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Direito Administrativo
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Professor Marcelo Sobral


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Papa Concursos – GE 2019 – Direito Administrativo - Marcelo Sobral

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

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Limitação Administrativa.

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a) Conceito: As limitações administrativas impõem obrigações de caráter geral a proprietários

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indeterminados, em benefício do interesse geral, afetando o caráter absoluto do direito de
propriedade, ou seja, o atributo pelo qual o titular tem o poder de usar, gozar e dispor da coisa

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da maneira que melhor lhe aprouver.

Possui fundamento no poder de polícia, consistindo em obrigações gerais a proprietários

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indeterminados, em benefício do interesse da coletividade.

b) Exemplos:

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- Imposição de medidas técnicas para construção de imóveis.

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- Restrição de altura a edifícios, por motivos de estética ou segurança.

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c) Diferença entre limitação administrativa e servidão administrativa. No primeiro caso, a
obrigação de não-fazer é imposta em razão de interesse público e abstrato, ou seja,
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GENÉRICO. Já no segundo caso, a obrigação é imposta em razão de determinado bem afetado
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a fim de utilidade pública ou em favor de determinado serviço público. Ou seja, não existe a
COISA DOMINANTE na limitação administrativa, a qual existe na servidão.
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d) Como na limitação administrativa não se afeta a exclusividade do bem (o que ocorre na


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servidão administrativa), em regra, não se fala em indenização. A imposição é para todos! Veja
a Di Pietro: “Sendo inerentes à propriedade ou constituindo, no dizer de Bandeira de Mello
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(RDP 9:64), o próprio "perfil do direito", as limitações administrativas não dão direito à
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indenização, que só é cabível quando o proprietário se vê privado, em favor do Estado ou do


público em geral, de alguns ou de todos os poderes inerentes ao domínio, como ocorre,
respectivamente, na servidão administrativa e na desapropriação. Como diz Bielsa (1965, t.
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4:376), as restrições não dão direito à indenização, "já que não são senão uma carga geral
imposta a todas as propriedades. Trata-se, segundo se disse, de uma condição inerente ao
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direito de propriedade, cujo conteúdo normal se limita pelas leis".


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e) O particular pode se opor a uma limitação administrativa? Novamente a Di Pietro: “Sendo


medidas impostas pelo poder de polícia do Estado, com fundamento no princípio da
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supremacia do interesse público, não cabe ao particular qualquer medida, administrativa ou


judicial, visando impedir a incidência da limitação sobre o imóvel de sua propriedade; o Estado
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age imperativamente, na qualidade de Poder Público, e somente poderá sofrer obstáculos,


quando a Administração aja com abuso de poder, extravasando os limites legais. Nesse caso,
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cabe ao particular, além de opor-se à limitação estatal, pleitear a indenização por prejuízos
dela decorrentes”.
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e) Conclusão (Di Pietro): limitação administrativa constitui medida de caráter geral; definida
em lei; tem por fundamento o poder de polícia; gera obrigações positivas ou negativas com o
fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social.

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Servidão Administrativa.

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a) Conceito de servidão na teoria geral do direito. Conforme Di Pietro:

“Embora a servidão tenha nascido e se desenvolvido no direito privado, o seu conceito pertence

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à teoria geral do direito, ou seja, não é comprometido com o Direito Civil nem com o Direito
Administrativo. Deve-se procurar uma noção genérica - categoria jurídica - para, a partir dela,

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chegar aos dois conceitos próprios de cada um daqueles ramos jurídicos. São elementos
comuns em qualquer tipo de servidão, de direito público ou privado:

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1. a natureza de direito real sobre coisa alheia (jus in re aliena), no qual alguns dos poderes do

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domínio se destacam e se transferem a terceiros; 64
2. a situação de sujeição em que se encontra a coisa serviente (res serviens) em relação à coisa
dominante (res dominans) ou a uma pessoa: aliás, essa ideia decorre do próprio vocábulo
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servitudinem, significando escravidão;


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3. o conteúdo da servidão é sempre uma utilidade inerente à res serviens, que dá ao titular do
direito real o direito de usar, ou de gozar ou, ainda, o de extrair determinados produtos, como
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água.

