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SAN
D RA
LA
DI
SL
AU
DO
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AN
JO
S
-8
85
01
35
32
72
-A
LE
S

3
SA
ND
RA
RA
1. DIREITO ADMINISTRATIVO

ND
SA
Regime Jurídico (regras jurídicas) da Relação de Direito Administrativo (Estado x
Particular).

S
LE
2 pilares:

-A
a) Supremacia do Interesse Público: Privilégios/Prerrogativas. Exemplos:
Prazos processuais / Regime especial de pagamentos = precatórios / Alteração

72
unilateral de Contratos.

32
b) Indisponibilidade do Interesse Público: Limitações / Restrições. Exemplos:
Licitações / Concurso Público.

35
Padrão de Comportamento / Manual de Conduta: Princípios da Administração Pública.

01
Artigo 37 da CF:
85
-8
a) Legalidade = Adm. Pública só pode agir SE a lei permite = Todos Atos administrativos
precisam estar em LEI.
S
JO

2 tipos de atos administrativos:

a.1 – Ato Discricionário: permite analisar a chamada conveniência e oportunidade


AN

(MÉRITO). Exemplo: Autorização. Permissão. (Faz se quiser)


S

a.2 – Ato Vinculado: não permite analisar a chamada conveniência e oportunidade. Adm.
DO

Pública deve fazer conforme manda a LEI. Exemplo: Lançamento. Licença. (sou obrigado
a fazer).
AU

* Silêncio da Administração Pública não provoca efeitos. Exemplo: Certo cidadão pediu
SL

uma licença para abertura de estabelecimento comercial – 10 meses.


DI

EXCETO, se o efeito em razão do silêncio estiver previsto lei. Exemplo: Habeas Data –
LA

Lei 9507/97. Negativa está comprovada com o silêncio da administrativa após 10 dias do
protocolo do requerimento junto à repartição pública – Artigo 8º.
D RA
AN

4
S
ES
AL
RA
Pagamento de tributos – Imposto de Renda. Omissão de Receitas = 05 anos para

ND
descobrir o erro no preenchimento da declaração = DECADÊNCIA (perda do direito de

SA
exigir o novo lançamento) – Artigo 150, §4º do CTN.

S
DIFERENÇAS ENTRE LEGALIDADE PRIVADA E LEGALIDADE

LE
PÚBLICA

-A
Critério de Legalidade Legalidade
Diferenciação Privada pública

72
Destinatário particulares Agentes

32
públicos
Fundamento Autonomia Subordinação

35
da vontade

01
Significado Podem Só podem
fazer tudo85 fazer o que a
-8
que a lei lei autoriza
não proíbe
S

Silêncio Equivale a Equivale a


JO

legislativo permissão proibição


AN

b) Impessoalidade:
S
DO

b.1 – Agir independentemente da pessoa que será atingida. Não pode ser concedido
privilégios, vantagens em razão de ser quem você é! Exemplo: Hospital Público passou
AU

na frente uma paciente, por ela ser a mãe do prefeito. / Aprovado em concurso público,
e até agora não foi nomeado porque é inimigo pessoal do prefeito.
SL

b.2 – Quem age não é o agente público (pessoa física), mas sim, a administração pública.
DI

Quem fez não foi o prefeito, foi a prefeitura. Quem fez não foi o governador, foi o governo
LA

do estado. CUIDADO: Artigo 37, §1º da CF: as campanhas de governo devem ter um
caráter educativo, informacional, social. Exemplo: Escolas públicas pintadas com a cor
RA

do partido.
D
AN

5
S
ES
AL
RA
OBSERVAÇÃO: Não pode homenagear agente público, EXCETO, quando não estiver

ND
mais em atividade.

SA
c) Moralidade: Valores objetivos de conduta: Transparência / Boa fé / Probidade
Administrativa / Não corrupção.

S
LE
Critérios objetivos = Mecanismos de Controle = Ação Popular – Lei 4717/65. /

-A
Improbidade Administrativa – Lei 8429/92 / Mandado de Segurança – Lei 12.016/09.

Atenção: Prática do Nepotismo → contratação de parentes – SV 13.

72
Não pode haver vinculação direta de parentesco entre o NOMEANTE e o NOMEADO.

32
EXCETO, se for para exercer cargos políticos: Ministros de Estado, Secretários de

35
Governo ou Prefeitura ou Embaixadores. – STF – Reclamação Constitucional 22339.

01
Cuidado: nepotismo Cruzado é também proibido.
85
Secretário de Saúde Secretário da Cultura
-8
S
JO

Irmão do Secretário de Cultura Pai do Secretário de Saúde.


AN

Governador do estado ➔ Esposa para Secretária de Saúde = PODE!


S
DO

Secretária de Saúde ➔ Filha da Secretária de Saúde = NÃO PODE!

D) Publicidade: Atos administrativos precisam ser publicados, escritos e registrados. –


AU

REGRA.
SL

Não pode ter ato sigiloso, EXCETO – se for para:


DI

d.1 – Proteção da intimidade e honra do indivíduo – Artigo 5º, X da CF


LA

d.1 – Proteção a Segurança Nacional e da Sociedade – Artigo 5º, XXXIII da CF.


RA

Ato é sigiloso de forma temporária – Lei 12.527/11 – Artigo 24.

PUBLICIDADE afeta a EFICÁCIA do ato = se vai ou não produzir efeitos.


D
AN

6
S
ES
AL
RA
E) Eficiência = Produção de Bons EFEITOS.

ND
Norma de eficácia PLENA.

SA
Exemplo: Posto de Saúde. = Rápido Atendimento + Médicos + Remédios + Limpeza.

S
+ Rápida / - Burocrática / + Rentável.

LE
F) AUTO TUTELA: Própria Adm. Pública pode rever os atos que pratica, por meio do

-A
chamado Controle Interno = Súmula 473 do STF.

72
2 Consequências – Artigo 53 da Lei 9784/99

32
F.1 REVOGAR = Quando se tratar de um vício sanável por envolver mérito –

35
conveniência e oportunidade. Exemplo: Autorização.

01
Não há prazo para revogar. = Efeitos são EX NUNC

85
F.2 ANULAR = Quando se tratar de um vício insanável por envolver ILEGALIDADE – ato
-8
fora da lei. Exemplo: Licença sem os documentos obrigatórios. Posse em comprovante
de escolaridade.
S
JO

De acordo com o artigo 54 da Lei 9784/99 existe um prazo DECADENCIAL de 05 anos


para anular atos ILEGAIS, desde que, praticados de boa-fé. = Efeitos são EX TUNC
AN

Contados da data da concessão do ato até o dia da instauração do processo


S

administrativo que pretende analisar/averiguar a ilegalidade.


DO

Exemplo:
AU

Servidora que tomou posse sem apresentar o comprovante de escolaridade (Boa-Fé)

Data da Posse: 10.03.2011


SL

Instauração do Processo Administrativo: 15.02.2014


DI
LA

Anulou o ato depois do contraditório e ampla defesa: 10.08.2017

Controle Externo: Exercido pelo Tribunal de Contas (Poder Legislativo) Artigo 71, II da
RA

CF, e também pelo Poder Judiciário, Súmula 473 do STF. = CONTROLANDO TÃO
D
AN

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S
ES
AL
RA
SOMENTE A LEGALIDADE DO ATO (ato praticado fora lei), não se adentrando no

ND
MÉRITO.

SA
G) Princípio da Continuidade – Artigo 6º, §1ºda Lei 8987/95: Em regra os serviços
públicos não podem ser interrompidos (descontinuados).

S
LE
EXCETO – Artigo 6º, §3º Lei 8987/95

-A
(I) Inadimplemento do usuário;
(II) Parada técnica/programada; Prévia comunicação

72
(III) Parada Emergencial;

32
(IV) Direito de greve do servidor público – Artigo 37, VII da CF ➔ Permite

35
a greve do servidor, mediante o cumprimento de requisitos previstos em lei
(não existe).

01
85
STF: Se o servidor entrar em greve pode cortar o salário dos dias parados, a
-8
não ser que a greve tenha sido provocada por ato ilícito da administração
pública é proibido o corte salarial.
S
JO

Importante: A CF proíbe que certos servidores entrem em greve (jamais) –


AN

Artigo 142, §3º, IV da CF: (i) Forças Armadas: Marinha, Aeronáutica e Exército;
(ii) Servidores Segurança Pública: Policiais militares,
S

civis, bombeiros e Policial Federal.


DO
AU

H) Motivação – Artigo 50, §1º da Lei 9784/99 ➔ Todo ato administrativo precisa ser
justificado, explicado, detalhado, EXCETO os atos “ad nutum” livre nomeação e livre
SL

exoneração, como, por exemplo, os cargos em comissão ou função em confiança.


DI
LA

CUIDADO: MOTIVO MOTIVAÇÃO


RA

(Fundamento jurídico) (explicação detalhada do ato)


D
AN

8
S
ES
AL
RA
CUIDADO2: Teoria dos Motivos Determinantes: Se o ato administrativo “ad nutum”

ND
estiver detalhado, explicado, justificado (motivação), contudo, se essa explicação for

SA
falsa, ela vincula a legalidade do ato praticado.

Exemplo: Um secretário de estado foi exonerado com a justificativa de redução de custos,

S
LE
e também extinção da pasta a qual secretariava. Porém, 02 dias depois é realizada uma
nomeação de outro secretário para a mesma pasta e com o mesmo salário.

-A
O Ato precisará ser ANULADO por vício de legalidade, em razão da motivação ter sido

72
falsa na exoneração do secretário.

32
I) Contraditório e Ampla Defesa Artigo 5º, LV da CF ➔ Contraditório é o direito de se

35
manifestar no processo administrativo ou ato administrativo. Ampla Defesa o direito de
se manifestar com todos os meios de prova em direito admitidos.

01
Importante:
85
(i) Precisa de Advogado para defesa em Processo Administrativo? Não – SV 5;
-8

(ii) Precisa pagar para defesa em Processo Administrativo? NÃO – SV 21;


S
JO

(iii) Precisa esgotar a via Administrativa para depois recorrer na judicial? NÃO – Artigo
5º, XXXV da CF – estabelece o Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional.
AN

*Na via administrativa é possível ter ATÉ 3 instâncias de julgamento – Artigo 57 da Lei
S

9784/99
DO

(iv) Se eu perder na via Administrativa posso ingressar na via judicial? SIM – As decisões
administrativas não fazem “coisa julgada” – Artigo 38, Parágrafo único da Lei 6.830/80.
AU

Atenção, pois o inverso não é verdadeiro, ou seja, se você perder na via judicial não
SL

poderá voltar a ingressar na via administrativa.


DI

(v) Se a parte do processo administrativo pedir desistência, é possível a continuidade do


LA

processo administrativo? SIM – Se houver interesse público. Artigo 51, §2º da Lei
9784/99.
RA

Atenção: É possível que a denúncia para instauração de um processo administrativo


D

ocorra de forma anônima, desde que devidamente motivada. Súmula 611 do STJ.
AN

9
S
ES
AL
RA
Atenção2:Os prazos e regras previsto na Lei Genérica Federal 9784/99 poderão ser

ND
aplicados em âmbito estadual, municipal ou até distrital SE não houver lei própria

SA
(inexiste norma local). – Súmula 633 do STJ

S
LE
Atenção a este quadro comparativo entre Processo Administrativo e Processo Judicial:

-A
72
32
35
01
85
-8
S
JO
AN
S

J) Princípio da Celeridade Processual – Artigo 5º LCCVIII da CF


DO

O referido princípio assegura a todos, nos âmbitos judicial e administrativo, a razoável


AU

duração do processo e os meios que garantam celeridade na sua tramitação. O processo


administrativo constitui uma sequência encadeada de atos tendentes à decisão final.
SL

Assim, o rito deve sempre marchar para um encerramento conclusivo. A Lei Federal
DI

9784/99 estabelece importantes diretrizes aplicáveis aos processos administrativos


LA

federais quanto a tal matéria:


D RA
AN

10
S
ES
AL
RA
a) A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos

ND
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, e matéria de sua

SA
competência;
b) Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o

S
prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período

LE
expressamente motivada.

-A
c) Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de 30 dias.

72
d) O recurso administrativo tramitará por no máximo três instâncias

32
administrativas, salvo disposição legal diversa.

35
01
K) Princípio da Continuidade

85
Estampado no art. 6º, §1º, da lei 8.987/95, define que a atuação administrativa deve ser
-8
ininterrupta.
S
JO

Exceções:
AN

1 – o servidor público tem direito de greve que será exercido nos termos de lei específica.
S

2 – o art. 6º, §3º, da lei 8.987/95, permite a interrupção do serviço por razões de ordem
DO

técnica e por motivo de inadimplemento do usuário em situações de urgência, ou se


houver prévio aviso.
AU

Em consonância a esse princípio da Continuidade, o Supremo Tribunal Federal no


SL

Recurso Extraordinário 693.456, adotou a seguinte decisão a respeito do exercício do


direito de greve por parte do servidor público:
DI
LA

- Greve provocada pelo Servidor Público: Pode realizar o corte do salário, que poderá
ser substituído por compensação das horas paradas.
D RA
AN

11
S
ES
AL
RA
- Greve provocada por ato Ilícito da Administração Pública: Não pode haver o corte de

ND
salário, devendo a administração pública ressarcir os prejuízos caso verificados.

SA
IMPORTANTE: O artigo 142, §3º, IV da Constituição Federal, o Servidor Militar NÃO

S
pode entrar em greve e nem se sindicalizar, em nenhuma hipótese.

LE
-A
Organização Administrativa

72
32
Conceito ➔ Forma pela qual a Administração Pública se organiza para prestar serviços

35
públicos. DL 200/67.

01
Regra da Subordinação: Não existe subordinação entre a Administração Pública Direta

85
e a Indireta, o que existe é apenas um controle finalístico, uma supervisão ministerial.
-8
Exemplo:

Quem escolhe o Presidente do Banco do Brasil (indireta) é o Presidente da República


S
JO

(direta). Pergunta: o Presidente do Banco do Brasil é subordinado ao Presidente da


Presidente da República? NÃO
AN
S

Regra da DesCOncentração e DesCEntralização


DO

As consequências jurídicas da desC.O.ncentração (criação de ministérios, secretárias) é


o oposto na desC.E.ntralização.
AU
SL

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
DI

NÃO EXISTE PERSONALIDADE EXISTE PERSONALIDADE JURÍDICA


LA

JURÍDICA PRÓPRIA
NÃO TEM PATRIMÔNIO PRÓPRIO TEM PATRIMÔNIO PRÓPRIO
RA

TEM SUBORDINAÇÃO NÃO TEM SUBORDINAÇÃO


D
AN

12
S
ES
AL
RA
CUIDADO: As empresas estatais não podem ter como finalidade o lucro, mas sim, a

ND
prestação de serviço público OU a exploração de atividade econômica.

SA
A prova, vai perguntar por vezes, as prerrogativas e limitações das entidades que
compõe a Administração Pública, portanto, fique atento ao resumo abaixo:

S
LE
Prerrogativas das Pessoas Jurídicas de Direito Público – Entes Federativos, Autarquias

-A
e Fundações Públicas:

- Prazos processuais em dobro;

72
-Cobrança de dívidas por meio de Execução Fiscal;

32
- Pagamento de suas dívidas por meio de precatórios;

35
01
- Imunidade Fiscal para Impostos;

- Responsabilidade Civil OBJETIVA; 85


-8
- Citação/Intimação Pessoal;

- Remessa Necessária.
S
JO
AN

Limitações que são em comum a TODAS as entidades da Administração Pública Direta


ou Indireta:
S
DO

- Contratação de bens e serviços por meio de LICITAÇÃO;

- Contratação de Pessoal por meio de CONCURSO PÚBLICO;


AU

- Bens Indisponíveis: Não podem ser usucapidos, penhorados ou onerados, exceto se


SL

for PJDPrivado que só explore atividade econômica.


DI

- Não pode acumular cargos, exceto nas hipóteses do artigo 37, XVI e 42, § 3º da CF.
LA

- Se submetem ao teto remuneratório, exceto se não receberem verba pública


RA

Administração Indireta: Autarquias; Fundações e as Empresas Estatais.


D
AN

13
S
ES
AL
RA
Nomeação dos

ND
Entidades Criação Finalidade
dirigentes

SA
Autarquias + Por lei Prestação de REGRA: cargo “ad
Fundações Serviços Públicos nutum”.

S
Públicas OU EXCETO as autarquias

LE
Fundações Autorizadas por Exploração de em regime especial:

-A
Empresas Lei + Registro atividade (i)Agências
Estatais dos Atos econômica Reguladoras e;

72
(ii) Universidades

32
Públicas

35
Importante:

01
(i) NUNCA a finalidade da criação de uma “entidade indireta” será o LUCRO. O lucro
deve ser uma consequência de boa gestão. Exemplo: Cx Econômica Federal, Petrobras.
85
-8
(ii) ATUALMENTE as Autarquias e Fundações não exploram atividade econômica, mas
sim, serviços públicos de interesse nacional.
S
JO

Autarquias em Regime Especial

Essas entidades a nomeação dos dirigentes passam por um processo diferente:


AN

(i) Agências Reguladoras (Lei 9986/00): o dirigente é nomeado pelo


S

Presidente da República, contudo passa por sabatina no Senado Federal.


DO

*O Escolhido SE aprovado, exerce um mandato fixo em regra de 05 anos.


*Após o período do mandato fixo, fica impedido de exercer atividade de
AU

dirigente em qualquer empresa privada que fiscalizava quando era dirigente


da agência reguladora ➔ Quarentena que dura 06 meses, e receberá seus
SL

vencimentos durante o período.


DI

Exemplo: Dirigente da ANATEL não pode trabalhar em nenhuma empresa de


LA

telecomunicações. / Dirigente da ANAC não pode trabalhar em nenhuma


empresa de aviação civil.
RA

*Mandato fixo só pode ser rompimento: (a)Renúncia; (b)Sentença Judicial


D

transita em julgado; (c)PAD.


AN

14
S
ES
AL
RA
(ii) Universidades Públicas: o dirigente (reitor) ele é escolhido por meio de votação

ND
dos alunos, professores e funcionários da instituição. O mais votado passa por

SA
aprovação do Presidente da República e sendo nomeado, exerce um mandato
fixo.

S
LE
Bens Públicos

-A
Como identificar quando um bem móvel ou imóvel é “bem público”?

72
Bens Públicos

32
35
01
Titularidade Destinação 85
-8
S

Código Civil estabeleceu o critério da titularidade – Artigo 98 do Código Civil, ou seja, se


JO

o BEM foi de Titularidade de uma pessoa jurídica de direito público (entes federativos,
AN

autarquias ou Fundações Públicas) será então considerado bem público. Se for de uma
pessoa jurídica de direito privado (particulares ou empresas estatais), será considerado
S

bem privado.
DO

Qual a relevância de saber se o bem é público ou privado??


AU

Se o bem for considerado PÚBLICO = ele será INDISPONÍVEL

A Doutrina entendeu que identificar um bem público apenas pelo critério da titularidade,
SL

prejudica o interesse público, portanto, será também bem público aqueles pertencentes
DI

a PJDPrivado, contudo, destinados ao uso público. Exemplo: INFRAERO, CORREIOS,


LA

CASA DA MOEDA.
D RA
AN

15
S
ES
AL
RA
IMPORTANTE:

ND
(i) Sempre que o bem pertencer as PJDPúblico INDEPENDENTEMENTE da sua

SA
destinação, ele será considerado bem público, em razão da Titularidade.

S
Exemplo: Ambulância pertencente ao município que está quebrada; Computador

LE
pertencente a uma Autarquia que está em desuso.

-A
(ii) Se o bem é de titularidade de uma PJDPrivado, ele continua sendo bem privado pela
titularidade, porém terá as PRERROGATIVAS de bem indisponível SE prestar serviço

72
público: não usucapidos, não onerados e não penhorados.

