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Transtornos devido ao uso de substâncias

e comportamentos aditivos
As dependências químicas estão relacionadas à ação de diversas substâncias nessas vias, suas
ações são intensas e os traços deixados são de difícil apagamento. Essas substâncias
produzem de modo geral, sensação de prazer ou excitação cuja correspondência cerebral está
vinculada às áreas de circuitos de recompensa do cérebro. São critérios o indivíduo
apresentar: a) dificuldade ou baixo controle sobre o uso; b) prejuízos psicossociais; c) riscos
físicos e psicológicos; d) tolerância e abstinência. Fenômenos de neuroplasticidade
desenvolvem-se ao longo do tempo, o sistema de recompensa passa a gerar intensa fissura
(craving) quando a substância está ausente. Os fenômenos comuns às dependências são
observados, entre eles:
- Fissura
- Binge (episódios de consumo intenso, rápido e compulsivo, que se relaciona à intox.)
- Lapso
- Recaída
- Tolerância
Baixo Controle
Critério 1: o indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao longo de
um período maior de tempo do que pretendido originalmente.
Critério 2: o indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da
substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso.
Critério 3: o indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância, usá-la ou
recuperar-se de seus efeitos. Em alguns casos de transtornos mais graves por uso de
substância, praticamente todas as atividades diárias do indivíduo giram em torno da
substância.
Critério 4: a fissura se manifesta por meio de um desejo ou necessidade intensos de usar a
droga que podem ocorrer a qualquer momento, mas com maior probabilidade quando em
um ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormente.
Demonstrou-se também que a fissura envolve condicionamento clássico e está associada à
ativação de estruturas específicas de recompensa no cérebro. Investiga-se a fissura ao
perguntar se alguma vez o indivíduo teve uma forte necessidade de consumir a droga a ponto
de não conseguir pensar em mais nada.

Deterioração Social
Critério 5: uso recorrente de substâncias pode resultar no fracasso em cumprir as
principais obrigações no trabalho, na escola ou no lar.
Critério 6: o indivíduo pode continuar o uso da substância apesar de apresentar problemas
sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos.
Critério 7: atividades importantes de natureza social, profissional ou recreativa podem ser
abandonadas ou reduzidas devido ao uso da substância. O indivíduo pode afastar-se de
atividades em família ou passatempos a fim de usar a substância.

Uso Arriscado de Substâncias


Critério 8: pode tomar a forma de uso recorrente da substância em situações que envolvem
risco à integridade física.
Critério 9: o indivíduo pode continuar o uso apesar de estar ciente de apresentar um
problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que provavelmente foi causado ou
exacerbado pela substância. A questão fundamental na avaliação desse critério não é a
existência do problema, e sim o fracasso do indivíduo em abster-se do uso da substância
apesar da dificuldade que ela está causando.
Critérios Farmacológicos
Critério 10: a tolerância é sinalizada quando uma dose acentuadamente maior da
substância é necessária para obter o efeito desejado ou quando um efeito acentuadamente
reduzido é obtido após o consumo da dose habitual. O grau em que a tolerância se
desenvolve apresenta grande variação de um indivíduo para outro, assim como de uma
substância para outra, e pode envolver uma variedade de efeitos sobre o sistema nervoso
central.

Critério 11: a abstinência é uma síndrome que ocorre quando as concentrações de uma
substância no sangue ou nos tecidos diminuem em um indivíduo que manteve uso intenso
prolongado. Após desenvolver sintomas de abstinência, o indivíduo tende a consumir a
substância para aliviá-los. Os sintomas de abstinência apresentam grande variação de uma
classe de substâncias para outra, e conjuntos distintos de critérios para abstinência são
fornecidos para as classes de drogas. Sinais fisiológicos marcados e, geralmente, de fácil
aferição são comuns com álcool, opioides e com sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. Os sinais
e sintomas de abstinência de estimulantes (anfetaminas e cocaína), bem como de tabaco e
Cannabis, costumam estar presentes, mas são menos visíveis.

Quanto aos aspectos neurobiológicos, o prazer é competência dos circuitos de motivação e


recompensa do sistema nervoso central (SNC). Anatomicamente, essas vias de recompensa
estão ligadas ao sistema límbico. O sistema límbico é constituído do lobo límbico e de
algumas estruturas adicionais, conectadas de maneira significativa ao fenômeno do prazer.
O sistema de recompensa é formado pelo córtex orbitofrontal e pré-frontal (PFC), área
tegumentar ventral anterior (VTA) e nucleus accumbens (NAc). No entanto, participam
também da fisiologia de recompensa o hipocampo, amígdala e o giro cingulado, o que indica
a estreita relação entre os sistemas de prazer e recompensa.

