Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
Olá. Espero que estejam bem. Estamos chegando ao final do semestre, mas
não podemos deixar de abordar o assunto da legislação urbanística, embora já
tenhamos falado nisso em várias outras aulas, não é mesmo?
Vejam só, antes de mais nada vamos relembrar alguns pontos importantes.
Primeiramente o Estatuto das Cidades. Como vimos antes, esta importante Lei (Lei
N. 10.257) foi criada em 2001 e se trata, na verdade, de uma regulamentação dos
Artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988. Lembram que vimos um pouco
sobre estes artigos na aula sobre função social? Pois bem, naquela ocasião
apresentei pra vocês o que se trata essa “função”. Mas, vamos relembrar, tá?
O mesmo ocorreu com a propriedade urbana, que terá cumprida sua função
social “quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade
expressas no plano diretor”, conforme preconiza o art. 182, § 2.
Plano Diretor. O que é isso? Sobre isto, também discutimos naquela aula sobre
Reforma Urbana, lembram? Neste dia, vimos o „Vídeo das Cidades‟. Pra quem
quiser relembrar, taí o link:
https://www.youtube.com/watch?v=d2PSZZYghrY
Este vídeo foi produzido pelo Instituto Polis e trata da criação do Estatuto das
Cidades e do Plano Diretor. Estes são, especificamente, os temas da aula de hoje.
Vamos lá!
Pra começar a discutir, vamos ver o vídeo abaixo. Antes de mais nada, preciso
informar que se trata de um vídeo feito para concursos, então, o tempo todo o autor
vai falar do que costuma cair em provas. Apesar de não ser nosso foco, o vídeo é
interessante e tem relação direta com o que estamos buscando aqui, tá bem? Por
isso, vamos lá!
https://www.youtube.com/watch?v=AuTLR9bY5R4
O Estatuto das Cidades, como falei, trata de Leis Gerais, as quais são ou não
usadas nos municípios, a depender da realidade de cada um. É uma lei muito
ampla, portanto, muito difícil dar conta de todos os seus instrumentos em uma única
aula (Não se preocupem pois, com certeza, vocês verão um pouquinho a cada
semestre. Esta aula é apenas introdutória, tá bem?).
Para trabalhar o tema, usei a obra abaixo:
SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a Cidade: Uma introdução crítica ao
Planejamento e à Gestão Urbanas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
E a partir dela, portanto, vamos discutir os:
Estes parâmetros vocês verão com muita calma, na disciplina de Cidades II.
Por enquanto, será apenas uma introdução, tá bem?
Primeiramente, o autor afirma que os parâmetros “consistem em grandezas e
índices que medem aspectos relativos à densidade e à paisagem urbana [...] os
parâmetros urbanísticos e os zoneamentos necessitam andar juntos” (SOUZA, 2015,
p. 220).
Como dissemos antes, os valores deverão variar entre munícipios ou mesmo
entre zonas de um mesmo município. Se quiserem ver mais detalhes, procurem o
Código de Urbanismo de João Pessoa, tá bem?
Disponível em:
http://www.planmob.joaopessoa.pb.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/C%C3%B3digo-de-
Urbanismo.pdf
Para se familiarizar com o código, precisamos entender que ele está expresso
em muitas siglas, vocês vão encontrar todos os significados destas siglas na página
102 do próprio código.
Seguem algumas abaixo:
3.2 Tributos
b) COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO:
“Considere-se, por exemplo, que a área total do lote seja de 1000 m 2 e que
cada pavimento ocupe 250 m2. Os outros pavimentos que se adicionam ao
pavimento térreo já representam uma “criação do solo” (solo artificial), pois
equivalem a uma criação de área utilizável que não se situa no rés-do chão.
A área, em metros quadrados, produto da soma dos quatro pavimentos mais
baixos, incluindo o térreo, é idêntica à área total do terreno. Se se estabelecer como
coeficiente de aproveitamento o valor 1 [...] isso significa que, já a partir do quinto
pavimento incidiria o tributo do solo criado” (p. 234).
Importante: O Plano Diretor de SP, por exemplo, coloca que “outorga o direito
de construção acima do coeficiente de aproveitamento não seria onerosa, desde que
se tratasse de edificação destinada à moradia popular” (237)
Qual a sua função? Promover o “descongestionamento de áreas centrais;
criação de áreas livres e preservação de áreas de interesse cultural, histórica e
ambiental; redução do preço da terra” (239).
c) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
d) ZONEAMENTO
“Ao serem, as favelas decretadas como ZEIS, deve-se articular isso com um
tratamento urbanístico particularizado [...] de maneira a facilitar e não dificultar a
regularização fundiária” (SOUZA, 2015, p. 264).
a) USUCAPIÃO:
A usucapião urbana, também denominado de pro-mísero ou pró-moradia, tem como
requisitos a posse sem oposição de área urbana de até duzentos e cinquenta metros
quadrados por 5 (cinco) anos ininterruptos, utilizando-a como moradia sua ou de sua
família, sendo vedada a posse de qualquer outro imóvel.
b) DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público
necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
Existe uma série de outros instrumentos, mas considero que estes sejam os
mais utilizados e conhecidos quando discutimos legislação urbana.
Espero que tenham gostado.
Qualquer dúvida podem me escrever no nirvana@iesp.edu.br tá bem?