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Esta pesquisa tem como Objectivo específico levar a sociedade a ter um conhecimento
profundo dos seus direitos e deste modo o expropriado, conhecer as circunstâncias poderá ser
expropriado e de que forma é feito esse processo.
Um outro objectivo específico é o de levar ao conhecimento de quem sente o prejuízo,
a legislação que se deve aplicar para cada caso concreto independentemente da gravidade do
ilícito praticado, e por outro lado calcular a amplitude da reparação do dano em termos legais,
uma vez que, de acordo com as modalidades da responsabilidade civil, existe uma forma de
reparação do dano relativamente a gravidade da culpa ou do dolo causado ao agente.
É importante o estudo deste tema porque ajuda-nos a compreender os dados estáticos
de responsabilidade civil, isto é números de casos que surgem no País e como têm sido
solucionados, reparação dos danos causados na esfera jurídica tem satisfeito os lesados, de
acordo ao principio da justeza constitucionalmente traçado, tendo em conta a morosidade da
condução dos processos, chegando ao ponto da indemnização transforma-se em compensação.
Relativamente a sua actualidade, é um tema que remonta de muitos anos ou seja a
responsabilidade por danos é uma realidade que é combatida pelo lesado desde á antiguidade,
porem esse facto não faz com quem pratica tal acção deixem de cumprir com as suas
obrigações, logo devido o constante desenvolvimento deste instituto torna-o um tema actual na
medida que sofre mutações constantes, no que tange as formas de reparação do dano, também
tem sofrido alterações tendo em conta o pensamento da que se estiver a viver.
Anteriormente o ofendido agia de uma forma brutal, se calhar movido por instinto,
porque naquela altura predominava a vingança privada onde o mal reparava-se com outro mal
não importava a amplitude deste, devemos também aqui realçar que naquela época não se
cogitava a questão da culpa, mas a penas do dano ou responsabilidade objectiva, logo vigorava
também a chamada lei do talhão vulgo olho por olho dente por dente, uma vez que a
responsabilidade penal surge antes da responsabilidade civil, não obstante a responsabilidade
penal integrar o direito público e a responsabilidade civil ser um ramo do direito privado.
A sua actualidade verifica-se no momento em que a sua evolução passa da fase da lei
do talhão para uma compensação económica, pois o lesado percebe que tem mais vantagens
optando pela compensação económica imputada ao causador do dano, verificamos aqui uma
substituição de valores monetários com o castigo físico, ainda assim a culpa não fazia parte ou
seja dispensava-se a culpa tinham em consideração a responsabilidade objectiva.
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Na idade media com a elaboração dos códigos Ur Manu ( 1) e da lei das XII tábuas,
esse instituto encontra a sua alteração na estrutura Estatal com o aparecimento da autoridade
soberana, que vêm proibir a realização da justiça por mãos próprias, aqui a reparação do dano
deixa de ser voluntaria e passa a ser obrigatória a estipulação legal em números ( preço ) para
cada tipo de lesão, mantendo a responsabilidade objectiva a penas.
Objectivo geral
Objectivos específicos:
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Menu sobre a lei das XII tábuas.
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positivo quando se tratar de violação de um direito de outrem até porque poderá ser um direito
que tenha levado uma vida para se concretizar, e que por parte de quem o viola não coloca em
consideração esta situação, sendo que este é um problema muito abrangente ou seja a violação
dos direitos não está ligado a penas a uma só questão mas sim atinge tanto os direitos
absolutos como os direitos relativos, a todos os níveis sociais, logo é importante que a situação
do lesado fique do jeito que se encontrava antes de sofrer o dano, esta é a ideia inicial dito de
outro modo este é um objectivo geral ou principal.
E por outro lado o estudo deste problema também é importante, para colocar na
consciências de quem de direito sobre a responsabilidade do estado relativamente a
indemnização, pois embora o código civil fale em indemnização na prática esta questão não é
bem assim, utilizando o termo compensação, que em alguns casos os lesados têm ficado a
perder, principalmente em caso de expropriação por utilidade pública para além de outras
consequências tais como mudança de habitat.
É, logicamente, importante o estudo deste problema para se aferir com propriedade à
quem se deve imputar a responsabilidade civil medica, se ao médico ou ao hospital ou
clínicas, pois, respondem estes últimos objectivamente.
Problemática
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privadas, fazendo-lhes compreender a seriedade com que devem actuar em casos de
responsabilidade civil, quer seja contratual ou extracontratual, nas duas modalidades; objectiva
e subjectiva. E também fazer uma reflexão para num futuro se possa equacionar as diferentes
soluções relativamente a essa questão. Tratando-se de uma monografia de fim de licenciatura,
o nosso desafio será de dar continuidade à este trabalho noutros níveis do conhecimento.
Quiçá num curso de pós graduação ou num curso de mestrado.
Com efeito, podemos verificar que o principal problema quando se fala em
responsabilidade civil consubstancia-se principalmente na imputação da responsabilidade do
facto objectivo, bem como na reparação do dano causado ao sujeito cognoscente, podendo
mesmo dizer que a percentagem de casos de responsabilidade civil em que os lesados vêm o
seu direito violado e consequentemente a reparação do dano sofrido é muito diminuta. E,
como se pode observar, não é por falta de normas imperativas mas, tão-somente, por falta de
consciência humana.
Por outro lado, uma outra questão pode se levantar:
Com razão, pensamos nós que essa é uma questão que poderia ser colocada por
qualquer uma pessoa que estiver em contacto com este trabalho. Na verdade, devemos dizer
que a escolha do tema surge pelo facto de constatarmos ao longo das nossas pesquisas
cientificas durante o curso, que existem inúmeras violações de direitos dos sujeitos no âmbito
das relações jurídicas em que os seus responsáveis furtam-se das suas responsabilidades e
quando o fazem, fazem-no de uma maneira não satisfatória, isto é, nunca fazem em
conformidade com a lei ressarcindo o direito que foi violado.
Por esta razão decidimos trazer algum contributo, singelo e modesto, para que a justiça
seja feita em favor daqueles que à um dado momento da sua vida vêm os seus direitos
violados. É também, se assim entendermos, uma chamada de atenção à toda sociedade,
porque, nesta altura, crescem substancialmente os casos de responsabilidade civil em Angola.
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De igual modo, com o estudo deste problemas poderemos consciencializar as
instituições que administram a justiça a urgente necessidade de criar normas que estejam em
altura para dar resposta nos casos que forem surgindo, ou seja, adequar as normas a realidade
objectiva, porque pensámos que este é o objectivo principal do desenvolvimento do Estados
modernos, quiçá do mundo.
Delimitação do Tema:
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Capitulo I.
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Com o surgimento da Lei Aquilia parece o princípio geral da reparação do dano, e com
ela aprece a ideia da responsabilidade por culpa ou subjectiva para a reparação do dano através
do ressarcimento.
Já na idade média em França no ano de 1789 foi-se aperfeiçoando o pensamento dos
romanos em imputar uma culpa leve culminando com uma indemnização, na idade
contemporânea com o surgimento do código de Napoleão surge a responsabilidade civil
contratual depois da revolução Francesa, bem como a distinção entre responsabilidade penal e
civil, esta revolução francesa influenciou vários Países e varias legislações ao ponto de
consagrar a responsabilidade civil por culpa, isto é a responsabilidade independentemente da
culpa para levar a reparação do facto danoso.
1.3. Conceito de Responsabilidade Civil: é um instituto que se encontra entre as fontes das
obrigações, designado como um conjunto de factos que tem como obrigação de indemnizar os
danos causados á outrem ou seja é a obrigação que alguém tem de indemnizar os prejuízos
causados á outrem.
A responsabilidade civil tem como fito a reparação do dano causado ao ofendido, ou seja, o
ressarcimento.
1.4. Característica da Responsabilidade Civil:
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b) Responsabilidade pelo risco ou objectiva – na responsabilidade pelo risco não
necessita que o agente tenha agido com culpa isto é tenha adoptado uma conduta
censurável, logo a imputação da responsabilidade ao agente é feita independentemente
da culpa nos ternos do art. 499 com remissão ao art. 483º n.º 2.
Por ex. o mandante é obrigado a indemnizar o prejuízo que alguém sofrer em consequência do
mandato, ainda que o mandante tenha procedido sem culpa.
art. 499.º - São extensivas aos casos de responsabilidade pelo risco, na parte
aplicável e na falta de preceitos legais em contrario, as disposições que
regulam as responsabilidades por factos ilícitos.
