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Lei Complementar Municipal n° 281/2019 de 31/07/2019 e alterações introduzidas pela

Lei Complementar Municipal n° 323/2021.

MINUTA PARA APRECIAÇÃO PELO CONSELHO DA CIDADE DE ARAQUARI

Datas das Reuniões Extraordinárias: 25 e 26/05/2023 em conformidade com o Edital de


Convocação de 11/05/2023.

As alterações constam grifadas em diversas cores que representam as várias etapas


de atualização do texto, sendo a cor amarela a etapa inicial; os artigos, incisos e parágrafos
modificados constam como (nova redação) e os que foram introduzidos constam como
(redação acrescida); os textos revogados aparecem taxados na cor cinza e constam como
(revogado); as justificativas técnicas da SEPLAN na forma de comentário constam gravadas
em itálico na cor vermelho; os textos gravados em azul foram introduzidos e/ou revogados
pela Lei Complementar n° 323/2021, constando o n° da Lei entre parênteses; a visualização
do texto original para comparação poderá ser obtido através do Link:
https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-araquari-sc sendo que os anexos vigentes
podem ser baixados ao final do texto no Link: Dowload Anexos: Anexos Consolidados;
solicitamos aos Senhores (as) conselheiros (as) que ao enviarem sugestões modificativas,
insiram sempre o texto na integra e abaixo dele o texto editado para uma melhor
compreensão da proposição, lembrando que o formulário deve ser assinado para sua
validação;

Em nome da municipalidade, agradecemos o espírito público empenhado e a


participação colaborativa de Vossas Senhorias como parte do processo de planejamento
urbano participativo em conformidade com o Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257/2001.

Araquari, 11 de maio de 2023.

Atenciosamente

Prefeitura de Araquari

Secretaria de Planejamento Urbano

........

Esta Lei Complementar dispõe sobre a Revisão do Plano Diretor do Município de


Art. 1º
Araquari, instituído pela Lei Complementar nº 50, de 11 de outubro de 2006, consolidam
as políticas públicas, princípios, diretrizes e objetivos implantados no Município, alinhados
às demais disposições legais e as dinâmicas demográfica, social, econômica, ambiental,
visando orientar a atuação do Poder Público e da iniciativa privada, bem como o
atendimento às aspirações da comunidade, sendo a principal referência normativa das
relações entre o cidadão, o Poder Público e a iniciativa privada.

Em atendimento ao estabelecido no § 1º do art. 182 da Constituição da República


Art. 2º
Federativa do Brasil, no parágrafo único do art. 140 da Constituição do Estado de Santa
Catarina e no art.197 da Lei Orgânica do Município, esta Lei Complementar é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbanos, e estabelece
normas de ordem pública e interesse social que regulam:

I - o conjunto de objetivos, estratégias, normas de uso e ocupação do solo, instrumentos e


regras de transição que orientarão as ações do poder público e da iniciativa privada, como
forma de assegurar o direito à cidade sustentável referido no inciso I do art. 2º da Lei
Federal nº 10.257/2001, ou Estatuto da Cidade; (revogado)

I - o conjunto de objetivos, estratégias, normas de uso, ocupação e parcelamento do solo,


instrumentos e regras de transição que orientarão as ações do poder público e da
iniciativa privada, como forma de assegurar o direito à cidade sustentável referido no
inciso I do art. 2º da Lei Federal nº 10.257/2001, ou Estatuto da Cidade; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Faltou o termo parcelamento do solo

II - o uso da propriedade urbana, pública ou privada, em prol do bem coletivo, do


equilíbrio ambiental e da segurança e bem-estar das presentes e futuras gerações.

Em atendimento ao prescrito no § 2º do art. 40 do Estatuto da Cidade, o disposto


Art. 3º
nesta Lei Complementar abrange a totalidade do território do Município.

Fica subordinada a esta Lei Complementar toda e qualquer ação e omissão praticada
Art. 4º
por agentes públicos e privados que tenham relação com a elaboração, aprovação, revisão
e cumprimento de normas que impactem no desenvolvimento e expansão urbanos.

Parágrafo único. As normas referidas no caput são as que regulam, especialmente:

I - planos setoriais;

II - disciplina do parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;

III - alterações de zoneamento e de perímetro urbano;

IV - instalação de equipamentos públicos;

V - obras públicas e privadas;

VI - empreendimentos imobiliários;

VII - matéria edilícia;

VIII - posturas municipais;

IX - sistema viário;

X - normas ambientais municipais.

