desencadeado por relações
cromossômicas disfuncionais. A segunda delas, e mais simplista, é que seria um fator
hereditário. A terceira, mais profunda e carente de mais estudos analíticos, sugere que a
ADICÇÃO se desenvolve em meio as dificuldades do indivíduo com ele mesmo.
Até porque, por amostragem, uma farta maioria dos adictos são frutos de lares
desestruturados, não somente sob o ponto de vista econômico. Mas egressos de lares cujas
relações de afeto são comprometidas em algum ponto: pais separados, casos de violência
doméstica, superlotação residencial, abandono. Crê-se então, que a Adicção é uma patologia
(doença) adquirida no cérebro em formação e desenvolvida paralelamente à evolução e
crescimento do indivíduo, a pior de todas as consequências da adicção é a imaturidade
emocional.
Na verdade, este processo todo, não é fruto de pesquisa científica, mas de amostragens,
observação de campo, análise filosófica e experiência pessoal. Eu sou um Adicto e passei por
toda esta situação.
Este adulto fragilizado, vulnerável e inseguro não consegue tomar para si as rédeas da própria
vida. Fica refém sempre dos outros, de “colo”, de “chamego” e claro, de vícios.
Ao experimentar uma substância que lhe dê prazer e que lhe construa uma pseudorealidade
mais agradável e colorida, é fato que, em pouco tempo de uso, instala-se então a Dependência
Química. É um cérebro deficitário nas questões sociais e afetivas que recebe descargas
monstruosas de DOPAMINA e de NORADRENALINA, ficando assim APEGADO, INCLINADO,
DEDICADO e DEPENDENTE.
Esta é a minha visão da doença. Ainda em campo empírico e totalmente aberta a qualquer
tipo de discussão, retorno ou reavaliação. Mudança nos paradigmas.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Fica evidente então que ADICÇÃO nada tem a ver com Dependência Química. São coisas
distintas, que, no máximo, se fundem num determinado momento da vida. Não é mistério que
o adicto se torne dependente.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Birman (2000), afirma a existência de dois grupos distintos de indivíduos que se relacionam
com o consumo de drogas: o usuário de drogas e o toxicômano - ou adicto, nomenclatura que
preferimos adotar neste trabalho. O que torna tais indivíduos distintos, segundo o autor, é a
dimensão compulsiva do padrão de uso.
Os usuários de droga podem se valer da droga para seu deleite e em momentos de angústia,
mas a droga nunca se transforma na razão maior de suas existências. Os toxicômanos, porém,
são compelidos à sua ingestão por forças físicas e psíquicas poderosas. As drogas passam a
representar, para esse grupo, o valor soberano na regulação de sua existência.
É claro que as substâncias químicas presentes nos psicoativos provocam uma dependência no
organismo. Contudo, não é somente a dependência orgânica que está em questão nas
adicções. Freud (1930) ressaltava que o propósito do homem é a busca pela felicidade. Isso
significaria evitar o sofrimento e o desprazer, e obter intensos sentimentos de prazer. No
entanto, esse propósito regido pelo princípio de prazer é oprimido pela própria constituição do
sujeito neurótico, que o condena à restrição de sua satisfação pulsional por meio das
imposições da cultura.
Além disso, Freud aponta três fontes inequívocas de ameaça à felicidade plena:
O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo, condenado à
decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade
como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de
destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os
outros homens. (pp. 84, 85)
Essa última fonte de sofrimento humano é considerada pelo autor como a mais penosa. Como
medida de defesa mais imediata, o sujeito pode adotar o isolamento. Porém, se o sofrimento
persiste, o sujeito pode recorrer aos tóxicos, cuja função na economia psíquica consiste em
oferecer uma suspensão diante do mal-estar. Esse é um aspecto relevante em nossa
investigação, pois coloca a droga no lugar de mediador artificial do encontro com o Outro.
Como observa Vianna (2015), a drogadicção resguarda o sujeito de seu embaraço com o laço
social, como o próprio discurso do adicto aponta. Assim, pouco a pouco, o drogadicto rompe
com a sociedade, gerando um incômodo nela, como descrevemos na introdução. Como
resultado, assistimos à marginalização do adicto. No entanto, não é a própria cultura que
disponibiliza o recurso da droga ao sujeito?
O papel da cultura, segundo Freud (1930), é o de deter o controle sobre as massas com a
criação de regras sociais e normas morais, e sua subsequente internalização pelo sujeito. O
que determina a submissão às regras impostas pela cultura é o sentimento de culpa, o qual
impulsiona o sujeito a satisfazer as exigências do supereu. Por conseguinte, a subordinação à
cultura é um efeito da incidência da lei paterna.
O sentimento de culpa, que emerge como efeito das tensões entre o eu e o supereu, culmina
na necessidade de punição, que consiste em uma tentativa de reparar os confrontos com a
instância paterna. Nessa medida, o sacrifício da satisfação plena das pulsões, implicado na
submissão aos mandatos da cultura, visa silenciar a culpa. Logo, o indivíduo está condenado à
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
insatisfação das pulsões e a deixar-se governar pelas normas sociais, pois a culpa é sempre
maior do que o sacrifício. A severidade do supereu designa, portanto, o sentimento de culpa
perante a figura paterna, na medida em que os imperativos do supereu traduzem o modo
como se configura a relação do sujeito com a lei.
Em resumo, a cultura é responsável pela criação de normas, que regulam a satisfação pulsional
a partir de sua internalização pela incidência da lei paterna. E como efeito da interdição à
obtenção do prazer pleno, advém o mal-estar. Em contrapartida, a cultura oferece meios de
compensar a privação de prazer, por meio dos benefícios propiciados pelos avanços científicos
e tecnológicos.
Existem, todavia, outros recursos que circulam no social a fim de dar conta da insatisfação do
sujeito, embora não sejam legitimados. É o caso do consumo de drogas, que consiste em um
dos métodos mais eficazes para evitar o sofrimento, uma vez que possui a capacidade de
oferecer uma anestesiamento contra a dor.
Não creio que alguém compreenda inteiramente o seu mecanismo; é fato, porém, que existem
substâncias estranhas, as quais, quando presentes no sangue ou nos tecidos, provocam em
nós, diretamente, sensações prazerosas, alterando, também, tanto as condições que dirigem
nossa sensibilidade, que nos tornamos incapazes de receber impulsos desagradáveis. (p. 86)
A eficácia da droga se justifica por conferir uma barreira contra o conflito insolúvel entre a
exigência pulsional e a lei civilizatória. Assim, os tóxicos garantem uma sensação imediata de
prazer por libertarem o sujeito das normas da cultura, ainda que momentaneamente. É por
essa razão que Freud (1930, p. 86) os define como "amortecedores de preocupações", pois
propiciam um refúgio com a criação de uma nova realidade durante a experiência de êxtase.
Em função do alívio instantâneo que proporcionam, as drogas passam a ocupar um lugar
permanente na economia da libido.
Voltar-nos-emos, portanto, para uma questão menos ambiciosa, a que se refere àquilo que os
próprios homens, por seu comportamento, mostram ser o propósito e a intenção de suas
vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar
dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa
empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma meta negativa. Por um lado, visa a
uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro, à experiência de intensos sentimentos
de prazer. Em seu sentido mais restrito, a palavra
Nada como uma substância psicoativa para provocar intensos sentimentos de prazer, ainda
que fugazes.
A forma como se relacionam sujeito, cultura e droga é explicada por Freda (1987) já no título
de sua conferência ministrada em Belo Horizonte: "O toxicômano faz a droga". Se a questão
decorresse puramente da dependência orgânica, o tratamento para desintoxicação
solucionaria toda a problemática do uso abusivo de drogas. Isso significa que o sujeito
encontra na adicção um artifício que lhe confere uma forma de satisfação pulsional plena e
irrestrita. Na neurose, por exemplo, a droga confere ao sujeito a possibilidade de suspender-se
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
dos efeitos da castração. É por esse motivo que a droga desperta o fascínio naqueles que
temem a lei, o que faz do drogadicto um herói, nas palavras de Melman (1992). Esse fascínio é
suscitado pelo caráter transgressor da droga, que proporciona uma ilusão de ausência de
temor à castração, uma vez que é em busca da lei que o drogadicto dirige os seus atos.
Logo, a cultura cria o adicto e ao mesmo tempo o mantém à margem, pois ele representa um
perigo ao realizar a façanha de driblar a castração neurótica. Não obstante, as adicções se
revelam fracassadas em sua tarefa de propiciar um refúgio contra o mal-estar da cultura, pois
lançam o sujeito inevitavelmente ao vazio, sempre que os limites do corpo em relação à droga
se impõe. O encontro com a droga forja uma pretensa completude que se esvaece ao fim da
experiência de êxtase. Sua existência é regulada, portanto, entre o nada ser ou tudo ser com a
droga. A esse respeito, Melman (p. 85) escreve que "quando retorna ao dia, quando reemerge,
isto não se faz sem um certo drama, pois neste momento o mundo lhe parece particularmente
cinza e, ele mesmo, bastante insuportável".
Segundo Vianna (2015), a drogadicção designa um meio de atrair a atenção para o sofrimento
do sujeito, quando da impossibilidade de encontrar outros meios de ser escutado. Para
escapar da angústia, o toxicômano grita com a droga. O uso de drogas em si mesmo não deve
ser considerado um sintoma para a psicanálise, pois não há um endereçamento ao Outro nem
requer qualquer recurso simbólico. Na verdade, o que está em jogo na drogadicção está mais
na ordem de um apelo ao Outro para que um corte seja operado em sua relação destrutiva.
Para tanto, o sujeito grita com a droga. Impossibilitado de operar outro modo de resposta que
viabilize a elaboração de sua angústia, a droga se apresenta como um recurso que exprime um
apelo à função paterna em função de seu caráter transgressor. O sujeito sai em busca da lei
transgredindo-a.
Vimos com a literatura sobre o tema que as adicções consistem em uma tentativa de o sujeito
se anestesiar diante do mal-estar que advém da dificuldade de responder às demandas da
cultura, que exigem a sustentação de um lugar no social, na estrutura familiar, vida
profissional ou afetiva. Não é por acaso que muitos casos de dependência química começam
durante a adolescência e início da idade adulta, quando é exigido que o sujeito faça escolhas
significativas, como a escolha de uma carreira, e quando os relacionamentos afetivos e sexuais
começam a dominar o universo do adolescente.
As adicções na contemporaneidade
Uma vez delineadas as questões do sujeito e a droga, daremos um novo passo: o de
circunscrever as adicções no cenário atual. O mundo pós-moderno impõe um novo paradigma
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
social, o qual é marcante na relação estabelecida com a droga, como observa Vianna (2015, p.
105).
Enquanto na cultura descrita por Freud havia uma repressão social sobre a satisfação,
assistimos na contemporaneidade um imperativo de gozo. Na cultura de hoje, não há mais a
valorização da formação dos laços entre os homens, o que assinala para a falência do ideal
como regulador das relações. As adicções, neste contexto, tornam manifesta a exclusão do
outro na busca pela satisfação.
A partir dessa perspectiva, observa-se a presença do uso abusivo de drogas em dois contextos.
No primeiro, ele marca um compasso de medicalização da vida, alegórico ao consumo
crescente de psicofármacos, que auxilia justamente na sustentação de sua performatividade
nos padrões exigidos no teatro social. No segundo, ele funciona como um útil bem de
consumo, cujo efeito é "mitigar as desesperanças das individualidades, para apaziguar as
angústias e as tristezas daquelas no desamparo provocado pelo malestar na atualidade"
(Birman, 2000, p. 239).
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
permaneça submetida a esses terceiros. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o tratamento
é imposto como uma condição para o paciente. Por essa razão, faz-se necessário operar uma
virada na qual o sujeito deve implicar-se por si próprio.
Isso remete à problemática dos baixos índices de adesão ao tratamento. Como contribuição da
Psicanálise para a direção do tratamento nas adicções, podemos apontar como fator
fundamental a importância da construção da relação transferencial com o sujeito para que ele
possa se apresentar para além da droga e se reconectar com seus sentimentos e com a
sociedade. Desse modo, ainda que ele chegue por determinação externa (legal, familiar ou
médica), é importante que em algum momento o paciente se implique em causa própria.
Todavia, a construção de qualquer tipo de vínculo consiste em um grande desafio, uma vez
que o laço social nas adicções é notavelmente precário.
A fragilidade do laço social é sintomático nas adicções. A respeito de seu viés social, é
interessante observar que os grupos de mútua ajuda, como o Alcoólicos Anônimos e os
Narcóticos Anônimos, definem a adicção como uma doença progressiva, incurável e de
determinação fatal, que mata desmoralizando. Esse conceito tem grande peso e harmonizase
com o discurso popular de que a dependência química designa não apenas uma doença
orgânica incurável, mas ainda de caráter moral. Diferentemente dos bebedores sociais, que
tomam uma "cervejinha" após um longo dia de trabalho e alguns drinks em eventos
comemorativos, os toxicômanos abusam do consumo da substância e costumam causar
constrangimento a si próprios e aos outros. É por essa razão que esses últimos não circulam
impunemente pelo social. Ao contrário, são comumente alvos de críticas morais e
marginalizados pela sociedade.
Em relação à postura do analista diante desse quadro e apontando a direção para clínica nas
drogadicções, Birman (2000, p. 205) afirma:
Ao psicanalista não cabe participar de uma cruzada pela vida sob a alegação de estar
promovendo a higiene social, ou tampouco lhe compete ser o defensor das ideologias
familiares e da posição dos pais em conflitos geracionais. Enfim, o analista deve escutar esses
analisandos procurando decifrar as vias de seu prazer com a droga e suas impossibilidades
psíquicas face a outra economia do prazer.
Não basta retirar a droga do sujeito como uma proposta de cura. É preciso, ao contrário,
retirar o foco da dependência orgânica e privilegiar o seu discurso. Assim, o psicanalista
inaugura um espaço de escuta do sujeito - e não da droga - ao dar a palavra ao adicto.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
artífice farmacológico, porém em detrimento de sua própria vida. Assim, o artifício da droga
detém a função de prótese reparadora do embaraço do sujeito em sua relação com o desejo.
Logo, uma das direções para o trabalho com os adictos é suscitar um questionamento acerca
do papel ocupado pela droga: em que momento a necessidade da droga se impõe? Do que o
sujeito pretende se resguardar? Quais são as implicações da dependência química em sua
vida? A partir disso, é possível fazer emergir os conflitos que impedem o sujeito de se
desvencilhar do artifício da droga. Com isso, o rompimento com a droga requer um trabalho
de luto e elaboração. No entanto, as marcas subjetivas que o sujeito carrega na relação com a
droga que podem guiar a análise de um adicto são, ao mesmo tempo, as que conferem mais
resistência ao tratamento.
Realizar esse trabalho é um grande desafio, uma vez que as adicções conferem uma identidade
e um recurso eficaz para lidar com o sofrimento.
Contudo, oferecer um espaço de escuta para que o sujeito fale sobre sua relação com a droga
possibilita que ele expresse quando essa relação se mostra infiel. Afinal, a droga também
fracassa: seus efeitos são momentâneos e o corpo sempre vai impor seu limite. Desse modo, é
a partir de um espaço onde o sujeito seja capaz de produzir um saber sobre a sua relação com
a droga que torna possível a entrada do sujeito em tratamento.
Para entender como ocorre esse rompimento com o laço social, recorreremos a Freud (1921)
em seu estudo sobre a psicologia das massas. Instigado pela forte influência exercida pelas
massas, Freud (1921) desenvolve um estudo sobre a identificação a partir dos laços erigidos
entre os membros de um grupo. Os laços mútuos são nutridos pelo reconhecimento de ideais
compartilhados pelo grupo, os quais se encontram personificados na figura do líder. A
submissão ao grupo é a condição para que o sujeito seja acolhido pelos demais membros e
amado pelo líder. Ao ocupar o lugar da lei paterna, o líder opera a função de intermediador
das relações. Contudo, se por um lado o amor pelo líder garante os sentimentos de
pertencimento e onipotência atribuídos ao grupo, por outro despoja seus membros de
liberdade. Assim, o amor a si mesmo é mantido em suspenso no grupo, a fim de preservar os
laços entre os membros, porquanto a ligação amorosa oferece uma barreira contra a
hostilidade. Como escreve Freud (1921, p. 114), "só o amor atua como fator civilizador, no
sentido de ocasionar a modificação do egoísmo em altruísmo".
Logo, uma das principais características dos grupos consiste na substituição do ideal do eu pelo
ideal do grupo, corporificado na figura do líder. Sendo assim, Freud (1921) adverte que a
devoção a um ideal compartilhado pelo grupo permite ao sujeito manifestar o que há de mais
cruel, destrutivo e, como não poderia deixar de ser, velado em cada um.
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Um determinado ego percebeu uma analogia significante com outro sobre certo ponto, em
nosso exemplo sobre a receptividade a uma emoção semelhante. Uma identificação é logo
após construída sobre esse ponto e, sob a influência da situação patogênica, deslocada para o
sintoma que o primeiro ego produziu. A identificação por meio do sintoma tornou-se assim o
sinal de um ponto de coincidência entre os dois egos, sinal que tem de ser mantido reprimido
(Freud, 1921, p. 117)
Logo, a fragilidade dos laços sociais nas adicções aponta para uma precariedade da instância
ideal como reguladora das relações. Segundo Bittencourt (1993), tal precariedade decorre do
luto impossível da perda das identificações ideais, que se referem às identificações mais
arcaicas do sujeito e que dão origem ao ideal do eu. Dessa forma, podemos dizer que o
toxicômano se encontra à deriva, ou seja, sem um ponto de ancoragem no campo simbólico.
Por essa razão habita um hiato.
É notória na clínica a dificuldade dos toxicômanos em sustentar seus vínculos sociais. Estes
parecem estar sob constante ameaça de se diluírem. Ou então, ocorre o contrário. Há casos
em que ele investe de forma maciça no vínculo com uma pessoa, o que torna esse laço
ameaçador. O medo da perda dessa pessoa o atormenta a ponto de colocar a relação em
risco.
A fragilidade do laço social e o não engajamento ao desejo assinalam para o luto impossível
das identificações ideais. Um estado semelhante a esse é o da inibição, que, segundo Freud
(1926[1925]), não tem necessariamente uma implicação patológica. Fundamentalmente, nela
o eu limita suas atividades a fim de apaziguar os conflitos com o isso e o supereu, evitando
novas medidas de recalque. Todavia, nesse arranjo o perigo pulsional é mantido vivo, pois não
há uma substituição, como ocorre no sintoma. Desse modo, a inibição oferece uma defesa
contra a angústia, uma vez que propicia a fuga da insuportável questão sobre o que sustenta
seu desejo. Em contrapartida, a inibição condena o sujeito ao desaparecimento, pois o subtrai
da rede significante e leva ao fading do desejo. É nesse ponto que as adicções nos revelam,
assim como a inibição, uma resposta ao luto impossível das identificações ideais, porém com a
suspensão proporcionada pelo estado de êxtase. No entanto, essa suspensão admite apenas
um alívio momentâneo do perigo pulsional.
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Tipos de adicções
Jogos
Compras
Sexo
Celular (aparelhos eletrônicos)
Internet
Drogas Lícitas e Ilícitas
Emocionais
Alimentar
Acumulação
Dor / Neuroses
Atividades físicas
Assim como acontece com as fobias, basicamente se nomeia uma mania pegando a palavra em
latim ou grego e adicionando mania no final. Por exemplo: Andromania = Andro (homem em
grego) + mania.
Palavra Definição
ablutomania mania de lavar-se
aboulomania indecisão patológica
agromania intenso desejo de estar em espaços abertos
andromania obsessão por homens
anglomania mania ou obsessão com a Inglaterra e o Inglês
antomania obsessão com flores
afrodisiomania interesse sexual anormal
aritmomania preocupação obsessiva com números
bibliomania mania de livros ou leitura
bruxomania compulsão para ranger os dentes
cacodemomania crença patológica que está possuído por
um espírito maligno
catapedamania obsessão com saltar de lugares altos
chinamania obsessão com a china
coreomania Mania de dançar. Mesmo que
Coromania
clinomania desejo excessivo de ficar na cama (eu tenho)
copromania obsessão com fezes
dacnomania obsessão com a morte
demonomania crença patológica que se está possuído por demônios
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INTRODUÇÃO
geral, as responsáveis pelas ações de ponta, seja no âmbito privado, como mães e esposas
dadivosas, seja no público, como enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais. Neste texto, é
abordado o tema da dependência química quando são elas, e não eles, quem requerem
medidas de cuidado no contexto do considerado uso abusivo de álcool e outras drogas.