483.º - Aquele que, com dolo ou mera culpa violar ilicitamente o direito de
outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger interesses alheios,
fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação.
Só existe obrigação de indemnizar independentemente da culpa nos casos
especificados na lei.
1.6 Diferença existente entre Responsabilidade pelo Risco e Responsabilidade por Factos
Ilícitos
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Tanto a responsabilidade civil objectiva como a responsabilidade subjectiva podem ser
contratual e extra-contratual.
art. 483.º - Aquele que com dolo ou mera culpa violar ilicitamente o direito
de outrem , ou qualquer disposição legal destinado a proteger interesses
alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultante da
violação
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d) Responsabilidade objectiva extra-contratual – resulta da violação de um direito
absoluto baseado do risco e na equidade.
Ao contrário do que acontece na responsabilidade por factos ilícitos em que são cinco
pressupostos para que haja a indemnização, na responsabilidade civil objectiva existem três
pressupostos nomeadamente.
O facto, o dano e o nexo de causalidade, pois a ilicitude e a culpa não são pressupostos da
responsabilidade objectiva, porém na responsabilidade objectiva também utiliza-se alguns
artigos da responsabilidade por factos ilícitos, como é o caso do art. 486º CC.
a) O facto – o facto jurídico são aqueles eventos naturais praticados pelo homem e que
têm relevância jurídica.
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jurídica de outrem, logo este estrago provocado dará lugar a uma indemnização, essa
relevância jurídica é entendida essencialmente pelo estrago provocado, logo se não
haver dano não faz sentido falar em ressarcimento, pois este é o principal pressuposto
da indemnização.
O dano deve ser entendido não como a lesão do direito ou do interesse protegido mais sim
pelo prejuízo sofrido que deve ser suportado por alguém.
Assim deve-se frisar que o dano apresenta-se revestido de duas formas:
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art. 564.º - O dever de indemnizar compreende não só o prejuízo causado
como os benefícios que o lesado deixou de obter em consequência da lesão
.
Na fixação da indemnização pode o tribunal atender aos danos futuros,
desde que sejam previsíveis; se não forem de determináveis, a fixação de
indemnização correspondente será remetida para decisão ulterior.
art. 562.º - Quem estiver obrigado a reparar um dano, deve reconstituir a situação que
existiria, se não tivesse verificado o evento que obriga a reparação.
Com relação aos danos não patrimoniais relativamente ao ressarcimento são feitos nos termos
do art. 496º/ 494.
c) Nexo de causalidade – o nexo de causalidade é aquele acto que a lei exige que haja
uma relação entre o facto e o dano causado, dito de outro modo deve haver uma
relação entre o direito violado e a lesão.
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1.9 SÃO MODALIDADES DO DOLO E DA MERA CULPA:
art. 496.º - Na fixação de indemnização deve atender-se aos danos não patrimoniais,
que pela sua gravidade, merecem a tutela do direito.
Por morte da vítima o direito á indemnização por danos não patrimoniais cabe, em
conjunto ao cônjuge não separado judicialmente, de pessoas e bens e aos filhos ou
outros descendentes; na falta destes os país ou outros ascendentes, e por ultimo os
irmãos ou sobrinhos que os representem.
O montante da indemnização será fixada equitativamente pelo tribunal, tendo em
atenção, em qualquer caso, as circunstâncias do art. 494.º no caso de morte podem
ser atendidos não só os danos não patrimoniais sofridos pela vítima, como os sofridos
pelas pessoas com direito á indemnização nos termos do número anterior.
A indemnização fundada em acidente de viação, quando não haja culpa do responsável e tem
como limite máximo: no caso de morte ou lesão de uma pessoa, duzentos contos, no caso de
morte ou lesão de varias pessoas em consequência do mesmo acidente, duzentos contos para
cada uma delas, com o máximo total de seiscentos contos; nos casos dos danos causados em
coisas, ainda que pertencentes a diferentes proprietários cem contos
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b) Dolo necessário – o agente pretende obter um resultado e sabe que para atingir terá de
adoptar um comportamento ilícito
Ex. Aqui o agente pretende atingir um alvo só que o referido alvo encontra-se junto de outro
que ele não tem intenção de atingir e acaba por atingir por necessidade.
c) Dolo eventual – o agente pretende atingir um resultado diferente, mas sabe que o seu
comportamento poderá resultar num facto danoso.
Ex. Fernando ao reparar o seu apartamento causa uma ruptura no apartamento do vizinho
eventualmente.
As indemnizações para estas modalidades de dolo resultam do art. 562.º CC.
1.10Modalidade da negligencia:
Entretanto a responsabilidade pelo risco constitui o tema que iremos desenvolver, e desde
já começaremos a desenvolver o nosso trabalho.
Responsabilidade pelo risco - encontra-se regulada nos art. 499º e SS., mediante o qual a
responsabilidade de indemnizar existe independentemente da culpa ao contrario da
responsabilidade por factos ilícitos, são aplicadas as normas da responsabilidade por factos
ilícitos nos casos de responsabilidade pelo risco desde que não exista nenhuma lei que proíba a
sua aplicação, porem deve-se realçar que as duas modalidades de responsabilidade podem
coexistir.
A teoria da culpa surge na primeira metade do século XIX, com o aparecimento das
maquinas nas grandes industria, nos transportes, caminhos de ferro, bem como na circulação
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automóvel, divido aos inúmeros e graves casos de acidente que começaram a surgir, e que
antes ficava no anonimato em se saber de quem era a responsabilidade.
Esta teoria inicialmente surgiu revestida por duas roupagens nomeadamente:
a) Teoria do Risque-créé mediante a qual os riscos da acção praticada por qualquer
individuo decorria sobre sua conta e risco no que concerne as suas vantagens e
desvantagens, e não atribuía-se á terceiros.
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responsável, e que leva a pensar que foi feita uma boa escolha acreditando que se observou
uma boa vigilância ao ponto de se evitar o dano.
Esta responsabilidade do comitente em momento algum poderá ser substituída pela
responsabilidade pessoal do comissário, o lesado pode agir contra o comitente ou ao mesmo
tempo aos dois, ainda que o comissário tenha culpa alias já temos estado a ressaltar que a
responsabilidade objectiva, há imputação da responsabilidade pelos danos causados
independentemente da culpa, até porque essa é uma questão que deixa muito a desejar, os
lesados directamente e noutros casos os seus familiares, porque se não vejamos a vida é um
bem não ressarcível por não existir valor pecuniário que a pague, no nosso País, verificamos
que em caso do lesado vier a perecer os seus familiares perdem o seu ente querido, e não
recebem nenhuma compensação pecuniário ao contrario dos outros País, embora serem
processos morosos mais um dia chegam a receber, no nosso País verifica-se apenas a
preocupação da realização das exéquias fúnebres e terminam as responsabilidades do dano
provocado as famílias que muita das vezes dependiam do familiar que acabam de perder.
Significa dizer que em principio não existirá responsabilidade do comissário, passando
a vigorar a penas no âmbito das relações entre ambos, a nível externo a responsabilidade recai
ao comitente cabendo a este o direito de regresso.
Entende-se por direito de regresso nos termos do art. 497º nº 2 CC, mas se a culpa for
de ambos a responsabilidade é repartida entre o comissário e o comitente art., 500º nº 3,
excepto se o comissário agir por conta própria, isto é em caso do comitente prevenir ao
comissário que a viatura não poderá andar enquanto não se resolver o problema da mesma,
caso a viatura tenha alguma avaria, e este sem a previa autorização do comitente retirar a
viatura sem o conhecimento nem consentimento deste, todas as responsabilidades receiem ao
comissário, mas é importante verificar a condição financeira do comissário até porque a grosso
modo presume-se que o comitente tenha uma situação financeira mas favorável em relação ao
comissário, logo o comitente poderá responsabilizar-se inicialmente mais não existe nenhuma
obrigatoriedade deste.
Logicamente que se existir culpa do comitente em caso de não fiscalizar o instrumento e
consequentemente informar o estado do instrumento em termos gerais será ele o único
responsável.
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Numa só palavra entende-se que a responsabilidade por culpa recai ao comitente
porque é este que encarrega outra pessoa que no caso será o comissário á exercer determinada
tarefa, eis a razão do comitente responder independentemente deste ter culpa ou não.