A CREB é o fator de transcrição nuclear envolvida na fisiopatologia da dependência química.


Quando as drogas são ingeridas, aumenta a dopamina no NAc, estimulando as células
responsivas à dopamina a aumentarem a concentração de AMPc, ativando assim, as CREBs.
Esse fator induz a produção de proteínas que suprimem o circuito de recompensa (indução
de tolerância). Uma das proteínas dependentes da CREB é dinorfina, que produz feedback
negativo na VTA, com efeitos de desprazer em atividades antes prazerosas. As substâncias
com ação no cérebro e repercussões no psiquismo principais são: álcool, cafeína, tabaco,
cannabis, psicoestimulantes, anfetamínicos, opioides, alucinógenos, inalantes, sedativos e
hipnóticos.
Transtornos induzidos: São devido aos efeitos fisiológicos de uma substância no cérebro.
Quadros geralmente reversíveis que podem durar horas ou dias, mas que não ultrapassam de
modo geral, um mês sem o uso da substância. A intoxicação é uma síndrome reversível
com alterações comportamentais ou mentais, como prejuízo no nível de consciência,
perturbação da percepção, atenção do pensamento, julgamento interpessoal,
comportamento psicomotor.
1. Nos quadros induzidos os sintomas devem regredir em, no máximo, até 30 dias após
o indivíduo ter cessado o uso. Em geral, o quadro vai regredindo após uns dias sem
consumo e em uma ou duas semanas, todos os sintomas desaparecem. Os quadros
induzidos dependem diretamente da ação da substância no cérebro do paciente.
2. Nos quadros independentes, a duração é superior a 30 dias. Uma questão é que, com
frequência, episódios independentes de por exemplo esquizofrenia, podem ser
desencadeados por uso intenso de substâncias ou piorados em sua intensidade.
DESENCADEADO (transtorno básico, fundamental, é a esquizofrenia ou mania) X
INDUZIDO (o transtorno de base é relacionado à substância).
A característica fundamental da abstinência é o desenvolvimento de uma alteração
comportamental problemática específica a determinada substância, com concomitantes
fisiológicos e cognitivos, devido a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado da
substância. A síndrome específica da substância causa sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo. Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem
explicados por outro transtorno mental. A abstinência geralmente, mas nem sempre, está
associada a um transtorno por uso de substância. A maioria dos indivíduos com abstinência
sente necessidade de administrar a substância para reduzir os sintomas.

ÁLCOOL
Seus efeitos são devastadores sobre o organismo, pois além da sua ação no sistema nervoso
central, age também sobre os sistemas nervoso periférico, cardiovascular e outros. Age sobre
múltiplos sistema de neurotransmissores no SNC, predominantemente GABA (principal
sistema inibidos do cérebro), NMDA (principal sistema excitatório do cérebro), serotonina e
dopamina. O delirium tremens cursa com perturbação da consciência, confusão mental,
alucinações de qualquer tipo, medo, ideação paranóide. A condição dura de 3 a 5 dias, com
resolução gradual. Além do delirium tremens, as síndromes de Wernicke e Korsakoff
também se manifestam como forma grave de abstinência do álcool.

COCAÍNA
Inibe a recaptação de dopamina, noradrenalina e serotonina na fenda sináptica. O aumento
da dose leva a quadros de intoxicação mais graves e sintomas de outra ordem, como, por
exemplo, ideação persecutória, ansiedade, irritabilidade e confusão mental. A cocaína tem
síndrome de abstinência específica:
- Humor disfórico
- Cansaço
- Pesadelos vívidos
- Aumento do apetite
- Retardo psicomotor
- Agitação
Pode produzir transtorno psicótico induzido pela ação da droga que é sintomaticamente
parecido com um surto esquizofrênico. A utilização da forma fumada (crack) evita a
circulação pulmonar, associando-se a quadros respiratórios de várias intensidades.