Melo, 2017).
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
O AA foi fundado nos Estados Unidos, em 1935, por dois bebedores de classe média,
protestantes e politicamente conservadores, unidos pela experiência no Oxford Group –
inicialmente conhecido como The First Century Christian Fellowship e, em seus anos finais,
como Moral Re-Armament (Robertson, 1988; Leon, 2003). Inspiradas por um afã
evangelizador de seus membros na “recuperação” de bebedores contumazes, as reuniões de
AA, regadas a café e tabaco, atendiam, até a década de 1950, apenas homens brancos, em
ambiente de mutualidade e por meio do exemplo e da educação. Durante a pesquisa, a
presença de mulheres na instituição mais que dobrou, o que não alterou a ampla maioria de
homens no local. Enquanto publicações apontam o uso intenso de álcool entre mulheres
como um dado invisibilizado (Roberston, 1988), outros dados indicam um aumento
significativo na quantidade de mulheres com uso problemático de álcool e ou outras drogas
no mundo ocidental (Galera, Roldán e O’Brien, 2005).
A entidade privada, que engloba salas de ajuda mútua e comunidade terapêutica (CT), é
dirigida atualmente por uma presidente e pelo corpo de diretores, todos voluntários, que
possuem vínculos afetivos com portadores da nomeada doença. A instituição é composta
pelos grupos de ajuda mútua Núcleo de Ajuda à Toxicômanos e Alcoolistas (NATA) e Núcleo
de Ajuda aos Familiares de Toxicômanos e Alcoolistas
(NAFTA), bem como pela CT. Nas duas salas do NATA – a “triagem”,2 frequentada por
“adictos na ativa”, e a “perseverança”, daqueles “em recuperação” –, cerca de
80% da frequência é masculina, sendo a primeira quase que exclusiva dos homens.
A frequência semanal na sala da família dos residentes é obrigatória para aqueles que
quiserem visitar o ente querido na CT.
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Considero o grupo de ajuda mútua, ou autoajuda, como categoria terapêutica que se organiza
de modo dinâmico, em torno de uma visão que identifica atos desviantes e se propõe a tratá-
los, tendo como fundamento a crença na capacidade individual de mudança. Esta crença é
engendrada por uma metafísica do cultivo do contato com um “poder superior”,5 ao alcance
do indivíduo em relação específica com seus pares, conforme preceituado em AA. Nesse
relacionamento, sentimentos e habilidades são, idealmente, adquiridos por meio da adesão a
uma prática ritualística central nos encontros dos membros, as denominadas partilhas.
Associo-as ao modelo de transmissão de fé cristã realizada pelo testemunho,6 em que o
sujeito se engaja e reproduz narrativas de construção da condição de doente, do percurso
necessário à recuperação e da nova condição.
A participação ativa no discurso partilhado é condição necessária, mas não suficiente, para o
alcance da “sobriedade” almejada. Durante a partilha, o membro constrói a memória de sua
trajetória no “tempo da ativa”, “tempo de insanidades”, revivendo-a em cores fortes, como
impulso para sua transformação pessoal. A prática ritualizada, em que se diz que o “remédio
entra pelo ouvido e a doença sai pela boca”, não faz, em sua concepção, distinção de gênero.
Ao longo da discussão, entretanto, argumento que, para o engajamento no jogo da partilha, é
necessário
o cultivo de uma certa disposição de expor situações vividas no tempo de “uso”. Tal
disposição carrega implicações relacionadas ao gênero que são condicionantes da eficácia do
método.
O termo adicção tem sido usado nas ciências sociais desde 2013 no sentido de levar a sério a
temática como objeto de conhecimento, intervenção, identificação e contenção no mundo
contemporâneo, ou seja, de compreender seus supostos e dialogar em um campo
interdisciplinar (Raikhel e Garriott, 2013).
A questão relativa à categoria “adicção”, no contexto em pauta, não se refere somente ao uso
de substâncias, mas a um uso relacionado a uma reputada conduta
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Na sala da perseverança
Andrea é solteira, separada do pai dos seus dois filhos, também adicto; é filha de mãe e pai
adictos. Afirma ter sofrido muito com a adicção da mãe, enquanto o pai, recasado e com uma
vida funcional, consta em sua fala como provedor. Possui ensino fundamental, sem profissão.
Morou na rua, onde conheceu o pai dos filhos. Frequentava a sala da perseverança com sua
namorada. Não foi residente em CT e frequentou, além do NATA, outras salas de Doze Passos.
Durante a pesquisa, também fez tratamento no CAPSad e afirma que, além da espiritualidade,
também precisa de psicóloga e de medicamento. Além disso, ela cumpriu medida judicial em
liberdade, por roubo.
Uma análise simbólica deste método indica que há nele um suposto ritual em que
Minha hipótese, a ser ainda investigada com mais profundidade, sugere que, para uma
cultura, como a moderna, na qual a maternidade dadivosa é um aspecto essencializado e
fundante da identidade feminina (Costa, 1983), a subjetividade da mãe sob uso intensivo de
álcool e outras drogas é afetada de modo dramático, e acaba por comprometer sua habilidade
de incorporar o modelo terapêutico proposto. Neste sentido, defendo que um rito que supõe
a explicitação pública de transgressões, para pessoas muitas vezes desconhecidas – típico do
testemunho cristão atualizado na partilha dos grupos de Doze Passos –, parece operar com
mais eficácia entre aqueles, homens e mulheres, dispostos a aderir ao jogo viril e destemido,
sendo esta disposição um condicionante da gramática ritual da partilha.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reescrita do eu, proposta na partilha e necessária à eficácia do tratamento, relaciona-se ao
que os interlocutores de pesquisa percebem como “dificuldade das mulheres”. Tal modo de
situar a questão deve ser compreendido, sobretudo, a partir da dimensão simbólica da
maternidade e do estigma da “má mãe”. A suposta postura de autocomiseração, exercida
pelas mulheres, repõe percepções de gênero relativas à passividade feminina: ao recusar
jogar o jogo viril da partilha,17 a mulher exerceria uma postura “passiva”.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Parazzi, o cliente aprenderá ao longo da terapia, com diversas técnicas e exercícios concretos,
a cada vez mais utilizar esses recursos de maneira autônoma até o final deste processo
terapêutico.
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Introdução a Espiritualidade
O que é Espiritualidade?
Certamente, cada pessoa tem sua própria ideia desse conceito. Em um contexto geral, a
espiritualidade pode ser definida como a busca humana por um significado para a vida por
meio de conexões intangíveis.
Espiritualidade tem a ver com propósito e sentido. É um grande ato de conexão entre o ser
humano e o divino. Mas, porém, é a busca por um reencontro com a sua essência, de si
mesmo e relação saudável com o outro, conectando-se com algo maior que si próprio.
Nessa matéria, vamos analisar a essência da espiritualidade por meio de diferentes pontos.
Assim, poderemos compreender o assunto com mais amplitude e clareza.
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Muitos de nós possuem o desejo de compreender coisas que não podem ser explicadas e a
espiritualidade aponta o caminho para a descoberta dos mistérios da vida.
Ela também ajuda na identificação dos nossos próprios valores e na apreciação dos valores do
outro. Pessoas espirituais são mais altruístas, compassivas e perdoadoras porque acreditam
que estamos conectados uns aos outros por um poder maior do que todos nós, e que essa
conexão é baseada no amor e na compaixão.
Já a espiritualidade, por outro lado, conota uma experiência de conexão com algo maior do
que você; viver a vida cotidiana de maneira reverente e sagrada.
Em outras palavras, o que vale na espiritualidade é o propósito ou intenção por trás da ação,
às vezes ela está pautada relacionamentos, prática de alguma atividade, contato com a
natureza e até mesmo na arte.
Ficar quieto e aprender a acalmar sua mente é uma das coisas mais simples e poderosas que
você pode fazer para se sentir em contato com sua verdadeira natureza.
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Medite
A meditação é uma forma de eliminar pensamentos estressantes e perturbadores, para que
você possa estar presente, mais calmo e consciente de seu ambiente.
Mantenha-se presente
O Espírito humanizado , ou atenção plena, além de nos manter ciente de onde estamos e do
que estamos fazendo, promove benefícios no tratamento de muitas condições psicológicas,
ajudando a lidar com emoções negativas e com a dor física.
Seja grato
Entenda quais valores são importantes para sua vida. A gratidão amplifica as coisas e o lembra
de que você é abençoado pelo que já tem.
Por fim, a espiritualidade é uma tendência universal e tem um efeito extremamente positivo
na felicidade, saúde e relacionamentos de quem a busca. No fundo, nós somos um espírito que
anseia por conhecer a plenitude. Então, pratique!
Sérgio Cleis
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Idade:
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9. Preocupei-me com situações em que eu pudesse entrar em pânico e parecesse ridículo (a)
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14. Fui intolerante com as coisas que me impediam de continuar o que eu estava fazendo
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19. Sabia que meu coração estava alterado mesmo não tendo feito nenhum esforço físico (ex.
aumento da frequência cardíaca, disritmia cardíaca)
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Avaliação — Precisa entender, com a ajuda dos outros, o que ocasionou o episódio
de recaída.
Esta informação fornecerá indícios do que foi feito errado e o que pode ser feito
diferente para melhorar suas chances de sobriedade permanente. Lembre-se que seu
passado é seu melhor professor. Se você falha em aprender com seu passado, você é
condenado a repeti-lo.
É necessário entender os sintomas de abstinência demorada o que lhe coloca num alto
risco de desenvolve-la, o que pode aciona-la o que se precisa para preveni-la o lidar com
ela.
Deve familiarizar-se com os sinais de aviso e ser capaz de dar exemplos deles e coloca-los
nas próprias palavras para ter certeza de entende-los. Você já começou o processo de
educação lendo este livro. Mas somente ler não é suficiente; Os conceitos apresentados
neste livro precisam ser revisados e discutidos com outras pessoas. Um consultor em
dependência química credenciado, deveria estar envolvido em ajudar a rever este
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material. Se isto não for possível, o padrinho no A.A. ou outro adulto que leu este livro e
não tem um problema de dependência química pode lhe ajudar a rever e aplicar esta
informação.
Lembre-se, o programa de educação não está completo ate que o adicto seja capaz de
aplicar honestamente francamente a informação que aprendeu da própria vida e das
atuais circunstancias da mesma. Adicção é a doença da negação. Sem o envolvimento de
outros, no processo de educação, a negação pode impedi-lo de reconhecer o que acontece
realmente.
Toda pessoa tem um conjunto pessoal e único de sinais que indicam que o processo de
recaída está acontecendo. Estes são sinais para o próprio e para os outros que existe
processo de recaída, ou desenvolvimento de outros sintomas. Identificação dos sinais de
aviso é o processo de identificar os problemas e sintomas que podem levar a recaída.
Problemas podem ser situações internas ou externas ao adicto.
Da lista de sinais escolha cinco que se aplicam ao adicto. Coloque-os nas próprias palavras
do adicto e escreva uma declaração sobre cada um que descreva sua própria experiência.
Você precisa ter uma lista de indicadores e especificar o que esta saindo de uma vida
produtiva e confortável, para começar a se mover para a recaída.
Administração dos sinais de aviso — Preciso ter planos concretos para prevenir e
parar os sinais de aviso.
Administração dos sinais de aviso: cada sinal de aviso na verdade é um problema que
precisa prevenir ou resolver desde que acorra. Se você quer evitar um problema, precisa
revisar cada sinal de aviso e responder a questão: Como posso evitar que este problema
aconteça?
É necessário lembrar que adicção é uma doença com tendência á recaída. Isto significa
que qualquer adicto em recuperação terá uma tendência a experimentar problemas ou
sinais de aviso que podem levá-lo de volta ao uso aditivo.
Uma vez que se saiba e aceite este fato, pode-se planejar o inevitável. Haverá problemas
e sinais de aviso de recaída. Se você quer evitar a recaída você precisa ver cada sinais de
aviso que experimentou no passado e formular um plano para lidar com eles. E essencial
que se estabeleça novas respostas para identificar sinais de aviso de recaída. Determinar
o que se irá fazer quando reconhecer que um sinal de aviso está acontecendo em sua
vida. Como pode ser interrompida a síndrome de recaída? Que ação positiva pode se
tomar que removera o sinal de recaída? Liste várias opções ou possíveis soluções para
remover o problema. Listar várias alternativas dará mais chances de se escolher solução e
dar alternativas se a primeira escolha não funcionar.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Escolha uma opção razoável que pareça oferecer a melhor possibilidade de interromper o
processo de recaída. Esta será a resposta nova quando perceber um sinal de recaída em
particular.
Pratique cada nova resposta até se tornar um habito. Se a nova resposta estiver
disponível para na hora de stress alto, haverá a necessidade de praticá-lo na hora em que
o stress estiver baixo.
Pratique e pratique até que a resposta se torne um hábito. Se a resposta nova falhar para
interromper o sinal de aviso, estabeleça um plano novo mais efetivo.
Não se pode permitir aditar um plano para interromper os sinais se eles ocorrerem. Se
não se possuir um plano, não será capaz de interrompê-los quando ocorrerem.
Treinamento do inventário — Preciso fazer um inventário duas vezes por dia para
que possa perceber os primeiros sinais de problemas e corrigir os problemas antes que
fiquem fora de controle.
Passo do A.A. lembra-nos que devemos continuar a fazer um inventário pessoal e quando
estivermos errados admiti-los prontamente. Um inventário diário é necessário para
ajudar a identificar os sinais de aviso de recaída antes da negação ser reativada. Qualquer
sinal de recaída e ser o porque pode ser o primeiro passo para voltar a beber ou ter
colapso emocional e físico. Sem um inventado diário o adicto ira ignorar os sinais inic iais,
e então será incapaz de interromper a síndrome da recaída quando se torna mais
aparente.
Desenvolva unia maneira para incorporar este sistema de inventaria na vida no dia a dia.
Agora você tem uma lista dos sinais de aviso pessoais. Como você vai determinar se
algum destes sintomas for ativado em sua vida?
Para que um inventado diário se torne um habito, recomendamos que se estabeleça dois
rituais para o inventado diário. O primeiro deveria ser pela manhã. Abra um espaço de 5 a
10 minutos para ler a meditação no livro 24 horas e fazer um resumo de seus planos para
o dia. Pergunte-se se você está preparado para este dia e o que você pode fazer que lhe
ajudará fisicamente e emocionalmente a enfrentar os desafios do dia e manter uma
sobriedade confortável. O segundo ritual de inventário dever ia ocorrer á noite. Reveja as
tarefas do dia, identifique o que você manuseou bem e o que precisa melhorar.
Que forças você usa para enfrentar os desafios do dia? Como você pode reforçar e
aumentar sua força? Que fraqueza ficou aparente e como você pode corrigir os defeitos e
melhorar nestas áreas?
Olhe cuidadosamente na sua lista de sinais de recaída pessoal. Alguns deles estão
presentes em sua vida? O que você está fazendo para corrigir estas situações? Existem
outros sinais de aviso que podem ser acrescentados a sua lista?
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Pode ser útil manter um diário para rever seu progresso na recuperação e para
acompanhar os sinais de recaída. Isto ajudara a ver que você se está fazendo progresso na
recuperação progresso porque lutamos. Afinal, não por perfeição.
Apenas saber quais são os seus sinais de aviso não irão necessariamente lhe ajudar. Lembre-
se que os sinais de recaída se desenvolvem inconscientemente. `Você não sabe que eles
estão acontecendo. Um inventário é uma maneira para rever conscientemente o que
acontece no dia. Através de um inventário feito de manhã e a noite é possível perceber os
sinais de recaída, e fazer algo para pará-los antes de perder o controle.
Como pode ser melhorado é necessário aprender a se desafiar na vida diária. O adicto
conhece sua adicção e sabe lidar com os sintomas? Presta atenção a todas suas
necessidades de saúde? Está fazendo todo o necessário para se recuperar?
Para cada problema, sintoma ou sinal de aviso que se identifique precisa-se ter certeza de
que há alguma coisa no programa de recuperação para ajudar a lidar com isto.
É necessário estar disposto a falar com estas pessoas regulamente para que eles possam
notar quando algo está errado e agir sobre o que eles dizem.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Faça uma lista das pessoas com quem se tem um contato diário. Escolha desta lista as
pessoas que você acha que seriam importantes para lhe ajudar a continuar sóbrio e evitar
a recaída. Estas pessoas formam a rede de intervenção. Determine como cada pessoas
interagiu com o adicto no passado, quando mostrou sintomas de recaída. Foram úteis à
sobriedade? O que poderia fazer que seria mais útil a sua sobriedade? Agora determine o
que você gostaria que estas pessoas fizessem na próxima vez que forem reconhecidos os
sintomas de recaída.
Reúna as pessoas da vida do adicto para a reunião. Explique a eles lista de sinais de aviso
pessoais e forme um contrato com cada pessoa de apoio sobre o que ele deverá fazer
quando os sintomas de recaída forem percebidos e o que eles farão se o adicto começar a
usar. O que se quer que eles façam e o que eles estão dispostos a fazer se a negação for
reativada e se ficar incapaz de reconheces que existe um problema?
A rede de intervenção deveria ensaiar ou representar uma situação quando o adicto pode
ficar numa pior. Representar uma situação na qual se está mostrando sinais de aviso e
então negar estes sintomas. A pessoa precisa ensaiar o que ele precisa fazer para ajudar a
interromper a síndrome de recaída.
ACOMPANHAMENTO E REFORÇO: Adicção não tem cura. Ela é uma doença crônica.
Recuperação da adicção é uma maneira de vida. Como o plano de prevenção de recaída é
parte da recuperação, também precisa tomar-se uma maneira de vida. O plano de
prevenção de recaída precisa ser integrado em toda a vida e em todos aspectos da sua
recuperação do adicto.
O plano de prevenção de recaída precisa ser compatível com A.A/NA. e outros grupos de
apoio que se usa para progressiva sobriedade.
Prevenção de recaída precisa ser praticada ate toma-se um habito. Todos somos escravos
de nossos hábitos. A única liberdade que podem ter e escolher com cuidado os hábitos
dos quais ficaremos escravos. Para a pessoa em recuperação é especialmente real que
existe liberdade na estrutura. Somente no habito e na estrutura de um programa de
sobriedade diário é que se pode conseguir a liberdade da escravidão da adicção.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence Gorski pela
conclusão de entrevistas clínicas com 118 pacientes em recuperação. A pessoa em
recuperação tem quatro coisas em comum:
Reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode usar álcool/drogas com
segurança;
Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram compilados num quadro
de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída.
Esses sinais foram divididos em 11 fases e a redação mudou um pouco para ser entendia
com mais facilidade.
FASE UM
SINAIS DE AVISO DE RECAÍDA INTERNOS
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Na recuperação a pessoa que tem dificuldades em lidar com seus sentimentos e emoções.
Às vezes super regra emocionalmente (sentem demais). Às vezes fica emocionalmente
insensível (sentem muito pouco) e não é capaz de saber o que está sentindo. Em outras
vezes ainda, tem pensamentos estranhos e malucos, sem razão aparente (sentem coisas
erradas) e começa a pensar que vai ficar louco. Este problema de lidar com os
sentimentos e emoções leva-o a experimentar e confia em seus sentimentos e emoções,
muitas vezes há ignorá-los ou esquecê-las. Às vezes a incapacidade de lidar com os
sentimentos e emoções, leva-o a reagir de maneira que não agir, se seus sentimentos
fossem admitidos apropriadamente.
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Às vezes a pessoa em recuperação sente muita vergonha porque acha que está louco,
perturbado emocionalmente, deficiente como pessoa, ou incapaz de ser ou sentir-se
normal. Outras vezes sente culpa porque acha que está fazendo alguma coisa errada ou
falhando em trabalhar um programa de recuperação apropriado. A vergonha e a culpa levam-
no a esconder os sinais de aviso e para de falar honestamente com os outros sobre o que
estão experimentando. Quando mais a pessoa mantém escondidos, mais fortes os sinais
de aviso se tornam. A pessoa tenta lidar com estes sinais de aviso, mas falha. Por isso
começa a acreditar que não tem e não existe mais esperança.
FASE DOIS
VOLTA À
NEGAÇÃO
Nesta fase a pessoa não é capaz de reconhecer e falar honestamente aos outros o que
está pensando ou sentido. Os sintomas mais comuns são:
Para suportar estes períodos de preocupação, medo e ansiedade pode ignorar ou negar
estes sentimentos, da mesma maneira que antes negava a adição. A negação pode ser tão
forte que não tem consciência dela enquanto a mesma está acontecendo. Mesmo quando
está consciente dos sentimentos, a pessoa esquece logo e se vão. Somente quando pensa
de volta na situação mais tarde é que é capaz de reconhecer os sentimentos de ansiedade
e sua negação.
