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e transtornos aditivos
Os transtornos advindos do uso dessas substâncias tem relação com o aspecto biológico e ambiental
dos sujeitos atingidos por eles.
Agentes farmacológicos
• Álcool • Outros agentes (anabolizantes, óxido nitroso, entre
• Anfetaminas outro)
• Cafeína
• Cannabis
• Cocaína
• Alucinógenos
• Inalantes
• Nicotina
• Opióides
• Fenciclidina (PCP)
• Sedativos, hipnóticos e anseolíticos
Últimas tendências referentes ao uso de
drogas
Cannabis: substância mais consumida no mundo. Jovens: maior parcela daqueles que usam/ abusam de drogas
Em 2018: estimativa de 192 milhões de pessoas Grupo mais vulnerável à dependência e tem seu
usaram desenvolvimento prejudicado pelo consumo.
https://site.mppr.mp.br/arquivos/File/Relatorio_Mundial_Drogas.pdf 3
Tipos de dependência
DEPENDÊNCIA COMPORTAMENTAL
É baseada na busca pela subtância e tem padrão de uso patológico destacado.
DEPENDÊNCIA FÍSICA
Referente aos efeitos fisiológicos pela multiplicidade de uso da substância.
DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
É a chamada “fissura” (desejo intenso), contínua ou intermitente, para evitar um episódio
disfórico.
Comportamento de uso:
• Decisão de usar uma droga- influenciada por situações sociais e psicológicas imediatas, bem
como pela história mais remota do indivíduo
• Série de consequências que podem ser recompensadoras ou aversivas
• Processo de aprendizado - resulta em uma probabilidade maior ou menor de o
comportamento ser repetido
• . No caso de algumas drogas:
• início a processos biológicos associados a tolerância, dependência física e
sensibilização
• a tolerância pode reduzir alguns dos efeitos adversos da droga, permitindo ou
requerendo o uso de doses maiores, acelera ou intensifica o desenvolvimento de
dependência física.
Fatores psicodinâmicos
As teorias psicodinâmicas sobre abuso de substância refletem as visões das abordagens clássicas da
Psicologia:
• ato masturbatório (alguns usuários de heroína descrevem o “barato” inicial como semelhante a um
orgasmo sexual prolongado)
• defesa contra impulsos de ansiedade
• manifestação de regressão oral (i.e., dependência)
• expressão das funções de um ego perturbado (i.e., a incapacidade de lidar com a realidade)
• Como forma de automedicação, o álcool pode ser usado para controlar o pânico; os opioides, para
diminuir a raiva; e anfetaminas, para aliviar a depressão
Condicionamento
O uso de drogas, além de seus efeitos farmacológicos, pode funcionar como reforço se resulta em status
especial ou aprovação de amigos, ou seja, a cada uso da droga traz um reforço positivo rápido, seja através
da euforia induzida pela droga, seja como alívio da perturbação do afeto, alívio dos sintomas de
abstinência ou uma combinação desses efeitos
Podem ainda sensibilizar sistemas neurais quanto a seus efeitos de reforço:
• a parafernália (agulhas, garrafas, maços de cigarro) e os comportamentos associados ao uso da
substância podem se tornar reforços secundários, bem como indícios da disponibilidade da substância,
e, na sua presença, aumentar a fissura ou o desejo de sentir seus efeitos.
Genética Abuso ou de dependência de substâncias apresentam um padrão genético em seu desenvolvimento:
principalmente pensando nas associações a genes que afetam a produção de dopamina.
Neuroquímicos
O uso de drogas, além de seus efeitos farmacológicos, pode funcionar como reforço se resulta em status especial ou
aprovação de amigos, ou seja, a cada uso da droga traz um reforço positivo rápido, seja através da euforia induzida pela
droga, seja como alívio da perturbação do afeto, alívio dos sintomas de abstinência ou uma combinação desses efeitos
Podem ainda sensibilizar sistemas neurais quanto a seus efeitos de reforço:
• a parafernália (agulhas, garrafas, maços de cigarro) e os comportamentos associados ao uso da substância podem se
tornar reforços secundários, bem como indícios da disponibilidade da substância, e, na sua presença, aumentar a fissura
ou o desejo de sentir seus efeitos.