32
Exemplo: carro da INFRAERO, computador dos CORREIOS.

35
Se um bem é privado sem prestação de serviço público, então neste caso o bem se torna

01
DISPONÍVEL: Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil.
85
-8
(ii) Os bens Públicos só podem ser ALIENADOS (vendidos, doados, alugados) SE
S

forem classificados como um bem DOMINICAL.


JO
AN

Classificação Conceito Exemplo


COMUM Acesso é livre a qualquer Rios, mares, estradas, ruas,
S
DO

individuo praças.
ESPECIAL Destinado a pessoas Computadores da
AU

específicas. repartição pública, livros de


uma biblioteca, escolas
SL

públicas, carro do prefeito.


DI

DOMINICAL Sem nenhuma função pública, Ambulância quebrada,


LA

ou seja, pertence a uma computador em desuso,


PJDPÚBLICO, contudo não está mesa ou cadeira danificada,
RA

afetado a nenhum serviço terreno vazio.


público.
D
AN

16
S
ES
AL
RA
ND
Exercício:

SA
Considere um ônibus de uma autarquia que está quebrado no pátio da entidade.

S
1)Bem Público, por qual critério?

LE
Sim é bem público pelo critério da Titularidade – Artigo 98 do CC.

-A
2) Pode ser usucapido?

72
Não, pois se é bem público é INDISPONÍVEL

32
3)Pode ser vendido?

35
SIM, pois se trata de um bem classificado como dominical, pois está sem uso.

01
85
-8
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Conceito: Dever de indenizar, ou seja, atos praticados pelos agentes públicos, que
S

deverão ser indenizados/reparados pela Administração Pública.


JO

A Reparação ela pode ser MORAL, MATERIAL ou ESTÉTICA.


AN

Antes de compreender melhor as regras da reparação civil, é muito importante conceituar


S

os seguintes personagens:
DO

Para os fins da lei 9784/99, o artigo 1º, §2º estabelece três definições importantes:
AU

A – Órgão: unidade de atuação integrante da Administração direta e da estrutura da


Administração indireta;
SL

B – Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.


DI

C – Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.


LA

Para a responsabilidade Civil o conceito de Agente Público é extremamente amplo,


RA

conforme estabelece o artigo 2º da Lei 8429/92: “Reputa-se agente público, para os


efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
D
AN

17
S
ES
AL
RA
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma

ND
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades

SA
mencionadas no artigo anterior.”

Evolução Histórica

S
LE
Até chegarmos ao estágio atual, a teria da responsabilidade passou por três fases

-A
principais:

1 – Teoria da irresponsabilidade estatal – Até 1873: também chamada de teoria feudal,

72
regalista ou regaliana, a teoria da irresponsabilidade era própria dos Estados Absolutistas

32
nos quais a vontade do Rei tinha força de lei. O exagero da soberania impedia admitir

35
que os súditos pudessem pleitear indenizações por danos decorrentes da atuação
governamental.

01
A ideia da origem divina do poder. O rei não erra, e “aquilo que agrada ao príncipe tem
foça de lei”.
85
-8

Em fevereiro de 1800 foi promulgada uma lei francesa disciplinando o ressarcimento de


S

danos advindos de obras públicas.


JO

Atualmente, não há mais nenhum caso de país ocidental que ainda adote a teoria
AN

regalista ou da irresponsabilidade.

2 – Teoria da responsabilidade subjetiva – 1874 até 1946.


S
DO

Conhecida também como teoria da responsabilidade com culpa, teoria intermediária,


teoria mista ou teoria civilista, essa teoria foi a primeira tentativa de explicação a respeito
AU

do dever estatal de indenizar particulares por prejuízos decorrentes da prestação de


serviços públicos.
SL

Essa teoria está apoiada na lógica do direito civil na medida em que o fundamento da
DI

responsabilidade é a noção de CULPA. Daí a necessidade de a vítima comprovar, para


LA

receber a indenização, a ocorrência simultânea de quatro requisitos:


RA

A – Ato
D

B – Dano
AN

18
S
ES
AL
RA
C – Nexo causal

ND
D – culpa ou dolo

SA
Essa teoria foi criticada, pois nunca se ajustou perfeitamente às relações de direito

S
público diante da hipossuficiência do administrado frente ao Estado. A dificuldade da

LE
vítima em comprovar judicialmente a ocorrência de culpa ou dolo do agente público

-A
prejudicava a aplicabilidade e o funcionamento prático da teoria subjetiva.

Importante destacar que excepcionalmente, a teoria subjetiva ainda é aplicável no direito

72
público brasileiro, em especial quanto os danos por omissão e na ação regressiva.

32
3 – Teoria da responsabilidade objetiva – 1947 até hoje.

35
Também chamada de teoria da responsabilidade sem culpa ou teoria publicista, afasta a

01
necessidade de comprovação de culpa ou dolo do agente público e fundamenta o dever
85
de indenizar na noção de RISCO ADMINISTRATIVO – Artigo 927, parágrafo único do
-8
Código Civil. Quem presta um serviço público assume o risco dos prejuízos que
eventualmente causar, independentemente da existência de culpa ou dolo. Assim, a
S

responsabilidade prescinde de qualquer investigação quanto ao elemento subjetivo.


JO

Concepção de culpa administrativa = teoria que representou uma adaptação da visão


AN

civilista à realidade da Administração Pública.


S

Para a teoria objetiva, o pagamento da indenização é efetuado somente após a


DO

comprovação pela vítima, de três requisitos:

a) ato
AU

b) dano
SL

c) nexo causal.
DI

Essa teoria baseia-se na ideia de solidariedade social, distribuindo entre a coletividade


LA

os encargos decorrentes de prejuízos especiais que oneram determinados particulares.


É por isso, também, que a doutrina associa tal teoria às noções de partilha de encargos
RA

e justiça distributiva. A discussão sobre culpa ou dolo foi deslocada da ação indenizatória
D

para a ação regressiva intentada pelo Estado contra o agente público.


AN

19
S
ES
AL
RA
EXISTE ALGUMA EXCLUDENTE, QUE RETIRA O DEVER DE INDENIZAR DA

ND
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?

SA
TEORIA APLICABILIDADE EXCLUDENTE

S
Risco Administrativo REGRA, ou seja, quando não - Culpa exclusiva da Vítima

LE
cabível as demais. - Força Maior
- Culpa de terceiro

-A
Risco Integral Só se aplica: NÃO TEM EXCLUDENTE,

72
(i) Dano Ambiental ISSO SIGNIFICA QUE O
(ii) Dano Nuclear ESTADO TEM DEVER DE

32
(iii) Ataque terrorista em REPARAR.

35
aeronaves

01
(iv) Seguro DPVAT
Risco Criado Só se aplica quando a
/Suscitado/Custódia
85
Administração Pública mantém
-8
pessoas sob a sua custódia:
S

penitenciárias, escolas
JO

públicas, delegacias, fórum


penal
AN
S

A completa compreensão do dispositivo constitucional (Artigo 37, §6º da CF) exige o


DO

desdobramento da norma em 4 partes:

A) as pessoas jurídicas responderão pelos danos que seus agentes, nessa


AU

qualidade, causarem a terceiros:


SL

Nessa qualidade indica a adoção da teoria da imputação volitiva de Otto Gierke segundo
DI

a qual somente podem ser atribuídos à pessoa jurídica os comportamentos do agente


LA

público durante o exercício da função pública. Assim se o dano foi causado pelo agente
público fora do exercício da função o Estado não responde.
RA

O idealizador da moderna teoria do órgão público foi o alemão Otto von Gierke. Ele
D

comparou o Estado ao corpo humano. Cada repartição estatal funciona como uma parte
AN

20
S
ES
AL
RA
do corpo, como um dos órgãos humanos, daí a origem do nome “órgão” público. A

ND
personalidade, no corpo, assim como no Estado, é um atributo do todo, não das partes.

SA
Por isso, os órgãos não são pessoas, mas partes integrantes da pessoa estatal.

1) Impede a propositura de ação de indenizatória diretamente contra a pessoa física do

S
LE
agente se o dano foi causado no exercício da função pública - RE 327.907/SP

-A
2) Essa teoria impossibilita a responsabilização civil do Estado se o dano foi causado
pelo agente público fora do exercício da função pública. Nesse caso, o policial

72
responderá com seu patrimônio pessoal pelo dano causado ao vizinho.

32
3) Autoriza a utilização das prerrogativas do cargo somente nas condutas realizadas pelo

35
agente durante o exercício da função pública. Desse modo, as prerrogativas funcionais
não são dadas “intuitu personae”, não acompanham a pessoa do agente público o dia

01
todo, para onde ele for. Fora do horário do expediente, no trânsito, em casa, o agente
85
está temporariamente desacompanhado das prerrogativas especiais decorrentes da sua
-8
função pública, sob pena de cometer excesso de poder ou desvio de finalidade.
S

B) as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que seus


JO

agentes causarem a terceiros: Entes federativos, autarquias e fundações e


associações públicas são Pessoas Jurídicas de Direito Público e, por ostentarem
AN

natureza pública, respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causem a
particulares. No caso de Pessoa Jurídica de Direito Público, a CF não condiciona a
S
DO

responsabilidade objetiva ao tipo de atividade exercida. Por isso, a responsabilidade


objetiva decorre da personalidade pública e será objetiva independentemente da
AU

atividade desempenhada: prestação de serviço público, exercício do poder de polícia,


intervenção no domínio econômico, atividade normativa ou qualquer outra manifestação
SL

da função administrativa.
DI

C) as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público


LA

responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros.

Empresas públicas, sociedades de economia mista, concessionários e permissionários


RA

são pessoas jurídicas de direito privado e, como tal, não estão inerentemente vinculadas
D

à responsabilidade objetiva, como ocorre com as pessoas de direito público. Assim, as


AN

21
S
ES
AL
RA
pessoas de direito privado respondem objetivamente enquanto prestam serviços públicos

ND
como uma decorrência do regime jurídico próprio do serviço público, e não pela qualidade

SA
da pessoa. Desempenhando outras atividades, como uma atividade econômica, por
exemplo, empresas públicas e sociedades de economia mista estão sujeitas somente a

S
responsabilidade subjetiva.

LE
D) assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou

-A
culpa: a Constituição Federal prevê a utilização de ação regressiva contra o agente, mas
somente nos casos de culpa ou dolo. Assim, a responsabilidade do agente público é

72
subjetiva, pois pressupõe a existência de culpa ou dolo.

32
35
Teoria do Risco Integral

01
É aplicável no Brasil em situações excepcionais:
85
A – Acidentes de trabalho: nas relações de emprego público, a ocorrência de eventual
-8

acidente de trabalho impõe ao Estado o dever de indenizar em quaisquer casos,


S

aplicando-se a teoria do risco integral;


JO

B – Indenização coberta pelo seguro obrigatório para automóveis (DPVAT): é efetuado


AN

mediante simples prova do acidente e do dano decorrente, independentemente da


existência de culpa, haja ou não resseguro, abolida qualquer franquia de
S

responsabilidade do segurado. – Artigo 5º da Lei 6194/74.


DO

C – Atentados terroristas em aeronaves: A União assumiu despesas de responsabilidade


AU

civil perante terceiros na hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros


ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra, contra aeronaves de
SL

matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo. – Lei


DI

10.309/2001 e 10.744/2003.
LA

D – Dano ambiental – artigo 225, parágrafos 2º e 3º da CF.

E – Dano nuclear – Artigo 177, V da CF – monopólio da União, contudo a Lei de


RA

Responsabilidade Civil por danos nucleares – Lei 6653/77 prevê diversas excludentes.
D
AN

22
S
ES
AL
RA
Características do Dano Indenizável

ND
Para que o dano seja indenizável deve reunir duas características: ser anormal e

SA
específico, excedendo o limite do razoável.

S
Dano anormal: ultrapassa os inconvenientes naturais e esperados da vida em sociedade.

LE
Isso porque o convívio social impõe certos desconfortos considerados normais e

-A
toleráveis, não ensejando o pagamento de indenização a ninguém. Exemplo de dano
normal: feira livre na rua onde mora.

72
Considera-se dano específico aquele que alcança destinatários determinados, ou seja,

32
que atinge um indivíduo ou uma classe delimitada de indivíduos. Por isso, se o dano for

35
geral, afetando difusamente a coletividade, não surge o dever de indenizar. Exemplo:
aumento da tarifa de ônibus.

01
85
Presentes os dois atributos, considera-se que o dano é antijurídico, produzindo o dever
de pagamento de indenização pela Fazenda Pública.
-8

Responsabilidade por Atos Lícitos


S
JO

É irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo, bastando que haja um prejuízo anormal
e especifico decorrente de ação ou omissão de agente público para que surja o dever de
AN

indenizar. Exemplos: obras para asfaltamento de rua diminuindo a clientela de


estabelecimento comercial.
S
DO

Danos por omissão

Há casos em que o Estado deixa de agir e, devido a tal inação, não consegue impedir
AU

um resultado lesivo. Nessa hipótese, fala-se em dano por omissão: assalto, enchente,
bala perdida, queda de árvore.
SL

Omissão causa o prejuízo? A omissão estatal é um nada, e o nada não produz


DI

materialmente resultado algum.


LA

Celso Antônio Bandeira de Melo vem sustentando há vários anos que os danos por
RA

omissão se submetem à teoria subjetiva. Atualmente é também o entendimento adotado


pelo STF ( RE 179.147) e pela doutrina majoritária.
D
AN

23
S
ES
AL
RA
Assim, a omissão que gera responsabilidade é aquela violadora de um dever de agir. Os

ND
danos por omissão são indenizáveis somente quando configurada omissão dolosa ou

SA
omissão culposa. Na omissão dolosa, o agente público encarregado de praticar a
conduta decide omitir-se e, por isso, não evita o prejuízo. Já na omissão culposa, a alta

S
de ação do agente público não decorre de sua intenção deliberada em omitir-se, mas

LE
deriva da negligência na forma de exercer a função administrativa. Exemplo: policial

-A
militar que adormece em serviço e, por isso, não consegue evitar furto a banco privado.

A partir da hipossuficiência decorrente da posição de inferioridade da vítima diante do

72
Estado, deve ser observada a inversão no ônus da prova relativa à culpa ou dolo,

32
presumindo-se a responsabilidade estatal nas omissões ensejadoras de comprovado

35
prejuízo ao particular, de modo a restar ao Estado, para afastar tal presunção, realizar a

01
comprovação de que não agiu com culpa ou dolo.

85
Quanto a questão dos danos causados por presos foragidos, o STF tem entendido
inexistir responsabilidade estatal no caso de crime praticado, meses após a fuga por
-8
preso foragido. – RE 130.764
S

Importante: O prazo de prescrição para buscar o dever de reparar (indenização) será de


JO

05 ANOS, conforme o artigo 1º Decreto 20.910/32. De acordo com o STJ não se aplica
AN

o prazo trienal do código civil.

Nos casos em que a Administração Pública for por sentença judicial condenada a
S
DO

indenizar o particular, o agente público sofrerá uma ação de regresso realizada pela
Administração Pública. Aplicar-se à a chamada RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, ou
AU

seja, deverá ser comprovada a responsabilidade civil por dolo ou culpa do agente público.
A ação regressiva será realizada por meio de uma ação de improbidade administrativa –
SL

Lei 8429/92.
DI

Responsabilidade dos concessionários de serviços públicos.


LA

O artigo 2º, III da Lei 8987/95 define concessão: a delegação de sua prestação, feita pelo
poder concedente, mediante licitação, a modalidade de concorrência, à pessoa jurídica
RA

ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua
D

conta e risco e por prazo determinado.


AN

24
S
ES
AL
RA
Assim, a responsabilidade primária pelo ressarcimento de danos decorrentes da

ND
prestação é do concessionário, cabendo ao Estado concedente responder em caráter

SA
subsidiário. A CF não estabelece qualquer diferença, quanto a qualidade da vítima:
usuária ou não.

S
LE
-A
Atos Administrativos

72
Os atos administrativos se revelam como uma legítima manifestação da Administração

32
Pública, que em regra devem preservar o interesso público.

35
Conceito Ato Administrativo: “Declaração do Estado, ou de quem lhe faça as vezes,

01
no exercício das prerrogativas públicas, manifestada e diante providências jurídicas

85
complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de
legitimidade por órgãos jurisdicionais” – Celso Antônio Bandeira de Melo.
-8

Fato jurídico – referem-se a todo e qualquer acontecimento que é relevante para o Direito,
S

podendo ser um evento da natureza (morte de um servidor público) ou um


JO

comportamento voluntário que deriva de atos administrativos, atividade pública material


AN

de cumprimento de uma decisão administrativa.

Exemplo:
S
DO

Fato jurídico: a queda de uma árvore, em virtude de uma tempestade, sobre um veículo
segurado trará consequências jurídicas, caso esse sinistro estiver contemplado no
AU

contrato celebrado entre o proprietário do automóvel e a seguradora.


SL

Já os atos jurídicos, decorrem de uma manifestação de vontade, podem ser lícitos, caso
tenham sido praticados em conformidade com os padrões legais estipulados, ou ilícitos,
DI

caso tenham sido conduzidos fora dos limites da lei.


LA

Resumindo, o principal critério diferenciador entre o Fato Jurídico e o Ato Jurídico seria
RA

o elemento da voluntariedade. Os fatos jurídicos são acontecimentos da natureza sem


qualquer relação com a vontade humana, ao passo que os atos jurídicos são
D

comportamentos humanos voluntários. As primeiras tentativas de compreensão do


AN

25
S
ES
AL
RA
fenômeno dos atos administrativos utilizaram a distinção civilista entre ao e fato como

ND
ponto de partida.

SA
Sendo o fato jurídico qualquer acontecimento da vida relevante para o Direito, já os atos
jurídicos seriam manifestações de vontade previstos em lei.

S
LE
-A
Importante ressaltar que vontade que não se exterioriza é ação humana do âmbito da
psicologia ou ciências afins, mas estranha a vida do direito. Quando pensamos então em

72
atos jurídicos, são atos do comportamento humano que produzem efeitos no mundo

32
jurídico.

35
Importante reforçar que a prática de atos administrativos não se encontra restrita às
medidas exaradas pela Administração Pública, uma vez que até mesmo os particulares

01
concessionários e permissionários de serviço público poderão editar atos administrativos,
85
caso tratar-se de medida editada no exercício da função pública/prestação de serviços
-8
públicos.
S

Conceito Geral: Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública,


JO

consistente na emissão de comandos complementares à lei, que tem por finalidade


resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
AN

administrados ou a si própria.
S

Portanto, a grosso modo, podemos estabelecer que ato da administração é um gênero


DO

que contempla várias espécies de atos praticados pela Administração, atos privados,
atos políticos, os atos administrativos, etc.
AU

Espécies de Atos:
SL

Atos Políticos: Atos praticados no exercício da função política de alta gestão, nos quais
DI

o poder público goza de uma margem ampla de discricionariedade. Exemplo: anistia


LA

presidencial, o veto de lei ou a declaração de guerra. Podem exercer atos políticos os


membros do legislativo, judiciário e executivo.
RA

Atos Privados: Atos editados pela Administração Pública que serão regidos pelo regime
D

de direito privado, ou seja, atos nos quais a Administração Pública atua sem as
AN

26
S
ES
AL
RA
prerrogativas públicas, em pé de igualdade com o particular. Exemplo: Atos ligados à

ND
exploração de atividade econômica por empresas públicas e sociedades de economia

SA
mista.

Atos Legislativos: Praticados pelo Poder Executivo no exercício da função atípica

S
LE
correlata à função desempenhada pelo Poder Legislativo: Edição de Medida Provisória
pelo Presidente da República.

-A
Ato Administrativo: exteriorização da vontade dos agentes da Administração Pública ou

72
de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise a produção

32
de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.