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FASE TRÊS
IMPEDIMENTOS E COMPORTAMENTOS DEFENSIVO
Nesta fase a pessoa em recuperação não quer pensar sobre qualquer coisa que possa
trazer de volta os sentimentos dolorosos e desconfortáveis. Por isso começa evitar tudo
que possa forçá-lo a uma honesta olhada em si mesmo. Quando são feitas perguntas
diretas sobre seu bem-estar, a pessoa tende a ficar na defensiva. Os sintomas mais
comuns são:
A pessoa em recuperação se convence que nunca mais vai usar ou beber novamente.
Algumas vezes fala isto a outras pessoas, mas geralmente mantêm isto só para si. Pode
ter medo de falar sobre isto só para si. Pode ter medo de falar sobre isto para seu
consultor ou para outros membros de A.A/NA. quando acredita firmemente que nunca
mais vão beber ou usar, a necessidade por um programa de recuperação diário parece
menos importante.
Fica mais preocupado com a sobriedade dos outros do que de com a sua recuperação
pessoal. Não fala diretamente sobre esta preocupação, mas em particular julga : - a
maneira de beber dos amigos e do cônjuge, assim como o programa de recuperação das
outras pessoas. No A.A/NA. isto se chama trabalhando com o programa dos outros.
Pode ter uma tendência para se defender quando fala dos problemas pessoais ou de seu
programa de recuperação mesmo quando nenhuma defesa é necessária.
Pode tonar-se compulsivo [ obcecado – ou seja com ideias fixas ou rígidas ] na maneira
que pensa ou se comporta. Existe uma tendência de fazer as mesmas coisas várias vezes,
sem uma boa razão. Existe uma tendência de controlar conversas ou por falar demais, ou
por não falar nada. Tende a trabalhar mais que o necessário, se envolve em muitas
atividades e pode parecer um modelo de recuperação devido a um forte envolvimento no
trabalho dos 12 Passos de A.A/NA, pode ser um líder em aconselhar os grupos,
representando um terapeuta. Envolvimento casual ou informal com as pessoas, porém
evitado.
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3.6 - À Solidão
Começar a gastar mais tempo sozinho. Sempre tem boas razões e desculpas para ficar
longe das pessoas. Estes períodos de ficar sozinho começa a ocorrer mais vezes e começa
a sentir-se cada vez mais sozinho. Em vez de lidar com a solidão, tentando se encontrar
ou ficar junto das pessoas, seu comportamento torna-se mais compulsivo e impulsivo.
FASE QUATRO
CONSTRUINDO A
CRISE
Visão de túnel é ver somente uma pequena parte da vida e não conseguir uma visão
panorâmica. A pessoa em recuperação vê à vida como sendo feita de partes separadas e
sem relação. Focaliza em uma parte sem olhar as outras partes, ou como estão
relacionadas. Às vezes isto cria a crença errada da que tudo está seguro e indo bem.
Outras vezes leva a ver só o que está indo errado. Pequenos problemas explodem e ficam
fora de proporção. Quando isto acontece começam a acreditar que está sendo tratado
injustamente e não tem poder para fazer nada sobre isto.
Sintomas de depressão começa a aparecer e a persistir. Pode sentir-se para baixo, triste,
apático, vazio de sentimentos. Dormir demais se torna comum. É capaz de se distrair
destes humores, ficando ocupado com outras coisas e não falando sobre a sua depressão.
Pode parar de planejar cada dia e o futuro: muitas vezes interpreta mal o lema de A.A/NA
– Viva um dia de cada vez, significando que a pessoa não deve planejar ou pensar sobre o
que vão fazer. Cada vez menos atenção é prestada aos detalhes. Fica apático. Planos são
baseados mais em fatos que gostaria que fosse realidade (como gostaria que fossem as
coisas) do que a realidade (como as coisas realmente são).
A pessoa faz planos que não são realistas e sem prestar atenção em detalhes, os planos
começam a falhar. Cada fracasso causa novos problemas na vida. Alguns destes
problemas são parecidos aos que acontece quando bebiam. Tipicamente incluem
problemas conjugais, sociais e dinheiro. Muitas vezes se sente culpado e com remorso
quando estes problemas ocorrem.
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FASE CINCO
IMOBILIZAÇ
ÃO
Nesta fase a pessoa em recuperação é incapaz de iniciar uma ação. Passa pelos
movimentos da vida, mas é controlado em vez de controlar a vida.
Devaneios e Ilusões. Fica mais difícil se concentrar. A síndrome da palavra [se] fica mais
comum na conversa. Começa a ter fantasias de fuga ou de ser socorrido por algo
improvável de acontecer. Sentimentos de Que Nada Pode Ser Solucionado.
Um vago desejo de ser feliz ou ter as coisas funcionando. Usa de um pensamento mágico.
Deseja que as coisas melhorem sem fazer nada para melhorá-las, sem pagar o preço. para
que as coisas melhorem.
FASE SEIS
CONFUSÃO E SUPER
REAÇÃO
Período de confusão torna-se mais frequentes, duram mais, e causam mais problemas. A
pessoa em recuperação fica zangada consigo pela sua incapacidade de resolver as coisas.
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nestes conflitos.
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FASE
SETE
DEPRESS
ÃO
Neste período a pessoa em recuperação fica tão deprimida que tem dificuldade de se
manter na rotina diária.
Às vezes pode ter pensamentos de suicídio, beber ou usar drogas como uma maneira de
terminar com a depressão. A depressão é muito forte e persistente e não pode ser
ignorada facilmente ou escondida dos outros. Os sinais de aviso mais comuns que
ocorrem neste período são:
Pode começar a comer demais ou comer pouco. Existe perda ou ganho de peso. Para de
ter refeições regulares e substituí uma dieta nutritiva e bem balanceada por comida ruim.
Pode haver períodos em que é incapaz de iniciar ou de fazer qualquer coisa. Nestas horas
é incapaz de se concentrar, sente-se ansioso, medroso e inquieto, e muitas vezes preso e
sem saída.
A rotina diária fica acidental. Deixa de se levantar e ir para a cama nas horas regulares. Às
vezes não pode dormir, e isto leva a dormir demais em outros dias. Os horários das
refeições ficam irregulares. Fica mais difícil manter compromissos e planejar eventos
sociais. Sente-se apressado e sobrecarregado, e em outras horas não tem nada fazer. É
incapaz de dar seguimento a um plano e de decisões, e experimentar tensão, frustração,
medo ou ansiedade que não o deixe fazer o que precisa ser feito.
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7.5 - Período de Profunda Depressão
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Se sente deprimido mais vezes. A depressão fica pior, dura mais e interfere com a vida. É
tão grande que pode ser notada pelos outros e não pode se negada facilmente. A
depressão é mais forte nas horas não planejadas e não estruturadas. Fadiga, fome e
solidão tornam a depressão pior. Quando se sente deprimido, se isola ou melhor se
separam das outras pessoas, fica irritado e zangado com os outros, e muitas vezes
reclama que ninguém se preocupa e não o entende, o que está acontecendo com ele!
FASE OITO
PERDA CONTROLE DO COMPORTAMENTO
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FASE NOVE
RECONHECIMENTO DA PERDA DE
CONTROLE
Sua negação quebra e de súbito reconhece como seus problemas são, como a vida
ficou incontrolável e como a pessoa tem pouco poder e controle para resolver
qualquer problema. Esta percepção é muito dolorosa e assustadora. Nesta hora está
tão sozinho que parece não existir ninguém para pedir ajuda. Os sinais de aviso mais
comuns que ocorrem nesta fase são:
Começa a sentir pena de si mesmo e pode usar a auto piedade para conseguir atenção
no A.A e dos Outros.
A pessoa acha que beber ou usar drogas iria ajudá-lo a se sentir melhor e começar a
achar que podem beber ou usar normalmente e que pode se controlar. Às vezes
consegue colocar estes pensamentos para fora de suas mentes, mas às vezes os
pensamentos são tão fortes que não pode ser detido. Pode começar a sentir que
beber pode ser a única alternativa e ficar louco ou cometer suicídio. Realmente beber
parece uma alternativa sã e racional.
9.3 – Conscientes
FASE DEZ
REDUÇÃO DE
OPÇÕES
Nesta fase a pessoa em recuperação sente-se presa pela dor e pela incapacidade de lidar
com a vida. Então parece haver apenas três saídas: insanidade, suicídio ou uso do
químico. Não acredita que alguém ou algo possa ajudá-lo. Os sinais de aviso mais comuns
nesta fase são:
Sente raiva por causa da incapacidade de comportar-se de maneira que deseja. Às vezes à
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raiva é com o mundo em geral às vezes com alguém em particular, e às vezes consigo
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mesmo.
Para de assistir reuniões de A.A., se está tomando medicação esquece de tomá-lo ou evita
deliberadamente de tomá-lo. Se um padrinho ou pessoa que ajuda é parte do tratamento,
se desenvolve uma tensão e conflito tão fortes, que o relacionamento geralmente acaba.
Pode retirar-se do aconselhamento profissional muito embora precisa de ajuda e saiba
disto.
Se sente totalmente esmagado. Acredita que não existe saída a não ser beber, suicídio ou
insanidade. Existem fortes sentimentos de insanidade e sentimentos de desespero.
FASE ONZE
VOLTA AO USO DO QUÍMICO OU COLAPSO FÍSICO E
EMOCIONAL.
11.1 - Volta ao Uso Controlado de químicos
Neste ponto a pessoa está por demais desesperada e se convence que é possível usar
com controle. Planeja usar o químico por um curto período de tempo ou de uma maneira
controlada. Começa a usar o químico com a melhor das intenções. Acredita não ter outra
escolha.
O uso do químico leva aos poucos a perda de controle. Às vezes a perda de controle corre
lentamente. Outra perda de controle é muito rápida. A pessoa começa a usar tanto ou
mais que antes.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
11.4 - Problemas de Vida e de Saúde
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Começa a experimentar problemas severos com sua vida e saúde. Casamento, trabalho e
amizades são prejudicados seriamente. Finalmente sua saúde física sofre e se torna tão
doente que precisa de tratamento profissional.
“Se uma pessoa falha em aprender com seu próprio passado, ela está condenada a repeti-
lo“. Terence Gorski
*Anexo Extra
Resolução que rege as clínicas
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Abaixo está a e que em alguns anos será a única vigente na proposta de clínicas de
recuperação:
8.080 de 19/09/1990;
considerando o art. 3º, alínea C, art. 6º, inciso VI e art. 10 previstos na Portaria nº
física em saúde;
sua publicação.
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Art. 5º A inobservância das normas aprovadas por este Regulamento constitui infração à
legislação sanitária federal, conforme dispõe o art. 10, incisos II e III., da Lei n.º 6.437, de 20
de agosto de 1977.
Art. 6º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO
SAÚDE
Embora exista uma hierarquia entre as três esferas, o autor ou o avaliador do projeto deverá
considerar a prescrição mais exigente, que eventualmente poderá não ser a do órgão de
hierarquia superior.
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares a seguinte
norma:- NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura; 1.1.. TERMINOLOGIA
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Estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica a partir dos dados levantados no
Programa de Necessidades, bem como de eventuais condicionantes do contratante.
Acréscimo de área a uma edificação existente, ou mesmo construção de uma nova edificação
para ser agregada funcionalmente
Obra cujos serviços de engenharia foram suspensos, não restando qualquer atividade no
canteiro de obras.
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Visa a análise e escolha da solução que melhor responda ao Programa de Necessidades, sob
os aspectos legais, técnicos, econômicos e ambientais do empreendimento.
1.2.1.1 Arquitetura
- o número de pavimentos;
Além dos desenhos específicos que demonstrem a viabilidade da alternativa proposta, será
parte integrante do estudo preliminar,
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1.2.1.2. Instalações
1.2.1.2.1.Elétrica e Eletrônica
A. Escopo
Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações elétricas e especiais do E.A.S.,
destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as diretrizes básicas a serem
adotadas no desenvolvimento do projeto, contendo quando aplicáveis:
15
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B. Produtos
A. Escopo
15
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
B. Produtos
1.2.1.2.3. Climatização
A. Escopo
15
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B - Produtos
- em plantas, cortes e fachadas, com escalas não menores que 1:100, todos os
ambientes com nomenclatura conforme listagem contida nessa Portaria, dimensões
(medidas lineares e áreas internas dos compartimentos e espessura das paredes), locação de
louças sanitárias e bancadas, posição dos leitos (quando houver), locação dos equipamentos
não portáteis médicohospitalares e de infra-estrutura - caldeiras, subestação, locais de
tratamento de RSS, etc e quando na tabela de ambientes estiver especificado ADE. (vide
capítulo 1 item6.2), indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes, sempre com
indicação clara dos respectivos materiais de execução e acabamento.Em se tratando de
reforma e/ou ampliação e/ou conclusão, as plantas devem conter legenda indicando área a
ser demolida, a ser construída e existente;
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O projeto básico será constituído, além dos desenhos que representem tecnicamente a
solução adotada, de relatório técnico descritivo que contenha:
- resumo da proposta assistencial, contendo listagem das atividades que irão ocorrer
no interior do EAS (a partir da listagem de
1.2.2.2. Instalações
1.2.2.2.1.Elétrica e Eletrônica
A. Escopo
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- Proposição dos pontos para locação dos captores e para o sistema de proteção
contra descargas atmosféricas;
B. Produtos
- Documentos Gráficos:
1.2.2.2.2.Hidráulica e Fluido-Mecânica
A. Escopo
16
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B. Produtos
implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta de cobertura -
escala≥ 1:100; prumadas esquemáticas - escala ≥ 1:100.
1.2.2.2.3. Climatização
A. Escopo
- Proposição das redes de dutos unifilares com dimensionamento das linhas tronco de
grelhas, difusores, etc.;
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B. Produtos
- Documentos gráficos:
implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta da cobertura -
escala ≥ 1:100.
1.2.3.1. Arquitetura
de implantação;
cotas de nível do terrapleno das edificações e dos pontos significativos das áreas externas
auxiliares e outros;
- o edifício, compreendendo:
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dimensões e cotas relativas de todas as aberturas, altura dos peitoris, vãos de portas e
cortes das edificações, onde fique demonstrado o pé direito dos compartimentos, altura das
paredes e barras impermeáveis, altura de platibandas, cotas de nível de escadas e
patamares, cotas de piso acabado, forros e coberturas, tudo sempre com indicação clara dos
respectivos materiais de execução e acabamento; impermeabilização de paredes e outros
elementos de proteção contra umidade;
se a indicação de materiais e equipamentos for feita por código, incluir legenda indicando
Quando for solicitado pelo contratante, o projeto executivo será integrado por um
cronograma onde estejam demonstradas as etapas lógicas da execução dos serviços e suas
interfaces, bem como um manual de operação e manutenção das instalações, quando se
tratar de equipamentos ou projetos especiais.
Todos os detalhes executivos que interfiram com outros sistemas deverão estar
perfeitamente harmonizados.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
1.2.3.2. Instalações
A. Escopo
Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente e/ou cliente, deverá ser
elaborado o projeto executivo de instalações elétricas e especiais, atentando para os
projetos executivos de arquitetura e formas de estrutura, de modo a permitir a completa
execução das obras.
B. Produtos
- Documentos Gráficos:
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Tipo e qualidade;
Unidade de comercialização;
Respectivas quantidades;
- Memorial descritivo;
- Memorial descritivo;
A. Escopo
Após a provação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto
executivo de instalações hidráulicas e especiais, atentando para o projeto executivo de
arquitetura, de modo a permitir a completa execução das obras.
B. Produtos
- Documentos gráficos:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Tipo e qualidade;
Unidade de comercialização;
Respectivas quantidades;
Memoriais descritivos;
Memoriais de cálculo;
Memorial descritivo;
Memorial descritivo;
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1.2.3.2.1. Climatização
A. Escopo
Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto
executivo de instalações de ar condicionado e ventilação mecânica, atentando para o
projeto executivo de arquitetura e de estruturas, de modo a permitir a execução das obras
das instalações hidráulicas e especiais por terceiros, segundo padrões convencionais da
construção civil.
B. Escopo
- Documentos gráficos:
implantação geral - escala ≥ 1:500; plantas baixas - escala ≥ 1:100; planta de cobertura -
escala ≥ 1:100; esquema isométrico - escala ≥ 1:25; detalhes gerais - escala ≥ 1:25; esquema
elétrico - sem escala; fluxograma - sem escala; legenda das simbologias adotadas - sem
escala;
Tipo e qualidade;
1.3 - RESPONSABILIDADES
1.3.3. O autor ou autores deverá assinar todas as peças gráficas dos projetos respectivos,
mencionando o número de sua inscrição nos diversos órgãos e providenciando sempre a
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1.3.4. Ainda que o encaminhamento para aprovação formal nos diversos órgãos de
fiscalização e controle, como prefeitura municipal, corpo de bombeiros e entidades de
proteção sanitária e do meio ambiente, não seja realizado diretamente pelo autor do
projeto, será de sua responsabilidade a introdução das modificações necessáriasà sua
aprovação. A aprovação do projeto não eximirá os autores desse das responsabilidades
estabelecidas pelas normas, regulamentos e legislação pertinentes às atividades
profissionais.
A4 = 210x297mm
A3 = 297x420mm
A2 = 420x594mm
A1 = 594x841mm
A0 = 841x1.189mm
Todas as folhas de desenho deverão ter "carimbo" (campos de identificação), que conterá,
no mínimo, as seguintes informações:
- nome do proprietário;
- escalas utilizadas;
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- data do desenho;
Todos os desenhos deverão ser cotados e conter as legendas necessárias para sua clareza.
Nas plantas baixas será apresentada a capacidade do EAS no que diz respeito ao número de
leitos e consultórios, conforme Terminologia Básica em Saúde do Ministério da Saúde.
Canteiro de obras PC
Demolição PD
Terraplenagem PT
Fundações EF
Estruturas de concreto EC
Estruturas metálicas ES
Estruturas de madeira EM
Arquitetura AR
Comunicação visual AC
Interiores AI
Paisagismo AS
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Pavimentação AP
Sistema viário AV
Água fria HF
Água quente HQ
Esgotos sanitários HE
Resíduos sólidos HR
Instalações elétricas IE
Telefonia IT
Sonorização IN
Relógios sincronizados IR
Antenas coletivas de TV e FM IA
Sinalização de enfermagem IS
Lógica IL
Gás combustível FG
Vapor e condensado FV
Oxigênio medicinal FO
Óxido nitroso FN
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Ar Condicionado ACC
A avaliação dos projetos físicos de EAS exige a documentação denominada PBA - Projeto
gráfica + relatório técnico), conforme descrito no item 1.2.2.1. e ART prevista no item 1.3
dessa Resolução.
Para a avaliação do PBA é feita uma análise por equipe multiprofissional e elaborado parecer
técnico baseado na documentação apresentada, emitido por profissional (is) legalmente
habilitado (s) pelo Sistema CREA/CONFEA, em obediência aos termos da Lei n.º 5.194, de
24/12/66. Este parecer deverá ser expedido pelo órgão responsável pela direção do Sistema
Único de Saúde municipal ou estadual.
O parecer deverá descrever o objeto de análise e conter uma avaliação do projeto básico
arquitetônico quanto a:
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Dimensionamento dos ambientes - verificação das áreas e dimensões lineares dos ambientes
propostos em relação ao dimensionamento mínimo exigido por este regulamento,
observando uma flexibilidade nos casos de reformas e adequações, desde que justificadas as
diferenças e a não interferência no resultado final do procedimento a ser realizado;
O parecer deve ser conclusivo e conter a análise do PBA sobre cada um dos itens acima
relacionados, identificando os problemas existentes (se houver) de forma descritiva e
recomendando as alterações ou complementações a serem feitas, assim como conter a
observação da necessidade de apreciação e aprovação do projeto pelos órgãos competentes
do nível local para execução da obra.
No caso de obras públicas o parecer deve conter ainda a observação quanto à exigência de
conclusão dos projetos de instalações e estruturas (Lei 8.666 em seus artigos 6º e 7º e
Resolução CONFEA n.º 361/91), assim como sua apreciação e aprovação pelosórgãos
competentes do nível local, quando couber, para realização do processo de licitação e
conseqüente execução da obra.