Art. 5º Em atendimento ao disposto no § 1º do art. 40 do Estatuto da Cidade, o Plano


Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual deverão incorporar as
diretrizes e prioridades previstas nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS

Fica estabelecido que administradores, legisladores, conselhos municipais, cidadãos


Art. 6º
e intérpretes em geral desta Lei Complementar deverão observar as diretrizes e objetivos
gerais previstos neste Capítulo.

Constituem diretrizes desta Lei Complementar as previstas nos termos do art. 2º do


Art. 7º
Estatuto da Cidade, e as seguintes:

I - promoção da gestão democrática;

II - cumprimento a premissa constitucional das funções sociais da propriedade e da cidade;

III - qualificação e o desenvolvimento equilibrado e sustentável do meio urbano e rural;

IV - preservação do patrimônio em suas extensões ambientais, histórica e culturais;

V - promoção ao acesso de infraestrutura básica a todas as regiões da cidade;

VI - fomento, incentivo e integração sustentável das atividades econômicas ligadas à


indústria e agropecuária;

VII - reformulação dos eixos de deslocamento local do Município.(revogado)

VII - reformulação dos eixos de mobilidade do Município. (nova redação)

Comentário SEPLAN: O termo mobilidade é mais abrangente e interligado a todos os


modais ao mesmo tempo

Esta Lei Complementar terá o objetivo geral de garantir o acesso a uma cidade
Art. 8º
sustentável, desenvolvendo e integrando a ocupação e uso do solo com as áreas verdes,
ampliando e reestruturando o sistema viário para além dos eixos rodoviários das Rodovias
BR-101 e BR-280, de forma a:

I - conformar policentralidades;

II - desenvolver a economia a partir da diversidade; (revogado)

II - desenvolver a economia a partir da diversidade do uso do solo, mesclando habitação e


trabalho no mesmo território; (nova redação)

Comentário SEPLAN: O termo diversidade não está suficientemente claro em relação a


abrangência pretendida pelo legislador para um artigo de Plano Diretor.
III - equilibrar o desenvolvimento urbano e rural; (revogado)

III - equilibrar o desenvolvimento urbano e rural de forma sustentável e formal; (nova


redação)

Comentário SEPLAN: Necessidade de adjetivar o desenvolvimento a ser alcançado.

IV - proporcionar eficiência à mobilidade. (revogado)

IV - proporcionar eficiência à mobilidade, especialmente fora dos eixos rodoviários. (nova


redação)

Comentário SEPLAN: A eficiência da mobilidade como um todo só ocorrerá se os eixos


viários fora do sistema rodoviário ocorrerem e de forma eficiente.

TÍTULO II
DAS ESTRATÉGIAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Para atingir o objetivo geral referido no art. 8º, o Poder Executivo Municipal deverá
Art. 9º
executar as Estratégias previstas neste Título.

Art. 10. Constituem as estratégias desta Lei Complementar:

I - Estratégia de Qualificação do Patrimônio;

II - Estratégia de Estruturação Urbana;

III - Estratégia de Mobilidade Urbana;

IV - Estratégia de Desenvolvimento Econômico;

V - Estratégia de Promoção Social.

CAPÍTULO II
DA ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Art. 11. São objetivos da Estratégia de Qualificação do Patrimônio:

I - promover a preservação e valorização do patrimônio cultural, material e imaterial;

II - propiciar a qualificação do território municipal e promover a gestão ambiental;

III - promover a proteção e recuperação das Áreas de Preservação Permanente, e de


espaços essenciais a sadia qualidade de vida da população.
Para atingir os objetivos da Estratégia de Qualificação do Patrimônio, o Município
Art. 12.
deverá:

I - identificar e mapear as áreas naturais de conservação e recuperação ambiental;

II - estimular a proteção do patrimônio por meio da utilização dos instrumentos


urbanísticos;

III - fiscalizar a preservação dos recursos naturais para impedir a degradação ambiental;

IV - criar mecanismos para recuperação ambiental;

V - integrar as áreas naturais de preservação e recuperação ambiental e os elementos de


patrimônio às atividades turísticas;

VI - implantar corredor ecológico com finalidade de preservar a Fauna e Flora e possibilitar


o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a
recolonização de áreas degradadas;

VII - gerenciar as atividades de impacto e níveis de poluição e de degradação do ambiente;

VIII - preservar os recursos hídricos, a paisagem natural, a estabilidade geológica, a


biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora e proteger o solo;

IX - equilibrar as atividades urbanas e rurais, econômicas e sociais de forma a racionalizar


os recursos naturais;

X - implantar áreas de lazer e recreativas preferencialmente integradas as áreas verdes e


áreas de preservação permanente;

XI - ampliar a arborização de ruas, criando faixas verdes que conectem praças, parques ou
áreas verdes;

XII - estimular a educação ambiental visando a conservação dos recursos naturais;

XIII - implementar as ações previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico e de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

XIV - gerenciar os serviços de saneamento básico, promovendo a sustentabilidade


ambiental;

XV - promover a preservação, restauração e qualificação do patrimônio histórico


arquitetônico, arqueológico e seu entorno.

