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Legislação Urbanística

Legislação Ambiental
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8 Transporte Urbano

Urbanismo Teoria e
Projeto 11
Legislação Urbanística

1) (ARQUITETO – ALBA – FGV – 2014) No âmbito dos instrumentos da política urbana,


lei municipal específica, baseada no Plano Diretor, poderá delimitar área para aplicação
de operações urbanas consorciadas.

A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. A operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas especificamente


coordenadas entre o Poder Público Municipal e os investidores privados, com vistas à
valorização ambiental.
II. A modificação de características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, é
medida prevista nas operações urbanas consorciadas, desde que não alterem as normas
edilícias.
III. O programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação deverá constar, obrigatoriamente, do plano de operação urbana consorciada.

Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

Assertiva I: INCORRETA. A coordenação não é restrita aos investidores privados. De acordo


com a lei nº 10.257/01, art. 32, §1°, a coordenação de operações urbanas consorciadas é de
responsabilidade do Poder Público com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados. (BRASIL, 2001).
Assertiva II: INCORRETA. De acordo com o art. 32, §2°, inciso I, a alteração das normas
edilícias é uma das medidas que podem ser previstas em operações urbanas consorciadas.
(BRASIL, 2001).
Assertiva III: CORRETA. A obrigatoriedade dos requisitos mínimos para um plano de operação
urbana consorciada está prevista na art. 33 (BRASIL, 2001). Dentre os requisitos mínimos está
o programa de atendimento econômico e social (inciso III).

Resposta: C

2) (ARQUITETO – ALBA – FGV – 2014) Em conformidade com a Lei nº 10.257/01, que


estabelece diretrizes gerais da política urbana, o Plano Diretor é obrigatório para cidades:

(A) com mais de 10 mil habitantes.


(B) componentes de regiões rurais e aglomerações urbanas.
(C) inserida na área de influência de empreendimentos comerciais.
(D) integrantes de áreas metropolitanas, sem interesse turístico.
(E) insertadas na área de atuação de atividades com significativo impacto ambiental.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

DICA DA AUTORA: O artigo 41 do Estatuto da Cidade versa sobre os casos de obrigatoriedade


do plano diretor em cidades brasileiras (BRASIL, 2001).

Alternativa A: INCORRETA. O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de 20mil
habitantes.
Alternativa B: INCORRETA. O plano diretor é obrigatório para cidades integrantes de regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas, não sendo obrigatório para regiões rurais.
Alternativa C: INCORRETA. A lei nº 10.257/01 não versa sobre obrigatoriedade de plano diretor
para cidades inseridas em área de influência de empreendimentos comerciais, mas sobre a
influência de empreendimentos com significativo impacto ambiental.
Alternativa D: INCORRETA. O plano diretor é obrigatório para cidades integrantes de áreas de
interesse turístico.
Alternativa E: CORRETA. O plano diretor é obrigatório para cidades inseridas na área de
influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental em nível
regional ou nacional.

3) (ARQUITETO – CAU/MG – FUNDEP – 2014) O Brasil é um dos países que mais


rapidamente se urbanizou em todo o mundo. Nos últimos anos nos transformamos em
um país eminentemente urbano, em que 84% da população moram em cidades.
Este processo de transformação do habitat e da sociedade brasileira produziu uma
urbanização predatória, desigual e, sobretudo, iníqua. O Estatuto da Cidade, Lei Federal n°
10.257, de 10 de julho de 2001, representa o encontro do país com sua face urbana e com o
futuro que esperamos. A Outorga Onerosa é um dos instrumentos regulamentados pelo
Estatuto da Cidade, apesar de já ser utilizada em muitos municípios antes mesmo da
aprovação da Lei.
Considerando-se as finalidades previstas nos incisos I a IX do Art. 26, da Lei n° 10.257, para
aplicação dos recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e
de alteração de uso, é INCORRETO destinar esses recursos para:

A) execução de programas e projetos habitacionais de interesse social.


B) criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes.
C) proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
D) outras finalidades de interesse social ou de utilidade pública, definidas no plano diretor.

GRAU DE DIFICULDADE: Difícil

DICA DA AUTORA: Apesar da questão destacar a Outorga Onerosa ela não foca na aplicação
deste instrumento, mas na aplicação dos recursos auferidos por este para o exercício de outro
instrumento: o Direito de Preempção que confere ao governo preferência na aquisição de imóveis
urbanos alienados. O art. 26 do Estatuto da Cidade versa sobre os casos nos quais, por
necessidade de área urbana, o Poder Público poderá exercer o direito de preempção (BRASIL,
2001).

Alternativa A: CORRETA. Refere-se ao inciso II do art. 26.


Alternativa B: CORRETA. Refere-se ao inciso VI do art. 26.
Alternativa C: CORRETA. Refere-se ao inciso VIII do art. 26.
Alternativa D: INCORRETA. Essa opção pertencia ao inciso IX, o qual foi vetado.