1.12. Fundamento da natureza objectiva:
Existe divergência entre a doutrina relativamente aos fundamentos uma parte da
doutrina admite a ideia de haver uma presunção absoluta da culpa na teoria do risco, isso
porque o comitente é o principal e maior beneficiário por isso deverá ser ele á assumir os
riscos da sua actividade, e porque se trata a penas do comitente suportar os riscos das
actividades desenvolvida pelo comissário segundo estes doutrinadores o dano podia recair
definitivamente ao comitente, e não seria admitido o direito de regresso por parte do
comissário, a ideia é essencialmente de impor ao comitente independentemente da culpa um
ónus de carácter patrimonial, pois a responsabilidade pelo risco pressupõe em retirar o
comissário da responsabilidade inicial do facto.
A outra parte da doutrina a dominante prevêem uma versão atenuada da teoria do risco,
que é a chamada teoria da garantia, a ideia que subjaz é que haja uma garantia de que o dano
será reparado com fortes garantias e esta só poderá ser feita pelo comitente, porque
normalmente os comissários não têm condições patrimoniais para que possam assegurar a
reparação dos prejuízos causados, tendo o comitente como o garante da sua solvabilidade da
responsabilidade ou reparação do dano.
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a) Assim sendo pode-se entender que entre ambos existe um contrato de trabalho uma vez
que para existência deste, a sua redução não necessita de ser feito de uma forma
escrita, vigorando nesta relação o principio do concensualismo desde que não exista
uma lei que á proíba.
Porém deve-se ter em conta que a existência de um contrato não é uma condição fundamental
entre comitente e comissário, bastando que uma parte confie na outra para a execução de tal
missão.
b) O outro pressuposto é referente a obrigação que o comissário tem em indemnizar
estando estampada uma espécie de obrigação solidária, nos termos do art. 500º n.º 1,
embora essa responsabilidade objectiva recai a penas ao comitente e não ao
comissário.
c) O terceiro pressuposto é o facto a ser praticado por alguém que esteja a agir em nome
de outrem encaixando perfeitamente na figura do comissário com ou sem intenção,
deste que esteja no exercício das suas funções, art. 500º n.º 2.
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O Estado e outras PCP respondem da mesma forma em que respondem os comitentes,
pelos danos causados pelos comissários, significa dizer que todos os actos praticados pelos
agentes nas vestes do Estado ou de outras PCP têm como responsável os comitentes, em que
estes representem no exercício das suas funções administrativas, que no caso é o Estado ou
outras PCP, mas em caso dos comissários agirem com culpa puderam ser responsabilizados
pessoalmente o que não significa dizer que o comitente fica eximido da sua responsabilidade,
até porquê pressupõe-se que os comitentes tenham melhores condições financeiras para
suportar encargos a partida e posteriormente ter o direito de regresso.
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determinadas entidades publicas que por excesso de poder que ostentam têm Estado a abusar
de certos particulares indefesos.
Por parte do Estado no que concerne as justas expropriações temos verificado que a
indemnização não tem sido proporcional ao direito violado uma vez que a própria lei admite
que em regra a indemnização tem de ser feita por reconstituição caso seja possível e caso não
seja possível poderá ser feita por valores pecuniários, e mesmo assim os particulares raramente
ficam satisfeito com o que recebem.
Entende-se por actos de gestão privada aqueles em que um órgão, agente ou
representantes actuarem da mesma maneira que actuaria um particular, sem ter em conta a
qualidade do sujeito, nesta conformidade estes actos deixam de ser apreciados nos tribunais
comuns e passam para o tribunal administrativo, utilizando as sua regras, dito de outro modo
os actos de gestão privada são aqueles actos em que o estado ou outra empresa pública ou
privada actua no mesmo pé de igualdade em relação a um particular.
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O art. 493º n.º 1 apresenta-nos um preceito erróneo ao estabelecer a responsabilidade como
uma presunção de culpa que pode ser afastada, porque estamos diante de uma
responsabilidade objectiva, referindo-se da utilização para interesse próprio art. 5002.º CC.
São responsáveis dos danos causados por veículos, aqueles que aproveitam o veículo
para seu próprio interesse, neste caso será o proprietário, ainda que que tenha um comissário
que dirige o veículo, art. 503º CC.
De acordo a este preceito legal o comitente é responsabilizado mesmo que o veículo
esteja estacionado ou mesmo parado, pois os danos causados por este veículo respondem nos
termos da responsabilidade objectiva do comitente ou proprietário.
Esta norma incide sobre todo tipo de veículos que se encontram em circulação
terrestre, quer seja uma carruagem, carro carris, etc.
Uma vez que a lei apresenta duas formulações relativamente a quem cabe a
responsabilidade nomeadamente.
Quem tem a direcção efectiva, e quem utiliza o bem para seu próprio interesse,
significando dizer que entende por direcção efectiva a consubstanciada na situação de quem
detêm um poder de facto sobre o veiculo.
Este aproveitamento do veículo pode ser entendido como aquele que detêm o veículo ainda que
seja em questão de usufrutuário, ou ainda o adquirente que detêm o veículo sobre algum
contrato de leasing (4).
Significa dizer que em caso de se provar que o automóvel estava sob comando de um locatário e
este estar no interesse de ambos considera-se que os dois têm comando efectivo do mesmo, logo
a responsabilidade recai para os dois solidariamente pelos danos causados, se por ventura a
pessoa detentora do veículo ter sido desapossado ilegalmente tal vez por furto da mesma e o
infractor cometer um dano o detentor fica eximido das responsabilidades de reparar o dano
causado.
Por exemplo:
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Se Alfredo for o proprietário de um automóvel e este encontrar-se alugado pró colégio
Renata, em dada altura o motorista do referido colégio é rendido por meliantes e estes na sua
retirada embaterem numa outra viatura danificando-a posteriormente estes põem-se em fuga
deixando a mesma, ficam eximidos da reparação do dano causado pelo veículo os detentores da
mesma, desta forma estarão isentos da responsabilidade efectiva por não se encontrar na
direcção efectiva do veículo automóvel, esta é a regra geral.
Outrossim a excepção diz que o comissário poderá responder por culpa como consta do
art. 503.º n.º 3, 1ª parte, ou seja quando este agir com culpa, se não se encontrar no exercício
das suas funções responde objectivamente dentro dos limites do risco de acordo ao n.º 2 do
mesmo art. Agindo com culpa a sua responsabilidade não tem limite, art. 500.º
Se os danos ocorrerem na relação comitente comissário não são aplicados os limites
máximos art. 508.º CC.
Com relação aos inimputáveis em caso de causarem algum dano respondem sempre em regra os
seus tutores, em caso da indemnização nos termos do art. 489.º CC, em caso dos tutores não
poderem indemnizar eles respondem pelo juízo de equidade de acordo ao n.º 2 do referido
preceito.
Em caso de acidente de viação presume-se que o condutor por conta de outrem tenha
culpa, por isso é responsabilizado objectivamente pela presunção de culpa porém essa
presunção pode ser elidível, nos termos do art. 503.º n.º 3, e art.
art. 503.º n.º 1 aquele que tiver a direcção efectiva de qualquer veiculo de
circulação terrestre e o utilizar no seu próprio interesse, ainda que por intermédio
de comissário responde pelos danos provenientes dos riscos próprios dos veiculo,
mesmo que este não se encontre em circulação.
n.º 3 aquele que conduz o veiculo na conta de outrem responde pelos danos que
causar, salvo se houver que não houve culpa por sua parte; se porém, o conduzir
fora do exercício das suas funções de comissário, responde nos termos do n.º 1
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1.17. Danos causados por instalações de energia eléctrica ou gás:
Aquele que tiver a direcção efectiva de instalações que forem destinadas a condução ou
entrega de energia eléctrica ou de gás como o dano resultante da própria instalação no
seu interesse responde tanto do prejuízo que deriva da condução como, excepto se o
tempo do acidente estiver de acordo com as técnicas.
Sobre a direcção efectiva de - aquele que tiver a direcção efectiva de qualquer veiculo
de circulação terrestre e o utilizar no seu próprio interesse, ainda que por intermédio do
comissário responde pelos danos provenientes dos riscos próprios do veiculo mesmo
que este não se encontra em circulação.
