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Causas

Transtorno Psicótico

É um conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou


imediatamente após o uso de substâncias psicoativas e que são
caracterizadas por alucinações, ilusões, delírios e/ou idéias de referência,
transtornos psicomotores e afeto anormal. O transtorno tipicamente se
resolve, pelo menos, parcialmente, dentro de 1 mês e completamente
dentro de 6 meses e, é influenciado pelo tipo de substância envolvida e
pela personalidade do usuário. Há que considerar sempre a possibilidade
de um outro transtorno mental estar sendo agravado ou preciptado pelo
uso de substância psicoativa; ex. esquizofrenia, transtorno afetivo,
transtorno de personalidade de tipo paranóide ou esquizóide.
Delirium Tremens
É um estado toxicoconfusional breve, mas ocasionalmente com risco de
vida, que se acompanha de perturbações somáticas. É usualmente uma
consequência de uma abstinência absoluta ou relativa do álcool, em
usuários gravemente dependentes com uma longa história de uso. Os
sintomas prodrômicos incluem insônia, tremores e medo, podendo haver
convulsões. A clássica tríade de sintomas inclui obnubilação da
consciência e confusão, alucinações e ilusões vívidas de todo o sensório e
tremor marcante, (delírios, agitação, inversão do cilco do sono e
hiperatividade autonômica, estão usualmente presentes).
Estado de Abstinência
É um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis,
ocorrendo na ausência relativa ou absoluta de uma substância, após seu
uso repetido, prolongado e com altas doses. A abstinência pode ser
complicada por convulsões e delirium.
Abuso de Substância
O abuso de substâncias (álcool e maconha) é um problema comum em
pacientes esquizofrênicos, atingindo até 60% destes; piorando com o
progredir da doença a interferindo com a aderência do paciente ao
tratamento. Uma hipótese importante para explicar comorbidade é que o
abuso de substâncias poderia causar ou precipitar a esquizofrenia
indivíduos vulneráveis.
Relação temporal entre o início da esquizofrenia e o abuso das
substâncias:
27,5% dos pacientes tiveram problemas com drogas mais de um ano
antes dos primeiros sintomas da esquizofrenia;
34,6% esquizofrenia e o abuso de substâncias começaram
simultaneamente;
37,9% o abuso de substâncias começou após o primeiro sintoma da
esquizofrenia.
Gestação
O uso de drogas durante a gravidez tem as seguintes implicações tanto
para a mãe como para o feto em desenvolvimento:
A saúde da gestante
As mulheres grávidas com transtorno decorrente do uso de droga
apresentam risco elevado para doenças sexualmente transmitidas (como
infecção pelo HIV), hepatite, anemia, tuberculose, hipertensão e pré-
eclâmpsia.
O curso da gestação
As mulheres grávidas com transtorno decorrente do uso de droga
(dependendo do tipo) podem apresentar maior risco para abortos
espontâneos, pré-eclâmpsia, placenta prévia e trabalho de parto precoce
ou prolongado, além de complicações de outras condições clínicas que
podem ser relacionadas ao uso de drogas (como hipertensão em
dependentes de cocaína).

Desenvolvimento fetal
Algumas drogas, incluindo os opióides, cocaína e álcool,
atravessam a placenta e afetam diretamente o feto.
Isso pode ocorrer em qualquer estágio do
desenvolvimento, mas é particularmente provável
durante o terceiro trimestre, quando o fluxo sangüíneo
materno fetal e as taxas de transporte placentário
estão aumentadas. A placenta pode deslocar antes, um
dos vários fatores causadores do número crescente de
partos prematuros.
O feto pode apresentar risco mais elevado que a média
para defeitos congênitos, problemas cardiovasculares,
comprometimento do desenvolvimento e crescimento,
prematuridade, peso baixo ao nascimento e óbito.
Após o parto, o neonato pode apresentar abstinência da
droga. que pode ser de difícil reconhecimento,
particularmente se o pediatra não conhece o
diagnóstico da mãe.
Desenvolvimento da criança
Algumas substâncias (como o álcool) são associadas com efeitos
negativos a longo prazo sobre o desenvolvimento físico e cognitivo.
Comportamento como pais
Além do tratamento para o transtorno decorrente do uso de drogas, as
mães com esse distúrbio necessitam freqüentemente de educação e
treinamento para exercer a maternidade, serviços sociais,
aconselhamento nutricional, assistência na obtenção de privilégios de
saúde e benefícios e outras intervenções que objetivem reduzir a
possibilidade de maltratar ou negligenciar a criança.
(Fonte - NeuroPsicoNews - Sociedade Brasileira de Informações de
Patologias Médicas 1999 - nº 13)
Overdose
Os traficantes da cadeia intermediária costumam dividir a droga pura
mesclando-a com outras substâncias para aumentar o volume,
diminuindo o seu grau de pureza. Um viciado que tem o mesmo
fornecedor costuma injetar as mesmas quantidades de acordo com o
potencial já conhecido; ocorrendo a troca do fornecedor, a nova partida
poderá conter um grau de pureza consideravelmente superior ao
esperado e para o qual o organismo não estava acostumado, ocorrendo aí
a chamada overdose.