4) (ARQUITETO - CAU/MG - FUNDEP – 2014) A elaboração do Plano Diretor para orientar


o desenvolvimento urbano era, até 1988, uma faculdade de nossos governos municipais.
Decerto, muitas experiências ocorreram e foram relevantes para construção do quadro
atual. A Constituição Federal de 1988 alterou significativamente o cenário. Com efeito,
trouxe do ponto de vista jurídico o dever de promulgação do Plano Diretor aos
Municípios, cuja cidade tivesse mais de vinte mil habitantes (Art. 182, § 1º). Todavia, não
assinalou o prazo para a realização daquela exigência, tornando difícil caracterizar as
situações de violação ao preceito. Com o advento da Lei Federal nº 10.257 de 2001,
autodenominada Estatuto da Cidade, deu-se maior efetividade à obrigação prevista
desde a Carta Constitucional.
De acordo com o Estatuto das Cidades, analise as características das cidades obrigadas a
promulgar o plano diretor, assinalando com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas.

I. ( ) Cidades com mais de dez mil habitantes.


II. ( ) Cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas.
III. ( ) Cidades integrantes de áreas de especial interesse econômico.
IV. ( ) Cidades inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
V. ( ) Cidades incluídas no cadastro nacional de Municípios, com áreas suscetíveis à ocorrência
de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


A) F V F V V.
B) F F V F F.
C) V F V F F.
D) V V F V V.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

DICA DA AUTORA: O art. 41 da lei nº 10.257/01 versa sobre os casos de obrigatoriedade do


plano diretor em cidades brasileiras (BRASIL, 2001).

Assertiva I: FALSA. Refere-se ao inciso II do art. 41, contudo o plano diretor é obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes.
Assertiva II: VERDADEIRA. Refere-se ao inciso II do art. 41.
Assertiva III: FALSA. Refere-se ao inciso IV do art. 41, contudo o plano diretor é obrigatório
para cidades integrantes de áreas de especial interesse turístico.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Refere-se ao inciso V do art. 41.
Assertiva V: VERDADEIRA. Refere-se ao inciso VI do art. 41.

Resposta: A

5) (ARQUITETO – DETRAN/RO - IDECAN - 2014) O Estatuto da Cidade (2001) estabelece


que “o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana”. Acerca das definições previstas pelos artigos
constantes no Capítulo III – Do Plano Diretor – do Estatuto da Cidade (2001), marque
(V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.

I. ( ) O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano


plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as
prioridades nele contidas.
II. ( ) O plano diretor deverá englobar apenas o território contido no perímetro urbano do
município.
III. ( ) A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
IV. ( ) O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de quarenta mil habitantes, cidades
integrantes de regiões metropolitanas e áreas de especial interesse turístico, entre outros casos.
V. ( ) No caso de cidades com mais de um milhão de habitantes, deverá ser elaborado um plano
de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.

A sequência está correta em


A) F, F, V, F, F.
B) V, F, V, F, F.
C) V, V, F, V, F.
D) F, V, F, F, V.
E) V, F, V, F, V.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

Assertiva I: VERDADEIRA. O texto foi retirado integralmente da lei nº 10.257/01, art. 40, §1°.
Assertiva II: FALSA. Segundo a lei nº 10.257/01, art. 40, §2°, o plano diretor deverá englobar o
território do Município como um todo.
Assertiva III: VERDADEIRA. O texto foi retirado integralmente da lei nº 10.257/01, art. 40, §3°.
Assertiva IV: FALSA. Refere-se aos incisos do art. 41, contudo o inciso I diz que o plano diretor
é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.
Assertiva V: FALSA. Refere-se ao § 2o do art. 41, o qual diz que o plano de transporte urbano
integrado é obrigatório para cidades com mais de quinhentos mil habitantes.

Resposta: B

Legislação Ambiental

6) (ARQUITETO – IF/PI - FUNRIO – 2014) Qual das afirmativas abaixo não consta do
Código Florestal de 2012?

A) São áreas de preservação permanente as faixas marginas de qualquer curso d’água natural
desde a borda da calha do leito regular em largura mínima de 30 m para os cursos d’água com
menos de 10 m de largura.
B) Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não estão
sujeitos à constituição de Reserva Legal.
C) A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá
ser autorizada em caso de utilidade pública.
D) No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 hectares, a área
de preservação permanente terá, no mínimo 5 m.
E) São áreas de preservação permanente as faixas marginas de qualquer curso d’água natural
desde a borda da calha do leito regular em largura mínima de 500 m para os cursos d’água que
tenham largura superior a 600 m.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: Consultar o Código Florestal, lei nº 12.651/2012.

Alternativa A: CORRETA. Afirmativa presente no artigo 4, inciso I, alínea “a”.


Alternativa B: CORRETA. Afirmativa presente no artigo 12, § 6o.
Alternativa C: CORRETA. Afirmativa presente no artigo 8, § 1o.
Alternativa D: INCORRETA. A afirmativa está incorreta e mistura informações. Segundo o inciso
III do artigo 4, o entorno dos reservatórios artificiais (em zonas rurais ou urbanas), decorrentes
de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, é considerado uma área de
preservação permanente com faixa a ser definida na licença ambiental do empreendimento. Já
o inciso II do mesmo artigo diz que em zonas rurais as áreas no entorno dos lagos e lagoas
naturais com até 20 hectares de superfície devem ter faixa de proteção com largura mínima de
50 metros.
Alternativa E: CORRETA. Afirmativa presente no artigo 4, inciso I, alínea “e”.