Assim, como categoria jurídica, própria da teoria geral do direito, a servidão pode ser definida
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como um direito real de gozo sobre coisa alheia, instituído em benefício de entidade diversa
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da sacrificada; existe, do lado passivo, uma coisa serviente e, do lado ativo, uma coisa
dominante (na servidão real) ou uma pessoa (na servidão pessoal); o conteúdo é uma
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utilidade prestada pela primeira à segunda.

Ao contrário da limitação administrativa, a servidão atinge bem determinado, gravando


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restrição específica que não se estende aos demais bens. Essencial ao conceito de servidão a
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presença de dois elementos: a coisa serviente e a coisa dominante, a primeira prestando


utilidade à segunda.
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Ainda, tanto as servidões regidas pelo direito privado como pelo direito público possuem
características comuns, a seguir descritas: “São princípios que regem a servidão de direito
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privado e aplicáveis também à servidão administrativa: o da perpetuidade (art. 695 do Código


Civil de 1916 ou 1.378 do novo Código); o de que a servidão não se presume (art. 696 do
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Código de 1916, não repetido no novo Código); o da indivisibilidade (art. 707 do Código Civil de
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1916 e 1.386 do novo Código); o do uso moderado (arts. 704, 705 e 706 do Código de 1916 e
art. 1.385 do novo Código).
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Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante,
evitando-se, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente.

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Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis,

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em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma

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das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um

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ou de outro.

Neste sentido, qual seria a diferença entre a servidão de direito privado e a de direito público?

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“A principal diferença está do lado passivo da relação, a saber, na definição da res dominans
que, no dizer de Ruy Cirne Lima (inRDP 5:24), é o "serviço público, ou seja, a organização de

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pessoas e bens, constituída para executá-los"; ou, como dissemos em nossa tese (Servidão
Administrativa, 1978:50), é "determinado bem, enquanto afetado à realização de um serviço

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público". Por exemplo, na servidão de energia elétrica, res serviens é o prédio particular por
onde passam as linhas de distribuição e res dominans é o próprio serviço público de energia
elétrica; na servidão ao redor dos aeroportos, res serviens são os prédios vizinhos e res

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dominans, o próprio prédio onde funciona o serviço de navegação aérea”.

b) Exemplos:
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- Instalação de torres de transmissão de energia elétrica.
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- Implantação de gasodutos e oleodutos em áreas privadas para a execução do serviço.


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- Passagem de tubulação para saneamento básico.


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- Colocação de placas com nome de ruas e avenidas.

c) Elementos do conceito de servidão administrativa:


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1. direito real de gozo;


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2. natureza pública;

3. coisa serviente: imóvel de propriedade alheia;


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4. coisa dominante: um serviço público ou um bem afetado a fins de utilidade pública;


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5. o titular do direito real é o Poder Público (União, Estados, Municípios, Distrito


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Federal, Territórios) ou seus delegados (pessoas jurídicas públicas ou privadas autorizadas por
lei ou por contrato);
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6. finalidade pública;

7. exigência de autorização legal.


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d) Formas de constituição: lei / acordo / determinação judicial. Quais dependem de inscrição


no registro? Somente as decorrentes de acordo ou determinação judicial.
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e) Extinção: são perpétuas – subsistem enquanto existir a necessidade do Poder Público e a
utilidade do prédio serviente.

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Hipóteses de extinção: “1. a perda da coisa gravada; 2. a transformação da coisa por fato que

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a torne incompatível com seu destino; 3. a desafetação da coisa dominante; 4. a incorporação

LI
do imóvel serviente ao patrimônio público.”

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Ainda: a servidão administrativa não se extingue pelo não-uso – logo, imprescritíveis.

f) Indenização. Em regra, cabe indenização, pois afeta a exclusividade do direito de

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propriedade. Entretanto, Di Pietro separa hipóteses específicas e pondera que: “Não cabe
direito à indenização quando a servidão decorre diretamente da lei, porque o sacrifício é

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imposto a toda uma coletividade de imóveis que se encontram na mesma situação. Somente
haverá direito à indenização se um prédio sofrer prejuízo maior, por exemplo, se tiver de ser

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demolido.