Está também excluído das responsabilidades em caso de algum motivo de força maior
que não tenha a ver com o funcionamento da coisa em causa, n.º 2 do mesmo art.
De igual modo também estão excluídos das responsabilidades os danos causados
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Por utensílios de uso de energia eléctrica, significa dizer que exclui-se das
responsabilidades aquele que estiver sob a direcção efectiva em caso da instalação e o
transporte ter sido feito de forma adequada e estar em conformidade com as regras estipuladas,
logo também é excluído em caso deste facto provocar algum dano aos electrodomésticos do
lesado que tenham se danificado em consequência do que foi dito anteriormente,
nomeadamente electrodomésticos e máquinas industriais.
O limite desta responsabilidade só acontece se não haver culpa do responsável e consta
do art. 510.º CC, porque se haver culpa do responsável a responsabilidade não tem limite.
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espera da referida obra muitos meses e até anos, por isso pensamos nós que essa é também
uma das muitas questões que deve merecer grande atenção por parte de quem de direito.
Vejamos os casos em que as pessoas contratam no sentido de adquirir um imóvel, no
contrato a forma de pagamento e entrega do respectivo, só que na maioria das vezes não se
cumpre com o estipulado no contrato e muitas vezes o empreiteiro fica sem capacidade de
resposta ao ponto do lesado ter de terminar a realização da obra desembolsando outro
montante, existem outros casos de obras defeituosas que provocam muita desgraça nas
famílias e que a empreiteira não responde.
No Brasil por exemplo existe uma imputação de responsabilidade á empreiteira muito
grande por exemplo em 2006 um rapaz caiu do ultimo andar de um edifício chegando a morte,
os seus pais receiam um pensão vitalícia decretada pelo tribunal pelo dano causado a eles,
mesmo sabendo que muita das vezes o filho se estivesse em vida não poderia ter uma situação
financeira tão boa.
Ainda neste país da América latina o empreiteiro é responsabilizado pelo atraso da
entrega da obra ao lesado bem como dos transtornos que causar ao lesado.
1.19. Responsabilidade civil da construtora:
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No Brasil por exemplo essa situação tem sido mais ou menos bem cuidada, como é o
caso recente que aconteceu com um casal no Estado do Rio de Janeiro em que uma construtora
realizou uma obra com péssimas condições de segurança e pelo facto o filho do casal caiu
desde edifício e pereceu, logo o tribunal condenou em 1ª instancia ao pagamento de uma
pensão vitalícia aos seus mais pelos danos cessantes e lucros emergente.
No nosso entender essa tem sido uma questão ignorada no ordenamento jurídico,
ficando os infractores em pune.
Ainda no âmbito da da responsabilidade da construtora verifica-se casos em que há
atrasos na entrega da obra, relativamente a essa questão podemos colocar de lado os casos em
que acontecem por motivos de força maior que não depende da construtora, o atraso ou
paralisação de certas obras, porem existem aqueles casos que a responsabilidade é da
construtora, com acontece nos embargos, mora, a construtora deve assumir todos os danos que
vier a causar no lesado.
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partida é do hospital isto é o hospital responde subjectivamente, porque decorre dai um dever
de assistência medica, mas existem determinados casos que a direcção do hospital deve
responder objectivamente como por exemplo: se o medico deixar o paciente durante vários
dias sem o visitar estando este a precisar de assistência devido ao seu estado de saúde,
resultando a agravação do seu estado e causando outras lesões divido a posição que este
encontrava-se, existe aqui patentemente um caso de negligencia, eis a razão de que o hospital
deverá ser responsabilizado por todos os danos causado ao lesado, esta é a regra da
responsabilidade do comitente, porém esta regra comporta excepção nos casos em que os
intervenientes sejam médicos ou advogados de acordo ao art. 1521.º CC Brasileiro como
sustenta o doutor Mário Júlio de Almeida, os hospitais só respondem no caso de haver uma
relação de subordinação, porque existem aqueles casos em que o medico não tem nenhuma
subordinação com o hospital, a penas o medico usa as instalações do hospital para
internamento e tratamento aos seus pacientes.
Por outro lado, se o medico tiver vínculo com hospital e causar um dano ao paciente
por sua culpa de acordo com a natureza da obrigação intuito personae mesmo estando
vinculado ao hospital este responde subjectivamente.
Depois desta breve incursão verificamos que existe divergência entre a doutrina
relativamente a responsabilidade civil dos hospitais e similares, para uma parte da doutrina
defendem que estes têm uma responsabilidade subjectiva, e dai existir uma antinomia (5) entre
a responsabilidade contratual e a responsabilidade objectiva porque se partirmos do
pressuposto de que existe um contrato está em causa uma actividade de meio e não de
resultado e desta forma a responsabilidade é limitada tendo em conta as clausulas contratuais,
pois no âmbito da responsabilidade contratual a violação de um contrato tem eficácia
meramente obrigacional não se cogita a violação de direitos absolutos, mas a outra parte da
doutrina diz que não estes respondem objectivamente pois são equiparados aos consumidores.
No nosso País não existe nenhuma norma no código civil que responsabiliza o médico
ou o hospital e similares pelos danos causados a outrem, sendo portanto imperativo que se
criem normas para por cobro a danos decorridos destes.
Umas outras questões que pretendemos levantar são relativamente a responsabilidade
dos hospitais e similares (6) em caso de não recepção ou aceitação de pacientes.
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- Clínicas centros médicos
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Nos termos da doutrina nem o hospital nem o medico que recusa um paciente deve ser
responsabilizado, porque para doutrina entende-se que em caso de recusa do médico ou do
hospital em receber o paciente ele tenha agido com diligencia por falta de condições para
acomodamento do paciente, por isso não poderão ser vistos como culpados.
Mas cá entre nós é uma prática constantes e nós entendemos que não é bem assim,
muito pelo contrário, se calhar por falta de amor a profissão e quiçá ao próximo, ou os
médicos estão a dormir ou estão nos outros hospitais e clínicas, e as pessoas continuam a ter
destinos trágicos, sendo assim no nosso entender deve-se criar mais condições e
posteriormente apurar-se os factos e serem responsabilizados.
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É um pouco difícil falar da responsabilidade das casas bancárias como tal uma vez que das
pesquisas que fizemos nas casas bancárias a penas fazem o seguinte: em caso de causarem
algum dano ao consumidor através de um erro de cálculo ou outro a penas repõem ou refazem
o erro falar de indemnização por danos patrimoniais ou não patrimoniais isso não acontece,
será que é falta de norma que exija a reparação deste dano ou é por falta de aplicabilidade.
Uma vez essa pratica ser muito utilizada nas casas bancárias no mundo inteiro, deve-se ver
essa questão de uma forma mais seria.
A questão mais preocupaste relativamente a essa questão e sendo essa uma responsabilidade
objectiva por parte das casas bancárias está relacionado com a outorga de créditos, as
transacções feitas através de cheque visado.
De acordo o art. 17 da lei 15/03 e ss. As casas bancárias têm o direito a publicitar os seus
serviços para melhor elucidar o consumidor.
30
trabalho entre outros artigos é o art. 10.º que fala do direito por parte do consumidor á
reparação do dano, mas nas pesquisas feiras nesta instituição não encontramos nenhum caso
que já tenham indemnizado ou ressarcido algum consumidor, porque não existe um parâmetro
que delimita ou estabelece os limites e raios de actuação do INADEC, e da POLICIA
ECONÓMICA, sendo o INADEC instituição defensora do consumidor no nosso ver tem feito
dois papeis passa termo de arbitro e jogador conduzindo deste modo a ineficácia da aplicação
das normas que constam da lei do consumidor.
O art. 26.º fala-nos das sanções, mas na pratica não se tem colocado em pratica eis a
razão de inúmeros casos de danosos a todos as níveis ao consumidor.
O Papel do Inadec
No nosso entender este órgão deve ter um papel na sua actuação o que se observa é que
o INADEC ao invés de inspeccionar a actuação dos produtores e similares deve actuar a penas
como defensor porque para inspeccionar já existe a POLICIA ECONÓMICA, há mais
preocupação em cobranças de multas e a quem beneficiam essas multas ao Estado ou ao
sujeito da relação jurídica que sofreu o dano?