Dependência

Dependência Física
Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna
impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a
chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da
adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A
dependência física e a tolerância podem manifestarem-se isoladamente
ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da
droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática
situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando
em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não
tem um bom desenvolvimento.
Dependência Psicológica
Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso
irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A
dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que
favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a
ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a
tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se
obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela
necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da
droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de
se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o
indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse
fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam
dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da
droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu
início, término ou níveis de consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido
(sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da
substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente
produzidos por doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor
do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para
obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus
efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de
consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por
excesso de álcool, depressão consequênte a período de consumo
excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à
droga.
Uso de Droga em Adolescentes
Idade de Tempo para uso
Substância
início problemático
11 anos álcool 2,5 anos
12 anos maconha 1 ano
13 anos cocaína 6 meses
14 anos crack 1 mês

Dados Epidemiológicos
20% da população usam substâncias psicoativas no decorrer da vida;
15% no mínimo são portadores da doença da dependência química;
10% a 12% desses usam mais de uma droga concomitante;
A incidência de DQ é de 2 a 6 vezes maior no homem;
DQ evolui do álcool para drogas mais pesadas;
150 mil óbitos/ano por alcoolismo nos USA;
15% dos DQ cometem suicídio (20 vezes maior que na população).
Transtornos Psiquiátricos em Pacientes Dependentes de Álcool
- 218 pacientes alcoolistas x 218 pacientes não alcoolistas - Serviço
Ambulatorial Universitário do estado de São Paulo;
- Prevalência em toda vida (LTP) de transtornos psiquiátricos: 70%
população alcoolista x 26% população não alcoolista;
- Depressão maior em 50%;
- Personalidade anti-social em 30%;
- Fobias em 20%;
- Abuso/dependência de outras drogas em 19%.
Transtornos de Personalidade na dependência da Cocaína
- prevalência ao longo da vida de transtornos psiquáticos foi de 69%;
- 29% com transtornos afetivos e ansiosos
- 40% com transtornos de personalidade
- 31% sem transtornos