Parágrafo único. As ações referidas no caput deverão ser realizadas observando-se os


prazos constantes na tabela do Anexo 11 desta Lei Complementar, e por meio:

I - da aplicação desta Lei Complementar e do Plano Municipal de Saneamento Básico e de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

II - da elaboração do Plano Municipal de Cultura.

CAPÍTULO III
DA ESTRATÉGIA DE ESTRUTURAÇÃO URBANA

Art. 13. São objetivos da Estratégia de Estruturação Urbana:

I - promover a equilibrada articulação e estruturação da área urbana com a área rural e a


integração com a Região Metropolitana;

II - promover uso e ocupação do solo ordenados;

III - promover a diversidade e a mescla de usos compatíveis;

IV - estimular a vitalidade urbana;

V - garantir o acesso à terra urbanizada e à moradia.

Art. 14. Para atingir os objetivos da Estratégia de Estruturação Urbana, o Município deverá:

I - potencializar as vocações territoriais ambientais, urbanas ou rurais;

II - aplicar os instrumentos do Estatuto da Cidade de forma a induzir a utilização adequada


das áreas não utilizadas ou subutilizadas;

III - promover a implantação de infraestrutura básica urbana e rural;

IV - distribuir de forma equânime no território os equipamentos urbanos e comunitários;

V - fiscalizar e coibir as ocupações irregulares;

VI - promover a requalificação urbanística e regularização fundiária dos assentamentos


habitacionais irregulares;

VII - buscar ações integradas entre os municípios da Região Metropolitana para a


estruturação urbana sustentável, especialmente nas áreas conturbadas;

VIII - estruturar e qualificar as centralidades de Barra do Itapocú, Rainha, Itinga e Centro;

IX - dinamizando suas potencialidades de acordo com seu perfil socioeconômico e cultural,


a capacidade de suporte da infraestrutura, serviços e equipamentos disponíveis;
X - qualificar as regiões que se encontram com infraestrutura inadequada mediante justa
distribuição dos investimentos públicos e privados e dos serviços de promoção do direito à
cidade;

XI - evitar a proximidade ou conflitos entre usos e atividades incompatíveis ou


inconvenientes;

XII - promover o uso ou aproveitamento adequados em relação à infraestrutura urbana;

XIII - evitar a retenção especulativa de imóveis urbanos.

Parágrafo único. As ações referidas no caput deverão ser realizadas observando-se os


prazos constantes na tabela do Anexo 11 desta Lei Complementar, e por meio da
elaboração do Plano de Macrodrenagem.

CAPÍTULO IV
DA ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE URBANA

Art. 15. .São objetivos da Estratégia de Mobilidade Urbana:

I - promover a acessibilidade para todos, considerando as diferentes necessidades de


deslocamento;

II - propiciar a ampliação e integração dos modos de transporte;

III - promover a mobilidade urbana e qualificar o serviço de transporte público coletivo.

Art. 16. Para atingir o objetivo da Estratégia de Mobilidade Urbana, o Município deverá:

I - ampliar e reestruturar o sistema viário para além dos eixos rodoviários da BR-101 e BR-
280, reduzindo o conflito entre o trânsito local e o de passagem nas rodovias;

II - priorizar o transporte coletivo sobre o individual;

III - reduzir as distâncias a percorrer e os tempos de viagens;

IV - reestruturar e articular o Sistema de Transporte Coletivo com o transporte


metropolitano e interestadual;

V - incentivar o desenvolvimento de alternativas de transporte;

VI - priorizar a acessibilidade de pedestres, ciclistas e de pessoas com deficiência ou


mobilidade reduzida, sobre o transporte motorizado;

VII - reformular os eixos de deslocamento local do município; (revogado)


VII - reformular os eixos de mobilidade município; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Atualização do termo para o vocábulo mais abrangente.

VIII - proporcionar conectividade e continuidade do sistema viário, promovendo a


integração das áreas do município;

IX - implementar o plano de mobilidade urbana do município.

Seção I
DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 17. O
Sistema Viário abrange, os projetos e as obras de implantação da malha viária,
inclusive das ciclovias e calçadas, com vistas à fluidez e segurança no trânsito e com o
objetivo de:

I - priorizar a acessibilidade de pedestres, ciclistas e de pessoas com necessidades


especiais e mobilidade reduzida, sobre o transporte motorizado;

II - implantar novos projetos de estruturação viária integrados com o tecido urbano


preexistente;

III - garantir a fluidez do trânsito, mantendo-se os níveis de segurança adequados;

IV - garantir a fluidez no transporte de cargas e mercadorias, visando o desenvolvimento


econômico;

V - implementar o sistema de sinalização viária.