35
Em regra, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado. Contudo,
excepcionalmente, são admitidas formas alternativas de manifestação de vontade.

01
Exemplo: Semáforo, ordem de parada de um guarda de trânsito, etc.
85
O silêncio pode desencadear a manifestação de vontade da administração nos casos em
-8
que houver expressa previsão legal.
S

O ato administrativo em sentido estrito reúne aspectos que são de ordem material,
JO

subjetiva e formal. São eles:


AN

A – Aspecto formal: O ato administrativo será regido pelo Regime Jurídico de Direito
Público e deve ser editado em conformidade com a forma prevista no ordenamento
S

jurídico.
DO

B – Aspecto Material: o ato administrativo consiste na manifestação de vontade da


AU

administração capaz de produzir efeitos jurídicos concretos e válidos em uma dada


situação.
SL

C – Aspecto Subjetivo: o ato administrativo refere-se à manifestação de vontade os


DI

órgãos, agentes do Estado e particulares concessionários e permissionários no exercício


LA

da função administrativa.
RA

Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo e seus vícios


D
AN

27
S
ES
AL
RA
Os atos administrativos devem ter os elementos essenciais para a sua validade. Esses

ND
requisitos devem estar reunidos para que se aperfeiçoe o ato, sob pena de não ter

SA
eficácia para produzir efeitos válidos.

Há uma divergência na doutrina com relação a esses elementos, por isso, vamos seguir

S
LE
a orientação prevista na Lei nº 4.717/65 (lei da Ação Popular) no artigo 2º:

-A
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:

72
32
a) incompetência;

35
b) vício de forma;

01
c) ilegalidade do objeto;
85
d) inexistência dos motivos;
-8

e) desvio de finalidade.
S
JO

Portanto, seria:
AN

Como Ficar Fortão? Óbvio, Musculação.


S

Competência; Finalidade; Forma; Objeto e Motivo.


DO

1) Competência: refere-se às atribuições, deveres, poderes do agente público definidos


em lei. Cada carreira pública possui uma competência específica, quando o servidor
AU

exercer qualquer atividade em desconformidade com a lei/estatuto da carreira, o ato


SL

administrativo será ilegal em relação ao elemento competência.


DI

A competência pode estar definida em atos administrativos gerais, ou até mesmo na


própria constituição. Este elemento não pode ser alterado por vontade das partes ou do
LA

administrador público. Esse elemento é sempre VINCULADO, ou se seja, mesmo diante


RA

de atos em que é conferido ao agente certa margem de discricionariedade estabelecida


em lei, a competência para a edição do ato será vinculada. Dessa maneira, não há
D
AN

28
S
ES
AL
RA
margem de escolha ao agente público no que tange à legitimidade para a prática da

ND
conduta, devendo esta encontrar-se definida em lei.

SA
A competência administrativa para a pratica do ato administrativo é irrenunciável e
intransferível pelo agente público, em razão do Princípio da Indisponibilidade do interesse

S
LE
público, e é também imprescritível. A competência não se extingue com a inércia do
agente público no decorrer do tempo.

-A
ATENÇÃO: Excesso de poder e funcionário de fato são os dois vícios de competência

72
mais cobrados. Lembre-se: vícios sanáveis no elemento competência são passiveis de

32
convalidação.

35
Para convalidar é necessário ter FOCO!

01
São passíveis de convalidação os vícios sanáveis nos elementos FOrma e COmpetência.

85
Exemplo: Você é nomeado para ser delegado de um município que tem 5 mil habitantes,
-8
cidade pacata do interior de MG. Nessa cidade não ocorres crimes. Então você passou
10 anos sendo delegado e NUNCA prendeu ninguém durante esse tempo. Em razão do
S

decurso do tempo, sem fazer o uso dessa competência, você acaba perdendo os poderes
JO

para prender um indivíduo que cometeu um crime? Não, haja vista que a competência é
AN

imprescritível e não se extingue com o desuso.

A competência não pode ser atribuída ao agente público que praticou o ato para o qual
S

não tinha competência, mesmo nos casos em que não há objeção de terceiros.
DO

Artigo 11 da Lei 9784/99: A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


AU

administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
SL

Delegação = É um ato temporário de ampliação de competências, por meio da qual um


DI

indivíduo concede ao outro a competência para editar uma medida, que pode ser
LA

revogada a qualquer tempo e não implica em renúncia de competência. Tal delegação é


específica, ou seja, serão estabelecidos os limites de atuação do agente delegado, haja
RA

vista que os atos de delegação genérica são nulos. Ademais, salvo disposição em
D

contrário, como regra geral, presume-se a cláusula de reserva, ou seja, o agente


AN

29
S
ES
AL
RA
delegante não transfere totalmente sua competência para terceiro, apenas a amplia,

ND
mantendo-se competente após a delegação conjuntamente com o agente delegado. –

SA
Súmula 510 do STF.

O que não pode ser delegado – Artigo 13 da Lei 9784/99.

S
LE
IMPORTANTE: O artigo 84 da CF, estabelece a possibilidade de delegação de algumas

-A
atribuições do Presidente da República para os Ministros do Estado, bem como para o
Advogado Geral da União e Procurador Geral da República. Parágrafo único do artigo

72
84.

32
O requisito da competência relaciona-se com o da capacidade no direito privado, o qual

35
se define como a qualidade de atribuir a alguém a titularidade de relações jurídicas.
Entretanto, no Direito Administrativo não basta a capacidade, sendo necessário que o

01
sujeito tenha competência.
85
-8
Vícios relativos à Competência
S

O vício quanto ao elemento competência representa um vício de legalidade:


JO

- Usurpação de função: situação na qual o particular não investido em cargo público


AN

emprego ou função pratica o ato administrativo.


S

Você se veste de policial e resolve multar as pessoas. Produz algum efeito? Não. Trata-
DO

se de ato inexistente em razão de um vício de competência.

- Excesso de poder: situação em que o servidor público excede os limites de sua


AU

competência.
SL

- Funcionário de fato ou função de fato: ocorre quando o servidor público se encontra


irregularmente investido no cargo, emprego ou função pública, mas age com a aparência
DI

de legalidade. (Teoria da imputação volitiva).


LA

2) Finalidade
RA

A finalidade pública refere-se ao objetivo que se pretende alcançar com a prática do ato
D

administrativo. Tal como todos os outros elementos, sua definição é sempre legal,
AN

30
S
ES
AL
RA
portanto, a violação ao elemento finalidade ocorre sempre que a finalidade buscada pelo

ND
ato não traduzir aquela definida em lei, ou seja, a finalidade corresponde a resposta do

SA
questionamento para quê?

IMPORTANTE: ABUSO de PODER: gênero que contempla as espécies:

S
LE
Desvio de Poder: Vício de finalidade. O agente pratica o ato administrativo para o qual

-A
tem competência, contudo, com o objetivo de atingir finalidade diversa do interesse
público.

72
Excesso de Poder: vício de competência: ao praticar o ato administrativo, o agente

32
público extrapola os limites da sua competência.

35
Pode acontecer do ato praticado ser aplicação com interesse público, mas com desvio

01
de finalidade específica da medida, como ocorre na situação em que o servidor público

85
é exonerado pelo seu superior que possui a intenção de puni-lo. Nesse caso, mesmo que
o servidor tenha cometido alguma infração administrativa grave e que a punição seja
-8
devida, o ato foi praticado de forma viciada, uma vez que a exoneração se refere à
S

hipótese de perda do cargo que não possui qualquer caráter punitivo, diferentemente do
JO

ato de demissão. Nessa situação, o vício de finalidade é um vício de legalidade que irá
ensejar a anulação do ato. Exemplo: exoneração de um servidor coma intenção de puni-
AN

lo.
S

Em Regra, vício de finalidade não é passível de convalidação. Mas há exceção: No ato


DO

de desapropriação, caso houver o desvio da finalidade da específica mantendo-se a


finalidade genérica do ato, qual seja a busca pelo interesse público, não haverá
AU

ilegalidade.
SL
DI

3) Forma
LA

A forma é o aspecto exterior que reveste o ato administrativo e a exigência de tal requisito
reside no fato de que os atos administrativos decorem de procedimento administrativo
RA

prévio. Assim, para que o ato seja válido devem ser atendidos os critérios formais
D
AN

31
S
ES
AL
RA
previamente definidos em lei. Destaca-se o desrespeito às formalidades específicas

ND
definidas em lei não gera a inexistência da medida, mas sim a sua ilegalidade.

SA
Forma é a exteriorização do ato, absolutamente necessária para assegurar a plena
publicidade, sindicabilidade e estabilidade das relações jurídicas públicas.

S
LE
A forma escrita prevalece na maioria dos atos administrativos, uma vez que esta forma

-A
prestigia o princípio da publicidade e permite o controle/transparência das medidas da
Administração. Entretanto, da mesma forma que se exige a formalização para garantir a

72
regular prática dos atos administrativos, deve-se ter em mente que a forma não configura

32
a essência do ato, ou seja, trata-se tão somente de um mero instrumento necessário para
que a conduta administrativa alcance os seus objetivos. A forma não é essencial a pratica

35
do ato, mas tão somente o meio, definido em lei, pelo qual o poder público irá alcançar

01
seu objetivo – Princípio da instrumentalidade.

85
Se uma situação em que o ato apresenta um mero vício de forma e encontra-se apto
-8
para alcançar a finalidade legal e atender o interesse público, o ato não será anulado,
devendo operar-se a convalidação/ratificação dos vícios.
S
JO

No processo administrativo, deve notificar por escrito o agente público. O faz por
WhatsApp e o servidor apresenta sua defesa. A forma adotada não foi correta, porém
AN

alcançou sua finalidade. Estamos diante de um vício de forma relativo, que é passível de
correção/convalidação, haja vista que o ato, ainda que viciado, alcançou a sua finalidade
S
DO

prevista.

A FORMA é sempre um elemento VINCULADO, ou seja, não há margem de


AU

conveniência e oportunidade, para o agente público definir a forma do ato, mesmo nos
atos discricionários a forma encontra-se estabelecida em lei.
SL

Em algumas situações o vício de forma é insanável, haja vista que atinge diretamente o
DI

próprio conteúdo do ato, como ocorre, por exemplo, nas situações em que foi expedida
LA

uma Instrução Normativa declarando a utilidade pública de um bem imóvel para fins de
desapropriação, porém a lei exige um decreto.
RA

No que se refere ao silencia administrativo, nas situações em que o poder público é


D

omisso e descumpre um dever legal, cabe controle pelo Poder Judiciário que poderá ser
AN

32
S
ES
AL
RA
efetivado mediante a provocação de qualquer interessado. O Poder Judiciário pode

ND
determinar que o agente público pratique o ato em conformidade com a lei. Trata-se de

SA
controle de legalidade e não controle de mérito.

S
LE
4) Motivo

-A
O motivo é elemento que encabeça todo ato administrativo, uma vez que se refere ao
fundamento jurídico que autoriza a prática do ato. É um elemento discricionário que

72
confere certa margem de escolha ao agente público.

32
Teoria dos Motivos Determinantes: O motivo apresentado como justificadores da prática

35
do ato administrativo vincula este ato e, caso as razões apresentadas estejam viciadas,

01
o ato será nulo. Ou seja, os motivos alegados pela Administração passam a integrar a

85
conduta pratica e, caso esses sejam viciados, o ato restará viciado. Artigo 50, parágrafo
1º da Lei 9784/99: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir
-8
em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareces, informações,
S

decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.


JO

O ato administrativo editado, sem expor fundamentos de fato e de direito que justifique a
AN

negativa do pedido, é um ato viciado. Vício no elemento forma. O ato foi emanado sem
o devido motivo, ou seja, não seguiu os requisitos/forma legal prevista.
S

Súmula 684 do STF: É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato


DO

a concurso público.
AU

O Motivo é o fundamento jurídico que autoriza a prática do ato administrativo e a


motivação, por sua vez, refere-se a exposição dos motivos do ato, estabelecendo uma
SL

fundamentação lógica entre a situação descrita em lei e os fatos efetivamente ocorridos.


DI

5) Objeto
LA

Todo ato administrativo quando praticado gera um efeito jurídico, que chamamos de
RA

objeto. O objeto é o efeito causado pelo ato administrativo, a conduta estatal, resultado
da prática do ato.
D
AN

33
S
ES
AL
RA
Vícios relativo ao objeto:

ND
- Objeto materialmente impossível: ato que prevê o impossível; Exemplo: decreto

SA
proibindo a morte.

S
- Objeto juridicamente impossível: O resultado do ato viola a lei, defeito este que torna

LE
nulo o ato. Exemplo: o ato que autoriza a pratica do crime.

-A
Competência, finalidade e forma: elementos vinculados

72
Motivo e Objeto: elementos discricionários.

32
Importante: No ATO Vinculado, todos os elementos são vinculados.

35
O objeto deve ser lícito (expedido em conformidade com a lei), possível, definindo uma

01
situação viável de fato e determinado ou determinável.

Atributos do Ato Administrativo 85


-8
1 – Presunção de Legitimidade e de Veracidade: Validade do ato em conformidade
com a lei. Verdade dos fatos. Presume-se que os atos administrativos são verídicos e
S

foram praticados em conformidade com a ordem jurídica. Desse modo, o ato possui
JO

capacidade de produção de efeitos enquanto não for decretada a sua invalidade pela
AN

própria Administração ou pelo Judiciário. Trata de uma presunção relativa, podendo ser
afastada diante de prova da ilegalidade do ato. Em decorrência desse atributo, presume-
S

se, até que se prove em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com
DO

observância da lei.

2 – Imperatividade: prerrogativa de que goza o ato administrativo de impor obrigações


AU

ao particular dentro dos limites da lei, independentemente da vontade do administrado.


SL

Também denominado poder Extroverso do Estado, trata-se da capacidade de vincular


terceiros a deveres jurídicos impostos pela Administração. Destaca-se que apenas os
DI

atos que impõem obrigações gozam de imperatividade. Os atos enunciativos e negociais


LA

não são revestidos de imperatividade. Ou seja, a imperatividade é atributo presente


RA

apenas nos atos administrativos que imponham restrições a direitos, não se aplicando
aos atos ampliativos de direito. Exemplo: a concessão de uma licença para construir não
D
AN

34
S
ES
AL
RA
goza desse atributo, haja vista tratar-se de concessão de um benefício concedido pelo

ND
ente estatal diante de pedido do interessado.

SA
3 – Exigibilidade ou coercibilidade: trata-se da possibilidade de aplicação de punição,
imposição de meios indiretos de coerção, para fins de coibir o particular a cumprir

S
LE
determinada medida do Poder Público. Ex.:multa.

-A
4 – Autoexecutoriedade ou executoriedade: trata-se da possibilidade na qual a
administração, e uma determinada situação de emergência ou em razão de expressa

72
previsão legal, executa diretamente uma medida fazendo uso de meios diretos,

32
compelindo materialmente o particular a cumpri-la, independentemente da intervenção
do Poder Judiciário. Exemplo: reboque de veículo estacionado na calçada, apreensão de

35
mercadorias contrabandeadas.

01
A Autoexecutoriedade difere da exigibilidade à medida que esta aplica uma punição ao
85
particular (exemplo: multa de trânsito), mas não desconstitui materialmente a
-8
irregularidade (o carro continua parado no local proibido), representando uma coerção
indireta. Enquanto a Autoexecutoriedade, além de punir, desfaz concretamente a
S

situação ilegal, constituindo mecanismo de coerção direta.


JO

Esse atributo não está presente em todos os atos administrativos. Em regra, em apenas
AN

2 tipos:
S

A – Aqueles com tal atributo conferido por lei. É caso do fechamento de restaurante pela
DO

vigilância sanitária;

B – Os atos praticados em situações emergenciais cuja execução imediata é


AU

indispensável para a preservação do interesse público.


SL

5 – Tipicidade: Trata-se de atributo que estabelece que para cada finalidade a ser
DI

alcançada a lei prevê a figura/espécie de ato administrativo determinado. Ou seja, esse


LA

atributo está ligado ao respeito a cada espécie de ato administrativo. Trata-se de


limitação ao agente público, para fins de coibir a prática de atos não previamente
RA

estipulados por lei. Ex.: a desapropriação será declarada mediante decreto. O ato do tipo
“Decreto” deve ser respeitado.
D
AN

35
S
ES
AL
RA
Fases de Constituição do Ato Administrativo: Existência, Validade e Eficácia.

ND
Para que o ato administrativo produza efeitos regularmente no mundo jurídico, o mesmo

SA
deve passar pelo cumprimento de algumas etapas necessárias, quais sejam:

S
1. Existência: refere-se ao ciclo de formação do ato administrativo. O ato torna-se

LE
existente e perfeito quando editado por agente público no exercício da função pública e

-A
preencher os requisitos de conteúdo, forma e objeto. A inexistência do ato administrativo
pode se dar em razão de:

72
A - Inexistência administrativa: os atos não são imputáveis aos agentes públicos no

32
exercício da função administrativa; Exemplo: Atos praticados pelo usurpador de função.

35
B - Inexistência jurídica: refere-se aos atos meramente materiais e juridicamente

01
irrelevantes;

85
C - Inexistência de fato: refere-se a aquilo que nunca ocorreu de fato.
-8
S

2. Validade: o requisito de validade trata acerca da regularidade do ato, que decorre da


JO

conduta dos agentes estatais em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo


ordenamento jurídico. O juízo de validade pressupõe a existência do ato. São
AN

pressupostos de validade do ato administrativo a presença dos elementos: competência,


S

motivo, objeto, forma e finalidade.


DO

3. Eficácia: trata-se da aptidão do ato para produzir os efeitos desejados. Contudo,


algumas situações condicionam a geração de efeitos do ato, tais como:
AU

- Condição Suspensiva: somente após o acontecimento futuro e incerto o ato passará a


SL

produzir efeitos; Exemplo: Alvará concedido a taxista com a condição de que apresente
o veículo para regularização dentro de quinze dias;
DI
LA

- Termo inicial: o início da produção de efeitos do ato se dará após a ocorrência de evento
futuro e certo; Exemplo: licença autorizando construção de prédio residencial só a partir
RA

de 30 dias de sua outorga.


D
AN

36
S
ES
AL
RA
- Termo Final: o ato produzirá efeitos por determinado tempo, até a data do termo final.

ND
Exemplo: habilitação para conduzir o veículo concedida pelo prazo de cinco anos.

SA
Controle do Mérito do ATO Administrativo.

S
Mérito = margem de liberdade/escolha conferida a Administração.

LE
A margem de discricionariedade quando presente, residirá nos elementos motivo e

-A
objeto do ato discricionário. Contudo, destaca-se que no ato vinculado, TODOS os
elementos são vinculados.

72
Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Poder Judiciário exercerá tão

32
somente o controle quanto à legalidade do ato administrativo, e não analisará o mérito.

35
Podendo, porém, controlar a discricionariedade do ato administrativo, quanto aos limites

01
de razoabilidade/proporcionalidade da aplicação daquele ato e quanto ao eventual desvio

85
de finalidade praticado. Ou seja, caso o agente público aplique a penalidade de demissão
a um servidor que se ausentou no serviço por apenas um dia, tem-se a aplicação de uma
-8
sanção desproporcional à gravidade do ato e, haja vista que tal aplicação ofende o
S

princípio da razoabilidade (ilegalidade), a mesma deverá ser anulada pelo judiciário.


JO
AN

Extinção dos atos administrativos = Ocorre nas seguintes situações:


S

1. Cumprimento de seus efeitos: Configurar-se-á o cumprimento do ato quando se opera


DO

a execução de todos os efeitos do ato administrativo. Exemplo: demolição de um prédio.


Nesse caso, após a execução da ordem (ato administrativo), cumprem-se os efeitos do
AU

ato e o ato é extinto naturalmente.

2. Advento do termo final ou da condição resolutiva: extinguem-se os atos sujeitos a


SL

prazo determinado ou que dependam da ocorrência de condição resolutiva. Exemplo:


DI

autorização para porte de arma concedida por um ano.