1.6.2 - Procedimentos
Para obras de reforma e adequações, quando esgotadas todas as possibilidades sem que
existam condições de cumprimento integral desta norma, devem-se privilegiar os fluxos de
trabalho/material/paciente, adotando-se a seguinte documentação complementar, que
deverá ser analisada em conjunto com o projeto básico de arquitetura':
1 - Planta baixa com "lay-out" dos equipamentos não portáteis (quando houver) e
mobiliário principal, com as devidas dimensões
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Procedimento igual ao das reformas deve ser seguido quando se tratar da adoção de uma
nova tecnologia não abordada pela norma, diferente das usuais, como por exemplo,
lavanderias do tipo "túnel" e outros.
Caberá a gerência do EAS a guarda dos projetos aprovados, mantendo-os disponíveis para
consulta por ocasião das vistorias ou fiscalizações.
A direção do EAS deverá comunicar aos órgãos de inspeção para que seja avaliada segundo
as normas vigentes, modificações na estrutura física que impliquem mudanças de fluxos ou
alteração substancial de lay-out ou incorporação de nova atividade.
As obras a serem financiadas pelo Ministério da Saúde terão seus projetos avaliados
conforme as orientações contidas nas normas de financiamento de programas e projetos
mediante a celebração de convênios do Minstério da Saúde.
Essas atribuições, tanto na área pública quanto na área privada, são conjuntos de atividades
e sub-atividades específicas, que correspondem a uma descrição sinóptica da organização
técnica do trabalho na assistência à saúde.
Dessa forma adota-se nesse regulamento técnico uma abordagem onde não se utilizam
programas e projetos pré-elaborados, que freqüentemente são desvinculados das realidades
loco-regionais, mas apresentam-se as diversas atribuições de um estabelecimento
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Neste capítulo são apresentadas as atribuições e atividades desenvolvidas nos diversos tipos
de EAS. Procurou-se aqui, listar as
atividades que são geradoras ou que caracterizam os ambientes. Estas são também as mais
comumente encontradas nos diversos tipos de estabelecimentos. Embora o objetivo seja
esgotar a listagem, esta é sempre passível de modificação, porque sempre será possível o
surgimento e/ou transformação das atividades ou até mesmo das atribuições.
Os grupos de atividades de cada atribuição compõem unidades funcionais que, embora com
estreita conotação espacial, não constituem, por si só, unidades espaciais.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
As quatro primeiras são atribuições fim, isto é, constituem funções diretamente ligadas à
atenção e assistência à saúde. As quatroúltimas são atribuições meio para o
desenvolvimento das primeiras e de si próprias.
Evidentemente, cada listagem não vai definir por si uma unidade funcional perfeitamente
auto-suficiente; esta só será possível com a agregação de atividades e sub-atividades
próprias ou pertinentes a outras atribuições.
ATIVIDADES:
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ATIVIDADES:
2.2. Nos casos com risco de vida (emergência) e nos casos sem risco de vida (urgências de
alta complexidade):
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ATIVIDADES:
3.1.7-prestar assistência pedagógica infantil (de 1º grau) quando o período de internação for
superior a 30 dias.
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3.3.7-manter pacientes com morte cerebral, nas condições de permitir a retirada de órgãos
para transplante, quando consentida; e
3.4.7-prestar apoio terapêutico cirúrgico como rotina de tratamento (vide item 5.6.);
ATIVIDADES:
4. 1-Patologia clínica:
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4. 2-Imagenologia:
4.2.2-preparar o paciente;
radiográficos;
e) por meio da ressonância magnética- através de técnica que utiliza campos magnéticos;
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5. 3-Métodos gráficos:
4.3.1-preparar o paciente;
4.3.2-realizar os exames que são representados por traçados gráficos aplicados em papel ou
em filmes especiais, tais como: eletrocardiograma, ecocardiograma, ergometria,
fonocardiograma, vetocardiograma, eletroencefalograma, potenciais evocados, etc.; e
4. 4-Anatomia patológica:
4.4.6-realizar necrópsias;
18
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4.5.10-emitir laudo dos atos realizados e manter documentação; e 4.5.11-zelar pela proteção
e segurança dos pacientes e operadores.
4.7.8-assegurar condições para que acompanhantes das parturientes possam assistir ao pré-
parto, parto e pós-parto, a critério médico;
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necessário) e higienização;
18
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laboratoriais;
4.10.2-preparar paciente;
4.10.6-aplicar radiações ionizantes (Raios X, gama, etc.) para fins terapêuticos através
equipamentos apropriados;
4.11.2-preparar paciente;
18
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4.13.2-preparar a doadora;
4.13.3-coletar leite humano (colostro, leite de transição e leite maduro), intra ou extra
estabelecimento;
18
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ATIVIDADES:
18
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5.2.4-dispensar medicamentos;
5.2.8-diluir quimioterápicos;
5.2.9-diluir germicidas;
5.3.2-lavar os materiais;
18
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5.3.5-esterilizar os materiais e roupas, através dos métodos físico (calor úmido, calor seco e
ionização) e/ou químico (líquido e gás), proporcionando condições de aeração dos produtos
esterilizados a gás;
ATIVIDADES:
ATIVIDADES:
técnicos e tecnológicos;
18
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*Função exercida por um policial, ficando o relacionamento da área de saúde com esse
setor, submetido às normas éticas de cada profissão.
ATIVIDADES:
EAS ou não);
8.1.4-secar a roupa;
19
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8.9.1-de produção:
a)abastecimento de água;
b)alimentação energética;
c)geração de energia;
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d) geração de vapor; e,
a)efluentes;
b)resíduos sólidos;
c)resíduos radioativos.
a) água;
c) óleo combustível;
d) gases medicinais; e
e)esgoto.
8.9.4-guarda de veículos
DIMENSIONAMENTO,
QUANTIFICAÇÃO E
INSTALAÇÕES PREDIAIS DOS
AMBIENTES
Neste capítulo são abordados os aspectos espaciais estritamente relacionados com as diversas
atribuições e atividades, a partir
19
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A presente norma não estabelece uma tipologia de edifícios de saúde, como por exemplo
posto de saúde, centro de saúde, hospital, etc., aqui se procurou tratar genericamente todos
esses edifícios como sendo estabelecimentos assistenciais de saúde - EAS, que devem se
adequar as peculiaridades epidemiológicas, populacionais e geográficas da região onde estão
inseridos. Portanto, são EASs diferentes, mesmo quando se trata de edifícios do tipo centros
de saúde, por exemplo. O programa arquitetônico de um centro de saúde irá variar caso a
caso, na medida em que atividades distintas ocorram em cada um deles.
Desta forma, as diversas tabelas contidas no documento permitem que sejam elaborados
programas arquitetônicos dos mais diversos. Para tanto se deve, a partir da definição da
listagem das atividades que o EAS irá realizar, escolher os ambientes próprios para realização
das mesmas. Assim, identificando-se na listagem de atribuições/ atividades do capítulo 2 o
número da atividade que se irá realizar, deve-se procurar na primeira coluna de cada tabela
esse número e consequentemente o ambiente correspondente àquela atividade. Exemplo:
caso tenha-se definido que o EAS executará a atribuição de internação e mais precisamente as
atividades de internação de pacientes em regime de terapia intensiva, deve-se procurar a
tabela de unidade funcional internação, subgrupo internação intensiva. Nesta tabela serão
encontrados os ambientes fins "relativosà UTI/CTI. Logicamente um programa arquitetônico
de uma UTI não será composto somente por esses ambientes. Portanto, deve-se procurar nas
tabelas relativas as atividades de apoio os ambientes complementares, como por exemplo
banheiros, copas, etc. Esses ambientes encontram-se listados abaixo das tabelas, com a
denominação ambientes de apoio.
Cabe ressaltar que o ambiente somente será obrigatório, se, obviamente, o EAS for exercer a
atividade correspondente.
Cada programa é específico e deve ser elaborado pela equipe que está planejando o EAS,
incorporando as necessidades e as especificidades do empreendimento, propiciando desta
forma uma descentralização de decisões, não mais tomadas sob uma base pré-definida de
programas ou formas.
AMBIENTES DO EAS
19
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dimensionamento adotado nas tabelas são o mínimo necessário, podendo ser aumentado a
partir da demanda gerada.
Os ambientes de apoio podem ou não estar dentro da área da unidade, desde que de fácil
acesso, salvo exceções explicitadas entre parênteses ao lado do nome do ambiente, assim
como podem ser compartilhados entre duas ou mais unidades. Unidades de acesso restrito
(centro cirúrgico; centro obstétrico; hemodinâmica; UTI, etc.), têm seus ambientes de apoio no
interior das próprias unidades. Os aspectos de quantificação, de dimensão e de instalações dos
ambientes de apoio encontram-se detalhados nas tabelas das unidades funcionais específicas
desses.
Os ambientes de apoio que estiverem assinalados com * não são obrigatórios, os demais são.
Esses ambientes de apoio podem ser compartilhados entre duas ou mais unidades, a depender
do "lay-out" dessas;
Para fins de avaliação de projeto, aceitam-se variações de até 5 % nas dimensões mínimas dos
ambientes, principalmente para atendimento a modulações arquitetônicas e estruturais. Para
análise de projetos de reforma vide item 6 do capítulo Elaboração de Projetos Físicos.
LEGENDA:
HQ = Água quente
19
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FV = Vapor
FG = Gás combustível
FO = Oxigênio (6)
FN = Óxido nitroso
FV L = Vácuo de limpeza
FA I = Ar comprimido industrial
AC = Ar condicionado (1)
E = Exaustão (5)
OBS.: Não foram objetos de estudo as instalações: elétrica comum, hidro-sanitária comum,
telefone, som, processamento de dados, cabeamento estruturado, águas pluviais, combate a
incêndios e climatização de conforto.
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1 . 11 Enfermagem
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1.11 Sala de inalação individual 1, obrigatório em unidades p/ 4,0 m
tratamento de AIDS
1.7 Consultórios ¹
1.8; 1.9; 1.10; Quarto individual de curta 1 10,0m = quarto de 1 leito 7,0m
1.11; duração por leito = quarto de 2 leitos 6,0mpor
1.12 leito = quarto de 3 a
6 leitos
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1.8; 1.9; 1.10; Quarto coletivo de curta duração N.º máximo de leitos por quarto = 6
1.11; Distância entre leitos paralelos = 1m
1.12 Distância entre leito e paredes:
cabeceira = inexistente; pé do leito =
1,2m; lateral = 0,5m
Na pediatria e na geriatria devem
ser previstos espaços
para
¹ Admite-se consultórios agrupados sem ambientes de apoio, desde que funcionem de forma
individual. Nesses caso os ambientes de apoio se resumem a sala(s) de espera e recepção e
sanitário(s) para público e, caso haja consultórios de ginecologia, proctologia e urologia,
sanitário para pacientes anexo à esses.
² Quando o EAS possuir unidade de internação, esta pode ser utilizada para manutenção de
pacientes em observação pós-cirurgia ambulatorial.
Obs. : Os outros ambientes necessários a realização das atividades 1.9 e 1.10 encontramse nas
tabelas específicas - Apoio ao diagnóstico e terapia.
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
19
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*-Depósito de equipamentos
B= Nº de consultas/habitante/ano
20
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QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
de e m e rg ê n c i a
*-Sala administrativa
20
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AMBIENTES DE APOIO:
Urgência ( baixa e média complexidade )
-Sala de utilidades
*-Sala administrativa
*-Copa
CHA=Nº de consultas/habitantes/ano
20
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QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
20
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-Agência transfusional ²
-Rouparia
-Quarto de plantão
-Depósito de equipamentos
*- Salas administrativas
*- Copa
*- Posto policial
Obs.: Caso tenha-se atendimento pediátrico na unidade, este deverá ser diferenciado do de
adultos, com s. de observação e de espera próprias. Admite-se uma única sala de espera
quando o nº total de s. de exames for ≤ a 4.
Deve-se acrescer aos ambientes listados nesta tabela, todos os ambientes contidos na tabela
anterior de urgências de baixa e média complexidade, inclusive os ambientes de apoio. As
unidades de alta complexidade e/ou emergência são compostas pelos ambientes desta tabela,
mais os ambientes obrigatórios das urgências de baixa e média complexidade.
¹ Admite-se uma única sala para homens e mulheres, desde que entre os leitos haja algum
dispositivo de vedação que permita a privacidade dos pacientes e o nº total de leitos não for
maior do que 12.
20
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² "In loco" ou não. Obrigatório somente quando não existir outra unidade de hemoterapia com
estocagem de hemocomponentes no EAS.
UNIDADE FUNCIONAL: 3 -
INTERNAÇÃO (cont.)
Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO INSTALAÇÕES
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
20
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3.2.3;3.2.6 Berçário de cuidados intensivos - Mínimo de 5 leitos, 6,5 m por berço. Distância entre H F ; F O ; FA
UTI neonatal 4 sendo 1 berços a cada 80 paredes e berço = 1 m, exceto M;AC;EE;
RN/ano de baixo peso (- cabeceira Distância entre berços = FVC;ED;E
2500g). É obrigatório em 2m
todo em EAS que
atendam gravidez/parto
de alto risco
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
*-Sala administrativa
*-Copa de distribuição
*-Sala para coleta de leite (obrigatório quando a mãe não estiver internada no mesmo
EAS)
Obs.: - Os berçários devem possuir painéis de vidro na área de visão, instalados nas paredes.
20
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3.3.2;3.3.3; Posto de enfermagem / área de 1 para cada área coletiva Ao menos um dos HF;EE
3.3.5 serviços de enfermagem ou conjunto de quartos, postos (quando houver
independente do nº de mais de um) deve
leitos. possuir 6,0m.
3.3.1 à Quarto (isolamento ou não) Mínimo de 5 leitos podendo 10,0 mcom distância de 1 HF;FO;FAM; AC;
3.3.3; 3.3.5; existir quartos ou áreas m entre paredes e EE;FVC;ED;E
à 3.3.7 coletivas, ou am-bos a leito, exceto cabeceira
critério do EAS. O nº de e com espaço
leitos de UTI deve suficiente para manobra
corresponder a no mí-nimo da maca junto ao pé
6% do total de leitos do dessa.
EAS. Deve ser previsto um
3.3.1 à Área coletiva de tratamento ( exceto quarto de isolamento para 9,0 m por leito com H F ; F O ; FA M
3.3.3; 3.3.5; neonatologia ) cada 10 leitos de UTI, ou distância de 1 m entre ; A C ; EE; FVC;
à 3.3.7 fração. paredes e leito, exceto ED
cabeceira e de 2 m entre
leitos e com espaço
suficiente para manobra
da maca junto ao pé
dessa.
5.3.1; 5.3.2 Sala de higenização e preparo de 1. "In loco" ou não 6,0m com dimensão HF
equipamentos / material mínima igual a 1,5 m
20
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AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
-Quarto de plantão
-Rouparia
- Pode ser substituído, quando se fizer uso de quartos individuais, por equipamento ou
bancada contendo lavatório e bacia sanitária juntos.
-Copa
Obs.: - Os boxes das áreas coletiva de tratamento devem possuir dispositivos que permitam a
privacidade dos pacientes quando necessário.
- Na UTI pediátrica deve ser prevista poltrona para acompanhante junto aos leitos, sem
que isto implique em aumento de área prevista para cada leito.
- A sala de espera pode ser compartilhada com setores afins do hospital, desde que seja
dimensionada de forma a atender à demanda das unidades a que se destina.
20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
prescrição médica
3.4.3 Área para prescrição médica 2,0 m
20
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
-Copa
-Depósito de equipamentos
-Rouparia
-Banheiro para pacientes (cada quarto ou enfermaria deve ter acesso direto a um banheiro,
podendo este servir a no máximo 2 enfermarias)
*-Sala administrativa
4.1.1; Box de coleta de material 1 para cada 15 coletas / hora. 1,5 m por box. Um dos boxes deve
4.1.2 ser destinado à maca e com
dimensão para tal
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.1.3 a Laboratório de
4.1.7 bacteriologia ou
microbiologia
Laboratório de micologia
Laboratório de virologia -
Antecâmara de
paramentação - Sala de
manuseio de células
Laboratório de
bioquímica-Área para
eletroforese
9,0 m²
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
8,5 m²
2,8 m² HF
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de espera para pacientes e acompanhantes Sanitários para funcionários ("in loco" ou
não)
-Salas administrativas
*-Copa
Obs.: Os laboratórios podem estar localizados em um único salão, separados por áreas e
bancadas específicas. A depender do nível de biossegurança (vide item B.7 do capítulo
Condições ambientais de controle de infecção) exigido pelos procedimentos realizados em
cada um dos laboratórios, pode ou não ser necessária a existência de sala exclusiva, inclusive
com antecâmara.
21
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QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
4.2 Imagenologia ¹
4.2.5.a Radiologia
4.2.2 Sala de indução anestésica e Distância entre macas(s) igual à 0,8 HF;FO;FN; AM;
recuperação de exames m e entre maca(s) e paredes, exceto FVC; EE; ED
cabeceira, igual à 0,6 m. e com
espaço suficiente para manobra da
maca junto ao pé dessa.
21
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4.2.5.a; Sala de exames (com comando) - 1 (geral). A ADE, com distâncias mínima entre Geral:
4.2.12 Geral - Odontológico - Mama - necessidade de salas de as bordas ou extremidades do FVC;FAM;EE;
Densitometria exames específicos, equipamento exceto estativa mural ED; AC
depende do programa e gerador e todas as paredes da sala Intervencionista:
do estabelecimento. O igual a: -1,0 m das bordas laterais FO;FN; FVC;
nº de salas depende da da mesa de exame do equipamento; FAM; C;
-0,6 m das demais bordas ou Mamog. e
capacidade de densit.: AC;EE;
extremidades do equipamento.
produção do .Odonto. comando fora da ED Odonto:
equipamento e da sala=4,0 m (dimensão mín. de 2,0 EE;ED;HF
m) .Odonto. comando na sala=6,0 m
demanda de
(dimensão mín. de 2,0 m) .Mama =
exames do 8,0 m com dimensão mínima de 2,0
estabelecimento m Obs.: O dimensionamento das s.
de exames de raios-X convencionais
ou telecomandados, devem obedecer
também a distância mínima de 1,5m
de qualquer parede da sala ou
barreira de proteção ao ponto
emissão de radiação do
equipamento, observandose sempre
os deslocamentos máximos
permitidos pelo mesmo; A sala
de mamografia deverá atender ao
estabelecido no item anterior, sendo
que entre o equipamento (face
posterior a do cabeçote) e a
parede paralela à essa face, a
distância poderá ser reduzida à 0,4
m; Equipamentos odontológicos
intra-oral podem ser instalados no
próprio consultório desde que a
equipe possa manter-se à no
mínimo 2 m de distância do
cabeçote e do paciente. Esta
distância é desnecessária quando o
disparador estiver situado em outra
sala.
4.2.5.a; Área de comando 1 para cada sala de 4,0 m com dimensão mínima = EE;ED
4.2.12 exames telecomandados. 1,8 m
Uma sala pode servir à 2
salas de exames
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
AMBIENTES DE APOIO:
-Sanitário para pacientes ( exclusivo para salas de raio "X" telecomandado e ultrasonografia
geral )
-Quarto de plantão ( "in loco" ou não, opcional quando se tratar de cliníca exclusiva de
imagens, extra-hospitalar )
-Sala de utilidades
-Sala administrativa
*-Copa
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
4.2 Imagenologia ¹
4.2.5.b Hemodinâmica
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.2.4 Área de escovação 2 torneiras para cada 1,10 m por torneira com HF
sala de exames dim. mínima = 1,0 m
4.2.5.b Área de comando e componentes técnicos 1 para cada sala de 8,0 m AC;EE;ED;
exames. Uma sala
pode servir à 2 salas
de exames
4.2.4.b Sala de exames e terapias 1 sala. O nº de salas ADE, com distâncias FO;FAM;AC; EE; FVC;
depende da mínima entre as bordas ou ED; DE
extremidades do equipamento
capacidade de e todas as paredes da sala
produção do igual à: - 1,0 m das bordas
equip. e da laterais da mesa de exame do
equip.; - 0,6 m das demais
demanda de bordas ou extremidades do
exames do equip. Obs.: O
EAS dimensionamento das salas
de exames, devem
obedecer também a distância
mínima de 1,5m de qualquer
parede da sala
sala ou barreira de
proteção ao ponto emissão
de radiação do
equipamento, observandose
sempre os
deslocamentos máximos
permitidos pelo mesmo.
Pé-direito mínimo = 2,7 m
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.2.3.; Área de indução e recuperação 1 área. O nº de leitos 8,0 m. Distância entre as macas H F ; F O ; F N ; FA M ;
4.2.7 pós-anestésica deve ser igual ao nº de igual a 0,8 m, entre macas e FVC;EE;ED
salas + 1. paredes, exceto cabeceira,
igual a 0,6 m e com espaço
suficiente para manobra da
maca junto ao pé dessa. O nº
de macas depende dos tipos e
demanda dos exames
previstos.