Art. 18. Constituem-se diretrizes do Sistema Viário:

I - redução do conflito entre o trânsito local e o de passagem nas rodovias federais e


estaduais;

II - integração das diferentes áreas do município separadas por barreiras naturais e


construídas;

III - hierarquização do sistema viário municipal segundo critério funcional;

IV - implantação de um sistema cicloviário interligando as diferentes áreas do município;

V - ampliação e melhoria da rede de circulação de pedestres;

VI - qualificação do sistema de atendimento às pessoas portadoras de necessidades


especiais ou com mobilidade reduzida;
VII - implantação de novos eixos viários interligados com os existentes para integrar as
diferentes áreas do município, conforme Mapa do Sistema Viário, Anexo 12 desta Lei e
Hierarquia Viária, Anexo 13 desta Lei;

VIII - implantação de pontes, túneis e passarelas para pedestres, para suprimir as barreiras
naturais e construídas;

IX - manutenção, recuperação ou pavimentação de todas as vias arteriais e coletoras,


principalmente aquelas de circulação do transporte coletivo;

X - criação de legislação e política de padronização e qualificação do passeio público;

XI - inclusão da acessibilidade universal na legislação referente obras e edificações;

XII - implantação de marginais ao longo das vias expressas BR 101 e BR 280 para separar o
trânsito local do trânsito de passagem.

Parágrafo único. As ações referidas no caput deverão ser realizadas observando-se o Plano
de Mobilidade Urbana do município e demais diretrizes viárias nele contidas.

CAPÍTULO V
DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 19. São objetivos da Estratégia de Desenvolvimento Econômico:

I - fortalecer as vocações econômicas do município de produção agrícola, pesqueira e


industrial;

II - estruturar o segmento do turismo, explorando o potencial do território para esse fim.

Para atingir os objetivos da Estratégia de Desenvolvimento Econômico, o Município


Art. 20.
deverá:

I - incentivar a articulação da economia local com a regional, nacional e internacional;

II - definir zoneamento específico para incentivar a instalação de indústrias de grande


porte em zoneamento específico, visando reduzir os conflitos de usos;

III - fortalecer atividades comerciais e de serviços de apoio à produção em geral;

IV - atrair a implantação de instituições educacionais que ofertem cursos técnicos


profissionalizantes e de ensino superior;

V - estimular o desenvolvimento e o adensamento das atividades econômicas nas


policentralidades do município;
VI - implantar infraestrutura necessária para atrair a realização de atividades turísticas,
especialmente na Zona de Interesse Cultural, Zona de Interesse Turístico e Zona de
Parque;

VII - incentivar a integração sustentável das atividades econômicas ligadas à indústria e


agropecuária;

VIII - desenvolver atividades industriais, comércios e serviços compatíveis, e alinhadas com


a conservação de áreas verdes, preservação das atividades rurais e maior investimento no
turismo.

Parágrafo único. As ações referidas no caput deverão ser realizadas observando-se os


prazos constantes na tabela do Anexo 11 desta Lei Complementar.

CAPÍTULO VI
DA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO SOCIAL

Art. 21. São objetivos da Estratégia de Promoção Social:

I - promover a igualdade social e melhorar a qualidade de vida da população;

II - promover o acesso à habitação digna, ao trabalho e renda, à educação, saúde, lazer,


assistência social e à segurança.

Art. 22. Para atingir os objetivos da Estratégia de Promoção Social, o Município deverá:

I - elaborar e implementar o Plano Municipal de Habitação;

II - criar, regulamentar e implantar as áreas especiais de interesse social;

III - implantar os instrumentos de regularização fundiária, promovendo a legalização das


ocupações irregulares.

Parágrafo único. As ações referidas no caput deverão ser realizadas observando-se os


prazos constantes na tabela do Anexo 11 desta Lei Complementar, e por meio:

I - da elaboração do Plano Municipal de Habitação;

II - da elaboração do Lei Municipal de Regularização Fundiária.

TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DO ESTATUTO DA CIDADE

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Ficam incorporados ao ordenamento urbanístico municipal os instrumentos
Art. 23.
previstos no art. 4º do Estatuto da Cidade, e regulados neste Título.