Sendo a responsabilidade do produtor uma responsabilidade objectiva o produtor é
responsabilizado com culpa ou sem culpa, art. 10.º Lei 15/03, pelos danos causados aos
consumidores ou terceiros, é bem verdade que toda regra tem sempre uma excepção naqueles
casos que o prejuízo for causado por algo que não tenha a ver com a produção nem muito
menos o facto danoso e porque no âmbito da responsabilidade civil deve existir o nexo da
causalidade entre o facto e o dano.
Assim existem certos factos que nos conduzem a responsabilidade objectiva do produtor:
• Ter implementado uma indústria
• Distribuição em cadeia
31
1.24.A moderna concepção de consumidor; modelos de produção do consumidor:
Este modelo estava organizado por organismos Estatais que denominavam de instituto
publico criado pelos Estados com objectivo de defesa dos consumidores, relativamente aos
Estados dos produtos comercializados, aqui o Estado chama a si o poder regulamentar, sobre
todos os actos que estejam relacionado com a economia, através da fiscalização dos produtos
32
que os produtores colocam em circulação, bem como a qualidade dos preços praticados,
prazos de validade de consumo, como são conservados e armazenado os produtos secos e
frescos até chegar as mãos do consumidor.
Este modelo encaixa-se perfeitamente no modelo adoptado pelo nosso país, teoricamente
porque na prática não se verifica.
O bom funcionamento deste modelo depende dos órgãos judiciais e dos tribunais, nos
países que predomina este modelo existem normas especiais e próprias para proteger os
consumidores, como acontece com os países membros da união europeia em que tiveram que
conformar as suas normas com as normas da união de acordo a directiva n.º 85/374/CEE do
conselho datado de 25 de Junho de 1985.
Este é um modelo imperfeito porém a assegura uma protecção adequada, embora muito
casuístico, podendo ser aperfeiçoado se for permitido um controlo administrativo
reconhecendo alguma legitimidade a associação dos consumidores.
Responsabilidade do consumidor e a protecção do consumidor.
1.25.Categorias de produtor
Para que se possa responsabilizar o produtor fase aos danos art. 26.º 15/93 causados aos
consumidores é necessário que se consiga distinguir quatro categorias de produtor,
nomeadamente:
a) Produtor real:
Considera-se um produtor real aquele que tem como fabrico um produto acabado com uma
boa matéria-prima, bem como aquele que se apresenta claramente pela sua posição no
produto, seu nome, sua patente, marca ou sinal distintivo.
Desta feita podemos verificar que a noção de produtor é bem mais ampla do que se
apresenta, pois não está relacionado a penas com o produtor propriamente dito mais também
os importadores, os que vendem produtos não identificados, este responde pelos danos
provocados e pelos prejuízos causados.
33
Em caso de haver vários intervenientes no processo do defeito de fabrico serão todos
responsabilizados pelos danos causados, todos que se encontrarem na cadeia em linha recta,
como por exemplo:
Quem tiver uma linha de montagem de frigoríficos que ao montar um frigorifico comprar
um transformador avariado a um outro fabricante e causar algum dano no referido frigorifico
respondem solidariamente os dois pelos danos causados, mesmo que o transformador tiver
sido inspeccionado antes.
b) Produtor aparente:
É um produtor aparente aquele que se apresenta como um produtor real aos olhos dos
consumidores, devido a posição em que eles se apresentam, bem como a qualidade de
produtos que eles apresentam.
Os produtores aparentes são aqueles comerciantes considerados grandes armazenistas
que adquirem os produtos nas mãos de grandes fabricantes aqueles produtos de linha branca
(7).
Esta é uma forma de comércio que tem ganho muito espaço no mercado comercial nos
últimos tempos, inclusive esta prática deixa de ser dos grandes comerciantes grossistas e passa
a generalizar-se um pouco por todo mundo.
Isso normalmente acontece com aqueles comerciantes que adquirem o produto á bruto e
apenas montam ou ensacam colocando portanto uma nova marca que os diga respeito, logo
aos olhos de quem não conhece esse processo, vê este comerciante como um grande produtor.
No que diz respeito as suas responsabilidades art. 12.º em primeiro lugar o produtor
aparente tem de ter a certeza de que o produto que pretende se fazer passar como o produtor
deverá ter uma óptima qualidade , pois em caso do produto que ele comercializa causar algum
dano será ele o primeiro a ser responsabilizado pelos prejuízos e danos que causar ao
consumidor, até porque se ele não acautelar-se na escolha da qualidade do produto o seu sinal
distintivo e a sua marca é que fica desacreditado, em caso do produtor aparente colocar
algum sinal que identifique o produtor real é lógico que será este a responder pelo
7
- São aqueles produtos que não têm uma marca, os seus adquirentes adquirem sem que estes tenha sido
acabado, posteriormente eles adquirem e dão o acabamento a seu gosto.
34
ressarcimento do dano, e o que aparecer no mercado a penas como distribuidor não responde
objectivamente desde que não crie perante o publico a imagem de que ele é o produtor real,
mesmo que o fabricante real esteja identificado.
c) Produtor presumido:
35
1.26. Noção de produto:
Produto é qualquer coisa móvel que poderá ser incorporada noutra coisa móvel, estão
excluídos nesta noção todos os produtos de solo, pecuária, pesca, caça, quando não tenham
sofrido nenhuma alteração, originaria das indústrias de conserva, de igual modo estão
excluídos da noção de produtos os produtos nucleares pois encontram-se submetidos a uma
legislação especial no âmbito dos tratados e convenções internacionais.
Na linha dos produtos temos os produtos defeituosos, assim sendo temos os seguintes tipos de
defeitos:
- Defeito de concepção, de fabrico, de informação, de desenvolvimento
1.27. Categorias de defeitos do produto
a) Defeito de concepção:
Podem ser defeitos de projecto e de disign acontece por se não observar os padrões de
desenvolvimento tecnológico ou cientifico, por isso ocorrem lodo na fase inicial da produção,
e surge por uma má programação da maquina de produção, erro de calculo, por utilização de
uma matéria prima sem qualidade como por
exemplo: utilização de um certo produto ou matéria-prima que é concebido para ser fabricado
numa maquina e fabrica-se numa maquina provocando um defeito.
b) Defeito de fabrico:
São defeitos de fabrico aqueles produtos que apresentam uma deficiência como consequência
da produção tais como forma imperfeita como é o caso dos planos de laboratório.
c) Defeito de informação:
Há um defeito de informação quando o produto não apresenta uma informação exigível quanto
a sua forma de utilização ou por não existir ou pela informação ser insuficiente, 8.º da lei
15/03.
d) Defeito de desenvolvimento:
36
Considera-se que há defeito de desenvolvimento quando existe uma insegurança na
determinação do produto e suspeitas de ocorrer um certo risco técnicos desconhecido no
tempo de ser colocado em circulação.
Consumidor9
• Prescrição e caducidade.
37
Contrato (10) ou ainda, é um contrato pelo qual mediante premio estipulado pela seguradora,
vai garantir ao segurado o pagamento de indemnização que lhe é imposta por ocasião do dano
que ele tenha causado cabendo-lhe a responsabilidade de repara-lo. (11) Aguiar Dias.
No contrato de seguro é importante que as partes estabeleçam o objecto de seguro, mediante o
pagamento de premio, o segurador assume um risco, e o segurado vai pagar o premio
estabelecido.
O contrato de seguro é uma garantia de reparação de um dano sofrido, que tem como
principal objectivo reduzir a responsabilidade do autor do acto lesivo (dano), no acto da
reparação do dano ao lesado, independentemente da modalidade de seguro estabelecida no
contrato entre a asseguradora e o segurado.
Assim devemos entender que o seguro no âmbito da responsabilidade civil é o acto de
transferir a obrigação de indemnizar para a asseguradora, para o pagamento das perdas e danos
que decorrem do acto lesivo do segurado, logo fica livre deste acarretar as indemnizações ou
ressarcimento ao lesado mantendo intacto o seu património, uma vez que se a responsabilidade
tivesse de recair para o segurado este viria um redução do seu património (12).
10
- Maria Helena Diniz – é um negócio jurídico unilateral bilateral ou pluri lateral, isto é integrado por duas ou
mais declarações exprimindo vontades convergentes no sentido da realização de objecto comum, ou ainda a
convenção onde duas ou mais pessoas constituem regulam modelam extinguem relações jurídicas sobre os seus
interesses.