LA

3. Renúncia: o próprio particular abre mão do benefício.


D RA
AN

37
S
ES
AL
RA
4. Desaparecimento do sujeito ou do objeto: a conduta estatal se extingue ao se esvair o

ND
objeto ou em decorrência do desaparecimento da pessoa atingida por ele. Exemplo:

SA
falecimento de servidor público que seria promovido.

5. Retirada: ato concreto do Poder público extintivo do ato anterior. Apresenta nas

S
LE
seguintes hipóteses:

-A
5.1 Anulação ou invalidação

Trata-se da retirada do ato ilegal do mundo jurídico, apagando todos os efeitos por ele

72
produzidos, como se esse ato não tivesse sido praticado. A competência para anular o

32
ato administrativo ilegal pertence à própria administração e ao poder judiciário. A

35
anulação do ato produz efeitos ex tunc, ou seja, efeitos que retroagem a data da origem
do ato, aniquilando todos os efeitos até então produzidos.

01
85
CUIDADO: A anulação dos atos que decorram efeitos favoráveis, para os destinatários
deve ser realizada no prazo de 05 anos – nos termos do artigo 54, da Lei 9784/99 –
-8
exceto – se comprovada má fé.
S

Em situações excepcionais, os atos nulos podem ter seus efeitos mantidos por meio da
JO

aplicação da TEORIA DA APARENCIA, TEORIA DA CONVALIDAÇÃO ou Princípio da


AN

Proteção à confiança. Destaca-se que se trata de entendimento doutrinário recente no


sentido de que a anulação de atos unilaterais ampliativos, desde que comprovada a boa-
S

fé do beneficiário, terá efeitos ex nunc. Trata-se de hipótese que ainda gera discussão.
DO

Exemplo: servidor nomeado para um cargo de provimento efeito sem prévia aprovação
em concurso público, portanto, nomeação é nula. Os atos praticados por esse agente,
AU

que estava atuando na máquina pública com aparência de legalidade, possuem vício de
SL

competência que será convalidado. Nessa medida, não haverá devolução dos salários
do agente, sob pena de enriquecimento da Administração Pública. É um caso de
DI

anulação que gera efeitos ex nunc.


LA

A anulação configura ato administrativo constitutivo que deve ser realizado através de
RA

processo administrativo prévio, em que se respeite o contraditório e ampla defesa,


sempre que a anulação puder gerar prejuízos na esfera individual dos particulares.
D
AN

38
S
ES
AL
RA
IMPORTANTE: A administração pode anular seus atos de oficio ou a requerimento do

ND
interessado. Contudo, o Poder Judiciário só pode anular Atos Administrativos se for

SA
provocado.

Em geral não indeniza, exceto se comprovado que a anulação implica em dano anormal

S
LE
ao particular que agiu de boa-fé, admite-se o pagamento da indenização.

-A
Limites do dever de anular:

A anulação não será realizada quando ultrapassado o prazo decadencial legal, quando

72
houver consolidação dos efeitos do ato e quando houver possibilidade de convalidação

32
(vício sanável).

35
Convalidação = desde que não cause prejuízo a terceiros, havendo nulidade relativa, o

01
ato praticado poderá ser convalidado. Neste sentido, são requisitos de convalidação:

85
A) A convalidação não deve desencadear lesão ao interesse público e nem a terceiros;
-8
B) O ato deve possuir defeitos sanáveis – passíveis de convalidação – vícios relativos
nos elementos forma e competência.
S
JO

Se vício no objeto, motivo e finalidade, são insanáveis. A convalidação gera efeitos ex


tunc
AN
S
DO

Não podem ser objeto de convalidação os atos:

1 – Ato com vícios nos elementos objeto, motivo e finalidade.


AU

2 – Possuem defeitos graves nos elementos competência e forma que são insanáveis e
SL

cuja convalidação possa causar lesão ao interesse público.

3 – Quando a convalidação possa gerar prejuízos a terceiros.


DI
LA

4 – Quando tratar-se de defeitos graves.


D RA
AN

39
S
ES
AL
RA
5.2 Revogação

ND
Cabível quando o ato é lícito, contudo, é inconveniente ou inoportuno. Na revogação, o

SA
ato é legal, contudo, não foi a melhor escolha dentro daquela pequena margem de
liberdade que a lei conferiu ao administrador público. A revogação gera efeitos ex nunc,

S
LE
ou seja, os efeitos jurídicos até então gerados pelo ato revogado devem ser preservados.

-A
A competência para revogar pertence a Administração, sendo que o Poder Judiciário não
possui tal competência.

72
A doutrina majoritária nega o efeito repristinatório do ato administrativo, ou seja, a

32
revogação do ato revocatório não ressuscita o primeiro ato revogado.

35
Na revogação, será editado um novo ato, denominado ato revocatório, para extinguir o

01
ato anterior. Destaca-se que a competência para revogar o ato administrativo é

85
irrenunciável e intransmissível. É impossível revogar a anulação.
-8
5.3 Cassação

Quando o particular beneficiado pelo ato deixa de cumprir os requisitos para


S
JO

permanência da vantagem conferida pela Administração. Exemplo: cassação da carteira


de habilitação veicular em decorrência do excesso de multas.
AN

5.4 Caducidade: extinção em razão de lei superveniente que impede a manutenção do


S

ato inicialmente editado.


DO

5.5. Contraposição (derrubada): Outro ato de efeitos opostos ao ato original é praticado,
extinguindo ato anterior. Exemplo: ato de nomeação de servidor público é extinto com o
AU

ato de exoneração do mesmo.


SL

Intervenção na Propriedade
DI
LA

O Estado tem se mostrado preocupado com o bem-estar da sociedade. Para dar


andamento a este propósito, é necessário que o Poder Público intervenha para conciliar
RA

o que é de interesse particular em prol da coletividade, garantindo condições de


segurança e sobrevivência, e criando restrições por intermédio de diversas modalidades
D
AN

40
S
ES
AL
RA
que estão previstas no Direito.

ND
SA
Atente principalmente para as modalidades de intervenção na propriedade:

S
▪ Servidão administrativa / pública

LE
▪ Requisição administrativa

-A
▪ Tombamento
▪ Desapropriação

72
▪ Limitação administrativa

32
▪ Ocupação temporária / provisória

35
Dentre as destacadas acima, reforçaremos as mais relevantes para a prova da OAB:

01
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA:
85
- Atuação geral e abstrata do Poder Público. O proprietário é indeterminado. Regra Geral:
-8
Não há indenização.
S

- Finalidade: Busca do bem-estar social, que será buscado através do Poder de Polícia,
JO

quando a propriedade do particular será restringida p/ satisfazer o interesse coletivo. Atinge


AN

o caráter absoluto da propriedade, já que restringe a liberdade do proprietário.

- Efeitos: ‘Ex nunc’, para o futuro, não atingindo situações já formadas.


S
DO

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA:
AU

- Utilização do patrimônio do particular pelo Estado para prestar serviço público. Regra: É
SL

individual, concreta e com proprietário determinado. - Relação de Dominação: O Serviço


DI

Público é o Dominante, e a propriedade do particular á o Serviente. Há a dominação do


LA

serviço público sobre um bem.

OBS: Diferente da Servidão no Direito Civil, onde há a dominação de um bem sobre outro
RA

bem.
D

Indenização: Só se houver dano efetivo.


AN

41
S
ES
AL
RA
OBS: Jurisprudência: Fios de alta tensão impedem o exercício da propriedade, portanto

ND
não há servidão neste caso, e sim Desapropriação indireta

S SA
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA:

LE
Hipóteses mais comuns:

-A
- Uso do Patrimônio não edificado ao lado da obra pública para guardar os materiais da

72
obra.

32
- Para Evitar desapropriação desnecessária: quando o Poder Público ocupa o imóvel para
pesquisa de minérios e arqueologia, em havendo minérios ou objetos arqueológicos o poder

35
público desapropria a área.

01
Indenização: Se houver Dano - Indenização Ulterior.
85
-8

TOMBAMENTO (Decreto Lei 25/37):


S
JO

- Conservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico.


AN

Objeto: Tanto bens móveis, como os imóveis, inclusive os Bens Públicos.

- O Tombamento atinge o Caráter Absoluto da Propriedade.


S
DO

- Há corrente minoritária, liderada por José dos S.C. Filho sustentando que só é possível
haver tombamento de bem público quando guardada uma hierarquia, do mesmo modo que
AU

na desapropriação. Ex: A união pode tombar bens dos Estados e Municípios, os Estados
podem tombar bens dos Municípios.
SL
DI

Competência para Tombar:


LA

- Patrimônio de Interesse Nacional: União


RA

- Patrimônio de Interesse Regional: Estado


D

- Patrimônio de Interesse Local: Município.


AN

42
S
ES
AL
RA
ND
OBS: Pode haver tombamento de Bem da União por um Município, porque o que importa

SA
é o interesse, não a hierarquia, diferentemente da desapropriação.

S
OBS: Bem Público Tombado - Inalienabilidade Absoluta. Normalmente, os bens

LE
públicos são relativamente inalienáveis.

-A
72
DESAPROPRIAÇÃO

32
- Única forma de intervenção em que o Estado toma o direito de propriedade do antigo
proprietário.

35
01
- É forma de aquisição originária da propriedade, não há vínculo, nem relação jurídica com
o antigo proprietário, a vontade dele não interessa.
85
Objeto: Bens Móveis e Imóveis, inclusive os Bens Públicos. Defeito no Objeto: Vício no
-8
Objeto. Ex. Município desapropria bem da União.
S

Regra Geral: Todos os bens podem ser desapropriados.


JO

Exceção: Vedada a Desapropriação aos Direitos da Personalidade. Direitos autorais,


AN

direito á imagem, alimentos, direito à vida, não podem ser desapropriados.


S

Competência: Regra Geral - Todos os entes, a depender da órbita de interesse. Para Bens
DO

Públicos, respeita-se a hierarquia: União desapropria de Estados e Municípios; Estado


desapropria dos Municípios.
AU
SL

Intervenção Especial
DI

URBANA – Artigo 182, CF – Só pode ser feita pelo município


LA

RURAL – Artigo 184, CF – Só pode ser feita pela União


RA

Confisco/Expropriação - Artigo 243, CF – Só pode ser feita pela União


D
AN

43
S
ES
AL
RA
Bens Imóveis = Plantação de Psicotrópicos e Trabalho Escravo na forma da lei = serão

ND
expropriados sem direito a indenização. = Serão destinados a Reforma Agrária ou

SA
Programa de Habitação Popular.

Bem Móvel = Utilizado para o tráfico de drogas = destinado ao fundo especial de combate

S
LE
ao tráfico.

-A
Procedimento da Desapropriação

É permitida a desapropriação de Bem Público. A regra é que se respeite a “hierarquia

72
federativa”: A União pode desapropriar bem do Estado ou do Município. E o Estado só

32
desapropria do Município.

35
Precisa haver autorização legislativa.

01
85
Artigo 22, II, CF – A competência para legislar sobre a desapropriação é de competência
-8
exclusiva da União.
S

Fases
JO

- Declaratória – declara a utilidade pública e interesse social


AN

→ Quem tem legitimidade: União, Estados, Municípios e Distrito Federal tem competência
para declarar a utilidade pública e interesse social.
S
DO

→ Pode ser feita por meio de decreto ou por meio de lei de efeitos concretos. O bem já fica
sujeito a força expropriatória do Estado.
AU

Ingressar no Bem – de forma menos gravosa, para poder ingressar no bem para avaliar,
SL

medir, etc.

Fixação do Estado do Bem – O Estado determina que não faça mais nenhuma melhoria. O
DI

valor será pago da forma que ele se encontra. As benfeitorias e melhorias feitas após a
LA

declaração não serão consideradas para fins de indenização. Exceto: Benfeitorias


RA

necessárias (não dependem de autorização) e úteis, desde que tenham sido autorizadas –
Sumula 23 do STF.
D
AN

44
S
ES
AL
RA
Caducidade do Ato = Utilidade ou necessidade pública ela vai decair em 05 anos. Se for de

ND
interesse social ela decai em 2 anos.

SA
Pode ser feita uma nova declaração sobre o mesmo bem, após o período de carência de
01 ano, e dentro desse período o particular pode fazer o que quiser.

S
LE
→Enquanto não for feito o pagamento de indenização o bem ainda não é do Estado.

-A
72
- Executória – Paga uma indenização prévia, justa e em dinheiro.

32
→ Promover a desapropriação. Competência mais ampla. A execução pode ser feita
pelos próprios entes, mas também pode ser delegada a entidades da Administração

35
Indireta, Consórcios Públicos e as Concessionárias de serviço público, desde que haja

01
previsão em lei ou contrato.

Pode se dar de 2 formas:


85
-8
➔ Se houver acordo (com relação ao valor da indenização) pode ser realizado
S

de forma administrativa, não podendo o particular posteriormente requerer um


JO

valor maior via judicial.


➔ Se não houver acordo ocorre na via judicial, por meio da ação de
AN

desapropriação.
S

- Contribuinte é chamado para apresentar contestação = só é possível discutir


DO

aspectos processuais (vícios processuais), mas no mérito a única matéria de


defesa é o valor indenizatório. Juiz pode conceder uma liminar de imissão
AU

provisória na posse do bem (requerimento feito pelo Estado para já ingressar no


bem para dar a destinação pública no bem, fazendo uma declaração de urgência
SL

– feita no próprio decreto - (tem validade de 120 dias e não pode ser renovada) e
DI

deposita em juízo o valor incontroverso).


LA

- O proprietário tem o direito de levantar 80% do valor do depósito, e se levantar


100% do valor existe a presunção de que ele concorda com o valor levantado, e
RA

o juiz homologa o acordo. Se ele continuar discutindo o valor só pode levantar


80%.
D
AN

45
S
ES
AL
RA
- Com o transito em julgado ele se torna o proprietário do bem, pois o Estado só

ND
tinha a posse até esse momento.

SA
Importante: A lei 13867/2019 estabeleceu que a partir de agora, o proprietário poderá

S
também fazer a opção pela Arbitragem ou Mediação, indicando o particular, neste caso,

LE
a entidade especializada previamente cadastrada pelo órgão responsável pela
desapropriação. O proprietário tem prazo de 15 dias para informar se concorda ou não

-A
com o valor da indenização, pois caso se mantenha em silêncio, esse ato será

72
considerado rejeição.

32
35
Direito de Extensão = É admitida a desapropriação parcial. O Estado deixou uma área
remanescente que isoladamente não poderá ser reaproveitada. O proprietário tem direito

01
de exigir um aumento, uma extensão na área que será desapropriada, pois esse “pedaço”
85
deixado não tem como ser utilizado individualmente pode exigir a extensão. Ela pode ser
-8
questionada na própria contestação judicial.
S
JO

Desapropriação Indireta (Esbulho) = Invasão. O Estado invadindo o espaço do


AN

particular sem qualquer procedimento expropriatório. Surge o direito de o Particular pedir


a indenização, ainda que a invasão seja ilícita, prevalece o interesse público. Sumula 119
S

do STJ = 20 anos para ingressar com a ação (criada no CC anterior – 20 anos para ação
DO

de usucapião extraordinária) com a interpretação a luz do novo código civil – a prescrição


será da Usucapião – 10 anos.
AU
SL

Desapropriação por Zona = Vai executar uma obra, e decide desapropriar a zona
DI

vizinha. O decreto precisa dividir, e explicar que parte da desapropriação é para a obra,
LA

e tem que dizer qual é o pedaço que será por zona.

- Justificativa de posterior extensão da obra depois, por isso, precisa desapropriar por
RA

zona.
D

- A obra vai gerar uma supervalorização dos terrenos vizinhos.


AN

46
S
ES
AL
RA
Retrocessão = Surge o direito do proprietário nos casos de tredestinação ilícita, pois o

ND
Estado não deu a destinação pública. O ex-proprietário terá o direito de preferência. Se

SA
o Estado vender para outro particular.

Tredestinação – alteração na destinação do bem. Se mantém a destinação pública,

S
LE
mesmo que mude a finalidade específica do ato, mas mantém o interesse público é
possível, pois a lei autoriza = tredestinação lícita.

-A
72
Se não der uma destinação pública, chamaremos de tredestinação ilícita ou adestinação.

32
Conceito: Procedimento administrativo prévio, que antecede a contratação de bens e

35
serviços por parte da Administração Pública. = Artigo 37, XXI da CF.

01
85
Quem licita: Administração Pública Direta (U, E, DF e M) e Indireta (Autarquias,
-8
Fundações e Empresas Estatais).
S
JO

Competência
AN

Normas Gerais ➔ É da União - Artigo 22, XXVII da CF ➔ Lei 8666/93


S

Normas Específicas ➔ Competência concorrente.


DO

De acordo com o artigo 173, §1º, III da CF, compete a União elaborar o estatuto jurídico
da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias – Lei
AU

13.303/16.
SL
DI
LA

A Lei 10.520/02 estabelece normas gerais de licitações, para a modalidade pregão,


aplicando-se integralmente a todos os entes da Federação, e também as entidades
RA

administrativas. (DIRETA E INDIRETA).


D
AN

47
S
ES
AL
RA
Entidade Legislação

ND
Administração Direta, Lei 8666/93

SA
Autarquia e fundações
Primariamente: Lei 13.303/2016

S
Nos casos expressamente determinados pela

LE
Lei 13.303/2016, aplicar-se a Lei 8666/93,

-A
sendo:
Empresas Estatais (i) Critério de desempate

72
(ii) Disposições Penais

32
35
Nos demais temas, aplicar-se-á de forma
subsidiária a Lei 8666/93

01
Todas as Entidades para Lei 10.520/02, inclusive para empresas
contração de bens e 85
estatais, conforme determina o artigo 32, IV da
-8
serviços comuns – do Lei 13.303/2016.
dia a dia.
S
JO

IMPORTANTE:
AN

A regra é a realização de licitação para contratação com terceiros. Contudo, a legislação


S

poderá estabelecer situações de contratação direta, ou seja, de contratação sem


DO

licitação. Os casos estão disciplinados nos seguintes dispositivos:

Dispensa de Licitação (Rol Taxativo): Artigos 17 e 24 da Lei 8666/93.


AU

Inexigibilidade de Licitação (Rol Exemplificativo): Artigos 25 da Lei 8666/93.


SL
DI

Finalidade da Licitação (Artigo 3º da Lei 8666/93)


LA

A – Isonomia: Administração deve assegurar a todos igualdade de condições para que


RA

possam comprovar que atendem às exigências do poder público.


D
AN

48
S
ES
AL
RA
Atenção: Existe sim, por força constitucional, a possibilidade de privilégios para as micro

ND
e pequenas empresas (M.E – E.PP), em razão da LC 123/06.

SA
B – Proposta mais vantajosa: não necessariamente a de menor preço, pois os aspectos
de qualidade também são relevantes nas contratações. A licitação será julgada

S
LE
objetivamente, conforme os tipos de licitação (critérios de julgamento).

-A
➔ Menor Preço;
➔ Maior Lance;

72
➔ Melhor Técnica;

32
Melhor Técnica e Preço;

35
C – Desenvolvimento Nacional: Em alguns aspectos, flexibiliza o princípio da isonomia e
também apresenta um novo significado para o que seja “proposta mais vantajosa”. São

01
algumas decorrências desta finalidade a instituição de margem de preferência (art. 3º, §§
85
5º ao 10), a utilização de critérios de sustentabilidade em licitações.
-8
Princípios da Licitação (Artigo 3º da Lei 8666/93)
S

Os princípios são os postulados básicos, gerais, que orientam o administrador público na


JO

aplicação das disposições da Lei 8.666/1993.


AN

Quais são?
S

LIMPI Pro Julgamento Vinculado


DO

I - LIMPI: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Igualdade;

II - Pro: Probidade Administrativa;


AU

III - Julgamento: julgamento objetivo – Tipo de Licitação.