7) (ARQUITETO - IDECI - IBFC - 2013) Leia as sentenças abaixo sobre o Código Florestal
Brasileiro e assinale a alternativa INCORRETA:

a) Ele institui as regras gerais sobre onde e de que forma o território brasileiro pode ser explorado.
b) Ele determina as áreas de vegetação nativa que devem ser preservadas.
c) Ele determina quais regiões são legalmente autorizadas a receber os diferentes tipos de
produção rural.
d) O código florestal foi atualizado recentemente, devido principalmente à extinção de quase
metade das propriedades rurais, em função da evasão para grandes centros e falta de mão-de-
obra especializada.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

Alternativa A: CORRETA. Segundo o artigo 1 da lei nº12.651/2012, o Código Florestal Brasileiro


“estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e
as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e
prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos”.
Alternativa B: CORRETA. O Código Florestal tem o objetivo de proteger a vegetação nativa e
para tanto possui instrumentos para a demarcação e manutenção de áreas de valor ambiental,
como a Reserva Legal e a Área de Proteção Permanente.
Alternativa C: CORRETA. Por meio da determinação da Reserva Legal e da Área de Proteção
Permanente, o código florestal estabelece, respectivamente, quais são as porcentagens das
áreas rurais que só podem ser exploradas utilizando práticas sustentáveis e quais áreas devem
permanecer intocadas. Portanto, em propriedades rurais, as áreas que não forem de Reserva
Legal ou de proteção permanente estão legalmente autorizadas a receber diferentes tipos de
produção rural.
Alternativa D: INCORRETA. A atualização do código florestal em 2012 foi motivada,
principalmente, pelo interesse dos ruralistas que buscavam flexibilizar as restrições que o antigo
código impunha à exploração de áreas de valor ambiental. Ou seja, com o novo código as áreas
de exploração e produção rurais podem ser ampliadas.

8) (ARQUITETO - IDECI - IBFC - 2013) O Código Florestal Brasileiro utiliza dois tipos de
áreas de preservação: a Reserva Legal e a Área de Preservação Permanente (APP).
Leia abaixo as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I. A Reserva Legal é a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser
preservada, variando de acordo com a região e o bioma.
II. As Áreas de Preservação Permanente têm a função de preservar locais frágeis como beiras
de rios, topos de morros e encostas, que não podem ser desmatados para não causar erosões
e deslizamentos, além de proteger nascentes, fauna, flora e biodiversidade, entre outros.

a) A afirmativa I está correta e a II está incorreta.


b) A afirmativa I está incorreta e a II está correta.
c) As afirmativas I e II estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão incorretas.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

Assertiva I: CORRETA. Segundo o artigo 3, inciso III, do Código Florestal Brasileiro, lei
nº12.651/2012, Reserva Legal é:
“[...] área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural,
delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a
proteção de fauna silvestre e da flora nativa.” (BRASIL, 2012).
O artigo 12 define os percentuais mínimos em relação à área do imóvel que deve ter a Reserva
legal a depender da localização do imóvel:
“I - localizado na Amazônia Legal:
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).”
(BRASIL, 2012).
Assertiva II: CORRETA. Segundo o artigo 3, inciso II, do Código Florestal Brasileiro, lei
nº12.651/2012, Área de Preservação Permanente (APP) é:
“[...] área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas”. (BRASIL, 2012).

Resposta: C
9) (ARQUITETO FISCAL – CAU/SC – FEPESE – 2013) De acordo com a Lei no 12.651,
de 25 de maio de 2012, que “dispõe sobre a proteção da vegetação nativa”, considera-
se área de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

a. As áreas em altitude superior a 1.500 metros, qualquer que seja a vegetação.


b. Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 100 metros.
c. As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
d. As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 100 metros,
em zonas urbanas.
e. As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, em largura mínima
de 100 metros, para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: Consultar o artigo 4 da lei no 12.651 que dispões em seus incisos I à XI
sobre as áreas que são consideradas de preservação permanente.

Alternativa A: INCORRETA. Segundo o inciso X, são destinadas à preservação permanente “as


áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação”.
Alternativa B: INCORRETA. Segundo o inciso XI, são destinadas à preservação permanente
em “veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta)
metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado”.
OBS: vereda é um tipo de vegetação do cerrado.
Alternativa C: CORRETA. Segundo o inciso VI, são destinadas à preservação permanente “as
restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues”.
Alternativa D: INCORRETA. Segundo o inciso II, são destinadas à preservação permanente “as
áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem)
metros, em zonas rurais [...]; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;”.
Alternativa E: INCORRETA. Segundo o inciso I, são destinadas à preservação permanente “as
faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente [...] em largura mínima
de: [...] c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura [...]”.

