O documento discute práticas de redução de danos na abordagem de usuários de álcool e outras drogas, incluindo a história da proibição do álcool nos EUA, definições de dependência e drogas, e estratégias para reduzir os riscos associados ao uso de substâncias, como substituição, abstinência temporária, e práticas mais seguras de consumo.
Descrição original:
Redução de danos
Título original
I SIMPÓSIO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE CARAJÁS - ATIVIDADE
O documento discute práticas de redução de danos na abordagem de usuários de álcool e outras drogas, incluindo a história da proibição do álcool nos EUA, definições de dependência e drogas, e estratégias para reduzir os riscos associados ao uso de substâncias, como substituição, abstinência temporária, e práticas mais seguras de consumo.
O documento discute práticas de redução de danos na abordagem de usuários de álcool e outras drogas, incluindo a história da proibição do álcool nos EUA, definições de dependência e drogas, e estratégias para reduzir os riscos associados ao uso de substâncias, como substituição, abstinência temporária, e práticas mais seguras de consumo.
Práticas de Cuidado em Saúde Mental na Abordagem aos Usuários de Álcool e
Outras Drogas Palestrante: Luis Vagner Dias Caldeira
Redução de danos na prática
• Apanhado histórico: Lei Seca e a proibição do álcool nos EUA na década de 1920. A proibição não impediu o consumo; com a ilegalidade vem o tráfico e a queda da qualidade do produto; o álcool precisou possuir alto teor para um consumo e efeito rápido, ocasionado em muitas mortes pelo tráfico e combate a ilegalidade, 13 anos depois, retomaram a legalização, pois havia menos mortes com o consumo liberado e, assim, a demonização recaiu em outras drogas.
Com o tráfico, vem o fortalecimento do crime organizado e Al Capone era
um figurão disto. No entanto, 13 anos depois retomaram a legalização, pois havia menos mortes com o consumo liberado além da diminuição dos protestos e afins, assim, ao legalizar o álcool outra vez, o departamento combatente ficaria sem emprego, então decidiram demonizar outras drogas como maconha, ópio e cocaína. Nesse ponto pode-se pensar, proibir as drogas pelas substâncias ou pelas pessoas que consomem? O racismo e o elitismo são óbvios.
• O que são drogas? Qualquer substância que altere o sistema do indivíduo.
Podendo ser lícita ou ilícita, envolvendo valores morais; estimulante como a cocaína, depressora como a maconha ou perturbadora como o LSD; natural ou sintética.
Cafeína: droga lícita, estimulante, natural e psicoativa.
Referente ao uso da substância, pode ser medicinal; recreativa, como
Ecstasy (MDMA) usada em vítimas de traumas sexuais a fim de aproximar de outras pessoas; religiosa, como Ayahuasca, onde tem todo um contexto ritualístico do uso, por isso não há internações e o processo do consumo é acompanhado do início ao fim; no trabalho como a cafeína, o craque e o rebite que é muito usado por caminhoneiros.
• Dependência, o que é? Seguir a definição do DSM-V
O uso compulsivo e problemático é justificado pelo contexto. Talvez, os usuários estariam mortos sem a substância, pois usam como escape da sua realidade.
Dependência e alguns mitos: “Viciados são viciados em todas as drogas”,
Uso problemático de drogas é caso de polícia, e não de saúde, “Só é viciado quem quer”, “Todo mundo que usa drogas é viciado”; ➢ “O conhecimento sobre as drogas previne o uso”, os segmentos sociais que mais consomem são médicos e farmacêuticos, mas entender é importante; • Redução de danos e a não exigência da abstinência. Promover o uso responsável. Por que não parar de usar? No final, ao dar a liberdade, param de usar por conta própria, pelo consumo já reduzido. Não é forçado, eles tomam consciência sobre as situações, hábitos e substâncias. Autoconhecimento.
Tratamentos: Atenção psicossocial, remédios, grupos e atendimentos
individuais, internações BREVES, psicoterapia etc.
• Definição de redução de danos: Conjunto de políticas e práticas cujo objetivo é
reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas etc. O uso de substância tem a ver com o contexto. As pessoas não fazem o uso problemático por causa da substância, mas, sim, pelo contexto.
O tratamento não é não usar, o objetivo é dar atenção integral e visar uma qualidade de vida melhor ao usuário.
• A tríade das drogas: 1. Contexto sociocultural; 2. Indivíduo; 3. Substância
Contextos sociais, culturais, econômicos.
Sociedade com alto desemprego, patriarcal, capacitista, machista e afins.
Nossas conexões e diálogos para interagir com os usuários são delicados.
Políticas públicas envolvem usuários de drogas. As soluções possíveis
para uns, não são para os outros.
• Estratégias de RD (redução de danos): Substituição de uma substância por
outra. Ex: Crack pela maconha.
A substituição melhora a qualidade de vida dos usuários. Terapias
substitutivas
Outras técnicas: Abstinência de uma ou mais drogas por um período
limitado ou aberto de tempo (da droga mais perigosa que ele consome); Troca das vias de administração; Decréscimo da concentração das drogas consumidas; Separar o uso de drogas de dirigir, trabalhar, outras tarefas; Criar um meio seguro de uso de drogas; Práticas mais seguras de compra e posse; Esforçar-se para manter o consumo de drogas dentro de suas possibilidades de custeio; Dormir de barriga pra baixo depois de uso para evitar asfixia; Aprender sobre overdose e estar preparado para ajudar a preveni-la e lidar com ela.
O problema no Brasil é o álcool e a banalização e estímulo do uso deste. É
preciso uma regulamentação social e pela lei.
Mais Técnicas em relação ao álcool: Beber água; dormir de barriga para
cima; Não dirigir; Alimentar-se antes e durante a ingestão; Ter cuidado com as bebidas adocicadas; Evitar a associação do álcool com energético; Espaçar o tempo entre as tomadas.