Art. 24. Os
instrumentos regulados neste Título vinculam-se aos objetivos gerais e às
estratégias previstos nesta Lei Complementar, e deverão ser aplicados para:

I - alcançar o direito a uma cidade sustentável, especialmente garantindo a inclusão


socioespacial de toda a população, indistintamente;

II - auxiliar no cumprimento dos objetivos referidos no art. 8º e das estratégias referidas


no art. 10;

III - promover melhorias urbanas, induzindo a ocupação de áreas já dotadas de


infraestrutura e equipamentos;

IV - promover o adequado ordenamento físico-territorial do município;

V - promover:

a) a eficácia do zoneamento previsto nesta Lei Complementar;


b) a indução do desenvolvimento urbano;
c) a regularização fundiária;
d) o financiamento da política de desenvolvimento e expansão urbanos;
e) a disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo urbano;
f) a gestão democrática e participativa na elaboração, implementação e revisão dos
planos, programas e projetos de política de desenvolvimento e expansão urbanos.

Parágrafo único. Os instrumentos não poderão ser aplicados de forma a contrariar o


disposto no caput, nem prejudicar o direito à participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade nas questões relacionadas com a
política de desenvolvimento e de expansão urbanos.

Art. 25. A
aplicação dos instrumentos será promovida de forma isolada ou combinada, e
restrita à área urbana do Município.

No caso específico do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado, o


Art. 26.
Poder Público Municipal poderá exigir do proprietário que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de aplicação dos seguintes instrumentos,
regulados neste Título:

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da divida pública.


CAPÍTULO II
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 27. O
Poder Executivo Municipal somente aplicará o parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios quando possibilitado pelo Zoneamento, e na forma estabelecida
por lei municipal específica.

Parágrafo único. A lei específica referida no caput deverá ser apreciada pelo Conselho
Municipal da Cidade antes de seu envio ao Poder Legislativo, e deverá conter no mínimo:

I - em sua exposição de motivos, a fundamentação com base na comprovada existência de


infraestrutura e de demanda para a edificação ou utilização na zona onde esteja localizado
o imóvel sobre o qual será determinada a aplicação do instrumento;

II - a localização do imóvel, que deverá ser feita com base no seu registro junto ao cartório
competente ou no Zoneamento previsto nesta Lei Complementar;

III - os procedimentos para notificação do proprietário, a serem estabelecidos com base


nos §§ 2º e 3º do art. 5º do Estatuto da Cidade;

IV - os prazos para cumprimento da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar por parte do


proprietário, a serem estabelecidos com base nos §§ 4º e 5º do art. 5º e no art. 6º, todos
do Estatuto da Cidade;

V - a possibilidade de sanção por meio do IPTU progressivo no tempo, na forma desta Lei
Complementar.

São considerados imóveis não edificados os lotes e glebas com área superior a
Art. 28.
240m² (duzentos e quarenta metros quadrados), e com índice de aproveitamento utilizado
igual a 0 (zero).

Parágrafo único. O estabelecido no caput se estende aos lotes com área inferior a 240m²
(duzentos e quarenta metros quadrados), quando:

I - originários de desmembramentos aprovados após a publicação desta Lei


Complementar;

II - somados a outros lotes contíguos do mesmo proprietário que perfaçam área superior a
240m2 (duzentos e quarenta metros quadrados).

São considerados imóveis subutilizados os lotes e glebas com área superior a 240m2
Art. 29.
(duzentos e quarenta metros quadrados) que apresentem índice de aproveitamento
inferior ao mínimo definido para a zona em que se situe.

Art. 30. Ficam excluídos das categorias de não edificados ou subutilizados os imóveis que:
I - abriguem atividades que não necessitem de edificação para suas finalidades, com
exceção de estacionamentos;

II - cumpram função socioambiental relevante;

III - forem tombados ou que tenham processo de tombamento aberto pelo órgão
competente de qualquer ente federativo, ou ainda cujo potencial construtivo tenha sido
transferido;

IV - estejam nestas condições devido a impossibilidades jurídicas momentaneamente


insanáveis pela simples conduta do proprietário, e apenas enquanto estas perdurarem.

São considerados imóveis não utilizados aqueles com índice de aproveitamento


Art. 31.
utilizado igual ou superior ao índice de aproveitamento mínimo definido para a zona em
que se situe, e que esteja desocupado por mais de 1 (um) ano ininterrupto.

§ 1º A desocupação dos imóveis poderá ser comprovada, por meio de consulta às


concessionárias de fornecimento de água e luz, pela não utilização ou pela interrupção do
fornecimento do serviço.

§ 2º A classificação do imóvel como não utilizado poderá ser suspensa devido a


impossibilidades jurídicas momentaneamente insanáveis pela simples conduta do
proprietário, e apenas enquanto estas perdurarem, conforme regulamentação do Poder
Executivo.

Art. 32. O
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios não poderá ser aplicado no
caso de imóvel desocupado em virtude de litígio judicial ou resultantes de pendências
administrativas.