10) (ARQUITETO – MPE/ES - VUNESP – 2013) Um município brasileiro, localizado em


região de relevo bastante acentuado, tem seus limites administrativos coincidentes com
a bacia hidrográfica. É correto afirmar que, do ponto de vista ambiental, seria uma boa
prática urbanística

(A) ocupar as áreas de várzea, as áreas de nascente e a meia encosta, independente das
condições topográficas.
(B) não ocupar as áreas de preservação permanente e estruturar a ocupação urbana em áreas
com condições topográficas favoráveis à urbanização.
(C) preservar as meias encostas e estruturar a ocupação urbana em áreas atualmente ocupadas
pelos corpos hídricos secundários e suas adjacências.
(D) estruturar a ocupação urbana próxima de suas nascentes para facilitar a captação de água,
independente das condições topográficas.
(E) estruturar a ocupação urbana próxima do corpo hídrico principal, para facilitar despejo do
esgoto, sem necessidade de tratá-lo, uma vez que a adução se fará por meio das nascentes
localizadas em cotas mais altas.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: Se os limites de uma determinada região contem ou estão próximos de uma
bacia hidrográfica, as práticas urbanísticas nesta região deverão seguir os parâmetros do Código
Florestal, lei nº12.651/2012.

Alternativa A: INCORRETA. Segundo o artigo 4, as áreas de nascentes (inciso IV) e as encostas


ou partes destas com declividade superior a 45° (inciso V) são Áreas de Preservação
Permanente. Já o artigo 6, inciso III, indica que as áreas de várzeas1 podem ser APPs. Portanto,
essas não deverão ser ocupadas.
Alternativa B: CORRETA. De fato, as áreas de preservação permanente não deverão ser
ocupadas e a ocupação urbana deve buscar adequar-se à topografia local para evitar problemas
como inundações, deslizamentos de terra, dentre outros.
Alternativa C: INCORRETA. Segundo o artigo 4, os corpos hídricos e suas faixas marginais são
APPs e, portanto, não deverão ser ocupados.
Alternativa D: INCORRETA. Segundo o artigo 4, inciso IV, são APPs “as áreas no entorno das
nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio
mínimo de 50 (cinquenta) metros”.
Alternativa E: INCORRETA. Segundo o artigo 4, os corpos hídricos e suas faixas marginais são
APPs e, portanto, não deverão ser ocupados. Já a lei nº 11.445/2007 estabelece as diretrizes
nacionais para o saneamento básico e segundo seu artigo 4 os recursos hídricos não integram
os serviços públicos de saneamento básico. Portanto, o despejo de esgoto em corpos hídricos
sem tratamento prévio não é permitido.

Transporte Urbano

11) (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/CE - CESPE - 2014) A respeito de elementos do


subsistema viário, assinale a opção correta.

A) A velocidade máxima permitida nas vias coletoras, destinadas a coletar e distribuir o trânsito
em locais de saída entrada de vias locais, é de 60 km/h.
B) Diferentemente das vias expressas, as vias arteriais possuem intersecções em nível, não são
controladas por semáforo, e dão acesso as vias locais; nessas vias, a velocidade máxima
permitida é de 50 km/h.
C) Nas vias expressas, que possuem intersecções controladas por semáforo, com acessibilidade
aos lotes lindeiros, as vias arteriais e as secundarias, e onde não há travessia de pedestres em
nível, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
D) De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as vias são classificadas em cinco tipos, de
trânsito rápido, expressas, arteriais, coletoras e locais.
E) As vias locais, onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h, possuem intersecções em
nível, não são semaforizadas e destinam-se apenas ao acesso local ou a áreas restritas.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: Para esta questão deve-se consultar o Código de Trânsito Brasileiro, lei
nº9.503/1997.

Alternativa A: INCORRETA. O artigo 61 do código de trânsito estabelece que nas vias coletoras
urbanas não sinalizadas a velocidade máxima será de 40 km/h. A alternativa ainda apresenta
outro erro, visto que as vias coletoras são destinadas “a coletar e distribuir o trânsito que tenha
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais” (anexo I da lei
nº9.503/1997).
Alternativa B: INCORRETA. Segundo o anexo I da lei nº9.503/1997, a via arterial geralmente
é controlada por semáforo. E segundo o artigo 61 a velocidade máxima nas vias arteriais urbanas
não sinalizadas será de 60 km/h.
Alternativa C: INCORRETA. As vias expressas (de trânsito rápido) possuem trânsito livre e sem
acessibilidade direta aos lotes lindeiros.
Alternativa D: INCORRETA. O artigo 60 da lei nº9.503/1997 classifica em quatro tipos as vias
urbanas: de trânsito rápido, arteriais, coletoras e locais. O Código de Trânsito Brasileiro não traz
a definição de via expressa, contudo, a via expressa seria uma denominação popular para via
de trânsito rápido.

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[...] “várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos d’água sujeitas
a enchentes e inundações periódicas (lei nº12.651/2012, art. 3, inciso XXI)”
Alternativa E: CORRETA. A alternativa apresenta corretamente a velocidade máxima e a
definição das vias locais segundo o artigo 61 e o anexo I da lei nº9.503/1997, respectivamente.