AMBIENTES DE APOIO:
Imagenologia:
-Sala de utilidades
-Sala administrativa
-Rouparia
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.2 Imagenologia
4.2.5.c Tomografia ¹
4.2.5.c; Sala de exames de tomografia 1. O nº de salas ADE, com distâncias mínima entre FAM;AC;EE;
4.2.12 depende da as bordas ou extremidades do ED; ADE
capacidade de equipamento e todas as paredes da
produção do sala igual à: - 1,0 m das bordas
equipamento e da laterais da mesa de exame do
demanda de exames do equip.; - 0,6 m das demais bordas
estabelecimento ou extremidades do equip.
4.2.3.; 4.2.7 Sala de indução e recuperação A depender dos tipos de Distância entre leito(s) igual à 0,8 HF;FO;FVC;
exames realizados. Deve m e entre leito(s) e paredes, exceto FAM; EE; ED
anestésica existir quando cabeceira, igual à 0,6 m e
4.2.5.c Sala de componentes técnicos 1. Uma sala pode servir a A depender do equipamento EE;ED;AC;ADE
(computadores, etc.) duas salas de utilizado
exames
4.2.5.d Ultra-sonografia
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.2.5.d Sala de exames e terapias de 1 (geral). A 6,0 m= geral 4,0 m = oftamológico HF;FAM;AC;
ultrasonografia - Geral - necessidade de salas de Litotripsia = ADE, com distâncias EE; ED; ADE
Oftamológico - exames específicos, mínima entre as bordas ou Litotripsia: HF;
Litotripsia extracorpórea e depende do pro-grama extremidades do equipamento F O ; FA M ; E
ultrasonog. Intervencionista ¹ do estabelecimento. O (exceto colimador) e todas as E;ED;AC
nº de salas depende da paredes da sala igual a: - 1,0 m das
capacidade de bordas laterais da mesa de exame do
produção do equip. e da equip.; -0,6 m das demais bordas ou
demanda de exames extremidades do equipamento.
do EAS O dimensionamento da sala de
litotripsia devem obedecer também
a distância mínima de 1,5m de
qualquer parede da sala ou barreira
de proteção ao ponto emissão de
raio x do equipamento, observando-
se sempre os deslocamentos
máximos permitidos pelo mesmo. A
sala deve conter no máximo 1
equipamento.
4.2.5.d Sala ou área de comando (para 1. Uma sala pode servir a A depender do equipamento AC;EE;ED; ADE
litotripsia) duas salas de utilizado
exames
¹ Vide Portaria nº 453/98 do Ministério da Saúde " Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica
em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, publicada no DO de 02/06/98.
AMBIENTES DE APOIO:
Ultra-sonografia geral:
-Sanitário para pacientes (anexo a sala de ultra-sonografia de abdome. O sanitário pode servir
a mais de uma sala)
AMBIENTES DE APOIO:
21
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.2.3; 4.2.7 Sala de indução e A depender dos tipos de exames Distância entre leito(s) HF;FO; FVC;
recuperação anestésica realizados. Deve de existir igual à 0,8 m e entre FAM; EE;ED
quando houver atendimento leito(s) e paredes,
pediátrico exceto cabeceira, igual à
0,6 m e com espaço
suficiente para
manobra da maca junto
ao pé dessa.
4.2.8 Área para atendimentos de 1. Opcional caso exista a sala de 6,0 m HF;FO;FAM
emergências recuperação anestésica EE;ED
4.2.5.g Outros
22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
Imagenologia -cont.
4.2.2 a; Sala de exames e procedimentos ²- Área 1 12,0 m com área de limpeza e 9,0 m HF;HQ;FO; FVC;
4.2.5.f; para limpeza e desinfecção de sem área de limpeza FAM; ED;EE
4.2.7; endoscópios
4.2.13; 9.7
4.2.2 a; Sala de exames para procedimentos Vide salas de exames de raios "x" HF;HQ;FO;FVC
4.2.5.f; associados a radiologia ² FA M ; E E ; E D
4..2.7;
4.2.13
*-Sala para preparo de equipamentos/material (obrigatória no caso de haver mais de uma sala
de exames. Nesse caso dispensa-se a área de limpeza e desinfecção de endoscópios localizada
na sala de exames)
22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
² Unidades com uma única sala de exames poderão exercer as atividades 5.2.1,5.2.7 e 5.2.8 na
sala de exames e procedimentos. Nesse caso dispensa-se o consultório e as salas de
recuperação e de laudos.
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
4.3.2 Cabine de audiometria 1 de cada, quando for o 1,4 m com dim. mínima =1,2 m
caso. O nº de salas
depende da capacidade
4.3.2;4.3.3 Sala de otoneurologia de pro dução do 11,0 m com dim. mínima =2,2 m HF;ED; ADE;
equipamento e da EE
demanda de exames do
4.3.2;4.3.3 Sala de potenciais evocados EAS e do tipo de ativi - 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
des desse
4.3.2;4.3.3 Sala de eletroencefalografia - EEG 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
4.3.2; 4.3.3 Sala de fluxo vascular contínuo 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
(Doppler)
4.3.2; 4.3.3 Sala de eletrocardiografia - ECG 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
4.3.2; 4.3.3 Sala de eletrocardiografia contínua - 5,5 m com dim. mínima =2,2 m
(Holter)
4.3.2; 4.3.3 Área de comando para: audiometria, 1 para cada sala de 4,0 m
potenciais evocados e estudo do sono exames. Uma área
pode servir à 2 salas
de exames
22
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AMBIENTES DE APOIO:
Métodos gráficos:
22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
(processamento e
confecção de lâminas
para líquidos,
coloração e
montagem)
AMBIENTES DE APOIO:
22
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*-Sala de utilidades
4.5.3 Box para coleta de 1 para cada 15 coletas / hora 1,5 m por box, sendo 1 para HF
material maca com dimensão para tal
22
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AMBIENTES DE APOIO:
Medicina nuclear:
*-Sala administrativa
*-Quarto para internação com banheiro exclusivo (quando aplicado dose de Iodo - 131 acima
de 1,11 GBq (30 mCi) -"in loco" ou não
*Copa
QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO(min.)
(min.)
22
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
4.6.3 Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas 1,10 m por torneira com dim. HF;HQ
= 2 torneiras por cada mínima = 1,0 m
sala. Mais de 2 salas
cirúrgicas = 2 torneiras a
cada novo par de salas
ou fração
4.6.4; Sala pequena de cirurgia ( 2 salas. Para cada 50 S. pequena: 20,0 m com F O ; F N ; FA M ;
4.6.5;4.6.8 oftalmologia , endoscopia , leitos não especializados dimensão mínima = 3,45 m. S. FVC;AC;EE;ED; E;
otorrinolaringologia, etc) ou 15 leitos cirúrgicos média: 25,0 m com dimensão ADE
deve haver uma sala. mínima = 4,65 m S. grande 36,0
Sala média de cirurgia (geral) Estabelecimentos mcom dim. mínima = 5,0 m. Cada
especializados sala só pode conter uma única
(cardiologia, cirurgia, mesa cirúrgica. Pé-direito mínimo
Sala grande de cirurgia (
etc) tem de fazer um = 2,7 m
ortopedia, neurologia, cardiologia,
cálculo específico
etc )
AMBIENTES DE APOIO :
22
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-Sala de utilidades
-Sala administrativa
22
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4.7.3 Sala de pré-parto 1, tendo 1 leito de préparto a 9,0 m= individual 14,0 m = 2 leitos H F ; F O ; FA M ;
cada 10 leitos obstétricos ou Nº máximo de leitos por sala=2 E E ; ED
fração. O pré-parto pode ser
realizado no quarto de
internação quando esse for
individual.
4.7.5 Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas = 2 1,10 m por torneira com dim. HF;HQ
torneiras por cada sala. Mais mínima = 1,0 m
de 2 salas cirúrgicas
= 2 torneiras a cada novo
par de salas ou fração
4.7.6; 4.7.8 Sala de parto normal 1 a cada 20 leitos Parto cirúrgico = 20,0 m com FVC;FO;FN; FA
obstétricos ou fra-ção. A dimensão mínima = 3,45 m. Parto M;AC;EE;E
sala de parto normal torna- normal = 14,0 m com dimensão D
se optativa quando for mínima = 3,0 m. Cada sala de parto
adotada a técnica "PPP" normal ou cirúrgico deve conter uma
única mesa de parto.
4 . 7 . 11 Área para assistência de 1 área em cada sala de parto. 0,8 m, além da dimensão da HQ;FAM;FO;
R.N. No caso do uso sala própria sala de parto FVC; E; ED
exclusiva e não área, essa
4.7.11 Sala para assistência de pode servir a mais de uma 6,0 m para até 2 salas de parto.
R.N. sala de parto. Acrescer 0,8 m para cada sala
adicional
22
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AMBIENTES DE APOIO:
*-Copa
23
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vencida em no máximo 1
hora
23
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Quarto para pré- Obrigatório somente para 12,0 m ou 14,0 m² (quarto + HF;HQ;FO;F
parto/parto/pósparto - PPP ¹ CPN isolados. 10 a cada área com bancada para V C ; FA M ; E E
posto de enfermagem assistência de RN) com
quando na dimensão mínima igual a 3,0
u. de internação m. Nº máximo de leitos por
quarto = 1
4.7.10 Sala/área para assistência de 1 a cada 10 boxes de 6,0 m para até 2 salas de H Q ; FA M ; F O ;
R.N. PPP 1 a cada 10 salas ou parto. Acrescer 0,8 m para FVC;EE;ED
quartos de PPP sem área cada sala adicional
de assistência de RN
Vide Portaria MS nº 985 de 5/8/99, publicada no DO de 6/8/99 sobre Centro de parto normal
no âmbito do SUS.
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
-Sala administrativa
-Copa
-Rouparia
*-Sala de ultrassonografia
23
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¹ Os quartos para "PPP" podem se localizar em unidades de internação de um EAS, desde que
possuam uma área para assistência de RN no interior do quarto ou uma sala exclusiva para
essa atividade. CPN isolados não poderão ter mais do que cinco quartos.
4.8 Reabilitação
4.8.2.a; Fisioterapia
3.4.10
4.8.2.a Box de terapias O número de boxes e 2,4 m com dimensão mínima = 1,2 HF;ADE
salas depende das m ( cada ). Ao menos um dos
atividades desenvolvidas boxes deve possuir dimensão
pelo e da demanda de mínima = 1,5 m
pacientes
4.8.2.a Sala para turbilhão A depender dos equipamentos HF;HQ;ED
utilizados
4.8.2.a Piscina HF;HQ;ADE
4.8.2.c Fonoaudiologia
23
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AMBIENTES DE APOIO:
Reabilitação
Fisioterapia:
*-Copa
*-Sala administrativa
*-Rouparia (fisioterapia)
Obs.: A unidade funcional Reabilitação não se configura uma unidade física , a subunidade
fisioterapia sim.
23
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4.9.1 Sala para recepção, registro e 1 (de cada) 3,0 m por poltrona de
espera de doadores¹ doação para EAS com até 8
poltronas e 2,0 m para EAS
com mais de 8 poltronas
23
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AMBIENTES DE APOIO:
Hemoterapia e Hematologia:
-Depósito de material de limpeza (um para área de doadores e outro para a área de pacientes
quando houver)
-Sala de utilidades 4
*-Sala administrativa
23
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6 A sala de pré-estoque pode ser substituída por uma área dentro da sala de
processamento ou da sala para liberação e rotulagem.
4.10 Radioterapia ¹
23
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AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
-Sala administrativa
-Depósito de equipamentos/materias
*-Copa
23
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4 . 11 Quimioterapia
4.11.4; Sala de aplicação de quimioterápicos 1. No caso de haver 7,0 m por leito e 5,0 m por H F ; F O ; FA M ; E
4.11.5 - Adulto curta duração - poltronas atendimento pediátrico, poltrona E
e/ou longa a sala deve ser
duração¹ - leito - Criança curta exclusiva
duração - poltronas e/ou longa
duração¹ - leito
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
*-Sala administrativa
*-Copa
23
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4.12 Diálise ¹
4.12.4 Sala para tratamento hemodialítico 1 5,0 m por poltrona / leito. 1,00 m
entre leitos/poltronas, 0,5 m entre
leitos/poltronas e paredes paralelas,
1,5 m livres em frente ao pé da
poltrona/leito e 0,6 entre cabeceira
da poltrona e a parede atrás da
poltrona/leito
24
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atendimentos de
pacientes HBsAg+
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades
*-Sala administrativa
24
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ADE EE;ADE
4.13.9 Sala para lactentes acompanhantes 4,4 m. Sala com dois berços no HF
mínimo
AMBIENTES DE APOIO:
*-Sala administrativa
24
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*-Copa
*-Consultório
(2) Estas atividades podem ser realizadas em ambientes não exclusivos do BLH
4.14 Oxigenoterapia
Hiperbárica
4.14.3;4.14.4;4.14.5 Sala de terapia individual - 1 Sala de terapia: ADE, HF; FO; FAM;
câmara hiperbárica para 1 com distâncias mínima EE; ED; FVC
paciente com entre as bordas ou
área de comando extremidades do
acoplada à câmara equipamento e todas as
paredes da sala igual à:
- 230 cm entrada
da câmara;
- 80 cm das
demais bordas ou
extremidades do
equipamento
24
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AMBIENTES DE APOIO:
-Vestiários de pacientes
*-Sala administrativa
*-Copa
*- Área para guarda de macas e cadeira de rodas ¹ Pode ser compartilhado com outras
unidades. Opcional para unidades com câmara
Individual
24
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Cozinha (tradicional) ¹
5.1.1 Área para recepção e inspeção de 1 Área total menos refeitório = - até HF
alimentos e utensílios 200 refeições por turno = 0,45 m
por refeição - de 201 a 400
5.1.2; 5.1.3 Despensa de alimentos e utensílios - área 1 refeições por turno = 0,30 m por EE
para alimentos em temperatura ambiente refeição - de 401 a 800 refeições
- área para utensílios - área e/ou câmara por turno = 0,18 m por refeição -
para alimentos resfriados - área e/ou acima de 800 refeições por
câmara para alimentos congelados turno= 0,16 m por refeição
24
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5.1.16 4.9.4 Refeitórios - Refeitório para paciente Lanchonete: 1 quando Refeitório = 1,0 m por comensal HF
- Refeitório para funcionário - Refeitório existir doa-ção de Lanchonete = 1,0 m por doador
para aluno - Refeitório para público - sangue no (todos sentados), sendo 1 cadeira
Lanchonete para doador de sangue estabelecimento para cada poltrona de doação
Demais: optativo
24
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AMBIENTES DE APOIO:
Cozinha:
-Sala administrativa
Lactário
*-Sala administrativa
Nutrição Enteral:
24
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³ Esta sala pode ser compartilhada com outros ambientes de outras unidades
como os do lactário.
5 Refere-se a um ponto de água para instalação de filtro. A sala não pode possuir
pia de lavagem.
UNIDADE FUNCIONAL: 5 - APOIO TÉCNICO
5.2 Farmácia
5.2.2 Área para armazenagem e controle 1 (de cada). A depender -0,6 m por leito -Termolábeis = a E;ADE EE (área
(CAF) ¹ - Matéria prima: - Inflamáveis das atividades do depender da temperatura e de
- Não inflamáveis - Material de estabelecimento. umidade da região e do tipo de imunobiológicos)
embalagem e envase - Quarentena - embalagem dos medicamentos. -
Medicamentos - Termolábeis (23º à 25º Imunob.= 2,0 m p/ freezer ou
no máximo) - Imunobiológicos (4ºC à geladeira. A depender do
8ºC e - 18ºC à - 20ºC) - Controlados - equipamento, no caso do uso de
Outros - Materiais e artigos médicos câmaras fria.
descartáveis - Germicidas - Soluções
parenterais - Correlatos
5.2.4 Área para dispensação ( farmácia 4,0 m. Pode ser substituída por HF
satélite ) carrinhos de
medicamentos ou armários
específicos.
24
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AMBIENTES DE APOIO:
-Sanitários para
funcionários -Depósito
de material de limpeza
Farmacotécnica:
-Sala administrativa
24
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*-Copa
5.3.1;5.3.2 Sala composta de:- Área para 1 0,08 m² por leito com área HF;HQ;E; ADE HF;E
recepção, descontaminação e mínima de 8,0 m²
separação de materiais- Área para
lavagem de materiais 1
25
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5.3.5; HF;AC;E
5.3.6;5.3.7 Sub-unidade para esterilização Comando = 2,0 m S. de
química gasosa ¹- Área de comando esterilização = 5,0 m²
AMBIENTES DE APOIO:
25
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-Sala administrativa
6.1; 6.2 Sala de Ensino - Sala de aula - A depender das Sala de aula*=1,3 m² por aluno
Anfiteatro / auditório atividades do Anfiteatro* = 1,2 m² por pessoa
estabelecimento
6.1; 6.2 Sala de estudo ( trabalho individual ) 2,0 m² por aluno
6.1; 6.2; Biblioteca - Área para referência- Área Área para referência = a
6.3 para acervo- Área para leitura - Sala depender do equipamento
para processos técnicos utilizado A. acervo = 200 livros
por m² A. leitura = 2,0 m² por
leitor S. processos = 12,0 m²
25
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AMBIENTES DE APOIO:
-Salas administrativas
*-Copa
7.1.7 e Área para atendimento ao público - A depender das Protocolo = 3,0 m² por
7.2.3 Protocolo - Tesouraria - Posto de atividades e funcionário Tesouraria = 2,5
informações (administrativas e/ou organização m² por funcionário Posto de
clínicas) administrativa do informações = 3,0 m²
estabelecimento
25
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AMBIENTES DE APOIO:
Serviços administrativos:
-Salas administrativas
-Sala de espera
UNIDADE FUNCIONAL: 8 - APOIO LOGÍSTICO
8.1 Processamento de Roupa ¹ Deve existir - EAS que processem até 100 kg
quando houver de roupa/dia=26 m² - EAS que
internação de processem de 100 a 200 kg de
pacientes. A unidade roupa/dia=36 m² - EAS que processem
pode estar dentro ou de 201 a 400 kg de roupa/dia=60 m² -
fora do EAS EAS que processem de 401 a 1500 kg
de roupa/dia=0,17 m² para cada kg de
roupa/dia - EAS que processem
acima de 1500 kg de
roupa/dia=0,15 m² para cada kg de
roupa/dia Cálculo do peso: PRP =
TP . KPD . 7 dias para EAS com ---
internação
NDT
8.1.2 Sala para recebimento, pesagem, 1 25 % da área total (com DML e HF;E; CD
classificação e lavagem (área "suja") banheiro)
25
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8.1.9; 8.1.7 1
lavadoras a base de
ozônio
8.1.2 à Sala para lavagem de roupas Sala específica para 8,0 m² com largura mínima igual à HF
8.1.10 EAS 1,5 m
exceto destinados
8.1.5 e exclusivamente à
8.1.9 assistência
ambulatorial de
saúde mental.
Neste caso
excluem-se todas as
demais salas.