Quando a servidão decorre de contrato ou de decisão judicial, incidindo sobre imóveis

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determinados, a regra é a indenização, porque seus proprietários estão sofrendo prejuízo em
benefício da coletividade. Nesses casos, a indenização terá que ser calculada em cada caso

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concreto, para que se demonstre o prejuízo efetivo; se este não existiu, não há o que indenizar.
64
No caso da servidão de energia elétrica, que é a mais frequente, a jurisprudência fixa a
indenização em valor que varia entre 20% e 30% sobre o valor da terra nua (cf. acórdãos in RT
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404:212, 406:272, 389:127, 391:130; também jurisprudência citada por Ronaldo de


Albuquerque, 1987:139)”.
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Requisição Administrativa.
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a) Incide sobre bens móveis, imóveis ou serviços.


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b) Competência da União para legislar sobre requisição civil e militar.


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CRFB/88

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


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TR

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

c) Justificativa: perigo público iminente.


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CRFB/88
PE

Art. 5º
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XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de


propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
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d) Procedimento unilateral e autoexecutório – independe de concordância do particular ou de


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autorização do Poder Judiciário.


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e) Em regra, oneroso (Di Pietro) – indenização a posteriori.

f) Conclusão: “Fixados os seus elementos característicos, pode-se conceituar a requisição como

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ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, consistente na utilização de bens ou

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de serviços particulares pela Administração, para atender a necessidades coletivas em tempo

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de guerra ou em caso de perigo público iminente”.

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Ocupação Temporária.

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a) Consiste na utilização transitória de bem IMÓVEL; gratuita ou onerosa; imóveis particulares,

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visando interesse público.

b) Requisitos: realização de obras públicas / necessidade de ocupação de terrenos vizinhos /

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inexistência de edificação no terreno ocupado.

c) Decreto-Lei 3365/41, art. 36.

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Art. 36.  É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de

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terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização.
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Neste caso, funciona como instituto complementar à desapropriação, visando à realização de
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obras públicas; necessidade de ocupação terrenos vizinhos; inexistência de edificação nos


terrenos; neste caso, obrigatoriamente remunerada; caução prévia, quando exigida.
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d) Outras hipóteses de ocupação temporária no ordenamento jurídico – conforme Di Pietro:


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“Na Lei nº 8.666, de 21-6-93, que regula as licitações e contratos administrativos, está prevista,
entre as prerrogativas da Administração nos contratos administrativos, a de, "nos serviços
S

essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao


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objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas


contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo"
NU

(art. 58, inciso V). Ainda a mesma medida é prevista no artigo 80 da lei como uma das
consequências da rescisão unilateral do contrato. Trata-se de hipótese de ocupação temporária
só admissível para dar continuidade ao contrato administrativo, seja pelo tempo necessário
A

para apurar faltas praticadas pelo contratado, seja em caso de rescisão do contrato, pelo
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tempo necessário para que seja providenciada nova contratação. Essa possibilidade de
ocupação só existe "nos casos de serviços essenciais", ou seja, de serviços públicos cuja
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paralisação possa ocasionar prejuízo ao interesse da coletividade a que se destina; são


atividades regidas pelo princípio da continuidade do serviço público.
PE

Também na Lei nº 8.987, de 13-2-95, que estabelece o regime de concessão e permissão de


serviços públicos, o artigo 35, que trata das hipóteses de extinção da concessão, prevê a
LI

imediata assunção do serviço pelo poder concedente (§ 2º), a qual autoriza a ocupação das
FE

instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis (§ 3º). A


inspiração para o dispositivo também é o princípio da continuidade dos serviços públicos.”.
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e) Ocupação temporária não se confunde com limitação administrativa – isso porque esta não
implica a utilização do imóvel por parte de terceiros. Logo, a ocupação temporária afeta o
caráter exclusivo do direito de propriedade.

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f) Ocupação temporária não se confunde com servidão administrativa – apesar de ambas

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afetarem o caráter exclusivo do direito de propriedade a primeira é de caráter transitório.

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Tombamento.

NO
a) Objetivo: proteção do patrimônio histórico e cultural.