12) (ARQUITETO - PREF. CONCÓRDIA/SC - FEPESE - 2018) As vias urbanas do


município são classificadas de acordo com suas funções e capacidades.

Assim, as vias _____ são aquelas caracterizadas, preferencialmente, pelo tráfego de


passagem e acesso à cidade, enquanto que as vias _____ são as vias _____ que acabam
em praça de retorno, por não existir a possibilidade de continuidade.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.


a. arteriais • especiais • locais
b. arteriais • coletoras • especiais
c. principais • especiais • arteriais
d. coletoras • arteriais • especiais
e. coletoras • arteriais • locais

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

Resolução: Deve-se consultar as quatro definições de vias urbanas (de trânsito rápido, arteriais,
coletoras e locais) segundo o anexo I do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lei nº9.503/1997.
Denominações como vias expressas, especiais, marginais, entre outras não constam no CTB,
mas são usualmente empregas e constam em certas legislações municipais, como é o caso em
questão.
Segundo o anexo I da lei nº9.503/1997, a via arterial é “caracterizada por interseções em nível,
geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias
e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade”. Já as vias locais são caracterizadas
“por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas
restritas”. Por fim, segundo o artigo 18 da lei municipal nº 612/2011 de Concórdia, “as vias
especiais são as vias locais que acabam em praças de retorno”.

Resposta: A

13) (ANALISTA DE TRÂNSITO E TRANSPORTES – DETRAN/CE - UFCE CEV - 2018)


Muitas vezes não se sabe como são determinados os sentidos de fluxo, limites de
velocidade, permissão de estacionamento e sinalização de uma via. Entender as
características das vias permite compreender as regras que as regem e, dessa forma,
segui-las.

Atente ao que se diz sobre as características das vias apresentadas a seguir e assinale com (V)
o que for verdadeiro e com (F) o que for falso.
I. ( ) A via de trânsito rápido é caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem
interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres
em nível.
II. ( ) A via arterial é caracterizada por interseções em nível, geralmente controladas por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o
trânsito entre as regiões da cidade.
III. ( ) A via coletora é destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar
ou sair das vias locais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
IV. ( ) A via local é caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinadas apenas
ao acesso local ou a áreas restritas.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


A) V, V, V, F.
B) V, V, F, V.
C) F, F, V, F.
D) F, F, F, V.
GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: Consultar as definições do anexo I do Código de Trânsito Brasileiro (CTB),


lei nº9.503/1997.

Assertiva I: VERDADEIRA. A definição de via de trânsito rápido está correta de acordo com o
CTB.
Assertiva II: VERDADEIRA. A definição de via arterial está correta de acordo com o CTB.
Assertiva III: FALSA. A definição correta de via coletora segundo o CTB é: “aquela destinada a
coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido
ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade”.
Assertiva IV: VERDADEIRA. A definição de via local está correta de acordo com o CTB.

Resposta: B

14) (ARQUITETO – CAU/MG - FUNDEP - 2014) Uma onda de protestos tomou as ruas de
diversas cidades do país, em junho de 2013, para contestar os aumentos nas tarifas de
transporte público nos grandes centros e cobrar maior eficiência e qualidade na
prestação dos serviços de transporte urbano. Criada, tendo como um dos princípios a
acessibilidade universal, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, Lei nº 12.587, de 3
de janeiro de 2012, é instrumento da política de desenvolvimento urbano que tem como
objetivo a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da
acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município.

Assinale a alternativa que NÃO apresenta um direito do usuário descrito na Política de Mobilidade
Urbana.
A) Ter ambiente seguro e acessível para a utilização do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.
B) Propor melhorias e incentivos para o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.
C) Participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de mobilidade
urbana.
D) Ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita e
acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros
modais.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

DICA DA AUTORA: Para esta questão verifique os quatro direitos dos usuários que a Política
Nacional de Mobilidade Urbana traz nos incisos do artigo 14.

Alternativa A: CORRETA. Um ambiente seguro e acessível é um direito do usuário conforme o


inciso IV.
Alternativa B: INCORRETA. Propor melhorias e incentivos não é um direito. A alternativa
substituiu o quarto direito do usuário conforme o inciso I: receber o serviço adequado.
Alternativa C: CORRETA. A participação na política local de mobilidade urbana é um direito do
usuário conforme o inciso II.
Alternativa D: CORRETA. O acesso à informação nos pontos de embarque e desembarque é
um direito do usuário conforme o inciso III.