MACONHA
Produz efeitos variáveis, como relaxamento e sensação de prazer, podendo também haver
distorção de tempo e espaço entre outros sintomas. Entre as cercas de 60 substâncias
canabinoides, o princípio ativo mais importante para o transtorno por uso de maconha é o
delta-9-tetra-hidrocanabinol (delta-9-THC). Um padrão problemático de uso, leva a
comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por pelo menos
dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:
1. É frequentemente consumido em maiores quantidades ou por um período mais longo do
que o pretendido.
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar
o uso.
3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção, na utilização de ou na
recuperação de seus efeitos.
4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar.
5. Uso recorrente, resultando no fracasso em desempenhar papéis importantes no trabalho,
na escola ou em casa;
6. Uso continuado, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes
causados ou exacerbados por seus efeitos.
7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou
reduzidas em virtude do uso.
8. Uso recorrente em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física.
9. O uso é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico
persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado.
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores para alcançar a intoxicação ou o
efeito desejado.
b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade.
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos:
a. Síndrome de abstinência característica (consultar os Critérios A e B do conjunto de
critérios para abstinência.
b. O Álcool ou a Cannabis (ou uma substância estreitamente relacionada, como
benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.
Transtornos da Personalidade
Os transtornos de personalidade costumam se desenvolver na infância e na adolescência,
perdurando ao longo da vida, constituindo seu modo habitual de ser. Se desvia
acentuadamente das expectativas culturais de um indivíduo, manifestando-se, pelo ao
menos, nas seguintes áreas: cognição, afetividade, funcionamento interpessoal e controle dos
impulsos. O padrão comportamental é mal adaptativo, causando sofrimento a si mesmo e
pessoas que convivem.
Os TPs podem ser agrupados em 3 grandes grupos:
a) Padrão esquisito e/desconfiado;
b) Padrão instável e/ou manipuladores e/ou centro das atenções e
c) Padrão ansioso e/ou controlados-controladores;
Transtornos de personalidade do tipo dependente, borderline e histriônica, ocorrem mais em
mulheres, enquanto os de personalidade tipo paranóide, antissocial e obsessiva-compulsivo
predominam em homens.
PARANOIDE
A característica principal é a desconfiança persistente, suspeita, hiper vigilância,
hipersensibilidade e tendência generalizada a atribuir más intenções às ações dos outros. Se
tornam defensivas de forma imediata, questionam muito sem justificativa aparente e em
geral, patologicamente ciumentas. Sensibilidade excessiva a rejeições e contratempo,
desconfiança e tendência a distorcer experiências por interpretar erroneamente as ações dos
outros.
ESQUIZÓIDE
Tem início precoce e muitas vezes presentes na primeira infância. Há um padrão de
distanciamento nas relações sociais, faixa restrita de expressão das emoções, verificada
sobretudo em contexto de relações interpessoais. Não deseja relações intimas, tendo
preferência por atividades solitárias. Mostra indiferença a elogios e críticas e frieza
emocional no geral.
ESQUIZOTIPÍCA
Padrão ao longo da vida de aspectos da personalidade em que há desconforto em
relacionamentos pessoais, apresentando distorções cognitivas (na forma de perceber e
interpretar fatos) e perceptiva (sensações estranhas, coisas no corpo e ao redor). Deve
apresentar: Ideias de referência, crenças estranhas, experiências perceptivas, pensamentos e
discurso incomuns, ideação paranoide e afeto inapropriado.
ANTISSOCIAL
Caracterizada pela impulsividade, que se expressa como incapacidade de planejar o futuro,
com favorecimento de escolhas que propiciam satisfação imediata sem levar em conta as
consequências para si e para os outros até a ocorrência de comportamento violento e
impulsivo. Anormalidades dos relacionamentos interpessoais, incluindo falta de empatia e
sentimento de culpa. Praticam delitos e realizam ações agressivas. Padrão difusos de
desconsideração aos outros e violação dos direitos alheios. Para o diagnóstico, deve haver,
pelo ao menos 3: Tendência a mentir, fracasso em ajustar-se as normas sociais,
impulsividade, irritabilidade, descaso pela segurança de si e dos outros, ausência de remorso.
Lesões pré-frontais nas porções ventromediais do córtex frontal, são associadas a
comportamento impulsivos, agressividades, jocosidade e inadequação social, o que sugere
que o comprometimento do funcionamento dessa área poderia contribuir para a dificuldade
de controle de impulso no T.P antissocial. Em estudos de neuroimagem, foi observada
redução de volume da porção ventromedial do lobo frontal, especialmente do córtex
orbitofrontal e de outras estruturas do sistema límbico, sobretudo a amígdala. A redução da
função sorotoninérgica também estaria relacionada ao componente impulsivo/agressivo do
transtorno.
HISTRIÔNICA
Mostram alto grau de comportamento em busca de atenção. Tendem a exagerar os
pensamentos e sentimentos, fazendo tudo parecer mais importante do que é na verdade.
Apresentam crise de choro e acusações se não são o centro da atenção ou não estão
recebendo aprovação. Comportamento sedutor e dramatização é comum, considerando
relações interpessoais mais intimas do que na realidade são.