RU
b) Constitui restrição parcial - não impede o exercício dos direitos inerentes ao domínio. Logo,
em regra, não cabe indenização.

-B
E se o tombamento acarretar restrição total? DI Pietro: “Diante do § 1 º do artigo 216, o
tombamento é um dos institutos que têm por objeto a tutela do patrimônio histórico e artístico

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nacional. O dispositivo prevê ainda a desapropriação, que será utilizada quando a restrição

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afete integralmente o direito do proprietário; o tombamento é sempre restrição parcial,
conforme se verifica pela legislação que o disciplina; se acarretar a impossibilidade total de
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exercício dos poderes inerentes ao domínio, será ilegal e implicará desapropriação indireta,
dando direito à indenização integral dos prejuízos sofridos.
37

(...)
18

Se, para proteger o bem, o Poder Público tiver que impor restrição total, de modo que impeça o
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proprietário do exercício de todos os poderes inerentes ao domínio, deverá desapropriar o bem


e não efetuar o tombamento, uma vez que as restrições possíveis, nesta última medida, são
S

apenas as que constam da lei, nela não havendo a previsão de qualquer imposição que
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restrinja integralmente o direito de propriedade”.

c) Possui natureza de procedimento administrativo, e não de ato administrativo.


NU

d) Incidência: bens móveis ou imóveis, materiais ou imateriais, públicos ou privados.


A

Quais bens não podem ser tombados?


TR

Decreto-Lei 25/1937
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Art. 3º Excluem-se do patrimônio histórico e artístico nacional as obras de orígem estrangeira:

1) que pertençam às representações diplomáticas ou consulares acreditadas no país;


PE

2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que façam


LI

carreira no país;
FE

3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do Código Civíl, e que
continuam sujeitas à lei pessoal do proprietário; (bens adquiridos por sucessão de estrangeiro e
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situados no Brasil).
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4) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou artísticos;

5) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou comerciais:

P E
6) que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente para adorno dos
respectivos estabelecimentos.

LI
FE
e) Classificação.

e.1 – quanto à constituição ou procedimento: de ofício, voluntário ou compulsório.

NO
Ofício: incide sobre bens PÚBLICOS (art. 5º DL 25/1937). Constituído através de
simples notificação.

RU
DL 25/1937

-B
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se
fará de ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico

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Nacional, mas deverá ser notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja guarda
estiver a coisa tombada, afim de produzir os necessários efeitos.

26
Voluntário: incide sobre bens PARTICULARES. O proprietário PEDE o tombamento ou
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CONCORDA com a notificação de tombamento recebida.
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DL 25/1937
18

Art. 7º Proceder-se-á ao tombamento voluntário sempre que o proprietário o pedir e a


coisa se revestir dos requisitos necessários para constituir parte integrante do
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patrimônio histórico e artístico nacional, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do


Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou sempre que o mesmo proprietário anuir,
S

por escrito, à notificação, que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos
NE

Livros do Tombo.
NU

Compulsório: incide sobre bens PARTICULARES. O proprietário se opõe ao


tombamento.
A

DL 25/1937
TR

Art. 8º Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a


anuir à inscrição da coisa.
DU

Art. 9º O tombamento compulsório se fará de acôrdo com o seguinte processo:


PE

1) o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por seu órgão competente,


notificará o proprietário para anuir ao tombamento, dentro do prazo de quinze dias, a
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contar do recebimento da notificação, ou para, si o quisér impugnar, oferecer dentro


do mesmo prazo as razões de sua impugnação.
FE
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2) no caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado. que é fatal, o diretor do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará por símples despacho que
se proceda à inscrição da coisa no competente Livro do Tombo.

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3) se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado, far-se-á vista da mesma,

LI
dentro de outros quinze dias fatais, ao órgão de que houver emanado a iniciativa do

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tombamento, afim de sustentá-la. Em seguida, independentemente de custas, será o
processo remetido ao Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, que proferirá decisão a respeito, dentro do prazo de sessenta dias, a

NO
contar do seu recebimento. Dessa decisão não caberá recurso.

e.2 – quanto à eficácia: provisório ou definitivo. Processo iniciado pela notificação –

RU
tombamento provisório. Processo concluído pela inscrição dos bens no Livro do Tombo
– tombamento definitivo. Os dois institutos produzem os mesmos efeitos, salvo

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quanto à transcrição no registro de imóveis (art. 13).