15) (ANALISTA - EMPLASA - VUNESP - 2014) Segundo a Política Nacional de Mobilidade


Urbana,

(A) o transporte coletivo – em especial em projetos estruturadores do território e indutores do


desenvolvimento urbano integrado – tem precedência sobre o individual, e o transporte
motorizado, sobre o não motorizado.
(B) em áreas conurbadas, aglomerações urbanas e regiões metropolitanas, a União apoiará e
estimulará ações de mobilidade urbana coordenadas e integradas entre Municípios e Estados.
(C) a articulação interinstitucional dos órgãos gestores dos entes federativos deve ocorrer por
meios alternativos que evitem a necessidade de formação de consórcios públicos, que são de
difícil viabilização.
(D) todos os contratos de serviços de transporte público metropolitano serão celebrados pelo
regime de concessão, como parcerias público-privadas, por períodos superiores a cinco e
inferiores a 35 anos.
(E) a periodicidade dos reajustes tarifários será anual, devendo o índice de reajuste, a ser
instituído por decreto do executivo federal, refletir a variação dos custos setoriais de prestação
do serviço e ser regionalizado.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

Alternativa A: INCORRETA. Ao contrário do que a alternativa afirma, conforme inciso II do artigo


6 da lei nº12.587/2012, o transporte não motorizado tem prioridade sobre o motorizado.
Alternativa B: CORRETA. O apoio e estímulo a ações integradas de mobilidade em áreas
conurbadas, aglomerações urbanas e regiões metropolitanas é uma das atribuições da União
conforme §1o, Inciso VII, artigo 16 da lei nº12.587/2012.
Alternativa C: INCORRETA. Ao contrário do que a alternativa afirma, conforme inciso VIII do
artigo 8 da lei nº12.587/2012, a articulação interinstitucional dos órgãos gestores deve acontecer
por meio de consórcios públicos.
Alternativa D: INCORRETA. O regime econômico e financeiro para contratação de serviços de
transporte público metropolitano pode ser celebrado por concessão ou por permissão. Além
disso, a lei nº12.587/2012 não define o período do contrato, esta definição cabe à respectiva
licitação.
Alternativa E: INCORRETA. A lei nº12.587/2012 não institui que a periodicidade dos reajustes
tarifários será anual, mas que a periodicidade deve ser estabelecida pelo poder público delegante
no edital e no contrato administrativo (§7o à §10o do artigo 9).

Urbanismo Teoria e Projeto

16) (ARQUITETO - ALBA – FGV – 2014) Analise as afirmativas referentes à proteção de


taludes com vegetação, assinalando (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.

I. ( ) A grama é um elemento da maior importância na estabilização de taludes, na medida em


que dificulta a erosão do solo.
II. ( ) A criação de linhas perpendiculares às curvas de níveis, alternando uma de arbusto com
uma de grama ou de bambu, faz com que o terreno se fixe melhor.
III. ( ) As fileiras plantadas de arbustos ou de mato rasteiro nativo devem se desenvolver numa
linha bem apertada, para reduzir a velocidade de descida da água.

As afirmativas são, respectivamente,


(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e V.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

DICA DA AUTORA: Esta questão foi elaborada com base no livro Infraestrutura da Paisagem
(MASCARÓ e (ORG.), 2008).

Assertiva I: VERDADEIRA. A grama auxilia na fixação do solo e na diminuição das partículas


arrastadas pelo escoamento das águas pluviais.
Assertiva II: FALSA. A linhas de vegetação criadas devem ser paralelas às curvas de níveis.
Assertiva III: VERDADEIRA. Os caules e folhagens das plantas funcionam como obstáculos ao
escoamento das águas pluviais.
Resposta: C

17) (ARQUITETO – DETRAN/RO - IDECAN - 2014) Considerando as três grandes linhas


projetuais identificadas por Macedo (1999, p. 17-20) na arquitetura paisagística
brasileira, relacione adequadamente as colunas. (Os números poderão ser usados mais
de uma vez.)

1. Eclética.
2. Moderna.
3. Contemporânea.

I. ( ) O programa de usos é bastante diversificado, abrindo-se a oportunidade ao lazer ativo, sem,


entretanto, existir o abandono da atividade de contemplação como uma meta a ser implantada.
II. ( ) Denominações como utilitarismo e desconstrutivismo ecológico podem ser atribuídas às
diversas facetas projetuais desta linha, que permite toda uma série de experiências.
III. ( ) Tem como característica básica o tratamento do espaço livre dentro de uma visão romântica
e idílica, que procura recriar nos espaços a imagem de paraísos perdidos, de campos bucólicos
ou de jardins de palácios reais, incorporando no seu ideário toda uma concepção pitoresca de
mundo.
IV. ( ) Tem como característica básica o abandono de qualquer referência aparente do passado
imediato, adotando uma forte postura nacionalista, na qual a vegetação nativa é sobrevalorizada.
V. ( ) Os espaços então criados são destinados à contemplação, ao passear e ao flanar, ao passo
que aqueles dedicados exclusivamente às atividades esportivas são raros.
VI. ( ) Diretrizes projetuais sofrem uma concorrência de novos posicionamentos que,
direcionados, tanto por um viés ecológico quanto por uma tendência de utilização de antigos
ícones do passado, possibilitam o surgimento de novas organizações para os espaços livres.

A sequência está correta em


A) 1, 2, 3, 1, 2, 3.
B) 1, 3, 2, 2, 1, 3.
C) 2, 1, 3, 2, 1, 3.
D) 2, 3, 1, 2, 1, 3.
E) 3, 3, 2, 1, 2, 1.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário

DICA DA AUTORA: As alternativas trazem trechos do livro Quadro do Paisagismo no Brasil


(MACEDO, 1999).