SL

De acordo com o artigo 44 da Lei 8666/93, no julgamento das propostas, a Comissão


DI

levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não


LA

devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por lei.


RA

IV - Vinculado: vinculação ao instrumento convocatório: Edital ou Carta Convite.


D
AN

49
S
ES
AL
RA
Exemplo: Lei estabelece um prazo de até 05 dias antes da licitação para que um não

ND
licitante impugne o Edital.

SA
Edital = Definir um prazo de até 03 dias antes da licitação.

S
Além desses, também se aplicam às licitações públicas alguns princípios implícitos, os

LE
mais importantes são:

-A
I - Competitividade;

72
II - Procedimento formal;

32
III - Sigilo das propostas

35
O Artigo 3º, §3º da Lei 8666/93 estabelece que a licitação não será sigilosa, sendo

01
públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo
das propostas, até a respectiva abertura dos envelopes (Classificação).
85
IV - adjudicação compulsória; (Proposta + Vencedor)
-8

O artigo 50 da Lei 8666/93 estabelece que a Administração não poderá celebrar o


S

contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros


JO

estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.


AN

(v) eficiência.
S

Apesar da Licitação ser um procedimento obrigatório, alguns sujeitos não podem


DO

licitar – Artigo 9º da Lei 8666/93

I - O autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; - NÃO SE APLICA


AU

AO RDC (REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO). L.12.462/11


SL

II - Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto


DI

básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou


detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador,
LA

responsável técnico ou subcontratado;


RA

III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.


D

Tipos de Licitação – Critério de Julgamento – Artigo 45, §1º da Lei 8666/93


AN

50
S
ES
AL
RA
Durante o procedimento de licitação, a administração pública precisa estabelecer no

ND
Edital os critérios objetivos para escolha da melhor proposta. A isso é chamado de Tipos

SA
de licitação:

I - Menor preço

S
LE
II - Melhor técnica

-A
III - Técnica e preço

72
IV - Maior lance ou oferta

32
SOMENTE a União pode criar novos critérios de julgamento, EXCETO, na modalidade
CONCURSO (Trabalho Técnico, Artístico ou Científico).

35
01
Caso durante a escolha, de acordo como critério estabelecido, houver empate, o Artigo
3º, §2º da Lei 8666/93, estabelece os critérios de desempate:
85
Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
-8
sucessivamente, aos bens e serviços:
S

I) produzidos no País;
JO

II) produzidos ou prestados por empresas brasileiras.


AN

III) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no


S

desenvolvimento de tecnologia no País.


DO

IV) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de


cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
AU

Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.


SL

Importante: Se após a aplicação de todos os critérios, os licitantes permanecerem


DI

empatados, será realizado sorteio, nos termos do art. 45, §2º da Lei de Licitações.
LA

Os critérios de desempate do art. 3º, § 2º, da Lei de Licitações, se aplicam às licitações


regidas pela Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais), por expressa determinação desta Lei –
RA

Artigo 55, II da Lei 13.303/16.


D

CUIDADO: Na modalidade RDC, existem outros critérios de desempate.


AN

51
S
ES
AL
RA
Caso envolva Micro Empresa ou Empresa de Pequeno Porte, a Lei Complementar

ND
123/06, determina em seu artigo 44, que:

SA
I – Será considerada empatada aquela proposta de M.E e E.P.P. em até 10% superior à
proposta mais bem classificada.

S
LE
II – Na modalidade de pregão, o percentual será de até 5% superior ao melhor preço.

-A
Caso a M.E ou E.P.P. apresente proposta de preço inferior àquela considerada
vencedora do certame, esta se consagrará vencedora, conforme estabelece o artigo 45

72
da LC 123/06.

32
Procedimentos Iniciais para Licitar

35
O Art. 7º da Lei 8666/93, estabelece que as licitações para a execução de obras e para

01
a prestação de serviços obedecerão à seguinte sequência:
85
I - projeto básico (Definição realizada pelo artigo 6º, IX da Lei 8666/93 = conjunto de
-8
elementos necessários e suficientes, para caracterizar a obra ou serviço, elaborado com
base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que asseguram a viabilidade
S
JO

técnica);

II - projeto executivo (Definição realizada pelo artigo 6º, X da Lei 8666/93 = conjunto de
AN

elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as


S

normas pertinentes da ABNT);


DO

III - execução das obras e serviços.

O § 1º estabelece ainda que a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida


AU

da conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas


SL

anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido


concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado
DI

pela Administração.
LA

Importante
RA

A contratação de ‘serviços técnicos profissionais especializados’ pode ocorrer por várias


D

formas, conforme exemplos a seguir:


AN

52
S
ES
AL
RA
A - inexigibilidade: nesse caso, além de ser um serviço técnico, deverá ser de natureza

ND
singular e terá quer prestado por empresa de notória especialização, nos termos do art.

SA
25, II e § 1º, da Lei 8.666/93;

B - modalidade concurso: é a modalidade de licitação preferencial, mas não obrigatória,

S
LE
para a contratação de serviços técnicos (art. 13, § 1º; c/c art. 22. § 4º);

-A
C - outras modalidades: é possível também adotar a concorrência, tomada de preços ou
convite, desde que observados os limites de valores. Nesse caso, admite-se o emprego

72
dos tipos de licitação de melhor técnica ou de técnica e preço, nos termos do art. 46,

32
caput, da Lei de Licitações.

35
O sistema de registro de preços – SRP é conjunto de procedimentos para registro formal
de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações

01
futuras (Decreto 7.892/2013, art. 2º, I).
85
No âmbito federal, o SRP é regulamentado pelo Decreto 7.892/2013. O SRP poderá ser
-8
adotado nos seguintes casos (Decreto 7.892/2013, art. 3º):
S

Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses:
JO

I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações


AN

frequentes;
S

II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou


DO

contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;

III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para


AU

atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou


SL

IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo
a ser demandado pela Administração.
DI
LA

FASES DA LICITAÇÃO – Artigo 38 da Lei 8666/93

FASE INTERNA
RA

A - Criação da Comissão para Licitar – Artigo 51 da Lei 8666/93.


D
AN

53
S
ES
AL
RA
Essa comissão é designada para realizar os trâmites do procedimento licitatório. Deverá

ND
ser composta por no mínimo 03 membros, sendo que 02 deles devem ser servidores

SA
qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
responsáveis pela licitação. A comissão poderá ter natureza especial (temporária) ou

S
permanente (fixa).

LE
Não é admita a recondução de todos os membros a cada ano, por isso, deverá ocorrer a

-A
modificação de pelo menos 01 membro. Entre eles a responsabilidade será solidária,
salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada

72
em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

32
B – Criação do Edital da Licitação – Artigo 21 da Lei 8666/93

35
Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços,

01
dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada,
85
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez em:
-8
I - Diário Oficial
S

II - jornal diário de grande circulação no Estado (Resumo com as principais informações).


JO

CUIDADO: A MP 896/2019 – ADI 6229 – Suspendeu os efeitos da MP.


AN

C – Definição da Modalidade para Licitar – Artigo 22 da Lei 8666/93 (Procedimento


S

Adotado)
DO

I - concorrência;

II - tomada de preços;
AU

III - convite;
SL

Regra: Valor da Licitação


DI

IV – concurso → Contratação de serviços técnicos, artísticos e científicos.


LA

V – leilão. → alienação de bens.


RA

Modalidade é o procedimento, ou seja, a forma da organização das fases da licitação


D

pública. A concorrência, a tomada de preços e o convite são modalidades que, em regra,


AN

54
S
ES
AL
RA
são definidas conforme o valor estimado da contratação. O concurso e o leilão, por

ND
outro lado, são definidos conforme o objetivo da contratação:

SA
Além dessas modalidades, existem outras que não constam na Lei 8.666/93, quais sejam

S
1) Pregão (Lei 10.520/2002) – contratação de bens ou serviços comuns;

LE
2) Consulta (Lei 9.472/1997) – modalidade aplicável apenas às agências reguladoras

-A
3) Regime diferenciado de contratações públicas (RDC) (Lei 12.462/2011): inicialmente,

72
foi implementado para as contratações de infraestrutura dos grandes eventos esportivos
(Olímpiadas, Copa do Mundo, etc.), depois acabou sendo ampliado para diversos tipos

32
de contratações, como as obras do SUS, construção de estabelecimentos penais, ações

35
de segurança pública, obras nos sistemas públicos de ensino, etc.

01
O Artigo 22, § 8º da Lei 8666/93 determina que é vedada a criação de outras modalidades
85
de licitação. Isso não impede, todavia, que a União crie novas modalidades em razão da
-8
sua competência para estabelecer normas gerais de licitação.

A modalidade concorrência é a mais complexa e, por isso, pode ser adotada para
S
JO

qualquer valor e objeto de contratação. Contudo, a partir de R$ 3,3 milhões ou R$ 1,43


milhão (demais bens e serviços), respectivamente, para obras e serviços de engenharia,
AN

ela passa ser obrigatória.


S

O Artigo 23, § 4º da Lei 8666/93 determina que nos casos em que couber convite, a
DO

Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

É a famosa regra do “quem pode mais, pode menos”. A modalidade mais complexa
AU

abrange as situações das modalidades mais simples. Por exemplo: uma compra de R$
150 mil pode ser promovida pelo convite, mas também pode ser realizada para tomada
SL

de preços ou até mesmo pela concorrência.


DI
LA

Foi publicado 19.06.2018 o Decreto nº 9.412/2018, que atualiza os valores limite de três
modalidades de licitação – convite, tomada de preços e concorrência. Os valores
RA

alterados na Lei nº 8.666/1993 foram reajustados em 120 %, que correspondem à


metade do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de maio de 1998
D
AN

55
S
ES
AL
RA
a março de 2018. Além da atualização de acordo com a inflação, a medida visa aprimorar

ND
a gestão pública. Os novos valores terão como resultado procedimentos de compras

SA
menos onerosos, considerando-se o custo indireto de uma licitação em relação aos
valores dos bens e contratações que são objeto dessas modalidades de licitação.

S
LE
Os valores estabelecidos ficam atualizados da seguinte forma:

-A
▪ Para obras e serviços de engenharia na modalidade convite até R$ 330 mil;

72
tomada de preços até R$ 3,3 milhões e concorrência acima de R$ 3,3 milhões.

32
▪ Compras e serviços na modalidade convite até R$ 176 mil; tomada de preços até

35
R$ 1,43 milhão e concorrência acima de R$ 1,43 milhão.

01
85
-8
S
JO
AN
S
DO
AU

Contratações por meio de dispensa de licitação também foram atualizadas. Nesse caso,
SL

os valores máximos são de R$ 33 mil para obras e serviços de engenharia e R$ 17,6 mil
para as demais licitações. Os limites correspondem a 10% do previsto na modalidade
DI

convite, conforme estabelece a Lei de Licitações, no artigo 24. O Decreto nº 9.412/2018


LA

se aplica a todos os entes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios),


uma vez que cabe à União, exclusivamente, legislar sobre normas gerais de licitação e
RA

contratação.
D
AN

56
S
ES
AL
RA
FASE EXTERNA

ND
1) – Publicação do Edital

SA
Em Diário Oficial do órgão e também em Jornal de Grande Circulação.

S
O acesso ao Edital deve ser gratuito.

LE
De acordo com o que estabelece o artigo 41, §1º da Lei 8666/93: Qualquer cidadão é

-A
parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade, devendo protocolar o

72
pedido até 5 dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação,
devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis,

32
sem prejuízo da faculdade prevista no artigo 113, §1º da Lei 8666/93 – Trata da

35
possibilidade de apresentar representação ao Tribunal de Contas e ao controle interno

01
(Auto Tutela).

85
Atenção: O Tribunal de Contas não tem competência para sustar contratos
-8
administrativos. De acordo com o Artigo 71, §1º da Constituição Federal a sustação da
execução do contrato deve ser solicitada ao Congresso Nacional, que deverá deliberar
S

em noventa dias. Somente após escoado o prazo, sem manifestação do Congresso


JO

Nacional, é que o TCU poderá decidir a respeito.


AN

O Artigo 41, §2º da Lei 8666/93 estabelece que decairá do direito de impugnar os termos
do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo
S

dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a


DO

abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso,


ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese
AU

em que tal comunicação não terá efeito de recurso.


SL
DI

2) – Habilitação – Artigo 27 da Lei 8666/93.


LA

Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente,


RA

documentação relativa a:

I - habilitação jurídica;
D
AN

57
S
ES
AL
RA
II - qualificação técnica;

ND
III - qualificação econômico-financeira;

SA
IV – regularidade fiscal e trabalhista;

S
V – Não exploração de trabalho de menor - XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.

LE
A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases

-A
subsequentes (art. 41, § 4º), ou seja, o licitante não poderá prosseguir na licitação.

72
Cabe recurso, no prazo de cinco dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura

32
da ata, no caso de indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua
alteração ou cancelamento (art. 109, I, “a” – Lei 8666/93).

35
01
O Artigo 48, §3º da Lei 8666/93 estabelece que quando todos os licitantes forem
inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas (FRACASSADA), a
85
administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação
-8
de nova documentação ou de outras propostas, facultada, no caso de convite, a redução
deste prazo para três dias úteis.
S
JO

IMPORTANTE:
AN

Os arts. 42 ao 48 da Lei Complementar 123/2006 tratam das preferências que devem ser
concedidas às microempresas – ME e empresas de pequeno porte – EPP.
S
DO

Resumidamente, a legislação prevê as seguintes preferências para ME e EPP nesta fase


de Habilitação:
AU

I) comprovação da regularidade fiscal e trabalhista apenas p/ assinatura do contrato;


Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será
SL

assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo terminal inicial corresponderá ao momento
DI

em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período,
LA

a critério da administração pública, para regularização da documentação, para


pagamento ou pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais
RA

certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.


D
AN

58
S
ES
AL
RA
II) licitação exclusiva para ME e EPP, para os itens até o valor de R$ 80 mil (A princípio,

ND
o Decreto 9.412/2018 não atualizou os valores da licitação exclusiva, uma vez que a Lei

SA
Complementar 123/2006 cita o valor de R$ 80 mil expressamente)

III) poderá exigir subcontratação de ME e EPP em obras e serviços.

S
LE
O artigo 48 da LC 123/2006, estabelece que a administração pública deverá realizar

-A
processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e
empresas de pequeno porte, nos itens de contração cujo valor seja de até R$ 80.000.

72
Contudo, essa regra não será válida quando não houver um mínimo de 03 fornecedores

32
competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte
sediados no local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas

35
no instrumento convocatório.

01
3) Classificação – Artigo 43 a 48 da Lei 8666/93
85
No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos
-8
definidos no edital ou convite, os quais não devem contrarias as normas e princípios
S

estabelecidos por essa lei. O julgamento deverá ser realizado em conformidade com os
JO

tipos de licitação, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos
de controle.
AN

Nos casos de empate entre duas ou mais propostas, ocorrerá sucessivamente:


S

Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,


DO

sucessivamente, aos bens e serviços:


AU

I) produzidos no País;

II) produzidos ou prestados por empresas brasileiras.


SL

III) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no


DI

desenvolvimento de tecnologia no País.


LA

IV) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de


RA

cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
D
AN

59
S
ES
AL
RA
Importante: Se após a aplicação de todos os critérios, os licitantes permanecerem

ND
empatados, será realizado sorteio, nos termos do art. 45, §2º da Lei de Licitações.

SA
De acordo com o artigo 109, da Lei 8666/93, dos atos administrativos decorrentes da
aplicação da lei cabe recurso no prazo de 05 dias, com efeito suspensivo, conforme §2º

S
LE
do artigo 109. Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão
impugná-lo no prazo de 05 dias úteis.

-A
Cuidado: Na modalidade Carta-Convite o prazo será de dois dias úteis.

72
4) Homologação – Artigo 49 da Lei 8666/93

32
A autoridade competente para aprovação do procedimento somente poderá revogar a

35
licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente

01
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por

85
ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e
devidamente fundamentado.
-8

Regras:
S
JO

I - deve ser precedido de contraditório e ampla defesa (art. 49, § 3º), mas o STJ entende
que, no caso de revogação, não é necessário conceder o contraditório se o desfazimento
AN

ocorrer antes da homologação e adjudicação.


S

II - depende de despacho fundamentado circunstanciadamente (motivação) (art. 38, IX).


DO

III - Submete-se à recurso, no prazo de cinco dias úteis a contar da intimação do ato ou
da lavratura da ata (art. 109, I, “c”).
AU

Revogação Anulação
SL

Razões de interesse público – o Ilegalidade (vícios)


DI

fato deve ser superveniente (após a a nulidade da licitação induz à do


licitação); ou contrato
LA

Quando o convocado não assinar o


RA

contrato no prazo previsto (art. 64,


§ 2º).
D
AN

60
S
ES
AL
RA
sempre total (não pode revogar “só total ou parcial

ND
um ato” da licitação)

SA
não pode ser feita depois de poder ser feita até mesmo após a
assinado o contrato (preclusão) assinatura do contrato

S
LE
Importante: A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente

-A
impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de

72
desconstituir os já produzidos. A nulidade não exonera a Administração do dever de
indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for

32
declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contato, que não lhe seja

35
imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. – Artigo 59 da Lei

01
8666/93.

5) Adjudicação – Artigo 50 da Lei 8666/93 85


-8
Momento da declaração do vencedor. A administração não poderá celebrar o contrato
com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao
S

procedimento licitatório sob pena de nulidade.


JO

Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais


AN

manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato,
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento
S
DO

lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Se o licitante não assinar o contrato no prazo, a administração terá uma das seguintes
AU

opções (ato discricionário):


SL

I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual


prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado:
DI
LA

II - se o licitante aceitar, ele terá que prestar o contrato nas condições do licitante que
venceu a licitação, inclusive quanto ao preço; ou
RA

III - revogar a licitação


D
AN

61
S
ES
AL
RA
Artigo 64, §3 da Lei 8666/93 estabelece que decorridos 60 (sessenta) dias da data da

ND
entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados

SA
dos compromissos assumidos.

Se o vencedor da licitação for convocado dentro do prazo, ele será obrigado a assinar o

S
LE
contrato ou retirar o instrumento equivalente. Se não o fizer, estará sujeito às penalidades
legais.

-A
Por outro lado, os demais licitantes, quando convocados para assinar o contrato “no lugar

72
do vencedor”, não serão obrigados a assinar, já que, neste caso, a assinatura não seria
pelo valor das suas propostas. Se aceitassem, teriam que cumprir as obrigações “nas

32
mesmas condições propostas pelo primeiro classificado”.

35
Diferenças:

01
Na tomada de Preço: não há habilitação, pois eles já possuem cadastro – Artigo 22§2º
85
da Lei 8666/93. Em até 03 dias antes do início da licitação.
-8

Convite: Não há fase de habilitação, e os prazos de recurso são menores. Os recursos


S

devem ser propostos em 02 dias úteis. Se todos forem desclassificados, o prazo de


JO

readequação será de 03 dias úteis. Não há a publicação do edital. Artigo 22§3º da Lei
AN

8666/93

Mínimo 03 empresas já cadastradas = convidadas → Carta Convite.


S
DO

Leilão e concurso: regulamento próprio.

Pregão – Lei 10.520/02


AU

1 – Comissão: Não há comissão = Pregoeiro servidor público. = Menor Preço.


SL

2 - Inversão das etapas na fase externa do procedimento.


DI

A) Edital
LA

B) Classificação – julgamento
RA

Etapa intermediária: Lances Verbais = Requisitos:


D

1) 3 empresas devem ser chamadas.


AN

62
S
ES
AL
RA
2) Todas as empresas com preço mais alto em até 10% comparada a de

ND
menor preço.