Caso o proprietário alegue a inviabilidade de parcelar, edificar ou utilizar em razão


Art. 33.
de irregularidade com relação à legislação ambiental, urbanística ou edilícia, o Poder
Executivo Municipal poderá conceder prazo de 1 (um) ano, a partir da notificação,
exclusivamente para promover a respectiva regularização, desde que legalmente
admissível.

CAPÍTULO III
DO IMPOSTO TERRITORIAL E PREDIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO

No caso de não observância do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios,


Art. 34.
o Município procederá com a aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana, ou IPTU Progressivo no Tempo, com alíquotas majoradas anualmente,
pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação
de parcelar, edificar ou utilizar.

Art. 35. O valor da alíquota a ser aplicado será fixado na lei específica referida no art. 25.
Art. 36. A
alíquota a ser aplicada a cada ano será igual ao dobro do valor da alíquota do ano
anterior, não podendo ultrapassar o limite máximo de 15% (quinze por cento).

Parágrafo único. Será mantida a alíquota de 15% (quinze por cento) a partir do ano em que
o valor calculado venha a ultrapassar o limite estabelecido no caput.

Será mantida a cobrança do Imposto até que se cumpra a obrigação de parcelar,


Art. 37.
edificar ou utilizar o imóvel, ou que ocorra a sua desapropriação.

É vedada a concessão de isenções, anistias, incentivos ou benefícios fiscais relativos


Art. 38.
ao IPTU Progressivo de que trata esta Lei Complementar.

Serão suspensas quaisquer isenções do IPTU incidentes em um dado imóvel quando


Art. 39.
o proprietário for notificado para o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.

Comprovado o cumprimento da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel,


Art. 40.
ocorrerá o lançamento do IPTU sem a aplicação das alíquotas previstas nesta Lei
Complementar no exercício seguinte.

Art. 41. O
IPTU progressivo no tempo somente poderá ser aplicado como instrumento
indutor do cumprimento da função social da propriedade, ficando vedada a sua aplicação
para fins arrecadatórios.

Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em 5 (cinco)


Art. 42.
anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima até que se cumpra a referida
obrigação, sendo-lhe facultado proceder com a desapropriação do imóvel mediante
pagamento em títulos da dívida pública.

CAPÍTULO IV
DA DESAPROPRIAÇÃO MEDIANTE PAGAMENTO EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo sem


Art. 43.
que os proprietários dos imóveis tenham cumprido a obrigação de parcelar, edificar ou
utilizar, conforme o caso, o Poder Executivo municipal poderá proceder a Desapropriação
com Pagamento em Títulos da Dívida Pública.

Art. 44. Os
títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão
resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.

Art. 45. O
valor real da indenização referido no caput será estabelecido com base no
disposto no § 2º do art. 8º do Estatuto da Cidade.

Art. 46. Adjudicada


a propriedade do imóvel ao Município de Araquari, este deverá, no
prazo máximo de 5 (cinco) anos, determinar a destinação urbanística do bem, vinculada
aos objetivos estabelecidos neste Plano Diretor para a zona onde o imóvel esteja
localizado, ou iniciar o procedimento para sua alienação ou concessão, nos termos do § 5º
do art. 8º do Estatuto da Cidade.

Ficam mantidas para o adquirente ou concessionário do imóvel as mesmas


Art. 47.
obrigações de parcelamento, edificação ou utilização estabelecidas para o imóvel.

Art. 48. Os
recursos auferidos com a eventual alienação do imóvel deverão ser destinados
ao fundo municipal instituído para financiar a política de desenvolvimento urbano local.

CAPÍTULO V
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 49. O
proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície de seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada
no cartório de registro de imóveis.

Art. 50. O
direito de superfície consiste no direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço
aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a
legislação ambiental e urbanística.

Art. 51. O
superficiário responderá pelos encargos e tributos a que se refere o § 3º do art. 21
do Estatuto da Cidade.

Art. 52. Os
casos relacionados com transferência do direito de superfície a terceiros, morte
do superficiário e extinção do direito de superfície serão regulamentados com base no
disposto nos §§ 4º e 5º do art. 21, no art. 22, no art. 23 e no art. 24, todos do Estatuto da
Cidade.

CAPÍTULO VI
DAS OUTORGAS ONEROSAS DO DIREITO DE CONSTRUIR E DE ALTERAÇÃO DE USO

Art. 53. Para os efeitos desta Lei Complementar:

I - outorga onerosa do direito de construir é autorização municipal que possibilita a


edificação acima do limite estabelecido pelo índice de aproveitamento básico, mediante
contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário;

II - outorga onerosa de alteração de uso é autorização municipal que possibilita a alteração


de um dado uso previsto para um outro, mediante contrapartida financeira a ser prestada
pelo beneficiário.