BORDERLINE
Os pacientes borderline tem prejuízo da atenção, do aprendizado verbal e da memória
verbal. Padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos
e de impulsividade acentuada. Tentam de tudo para evitar o abandono real ou imaginado.
Relacionamentos pessoais intensos, mas instáveis, oscilando entre períodos de idealização e
desvalorização. Apresentam também cognição alterada com ideias sobrevalorizadas de ruína
e autorreferência, assim como sintomas psicóticos transitórios como alucinações. Há em
geral, sentimento crônico de vazio. Achados da neuroimagem indicam enfraquecimento do
controle inibitório pré-frontal e hiperatividade da amígdala, que seriam a causa da síndrome
de hiper vigilância e descontrole vista nos sujeitos com TPB. Os comportamentos
impulsivos-agressivos, frequentemente vistos nessas pacientes, tem como base déficits na
função serotoninérgica e alterações em regiões cerebrais específicas, com o cingulado e o
córtex orbital pré-frontal
NARCISISMO
Caracterizada pela grandiosidade da fantasia e comportamento, hipersensibilidade à
avaliação de outros, sentimentos de autoridade e falta de empatia. Apresentam sentimentos
de superioridade,
exagero das suas
capacidades e
talentos,
necessidade de
atenção,
arrogância e
comportamentos
autorreferentes.

Transtornos
Alimentares
A conduta
alimentar é
motivada pelas
sensações básicas
de fome, sede e
saciedade. Estas
são geradas e
monitoradas por
diversas áreas do
organismo: o
hipotálamo
(centro da
saciedade) e
várias estruturas
límbicas e
corticais,
mediadas por
substâncias como
a insulina, leptina
e grelina.
ANOREXIA
NERVOSA
Presença de peso
muito baixo em
relação à altura
devido á restrição
alimentar
exagerada na
busca desenfreada da magreza, distorção de imagem corporal e alteração do ciclo menstrual
(amenorreia hipotalâmica), o que leva à perda de peso autoinduzida. Tal perda se dá por
abstenção de alimentos que engordam ou comportamento como vômitos e/ou purgação,
exercício excessivo ou uso de laxante.

- Anorexia do tipo restritivo: o paciente se torna e permanece anorética pela


restrição de alimentos, podendo ou não apresentar sintomas O-C.
- Anorexia do tipo compulsão alimentar purgativa: além de evitar ingerir
alimentos calóricos, a pessoa tem comportamento ativos de perda de calorias, como
vômitos autoinduzidos, exercício excessivo e uso de laxantes.
BULIMIA NERVOSA
Caracteriza-se por episódios bulímicos, ou seja, ingestão de grande quantidade de alimentos
feita rapidamente com a sensação de perda de controle, acompanhados de compensação
inadequada para o controle de peso, como vômitos autoinduzidos, uso de medicamentos
(diuréticos, inibidores de apetite, laxantes) dietas compensatórias e exercícios físicos.
Excessiva preocupação com o peso e forma corporal. Preocupação persistente como o comer
e desejo irresistível de se alimentar, com o paciente sucumbindo a repetidos episódios de
hiperfagia ou binge eating (“ataques” à geladeira, à despensa).
O DSM-V indica 4 níveis de gravidade da BN:
1) Leve: com média de 1 a 3 episódios de bulimia e comportamentos compensatórios
inapropriados (vômitos autoinduzidos, uso de laxante e etc).
2) Moderada: com 4 a 7 episódios semanais;
3) Grave: com 8 a 13 episódios por semana;
4) Extrema: com mais de 14 episódios;
OUTROS TRANSTORNOS
O transtorno denominado “pica” caracteriza-se pela ingestão persistente e regular de
substâncias não alimentares, muitas bizarras como argila, terra, papel, gesso, plástico... O
transtorno de ruminação há o comportamento repetido e intencional de regurgitar o
alimento. Deve ocorrer em geral, várias vezes por semana.

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