SA
Exemplo:

S
A – R$ 10.000,00 ➔ R$ 11.000,00 R$ 1.000,00 ➔ R$ 1.100,00

LE
B – R$ 10.250,00 R$ 1.050,00

-A
C – R$ 10.380,00 R$ 1.120,00

72
D – R$ 10.650,00 R$ 1.280,00

32
E – R$ 10.880,00 R$ 1.390,00

35
F – R$ 11.1000,00 R$ 1.430,00

01
C) Habilitação – Conferência de documentos.

d) Adjudicação – nomeação do vencedor


85
-8

e) Homologação – Conferência dos atos.


S
JO

- Além da celeridade, o pregão busca o menor preço.


AN

- Os envelopes são selecionados para passar as melhores propostas, para fases de


S

lances verbais/orais.
DO

- Passa para os lances verbais, a melhor proposta, e todas as demais propostas que não
ultrapassem 10% da melhor proposta, sem limite máximo.
AU

- Existe apenas um limite mínimo de 03 propostas.


SL

- Se não for possível contratar o primeiro, chama o segundo para negociação do preço,
DI

não necessariamente será o mesmo preço do primeiro.


LA

- O pregoeiro já adjudica e depois homologa com a autoridade máxima do órgão.


RA

- No pregão não cabe recurso entre as fases do procedimento, sempre será no final de
tudo. Quando vai ter a adjudicação o pregoeiro pergunta se tem recurso. Tem que
D
AN

63
S
ES
AL
RA
recorrer na hora. Imediatamente informar se quer recorrer. Falando que quer recorrer,

ND
ele tem um prazo de 03 dias para elaborar e entregar as razões de recurso. Interposição

SA
imediata, e a entrega é em 03 dias.

S
LE
Regime Diferenciado de Contratação – Lei 12462/11

-A
1) Casos especiais de utilização – Artigo 1º

72
1.1 – Obras do SUS

32
1.2 – Construção de Centros Penitenciários + Segurança Público em geral.

35
1.3 – Obras de Infraestrutura;

01
1.4 – Obras relacionadas a ensino e pesquisas.

85
-8
2) Regras Diferenciadas
S

A) Tipos de Licitação – Artigo 18


JO

B) Direcionar o objeto da licitação - Artigo 7º


AN

C) Inversão das Fases - Artigo 12


S

D) Possibilidade da empresa que participou do Projeto básico também realize o projeto


DO

executivo – Opção de contratação for do tipo “Empreitada Integral”. – Artigo 9º.

E) Critérios de Desempate - Artigo 25


AU
SL

A Alienação de Bens Públicos, tem regras específicas! Artigo 17 da Lei 8666/93


DI

Alienar é transferir a propriedade de um bem, o que normalmente ocorre por intermédio


LA

da venda.
RA

Alienação Condicionada = Bem dominical SE preencher os requisitos.


D

Podemos resumir da seguinte forma as condições para alienar:


AN

64
S
ES
AL
RA
BENS IMÓVEIS

ND
A) Para a administração direta, autárquica e fundacional:

SA
I) interesse público devidamente justificado – Desafetação expressa;

S
II) avaliação prévia;

LE
III) autorização legislativa

-A
IV) licitação na modalidade concorrência (regra)

72
32
B) para as empresas estatais (entidades paraestatais)

35
I) interesse público devidamente justificado = Desafetação Expressa

01
II) avaliação prévia;
85
-8
III) licitação na modalidade concorrência (regra)

A modalidade de licitação para alienação de imóveis é a concorrência, mas existem


S

exceções:
JO

I - quando a origem do bem derivar de procedimento judicial ou de dação em pagamento,


AN

será possível alienar o bem imóvel por intermédio das modalidades concorrência ou
leilão (art. 19).
S
DO

II - as alíneas do art. 17, I, tratam da licitação dispensada para alienação de bens imóveis,
ou seja, nesses casos não será realizado procedimento licitatório, procedendo-se a
AU

alienação diretamente
SL

BENS MÓVEIS
DI

A alienação de bens móveis, qualquer que seja a entidade, dependerá das seguintes
LA

condições:

I) interesse público devidamente justificado = Desafetação expressa;


RA

II) avaliação prévia;


D
AN

65
S
ES
AL
RA
III) licitação na modalidade leilão.

ND
Artigo 17, §6º da Lei 8666/93 determina que para a venda de bens móveis avaliados,

SA
isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II,
alínea "b" (1,430m) desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão

S
LE
-A
Casos de Dispensa:

72
Licitação dispensável é aquela em que o legislador permite que o administrador opte
entre licitar ou contratar diretamente. Trata-se, portanto, de decisão discricionária da

32
autoridade competente - A relação de situações de licitação dispensável é taxativa

35
(exaustiva), ou seja, todos os casos constam expressamente no art. 24 da Lei de

01
Licitações.

85
-8
Exemplo:
S

- Licitação dispensável por baixo valor – Artigo 24, I e II;


JO

- Licitação deserta – Artigo V;


AN

- Situação de Urgência como Guerra, Calamidade Pública – Artigo 24, III e IV;
S

- Quando as propostas apresentarem preços manifestamente superiores aos praticados


DO

no mercado nacional – Artigo 24, VII.

Casos de Inexigibilidade
AU

É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


SL

A inexigibilidade ocorre quando há inviabilidade de competição, ou seja, não é possível


DI

realizar um procedimento competitivo em virtude das condições da situação (por


LA

exemplo: só houver apenas um fornecedor). A relação de situações de licitação inexigível


é exemplificativa, isto é, nem todos os casos constam expressamente no art. 25 da Lei
RA

de Licitações. Por isso que a lei utiliza a expressão “em especial”, dando um sentido de
mera exemplificação.
D
AN

66
S
ES
AL
RA
Envolve: Exclusividade ou Serviços Técnicos (Exceto publicidade e divulgação) ou Artista

ND
Resumindo...

SA
Hipóteses de Dispensa Hipóteses de

S
– Artigos 17 e 24 – Rol Inexigibilidade – Artigo

LE
Taxativo 25

-A
Razão do valor para Inviável a competição,
contração de até 10% do em especial:

72
valor mínimo do convite, I – Bem singular ou

32
exceto as Empresas fornecedor exclusivo
Estatais e Consórcios II – Serviços técnicos de

35
Públicos e Agencias natureza singular, com

01
Executivas, até 20% do profissional de notória
valor mínimo do convite 85
especialização.
pode ser dispensado. III – Artistas consagrados
-8
pela mídia, exceto
S

Situações Guerra, grave empresa publicidade.


JO

perturbação da ordem
AN

Situação de Urgência:
naquela situação não dá
S

tempo, desde que:


DO

- contrato diretamente
vinculado com a situação
AU

de urgência
- contrato não pode
SL

ultrapassar de 180 dias.


DI

Tem que contratar em no


LA

máximo 180 dias,


improrrogável.
D RA
AN

67
S
ES
AL
RA
Atenção: Nas hipóteses de contração direta, em sendo comprovado superfaturamento

ND
durante a execução contratual, haverá responsabilidade solidária do agente público e do

SA
prestador de serviço, conforme o artigo 25, §2º da Lei 8666/93.

S
LE
Tribunal de Contas e o Controle Externo

-A
Artigo 113 Lei 8666/93 + Artigo 71 da CF = Análise de Legalidade.

72
Sustação do contrato – Competência Privativa do Congresso Nacional, que SE não se
manifestar em até 90 dias, o TCU poderá decidir a respeito.

32
Lembrando: As decisões do TCU tem natureza de título executivo.

35
Mérito – conveniência e oportunidade não podem ser analisado no controle externo –

01
Viola a Separação dos Poderes – Artigo 2º da CF.
85
Contrato Administrativo.
-8

1 – Cláusulas exorbitantes.
S
JO

A) Alteração do Contrato
B) Rescisão do Contrato
AN

C) Fiscalização do Contrato
D) Imposição de Penalidades
S
DO

Orçamento / Duração.

2 – Modalidades de Contrato
AU

A) Concessão Pública – L 8987/95 (Ler a apostila páginas 106 a 107)


SL

B) Parceria Público Privado – L 11.079/04 (Ler a apostila páginas 107 a 109)


Consórcio Público – L 11.107/05 (Ler a apostila páginas 109 a 110)
DI

C)
LA

Responsabilidade Administrativa e Civil de Pessoas Jurídicas pela prática de atos


RA

contra a Administração Pública – Lei 12846/13 (Lei anticorrupção)


D
AN

68
S
ES
AL
RA
I – Competência – Artigo 8º

ND
SA
A instauração e o julgamento do processo administrativo cabe:
(i) A autoridade máxima de cada órgão ou

S
(ii) entidade dos Poderes, que poderão agir de ofício ou mediante provocação.

LE
-A
II – Legitimados no processo – Artigo 2º

72
Pessoas Jurídicas nacionais ou estrangeira que responderão objetivamente (independe

32
de dolo ou culpa) pelos atos ilícitos previstos em lei.

35
Importante: Essa responsabilidade não exclui a possibilidade de responsabilização

01
individual de seus dirigentes – Artigo 3º
85
-8
Atenção: Pode ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica sempre que for
utilizada como abuso do direito para facilitar a prática dos atos ilícitos – Artigo 14
S
JO

III – Responsabilidade nas operação societárias (fusão, incorporação, cisão) – Artigo


AN

4º, §2º
S

Regra: a responsabilidade da sucessora está limitada a obrigação do pagamento de


DO

multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido.


AU

Se caso a empresa tiver controladas/controladora, essas serão responsáveis


solidariamente pela prático dos atos.
SL
DI

IV – Atos lesivos contra a Administração Pública – Artigo 5º


LA

a) práticas ilícitas;
RA

b) corrupção;
c) fraude em contratos;
D
AN

69
S
ES
AL
RA
d) simulação na criação de uma PJ para participar de licitação ou celebrar um contrato

ND
administrativo;

SA
e) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico financeiro dos contratos

S
LE
-A
V – Sanções – Artigo 6º - Podem ser aplicadas isoladamente ou cumulativamente:

72
I – Multa – até 20% sobre o faturamento bruto do último exercício financeiro – Até

32
60milhões – Artigo 6º, §4º

35
II – Publicação extraordinária da decisão condenatória: publicar a sentença em meios de

01
comunicação de grande porte, inclusive sites, e no próprio local da operação das
85
atividades da empresa, fixando um edital por no mínimo 30 dias de modo visível ao
-8
público.
S

OBS: sanções mais rígidas, como, por exemplo, perdimento de bens, interrupção total
JO

ou parcial das atividades, dissolução da PJ, proibição de receber incentivos/doações de


AN

entidades públicas, dependerão de ação judicial própria – Artigo 19.


S

VI – Processo Administrativo – Artigo 8º


DO

A – No âmbito do Poder executivo, terá competência concorrente a CGU e o chefe


AU

máximo do Poder/órgão;
B – Compete a CGU, processamento e julgamento dos atos.
SL

C – Apuração será feita por uma comissão composta por no mínimo 02 servidores
DI

estáveis – Artigo 10
LA

Importante: Pode durante o curso das investigações ser requerido medidas judiciais
RA

necessárias para a investigação, como, por exemplo, busca e apreensão de documentos,


objetos. – Artigo 10, §1º.
D
AN

70
S
ES
AL
RA
D – Prazo para conclusão do processo é de até 180 dias, podendo ser prorrogado de

ND
forma motivada – Artigo 10, §3º.

SA
E – Relatório da comissão precisa ser conclusivo motivando as sanções.
F – Defesa do acusado será realizada em até 30 dias, contados a partir da intimação –

S
Artigo 11

LE
-A
Ao final do julgamento, a comissão dará ciência ao Ministério Público para apuração de
eventuais delitos – Artigo 15

72
32
Acordo de Leniência – Artigo 16

35
A – Competência: autoridade máxima de cada órgão e a CGU – Artigo 16, §10. A

01
Administração Pública também pode celebrar os acordos com a PJ pela prática dos
85
ilícitos previstos na Lei 8666/93 para diminuir as sanções previstas – Artigo 17.
-8

B – Benefícios do Instituto: Identificação dos envolvidos e também a obtenção de


S

documentos e informações que comprovem o ilícito de forma mais rápida.


JO
AN

C – Requisitos para o acordo (§1º):


C.1 – A PJ envolvida deve ser a primeira a se manifestar;
S

C.2 – A PJ deve cessar completamente seu envolvimento na prática do ato ilícito;


DO

C.3 – Admitir sua participação no ilícito comparecendo a todos os atos processuais.


AU

Atenção: Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito o investigado, cuja a


proposta de acordo de leniência tenha sido rejeitada - §7º.
SL
DI

Atenção2: O acordo de leniência pode ser estendido a outras empresas que integram o
LA

mesmo grupo econômico - §5º.


RA

Se descumprir o acordo não poderá realizar outro pelo prazo de 03 anos, contados da
data da ciência do descumprimento - §8º
D
AN

71
S
ES
AL
RA
ND
D) Benefícios para a PJ: isenção da sanção de divulgação da sentença; e da proibição

SA
de receber incentivos e doações de entidades públicas de 01 a 05 anos, e poderá reduzir
em até 2/3 a multa aplicável, desde que repare integralmente o dano causado.

S
LE
Exemplo: a empresa gerou um dano de 500 mil reais. Foi na sentença condenada a

-A
ressarcir e pagar multa de R$ 2milhões. Neste caso poderá ser reduzido em 2/3 o valor
da multa, pois compensará o prejuízo causado que foi de 500 mil.

72
32
Será criado um Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP – Artigo 22

35
E) Prescrição: 05 anos as infrações previstas na lei, contados da data da ciência da

01
infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, contados da data que tiver
cessado – Artigo 25 85
-8

Importante
S
JO

(i) Na esfera administrativa a responsabilidade da PJ não afasta a possibilidade de sua


AN

responsabilização na esfera judicial – Artigo 18


S

(ii) A União, Estados, DF e Municípios, por meio de suas respectivas advocacias


DO

públicas, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das
seguintes sanções: - Artigo 19
AU

a) perdimento de bens, direitos ou valores;


SL

b) suspensão ou interdição parcial ou total de suas atividades;


DI

c) dissolução compulsória da PJ.


LA

(iii) Essas mesmas entidades/órgãos poderão requerer a indisponibilidade de bens,


RA

direitos ou valores, necessários a garantia do pagamento da multa ou da reparação


integral do dano. – Artigo 19, §4º e Artigo 7º.
D
AN

72
S
ES
AL
RA
ND
SA
Sistema de Registro de Preços – SRP – Artigo 15, II da Lei 8666/93 e Artigo 11 da
Lei 10.520/02

S
LE
-A
Conceito: é um sistema de contratação não convencional, pois ao invés da assinatura
do contrato, haverá a assinatura de uma ATA de Registro de Preço.

72
32
A Administração com base em uma estimativa de consumo, realizará o processo

35
licitatório, na modalidade CONCORRÊNCIA ou PREGÃO, devendo a empresa
vencedora, garantir a entrega do bem/serviço dentro do prazo avençado, com as

01
condições da proposta vencedora.
85
-8
Prazo de validade da ATA de Registro: máximo 1 ano, podendo ser inferior conforme
previsto no edital de convocação – Artigo 15, §3º, III da Lei 8666/93
S
JO

Importante: A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as


AN

contratações que serão necessárias, sendo lhe facultada a realização de outra licitação,
assegurando apenas a preferência do preço registrado em igualdade de condições.
S
DO

Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar o preço constante no quadro geral em
razão da incompatibilidade com o preço vigente no mercado - Artigo 15, §6º, Lei 8666/93
AU

As compras e contratações de bens e serviços comuns, quando efetuadas pelo sistema


SL

SRP poderão adotar a modalidade pregão. – Artigo 11 da Lei 10520/02


DI
LA

Contratos Administrativos – Artigo 54 da Lei 8666/93


D RA
AN

73
S
ES
AL
RA
Contrato é uma manifestação bilateral de vontade, uma vez que disciplina a vontade

ND
tanto da administração como do terceiro que com ela contrata.

SA
Contrato administrativo, por sua vez, é o ajuste firmado entre a administração pública,
agindo na qualidade de poder público, e terceiros, sob regime predominante de direito

S
LE
público = Cláusulas Exorbitantes

-A
Formalização do Contrato – Artigo 60 da Lei 8666/93

Regra: Lavrado na própria repartição pública

72
Exceto: Direitos reais sobre imóveis: cartório de notas

32
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos

35
respectivos créditos orçamentários.

01
O prazo de duração do contrato em regra depende do respectivo crédito orçamentário,
porém a lei trabalha com algumas exceções.
85
-8
Importante, só pode prorrogar, de acordo com as hipóteses do parágrafo 1º. Não pode
S

contrato sem prazo; Artigo 57, §3º da Lei 8666/93.


JO

O Regime Jurídico, permite em razão das Cláusulas Exorbitantes, permite: - Artigo 58 da


AN

Lei 8666/93:

I - alteração unilateral (art. 65) = Possibilidade da Administração Pública alterar o


S
DO

contrato, sem acordo do contratado.

Pode alterar a QUANTIDADE e a QUALIDADE do objeto.


AU

Limites com relação a quantidade – 25% - Se for obras até 50%.


SL

II - rescisão unilateral (arts. 78 e 79, I)


DI

Culpa do CONTRATADO = Caducidade ➔ contratado indeniza a Adm.


LA

Culpa do CONTRATANTE = Encampação. ➔ Adm. Indeniza o contratado.


RA

SEMPRE precisa garantir o contraditório e a ampla defesa.


D

III - fiscalização (arts. 67 e 68)


AN

74
S
ES
AL
RA
Agente público para acompanhar a execução do contrato, inclusive o pagamento de

ND
verbas:

SA
a) trabalhistas: Não há responsabilidade da Adm. Pública.

S
b) Previdenciárias: Há responsabilidade é solidária da Adm. Pública com o Contratado.

LE
Importante: Art. 71 da Lei 8666/93: O contratado é responsável pelos encargos

-A
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

72
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu

32
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso

35
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.

01
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos
85
previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº
-8
8.212, de 24 de julho de 1991.

IV - aplicação de sanções (arts. 86 a 89)


S
JO

a) advertência;
AN

b) multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a


S
DO

Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos.

d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública


AU

enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a


reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
SL

sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após


DI

decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.


LA

Não há uma gradação estabelecida para aplicação de penalidades, pois podem ser
aplicadas discricionariamente pela Administração, sem a necessidade de aplicação de
RA

uma penalidade mais leve antes da mais grave, porém a sanção administrativa deve ser
D

sempre adequada a gravidade da infração cometida no caso concreto.


AN

75
S
ES
AL
RA
Importante

ND
i)SEMPRE garantindo o contraditório e ampla defesa – 5º, LV da CF.

SA
ii) Competência para aplicação da sanção – 87, §3º da Lei 8666/93.

S
iii) Garantir a Razoabilidade e a Proporcionalidade.

LE
V - ocupação provisória no caso de serviços essenciais (arts. 86 a 88)

-A
Deriva do Princípio da Continuidade – Artigo 6º, §3º da Lei 8987/95.

72
Regras:

32
a) Independe de procedimento administrativo prévio.

35
b) Após a ocupação, ela terá um prazo de 30 dias para instaurar o Processo

01
administrativo.
c) 85
Depois de instaurado, possui um prazo de 180 dias para finalizar a
ocupação temporária.
-8

No total a ocupação temporária pode durar até 210 dias= 30+180


S
JO

VI - exigência de garantia (art. 56)


AN

Garantia prévia (financeira), de que o Contratado vai executar o serviço/obra.

Formas de Garantia: Seguro Garantia OU Fiança Bancária.


S
DO

% de Garantia: no máximo até 10% do valor do contrato (§3º)

VII - restrição à oposição da exceção do contrato não cumprido (art. 78, XV)
AU

Inadimplemento deve ser superior há 90 dias.