Assertiva I: ECLÉTICA. O início do ecletismo na arquitetura paisagística brasileira se deu na


segunda metade do século XVIII. Essa linha projetual é marcada por uma importação estética
bucólica do paisagismo europeu, pela função de contemplação e por ser um local de encontro
da sociedade. Os Passeios Públicos do Rio de Janeiro e de Salvador são exemplos desta linha.
Assertiva II: MODERNA. O paisagismo moderno brasileiro é marcado por rupturas com o
ecletismo: a) a vegetação nativa é valorização; b) as atividades não se restringem à
contemplação e passam a agregar outros usos, como o esportivo; c) o traçado dos pisos possui
formas curvas e cores vibrantes. Burler Marx é o grande nome do paisagismo moderno brasileiro.
Assertiva III: CONTEMPORÂNEA. Essa linha paisagística, iniciada no final do século XX, marca
uma ruptura com a linha moderna e, portanto, resgata certas características da linha eclética
como a influência europeia, a cenarização do espaço e a utilização de ícones do passado. Outras
características dessa linha são as experiências com o traçado urbano, como o desconstrutivismo,
e manifestações dos ideários ecológicos.

Resposta: D
18) (ARQUITETO - CÂMARA RECIFE/PE - FGV - 2014) O Projeto paisagístico do parque
contemporâneo não requer estudos sofisticados, apresentando custos baixos em
relação aos benefícios sociais que pode trazer. A estrutura formal do parque
contemporâneo pós-moderno é caracterizada pela:

(A) inserção de canteiros de cunho geométrico;


(B) conservação de remanescente natural, dentro do contexto urbano;
(C) reintrodução de elementos típicos do passado distante;
(D) adoção de espaços altamente elaborados com desenhos de pisos;
(E) manutenção da estrutura morfológica padrão, estruturada por gramados e jardins.

GRAU DE DIFICULDADE: Difícil

Alternativa A: INCORRETA. O paisagismo pós-moderno não se restringe a uma linha de


traçado. Existem linhas projetuais que tendem ao resgate de elementos do passado e que
adotam canteiros geométricos, mas também existem aqueles com vertentes desconstrutivistas
e até ambientalistas que adotam traçados mais orgânicos e rústicos.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar do paisagismo contemporâneo ter uma de suas vertentes
ambientalista que visa o aproveitamento da vegetação nativa existente, a conservação de
remanescentes naturais não é uma característica de todas as vertentes desta fase.
Alternativa C: CORRETA. O paisagismo pós-modernista é permeável a diversas influências e
inclui entre seus elementos as formas icônicas do passado, como colunas e frontões da
arquitetura clássica (MACEDO, 1999).
Alternativa D: INCORRETA. A adoção de desenhos de pisos elaborados é um aspecto do
paisagismo moderno brasileiro, muito presente nos pisos ondeantes de Burle Marx.
Alternativa E: INCORRETA. O traçado pós-modernista adota pouca vegetação e grandes áreas
pavimentadas e pontuadas com fontes, esculturas ou vegetações que criam cenários.

19) (ARQUITETO – DETRAN/RO - IDECAN - 2014) “Paisagismo é um termo genérico no


Brasil, e costuma ser utilizado para designar as diversas escalas e formas de ação e
estudo sobre a paisagem, que podem variar do simples procedimento de plantio de um
jardim até o processo de concepção de projetos completos de arquitetura paisagística
como parques ou praças. O conceito de arquitetura paisagística corresponde a uma ação
de projeto específica, que passa por um processo de criação a partir de um programa
dado, visando atender à solicitação de resolução de uma demanda social requerida por
um interlocutor específico, seja ele o Estado, um incorporador imobiliário, uma família.”
(Macedo, 1999, p. 13-14.)

Assinale a alternativa INCORRETA acerca das definições e práticas de paisagismo e arquitetura


paisagística.
A) O projeto de arquitetura paisagística sempre está aplicado ao espaço livre (como uma rua,
um pátio, um jardim, um parque) e não exige necessariamente a utilização de vegetação para
sua concretização.
B) Um trabalho exclusivo de plantio, porém, pode ser designado como um projeto de arquitetura
paisagística estrutural ou complementar quando de algum modo colabora na reorganização
tridimensional do espaço.
C) O plantio solitário de vegetação, posterior à definição de pisos, de paredes, de águas e de
equipamentos, atividade comumente denominada de paisagismo, não pode ser considerado, em
geral, como um procedimento de arquitetura paisagística.
D) O projeto do espaço livre em si (ruas, largos, jardins, praças, entre outros) está sempre
dissociado do contexto urbano no qual se insere, uma vez que suas especificidades, como escala
e diversidade de elementos, o tornam independente no que diz respeito à configuração da
cidade.
E) Um projeto de arquitetura paisagística envolve uma pré-concepção tridimensional,
desenvolvida de modo a qualificar ambiental, estética e funcionalmente um espaço livre
determinado, que pode, de acordo com a escala do projeto, ter um significado complementar ou
estrutural em relação ao espaço.