1. 2. Recuperação

Refeições medicinais
para os dias de
abstinência
3. Fatos firmados
- Quanto mais precoce e
rápido for o aporte de
comida e líquidos, mais
rápida será a
recuperação do viciado
que está cruzando os
perigosos momentos da
síndrome de
abstinência .
- Quanto maior for a
quantidade de líquidos e
comida aportando no
organismo do viciado
combalido pelo stress da
síndrome de abstinência,
menos intensos serão os
sintomas desta
síndrome.
- A boa hidratação e o
aporte energético de
comida respondem na
íntegra, pela
recuperação do viciado
em fase de abstinência.
- Se o viciado, em fase
de abstinência e
conscientemente lúcido
puder engolir, sem
problemas, sólidos e
líquidos, aconselhamos o
uso das receitas
energéticas abaixo
relacionadas:
4. Beterraba
Descasque 3 beterrabas
previamente cozidas.
Após fatiá-las, triture-as
no liquidificador com 6
copos d´água. Junte 1
concha de caldo de
carne, leve ao fogo.
Engrosse a mistura com
1 colher de sopa de
creme de arroz. Quando
estiver fervendo,
adicione 2 colheres de
sopa de molho inglês.
Esta refeição serve para
combater a desnutrição,
a anemia por carência
de ferro e a
desidratação. É rica em
potássio, silício, sódio,
cloro, zinco, manganês,
ferro, cobre e vitaminas.
5. Cebola
Descasque 5 cebolas
médias, fatiando-as em
anéis finos. Aqueça 1/4
de xícara de manteiga
em uma panela. Junte
as cebolas, cozinhando-
as em fogo brando até
que fiquem macias.
Aumente depois o fogo,
deixando as cebolas
dourarem. Retire a
panela do fogo, junte 5
xícaras de caldo de
carne, levando para
cozinhar novamente
durante 30 minutos.
Antes de servir, adicione
5 fatias de pão torrado.
Cubra a sopa com 1
xícara de queijo
parmesão. O sal fica a
gosto de cada um.
Esta é uma refeição
energética, hidratante,
rica em selênio. O
selênio é um potente
antioxidante, que
protege as membranas
celulares contra
possíveis agressões.
6. Caqui
Bata no liquidificador 3
xícaras de polpa de
caqui, açúcar a gosto e
uma lata de creme de
leite. Guarde na
geladeira. Sirva gelado.
Esta é uma refeição
energética, inimiga da
inapetência. É rica nas
vitaminas A e C.
7. Alface
Junte, numa panela, 4
xícaras de água fria, 1
colher e meia de chá de
sal, 2 xícaras de batatas
cortadas, 1 colher de
sopa de cebola picada.
Deixe a mistura ferver
até que a batata esteja
realmente cozida.
Acrescente 1 xícara de
alface picada,
cozinhando até que ela
fique desfeita. Coe,
misture agora 1 colher e
meia de azeite com 2
xícaras de leite quente,
e junte à sopa. Adicione
sal a gosto.
Esta é uma refeição
energética, hidratante,
rica nas vitaminas B e
ácido fólico.
8. Legumes fortes
Cozinhar 1 molho de
couve, 250 gramas de
abóbora, 3 molhos de
espinafre com 1 litro de
água, sal, 1 tablete de
caldo de carne. Quando
os vegetais estiverem
bem cozidos, passar no
liquidificador. Servir
quente, salpicando
queijo parmesão por
cima.
Esta é uma refeição
energética, hidratante,
rica em vitaminas e
minerais.
9.Refeições energéticas
para os dias
depressivos do
viciado em drogas
10. Batata-roxa
Faça uma calda em
ponto de fio forte com 2
quilos de açúcar e 1/2
litro d´água. Junte 2
quilos de batata-roxa
previamente cozida e
passada na peneira.
Acrescente 5 cravos-da-
índia. Cozinhe até ver o
fundo da panela. Está
pronta para servir.
11. Cenoura
Coloque, numa panela, 2
copos de cenoura ralada,
4 copos de açúcar, 100
gramas de coco ralado,
1 colher de sopa de
manteiga, 2 copos de
leite. Leve ao fogo,
dando o ponto de doce
de leite.
12. Abacate
Cortar em cubos um
abacate de tamanho
médio, acrescentando 2
colheres de chá de
açúcar, 2 colheres de
sopa de maionese e o
suco de uma laranja-
lima. Misturar levemente
com um garfo. Está
pronto para servir.
13. Caqui
Misture 3 xícaras de
polpa de caqui, 1 xícara
de creme de leite, 1
pacote de gelatina sem
sabor, previamente
dissolvida em 1 xícara
de café de água
fervendo, açúcar a
gosto, 1 colher de sopa
de araruta, 2 colheres
de sopa de manteiga, 4
claras em neve bem
batidas. Bata a mistura
até tomar ponto.
Coloque na geladeira de
um dia para outro.
14. Maçã
Bata 250 gramas de
manteiga com 250
gramas de açúcar. Junte
250 gramas de farinha
de trigo, 4 claras em
neve, 4 gemas, 3
colheres de sopa de
leite, 2 colheres de chá
de fermento em pó, 1/2
colher de café de sal. Vá
batendo a mistura
sempre. Unte a forma de
torta, despeje a massa e
cubra com 4 maçãs
cortadas em tiras,
polvilhadas com açúcar.
Leve ao forno.
15. Goiaba
Faça uma calda com 1
quilo de açúcar, cravo e
canela em pau. Coloque
em seguida 1 quilo de
goiabas. Cozinhe-as até
ficarem vermelhas.
16. Laranja
Com 1/2 quilo de
açúcar, faça uma calda
em ponto de pasta. Bata
6 claras em neve e
reserve. Misture 6
gemas com a calda de
açúcar e o caldo de 2
laranjas e leve esta
mistura ao fogo,
acrescentando agora as
6 claras em neve. Mexa
até aparecer o fundo da
panela.
17. Refeições
energéticas para
viciados desnutridos
18. Coco
Bata no liquidificador,
até que se forme uma
pasta homogênea, os
seguintes ingredientes:
1 copo de coco fresco
ralado, 1 colher de chá
de açúcar, 1 maço de
coentro, sal a gosto, 1
colher de sopa de suco
de limão, 1 cebola média
picada, 1 pimenta verde,
2 fatias de pão de
forma. Comer
espalhando a pasta
sobre fatias de pão
integral.
19. Ovos
Bata 4 ovos em uma
tigela. Tempere com sal
e pimenta. Junte 50
gramas de queijo
gruyere (ou queijo-de-
minas). Aqueça o óleo
vegetal numa frigideira.
Coloque agora a mistura
dos ovos com queijo,
puxando-a com o garfo
das bordas para o
centro, assim que a
omelete começar a
secar. Quando secar de
um lado, dobra-se uma
parte sobre a outra. Está
pronta para servir.
20. Leite de soja
Pôr de molho 1 1/2 copo
de feijão-soja durante
24 horas. Ferver água
em uma panela, para
aquecer os grãos.
Colocar os grãos na
água quente, por alguns
minutos, e escorrer.
Bater no liquidificador,
juntamente com 1/2 litro
de água fervente.
Despejar em uma
vasilha para esfriar.
Coar em pano ralo.
Bater novamente o
bagaço com mais 1/2
litro de água fervente e
juntar ao primeiro leite.
Temperar a gosto.
21. Queijo de soja
Este produto é
resultante da coagulação
do leite de soja, que foi
azedado, sendo então
submetido a fervura e
coado em seguida.
Modo de fazer: Junte o
suco de 1 limão a 1 litro
de leite de soja. Depois
de estar coalhado, ferva
e coe em um pequeno
saco de pano.
Comprima-o bem, na
forma, e conserve no
refrigerador até adquirir
a consistência peculiar
do queijo. Tire-o da
forma e guarde
mergulhado em água
fria, ligeiramente
salgada.
22. Carne
Refogue, com óleo
vegetal, 2 tomates
picados, 1 cebola picada,
1/2 xícara de azeitonas
verdes picadas. Tempere
com sal. Junte 1/2 quilo
de carne moída, deixe
cozinhar com a panela
tampada. Acrescente
molho inglês, 1/2 lata de
creme de leite, 1 colher
de sopa de Ketchup e
1/2 vidro de cogumelos.
Misture bem, sem deixar
ferver. Comer este
recheio na forma de
sanduiche.
23. Batata-doce
Descasque 1/2 quilo de
batata-doce. Corte as
batatas em quartos e,
com uma mistura de mel
e canela, vá pincelando-
as enquanto são assadas
no forno.
24. Maçã
Misture 1 1/2 xícara de
beterraba cozida,
cortada em cubos, com
1 1/2 xícara de maçã
crua, também cortada
em cubos, e 1/4 xícara
de cebola em rodelas