SL

Teoria da Imprevisão
DI

Caso Fortuito ou força Maior: Eventos da Natureza ou de Terceiros, imprevisível e


LA

inevitável.
RA

Fato do Príncipe: Atos gerais do Estado que oneram o contrato de forma direta/indireta.
D
AN

76
S
ES
AL
RA
Modalidades Importantes:

ND
SA
CONTRATO DE CONCESSÃO PÚBLICA – Lei 8987/95 + Artigo 175 da CF.

S
LE
Só há transferência da execução do serviço, a titularidade continua com o poder público,

-A
por isso, ele inclusive, cria as regras de prestação do serviço público.

72
Artigo 29, da Lei 8987/95:

32
I – Regulamentar o serviço público por meio das Agências Reguladoras (autarquias em

35
regime especial): ANEEL, ANA, ANATEL, ANAC.

01
II – Aplicar as penalidades. 85
-8

- O Poder Público pode outorgar a concessão de serviços públicos a um particular, mas


S

concessão não é uma outorga e sim uma delegação. A Delegação deve ser feita pelo
JO

Poder concedente, só o ente que possui a titularidade do serviço pode delegá-lo


AN

(União, Estados, DF e Municípios).


S

Só uma Pessoa Jurídica ou um Consórcio de Empresas podem receber a


DO

delegação. OBS: Não se admite concessão à Pessoa Física.


AU

Poder Concedente: U, E, DF ou M.
Concessionária: PJ ou Consórcio.
SL
DI

Formalização: Através de Contrato Administrativo, com necessidade de Licitação por


LA

Concorrência, a mesma da Lei 8.666/93, com algumas Peculiaridades (art.15, Lei


8987/95).
D RA
AN

77
S
ES
AL
RA
- Nessa licitação, além dos tipos de menor preço, melhor técnica e melhor técnica e

ND
preço, há o tipo da melhor tarifa p/ o usuário.

SA
Prazo: Determinado. O Prazo será fixado pela Lei que cuide do serviço concedido. É

S
possível a prorrogação do prazo dentro do limite máximo da lei, desde que esteja prevista

LE
essa possibilidade no contrato.

-A
72
Responsabilidade da Concessionária (art. 37, §6º da CF + Artigo 25 da Lei 8987/95):

32
- Regra: Responsabilidade Objetiva em face do usuário do serviço. Se o sujeito que sofrer

35
o dano não for usuário do serviço, a responsabilidade da concessionária será subjetiva,
baseada no dano civil.

01
OBS: A Responsabilidade do Estado é subsidiária e Objetiva pelos danos causados pela
Concessionária. 85
-8

Remuneração da Concessionária:
S
JO

Em regra, o Próprio usuário por meio do pagamento de tarifas.


AN

I) Tarifa dos Usuários: Política Tarifária (define o valor da tarifa, índice e data para
S

reajuste) está prevista no Procedimento Licitatório.


DO

II) Recursos Públicos: É uma faculdade do Administrador. Princípio da Modicidade: A


Faculdade que a Administração tem em alocar recursos públicos para a concessionária
AU

decorre desse princípio.


III) Receitas Alternativas: A Empresa busca outras atividades paralelas ao serviço
SL

público com o objetivo de baratear as tarifas. O Contrato deve prever essas receitas
DI

alternativas. = Receitas extraordinárias ou Fontes extras de recebimento.


LA

Exemplo: Concessionária de Rodovia → Placas de Publicidade.


Concessionária de Aeroporto → locação de espaço para lojas privadas.
RA

Artigo 11 da Lei 8987/95


D
AN

78
S
ES
AL
RA
Importante: Se a administração pública alterar, regras com relação ao

ND
pagamento/remuneração do contrato, deverá ocorrer uma compensação financeira, para

SA
garantir o equilíbrio econômico-financeiro.
Exemplo: isenção de pedágio para motocicletas realizada pelo Poder Concedente. –

S
Artigo 9, §4º da Lei 8987/95.

LE
-A
OBS: As tarifas podem ser diferenciadas de acordo c/a capacidade econômica do
usuário (Princípio da Isonomia Material).

72
32
Sub Contratação ou Sub Concessão dos Contratos Administrativos:

35
A Lei possibilita a sub concessão do contrato administrativo – Artigo 26 da Lei 8987/95

01
Condições para a Sub Concessão: 85
-8

I) Previsão no Edital ou no Contrato (um é parte integrante do outro).


S

II) A sub concessão só poderá ser de partes do contrato por meio de licitação.
JO

III) A Administração deverá anuir com a sub concessão, hipótese na qual irá analisar se
AN

a sub contratada preenche os requisitos para o contrato administrativo.


S

Extinção da Concessão: 35 da Lei 8987/95


DO

- Judicial: Quando o contratado não quer mais o contrato.


AU

- Consensual: por acordo ou Amigável.


- Ato Unilateral do Poder Público, que se subdivide em:
SL
DI

I) Encampação: O Poder Público extingue o contrato por razões de interesse público.


LA

Neste caso, há necessidade de indenização.


D RA
AN

79
S
ES
AL
RA
II) Caducidade: Extinção Unilateral do Contrato pela Administração por descumprimento

ND
de cláusula contratual por parte do particular. Neste caso, o particular deve indenizar o

SA
Estado.

S
III) Extinção por Anulação: Extinção em razão de ilegalidade na concessão.

LE
-A
Pontos Importantes

72
i) É possível a instituição da arbitragem para solucionar conflitos no contrato de

32
Concessão Pública – Artigo 23-A da Lei 8987/95

35
ii) Criação do Consórcio = o licitante vencedor, no caso de consórcio, por conveniência

01
e oportunidade da Administração Pública, seja obrigada a se constituir em empresa,
85
antes da assinatura do contrato – Artigo 20 da Lei 8987/95.
-8

iii) Pode na modalidade concorrência, nos contratos de concessão pública, ocorrer a


S

inversão das etapas da fase externa:


JO

Regra: Publicação do Edital / Habilitação / Classificação. – Artigo 18-A da Lei 8987/95.


AN

iv) Não necessariamente o serviço público por meio da concessão pública será realizada
S

de forma exclusiva por parte do CONTRATADO, ou seja, é possível que mais de uma
DO

empresa, preste simultaneamente o serviço público – Artigo 16 da Lei 8987/95.


AU

v) Manutenção e qualidade dos equipamentos na prestação do serviço público – Princípio


da ATUALIDADE – Artigo 6º, §§1º e 2º da Lei 8987/95.
SL
DI

CONTRATO – PARCERIA PÚBLICO PRIVADO (PPP) – Lei 11079/04


LA

Fundamento: Lei 11079/04.


D RA
AN

80
S
ES
AL
RA
A Concessão Especial é uma concessão comum com algumas peculiaridades, mas é,

ND
também, delegação de um serviço público.

SA
Neste contrato a Administração Pública em parceria, executa com o particular a
prestação do serviço público.

S
LE
Objetivos:

-A
- Buscar Dinheiro na iniciativa privada para custear necessidades públicas.

72
- Buscar eficiência da iniciativa privada.

32
- Modalidades de PPP’s:

35
Remuneração do Contrato – Artigo 2º da Lei 11079/04

01
I) Concessão Patrocinada: 85
-8

- Concessão comum em que haverá, necessariamente, tarifa do usuário + recursos


S

públicos (aqui o recurso público é indispensável, ao contrário da concessão comum). O


JO

Percentual de alocação de recursos públicos será previsto no contrato. Haverá um


AN

subsídio por parte da Adm. Pública, garantindo assim a modicidade.


Exemplo: zoológico de goiânia.
S

Importante: O subsídio por parte da Administração Pública pode ser de até 70% do valor
DO

da Tarifa – Artigo 10, §3º da Lei 11079/04


AU

II) Concessão Administrativa:


SL

A Administração será usuária direta ou indireta do serviço e realiza o pagamento integral


DI

da tarifa. Serve para a formação de infraestrutura. Ex. construção de presídios.


LA

Exemplo: limpeza de parques; administração de bem público.


D RA
AN

81
S
ES
AL
RA
OBS: Para ser concessão especial é necessária a presença de, pelo menos, 02

ND
elementos entre: Obra, serviço e fornecimento. Necessária também a presença de

SA
financiamento privado.

S
Características Próprias da Concessão Especial:

LE
-A
I) Financiamento Privado: Se não há financiamento privado, a concessão é comum.
II) Compartilhamento de riscos: A Responsabilidade entre Estado e Particular é

72
Solidária, diferente da concessão comum, onde a responsabilidade do Estado é

32
subsidiária. = Por meio de uma Sociedade de Propósito Específico – Artigo 9º Lei

35
11079/04

01
Atenção: A maioria do capital votante da SPE, será privado – Artigo 9º, §4º da Lei
11079/04. 85
-8
Vedações:
S

- Vedado Contrato com Prazo Inferior a 05 anos ou Superior a 35 anos – Artigo 5, I da


JO

Lei 11079/04
AN

- Vedado Contrato com Valor inferior a 10 milhões de reais – Artigo 2º, §4º, I da Lei
11079/04
S

- O Objeto da PPP tem que ser Caráter Misto (obra, serviço, fornecimento, pelo menos
DO

02 desses elementos devem estar presentes).


AU

Importante
SL

Na PPP o Poder de Polícia só poderá ser exercido pela Administração Pública – Artigo
DI

4º, III da Lei 11079/04.


LA

Formalidades:
D RA
AN

82
S
ES
AL
RA
- A PPP tem como vínculo jurídico o contrato, com necessidade de Licitação por

ND
Concorrência. OBS: A Concorrência poderá ser a concorrência comum da Lei 8.666/93,

SA
ou pode ser também uma concorrência com procedimentos invertidos e lances verbais
(não é pregão).

S
LE
CONSÓRCIO PÚBLICO - Lei 11.107/05.

-A
72
I) Partes e Personalidade

32
Somente os entes federativos = U, E, DF, M.

35
01
Atenção:

85
Associação Pública: Dotado de personalidade jurídica de Direito Público = regime de
-8
Autarquia = Artigo 6º, I da Lei 11.107/05
S
JO

Consórcio Público: Dotado de personalidade jurídica de Direito Privado = Direito Civil.


Artigo 6º, II da Lei 11.107/05
AN

Regra: U → E
S
DO

E→M
M→M
AU

A União só poderá se juntar com um Município SE seu estado membro fizer parte – Artigo
SL

1º, §2º da Lei 11.107/05.


DI

Exemplo: CISSGO ➔ Consórcio Intermunicipal de Saúde do Sudoeste Goiano.


LA
RA

II) Criação e Protocolo de Intenções


D
AN

83
S
ES
AL
RA
Artigo 3º Lei 11.107/05 ➔ Contrato após a aprovação do Protocolo de Intenções.

ND
Requisitos do Protocolo de Intenções – Artigo 4º da Lei 11.107/05.

SA
Após a aprovação do Protocolo de Intenções entre os entes consorciados, será

S
necessário a aprovação nas casas legislativas - Artigo 5º da Lei 11.107/05.

LE
-A
A partir do momento da sua criação o consórcio público poderá: outorgar concessão,
autorização de obras, estabelecer servidão. – Artigo 2º, §1º e §3º da Lei 11.107/05.

72
32
III) Saída do Consorciado

35
Artigo 11 da Lei 11.107/05 = dependerá de ato formal de seu representante, e os bens

01
destinados ao consórcio permanece, a não ser, que previsto de forma expressa a
reversão do patrimônio. 85
-8

Agentes Públicos
S
JO

Conceito: Todo aquele que atua em nome do Poder Público, mesmo que sem
AN

remuneração e transitoriamente.

Espécies:
S
DO

A) Agentes Políticos

B) Particulares em Colaboração
AU

C) Servidores Estatais
SL

Essa classificação doutrinária é adotada nas provas da OAB


DI

Vamos detalhar cada uma delas:


LA

Agentes Políticos: Atuam no exercício da função política.


RA

Exemplos: Mandato Eletivo, Secretários e Ministro de Estado.


D
AN

84
S
ES
AL
RA
Importante: A doutrina se manifesta para incluir os Magistrados e Membros do Ministério

ND
Público como Agentes Públicos.

SA
Os Defensores Públicos não são considerados agentes políticos, e os membros do
Tribunal de Contas são considerados agentes administrativos.

S
LE
Particulares em colaboração: Todos os agentes atuando em colaboração com a

-A
Administração Pública, através de atividades como cartórios, jurados, mesários, e até
mesmo voluntários.

72
Servidores Estatais: Também chamados de agentes administrativos. Podem ser

32
subdivididos em 03 espécies:

35
A – Temporários

01
B – Celetistas

C – Estatutários
85
-8
O regime temporário de contratação está previsto na Constituição Federal no artigo 37,
S

IX que permite quando estão presentes 03 requisitos cumulativos:


JO

1) Tempo Determinado;
AN

2) Atender Necessidade Temporária;


S

3) Excepcional Interesse Público.


DO

Em âmbito Federal temos previsão do regime temporário através da Lei Federal número
8.745/93.
AU

Atenção: Não pode contratar temporário para substituir efetivos, e não necessariamente
SL

serão contratados por meio de concurso público, sendo admitido um processo


DI

simplificado de seleção.
LA

A doutrina não considera um regime “celetista”, e sim um regime especial de direito


administrativo.
RA

Para diferenciar os celetistas e os estatutários, vamos utilizar da seguinte distinção:


D
AN

85
S
ES
AL
RA
Regras Celetista Estatutário

ND
Estabilidade Não tem estabilidade Possuem estabilidade do Artigo 41

SA
da CF
Vínculo Prazo Indeterminado Prazo Indeterminado

S
LE
Administração Atuam na Administração Atuam na Administração Direta e
Indireta – P.J.D.Privado Indireta – P.J.D.Público

-A
Concurso Precisa de Concurso Público Precisa de Concurso Público

72
Regime Assina Contrato de Emprego Toma Posse, assumindo

32
posteriormente cargo público

35
01
A estabilidade do serviço público só é garantida aos estatutários, conforme determina o
artigo 41 da Constituição Federal.
85
Importante: A Estabilidade é garantida após o chamado estágio probatório, ou seja,
-8
após 03 anos de efetivo exercício e avaliação de desempenho.
S

Para o STF a avaliação pode ser expressa ou tácita. Passado os 03 anos de exercício,
JO

se a avaliação não for feita, presume-se que o servidor foi avaliado e aprovado.
AN

É possível a perda da Estabilidade?


S

A resposta é sim, e as hipóteses estão previstas no artigo 41, §1º e artigo 169, todos da
DO

Constituição. Vamos analisar:

A – Sentença Judicial Transitada em Julgado;


AU

B – PAD
SL

C – Avaliação Períodica de Desempenho


DI

D – Exoneração para corte de gastos


LA

Vamos analisar com mais atenção, a última hipótese chamada de Exoneração para corte
RA

de gastos. Essa hipótese regulada no artigo 169 da Constituição Federal, estabelece que
D
AN

86
S
ES
AL
RA
todos os Entes da Federação podem comprometer de sua receita líquida corrente um

ND
teto com despesas com folha de pagamento, sendo:

SA
- União 50%

S
- Estados e Municípios 60%

LE
Ultrapassando tal limite previsto no artigo 19 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC

-A
101/2000), será obrigatório:

72
1) a redução de pelo menos 20% por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;

32
2) Exoneração dos servidores não estáveis.

35
01
Se não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei
complementar, o servidor estável poderá perder o cargo.
85
-8

Atenção: O servidor estável que perder o cargo fará jus a indenização correspondente
S

a um mês de remuneração por ano de serviço, e o cargo objeto da redução será


JO

considerado extinto, vedada a criação de cargo, pelo prazo de 4 anos.


AN

O ingresso para cargo público no regime Estatutário, impõe alguns requisitos


determinados no artigo 5º da Lei 8.112/90, a saber:
S
DO

1) Nacionalidade Brasileira;

2) Gozo dos direitos políticos;


AU

3) Quitação militar e eleitoral;


SL

4) Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;


DI

5) Idade mínima de 18 anos;


LA

6) Aptidão física e mental.


RA

Conforme previsto em Lei, as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros


D

requisitos estabelecidos em lei.


AN

87
S
ES
AL
RA
Importante: As pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever

ND
em concurso público compatível com a deficiência de que são portadores, e para tais

SA
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.

O STJ possui entendimento do percentual mínimo de 5% para concursos que

S
LE
estabeleçam número de vagas insuficiente ao cumprimento do percentual estabelecido
em lei.

-A
Vamos conhecer agora, como funciona o ingresso do servidor devidamente aprovado em

72
concurso público. É o chamado provimento originário.

32
Provimento Originário

35
É a forma de ingresso do servidor público, que acontece em 03 etapas:

01
1 – Nomeação:

- Ainda não é servidor, pois precisa tomar posse;


85
-8
- O provimento do cargo se dá com a nomeação
S

2 – Posse:
JO

- A investidura só se dá com a assinatura do termo de posse;


AN

- Prazo para posse é de 30 dias, e poderá se dar mediante procuração específica.


S

3 – Exercício:
DO

- Depois da posse o servidor terá o prazo máximo de 15 dias para entrar em exercício.
AU

Se for nomeado e não tomar posse, não ocorrerá exoneração, porque ainda não foi
investido. O ato da nomeação ficará apenas sem efeito.
SL

Após o provimento originário cumprido em suas 03 etapas, qualquer movimentação do


DI

servidor público na Administração se dará por meio do provimento derivado.


LA

Provimento Derivado
RA

Decorre de um provimento originário anterior, sendo possível apenas para outros cargos
D

dentro da mesma carreira.


AN

88
S
ES
AL
RA
Atenção: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor

ND
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em

SA
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. – Súmula Vinculante
43

S
LE
Existem diversas espécies de provimento derivado, porém vamos tratar nesse material
dos mais importantes para a prova da OAB, conforme tabela detalhada:

-A
Espécie de Provimento Detalhamento

72
Derivado

32
Promoção Ocupa cargos mais altos na carreira de ingresso;

35
Readaptação Aproveitamento do servidor em razão de uma

01
limitação física ou mental, sem alteração de
vencimento;
Reversão
85
Retorno do servidor público aposentado. Atualmente
-8
a aposentadoria compulsória se dará com 75 anos de
idade – LC 152/15;
S
JO

Reintegração Retorno do servidor público estável em virtude da


anulação do ato de demissão;
AN

Recondução Retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado


por ele por inabilitação em estágio probatório ou
S

reintegração do anterior ocupante.


DO

Aproveitamento Retorno do servidor público que se encontra em


disponibilidade, a cargo compatível com àquele que
AU

exercia anteriormente.
SL

Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
DI

aproveitamento em outro cargo.


LA

É possível acumulação remunerada de cargos públicos?


D RA
AN

89
S
ES
AL
RA
A resposta está prevista no artigo 37, XVI da Constituição Federal que estabelece que é

ND
proibida a acumulação de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de

SA
horários, em 03 tipos de cargos:

A) A de dois cargos de professor;

S
LE
B) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

-A
C) A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.

72
Importante: A acumulação deve respeitar o teto remuneratório de pagamento ao

32
servidor, previsto no artigo 37, XI da CF, devendo ser considerado cada um dos cargos

35
individualmente, não sendo necessário a soma dos valores.

01
E em caso de acumulação indevida o que acontece?
85
Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
-8
públicas, a autoridade notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para
apresentar opção no prazo improrrogável de 10 dias, contados da data da ciência e, na
S
JO

hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e


regularização imediata. O processo se desenvolverá nas seguintes fases:
AN
S
DO
AU
SL
DI
LA

Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão,


RA

hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. A opção pelo


D
AN

90
S
ES
AL
RA
servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que

ND
se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

SA
Atenção: O prazo para conclusão do processo administrativo não excederá trinta dias,
admitida sua prorrogação por até 15 dias.

S
LE
-A
É possível acumular aposentadoria do regime próprio de previdência do servidor com
remuneração de cargo efetivo – Artigo 37, §10 da CF.