Art. 54. A
aplicação da outorga onerosa do direito de construir e da outorga onerosa de
alteração de uso incidirá somente nas áreas indicadas no Zoneamento constante nesta Lei
Complementar, sob pena de nulidade. (revogado)
A aplicação da outorga onerosa do direito de construir e da outorga onerosa de
Art. 54.
alteração de uso incidirá somente nos Zoneamento constantes nesta Lei Complementar,
sob pena de nulidade. (nova redação)

Parágrafo Único - A aplicação da outorga onerosa do direito de construir e da outorga


onerosa de alteração de uso quando utilizadas para fins de regularização edilícia de
empreendimentos situados em área urbana e em desacordo com as normas urbanísticas,
incidirá em todos os zoneamentos constantes nesta Lei Complementar, exceto na macro
zona rural e naqueles cujos parâmetros de uso e ocupação do solo sejam non aedificandi e
na forma prevista por Lei complementar específica. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Existem áreas rurais e zoneamentos ambientais non aedificandis no


Plano Diretor, sendo que os instrumentos inovadores do Estatuto da Cidade só podem ser
aplicados em área urbana em zoneamentos edificáveis e sem restrições de ordem legal ou
ambiental.

Art. 55. A
aplicação da outorga onerosa do direito de construir deverá ter por justificativa
um ou mais dos fundamentos a seguir:

I - promoção da justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de


urbanização;

II - geração de recursos para o atendimento de demanda por equipamentos urbanos e


comunitários causadas pelo adensamento construtivo;

III - geração de recursos para o incremento de políticas habitacionais;

IV - geração de recursos para atendimento de demandas por áreas verdes públicas.

Art. 56. A
aplicação da outorga onerosa de alteração de uso deverá ter por justificativa um
ou mais dos fundamentos a seguir:

I - os referidos no art. 55;

II - geração de recursos para o atendimento a demandas eventualmente provocadas pela


própria alteração do uso.

Art. 57. Os
recursos auferidos com as outorgas onerosas do direito de construir e de
alteração de uso serão aplicados para atender a planos, programas ou projetos
relacionados com: (revogado

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;


IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Lei municipal específica de iniciativa do Poder Executivo regulará a aplicação das


Art. 58.
outorgas onerosas do direito de construir e de alteração de uso.

Parágrafo único. A lei complementar específica referida no caput deverá ser apreciada
pelo Conselho Municipal da Cidade antes de seu envio ao Poder Legislativo, e deverá
conter:

I - em seus considerandos:

a) no caso de outorga onerosa do direito de construir, a fundamentação com base no


disposto no art. 55;
b) no caso de outorga onerosa de alteração de uso, a fundamentação com base no
disposto no art. 56.

II - a fórmula de cálculo para a cobrança da contrapartida financeira pela outorga onerosa,


que servirá de base para a emissão de Certificado de Potencial Construtivo;

III - os procedimentos para a emissão do Certificado de Potencial Construtivo pelo Poder


Executivo Municipal;

IV - a contrapartida do beneficiário;

V - multas e sanções administrativas a serem aplicadas nos casos de descumprimento do


estabelecido na lei específica.

Art. 59. A
contrapartida financeira obtida será convertida em Certificado de Potencial
Construtivo, a ser emitido pelo Poder Executivo Municipal com base na lei específica
referida no art. 58.

CAPÍTULO VII
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 60. A
transferência do direito de construir é instrumento a ser aplicado quando imóvel
urbano público ou privado for considerado necessário, pelo Poder Executivo Municipal,
para as seguintes finalidades:

I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;

III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por


população de baixa renda e habitação de interesse social.

Parágrafo único. A transferência do direito de construir também poderá ser concedida ao


proprietário que doar seu imóvel, ou parte dele, para os mesmos fins previstos nos incisos
I a III do caput.

Art. 61. A
aplicação da transferência do direito de construir ocorrerá mediante a autorização
ao proprietário de exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito
de construir previsto nesta Lei Complementar para a zona onde se localiza o imóvel.

Art. 62. É condição indispensável à aplicação da transferência do direito de construir:

I - a combinação da comprovada existência de uma ou mais das finalidades estabelecidas


nos incisos I a III do art. 60 com os objetivos da respectiva zona em que esteja localizado o
imóvel sobre o qual será aplicado o instrumento;

II - a possibilidade de transferência apenas do potencial construtivo resultante da


diferença entre o direito de construir utilizado e o direito de construir expresso pelo índice
de aproveitamento básico, com exceção do estabelecido no § 2º do art. 64.