bem finas. Tempere a
mistura com sal e 1/4 de
colher de chá de noz-
moscada. Coloque a
massa formada num
pirex untado com
manteiga. Salpique
manteiga por cima e
cubra com papel de
alumínio. Asse, por 1
hora, em forno pré-
aquecido.
25. Refeições
energéticas para os
dias de infecção
26. Aipo
Desmanche 2 cubos de
caldo de galinha em 2
litros de água fervendo.
Junte agora 1 peito de
frango fatiado e 1 aipo
cortado em tiras finas.
Deixe cozinhar bem.
Antes de servir, adicione
à mistura 1 colher de
sopa de creme de leite e
6 fatias de pão de forma
cortadas em quadrados
e devidamente torradas.
27. Legumes fortes
Coloque numa panela,
contendo 2,5 litros de
água, os seguintes
ingredientes: 2 talos de
aipo, 2 cenouras, 1/2
quilo de carne de
músculo, 1 cebola, 1
chuchu, 1 fatia de
abóbora, 2 tomates, 1
alho-poró, 2 batatas, 2
nabos, 2 folhas de louro.
Ferva a mistura até
cozinhar a carne e os
legumes. Retire a carne
(que poderá ser
aproveitada em outro
prato) e passe o caldo
da sopa e os legumes no
liquidificador.
Esta sopa dispensa a
adição de manteiga ou
margarina.
28. Espinafre
Cozinhe 2 molhos de
espinafre juntamente
com 1 cubo de caldo de
carne diluído
previamente em água
fervente. Passe a
mistura no liquidificador
e depois na peneira.
Frite 6 fatias de bacon,
até que se forme uma
farofa. Reserve. Antes
de servir, adicione à
sopa 1 colher de
sobremesa de creme de
leite e o farelo de bacon.
29. Feijão-preto
Deixe 1 xícara de feijão-
preto de molho em
água, de um dia para o
outro. Cozinhe o feijão
em 2 litros de água,
esperando até que fique
macio. Em 1 colher de
sopa de óleo vegetal,
frite 2 cebolas fatiadas
em rodelas e 2 dentes
de alho esmagados.
Reserve. Acrescente
agora ao feijão os
seguintes ingredientes:
as cebolas, os dentes de
alho, sal a gosto, 2
folhas de louro, 1 xícara
de extrato de tomate e 4
batatas fatiadas. Tampe
a panela e deixe
cozinhar até que a
batata fique macia.
30. Laranja
Coloque num
liquidificador os
seguintes ingredientes:
1/2 xícara de suco de
laranja, 1 copo de
iogurte natural (200
gramas), 1 colher de
sopa de mel. Bata
durante 4 minutos. Está
pronto para servir.
31. Refeições que
hidratam o corpo
desnutrido do viciado
em drogas
32. Beterraba
Refogue 2 beterrabas
grandes, previamente
cortadas em fatias, com
2 colheres de sopa de
manteiga. Junte em
seguida 2 alhos-porós
picados, fatias de 1
cebola grande e 1/2
repolho pequeno fatiado.
Deixe refogar
lentamente, durante 1/2
hora, com a panela
tampada. Junte agora 2
litros de caldo de carne
e deixe ferver
lentamente por mais 1
hora. Acrescente o sumo
de 2 beterrabas cruas
raladas e passadas num
pano de prato. Junte à
mistura 4 salsichas
cozidas, previamente
fatiadas. Ferva durante
mais 5 minutos. Antes
de servir, ponha em
cada prato um pouco de
salsa picada e 1
colherada de leite azedo.
33. Repolho
Cozinhe 1/2 xícara de
arroz cru em 2 litros de
caldo de galinha,
acrescentando mais
água se necessário.
Tempere com 1 colher
de sopa de massa de
tomate. Antes de servir,
acrescente 2 xícaras de
repolho cozido e fatiado.
Ao servir, regue com um
pouco de azeite.
34. Músculo
Corte 1 ramo de salsa e
cebolinha em fatias bem
finas. Reserve. Pique
250 gramas de músculos
e 1 cenoura,
cozinhando, juntamente
com 1 cebola grande, 1
dente de alho, 1
pimentão vermelho, 4
tomates sem sementes e
sem pele, em uma
porção de água e sal.
Assim que a água ferver,
deixe cozinhar por 1/2
hora até que a carne
fique macia. Tempere
com sal e pimenta-do-
reino (a gosto). Coe e
sirva bem quente. Antes
de servir, salpique a
salsa e a cebolinha.
35. Batata-baroa
(mandioquinha)
Cozinhe 1/2 quilo de
batata-baroa
descascada, em água.
Passe no liquidificador,
com um pouco de água.
Junte 1 litro de caldo de
galinha concentrado, 3
colheres de salsa e
cebolinha picadas, 1
copo de leite, 1 colher
de sopa de margarina
(ou creme de leite
fresco, se prefirir) e 1
colher de queijo
parmesão ralado. Sirva
bem quente.
36. Legumes fortes
Misture, em uma panela
grande, os seguintes
ingredientes: 2 folhas de
louro, 1 colher de sopa
de sal, 3 litros de água,
3 cenouras cortadas em
rodelas, 3 cebolas bem
picadas, 3 xícaras de
salsão (aipo) picado, 3
alhos-poró cortados em
rodelas, 6 cebolinhas
verdes, 8 talos de
salsinha. Deixe levantar
fervura. Abaixe o fogo e
cozinhe, em panela
tampada, por cerca de 2
1/2 horas. Escorra o
líquido. O caldo de
legumes está pronto
para servir.
37. O leite na guerra
contra a desnutrição
do viciado em drogas
38. Por causa da sua
riqueza em proteínas
(3,5 gramas/100
gramas), minerais
(cálcio, fósforo,
magnésio, potásio, iodo,
ferro, zinco) e vitaminas
(A, E, D, K, C, B,
niacina, ácido fólico, B6,
B12), o leite está
indicado como arma de
guerra para recuperar
nutritivamente qualquer
viciado combalido pela
ação dos tóxicos.
39. Leite e espinafre
Cozinhe, durante 5
minutos, 1 maço de
espinafre em 2 xícaras
de chá de água. Bata no
liquidificador e guarde.
Doure 1 cebola média
ralada com 3 colheres de
sopa de óleo. Adicione o
epsinafre batido
juntamente com 4
colheres de sopa de
maisena previamente
dissolvida em 2 xícaras
de chá de leite. Cozinhe
até ferver, mexendo
sempre. Tempere com
sal e noz-moscada (a
gosto). Acrescente 1/2
xícara de queijo ralado.
Esta é uma refeição
energética, protéica, rica
em ferro.
40. Leite e queijo
Desmanche previamente
200 gramas de maisena
em 1 litro de leite.
Misture agora com 200
gramas de queijo ralado,
50 gramas de manteiga,
1 colherzinha de sal.
Leve a mistura ao fogo,
mexendo sempre até
que cozinhe e fique tudo
ligado. Despeje numa
forma untada.
Este requeijão é
riquíssimo em proteínas.
41. Leite e batatas
Lavar e limpar 1/2 quilo
de batatas e 2 cebolas
grandes. Fritar por 5
minutos numa caçarola
com 2 colheres de sopa
de azeite. Não permitir
que as batatas e as
cebolas fiquem
douradas. Juntar 2
xícaras de água,
deixando cozinhar até
que as batatas bem
tenras. Passar por uma
peneira, acrescentado
na sopa, 1 xícara de
leite. Levar novamente
ao fogo. Quando estiver
fervendo, juntar 1 colher
de sopa de farinha de
trigo. Deixe ferver por
10 minutos. Servir
quente.
Esta sopa é altamente
energética e hidratante.
42. Leite e arroz
Cozinhe 1 xícara de
arroz na água, sem
deixar amolecer
completamente. Junte 3
copos de leite, açúcar (a
gosto), pó de canela em
pau (a gosto). Deixe a
mistura no fogo até ficar
bem mole. Depois junte
2 gemas, mexa
rapidamente e leve
novamente ao fogo, sem
deixar ferver. Tire do
fogo, junte 1 colher de
chá de margarina, mexa
para derreter. Polvilhe
com canela em pó.
Esta refeição de arroz-
doce é altamente
energética, está indicada
para pessoas debilitadas
pela ação dos tóxicos.
43. Leite e abóbora
Cozinhe 250 gramas de
abóbora com água
fervendo. Acrescente
sal, canela e cravo.
Passe depois no
liquidificador. Leve
novamente ao fogo, na
mesma água em que foi
cozida, juntando 75
gramas de queijo
branco. Deixe ferver. Em
seguida, coloque 170
gramas de açúcar e 1
copo de leite. Leve a
mistura ao fogo brando,
mexendo sempre.
Engrosse com farinha de
trigo dissolvida
previamente em um
pouco de água.
Este mingau de abóbora
é altamente energético e
mineralizante.
(Salvar o Filho Drogado
- Dr. Flávio Rotman - 2ª
edição - Editora Record)
44.45. Recuperação