8.1.8 Rouparia 1 em cada unidade 2,2 m². Pode ser substituída por
funcional que tenha armários exclusivos ou carros roupeiros
pacientes
8.1.8 e Sala de armazenagem geral de roupa 1 quando não existir Área para no mínimo dois carros de
8.1.10 limpa (rouparia geral) lavanderia no EAS roupa limpa
8.1.1 Sala de armazenagem geral de roupa suja 1 quando não existir Área para no mínimo dois carros de
lavanderia no EAS roupa suja
AMBIENTES DE APOIO:
-Banheiro para funcionários (exclusivo para sala de recebimento. Barreira para sala)
25
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= Kg / Paciente / Dia
8.3; 4.10.5 Laboratório de processamento - Sala 1, quando existir a A depender da quantidade de Área
e 4.5.8; de revelação - Área receptora de unidade de equipamentos e do tipo destes receptora=E;
4.2.5 4.2.7 chapas processadas imagenologia. A NPC HF; ADE
= B
25
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AMBIENTES DE APOIO:
8.4.2, 8.4.3 Oficina de manutenção - Serralharia - 1 (de cada) a depender A depender do maquinário ADE
Marcenaria e carpintaria - Pintura - das atividades do EAS utilizado e do nº de pessoal que
Elétrica - Hidráulica - Refrigeração - e da política trabalha nas oficinas
Gasotécnica - Mecânica - Eletrônica - administrativa deste
Eletromecânica - Ótica - Mecânica fina -
Usinagem - Estofaria
25
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AMBIENTES DE APOIO:
Manutenção:
*-Sala administrativa
Necrotério:
8.6.1, Área de recepção e espera para 1 em cada unidade 1,2 m² por pessoa
8.6.2, 8.6.4 paciente, doador, acompanhante de requerente
paciente
8.6.1, 8.6.4 Área de estar para paciente interno, 1,3 m² por pessoa
acompanhante de paciente e
visitante de paciente
8.6.1 Box de vestiário para paciente No mínimo 2 por 1,0 m². Ao menos um dos boxes deve
cada unidade possuir 2,25 m² com dimensão
requerente mínima de 1,5m (deficientes)
8.6.1, Sanitário para paciente, doador e 1 para cada sexo por Individual: 1,6 m² com dimensão HF
8.6.2, 8.6.4 público (1) unidade re-querente mínima = 1,2 m Individual p/
deficientes: 3,2m² com dimensão
mínima = 1,7 m Coletivo: 1 bacia
sanitária e 1 lavatório para cada
grupo de 6 pessoas. Dimensão
mínima = 1,7 m
25
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8.6.1 Banheiro para paciente interno (1) 1 para cada 2 Individual: 3,6 m² com dimensão HF;HQ;ADE
enfermarias ou mínima = 1,7 m Individual p/
quartos deficientes: 4,8 m² com dimensão
mínima = 1,7 m Box chuveiro:
dimensões mínimas = 0,8m x 1,0 m
Box chuveiro p/ deficientes:
dimensões mínimas = 0,9m x 1,1 m
Coletivo: 1 bacia sanitária, 1
lavatório e 1 chuveiro para cada 6
leitos. Dimensão mínima = 1,7 m
8.6.1, Área para guarda de pertences de 1 em cada unidade 0,3 m² por pessoa
8.6.2, 8.6.4 paciente, doador e público requerente
8.6.3 Quarto de plantão para funcionários e 5,0 m² com dim. mínima = 2,0 m
alunos
8.6.3 Vestiário central para funcionários e 1 para cada sexo 0,5 m² por funcionário/turno, HF;HQ
alunos (1) sendo 25% para homens e 75%
para mulheres. 1 bacia sanitária, 1
lavatório e 1 chuveiro a cada 10
funcionários (2)
8.6.3 Sanitário para funcionários e alunos (1) 1 para cada sexo por 1 bacia sanitária e 1 lavatório cada 10 HF
unid. re-querente funcionários (2)
8.6.3 Banheiro para funcionários e alunos (1) 1 bacia sanitária, 1 lavatório e 1 HF;HQ;ADE
chuveiro a cada 10 funcion. (2)
8.6.3 Área para guarda de pertences de 1 em cada unidade 0,3 m² por pessoa
funcionários e alunos requerente
25
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
possível a existência de somente um conjunto desses sanitários, caso exista mais de uma
unidade em um mesmo pavimento, e este não possua deslocamentos até os sanitários
maiores do que 80,00 m;
8.7 Depósito de material de limpeza 1 em cada unidade 2,0 m² com dimensão mínima = HF
com tanque (DML) requerente 1,0 m
5.3.1; Sala de utilidades com pia de 4,0 m² com dimensão mínima = HF;ADE
5.3.2; despejo² 1,5 m. Quando houver guarda
8.7;
8.1.1 temporária de resíduos
sólidos acrescer 2 m²
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
8.7 Abrigo de recipientes de resíduos ( lixo 1 servindo a toda Depósito: Cada box deve ser HF
)² -Depósito (com no mín. 2 boxes - edificação onde estiver suficiente para a guarda de dois
resíduos biológicos e comuns) - localizado o EAS recipientes coletores Depósito
Depósito de resíduos químicos - químicos: a depender do PGRSS ² do
Higienização de recipientes coletores EAS Higienização: box para1 carro
coletor
8.9.1; Área para caldeiras ¹ 1. A depender das A depender dos equipamentos EE (ar
8.9.3 atividades do EAS 1 (de utilizados condicion. e
cada).A depender das bombas);ADE
Casa de caldeiras ¹
atividades do EAS
26
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4.1 - ACESSOS
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Suprimentos e resíduos.
4.2 - ESTACIONAMENTOS
- demais funcionários;
26
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- fornecedores, vendedores;
- remoção de cadáveres; e
Para estacionamentos com até 100 vagas, devem existir duas vagas reservadas a
deficientes ambulatórios. Estacionamentos acima de 100 vagas devem possuir 1% dessas
destinados a esses deficientes, conforme norma NBR- 9050 da ABNT.
orientações: a) Corredores
No caso de desníveis de piso superiores a 1,5 cm, deve ser adotada solução de
rampa unindo os dois níveis.
b) Portas
Todas as portas de acesso a pacientes devem ter dimensões mínimas de 0,80 (vão
livre) x 2,10 m, inclusive sanitários.
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
EAS com até dois pavimentos (inferior ou superior), incluindo térreo - fica
dispensado de elevador ou rampa. Neste caso a movimentação de pacientes poderá ser
feita através de escada com equipamentos portáteis ou plataforma mecânica tipo plano
inclinado adaptada à escada, no caso do paciente precisar ser transportado;
EAS com até de dois pavimentos (inferior ou superior), inclusive térreo que
exerça atividades de internação, cirurgias não ambulatoriais, parto-cirúrgico e
procedimentos médicos com a utilização de anestesia geral, localizadas em pavimento(s)
diferente(s) do de acesso exterior - deve possuir elevador de transporte de pacientes em
macas ou rampa;
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Em todos os casos citados acima, exceto em EAS com mais de três pavimentos
(incluindo térreo), as rampas podem substituir os elevadores. Vide item 4.4. b) desta
resolução.
a) Escadas
- as escadas que, por sua localização, se destinem ao uso de pacientes, têm de ter
largura mínima de 1,50m e serem providas de corrimão com altura de 80 cm a 92 cm do
piso, e com finalização curva. Vide norma ABNT NBR 9050, item 6.6.1;
- o piso de cada degrau tem de ser revestido de material antiderrapante e não ter
espelho vazado;
EAS que utilizam rampas para pacientes devem obedecer os seguintes critérios:
26
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- rampas só podem ser utilizadas como único meio de circulação vertical quando
vencerem no máximo dois pavimentos independentemente do andar onde se localiza.
Ex.: poderá ser do térreo ao 2º pavimento, ou do 10º ao 12º pavimento. É livre o número
de lances quando complementada por elevadores para pacientes;
c) Elevadores
c.1) Capacidade
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Deve conter dispositivo "no break", com autonomia de uma hora, que no caso de
falta de energia elétrica mantêm iluminação na cabina e propicia o funcionamento da
campainha de alarme. No caso dos elevadores destinados à pacientes, esse sistema deve
manter o funcionamento total do elevador.
26
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c.4) Comando
d) Monta-cargas
e) Tubo de Queda
26
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de qualidade do ar.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de deverem apresentar maiores níveis de assepsia.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de que as atividades neles desenvolvidas produzem odores.
27
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais higrotérmicas e especiais de controle de qualidade do ar, em
função de que as atividades neles desenvolvidas poluem o ar.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função do
tempo de permanência dos pacientes nos mesmos
- Atendimento imediato
Salas de observação
- Internação
Internação geral:
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função das
características particulares dos equipamentos que abrigam.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais higrotérmicas e de controle de qualidade do ar, em função das
características particulares dos equipamentos que abrigam e das atividades que neles se
desenvolvem.
27
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
5.2-CONFORTO ACÚSTICO
As normas para controle acústico a seguir devem ser seguidas por todos EAS.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais acústicas.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque, apesar de não abrigarem atividades nem
equipamentos geradores de altos níveis de ruído, os grupos populacionais que os
freqüentam necessitam dos menores níveis de ruído possíveis.
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Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
Métodos Gráficos:
Cabine de audiometria
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque abrigam atividades e quipamentos geradores de
altos níveis de ruído e os grupos populacionais que os freqüentam necessitam os
menores níveis de ruído possíveis.
- Atendimento imediato
Imagenologia/Ultra-sonografia:
Litotripsia extracorpórea
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas especiais de controle das
condições ambientais acústicas porque abrigam atividades e equipamentos geradores de
níveis de ruído muito altos e necessitam serem isolados como fonte.
- Apoio técnico
Nutrição e dietética:
Área de produção
Imagenologia/Ultra-sonografia:
Litotripsia extracorpórea
- Apoio logístico
Processamento de
27
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lavagem e
centrifugação
Manutenção:
Oficinas de manutenção
Infra-estrutura predial:
Casa de bombas;
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas comuns de controle das
condições ambientais luminosas.
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas de controle natural das
condições ambientais luminosas.
- Atendimento imediato
Salas de observação
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- Internação
Internação geral:
Quartos e enfermarias
Quartos e áreas
coletivas -
Apoio ao
diagnóstico e
terapia
Diálise:
Ambientes funcionais dos EAS que demandam sistemas de controle artificial das
condições ambientais luminosas.
-Ambulatório
Consultórios de oftalmologia
- Atendimento imediato
Ima
gen
27
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ologi
a:
Sala
s de
exa
mes
Oftal
mol
ogia
Sala de exames
- Apoio logístico
de revelação
6.1-CONCEITUAÇÃO BÁSICA
27
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6.2-CRITÉRIOS DE PROJETO
A. ESTUDO PRELIMINAR
27
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Áreas não-críticas - são todos os demais compartimentos dos EAS não ocupados
por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco.
B. PROJETO BÁSICO
Barreiras físicas são estruturas que devem ser associadas a condutas técnicas
visando minimizar a entrada de microorganismos externos. São absolutamente
necessárias nas áreas críticas.
27
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Sanitários franqueados para outros tipos de população do EAS não podem ser
compartilhados pelo pessoal que manuseia alimentos; e
27
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O quarto privativo no EAS tem flexibilidade para, sempre que for requerida
proteção coletiva (PC), operar prontamente como isolamento. Poderá, ainda, atuar como
isolamento de substâncias corporais (ISC) e como isolamento de bloqueio (IB), se
instalar-se sistema de abertura de porta por comando de pé ou outro, que evite tocar na
maçaneta.
São eles:
A. Lactário:
Preparo
Limpeza
Entretanto, deve permitir a passagem direta das mamadeiras entre estes ambientes
através de guichê ou similar.
B. Nutrição Enteral
Preparo
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Limpeza
Os reservatórios destinados à água potável devem ser duplos para permitir o uso
de um enquanto o outro estiver interditado para reparos ou limpeza.
Para lavagem das mãos existem três tipos básicos de equipamentos que são
classificados como:
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Lavabos com uma única torneira devem ter dimensões mínimas iguais a 50 cm de
largura, 100 cm de comprimento e 50 cm de profundidade.
A cada 6 (seis) boxes deve existir um lavatório em local anexo a esses boxes e no
mínimo um lavatório no salão de cinésio e mecanoterapias.
28
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B.4.7 Salas de Exames e de Terapia não Citadas nos Itens B.4.1 a B.4.6 Dentro
Todas as áreas "molhadas" do EAS devem ter fechos hídricos (sifões) e tampa
com fechamento escamoteável. É proibida a instalação de ralos em todos os ambientes
onde os pacientes são examinados ou tratados.
As salas de utilidades devem ser projetadas de tal forma que possam, sem afetar
ou interferir com outras áreas ou circulações, receber material contaminado da unidade
onde se encontra, receber o despejo de resíduos líquidos contaminados, além de abrigar
roupa suja e opcionalmente resíduo sólido (caso não exista sala específica para esse
fim), a serem encaminhados a lavanderia e ao abrigo de resíduos sólidos. A sala deve
possuir sempre, no mínimo, uma pia de despejo e uma pia de lavagem comum.
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As barreiras secundárias como pias para higienização das mãos e instalações para
descontaminação de lixo devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação
potencial do meio ambiente"¹.
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Secundárias)
1 Que não são Práticas Padrões de Não são necessários Bancadas abertas com
conhecidos por microbiologia pias próximas.
causarem doenças
em adultos sadios.
2 Associados com Prática de NB-1 mais: Barreiras Primárias = NB-1 mais: Autoclave
doenças humanas, - Acesso limitado - Cabines de Classe I ou disponível.
risco = lesão Aviso de Risco II ou outros
percutânea, ingestão, Biológico - Precauções dispositivos de
exposição da com objetos contenção física
membrana mucosa. perfurocortantes. - usados para todas as
Manual de manipulações de
Biossegurança que agentes que
defina qualquer provoquem aerossóis
descontaminação de ou vazamento de
dejetos ou normas de materiais infecciosos;
vigilância médica.
Procedimentos
Especiais como o uso
de aventais, luvas,
proteção para o rosto
como necessário.
3 Agentes exóticos Práticas de NB-2 mais: Barreiras Primárias = NB-2 mais: - Separação
com potencial para - Acesso controlado - Cabines de Classe I ou física dos corredores de
transmissão via Descontaminação de II ou outros acesso.
aerossol; a doença todo o lixo - dispositivos de - Portas de acesso dupla
pode ter Descontaminação da contenção usados para com fechamen- to
conseqüências sérias roupa usada no todas as manipulações automático. - Ar de
ou até fatais. laboratório antes de ser abertas de agentes; exaustão não
lavada. - Amostra Uso de aventais, luvas, recirculante. - Fluxo de
sorológica proteção respiratória ar negativo dentro do
quando necessária. laboratório.
28
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4 Agentes exóticos NB-3 mais: -Mudança Barreiras Primárias = NB-3 mais: - Edifício
ou perigosos que de roupa antes de entrar. Todos os separado ou área
impõem um alto -Banho de ducha na procedimentos isolada. - Sistemas de
riso de doenças que saída. -Todo o material conduzidos em cabines abastecimento e escape,
ameaçam a vida, descontaminado na saída de Classe III ou Classe a vácuo, e de
infecções das instalações. I ou II junta-mente descontaminação. -
laboratoriais com macacão de Outros requisitos
transmitidas via pressão positiva com sublinhados no texto.
aerossol; ou suprimento de ar.
relacionadas a
agentes com risco
desconhecido de
transmissão
"A cabine de segurança biológica Classe III hermética e impermeável aos gases
proporciona o mais alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente"¹
28
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C. PROJETO EXECUTIVO
Devem ser sempre priorizados para as áreas críticas e mesmo nas áreas
semicríticas, materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, com o
menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e limpeza freqüente.
Os materiais, cerâmicos ou não, quando usados nas áreas críticas, não podem
possuir índice de absorção de água superior a 4% individualmente ou depois de
instalados no ambiente, além do que, o rejunte de suas peças, quando existir, também
deve ser de material com esse mesmo índice de absorção. O uso de cimento sem
qualquer aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares, é vedado
tanto nas paredes quanto nos pisos das áreas criticas.
Nas áreas críticas e semicríticas não deve haver tubulações aparentes nas paredes
e tetos. Quando estas não forem embutidas, devem ser protegidas em
28
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toda sua extensão por um material resistente a impactos, a lavagem e ao uso de desinfetantes.
C.2 Rodapés
A execução da junção entre o rodapé e o piso deve ser de tal forma que permita a
completa limpeza do canto formado. Rodapés com arredondamento acentuado, além de
serem de difícil execução ou mesmo impróprios para diversos tipos de materiais
utilizados para acabamento de pisos, pois não permitem o arredondamento, em nada
facilitam o processo de limpeza do local, quer seja ele feito por enceradeiras ou mesmo por
rodos ou vassouras envolvidos por panos.
Especial atenção deve ser dada a união do rodapé com a parede de modo que os
dois estejam alinhados, evitando-se o tradicional ressalto do rodapé que permite o
acúmulo de pó e é de difícil limpeza.
C.3 Forros
Toda tubulação usada para o transporte de roupa suja tem que possuir
mecanismos de lavagem próprios, antecâmaras de acesso com portas, tubo de ventilação
paralelo ligado em intervalos ao tubulão e área de recepção exclusiva da roupa suja, com
ralo sifonado para captação da água oriunda da limpeza do tubulão. O tubulão deve ser
de material resistente ao uso de desinfetantes e a lavagem com água e sabão,
anticorrosivo e com no mínimo 60 cm de diâmetro.Deve ainda possuir na saída,
mecanismos ou desenho que amorteça o impacto dos sacos contendo as roupas.
C.6 Bidês
29
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dos incineradores e das chaminés das caldeiras. Vide Capítulo 7 - Instalações Prediais
Ordinárias e Especiais, item 7.5.
Devem ser adotadas medidas para evitar a entrada de animais sinantrópicos nos
ambientes do EAS, principalmente quando se tratar de regiões onde há incidência
acentuada de mosquitos, por exemplo.
Elétrica (IE)
comprimido (FA)
Ar comprimido Medicinal
Ar comprimido Industrial
Ar comprimido Sintético
Vácuo (FV)
de limpeza Óxido
nitroso (FN)
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Ar Condicionado (AC)
Ventilação (V)
Exaustão (E)
GENERALIDADES
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas: ABNT, NB 92 - Instalações Prediais de Água Fria e Portaria n.º 82 de
03/02/00 do Ministério da Saúde, publicada no DOU de 08/02/00 sobre funcionamento
dos serviços de terapia renal substitutiva.
CONSUMO
. População;
. Determinadas atividades.
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c) Laboratórios;
h) Limpeza e zeladoria.
RESERVATÓRIO
Nos casos não descritos nesta resolução, é adotada como complementar a norma
da ABNT, NBR 7198 - Instalações prediais de água quente.
CONSUMO
29
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a) Reabilitação (hidroterapia);
f) Limpeza e zeladoria.
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas:
29
Apostila do curso de Capacitação de Terapeutas Conselheiros em Dependência Química
LANÇAMENTO EXTERNO
Caso a região onde o EAS estiver localizado tenha rede pública de coleta e
tratamento de esgoto, todo o esgoto resultante desse pode ser lançado nessa rede sem
qualquer tratamento.
Não havendo rede de coleta e tratamento, todo esgoto terá que receber tratamento
antes de ser lançado em rios, lagos, etc. (se for o caso).
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as
seguintes normas:
CONSUMO
SISTEMAS DE EMERGÊNCIA
29
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São elas:
Classe 0.5:
Classe 15:
Grupo 0:
Grupo 1
Grupo 2
- Ambulatório
Enfermagem
29
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-Para as demais: Grupo 1, Classe 15, principalmente se tais salas puderem ser
utilizadas para algum tipo de monitoração eletrônica.
Atendimento imediato
Internação geral:
-Posto de enfermagem, sala de serviço, sala de exames e curativos e área de recreação : Grupo
0, Classe
.-+ 15;
-Para as demais: Grupo 1, Classe 15, principalmente se tais salas puderem ser
utilizadas para algum tipo de monitoração eletrônica.
Internação intensiva-UTI:
-Área para prescrições médicas, sala de serviço e demais salas de apoio: Grupo 0,
Classe > 15;
29
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Patologia clínica:
29
-
Laboratórios e sala de laudos: Grupo 0, Classe > 15, a menos que alguns dos equipamentos
laboratoriais necessitem de uma classe mais restritiva. Tal informação deverá ser fornecida pelo
fabricante do equipamento. Dependendo da potência um "no-break" local pode ser utilizado.
Anatomia patológica
> 15.
Medicina nuclear:
Centro cirúrgico:
-Sala de recuperação pós-anestésica: Grupo 1, Classe 15 e Classe 0,5 para equipamentos eletromédicos
que eventualmente se quer associar à fonte de segurança capaz de restabelecer a alimentação em no
máximo 0,5 s; -Demais: Grupo 1, Classe 15.
-Sala de indução anestésica: se não aplicado gás anestésico pode ser Grupo 1, Classe
15;
-Sala de parto cirúrgico: Grupo 2, Classe 15 e Classe 0,5 para luminárias cirúrgicas e,
eventualmente, equipamentos eletromédicos que se queiram associar à fonte de segurança capaz de
restabelecer a alimentação em no máximo 0,5 s;
29
-
Demais: Grupo 1, Classe 15.
Hemoterapia
Radioterapia
Quimioterapia
Banco de leite
> 15.
Oxigenoterapia hiperbárica
- Apoio técnico
Nutrição e dietética
Farmácia
- Apoio logístico
30
-
Infra-estrtura predial
Centrais de gases e vácuo, ar condicionado, sala para grupo gerador, para sub-estação elétrica e
para bombas: Pelo menos uma luminária de cada um desses ambientes deve ser integrada ao sistema de
emergência, todos os alarmes das redes, além das instalações elétricas que acionam os sistemas (bombas,
compressores, etc.): Grupo 0, Classe 15.