Comorbidades
• Identifica-se uma prevalência elevada de transtornos psiquiátricos adicionais entre indivíduos que buscam tratamento para
dependência de álcool, cocaína ou opioides; alguns estudos demonstraram que até 50% dos aditos apresentam um
transtorno psiquiátrico comórbido.
• Em diversos estudos, de 35 a 60% dos pacientes com abuso ou dependência de substância também satisfazem os critérios
diagnósticos para transtorno da personalidade antissocial.
• Cerca de um terço a metade de todos os pacientes que apresentam abuso ou dependência de opioide e cerca de 40% daqueles
com abuso ou dependência de álcool satisfazem os critérios para transtorno depressivo maior em algum momento da vida.
• Indivíduos que abusam de substâncias têm probabilidade 20 vezes maior de morte em decorrência de suicídio do que a
população em geral. Relata-se que cerca de 15% dos indivíduos com abuso ou dependência de álcool cometem suicídio. Essa
frequência de suicídio perde apenas para a encontada em pacientes com transtorno depressivo maior.
Classificação Diagnóstica
Há quatro categorias principais na 5a edição do Manual diagnóstico
e estatístico de transtornos mentais (DSM-5):
(1) transtorno por uso de substância,
(2) intoxicação por uso de substância,
(3) Abstinência de substância,
(4) transtorno mental induzido por substâncias
Síndrome específica que resulta da interrupção abrupta do uso intenso e prolongado de uma substância (p. ex., abstinência de opioides):
• Desenvolvimento de uma síndrome específica da substância devido à interrupção (ou redução) de seu uso intenso e prolongado.
• Causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida
do indivíduo.
• Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem explicados por outro transtorno mental.
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Álcool
Aspectos relacionais
• Transtorno da personalidade antissocial: frequentemente relacionado ao abuso de álcool.
• Transtornos do humor: entre 30 a 40% dos indivíduos com um transtorno relacionado ao álcool
satisfazem os critérios diagnósticos para transtorno depressivo maior em algum momento da
vida (mais comum em mulheres)
• Indivíduos com transtornos relacionados ao álcool e transtorno depressivo maior correm grande
risco de tentativa de suicídio e provavelmente apresentam outros diagnósticos de transtornos
relacionados a substâncias.
• Terapia com fármacos antidepressivos: para sintomas que persistem após 2 a 3 semanas de
sobriedade
• Transtorno bipolar tipo I: maior risco de desenvolver um transtorno relacionado ao álcool; uso
da substância como automedicação para seus episódios maníacos
• Transtornos de ansiedade: alivio a ansiedade 25 a 50% de todos os indivíduos com
transtornos relacionados ao álcool também satisfazem os critérios diagnósticos para um
transtorno de ansiedade.
• Fobias e transtorno de pânico: tentativa de automedicar sintomas de agorafobia ou fobia social,
mas um transtorno relacionado ao álcool provavelmente antecede o desenvolvimento de
transtorno de pânico ou transtorno de ansiedade generalizada.
Sinais de intoxicação
11/29/2023
Cafeína
Política repressiva de drogas só faz crescer ainda mais as suas trágicas condições carcerárias deixa de ser uma medida de
socioeducação para ser punição desumana
Prejudica a saúde pública:
ausência de controle e adulteração das substâncias consumidas (riscos graves à saúde dos consumidores);
alto nível de contágio do vírus HIV e outras doenças entre usuários de drogas injetáveis na marginalidade;
dificuldade de implementação de políticas de redução de danos aos dependentes inseridos na ilegalidade e oposição
do proibicionismo aos modelos mais atuais de ajuda ao viciado;
contínuo enfrentamento do sistema penal pelos adictos que fazem uso das substâncias, mesmo à margem da lei;
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento e psiquiatria clínica [recurso eletrônico] / Benjamin J. Sadock, Virginia A.
Sadock, Pedro Ruiz ; tradução: Marcelo de Abreu Almeida ... [et al.] ; revisão técnica: Gustavo Schestatsky... [et al.] – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed,
2017.
https://site.mppr.mp.br/arquivos/File/Relatorio_Mundial_Drogas.pdf
https://static.poder360.com.br/2020/11/Anuario-Brasileiro-de-Seguranca-Publica-2020.pdf