DL 25/1937

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Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular será, por

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iniciativa do órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
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transcrito para os devidos efeitos em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e
averbado ao lado da transcrição do domínio.
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*** Ainda existe o direito de preferência?


18

DL 25/1937
-0

Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessôas


naturais ou a pessôas jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios
S

terão, nesta ordem, o direito de preferência. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)
NE

(Vigência) REVOGADO
NU

§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que prèviamente sejam os bens oferecidos,
pelo mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao município em que se
encontrarem. O proprietário deverá notificar os titulares do direito de preferência a
A

usá-lo, dentro de trinta dias, sob pena de perdê-lo. (Revogado pela Lei n º 13.105, de
TR

2015) (Vigência) REVOGADO


DU

§ 2º É nula alienação realizada com violação do disposto no parágrafo anterior, ficando


qualquer dos titulares do direito de preferência habilitado a sequestrar a coisa e a
impôr a multa de vinte por cento do seu valor ao transmitente e ao adquirente, que
PE

serão por ela solidariamente responsáveis. A nulidade será pronunciada, na forma da


lei, pelo juiz que conceder o sequestro, o qual só será levantado depois de paga a multa
LI

e se qualquer dos titulares do direito de preferência não tiver adquirido a coisa no


prazo de trinta dias. REVOGADO
FE

Novo CPC
O
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Art. 889. Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias de
antecedência:

E
(...)

P
VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado.

LI
FE
Art. 892. Salvo pronunciamento judicial em sentido diverso, o pagamento deverá ser
realizado de imediato pelo arrematante, por depósito judicial ou por meio eletrônico.

NO
(...)

e.3 – quanto aos destinatários: geral ou individual. O primeiro atinge todos os bens de

RU
um bairro/cidade. O segundo atinge um bem específico.

-B
f) Livros do tombo.

Livro do tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

99
Livro do tombo das Belas Artes

Livro do tombo das Artes Aplicadas 26


64
Livro do tombo Histórico
37

g) Cancelamento do tombamento. Nas palavras de Di Pietro:


18

“Um último dado a assinalar no tocante ao procedimento é o que se refere à possibilidade de


-0

ser cancelado o tombamento. Pelo artigo 10, infine, do Decreto--lei nº 25, a decisão do
tombamento não era passível de recurso. Porém, esse dispositivo ficou revogado pelo Decreto-
lei nº 3.866, de 29-11-41, ao estabelecer que "o Presidente da República, atendendo a motivos
S

de interesse público, poderá determinar, de ofício ou em grau de recurso, interposto por


NE

qualquer legítimo interessado, seja cancelado o tombamento de bens pertencentes à União, ao


Estado, aos Municípios ou a pessoas naturais ou jurídicas de direito privado, feito no IPHAN, de
NU

acordo com o Decreto-lei nº 25, de 3-11-37".

Esse dispositivo tem sido criticado pelo fato de dar ao Presidente da República o poder
A

discricionário de cancelar o tombamento, passando por cima de parecer do órgão técnico


TR

competente para manifestar-se (cf. Carlos Augusto A. Machado, 1987:35).


DU

Não nos parece procedente a crítica, tendo em vista que o dispositivo só autoriza o
cancelamento "por motivos de interesse público", o que exige motivação, constrastável
perante o Judiciário, por parte do Presidente da República. Se é verdade que a proteção do
PE

patrimônio cultural é dever do Estado precisamente pelo seu interesse público, não é menos
verdade que esse interesse pode, em determinado momento, conflitar com outros, também
LI

relevantes e merecedores de proteção; um deles terá que ser sacrificado, a critério da


FE

autoridade a quem a lei conferiu o poder de decisão”.

h) Efeitos.
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h.1 – Para o proprietário do imóvel:

- positivas: fazer as obras de conservação necessárias à preservação do bem ou, se não

E
tiver meios, comunicar a sua necessidade ao órgão competente, sob pena de incorrer