72
Deslocamento do Servidor

32
A lei 8.112/90 estabelece 02 hipóteses de deslocamento do servidor, sendo a remoção

35
e a redistribuição.

01
Remoção Redistribuição
85
Deslocamento do servidor público dentro Deslocamento do cargo público e não do
-8
do mesmo quadro de pessoal, com ou servidor, pode ser inclusive por entidade
S

sem mudança de sede diferentes, desde que no mesmo poder.


JO
AN

Importante: A remoção pode ser de ofício por interesse da própria administração, ou a


pedido do servidor que se condicionará a uma análise discricionária da Administração
S

Pública.
DO

Temos 03 hipóteses obrigatórias de remoção do servidor público quando por ele


AU

solicitada:

1) Para acompanhamento do cônjuge ou companheiro, também servidor público que foi


SL

deslocado no interesse da Administração;


DI

2) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge ou companheiro ou dependente (que possua


LA

dependência financeira), condicionada a comprovação por junta médica oficial;


RA

3) Concurso de remoção por antiguidade.


D
AN

91
S
ES
AL
RA
Remuneração do Servidor

ND
A remuneração do servidor compreende seus vencimentos mais as vantagens

SA
pecuniárias permanentes, conforme equação abaixo:

S
Remuneração = Vencimento + Vantagens Permanentes

LE
O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são

-A
irredutíveis, devendo ser respeitado o Teto Constitucional, conforme estabelece o artigo
37, XI da CF.

72
Atenção: A remuneração do servidor público não pode ser inferior ao salário mínimo

32
vigente, conforme a Súmula Vinculante 16.

35
Existe diferença entre remuneração e subsídio?

01
A resposta é SIM. O artigo 39, §4º determina que o membro de Poder, o detentor de
85
mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais, serão
-8
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
S
JO

espécie remuneratória, sempre sendo obedecido o teto constitucional.

Importante: O teto remuneratório refere-se ao limite máximo de remuneração para


AN

quaisquer agentes públicos, incluídas as vantagens de qualquer natureza, sendo que


S

esta não poderá exceder ao subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
DO

O teto nos municípios é o subsídio do prefeito, e o teto nos Estados e DF seria do


Governador no âmbito do Poder Executivo, e o subsídio dos Deputados estaduais e
AU

distritais no âmbito do Poder Legislativo.


SL

No caso das Empresas Estatais e suas subsidiárias também estará presente e


submissão ao teto remuneratório quando receberem recursos oriundos da Administração
DI

Pública Direta para pagamento de custeio e de despesa de pessoal.


LA

Importante: A remuneração dos servidos públicos e o subsídio somente poderão ser


RA

fixados ou alterados por lei específica.


D
AN

92
S
ES
AL
RA
A Jurisprudência vem consolidando que não são considerados no teto remuneratório as

ND
verbas indenizatórias, benefícios previdenciários, remuneração decorrente de cargos

SA
públicos de magistério acumuláveis, e o exercício de função cumulativa.

Previdência dos Servidores

S
LE
O Artigo 40 da Constituição Federal determina que é assegurado regime de previdência

-A
de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público. Tal
regra não se aplica a empregados públicos, aos contratados temporariamente e aos

72
ocupantes de cargo em comissão, estando estes sujeitos ao regime Geral de

32
previdência.

35
Atenção: Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão,
não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se

01
deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

Regime Disciplinar
85
-8

Os Agentes Públicos podem ser submetidos a 3 espécies de regime disciplinar, sendo:


S
JO

1) Sindicância

2) PAD – Processo Administrativo Disciplinar


AN

3) Improbidade Administrativa
S
DO

A aplicação de qualquer um dos regimes elencados acima, não exime o servidor de sofrer
inclusive, o processo criminal. Cada um desses processos são autônomos e
independentes. Pode ocorrer a absolvição no PAD, e a condenação na ação civil de
AU

improbidade.
SL

Vamos trabalhar agora cada um dos regimes:


DI

Sindicância
LA

A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover


RA

sua apuração imediata, mediante sindicância OU processo administrativo disciplinar.


Observe que não é condição do PAD a abertura de sindicância, mas se trata de opções.
D

Regras da Sindicância:
AN

93
S
ES
AL
RA
Regras Detalhamento

ND
Tipo de Procedimento Administrativo e Simplificado

SA
Prazo de Duração 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Sanções I – Advertência

S
II – Suspensão de até 30 dias

LE
III – Instauração de Processo Disciplinar (PAD)

-A
72
Importante: Pode ocorrer também o arquivamento do processo, caso seja identificado
que não houve nenhuma infração do servidor.

32
Processo Administrativo Disciplinar

35
01
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de
suspensão por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
85
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
-8
processo disciplinar.
S

Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
JO

irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu


afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da
AN

remuneração.
S

Atenção: O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão
DO

os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

Podemos dividir o PAD em 3 etapas:


AU

Instauração
SL

- Instituição da comissão, formada por 03 servidores estáveis, e dentre eles, o seu


DI

presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível
LA

Inquérito
RA

- O inquérito correspondente a 03 subetapas:


D

A – Instrução: Levantamento de provas


AN

94
S
ES
AL
RA
B – Defesa: Apresentar defesa escrita, e caso não apresente no prazo, será nomeado

ND
defensor dativo.

SA
C – Relatório: A comissão indicará no relatório a punição ao servidor.

S
Julgamento

LE
- O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos

-A
autos.

72
Atenção: A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

32
O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,

35
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência

01
do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. O julgamento caberá à autoridade
que aplicou a penalidade. 85
-8
A ação disciplinar prescreverá:
S

I – em 05 anos, quanto as infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria


JO

ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;


AN

II – em 02 anos, quanto à suspensão;

III – em 180 dias, quanto à advertência.


S
DO

Importante: O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou


conhecido. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe
AU

a prescrição.
SL

Independentemente dos processos administrativos, é possível ainda a Responsabilidade


Civil do servidor público, através da ação de Improbidade Administrativa.
DI

Improbidade Administrativa
LA

Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra
RA

a administração pública, estão sujeitos a punição na forma da Lei 8.429/92.


D
AN

95
S
ES
AL
RA
De acordo com a Lei, reputa-se agente público, todo aquele que exerce, ainda que

ND
transitoriamente ou sem remuneração, por qualquer forma de ingresso, qualquer vínculo

SA
com a administração.

Importante: Aplica-se inclusive, àquele que mesmo não sendo agente público, induza

S
LE
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer
forma.

-A
Quais atos são considerados de Improbidade Administrativa?

72
1) Enriquecimento Ilícito;

32
2) Danos ao Erário Público;

35
3) Atentar contra os Princípios da Administração Pública.

01
Qualquer uma das práticas acima, podem ensejar a punição de Improbidade
Administrativa, com as seguintes sanções:
85
-8

Suspensão Proibição de
S

Perda dos
dos direitos contratar com
JO

bens ou
políticos de 05 a
valores
a 10 anos administração
AN

Atenção: Na fixação das penas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado,
S
DO

assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o


AU

trânsito em julgado da sentença condenatória. A autoridade judicial ou administrativa


competente, poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo,
SL

emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária


DI

à instrução processual.
LA

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na lei, podem ser propostas:
RA

I – em até 05 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou


de função de confiança;
D
AN

96
S
ES
AL
RA
Importante: No julgamento do RE 852475, o STF em Agosto de 2018, fixou a seguinte

ND
tese: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de

SA
ato doloso tipificado na lei de Improbidade Administrativa.

Com exceção dos agentes temporários, a principal forma de ingresso é o Concurso

S
LE
Público. Vamos a partir de agora, detalhar os pontos mais importantes.

-A
10 - Concurso Público

O artigo 37, II da Constituição determina que a investidura em cargo ou emprego público

72
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,

32
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em

35
lei.

01
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por

85
igual período. Por isso, importante afirmar que a prorrogação do concurso está vinculada
a sua validade. Caso a validade seja de 06 meses, só poderá ser renovada por mais 06
-8
meses.
S

Caso a validade seja de 01 ano, só poderá prorrogar por mais 1 ano. Em razão disso é
JO

inconstitucional o concurso com validade de 06 meses, e prorrogável por mais 1 ano.


AN

Pode exigir exame psicotécnico no Concurso Público?


S

De acordo com a Súmula Vinculante 44, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico
DO

a habilitação de candidato a cargo público, desde que inclusive, permita ao candidato


reprovado a possibilidade de recurso, e que os critérios de avaliação sejam objetivos, e
AU

detalhados em edital de seleção.

No quadro abaixo, poderá ser observado as principais decisões dos nossos tribunais
SL

superiores que podem ser cobradas em prova:


DI

Regras Detalhamento
LA

Promoção Servidor só poderá ocupar cargo que prestou o


RA

concurso na qual foi investido.


D
AN

97
S
ES
AL
RA
Imutabilidade da Carreira A aprovação em concurso público, não garante ao

ND
candidato a imutabilidade do seu regime jurídico

SA
Limite de Idade O limite de idade para inscrição em concurso público
só se legitima, quando possa ser justificado pela

S
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido,

LE
devendo ser comprovada no momento da inscrição

-A
no certame.
Processo Criminal A mera instauração de processo criminal ou inquérito

72
policial não impede a posse de candidato aprovado

32
em concurso público

35
Títulos e Provas Deve ser exigido a comprovação por meio de
diploma na posse e não na inscrição em concurso

01
público.
Direito de Precedência 85
Dentro do prazo de validade, o candidato aprovado
-8
tem prioridade na convocação em relação aos
aprovados em concurso superveniente.
S

Direito Subjetivo a Nomeação Dentro do prazo de validade do concurso, o


JO

candidato aprovado dentro do número de vagas, tem


AN

o direito subjetivo, líquido e certo a nomeação.


Classificação Deve ser respeitado a ordem de classificação dos
S

aprovados no momento da nomeação, sendo legal,


DO

edital de concurso que preveja opção do candidato


ser alocado ao final da fila de aprovados, se
AU

manifestar desinteresse na vaga no momento da


SL

convocação.
Tatuagem Candidato tatuado constitui um indiferente jurídico,
DI

ou seja, não há relação lógica entre a existência de


LA

tatuagem e a demonstração de capacidade para


exercer a função pública.
D RA

Podem ser identificados dois pressupostos para a abertura de concurso:


AN

98
S
ES
AL
RA
1) Necessidade de preenchimento das vagas;

ND
2) Disponibilidade financeira para remuneração desses cargos.

SA
A Administração Pública, ao realizar o concurso, fica vinculada ao preenchimento de tais

S
pressupostos.

LE
Em regra, incumbe ao candidato o ônus de acompanhar, via Diário Oficial ou internet, as

-A
publicações referentes ao concurso público, inclusive aquelas atinentes às convocações
dos aprovados para que apresentem documentos necessários à posse. Contudo, o STJ

72
entende que a Administração Pública tem o dever de intimar pessoalmente o candidato

32
quando houver decurso de tempo razoável entre a homologação do resultado e a data

35
da nomeação, mesmo que não previsto tal exigência no edital de seleção. No julgamento
se tratava de uma candidata que morava em uma cidade sem acesso ao Diário Oficial.

01
85
-8
Poderes Administrativos

Devido a origem do verbo “Poder” as vezes podemos ter a impressão errada sobre o real
S

significado dos “Poderes Administrativos”. Mas apesar deste significado do verbo, no


JO

Direito Administrativo, dizer “Poderes Administrativos” deve logo ser relacionado às


AN

limitações que são impostas ao Estado em sua atuação na esfera administrativa. Ou seja,
o Poder dita o que o Estado PODE fazer. O que estiver fora destes “Poderes” não poderá
S

ser feito.
DO

Não confunda Vinculação e Discricionariedade. Não confunda, também, os quatro


AU

poderes administrativos: Poder Disciplinar, Poder Hierárquico, Poder de Polícia e Poder


Normativo ou Regulamentar.
SL
DI

Os poderes administrativos não vieram armar o Estado mas, sim, limitar a sua atuação.
LA

São Poderes/Deveres da Administração. São poderes instrumentais Instrumento


(prerrogativa) dado ao Estado para alcançar o interesse público. Se o estado utilizar esse
RA

poder além do necessário para atingir o interesse público, ultrapassando o caráter


instrumental do poder, estaremos diante do abuso de poder.
D
AN

99
S
ES
AL
RA
Características

ND
- Poder/Dever ou Dever/Poder

SA
- Irrenunciáveis

S
- Limitados

LE
- Podem ensejar responsabilização

-A
Poder Vinculado X Discricionário Poder Vinculado

72
A Administração Pública regula objetivamente através de lei, todos os elementos do ato.

32
O agente público não tem margem de escolha, todos os elementos estão dispostos

35
objetivamente em determinada lei.

01
Poder Discricionário

85
– A lei confere ao agente público a possibilidade de escolha, dentro dos limites da lei,
-8
levando em consideração o interesse público e de acordo com os critérios de
oportunidade e conveniência. (ex: imóvel adquirido por decisão judicial, pode ser
S

alienado por concorrência ou leilão – permissão de uso de bem público)


JO
AN

ATENÇÃO: A discricionariedade também pode vir diante de conceitos jurídicos


S

indeterminados. Ex.: Manifestação legítima X Tumulto.


DO

Ainda nos conceitos jurídicos indeterminados, a razoabilidade é que determina até onde
o agente público pode ir sem o controle jurisdicional.
AU

ATENÇÃO: O Juiz não pode modificar o ato realizado dentro dos limites legais. Ele pode
SL

decidir sobre a legalidade de um ato, mas não sobre os critérios de oportunidade e


DI

conveniência.
LA

Decreto Regulamento

Pode ser: Regra: Executivo – Art. 84, IV da CF IV - sancionar, promulgar e fazer publicar
RA

as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; O
D

regulamento vem para complementar a lei.


AN

100
S
ES
AL
RA
Poder Normativo OU Regulamentar ➔ Criar normas para garantir a fiel execução da lei.

ND
Não podem em regra inovar no mundo jurídico – Artigo 84, IV da CF.

SA
Contudo, existe os chamados decretos/regulamentos AUTÔNOMOS : Esses decretos
inovam no mundo jurídico – Artigo 84, VI da CF:

S
(i) Organização e funcionamento da administração, desde que não

LE
implique aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos.

-A
(ii) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

72
ATENÇÃO: As Autarquias em regime especial, especificamente as Agências

32
Reguladoras (ANATEL, ANAC, ANA, ANEEL...), possuem o chamado Poder Normativo,

35
que através de Resoluções, determinam a forma de como o serviço público será
executado pelas empresas privadas. O alcance das Resoluções é apenas as

01
entidades/empresas, e não aos usuários.
85
-8
Poder Hierárquico
S

É a possibilidade de rever os atos dos subordinados, fiscalizar, aplicar penalidades,


JO

organizar a estrutura administrativa etc.


AN

Delegação de Atos (transferência da prática do ato): Pode ocorrer em todos os âmbitos


da Administração Pública Direta ou Indireta. Não se renuncia a competência do ato, mas
S

sim se amplia a sua prática – Artigo 11 da Lei 9784/99.


DO

Súmula 510 do STF→ A responsabilidade pela prática do ato, é de quem executa.


AU

CUIDADO: Existem atos indelegáveis – Artigo 13 da Lei 9784/99


I – Atos Normativos;
SL

II – Decisão de recursos administrativos;


DI

III – Competência Exclusiva de órgão ou autoridade.


LA

Avocação de Atos (retiro um ato de um subordinado): Para ocorrer, será necessário que
RA

existe SUBORDINAÇÃO entre a autoridade e o seu subordinado – Artigo 15 da Lei


D

9784/99.
AN

101
S
ES
AL
RA
ND
Exemplo1: Presidente da República avocou um ato do Presidente do Banco do Brasil ➔

SA
NÃO – pois não existe subordinação entre a Administração Pública DIRETA e INDIRETA.

S
Exemplo2 :Presidente da República avocou um ato de um Ministro de Estado ➔ SIM –

LE
pois existe subordinação entre os Ministros e o Presidente.

-A
Exemplo3: Certo Ministro de Estado está demorando para dar um parecer em um

72
Recurso Administrativo relacionado a uma licitação pública. Por conta disso, o Presidente

32
da República decide avocar de forma fundamentada, a análise e a decisão do recurso
administrativo visando mais eficiência do serviço público ➔ SIM, pois existe

35
subordinação que é o único critério para permitir a avocação do ato.

01
Poder Disciplinar
85
-8
É o poder de aplicar penalidades aos agentes que possuam vínculo jurídico específico
S

com a Administração Pública. Decorre de uma Supremacia Especial (Pois se pauta em


JO

vínculos jurídicos específicos).


AN

Sindicância Independentes (rito)


S

PAD Não vinculados (subordinação)


DO

Improbidade Administrativa Admite Prova emprestada


AU
SL

Importante: Na ação penal, caso ocorra a absolvição do agente público em razão de


DI

negativa de fato ou de autoria, deverá obrigatoriamente ocorrer a absolvição no PAD –


LA

Artigo 126 da Lei 8112/90.


RA

Poder de Polícia
D
AN

102
S
ES
AL
RA
O Poder de Polícia nada mais é do que a harmonização de interesses entre o público e

ND
o particular.

SA
Direitos comumente atingidos (restringidos): Propriedade e Liberdade Há obrigação de
indenizar quando a ADM usa o Poder de Polícia? Não. Ex. Limite de velocidade do

S
LE
veículo.

-A
Conceito de Poder de Polícia - Art. 78 do CTN

Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou

72
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,

32
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos

35
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou

01
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

O Poder de Polícia pode ser:


85
-8

- Fiscalizador (Controle)
S
JO

- Preventivo (Regulatório)

- Repressivo (Punitivo)
AN

Atributos do Poder de Polícia


S

• Discricionariedade (Em regra)


DO

• Autoexecutoriedade Não prescinde de nenhuma solicitação ao judiciário.


AU

• Coercibilidade
SL

O Poder de Polícia pode ser delegado? A regra é que não!


DI

Importante: O Poder de Polícia não pode ser delegado. Conforme ADI 1717/DF, este
LA

poder só pode ser exercido por Pessoa Jurídica de Direito Público, e portanto, não pode
ser transferido para empresas privadas.
RA

CUIDADO: Se for apenas as atividades de Fiscalização é possível sim a delegação.


D

Exemplo: Se uma concessionária ganha em uma licitação, o poder de realizar a


AN

103
S
ES
AL
RA
manutenção de uma rodovia estadual, esta poderá instalar inclusive, câmeras para

ND
flagrar possíveis motoristas em excesso de velocidade. Ocorre que, a imposição de

SA
multas e apreciação de recursos interpostos pelos particulares, não pode ser declarado,
sendo apenas atividade típica de Estado.

S
LE
IMPORTANTE:

-A
(i) As súmulas 70 e 323 do STF, proíbem a interdição de estabelecimento
comercial ou até mesmo apreensão de mercadorias por mero inadimplemento

72
de tributo ou multa.

32
(ii) Súmula 646 do STF estabelece que o município não pode impedir a

35
instalação de estabelecimento comercial do mesmo ramo em determinada

01
área. Podendo apenas determinar o horário de funcionamento conforme a
súmula 645 do STF.
85
-8

Cuidado com o ABUSO DE PODER: Extrapola os limites permitidos no exercício dos


S
JO

poderes da administração.
AN

2 espécies:
S

(i) ExCesso de Poder: Vício insanável de Competência para prática do ato.


DO

Exemplo: Artigo 182 da CF que determina que a competência para


AU

desapropriação por interesse social de imóvel urbano é do Município.


SL

(ii) Desvio de Poder: Vício insanável de finalidade, ou seja, o ato praticado não
DI

atendeu ao interesse público.


LA

Exemplo: Remoção de servidor público como punição por desagrado do seu


RA

chefe.
D
AN

104
S
ES
AL

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