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Av. Amazonas, 1099 - Mandaguari - PR
Cep: 86.975-000
Fones: (44) 9962-8707 (44) 9982-9424
cris_gardiolo@yahoo.com.br
46. Alcoólicos Anônimos - Central de Serviços
de AA - São Paulo
47. São Paulo 48. (11) 3315-9333
49. Campinas/SP 50. (19) 234-8088
51. Rio de Janeiro 52. (21) 253-9283
53. Brasília 54. (61) 226-0091
55. Fortaleza 56. (85) 231-2437
57. Goiânia 58. (62) 223-0445
59. e-mail: aa@alcolicosanonimos.org.br
60. Co-Dependentes Anônimos - Rua João
Moura, 425
Site:
www.freeyellow.com/members8/codependentes
e-mail: codependentes@yahoo.com
61. Cebrid
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas
http://intranet.epm.br/cebrid
62. PROAD
Programa de orientação e atendimento a
dependentes
(11) 5576-4472
www.epm.br/psiquiat/proad/proad.htm
63. Instituições de tratamento:
Mato Grosso do Sul
Secretaria de Estado da Justiça
Acompanhamento psicológico e abrigo para
menores carentes
Parque dos Poderes, bloco 4
Campo Grande - MS
Telefone para contato: (67) - 726 4044
Rio de Janeiro
Nepad - Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Atenção ao Uso de Drogas
Tratamento ambulatorial ligado à Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Rua Fonseca Telles, 121 4o andar
Bairro de São Cristóvão
Rio de Janeiro - RJ
Telefone para contato: (21) - 589 3269
64. Rio Grande do Sul
Instituto Wilfred Bion
Seções de psicoterapia com o apoio da Igreja
Luterana
Rua Gomes Jardim, 758
Porto Alegre - RS
Telefone para contato: (51) - 223 5643
65. São Paulo
Esquadrão da Vida de Marília
Rua Estados Unidos,44
Bairro Jóckei Clube
Marília - SP
Telefones para contato: (14) - 427 2266 / /427
4315
66. Tocantins
Projeto Saúde Escolar
Encaminhamento médico e psicológico
Esplanada Das Secretarias
Centro
Telefone para contato: (63) - 218 1762
67. Recuperação