P
em multa correspondente ao dobro da importância em que foi avaliado o dano sofrido

LI
pela coisa (art. 19);

FE
- se o bem tombado for público somente poderá ser transferido entre os entes

NO
federativos (art. 11);

RU
- não pode destruir, demolir ou mutilar sem autorização do IPHAN, sob pena de multa
de 50% do IPHAN (art. 17)

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- se bens móveis, não pode retirar do país, salvo curto prazo para fins de intercâmbio
(art. 14);

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- se tentada a exportação do bem tombado, este fica sujeito a sequestro (art. 15);

- sujeitar-se à fiscalização.
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h.2 – Para os proprietários dos imóveis vizinhos: não pode fazer construção que
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impeça ou reduza a visibilidade do bem.

Observação aqui: “Trata-se de servidão administrativa em que dominante é a coisa


18

tombada, e serviente, os prédios vizinhos. É servidão que resulta automaticamente do


-0

ato do tombamento e impõe aos proprietários dos prédios servientes obrigação


negativa de não fazer construção que impeça ou reduza a visibilidade da coisa
tombada e de não colocar cartazes ou anúncios; a esse encargo não corresponde
S

qualquer indenização”.
NE

h.3 – Para o IPHAN:


NU

- mandar executar obras de conservação do bem, quando o proprietário não puder


fazê-lo ou providenciar para que seja feita a desapropriação da coisa (art. 19, § 1 º);
A

não adotadas essas providências, o proprietário pode requerer que seja cancelado o
TR

tombamento (§ 2º);

- exercer vigilância sobre as coisas tombadas


DU

- providenciar, se for bem particular, a sua transcrição no registro de imóveis


PE

i) Natureza do ato de tombamento: discricionário.


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FE

Desapropriação

a) Elementos do conceito de desapropriação:


O
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DU
1. desenvolve-se através de um procedimento;

2. sujeito ativo: Poder Público ou seus delegados;

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3. pressupostos: necessidade pública, utilidade pública ou interesse social;

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4. sujeito passivo: o proprietário do bem;

FE
5. objeto: a perda de um bem;

NO
6. reposição do patrimônio do expropriado por meio de justa indenização.

b) Desapropriação sancionatória: três hipóteses.

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b.1 – descumprimento da função social da propriedade urbana.

-B
CRFB/88

Art. 182.

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§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no

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plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
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subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
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I - parcelamento ou edificação compulsórios;


18

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;


-0

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão


previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
S

parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
NE

Neste sentido, esta modalidade é de competência exclusiva dos Municípios!!! Quais são os
NU

sete elementos?

b.2 – descumprimento da função social da propriedade rural.


A

CRFB/88
TR

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
DU

imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
PE

§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.


LI

§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária,
FE

autoriza a União a propor a ação de desapropriação.

§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito


O

sumário, para o processo judicial de desapropriação.


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T
DU
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.

E
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de

P
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

LI
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:

FE
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não
possua outra;

NO
II - a propriedade produtiva.

RU
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas
para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

-B
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

99
I - aproveitamento racional e adequado;

26
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
64
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
37

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.


18

Quais são as quatro peculiaridades dessa modalidade?


-0

b.3 – expropriação glebas de terras com plantas psicotrópicas.


S

CRFB/88
NE

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
NU

culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei


serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei,
A

observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
TR

81, de 2014)

c) Procedimento de desapropriação. Fases declaratória e executória. Esta última dividida em


DU

administrativa e judicial.

A declaração só pode ser feita pelo ente federado, através de Decreto (Poder Executivo) ou Lei
PE

(Poder Legislativo).
LI

Decreto-Lei 3365/41
FE

Art. 6o  A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República,
Governador, Interventor ou Prefeito.
O
UN
BR
T
DU
Art. 8o  O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste
caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.

E
E promover a desapropriação? Quem pode?

P
Decreto-Lei 3365/41

LI
FE
Art. 3o  Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou
que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações
mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.