Observações:
ILUMINAÇÃO
Quanto aos quartos enfermaria da unidade de internação geral- são quatro tipos de iluminação:
Quanto ao quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva são quatro tipos de
iluminação7:
Quanto à sala de cirurgia e sala de parto - além da iluminação geral de teto com lâmpada
fluorescente, existe a iluminação direta com foco cirúrgico.
30
-
Quanto aos consultórios e salas para exames clínicos
- TOMADAS
Quanto à enfermaria da unidade de internação geral e berçário de sadios - uma tomada para
equipamento biomédico por leito isolado ou a cada dois leitos adjacentes, além de acesso à tomada para
aparelho transportável de raios X distante no máximo 5m de cada leito8
30
Quanto ao berçário de cuidados intermediários - três tomadas para cada
berço/Incubadora;
Quanto a quarto e área coletiva da Unidade de Internação Intensiva - oito9 tomadas para equipamento
biomédico por leito10 berçário ou incubadora, além de acesso à tomada para aparelho transportável de raios X
distante no máximo 5m de cada leito.
Quanto a sala de cirurgia e sala de parto - dois conjuntos com quatro tomadas11 cada um em paredes
distintas e tomada por aparelho transportável de raios X.
Trata-se de sistema de sinalização luminosa imediata entre o paciente interno e o funcionário assistencial
(médico e enfermeira).
O sistema interliga cada leito, sanitário e banheiro das diversas unidades e ambientes em que está
presente o paciente interno, com o respectivo posto de enfermagem que lhe dá cobertura assistencial, a saber:
Sala de indução anestésica e sala de recuperação pós-anestésica dos centros cirúrgicos e Obstétricos, e
demais.
A identificação deve se dar em cada leito e porta dos ambientes voltados para a circulação
7.2.3.1 - Aterramento
Todos as instalações elétricas de um EAS devem possuir um sistema de aterramento que leve em
consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas em uma instalação. Todos os sistemas devem
atender a normas da ABNT NBR 13.534 e NBR 5410 e NBR 5419, no que diz respeito ao sistema de
aterramento.
Fica proibida a utilização do sistema TN-C especificado na norma NBR 13.534 em EAS.
Nenhuma tubulação destinada à instalações pode ser usada para fins de aterramento.
Fica estabelecido:
c. A limitação, nas salas acima descritas, de uma região especial denominada de Zona de Risco,
composta por sua vez pela Zona M, cujas definições seguem abaixo:
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 29
ZONA G
Numa sala comportando procedimentos de anestesia por inalação,é o volume no qual temporária ou
continuamente podem ser produzidas, guiadas ou utilizadas pequenas quantidades de mistura inflamável de
anestésico e oxigênio (ou oxigênio e óxido nitroso), incluindo também o ambiente total ou parcialmente fechado
de equipamento ou partes de equipamento, até uma distância de 5 cm em relação a partes do Gabinete do
Equipamento, onde pode ocorrer vazamento, nos seguintes casos:
Nota:
No caso de o vazamento verificar-se para um outro Gabinete não suficientemente ventilado (por
ventilação natural ou forçada), e ser possível ocorrer um enriquecimento da mistura proveniente do vazamento,
considera-se como ZONA-G tal Gabinete, incluindo possivelmente suas adjacências, até uma distância de 5 cm
em relação a dito Gabinete ou parte do mesmo.
ZONA M
Numa sala comportando procedimentos de anestesia por inalação, é o volume em que podem formar-se
pequenas quantidades de mistura inflamável de anestésico e ar.
Notas:
a. Uma ZONA M pode ser criada por vazamento de uma mistura inflável de anestésico e
oxigênio (ou oxigênio e óxido nitroso) proveniente de uma ZONA-G, ou pela aplicação de produtos inflamáveis
de anti-sepsia e/ou produtos de limpeza.
b. No caso de uma ZONA-M ser formada por vazamento, ela compreende o espaço vizinho da
área de vazamento de uma ZONA-G até a distância de 25 cm, a partir do ponto de vazamento.
e. No caso da utilização de piso não condutivo no mesmo ambiente de piso condutivo, deve-se
fazer uma marcação de distinção para ambos os pisos.
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as seguintes normas:
NBR 12.188 - Sistemas centralizados de oxigênio, ar comprimido,óxido nitroso e vácuo para uso
medicinal em estabelecimento de saúde;
NBR 13.932 - Instalações internas de gás liquefeito de petróleo(GLP) - Projeto e Execução; NBR
CONSUMO
O consumo total é calculado com base nos consumos de todos os equipamentos e das pressões de
serviço.
As unidades funcionais que possuem equipamentos que demandam vapor são: cozinha, lactário, nutrição
enteral, central de material esterilizado e lavanderia.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
- encanado ou de rua; e
O primeiro existe em algumas cidades ou áreas de cidades de grande porte e é geralmente atendido por
concessionária. O segundoé abastecido por cilindros/butijão localizados no interior do EAS.
CONSUMO
O consumo total é calculado com base nos consumos parciais das diversas unidades e seus
equipamentos:
Para o uso medicinal em EAS, os gases mais comumente empregados são o oxigênio, o ar comprimido e
o óxido nitroso.
São apresentados os aspectos comuns das instalações dos gases medicinais, tratandose posteriormente
das especificidades de cada um deles.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
- Centrais de cilindros
- Tanques;
O segundo e terceiro sistemas são centralizados. Neste caso o gás é conduzido por tubulação da central
até os pontos de utilização.
Os sistemas de baterias de cilindros devem estar conectados a uma válvula reguladora de pressão capaz
de manter a vazão máxima do sistema centralizado de forma contínua. Os sistemas de tanques e/ou usinas
concentradoras, devem manter suprimento reserva para possíveis emergências, que devem entrar
automaticamente em funcionamento quando a pressão mínima de operação preestabelecida do suprimento
primário for atingida.
Os sistemas devem estar protegidos de fonte de calor como os incineradores, as caldeiras e outras, de tal
forma que não haja possibilidade dos cilindros e demais equipamentos da central atingirem uma temperatura
acima de 54ºC. Da mesma forma devem ficar
afastados de transformadores, contactores, chaves elétricas e linhas abertas de condutores de energia elétrica. Os
sistemas devem estar obrigatoriamente localizados acima do solo, ao ar livre ou quando não for possível, em um
abrigo à prova de incêndio, protegido das linhas de transmissão de energia elétrica. Não podem estar localizados
na cobertura da edificação. Devem ser de tal maneira instalados que permitam fácil acesso dos equipamentos
móveis, de suprimento e de pessoas autorizadas.
Os ambientes onde estão instaladas as centrais de reservação e usinas concentradoras devem ser
exclusivos para as mesmas, não podendo ter ligação direta com locais de uso ou armazenagem de agentes
inflamáveis. O seu piso deve ser de material não combustível e resistente ao oxigênio líquido e/ou óxido nitroso
líquido. Caso haja declive nesse piso, deve ser eliminada a possibilidade de escoamento do oxigênio líquido
atingir as áreas adjacentes que tenha material combustível.
Quando o sistema de abastecimento estiver localizado emárea adjacente, no mesmo nível ou em nível
mais baixo que depósitos de líquidos inflamáveis ou combustíveis, tornam-se necessários cuidados especiais
utilizando-se diques, canaletas e outros, para evitar o fluxo desses líquidos para a área da central de gases.
Devem ser obedecidas as seguintes distâncias mínimas entre tanques e/ou cilindros de centrais de
suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências
Edificações 5,0 m
Essas distâncias não se aplicam onde houver estrutura contra- fogo com resistência mínima ao fogo de 2
horas, entre tanques e/ou cilindros de centrais de suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências. Em tais
casos, os tanques e/ou cilindros devem ter uma distância mínima de 0,5 m (ou maior se for necessário para a
manutenção do sistema) da estrutura de proteção.
REDES DE DISTRIBUIÇÃO
As tubulações, válvulas reguladoras de pressão, manômetros e outras válvulas que fazem parte da central
devem ser construídos
com materiais adequados ao tipo de gás com o qual irão trabalhar e instalados de forma a resistir às pressões
específicas.
As tubulações não aparentes que atravessam vias de veículos, arruamentos, estacionamentos ou outras
áreas sujeitas a cargas de superfície, devem ser protegidas por dutos ou encamisamento tubular, respeitando-se a
profundidade mínima de 1,20m. Nos demais a profundidade pode ser de no mínimo 80 cm sem necessidade de
proteção.
Em seu trajeto, as tubulações não devem ser expostas ao contato com óleos ou substâncias graxas.
As válvulas de seção devem ser instaladas em local acessível, sem barreiras que impeçam sua operação
em casos de manutenção ou de emergência. Devem estar sinalizadas com aviso de advertência para
manipulação somente por pessoal autorizado.
Deve ser colocada uma válvula de seção após a saída da central e antes do primeiro ramal de
distribuição. Cada ramal secundário da rede deve ter uma válvula de seção instalada de modo que permita isolar
esse ramal, não afetando o suprimento dos outros conjuntos.
A unidade de terapia intensiva, os centros cirúrgicos e obstétricos devem ser atendidos pela tubulação
principal da rede de distribuição, devendo ser instalada uma válvula de seção à montante do painel de alarme de
emergência específico de cada uma dessas unidades.
Todos os alarmes devem ser precisamente identificados e instalados em locais que permitam a sua
observação constante e total.
Nos sistemas centralizados deve haver um alarme operacional que indique quando a rede deixa de
receber de um suprimento primário, tanto de uma bateria de cilindros quanto de tanque, e passa a receber de um
suprimento secundário ou de um suprimento reserva. Esse alarme deve ser sonoro e visual, sendo que este
último só pode ser apagado com o restabelecimento do suprimento primário. Nos centros cirúrgicos, obstétricos,
de terapia intensiva e onde tenham equipamentos de suporte à vida instalados, devem ser instalados,
obrigatoriamente, alarmes de emergência que atuem quando a pressão manométrica de distribuição atingir o
valor mínimo de operação.
Devem existir alarmes de emergência e esses devem ser independentes dos alarmes operacionais e de
fácil identificação.
POSTOS DE UTILIZAÇÃO
Os postos de utilização e as conexões de todos os acessórios para uso de gases medicinais devem ser
instalados conforme prescrito nas normas NBR 13730 - aparelho de anestesia - seção de fluxo contínuo -
requisitos de desempenho e projeto; NBR 13164 - Tubos flexíveis para condução de gases medicinais sob baixa
pressão; e NBR 11906 - Conexões roscadas e de engate rápido para postos de utilização dos sistemas
centralizados de gases de uso medicinal sob baixa pressão que determina que cada ponto de utilização de gases
medicinais deve ser equipado com uma válvula autovedante, e rotulado legivelmente com o nome ou
abreviatura e símbolo ou fórmula química e com cores para identificação de gases.
Os postos de utilização devem ser providos de dispositivo (s) de vedação e proteção na saída, para
quando os mesmos não estiverem em uso.
Os postos de utilização junto ao leito do paciente devem estar localizados a uma altura aproximada de
1,5m acima do piso, ou embutidos em caixa apropriada, a fim de evitar dano físico à válvula, bem como ao
equipamento de controle e acessórios.
Nos ambientes do EAS supridos por sistemas centralizados, devem ser atendidos, no mínimo, os
requisitos da Tabela - Número de Postos por Local de Utilização, constantes no item 7.4.
Utilizado para fins terapêuticos, existem três tipos de sistemas de abastecimento de oxigênio medicinal:
por cilindros transportáveis, por centrais de reservação e por usinas concentradoras.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
Além das orientações de caráter geral contidas no item 7.3.3, deverão ser observadas as seguintes
orientações específicas:
Contêm oxigênio no estado gasoso mantido em alta pressão.Devem ser duas baterias de cilindros sendo
um de reserva, que fornecem o gás à rede de distribuição sem interrupção. A capacidade da central deve ser
dimensionada de acordo com o fator de utilização previsto e a freqüência do fornecimento, sendo no mínimo
igual ao consumo normal de dois dias, a não ser nos casos de fornecimento comprovado mais freqüente ou mais
dilatado.
Contêm o oxigênio no estado líquido que é convertido para o estado gasoso através de um sistema
vaporizador. Esse tipo de instalação tem uma central de cilindros como reserva para atender a possíveis
emergências, com um mínimo de dois cilindros, e ambos dimensionados de acordo com o fator de utilização
proposto e a freqüência do fornecimento.
c) Usinas concentradoras:
O terceiro sistema é constituído de máquinas acionadas por energia elétrica que obtêm o oxigênio
medicinal a no mínimo 92%, a
partir do ar atmosférico através de peneiras moleculares, necessitando de um outro tipo de sistema como
reserva.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
São três os tipos de ar comprimido no EAS, que podem ser atendidos de forma descentralizada, através
de equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de forma centralizada, através de equipamento
central. São eles:
a) Ar comprimido industrial:
b) Ar comprimido medicinal:
Utilizado para fins terapêuticos. Deve ser isento de óleo e deágua, desodorizado em filtros especiais e
gerado por compressor com selo d'água, de membrana ou de pistão com lubrificação a seco. No caso de
utilização de compressores lubrificados a óleo, é necessário um sistema de tratamento para a retirada do óleo e
de odores do ar comprimido.
A central de suprimento deve conter no mínimo, um compressor e um suprimento reserva com outro(s)
compressor(es), equivalente ao primeiro, ou cilindros.
No caso de central com suprimento reserva de compressor(es), cada compressor deve ter capacidade de
100% do consumo máximo provável com possibilidade de funcionar automaticamente ou manualmente, de
forma alternada ou em paralelo, em caso de emergência.Pressupõe, portanto, a existência de suprimento de
energia elétrica de emergência. No caso de central de suprimento reserva de cilindros, devem ser instalados, no
mínimo, dois cilindros, e seu dimensionamento é função do consumo e freqüência do fornecimento.
A sucção dos compressores de ar medicinal deve estar localizada do lado de fora da edificação, captando
ar atmosférico livre de qualquer contaminação proveniente de sistemas de exaustão, tais como fornos, motores
de combustão, descargas de vácuo hospitalar, remoção de resíduos sólidos, etc. O ponto de captação de ar deve
estar localizado a uma distância mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de edificação ou outro ponto de
acesso. O ponto de captação de ar deve também, estar localizado a uma distância mínima de 16,0m de qualquer
exaustão de ventilação, descarga de bomba de vácuo ou exaustão de banheiro mantendo ainda uma distância de
6,0m acima do solo. A extremidade do local de entrada de ar deve ser protegida por tela e voltada para baixo.
Um dispositivo automático deve ser instalado de forma a evitar o fluxo reverso através dos compressores
fora de serviço.
- N2: Balanço
- O2: 20,9%
c) Ar comprimido sintético:
É obtido a partir da mistura de oxigênio (21%) e nitrogênio líquido (79%). Também utilizado para fins
terapêuticos como o ar comprimido medicinal.
A central com suprimento especial de mistura para suprimento de ar comprimido sintético deve possuir
fontes de oxigênio e nitrogênio com especificações de pureza compatíveis para uso medicinal.A fonte de
oxigênio pode ser a mesma que é utilizada para suprimento de oxigênio medicinal. Deve possuir um suprimento
reserva.
O dispositivo especial de mistura deve possuir sistema de análise contínua do ar comprimido sintético
produzido, bem como intertravamento com corte automático do suprimento de ar comprimido medicinal para o
EAS, quando a especificação do mesmo não for atendida.
O dispositivo especial de mistura deve ser projetado e construído segundo o conceito "failsafe" (falha
segura), de modo que a falha eventual de qualquer dispositivo de controle bloqueie a operação do equipamento,
não permitindo que o mesmo forneça o produto (ar comprimido sintético) fora de especificação.
O dispositivo especial de mistura deve operar automaticamente, produzindo ar comprimido sintético com
a especificação requerida, em qualquer condição de demanda do EAS.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
a) Vácuo clínico:
Utilizado em procedimentos terapêuticos, deve ser do tipo seco, isto é, o material é coletado junto do
paciente.
b) Vácuo de limpeza:
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 30
Ambos os sistemas, em função do consumo, podem ser atendidos de forma descentralizada, por meio de
equipamentos colocados junto ao ponto de utilização, ou de forma centralizada, através de equipamento central.
No que se refere ao vácuo clínico, o sistema central deve ser operado por, no mínimo, duas bombas, com
capacidades equivalentes.Cada bomba deve ter capacidade de 100% do consumo máximo provável, com
possibilidade de funcionar alternadamente ou em paralelo em caso de emergência.
No caso de um sistema com duas bombas ou mais a capacidade destas deve ser tal que 100% do
consumo máximo provável possa ser mantido por uma bomba reserva.
Um reservatório de vácuo deve ser previsto em todos os sistemas de vácuo hospitalar, a fim de que as
bombas não tenham de operar continuamente sob baixa demanda.
Somente pode ser utilizado o sistema de vácuo clínico com coleta do produto aspirado em recipiente
junto ao ponto de utilização.
Deve ser previsto um sistema de alarme de emergência por sinal luminoso e sonoro, alertando a queda do
sistema de vácuo, abaixo de 26,64 kPa (200 mm Hg).
Cada posto de utilização de vácuo deve ser equipado com uma válvula autovedante, e rotulado
legivelmente com o nome ou abreviatura, símbolo e cores para identificação.
Devem ser instalados em paralelo dois filtros bacteriológicos à montante do reservatório de vácuo exceto
nos casos de sistemas de vácuo providos de outros sistemas de desinfecção do gás aspirado na rede e a ser
exaurido.
Cada filtro deve ter uma capacidade de retenção de partículas acima de 0,1m m. Sua montagem deve ser
feita de modo que a troca dos mesmos seja feita de maneira simples e segura.
A utilização do "sistema Venturi" para geração de vácuo só é permitida quando acoplada a um sistema de
filtro que impeça a contaminação do ambiente.
A descarga da central de vácuo deve ser obrigatoriamente dirigida para o exterior do prédio, com o
terminal voltado para baixo, devidamente telado, preferivelmente acima do telhado da central de vácuo e das
construções vizinhas e localizado a uma distância mínima de 3,0m de qualquer porta, janela, entrada de ar ou
abertura do edifício.
Uma placa de sinalização de atenção e risco deve ser adequadamente colocada próxima ao ponto de
descarga do vácuo.
Sala Observação da 1 para cada leito. Caso não haja ar - - 1 para cada
emergência comprimido disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Procedim. Invasivos da 2 por leito 1 para - 2 por leito
Emerg. cada 2
leitos se
estiver
disponível
na unidade
Sala de Exames e 1 para cada mesa 1 para cada 1 para 1 para cada
curativosqueimados/ mesa se cada mesa
Balneoterapia estiver mesa
disponível
na unidade
Sala de Raio X 1 para cada sala 1 para cada 1 para 1 para cada
Intervencionista sala se cada sala
estiver sala
disponível
na unidade
Salas de Exames de 1 para cada sala 1 para cada 1 por 1 para cada
Tomografia, RMN sala se sala sala
estiver
disponível
na unidade
Sala de Exames 1 para cada sala. Caso não haja ar - - 1 para cada
Endoscópicos comprimi-do disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Indução e 1 para cada leito - 1 por 1 para cada
Recuperação Pós-anestésica leito lei-to
Sala de Cirurgia 2 por sala cirúrgica 1 para cada 1 por 2 por sala
sala se sala cirúrgica
estiver
disponível
na unidade
Sala de Parto 1 para cada mesa de par-to. Caso 1 para cada 1 para 1 para cada
não haja ar comprimido disponí- sala se cada mesa
vel no EAS, deve haver estiver mesa
disponível
2 pontos de O2 por mesa na unidade
Área de assistência de 1 para cada berço. Caso não haja - - 1por berço
Recém-nascidos ar comprimido disponível no
EAS, deve haver 2 pontos
de O2 por berço
Sala/quarto de PPP 1 para cada leito. Caso não haja ar - - 1 para cada
comprimi-do disponível no EAS, lei-to
deve haver 2 pontos de O2 por
leito
Sala de Transfusão 1 para cada leito - - -
Sala de Inalação 20 - - 20
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31
Consultório Odontologia - - - 30
Sala de Emergência 60 - 60 60
Quarto/Enfermaria 20 - 30 20
Salas Hemodinâmica 30 - - 30
Salas Ultra-sonografia 60 - - -
Sala de Cirurgia 60 8 60 60
Sala de Pré-parto 30 - - 30
Sala de Parto 60 8 60 60
Sala/quarto de PPP 60 - - 60
Sala de Transfusão 60 - - -
Sala de Radioterapia 60 - - -
Sala de T. Hemodialítico 20 - - -
OBS: Deve ser prevista a utilização de vácuo de limpeza e ar comprimido industrial nas oficinas de
manutenção e limpeza de carrinhos do SND.