GRAU DE DIFICULDADE: Intermediário


DICA DA AUTORA: As alternativas trazem trechos do livro Quadro do Paisagismo no Brasil
(MACEDO, 1999).

Alternativa A: CORRETA. O projeto de arquitetura paisagística envolve o estudo de pisos,


vegetações, equipamentos e águas e, realmente, não se limita a intervenções que envolvam
vegetações.
Alternativa B: CORRETA. Segundo o autor, o projeto paisagístico acontece sempre que há um
processo de criação para sanar uma demanda social em determinado espaço livre. Portanto, um
trabalho exclusivo de plantio que requalifique ambiental, estética e funcionalmente um espaço
livre pode se enquadrar nesses requisitos e ser considerado um projeto de arquitetura
paisagística.
Alternativa C: CORRETA. Pela alternativa, subentende-se que em determinado espaço
aconteceram diversas intervenções que o moldaram: pisos, paredes, águas, equipamentos e,
posteriormente, o plantio solitário de vegetação. Neste caso, o plantio não poderia ser
considerado um projeto paisagístico, já que este é o conjunto dos projetos que interveem em
espaços livres.
Alternativa D: INCORRETA. O projeto do espaço livre sempre deve estar associado ao contexto
urbano. Mesmo que o traçado de um projeto pressuponha marcar rupturas entre os traçados e
elementos da intervenção e o do entorno, ainda assim o espaço tem uma relação de
interdependência com a cidade.
Alternativa E: CORRETA. O projeto paisagístico, de fato, envolve intervenções espaciais que
influem em três aspectos: na funcionalidade, na estética e na adequação ambiental. Um projeto
de caráter estrutural é aquele que altera totalmente um espaço pré-existente e um de caráter
complementar é aquele que requalifica o espaço, mas mantem sua estrutura espacial.

20) (ARQUITETO - ITAIPU BINACIONAL - NC UFPR - 2014) Vegetação introduzida nos


espaços urbanos exerce um papel importante na percepção e construção do ambiente
de vida das pessoas. Sobre o tema, considere a arborização urbana em relação ao clima
e os efeitos de calor, sensação térmica e isolamento acústico, e identifique como
verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

I. ( ) Uma das funções mais importantes da arborização urbana é o sombreamento, cuja principal
finalidade é amenizar o rigor térmico da estação quente no clima subtropical e durante o ano na
região tropical.
II. ( ) Nos estudos do fenômeno de ilha de calor, nos quais a escala urbana considerada é a
cidade na sua globalidade, as modificações da temperatura do ar observadas nos bairros
periféricos são consideravelmente maiores do que os das áreas centrais.
III. ( ) O fenômeno da canalização do vento se produz de maneira significativa quando o corredor
é bem definido e relativamente estreito, ou seja, sua largura é menor que 2,5 vezes sua altura
média.
IV. ( ) Os estudos até o presente momento realizados mostram que somente densas barreiras
vegetais conseguem determinar uma redução apreciável nos níveis sonoros – entre 50 e 100
metros de plantio vegetal adensado –, o que torna esse tipo de tratamento muito eficaz e
econômico para o isolamento ou mitigação dos ruídos nas cidades.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a) F – V – F – V.
b) V – V – F – V.
c) V – F – V – F.
d) F – V – V – F.
e) V – F – V – V.

GRAU DE DIFICULDADE: Fácil

DICA DA AUTORA: As assertivas foram desenvolvidas com base no livro Vegetação Urbana
(MASCARÓ e MASCARÓ, 2005).
Assertiva I: VERDADEIRA. O sombreamento melhora o conforto ambiental urbano ao diminuir
o rigor térmico, diminuir as temperaturas superficiais dos pavimentos e fachadas e diminuir a
sensação térmica dos cidadãos (MASCARÓ e MASCARÓ, 2002).
Assertiva II: FALSA. No fenômeno da ilha de calor são nas áreas centrais que são observadas
as maiores modificações da temperatura do ar (MASCARÓ e MASCARÓ, 2002).
Assertiva III: VERDADEIRA. A assertiva transcreve corretamente a definição de canalização do
vento segundo Mascaró e Mascaró (2002). Esse fenômeno pode ocorrer por um corredor
formado pelas edificações ou pela vegetação e contribui com a melhora do condicionamento
térmico das edificações e dos espaços aberto. De forma geral, é um fenômeno desejado, mas
com o limite da velocidade do vento a partir de 3,5m/s, quando começa causar desconforto ao
pedestre.
Assertiva IV: FALSA. Duas informações devem ser consideradas: a) para uma redução
apreciável nos níveis sonoros é necessária uma barreira densa de 100m de espessura de
coníferas; b) para uma atenuação do ruído é necessária uma largura mínima de 10m de
vegetação, mas é recomendado 50m para valores apreciáveis, sendo antieconômico para um
simples enfraquecimento acústico (MASCARÓ e MASCARÓ, 2002).

Resposta: C

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