Tratamento Médicos e Psicológicos

Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias,


mas quando usam drogas as resistências pioram e acabam
criando verdadeiras batalhas em casa para não ir às
consultas. As elegações mais comuns são, entre outras:
"Não sou louco para ir a um psiquiatra, os loucos são
vocês",
"Não sou viciado. Paro quando eu quiser", "Vão gastar
dinheiro à toa!"
Quando há comprometimento psicológico ou físico, a
consulta especializada se faz necessária. Cabe ao
profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado
fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento
adequado. Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se
necessário, medicamentos específicos. Há muito progresso no campo
medicamentoso terapêutico. Novidades surgem a toda hora,
entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais
escolhidos.

Só internação não resolve


Em casos graves, quando o usuário está muito comprometido, a
internação hospitalar é necessária e fundamental para dar início à
recuperação. Nesse sentido, os hospitais funcionam bem.
Depois da alta, o apoio de grupos de auto-ajuda é excelente.
Os "padrinhos" que adotam um novo usuário cuidam dele como se
fossem um filho. A única obrigação desse "filho" é ligar para o
"padrinho" quando a vontade de usar a droga começar a ser
despertada. É a força da coletividade agindo sobre o indivíduo
necessitado.
Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção
tão grande e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem.
E, se houver, pode se tornar inviável para a maioria da população,
pelo seu alto custo.
(Salvar o Filho Drogado - Dr. Flávio Rotman - 2ª edição - Editora
Record)
As “Sete regras básicas para interrupção do consumo de cocaína”
(Washton, 1989) são válidas para dependentes de outras drogas e/ou
álcool, e devem ser extensivamente discutidas com os pacientes:
1 - O momento de parar é agora
Uma das táticas mais usadas pelos dependentes e abusadores de álcool
e/ou drogas para evitar ingressar em tratamento é a procrastinação
(“deixar para mais tarde ou para depois”, adiamento indefinido que
colabora para o aumento das conseqüências derivadas do consumo). A
frase “Eu vou parar amanhã” significa exclusivamente que o indivíduo não
tem nenhuma intenção atual de interromper o consumo.
2 - Deve-se parar o consumo de uma vez
Reduzir o consumo de drogas e álcool é uma tarefa ingrata e infrutífera.
Cada episódio de consumo de coca aumenta o desejo por mais cocaína e
assim o processo de recuperação acaba sempre adiado.
3 - Parar todas as drogas de abuso, incluindo álcool e maconha
Esta é uma das regras mais difíceis para o dependente de cocaína aceitar.
O indivíduo tende a focalizar todas as suas dificuldades por exemplo na
cocaína, desprezando a participação das outras substâncias no seu
padrão de consumo. O consumo de álcool ou de maconha freqüentemente
representa o primeiro passo para uma recaída no consumo da própria
cocaína. Além desse fato, o consumo de qualquer substância evoca as
memórias do consumo da droga principal consumida, desencadeando
“fissuras” intensas. Ao consumir outra droga, o indivíduo terá menor
capacidade de resistir a tais “fissuras”, recorrendo ao consumo.
4 - Mudar o estilo de vida
Os dependentes de drogas não podem manter os relacionamentos com
antigos companheiros de consumo, não podem ir aos bares e outros
ambientes onde costumavam encontrar esses colegas, pois o consumo de
substâncias psicoativas (drogas e/ou álcool) é a atividade central dessas
atividades. O indivíduo, nessas ocasiões, volta a sentir desejo intenso,
como uma necessidade de consumir, não conseguindo resistir à droga.
Esta é a principal razão de recaídas, pelo menos nos pacientes em
tratamento.
5 - Sempre que possível evitar situações, pessoas e ambiente que
causem fissuras
É importante antecipar estas situações em tratamento antes de se
encontrar nas situações acima descritas, para que o paciente possa lidar
adequadamente e evite o uso. Os dependentes em tratamento nunca
devem testar-se, para saber “como estão indo no tratamento”. Este
fenômeno é muito visto entre os pacientes, que acreditam que “passando
no teste” estarão provando que voltaram a conquistar o controle sobre a
droga e que “jamais irão consumir novamente”. Infelizmente nada
poderia ser mais falso que isto. Mesmo passando no “teste” o paciente
estará mais próximo de uma recaída, por ter se aproximado ao ambiente
de consumo e, provavelmente, por excesso de autoconfiança.
6 - Procurar outras recompensas (fontes de prazer)
Durante a trajetória da dependência os indivíduos costumam afastar-se
de praticamente todas as formas de lazer que não se encontram
associadas diretamente ao consumo.Freqüentemente abandonam
hobbies, afastam-se de pessoas que não usam, param de exercitar-se;
com a evolução da dependência mesmo o interesse no sexo reduz muito,
e a vida torna-se escassa de prazeres não quimicamente induzidos. O
aprendizado de como voltar a estar em sintonia com o mundo “careta” é
uma das tarefas mais difíceis da recuperação. Alguns indivíduos chegam a
relatar que “desaprenderam a falar” sem o efeito das drogas.
7 - Cuidados pessoais: aparência, alimentação, exercício etc.
A cocaína, por exemplo, é um potente inibidor do apetite, de forma que
usuários crônicos tendem a apresentar deficiências de diversos nutrientes
e vitaminas. Alguns indivíduos dependentes de álcool e/ou drogas
ingressam no tratamento realmente depauperados fisicamente.Da mesma
forma, o condicionamento físico do paciente costuma ser negligenciado,
indicando a inclusão de exercícios físicos na recuperação do paciente. O
exercício pode, ainda, auxiliar a controlar ansiedade do indivíduo,
facilitando a manutenção da abstinência, e produz sensação de bem-estar
pela liberação de substâncias (endorfinas), que podem resultar em
redução do desejo pelo consumo.
Fases do tratamento de abuso e dependência de álcool e drogas
- Desintoxicação ou Promoção da abstinência
Fase de abstinência sob supervisão médica dos efeitos do consumo de
álcool ou outras drogas. Fisiologicamente esta fase dura poucos dias,
porém a vontade de consumo pode persistir por meses. O uso de
medicações pode reduzir o desconforto dos usuários ou mesmo minimizar
as complicações médicas. A desintoxicação estabiliza o paciente,
permitindo que ele ingresse na próxima fase do tratamento. Porém a
desintoxicação sozinha tem mínimo impacto na dependência

