A doença, portanto, nada tem a ver com falta de caráter, ausência de força de
vontade ou mau comportamento.
biológica;
psicológica;
social.
Juntos, eles são conhecidos como fatores biopsicossociais. Saiba mais sobre
eles abaixo.
Aspectos biológicos
Têm a ver com a hereditariedade, características que são transmitidas dos pais
para os filhos, ou com a genética, que diz respeito sobre como um organismo
metaboliza o uso de uma determinada substância e o potencial dela causar
uma dependência no futuro.
Aspectos psicológicos
Os aspectos psicológicos envolvem dificuldades de lidar com frustrações e
resolver problemas, traumas da infância, sintomas de depressão, tristeza sem
motivo, quadros de ansiedade ou qualquer outro sentimento ligado ao
psicológico.
Esses fatores podem estar diretamente ou indiretamente relacionados com a
dependência química. Cada pessoa apresenta um caso clínico diferente, logo
não é possível chegar a uma única resposta para o problema.
Aspectos sociais
Já os aspectos sociais são mais abrangentes e abstratos, pois têm a ver desde a
um ambiente negativo em casa, que pode favorecer ou facilitar o uso de
alguma substância, até a incidência de pontos de tráfico de drogas perto do
local onde a pessoa vive.
Os fatores de proteção são aqueles que protegem a pessoa para que ela não
seja induzida ao consumo de drogas. Eles podem envolver habilidades sociais
como:
cooperação;
habilidade para resolver problemas;
vínculos positivos com pessoas, instituições e valores;
autonomia e autoestima desenvolvida.
Os fatores de risco são aqueles que aumentam a exposição das pessoas ao uso
de drogas, como a insegurança, a insatisfação com a vida, os sintomas
depressivos, a curiosidade e a busca incessante pelo prazer.
Drogas mais comuns
Muitas drogas — conhecidas como psicoativas, atuam no cérebro humano
e acabam por afetar a atividade mental. Algumas têm maior potencial para
ativar a liberação de dopamina, o que leva a uma condição de prazer.
Maconha
A maconha é um tipo de droga alucinógena, responsável por alterar a
percepção de quem a usa. O cérebro é afetado e passa a funcionar de uma
maneira confusa e desordenada. É considerada uma das drogas mais leves,
porém conta com agentes causadores de câncer e pode levar à dependência.
aumento de apetite;
relaxamento;
alteração na percepção ocular e espacial;
alucinações;
delírios;
Síndrome do Pânico;
perda da percepção da realidade;
taquicardia;
vermelhidão nos olhos;
tremores nas mãos;
falta de força muscular;
falta de coordenação motora.
paranoia;
aceleração do pensamento;
inibição do apetite;
perda do medo;
sensação de poder;
aumento da pressão arterial;
aumento da temperatura corporal;
dilatação das pupilas;
tremor nas mãos;
hiperatividade;
ansiedade;
irritabilidade.
Crack
O crack também é um subproduto da cocaína, sendo considerada uma das
drogas mais perigosas que existem. Por ser de baixo custo, sua acessibilidade
acaba sendo maior. Além disso, a substância é comumente combinada com
bicarbonato de sódio.
Nicotina
Substância que constitui o princípio ativo do tabaco, a nicotina está presente
em cigarros e é a responsável por causar altos índices de dependência química
na população. Por ser uma droga comum, facilmente adquirida, pode não
apresentar muitos riscos no início.
irritabilidade;
agitação;
mau humor;
ansiedade;
incapacidade de sentir prazer;
insônia;
depressão.
Álcool
O álcool é uma das drogas mais comuns, por conta do seu fácil acesso — em
quase todos os locais, é possível consumir bebida alcoólica a baixo custo.
Mesmo assim, a substância não deixa de ser uma das mais nocivas para o
organismo de uma pessoa. Como acontece com outras drogas, o nível de
dopamina no cérebro também aumenta com o seu consumo, o que pode levar
a pessoa a aumentar a dose cada vez mais, desencadeando o alcoolismo.
náusea;
sudorese excessiva;
ansiedade;
agitação;
alucinação;
tremores.
Síndrome de Abstinência
A Síndrome de Abstinência consiste em crises sintomáticas decorrentes da
falta do uso de uma substância, como náuseas, enxaquecas, tremores, delírios
e/ou alucinações. A pessoa apresenta um forte incômodo por conta da falta da
substância com a qual o seu organismo estava acostumado. As características
das crises variam com a droga consumida e podem afetar o organismo do ser
humano como um todo.
Maior tolerância
O dependente químico sente uma necessidade de usar doses cada vez maiores
de uma substância, para sentir o mesmo efeito que ela sentia anteriormente.
Ou seja, o seu organismo conta com uma tolerância maior a cada uso. Porém,
com o aumento do uso de uma droga, os problemas e consequências
decorrentes da dosagem também aumentam. É o famoso “efeito bola de
neve”.
Grupos de risco
A dependência química pode se desenvolver em qualquer pessoa que faça o
uso de uma substância entorpecente. Porém, certas pessoas compõem os
grupos de risco, onde a chance da dependência é relativamente maior. São
elas:
adolescentes;
homens adultos;
pessoas com histórico familiar de alguma dependência.
A adolescência é um período de grandes transformações, tanto do ponto de
vista fisiológico quanto do ponto de vista psicológico e social. Novas
responsabilidades surgem e maiores expectativas começam a ser depositadas
sobre o adolescente. Logo, a família não é mais a maior referência para ela e
os amigos passam a ser mais importantes na formação da sua imagem.
É aí então que surge uma grande pressão para ser aceito socialmente. Por
conta desses fatores, os jovens e adolescentes entre 15 a 24 anos têm mais
chance de desenvolver quadros de dependência química, principalmente com
o álcool.
Etapas do tratamento
Não existe uma única alternativa para tratar o transtorno, pois ele varia de
acordo com o quadro clínico do paciente. Geralmente, o tratamento se inicia
com a redução dos danos, que é quando a pessoa não aceita ajuda inicial e
então profissionais de saúde auxiliam com medidas para reduzir os problemas
causados pela droga.
Estabeleça limites
Converse
Demonstre confiança