NO
Lei 8.987/95

RU
Art. 29. Incumbe ao poder concedente:

-B
IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão
administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a
diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a

99
responsabilidade pelas indenizações cabíveis;

Lei 11.107/05
26
64
Art. 2o
37

§ 1o Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:


18

II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e


instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse
-0

social, realizada pelo Poder Público; e


S

Efeitos da declaração de utilidade pública:


NE

1. submete o bem à força expropriatória do Estado;


NU

2. fixa o estado do bem, isto é, suas condições, melhoramentos, benfeitorias


existentes;
A

3. confere ao Poder Público o direito de penetrar no bem a fim de fazer verificações e


TR

medições, desde que as autoridades administrativas atuem com moderação e sem


excesso de poder;
DU

4. dá início ao prazo de caducidade da declaração. OBS: cuidado com a diferença entre


os prazos de caducidade na declaração por utilidade pública (Art. 10 DL 3.365/41) e
PE

por interesse social (art. 3º Lei 4.132/62).

Dl 3.365/1941
LI
FE

Art. 7o Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a


penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao
auxílio de força policial.
O
UN
BR
T
DU
Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e
danos, sem prejuizo da ação penal.

E
(...)

P
Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente,

LI
dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais

FE
este caducará. (Vide Decreto-lei nº 9.282, de 1946)

Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração.

NO
Lei 4.132/1962

RU
Art. 3º O expropriante tem o prazo de 2 (dois) anos, a partir da decretação da desapropriação
por interesse social, para efetivar a aludida desapropriação e iniciar as providências de

-B
aproveitamento do bem expropriado.

Segunda fase do procedimento – executória: “(...) A segunda fase do procedimento da

99
desapropriação - a executória – pode ser administrativa ou judicial. Compreende os atos pelos

26
quais o Poder Público promove a desapropriação, ou seja, adota as medidas necessárias à
efetivação da desapropriação, pela integração do bem no patrimônio público.
64
A competência para promover a desapropriação é tanto das pessoas jurídicas competentes
37

para editar o ato declaratório, como também das entidades, públicas ou particulares, que ajam
por delegação do Poder Público, feita por lei ou contrato (art. 3º do Decreto-lei nº 3.365/41);
18

abrange autarquias, fundações governamentais, empresas públicas, sociedades de economia


mista, concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
-0

A fase executória será administrativa, quando houver acordo entre expropriante e expropriado
S

a respeito da indenização, hipótese em que se observarão as formalidades estabelecidas para a


NE

compra e venda, exigindo-se, em caso de bem imóvel, escritura transcrita no Registro de


Imóveis. Essa fase nem sempre existe, pois acontece às vezes que o Poder Público desconhece
NU

quem seja o proprietário, hipótese em que deverá propor a ação de desapropriação, que
independe de se saber quem é o titular do domínio.
A

Não havendo acordo, segue-se a fase judicial, iniciada pelo Poder Público, com observância do
TR

procedimento estabelecido no Decreto-lei nº 3.365/41 (arts. 11 a 30), aplicável também à


desapropriação por interesse social fundada na Lei nº 4.132/62, consoante se verifica pelo
DU

disposto em seu artigo 5º; na omissão da lei, Iniciado o processo judicial, se as partes fizerem
acordo quanto ao preço, a decisão judicial será apenas homologatória, valendo como título
para transcrição no Registro de Imóveis.
PE

No curso do processo judicial, só podem ser discutidas questões relativas ao preço ou a vício
processual, pois o artigo 20 do Decreto-lei nº 3.365/41 determina que "a contestação só
LI

poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão
FE

deverá ser decidida por ação direta". Esse dispositivo completa-se com a norma do artigo 9º,
que veda ao Poder Judiciário, no processo de desapropriação, decidir se se verificam ou não os
O

casos de utilidade pública.


UN
BR
T
DU
Desapropriação de bem público.

Dl 3.365/1941

P E
Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados
pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.

LI
FE
(...)

§ 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser

NO
desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato
deverá preceder autorização legislativa.

RU
§ 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios de
ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e emprêsas cujo

-B
funcionamento dependa de autorização do Govêrno Federal e se subordine à sua fiscalização,
salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República.