- Reabilitação
É a fase do tratamento em que os paciente aprendem como modificar seu
comportamento para manter a abstinência. Inúmeras modalidades
terapêuticas podem (e devem) ser utilizadas para esta finalidade –
aconselhamento individual e familiar, aprendizado sobre dependência e
sobre as substâncias que consome, psicoterapia individual e familiar,
medicações contra as vontades de consumo que o indivíduo apresenta,
treinamento social e vocacional, e outros processos são integrantes desta
fase. Grupos de mútua-ajuda devem sempre ser incluídos no processo de
reabilitação

- Cuidados continuados
Muitos dos pacientes dependentes devem se manter em tratamento por
um período longo em suas vidas. Esta fase é composta de propostas para
a manutenção do estado de sobriedade frente às dificuldades de suas
vidas. Participação em grupos de mútua-ajuda é um dos mais conhecidos
meios de manutenção dos benefícios conseguidos em um tratamento.
Outras possibilidades para esta fase são oferecidas pelas comunidades
terapêuticas. Elas oferecem um ambiente bem estruturado para
indivíduos que não disponham destes recursos em sua vida. As
internações nestas instituições são freqüentemente longas, possibilitando
uma estruturação da vida do indivíduo antes dele retornar ao seu
ambiente de vida. Todas as modalidades oferecem suporte moral e
encorajamento.

- Prevenção de recaídas
Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o
tratamento primário (desintoxicação ou reabilitação). Em geral estas
estratégias têm o objetivo de antecipar (e lidar) com as situações em que
os pacientes terão possibilidade de recair, ajudando-os a adquirir
instrumentos eficazes para evitar uma recaída, também modificando seu
estilo de vida. Assim sendo são efetivas na redução da exposição dos
indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades de evitar
uma recaída.
Fonte: GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas
As regras do tratamento - Passo a passo as normas impostas pela
Anvisa para o funcionamento das comunidades terapêuticas
Como deve ser escolhida a instituição que cuidará do tratamento da
dependência de drogas de um familiar ou de um amigo próximo? Essa é
uma pergunta muitas vezes presente nas consultas feitas à Abrafam
(Associação Brasileira de Apoio aos Familiares de Droga-dependentes) -
mas para a qual não existe uma resposta única. Em primeiro lugar,
porque não existe tratamento que sirva para todos. Em qualquer área da
saúde, cada indivíduo apresenta necessidades diferentes e reações
diferentes às mais variadas terapias. Assim, não seria possível compor
um "guia de tratamento de drogadependentes". E, certamente, se
existisse um, não haveria tantos dependentes em apuros...
No entanto, algumas orientações básicas são imprescindíveis. A primeira
delas é verificar se, no mínimo, a lei está sendo cumprida. O tratamento
da drogadição pode ser realizado das mais diferentes formas: em regime
de ambulatório, domiciliar ou de internamento, sendo que esse último
ainda subdivide-se entre vários tipos de serviços prestados por diferentes
instituições: clínicas, hospitais, comunidades terapêuticas. E, com relação
às comunidades terapêuticas, a legislação existe para defender o
paciente.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde,
publicou, em maio, a Resolução número 101, preparada por membros de
diferentes áreas, que trata do assunto. Ali estão descritas regras de
funcionamento que devem ser do conhecimento de qualquer pessoa
internada ou que tenha providenciado o internamento de alguém, pois
deslizes ou claros exemplos de negligência podem passar despercebidos
por pura falta de informação. Assim, para apoiar a família nesse universo
tão grande de comunidades espalhadas por todo o país, acompanhe este
estudo e confira o texto integral da Resolução a seguir.

Para que serve


A Resolução 101, de 30 de maio de 2001, segundo Gonçalo Vecina Neto,
que a assina, vem para normatizar e estabelecer padrões mínimos para o
funcionamento de serviços públicos e privados de atenção às pessoas
com transtornos decorrentes do uso de drogas. Expõe exigências mínimas
para o funcionamento dessas instituições, denominadas de comunidades
terapêuticas e dá prazo de dois anos para que as que já existem
adaptem-se às normas (portanto, até 2003).

A quem se aplica
As normas se aplicam a qualquer pessoa física ou jurídica, de direito
privado ou público, envolvida direta ou indiretamente na atenção a
indivíduos com transtornos decorrentes do uso de substâncias
psicoativas, sejam elas quais forem. Esses responsáveis, podem ser,
portanto, uma empresa - um hospital, por exemplo, público ou privado -
ou uma pessoa - um médico, um religioso ou qualquer outro interessado
em responsabilizar-se pela instituição. Assim, não vale dizer que só os
espaços públicos têm que seguir a regra: todos que se proponham a
prestar esse tipo de tratamento estão sujeitos ao que determina a
Resolução. E mais: uma pessoa deve designar-se como responsável
técnica pelo estabelecimento e deve ter curso superior completo na área
de saúde ou da assistência social.

Penalidades
Tratando-se de uma Resolução - e não propriamente de uma lei - quem
não cumpre as regras é penalizado de acordo com o que determina a Lei
6.437, de 20 de agosto de1977, pois não agiu de acordo com o
determinado pela Vigilância Sanitária e, portanto, incorreu no que é
chamado de "infração sanitária". A Vigilância se atribui a obrigação,
inclusive, de fiscalizar essas instituições anualmente (para o que requer
livre acesso às instalações). Está escrito no texto da Resolução. Se essa
meta puder ser cumprida, isso significa que as entidades deverão manter
também em ordem a documentação relacionada às licenças de
funcionamento, prontuários de pacientes etc., pois qualquer
irregularidade poderá significar infração.
O que são as comunidades terapêuticas
De acordo com o texto da Resolução, as comunidades terapêuticas são
lugares onde se internam - em regime de residência ou por turnos -
pessoas que precisem de serviços de suporte e terapia por uso ou abuso
de substâncias psicoativas. Nesses locais, "o principal instrumento
terapêutico é a convivência entre os pares", diferenciando o tipo de
tratamento aplicado ali ao de uma psicoterapia individual, por exemplo,
ou do oferecido num hospital geral. Na comunidade terapêutica, o interno
convive com outras pessoas que estão nas mesmas condições que ele e
com quem pode trocar experiências.