11
- Responsabilidade civil (reparar o dano significa repor o facto como se encontrava antes de sofrer o dano, caso
não seja possível dá lugar a uma indemnização).
12
- Considera-se património o conjunto de todos os direitos e obrigações susceptíveis de avaliação pecuniária de
que cada pessoa é titular
38
O objecto da garantia está sempre ligado a uma responsabilidade civil que resultou de
um dano, bem como a função social de reparar o dano ao lesado, enquadrado na
responsabilidade objectiva ou pelo risco, tal como acontece nos seguros de acidente de
trabalho.
É muito importante saber se a seguradora terá uma responsabilidade limitada ou ilimitada,
mas isso depende do contrato existente entre os dois contraentes, para não gerar um
enriquecimento sem causa.
39
de contratos individuais ou colectivos, independentemente da abrangência da polisse de
seguro.
Normalmente a responsabilidade de indemnizar deve recair para o profissional com
direito de regresso da seguradora, diferente do que acontece com outras modalidades de
seguro, mesmo aqueles que se encontram entre a garantia, deste jeito muitas das vezes o
profissional não tendo como reparar o dano vê o seu património escutido (13), deixando a sua
actividade comprometida, porque á seguradora só poderá pagar depois do transito em julgado,
e muita das vezes quando isso acontece o segurado já não se encontra no mundo dos vivos.
Em Angola como em alguns outros Países tal como Portugal não existe uma
obrigatoriedade de reembolso, dependendo muitas vezes da boa fé.
13
40
Mais de acordo a doutrina a seguradora aparece como parte assessoria e não principal.
• Os danos causados ao segurado, ao seu agregado familiar ou alguém que esteja sobre a
sua responsabilidade.
• Os danos causados ao segurado, a sua família ou qualquer pessoa que esteja sobre sua
responsabilidade.
• Os prejuízos resultante de multas ou coimas, despesas que tenham sido feitas para
cobrir processos-crime, de acidente de viação de acidente de trabalho, actos de guerra,
de sabotagem ou terrorismo.
• Os danos causados ao segurado, a sua familiar ou a qualquer pessoas por quem ele seja
responsável.
• Os prejuízos resultantes de multas ou coimas, de despesas relacionadas com processo-
crime, de acidente de viação, de acidente de trabalho, de actos de guerra, de sabotagem
ou terrorismo e outros.
• Os danos causados sob influência do consumo de álcool, estupefacientes pela epilepsia
e contágio de doenças contagiosas.
• Os danos causados á bens de terceiros, quando estejam confiados ao segurado.
41
• Atrasos resultantes do cumprimento ou incumprimento de qualquer contrato ou
negócio jurídico.
Em caso do tomador ou segurado quiser resolver o contrato não lhe será retirado a
divida nem os juros moratórios (14) podendo também a obriga-lo o pagamento de uma
penalidade.
A resolução do contrato pode ser feita por iniciativa do segurado ou da seguradora art.
808.º CC.
14
- juros moratórios significa juros de mora, que é estabelecido nas obrigações pecuniárias, em que o devedor
encontra-se em mora, a indemnização devida corresponde aos juros a contar do dia da constituição em mora por
parte do devedor, sendo a taxa dos juros moratórios fixado por lei, excepto quando já existe mora anteriormente,
num juro mais elevado ou quando as partes tiverem estipulado um juro moratório diferente.
42
Porém existem prazos para tal, em caso da iniciativa partir do segurado pode ser feito a
qualquer tempo, desde que faça um aviso prévio á asseguradora, com 30 dias de antecedência,
em relação a data pretendida, e a seguradora só pode dispor de fundamentos legais ou
contratuais, isto é em caso de haver sinistro, comunicando o segurado no mesmo prazo
temporal.
Para o doutor Rodrigues Jurado, contrato de transporte aéreo é aquele em que o transportador
se obriga em fazer deslocar por meio de uma aeronave alguém, mediante o pagamento de uma
passagem, carga ou mala postal, ou ainda aquele em que alguém se obriga a transportar por via
aérea, de um lugar para o outro um passageiro bagagem ou mercadoria.
43
viajar a transportadora é obrigada a colocar o passageiro num voo que tenha as mesma
condições em termos de oferecimento de serviço idêntico ao que ele ofereceria, ou ainda se o
passageiro proferir o reembolso do seu bilhete não poderá a transportadora vetar esta
possibilidade, se o atraso ocorrer num aeroporto de escala a transportadora deve arcar com
todas as despesas, tal como hospedagem, transladação e endosso do bilhete, porque a
responsabilidade da transportadora é também uma categoria de responsabilidade objectiva, em
caso de extravio de bagagem a transportadora tem a responsabilidade de indemnizar, quanto
aos danos morais a convenção de Varsóvia sobre o direito aéreo e omissa, sobre essa questão
de indemnização.
Mas ainda assim no grupo dos conhecedores do direito aeronáutico, muitos são aqueles
que prestam maior atenção nas normas mais recentes, do que às normas estabelecidas Nas
Convenções Internacionais que tratam deste assunto.
A proposta é que o Poder Público defina, para dar maior estabilidade às relações
jurídicas, quais as normas que entende serem mais adequadas para os usuários, no sentido
destes sentirem-se cómodos onde quer que estejam.
1.38. Colisão entre veículos:
16
- São questões jurídicas que não se limitam o raio de acção das fronteiras de um País.
44
A colisão entre veículos é também enquadrada nos casos de responsabilidade objectiva
ou pelo risco mediante a qual a lei separa os caso designados em regra geral e excepções.
Assim em caso de haver uma colisão entre dois veículos conforme estabelece o art.
506.º C. C se a colisão resultar danos nos dois veículos ou a penas num dos veículos tendo em
consideração que a responsabilidade objectiva é imputada havendo ou não culpa, o que vai
acontecer é o seguinte se nenhum dos dois motoristas tiver culpa no acidente a
responsabilidade ou reparação dos danos sofridos será repartida entre os dois de acordo a
proporção do risco em que cada um tiver a ver com o dano, por outro lado se a penas um
veiculo tiver sofrido dano e a culpa não for de nenhum dos motoristas, só a pessoa por eles
responsáveis será obrigado a indemnizar, mas esta regra comporta excepção em caso de haver
duvida na medida de se apurar o culpado, serão repartidos os gastos entre ambos, pois
presume-se que a culpa deve ser repartida entre ambos.
art. 505.º Sem prejuízo no disposto no art. 570.º, a responsabilidade fixada pelo
número 1 do art. 503.º só é excluída quando o acidente é imputável ao próprio lesado
ou a terceiro, ou quando resulte de causa de força maior estranha no funcionamento
do veiculo
45
Naqueles casos de acidentes imputáveis a terceiros vale mutais mutandis ( 17) a
responsabilidade do próprio lesado, sendo irrelevante a conduta culposa do lesado.
Existem aqueles casos de responsabilidades paralelas nos termos do art. 507.º CC no seu n.º 2
e 570.º do mesmo código.
Mas se alguém agir no seu próprio interesse e violar o direito hieraticamente superior
prevalecerá o direito superior, desta feita o agente é responsabilizado.
Deve ser precedida de uma agressão contra lei e actual, que não seja possível recorrer por
meios normais, o prejuízo causado tem de ser inferior do que ocorreu na agressão.
Estar diante de um perigo, este perigo deve ameaçar um meio jurídico, em que o interesse
defendido tem de ser maior que o dano causado.
Exemplo.
Temos uma outra causa de exclusão de ilicitude, que consta do art. 340.º CC relativamente
art. 339.º
aqueles casos- que
é licita a acção
existe de quem destruir
um consentimento ou danificar coisa alheia com o fim de
do lesado.
remover o perigo actual de um dano manifestamente superior quer seja do agente
ou de terceiro.
O autor da destruição ou do dano é todavia obrigado a indemnizar o lesado pelo
prejuízo sofrido, se o perigo for provocado por sua culpa exclusiva; em qualquer
outro caso o tribunal pode fixar uma indemnização equitativa e condenar nela não
só o agente, como aqueles que tiraram proveito do acto ou contribuíram para o
Estado de necessidade. 47
art. 340.º - o acto lesivo dos direitos de outrem é licito desde que este tenha
consentido na lesão.