99
(Incluído pelo Decreto-lei nº 856, de 1969)

26
Qual bem pode ser expropriado? “Ainda com relação ao objeto da desapropriação, cabe
lembrar que determinados tipos de bens são inexpropriáveis; é o caso dos direitos
64
personalíssimos, como o direito pessoal do autor, o direito à vida, à imagem, aos alimentos
etc”.
37

Como funciona a imissão provisória na posse?


18

DL 3.365/1941
-0

Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com
o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos
S

bens;
NE

§ 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, mediante o


NU

depósito: (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

a) do preço oferecido, se êste fôr superior a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, caso o imóvel
A

esteja sujeito ao impôsto predial; (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)


TR

b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao


impôsto predial e sendo menor o preço oferecido; (Incluída pela Lei nº 2.786, de
DU

1956)

c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do impôsto territorial, urbano ou rural,
PE

caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior;
(Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)
LI
FE

d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará independente de
avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado
originàlmente o valor cadastral e a valorização ou desvalorização posterior do imóvel.
O

(Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)


UN
BR
T
DU
§ 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer
a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias.
(Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

P E
§ 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão provisória.

LI
(Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

FE
§ 4o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis competente.
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)

NO
Art. 33. O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado
pagamento prévio da indenização.

RU
Parágrafo único. O depósito far-se-á no Banco do Brasil ou, onde este não tiver agência, em

-B
estabelecimento bancário acreditado, a critério do juiz.

§ 1º O depósito far-se-á no Banco do Brasil ou, onde este não tiver agência, em

99
estabelecimento bancário acreditado, a critério do juiz. (Renumerado do Parágrafo
Único pela Lei nº 2.786, de 1956)

26
§ 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela
64
sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto
neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34.
37

O que significa desapropriação indireta? “Desapropriação indireta é a que se processa sem


18

observância do procedimento legal; costuma ser equiparada ao esbulho e, por isso mesmo,
pode ser obstada por meio de ação possessória. No entanto, se o proprietário não o impedir no
-0

momento oportuno, deixando que a Administração lhe dê urna destinação pública, não mais
poderá reivindicar o imóvel, pois os bens expropriados, urna vez incorporados ao patrimônio
S

público, não podem ser objeto de reivindicação (art. 35 do Decreto-lei nº 3.365/41 e art. 21 da
NE

Lei Complementar nº 76/93). Imagine-se hipótese em que o Poder Público construa urna praça,
urna escola, um cemitério, um aeroporto, em área pertencente a particular; terminada a
NU

construção e afetado o bem ao uso comum do povo ou ao uso especial da Administração, a


solução que cabe ao particular é pleitear indenização por perdas e danos.
A

À s vezes, a Administração não se apossa diretamente do bem, mas lhe impõe limitações ou
TR

servidões que impedem totalmente o proprietário de exercer sobre o imóvel os poderes


inerentes ao domínio; neste caso, também se caracterizará a desapropriação indireta, já que as
DU

limitações e servidões somente podem, licitamente, afetar em parte o direito de propriedade”.

O que significa retrocessão? “A retrocessão é o direito que tem o expropriado de exigir de volta
PE

o seu imóvel caso o mesmo não tenha o destino para que se desapropriou.

(...)
LI
FE

A retrocessão cabe quando o Poder Público não dê ao imóvel a utilização para a qual se fez a
desapropriação, estando pacífica na jurisprudência a tese de que o expropriado não pode fazer
valer o seu direito quando o expropriante dê ao imóvel uma destinação pública diversa daquela
O
UN
BR
T
DU
mencionada no ato expropriatório; por outras palavras, desde que o imóvel seja utilizado para
um fim público qualquer, ainda que não o especificado originariamente, não ocorre o direito de
retrocessão. Este só é possível em caso de desvio de poder (finalidade contrária ao interesse

E
público, como, por exemplo, perseguição ou favoritismo a pessoas determinadas), também

P
chamado, na desapropriação, de tredestinação, ou quando o imóvel seja transferido a

LI
terceiros, a qualquer título, nas hipóteses em que essa transferência não era possível.

FE
NO
RU
-B
99
26
64
37
18
-0
S
NE
NU
A
TR
DU
PE
LI
FE
O
UN
BR

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