São aquelas que criam um micro clima nos quesitos de temperatura, umidade, velocidade, distribuição
e pureza do ar.
Nos casos não descritos nesta resolução, são adotadas como complementares as seguintes normas:
Os setores com condicionamento para fins de conforto, como salas administrativas, quartos de
internação, etc., devem ser atendidos pelos parâmetros básicos de projeto definidos na norma da ABNT NBR
6401.
Os setores destinados à assepsia e conforto, tais como salas de cirurgias, UTI, berçário, nutrição
parenteral, etc., devem atender às exigências da NBR-7256.
No atendimento dos recintos citados acima devem ser tomados os devidos cuidados, principalmente por
envolver trabalhos e tratamentos destinados à análise e erradicação de doenças infecciosas, devendo portanto ser
observados os sistemas de filtragens, trocas de ar, etc. Toda a compartimentação do EAS estabelecida pelo
estudo arquitetônico, visando atender à segurança do EAS e, principalmente, evitar contatos de pacientes com
doenças infecciosas, deve ser respeitada quando da setorização do sistema de ar condicionado.
Tomada de Ar
As tomadas de ar não podem estar próximas dos dutos de exaustão de cozinhas, sanitários, laboratórios,
lavanderia, centrais de gás combustível, grupos geradores, vácuo, estacionamento interno e edificação, bem
como outros locais onde haja emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos, estabelecendo-se a distância
mínima de 8,00m destes locais.
Renovação de ar
Para os setores que necessitam da troca de ar constante, tem de ser previsto um sistema energético, para
atender às condições mínimas de utilização do recinto quando da falta do sistema elétrico principal, com o
mínimo período de interrupção (vide item 7.2.1.).
Nível de ruído
Os níveis de ruído provocados pelo sistema de condicionamento, insuflamento, exaustão e difusão do ar,
não podem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NB-10 da ABNT para quaisquer freqüências ou grupos
de freqüências audíveis.
Vibração
O sistema de ar condicionado não poderá provocar, em qualquer ponto do hospital, vibrações mecânicas
de piso ou estrutura que prejudiquem a estabilidade da construção ou o trabalho normal do EAS, obedecido o
critério compatível e especificado para cada aplicação.
Lavanderia
É obrigatória a existência de sistemas de exaustão mecânica na lavanderia, tanto na área "suja" quanto na
área "limpa". Estes sistemas devem ser independentes um do outro.
A saída do exaustor da sala de recebimento de roupa suja deve estar posicionada de modo que não
prejudique a captação de ar de outros ambientes. Esta saída deve estar acima, no mínimo, um metro da cumeeira
do telhado da edificação. Deve-se utilizar filtros F1 nessas saídas caso a mesma
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31
interfira na captação de ar de outros ambientes, quer seja por janelas ou tomadas de ar de sistemas de ar
condicionado.
Caso a lavanderia utilize ozônio em seu processo de lavagem,é necessário um sistema de exaustão de ar
na sala do gerador de ozônio, além do exaustor da sala de recebimento de roupa suja onde estão situadas as
lavadoras de roupa.
Deve ser previsto coifa com exaustor sobre as calandras, com altura máxima de 60 cm acima das
mesmas, além de outros exaustores perto de lavadoras, secadoras e prensas. Alguns equipamentos possuem
exaustão própria. Nestes casos a coifa é dispensável.
Farmácia
O duto de exaustão da capela de fluxo laminar de manipulação de quimioterápicos deve possuir filtros
finos.
A. ESTUDO PRELIMINAR
A.1 - Acessibilidade
O acesso dos veículos do serviço de extinção de incêndio deve estar livre de congestionamento e permitir
alcançar, ao menos, duas fachadas opostas. As vias de aproximação devem ter largura mínima de 3,20m, altura
livre de 5,00m, raio de curvatura mínima de
21,30m e largura de operação mínima junto às fachadas de 4,50m.
Entende-se por setorização para fins de segurança contra incêndio, a divisão das unidades funcionais e
ambientes do EAS, em setores com características específicas em relação à população, instalações físicas e
função, tendo em vista subsidiar o zoneamento de incêndios. São eles:
I. Anfiteatro, auditório;
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J. Apoio administrativo;
K. Arquivo;*
N. Oficinas;
P. Salão de caldeiras;*
Q. Depósito de combustível; *
S. Incinerador; *
U.Lavagem; e
Destes, alguns são de risco especial para o incêndio (anotação*) pelo tipo de equipamento e/ou pela
carga incêndio que possuem, e, portanto, são detalhados em separados, em setores de baixo, médio e alto risco a
partir do tamanho destes ambientes, conforme tabela a seguir.
Os setores devem ser auto-suficientes em relação à segurança contra incêndio, isto é, devem ser
compartimentados horizontal e verticalmente de modo a impedir a propagação do incêndio para outro setor ou
resistir ao fogo do setor adjacente. A compartimentação horizontal
permite a transferência da população (em especial do paciente) entre setores de incêndio no mesmo pavimento;
a compartimentação vertical permite a transferência da população entre setores de incêndio em diferentes
pavimentos.
b. 25% dos pacientes utilizam cadeiras de rodas, muletas ou necessitam de ajuda similar
(superfície necessária = 1,00m²/ paciente); e
c. 50% dos pacientes não necessitam de ajuda e, portanto, são somados ao restante da população
(superfície necessária = 0.5m²/pessoa).
Nenhuma abertura de setores de médio e alto risco podem interligar diretamente áreas de circulação ou
garagem. Nessas situações, antecâmaras devem ser obrigatoriamente utilizadas. Qualquer setor de risco especial
não pode ser interligado como rota de via de escape.
B. PROJETO BÁSICO
A opção pelo sistema estrutural e, portanto, dos materiais, deve ser feita com base no comportamento
dos elementos portantes da edificação sob o fogo, especificamente, sua resistência à temperatura de ordem de
850º C, valor este que usualmente ocorre no centro de um incêndio.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31
Todo material utilizado na estrutura dos EAS tem de receber tratamento de ignifugação, de modo a
suportar as temperaturas estimadas em um incêndio.
%0%.2 - Aberturas
%0%.2.1 - Portas
Os setores de incêndio devem ser dotados de portas resistentes ao fogo com fechamento permanente12.
As portas de proteção em zonas de alta circulação devem possuir dispositivos de retenção próprios que possam
ser desligados automática ou manualmente em caso de incêndio.
Podem ser protegidas, enclausuradas ou à prova de fumaça. A escada protegida é ventilada, com paredes
e portas resistentes ao fogo. A escada enclausurada tem paredes e portas corta-fogo. Finalmente, a escada à
prova de fumaça incorpora a esta última a antecâmara (à prova de fumaça com duto de ventilação) . A escolha
de cada tipo depende do grau de isolamento exigido13 O recurso de enclausuramento e de antecâmara deve ser
utilizado não só no caso de escadas mas sempre que possível, nos vestíbulos de setores de alto risco e
elevadores, além de dutos e monta-cargas, que ocupem áreas maiores que 1,00 m². As dimensões da antecâmara
devem permitir a varredura das portas sem o choque com as macas em trânsito e sem o impedimento de
fechamento das portas de modo a evitar a formação de corrente de ar.
As unidades de internação devem dispor de escada com raio de abrangência não superior a 30,00 m. Nos
setores de alto risco o raio de abrangência máxima é de 15,00m.
Os lances das escadas devem ser retos e o número de degraus, de preferência, constantes. As dimensões
do patamar devem permitir o giro de maca, considerando a presença das pessoas que transportam o paciente.
A escada deve possuir corrimão de ambos os lados, fechado no início de cada lance, de modo a evitar o
engate de pulso, mão ou peças de vestuário.
cendente
Evacuação Descendente
Altura
2P 4P 6P 8P 10P nal p/
p a v.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 31
1,50 105 150 195 240 356 472 588 704 820 58
1,60 112 160 208 256 384 512 640 768 896 64
1,70 119 170 221 272 414 556 698 840 982 71
1,80 126 180 234 288 442 596 750 904 1058 77
1,90 133 190 247 304 472 640 808 976 1144 84
2,00 140 200 260 320 504 596 780 964 1148 92
2,10 147 210 273 356 534 732 930 1128 1326 99
2,20 154 220 286 352 566 673 887 1101 1315 107
2,30 161 230 299 368 598 828 1058 1288 1518 115
2,40 168 240 312 384 630 876 1122 1368 1614 123
P = Pavimentos
%0%.3.2 - Elevadores
- Circulações Verticais desta Resolução com cota de piso superior a 15,00m em relação ao pavimento de
escape, devem dispor de pelo menos, um elevador de emergência adaptável para as manobras do Corpo de
Bombeiros. Vide sub-item a) do item 4.4.
C. PROJETO EXECUTIVO
O porte do EAS pode exigir que a sinalização seja feita nas paredes e pisos, porque a fumaça pode
encobrir a sinalização mais alta. Toda atenção deve ser dada aos pacientes com as faculdades sensoriais
diminuídas; sinais acústicos podem ser utilizados como meios complementares.
Todas as saídas de pavimento e setores de incêndio têm de estar sinalizadas. As circulações contarão com
sinais indicativos de direção desde os pontos de origem de evacuação até os pontos de saída. A sinalização
perfeitamente visível deve confirmar a utilização, por exemplo, de escadas de incêndio. Toda porta que não seja
saída, e que não tenha indicação relativa à função do recinto a que dá acesso, pode induzir a erro. Dessa forma,
deve ser sinalizada com o rótulo "SEM SAÍDA". D. INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
4- Rede de interligação - Conjunto de circuitos que interligam a central com os dispositivos de entrada,
saída e as fontes de energia do sistema.
As centrais de alarme (ver NBR 9441) e controle devem ficar em locais de fácil acesso e
permanentemente vigiadas. A instalação de detectores se faz por zonas coincidentes com cada setor de incêndio.
Assim, as características do fogo que pode ser produzido no setor e a atividade que lá se desenvolve,
determinam o tipo adequado de detector a especificar.
A extinção pode ser feita pelos seguintes equipamentos ou suas combinações: extintores móveis (ver NB 142)
e hidrantes de parede (ver NB 24).
As instalações automáticas de extinção, por sua vez, têm como missão o combate em uma área
determinada de um incêndio, isso mediante a descarga de agentes extintores. Essas instalações são usadas em
zonas de alto risco e cujo conteúdo seja de grande valor.
Se para a descarga de combate for necessária energia elétrica o sistema deverá estar ligado à rede de
emergência.
Os sistemas de detecção e alarme têm de ser utilizados nos EAS que tenham: 1 - Mais
Os locais de risco especial, por sua vez, possuirão detectores adequados à classe previsível do
fogo.
NBR 8674-Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada
para transformadores e reatores de potência;
NBR 5627-Exigências particulares das obras de concreto armado e protendido em relação a resistência
ao fogo;
ADENDO
Para determinação das relações entre as diversas atribuições do EAS, faz-se necessário reconhecer as
categorias de pessoas usuárias e circulantes no estabelecimento, que via de regra definirão os fluxos e acessos.
1.1- paciente externo - paciente que após ser registrado num estabelecimento de saúde, recebe assistência
ambulatorial ou de emergência (unidades funcionais diretamente vinculadas, ambulatório e atendimento
imediato); e,
1.2- paciente interno - paciente que admitido no estabelecimento de saúde passa a ocupar um leito por
período acima de 24 horas (unidade funcional diretamente ligada, internação).
19 anos; e,
2- Doador- pessoa que voluntariamente doa insumos humanos com fins terapêuticos. 2.1- De
sangue; e
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32
Técnico;
4.2-Graduação;
4.3-Pós-graduação;e,
4.4-Estagiário.
5- Público - pessoa que circula no estabelecimento sem nenhuma das características citadas acima:
GLOSSÁRIO14
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgão designado pelo COMMETRO como o
responsável pela normalização técnica no país.
Alarme de emergência - alarme que indica a necessidade de intervenção da equipe de saúde. Alarme
Alojamento conjunto - modalidade de acomodação do recém- nascido normal em berço contíguo ao leito
da mãe.
Ambiente de apoio - sala ou área que dá suporte aos ambientes destinados às atividades fins de uma
unidade.
Animais sinantrópticos - espécies que indesejavelmente coabitam com o homem, tais como os roedores,
baratas, moscas, pernilongos, pombos, formigas, pulgas e outros.
Área - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces.
Área para assistência de RN - ambiente destinado à execução dos primeiros cuidados do recém- nascido e
à sua identificação.
Atendimento imediato - unidade destinada à assistência de pacientes, com ou sem risco de vida, cujos
agravos à saúde necessitam de pronto atendimento.
Atividade - cada uma das ações específicas, que no seu conjunto atendem ao desenvolvimento de uma
atribuição.
Barreira (contra contaminação) - bloqueio físico que deve existir nos locais de acesso a área onde seja
exigida assepsia e somente se permita a entrada de pessoas com indumentária apropriada (paramentação).
Berçário de cuidados intensivos - Ambiente hospitalar destinadoà assistência aos recémnascidos que
requeiram assistência médica, de enfermagem, laboratorial e radiológica ininterruptas.
Centro cirúrgico ambulatorial - unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que não
demandam internação dos pacientes.
Centro de parto normal - unidade ou EAS que presta atendimento humanizado e de qualidade
exclusivamente ao parto normal sem distócias. Caso se configure em um EAS isolado, extra-hospitalar, deve ter
como referência um hospital que seja alcançável em no máximo uma hora.
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Centro obstétrico - unidade destinada a higienização da parturiente, trabalho de parto, parto (normal ou
cirúrgico) e os primeiros cuidados com os recém-nascidos.
Depósito de material de limpeza - sala destinado à guarda de aparelhos, utensílios e material de limpeza,
dotado de tanque de lavagem.
Emergência - unidade destinada à assistência de pacientes com risco de vida, cujos agravos necessitam
de atendimento imediato utilizando-se técnicas complexas de assistência.
Enfermaria - ambiente destinado à internação de pacientes, dotado de banheiro anexo, com capacidade
de três a seis leitos.
Estabelecimento autônomo especializado - EAS que realiza atividades especializadas relativas a uma ou
mais unidades funcionais.
Farmácia - unidade destinada a programar, receber, estocar, preparar, controlar e distribuir medicamentos
ou afins e/ou manipular fórmulas magistrais e oficinais.
Hospital-dia (regime de) - modalidade de assistência à saúde, cuja finalidade é a prestação de cuidados
durante a realização de procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente
na unidade por um período de até 24 horas.
Imagenologia - unidade funcional, podendo ser também uma unidade física, que abriga as atividades ou
ambientes cujos exames e/ou terapias se utilizam de imagens.
Internação - admissão de um paciente para ocupar um leito hospitalar, por um período igual ou maior que
24 horas.
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TERAPEUTA E CONSELHEIRO EM DEPENDÊNCIA 32
Lactário - unidade com área restrita, destinada à limpeza, esterilização, preparo e guarda de mamadeiras,
basicamente, de fórmulas lácteas.
Lavabo cirúrgico - exclusivo para o preparo cirúrgico das mãos e antebraço. Lavatório -
Leito de observação ou auxiliar - leito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob
supervisão médica e ou de enfermagem para fins de diagnóstico ou terapêutica durante um período inferior a 24
horas.
Leito hospitalar - cama destinada à internação de um paciente no hospital. (Não considerar como leito
hospitalar os leitos de observação e os leitos da Unidade de Terapia Intensiva).
Norma - modelo, padrão, aquilo que se estabelece como base ou unidade para a realização ou avaliação
de alguma coisa.
Normalização ou normatização - atividade que visa a elaboração de padrões, através de consenso entre
produtores, prestadores de serviços, consumidores e entidades governamentais.
Parto normal - aquele que tem início espontâneo, é de baixo risco no início do trabalho de parto e assim
permanece ao longo do trabalho de parto e parto, o bebê nasce espontaneamente na posição de vértice entre 37 e
42 semanas de gestação e, após o parto, mãe e bebê estão em boas condições.
Pia de Despejo - peça sanitária destinada a receber resíduos líquidos e pastosos, dotada de válvula de
descarga e tubulação de esgoto de 75mm no mínimo.
Pia de lavagem - destinada preferencialmente à lavagem de utensílios podendo ser também usada para a
lavagem das mãos.
Posto de enfermagem - área destinada à enfermagem e/ou médicos, para a execução de atividades
técnicas específicas e administrativas.
Quarto - ambiente com banheiro anexo destinado à internação de pacientes, com capacidade para um ou
dois leitos.
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Radiologia - unidade onde se concentram equipamentos que realizam atividades concernentes ao uso de
Raios X para fins de diagnóstico.
Resíduos de Serviços de Saúdes (RSS) - resíduos resultantes das atividades exercidas por
estabelecimento gerador, classificado de acordo com regulamento técnico da ANVISA sobre gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde.
Rouparia - sala, área para carro roupeiros ou armáriodestinadoà guarda de roupa proveniente da
lavanderia.
Sala - ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta.
Sala de pré-parto - ambiente destinado a acomodar a parturiente durante a fase inicial do trabalho de
parto. O quarto individual de internação pode ser utilizado para esta atividade.
Sala de resíduos - ambiente destinado à guarda interna provisória de recipientes de resíduos sólidos (lixo)
segregados até seu recolhimento ao abrigo de recipientes de resíduos.
Sala de utilidades ou expurgo - ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e
roupas utilizados na assistência ao paciente e guarda temporária de resíduos. Deve ser dotado de pia e/ou
esguicho de lavagem e de pia de despejo com válvula de descarga e tubulação de esgoto de 75mm no mínimo.
Nos EAS de nível primário, pode-se dispensar a área de lavagem e descontaminação da central de material
esterilizado - simplificada em favor da sala de utilidades.
Sala para PPP - ambiente específico para realização, exclusivamente, de partos não cirúrgicos através de
técnicas naturais onde o pré-parto, o parto e o pós-parto acontecem no mesmo ambiente, tornando assim o parto
mais humanizado, com a participação intensa de acompanhantes (marido, mãe, etc.) da parturiente. A sala deve
possuir em todas as faces, elementos construtivos ou de decoração que permitam o completo isolamento visual
e, se possível acústico.
Sala para AMIU - ambiente destinado à aspiração manual intra-uterina, realizada com anestesia
local.
Tipologia - são os diversos modelos funcionais, resultantes do conjunto de atribuições que juntas compõe a
edificação do estabelecimento de saúde.
Unidade - conjunto de ambientes fisicamente agrupados, onde são executadas atividades afins.
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Unidade de acesso restrito - unidade física com barreira e controle de entrada e saída de pessoas e de
material. Possui todo conjunto de ambientes fins e de apoio dentro da própria área da unidade.
Unidade física - conjunto de ambientes fins e de apoio pertencentes a uma unidade funcional.
Urgência de alta complexidade - unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos
agravos necessitam de atendimento imediato utilizando-se técnicas complexas de assistência.
Urgência de baixa complexidade - unidade destinada à assistência de pacientes sem risco de vida, cujos
agravos necessitam de atendimento imediato utilizando-se técnicas simples de assistência.
UTI - 1. Unidade de terapia intensiva - unidade que abriga pacientes de requeiram assistência médica, de
enfermagem, laboratorial e radiológica ininterrupta - 2. Unidade específica dentro de uma CTI. Exemplo:
unidade coronariana.
UTI neonatal - berçário de cuidados intensivos com todos os ambientes de apoio necessários. UTQ -
Vestiário central de funcionários - ambiente dotado de bacias sanitárias, lavatórios, chuveiros e área de
troca de roupa.
Vestiário de barreira - ambiente exclusivo para paramentação definida pela CCIH do EAS. Serve de
barreira (controle de entrada e saída) à entrada da unidade. Pode estar acoplado ou não a um sanitário ou
banheiro.
BIBLIOGRAFIA
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1988.
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6.BUTCIER & PARNELL; Smoke Control In Fire Safty Design, Spon, UK.
7. Os circuitos da iluminação devem ser totalmente distintos dos circuitos das tomadas desde a
fonte de entrada de forma a se evitar interferências eletromagnéticas nos equipamentos. 8. Esta tomada pode
estar no próprio quarto ou enfermaria ou no corredor da unidade.
11. Esta tomada pode estar no próprio quarto ou enfermaria ou no corredor da unidade.
12. Fechamento significa porta encostada, e não bloqueada ou chaveada. As portas devem ser "de
abrir" e nunca "de correr" ou giratórias.
14. Este glossário se complementa com o livro Terminologia Básica em Saúde, Ministério da
Saúde - Brasília, 1987.