Avaliação
No momento da internação, o paciente deve ser avaliado segundo uma
série de critérios descritos na Resolução e classificado de acordo com a
gravidade de seu estado (muito dependente da droga e com grandes
comprometimentos), com a sua motivação para se tratar de acordo com
os danos que a droga já provocou em seu organismo e em sua mente.
Além disso, o avaliador deve verificar quais são as condições familiares.
Essa avaliação necessariamente tem que ser feita conforme os critérios
descritos na Resolução e todos os dados registrados num relatório.

Quem pode se internar?


As comunidades terapêutica não podem recusar-se a atender uma pessoa
pelo fato de que ela apresenta, além da dependência de drogas, alguma
outra doença associada. Também não pode "escolher" tratar apenas um
dos mais comprometidos ou apenas daqueles cujo comprometimento pelo
uso de substâncias psicoativas ainda não é tão grave. Após uma avaliação
diagnóstica, química e psiquiátrica, os resultados têm de ser anotados
numa ficha de admissão. Quem apresenta comprometimento grave do
organismo ou da psique deve, necessariamente encaminhado para um
serviço especializado, ou seja, ao um hospital ou unidade de terapia
intensiva, que possa cuidar de reverter os danos ao corpo, e/ou a um
hospital psiquiátrico.
Crenças religiosas ou ideológicas também não são motivos para recusa da
internação. Da mesma forma, ninguém pode ser ou permanecer
internado contra a vontade nesse tipo de instituição - a menos que
encaminhada por um mandado judicial - e todos os pacientes têm o
direito de interromper o tratamento no momento que desejarem, exceto
se estiverem em risco de vida (por intoxicação ou ameaça de suicídio, por
exemplo) ou pondo em risco a vida de outros.
Regulamento Interno
Ao admitir um paciente, a instituição deve expor a ele e a seus familiares
sobre suas normas de funcionamento, regime de internação e proposta
de tratamento, já com uma previsão do tempo previsto para sua
conclusão. Toda a rotina do horário de despertar, atendimento individual
ou grupal, programas educacionais, etc., deve ser entregue por escrito.
As atividades obrigatórias e opcionais, os critérios de alta e de
acompanhamento após a alta também devem ficar bem claros nesse
documento e o paciente ou responsável assinará um termo de
concordância com o regulamento.
Instalações e Capacidade
As comunidades terapêuticas devem ter capacidade máxima de
alojamento para 60 residentes, alocados em, no máximo duas unidades.
Isso vale para instituições criadas a partir da data da Resolução. As que
existiam anteriormente podem ter até 90 moradores em no máximo três
unidades. As comunidades que também prestam atendimento médico
devem estar de acordo com a legislação (e licenças de funcionamento)
específicas. A Resolução faz uma sugestão das instalações ideais.
Medicamentos
Algumas vezes, é admitido um interno que já utiliza algum tipo de
medicamento de venda controlada (psiquiátrico ou para tratamento de
qualquer doença). A direção da comunidade terapêutica deve
responsabilizar-se, nesses casos, pela guarda e administração do
medicamento ao paciente. Nos casos em que a comunidade também
presta atendimento médico de desintoxicação - em que, muitas vezes,
são utilizadas substâncias psicoativas semelhantes ás drogas de abuso e
que podem, portanto, provocar dependência quando usadas sem
controle, a instituição deve ter licença de funcionamento específica e
submeter-se a regulamento técnico próprio do Ministério da Saúde.
Direitos do Paciente
A Resolução da Anvisa descreve que todo paciente, durante a internação
na comunidade terapêutica, tem direito:
- a exercer sua cidadania (votar, por exemplo)
- ao sigilo sobre suas condições clínicas e psíquicas
- a cuidados com sua segurança
- a alojamentos e higiene adequados
- a receber alimentação nutritiva
- a estar livre de castigos físicos, psíquicos ou morais
- ao livre exercício de sua espiritualidade
- ao cumprimento de recomendações médicas
- a ser encaminhado para outros serviços quando a comunidade não for
capaz de resolver intercorrências
- a receber seus medicamentos de acordo com a prescrição médica
Revista Droga e Família - Órgão Oficial da Abrafam - Associação Brasileira
de Apoio às Famílias de Drogadependentes

Prevenção

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam
contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou
ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as
pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito
difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o
comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem
sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que
então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer
provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que
ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há
entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as
consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade
procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de
milênio.
Caminhos disponíveis
1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem.
Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das
drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no
adultos.
2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as
drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma
informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda
aos interesses imediatos da pessoa.
3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais.
Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente
que podem ser transformadas em drogas?
4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais.
Esses valores entram em crise exatamente na juventude.
5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e
professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das
drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger
quem não se defende.
6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de
drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui.
Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.
7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer
"porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas
"porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.
8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a
sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade
devido às drogas.
9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários
outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais
adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais
satisfatórios.
10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o
caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo
mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona
(integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a
disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

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