O nosso trabalho trata da responsabilidade civil objectiva que é a posição que o nosso
ordenamento jurídico acolhe, e a mais utilizada, mas achamos conveniente fazer uma pequena
incursão no âmbito da responsabilidade civil por factos ilícitos ou subjectiva, até porque são
aplicadas as normas da responsabilidade civil subjectivas nos casos de responsabilidade civil
objectiva.
Logo é importante que façamos uma breve incursão nas modalidades de culpa ou da
negligência e do dolo.
Assim devemos entender que tanto no dolo como na mera culpa existe a
responsabilidade de indemnizar, a outra diferença é que na responsabilidade por dolo a
indemnização é feita na totalidade, a passos que na responsabilidade por mera culpa ou
negligente é limitada, embora que nos dois casos a responsabilidade é feita nos termos gerais
da responsabilidade civil, mas na responsabilidade por dolo a indemnização resulta do art.
814.º conjugado com o art. 562.º CC, já na responsabilidade por mera culpa ou negligente a
indemnização resulta do art. 494.º e 483.º 562.º CC.
art. 814.º - a partir da mora, o devedor apenas responde, quanto ao objecto da prestação,
pelo seu dolo; relativamente aos proventos da coisa, só respondem pelos que hajam sido
percebidos.
art. 562.º - quem estiver obrigado a reparar um dano deve reconstituir a situação que
existiria, se não se tivesse verificado o evento que obriga a reparação.
art. 494.º - quando a responsabilidade se fundar na mera culpa, poderá a indemnização ser
fixada, equitativamente em montante inferior ao que corresponderia aos danos causados,
desde que o grau de culpabilidade do agente
A situação económica do deste e do lesado e as demais circunstancias do caso o
justifiquem/562.º e 483.º
art. 498.º o direito de indemnizar prescreve no prazo de três anos, a contar da data em que o
lesado tomou conhecimento do direito que lhe compete, embora com desconhecimento da
pessoa do responsável e da extensão integral dos danos sem prejuízo da prescrição
ordinária se tiver decorrido o respectivo prazo a contar do facto danoso.
art. 309.º - o prazo ordinário da prescrição é de vinte anos 48
Mas o lesado não deve esquecer-se que existem prazos para o propor a acção de
indemnização que é feita nos termos do art. 498.º e 309.º
De acordo a doutrina tradicional anteriormente a responsabilidade por factos ilícitos
tinha maior relevância em relação a responsabilidade pelo risco, e era aquela que mais
predominava naquela época, o inconveniente que havia é que o dano só era considerado
indemnizável em caso do agente agir com culpa, significa dizer que se o lesado tiver
responsabilidade no dano que o agente tenha causado não havia lugar a indemnização e
consequentemente estarem preenchidos os pressupostos tais como o facto ou um acto que
tenha sido praticado por uma pessoa pois só as pessoas agem racionalmente, ilicitude
proveniente de um dano causado pela conduta censurável do agente, o nexo de causalidade ou
relação existente entre o dano e o facto, e a culpa, mas adiante desenvolvermos as
modalidades da culpa e do dolo.
Depois de uma determinada altura a responsabilidade baseada na culpa do agente foi
sendo ultrapassada pois já não conseguia responder divido ao principio da justiça distributiva,
desta mesma forma como aconteceu no principio da liberdade contratual relativo a igualdade
das partes pois o contrato revelava-se insuficiente para responder todas as obrigações
tradicionais em sede da responsabilidade contratual, relembrando que nesta época os danos só
eram indemnizáveis em caso de culpa do agente, abrangido apenas a responsabilidade
contratual e não extracontratual.
O legislador designa a responsabilidade objectiva como responsabilidade pelo risco
onde existe a responsabilidade de indemnizar com culpa ou sem culpa do agente.
No nosso País as norma da responsabilidade pelo risco são normas de carácter
excepcionais, logo nada obsta a aplicação das normas da responsabilidade por factos ilícitos,
porém não há impedimento de se aplicar as duas modalidades de responsabilidade, alias na
pratica acontece frequentemente, porque entre ambas existe uma divergência de fundamento e
não de objectivos a alcançar, tanto numa como na outra existe a responsabilidade de reparar os
49
danos causados pelo agente a outrem pois o lesado não pode reparar o dano que lhe foi
causado para protege-lo e evitar que este tenha mais prejuízos.
1.40. Danos indemnizáveis e beneficiários da indemnização:
50
As normas que constam do art. 504.º n.º 1 e 2 são normas obrigatórias que vêm tutelar
interesse de ordem pública para protecção da integridade física das pessoas por isso não se
admite nenhuma causa de limitação nem de exclusão das responsabilidade do transportador
causado as pessoas.
51
Relativamente a esta questão verificamos uma situação muito pertinente no que
concerne ao limite de indemnização em caso de danos causados, a veículos estacionados em
garagem ou de baixo de árvores, aos jardins e plantações, reconstituição de documentos, danos
em bens dos senhorios, rendas e etc. Uma vez que esta verdade encontra-se muito distante da
realidade do nosso país.
Em caso de haver vários lesados pelo mesmo sinistro e em caso do montante do seguro
exceder o valor do seguro a responsabilidade da seguradora será proporcional para todos de
acordo ao montante dos danos sofridos no limite do valor garantido.
52
transportador á quem se deve imputar a responsabilidade? Relativamente a essa questão deve-
se entender da seguinte maneira:
A imputação deve alcançar a norma que consta dos art. 488.º e 489.º CC, logo de
acordo a este artigo há uma exclusão da responsabilidade por parte da transportadora no caso
de haver uma força maior que não tenha a ver com um risco próprio do veiculo, nem com o
seu funcionamento mais sim um motivo de força maior estranha ao funcionamento do veiculo,
ou uma força natural como por exemplo o lesante estacionar o veiculo correctamente e
acontecer uma chuva torrencial, e arrastar o veiculo ao ponto deste embater e danificar outros
veículos, ou ainda no caso de alguém colocar um engenho explosivo dentro da viatura, e
durante algum tempo de andamento ela explodir e muitos outros casos.
No caso de haver um concurso de culpabilidade entre a pessoa que estiver na direcção
efectiva, o lesado e o terceiro, á responsabilidade é imputável nos termos do art. 570.º CC.
19
- A obrigação é solidária, quando cada um dos devedores responde pela prestação e essa a todos libera, ou
quando cada um dos credores tem a faculdade de exigir por si só, a prestação integral, e essa libera o devedor
para com todos eles.
20
- Na solidariedade entre os devedores, ao devedor solidário demandado não é licito opor o benefício da
divisão; e, ainda que chame os outros devedores a demanda nem por isso se libera da obrigação de efectuar a
prestação por inteiro
53
1.45. Regime jurídico da responsabilidade civil pelo risco:
Art. 309.º, 335.º, 336.º, 337.º, 339.º, 340.º,342.º, 443.º, 483.º, 486.º, 487.º, 488.º, 494.º, 496.º,
497.º, 498.º, 499.º, 500.º, 501.º, 502.º, 504.º, 505.º, 506.º, 507.º, 508.º, 509.º, 510.º, 511.º,
512.º, 512.º, 513.º, 514.º, 515.º, 516.º, 517.º, 518.º, 519.º, 520.º, 521.º, 522.º, 523.º, , 527.º,
528.º, 529.º, 530.º, 531.º, 532.º, 533.º, 562.º, 564.º, 570.º,799.º, 800.º, 804.º, 808.º, 814.º,
todos do código civil.
18.º, 47.º, Lei Constitucional.
Directiva n.º 85/374/CEE de 25 de Junho de 1985.
LEI 15/03
Capitulo II
2. Metodologia utilizada:
Tratando-se de um trabalho de investigação utilizaremos o tipo de
pesquisa científica, (documental) normalmente, a ciência procura aproximar os seus
objectivos e fundamentos á realidade dos factos, e como se trata de uma pesquisa científica
deve-se determinar o tipo de pesquisa ou método que faz com que se tenha conhecimentos dos
factos a serem investigados.
Assim devemos dizer que para que essa pesquisa se tornasse realidade uma vez que
encontramos certas limitações para conseguir os dados que precisávamos para determinarmos
os casos de responsabilidade civil existente no nosso para de seguida podermos então
comparar com outros países.
Com isto aumentar o nosso conhecimento, que terá como produto final o nosso
esclarecimento parcial e nunca integral.
Método documental:
Proceder-se-á uma pesquisa aturada em diversos livros que façam referencia sobre a temática
em análise, procurando realizar um estudo comparado entre a realidade angolana com a
doutrina e as leis de outros Países a serem aplicadas em casos semelhantes, neste tipo de
pesquisa em primeira instância realiza-se a recolha de dados em manuais e legislações.
Método normativo:
Este é o método utilizado numa investigação jurídico-cientifica, permitindo a
observação de factos e posteriormente subsumi-los a norma jurídica existente no país.
55
Método indutivo:
Este é um método mediante o qual as suas constatações partem do abstracto, ao
concreto.
Método dedutivo:
Neste método utiliza-se todas as ideias teóricas, doutrinarias bem como a lei, todas as
ocorrências e fenómenos.
Modelos de pesquisa:
Este método abrange as pesquisas feitas em livros revistas jornais.
Método comparativo:
Relativamente a comparação realizamos comparações com os ordenamentos jurídicos de
outros Países tais como Português e Brasileiro.
Método monográfico:
Sendo este um trabalho de monografia utilizará de igual modo este método, aqui
falaremos de inúmeros factos ou casos de responsabilidade civil em todos seus aspectos.
Como se deve proceder para pôr termo aos inúmeros abusos de autoridade, e de zelo,
por parte de algumas instituições públicas e privadas, bem como entre particulares ou sujeitos
singulares, relativamente a essas questões.
Formas de indemnizações, ou a compensação que os consumidores recebem, são justas
e satisfazem as expectativas dos lesados.
Ao nível do consumo, ou seja ao nível da defesa do consumidor os organismos
encarregues de protecção do consumidor exercem tal incumbência de forma a protegerem os
consumidores, uma vez que as relações de consumo têm uma dimensão constituicional
(protegidos por lei).
56
Qual o valor subjectivo que se tem alcançado, no âmbito da manutenção do equilíbrio
quer do ponto de vista das relações jurídicas, dos serviços bancários ou contratual.
Em caso de violação de direitos onde os consumidores devem recorre no inadec, na
polícia económica ou nos Órgãos que administram a justiça, uma vez que confunde-se as
funções entre ambos.
As Lei 15/03 têm sido aplicadas na prática, no que tange a defesa do consumidor.
Para quando a aplicação da lei do consumidor relativamente a publicidade enganos,
vendas de produtos frescos e secos com designações ou rótulos em línguas estrangeiras.
O caso muito badalado do final do ano passado relativo aos produtos com substâncias
tóxicas nomeadamente pepsodente leite etc.
Existe alguma lógica em separar ou não as normas que digam respeito a diferentes
áreas de consumo, a saber legislação bancária, aérea, de seguro e outras.
Como são caracterizados os danos morais no ordenamento jurídico Angolano, será que
deve ser visto pelo preço da dor, que este irá causar, ou pelo dano causado, esta também é uma
questão importante e urgente.
4. Variáveis:
57
CONCLUSÃO
21
- Na chamada fase da vingança privada onde não havia reparação de dano (idade antiga)
22
- Prejuízo causado a bem alheio, empobrecendo este e muitas das vezes enriquece o lesante.
58
estabelecida pelo jurista Frances Domat, e responsável pelo principio geral da
responsabilidade civil.
A responsabilidade civil teve uma grande evolução e continua tendo, nos seus mais
diversos campos, principalmente no que diz respeito ao seu fundamento, ou seja, a razão pela
qual alguém deve ser obrigado a reparar o dano, não só na responsabilidade por culpa
(responsabilidade subjectiva), como também na responsabilidade pelo risco (responsabilidade
objectiva).
Um outro aspecto que nos apraz mencionar aqui, é a questão do direito civil estar
presente em todas as áreas do ensino jurídico, em maior número, encontrando-se acima do
ramo constitucional e penal. Assim, o direito civil reveste-se de suma importância por se
encontrar presente em todas as áreas de Direito, tendo em conta os seus benéficos e
malefícios, uma vez que o direito é uma ciência humana susceptível de existir nele erros, e
estes prejudicarem uns e beneficiarem outros.
A sua codificação surge na era do império Romano. A posterior, da publicação do
corpus uiris civilis, do imperador Justiniano, (23) avançando aos tempos modernos. Numa só
palavra, podemos dizer que é em Roma onde se buscam muitas instituições de conceitos
modernos de raiz. Dizer também que o direito Romano é um direito civil moderno devido a
sua longa história.
Numa outra etapa, podemos enquadrar o direito Frances (24), o chamado “código de
Napoleónico” que teve grande avanço na responsabilidade civil moderna, embora muito
criticado devido a sua rígida estrutura.
Sendo assim, a responsabilidade civil surge como forma de reparação de um dano
causado a outrem que é a vitima, passando esta a ser a sanção civil imposta aos prejuízos
causados de modo a ressarcir a vitima de danos sofridos, tanto na esfera patrimonial e não
patrimonial, muito embora esta ultima estar longe da realidade objectiva.
No que tange a responsabilidade civil dos danos causados por animais, os prejuízos são
reparados pelo dono do animal ou quem estiver na sua direcção efectiva, de maneira que
achamos de suma importância a estar tipificado na legislação Angolana a matéria que trata
desta questão divido a impunidade de casos com esta natureza.
23
- Direito civil de Justiniano, Jurisconsulto da Roma antiga
24
- Denominado código de Napoleão
59
Um outro aspecto importante é o que podemos verificar com aspecto concluso
relativamente a responsabilidade dos hospitais e seus similares bem como a responsabilidade
da transportadora relativamente aos danos causados.
Relativamente ao direito aéreo pesa embora este tenha uma legislação própria, em
virtude das suas peculiaridades (25) deve ser eficiente e de segurança, pois envolve questões de
ordem privada, embora encontrar-se norteada pelo interesse público. Este é um ramo pouco
conhecido não só pelo usuário, mas também por operadores do direito que, muito
provavelmente, buscam outras soluções mais imediatistas, esquecendo o aprofundamento das
normas existentes nos Estados.
25
- -suas características próprias
60
RECOMENDAÇÕES
a) Recomendamos ao órgão encarregue para criação de normas quer sejam eles ao nível
da constituição ou ao nível de códigos próprios e legislações complementares e
regulamentos, que se criem normas que se adeqúem a realidade objectiva dos
angolanos.
61
e) Não deixar em pune os comerciantes que colocam produtos nas prateleiras sem o preço
real do produto, para que no final não cause falsas expectativas aos consumidores.
i) Por fim o INADEC deve ser um órgão ou instituição mais interventiva, bem como a
polícia económica porque actualmente o mesmo produto tem cinco ou mais preços
diferentes em diferentes supermercados.
j) É sabido que o Estado não executa obras públicas, mas sim cria outras pessoas
colectivas públicas e privadas, para a prossecução de fins públicos ou seja para a
satisfação das necessidades da colectividade, assim a nova recomendação vai para
essas empresas nomeadamente os empreiteiros ou construtoras que o Estado adjudica26
as obras públicas e essas por sua vez celebram contratos de sob empreitada, ou mesmo
26
62
elas próprias executam as obras, sem qualquer qualidade deixando buracos ou valas
passe o termo e os cidadãos partem neste buracos ou valas fruto de mau trabalho e
ninguém é responsabilizado, temos casos muito frequentes das grandes foças de esgoto
sem tampa que danificam certas viaturas ao passarem pelas estradas e fica por isso
mesmo, ou seja ninguém é responsabilizado. Urge a necessidade de se criar normas
que venham a sancionar estas empresas para pôr cobro a essas situações pouco
cómodas aos citadinos.
BIBLIOGRAFIA
63
• AZEVEDO, Álvaro Vilaça (1997) – curso de direito civil (teoria geral das
obrigações) 6ª edição são Paulo: revista.
• DINIZ, Maria Helena (2002) «Curso de Direito Civil Brasileiro 16ª Edição São Paulo
Saraiva.
• DIAS, José de Aguiar (1960) «da responsabilidade civil» Rio de Janeiro – 4ª Edição
Volume II Pagina 904.
64
• GOMES, Orlando (2002), «Contratos» 25ª Edição Rio de Janeiro Forense 2002.
Tribunais, Revista pelos Tribunais de são Paulo V. 90, nº 787 Pagina 140 – 146 Maio
20.
LEGISLAÇÃO:
65
• Lei constitucional
• Código civil
• Código do processo
66