Art. 63. A
autorização para aplicação da transferência do direito de construir será feita por
lei municipal específica, elaborada com base nas disposições deste Capítulo, e que deverá
conter, no mínimo:

I - em seus considerandos, a fundamentação com base na combinação de uma ou mais das


finalidades estabelecidas nos incisos I a III do art. 60, com os objetivos estabelecidos para a
respectiva zona onde esteja localizado o imóvel sobre o qual incidirá o instrumento;

II - a descrição e localização do imóvel, com base, especialmente:

a) no seu registro junto ao cartório competente;


b) no Zoneamento previsto nesta Lei Complementar.

III - o potencial construtivo que o proprietário do imóvel terá direito a transferir.

Serão considerados passíveis de receber o potencial construtivo transferido de


Art. 64.
outros imóveis os lotes em que o respectivo índice de aproveitamento básico possa ser
ultrapassado.

§ 1º O potencial construtivo do imóvel receptor não poderá ultrapassar aquele definido


pelo índice de aproveitamento máximo do lote para respectiva Zona em que se localiza do
imóvel.

§ 2º Ressalvado o estabelecido no § 1º, poderá ser autorizado a transferência integral de


potencial construtivo:

I - para o imóvel doado ao Município para fins de habitação de interesse social, que esteja
localizado em Zonas Especiais de Interesse Social;

II - para a edificação considerada de interesse público para preservação do patrimônio


histórico e cultural, desde que devidamente tombada.

CAPÍTULO VIII
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Consórcio imobiliário é o instrumento de viabilização de planos de urbanização ou


Art. 65.
edificação por meio do qual o proprietário transfere seu imóvel ao Poder Público
Municipal e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias
devidamente urbanizadas ou edificadas.

Art. 66. O consórcio imobiliário terá os objetivos de:

I - promover a urbanização em áreas que tenham carência de infraestrutura e serviços


urbanos e que contenham imóveis subutilizados e não utilizados, de forma a garantir o seu
melhor aproveitamento;

II - viabilizar a utilização do imóvel transferido, de forma a atender aos objetivos da política


de desenvolvimento urbano e tornar possível o cumprimento da função social da
propriedade, especialmente no caso de imóveis com obrigações de parcelamento,
edificação ou utilização compulsórios;

III - auxiliar na execução de programas habitacionais voltados à população de baixa renda.

Art. 67. O
valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será
estabelecido conforme o disposto no § 2º do art. 46 do Estatuto da Cidade.

CAPÍTULO IX
DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

Para os efeitos desta Lei Complementar, o direito de preferência, ou direito de


Art. 68.
preempção, é instrumento que confere ao Poder Público Municipal a preferência na
aquisição de imóvel urbano que constitua objeto de alienação onerosa entre particulares,
e que será aplicado como instrumento de ordenamento e reestruturação urbana.
Art. 69. O
Poder Público municipal poderá exercer o direito de preferência sempre que for
necessário dispor de áreas para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Lei municipal específica delimitará as áreas que serão necessárias para a aplicação
Art. 70.
do direito de preferência sobre os imóveis de interesse da municipalidade, sendo condição
indispensável para a sua aprovação:

I - em sua exposição de motivos, a fundamentação com base na comprovada existência de


uma ou mais das necessidades indicadas no art. 69;

II - a possibilidade de aplicação do instrumento pelo Zoneamento previsto nesta Lei


Complementar;

III - ser elaborada com observância ao seguinte conteúdo mínimo:

a) a descrição do imóvel sobre os quais incidirá o direito de preferência, que deverá ser
feita com base, especialmente, no seu registro junto ao cartório competente;
b) indicação do registro do imóvel junto ao cartório competente;
c) as disposições relativas a prazos de vigência do instrumento, observado o disposto nos
§§ 1º e 2º do art. 25 do Estatuto da Cidade.

Art. 71. O
proprietário que tenha a intenção de vender imóvel passível de aplicação do
instrumento do direito de preferência ficará obrigado a notificar o Poder Executivo
Municipal para que este manifeste, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, o interesse em
comprá-lo.

§ 1º Junto com a notificação mencionada no caput, será anexada proposta de compra


assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, nela constando preço, condições
de pagamento e prazo de validade.

§ 2º Caso o Poder Executivo Municipal tenha interesse na compra, a respectiva


manifestação deverá ser feita por meio de publicação de edital de aviso de recebimento
da notificação do proprietário afixado em órgão oficial e em pelo menos um jornal de
grande circulação no Município, que deverá conter a intenção de aquisição do imóvel nas
condições de preço e de pagamento e, ainda, prazo de validade da proposta apresentada.

§ 3º Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a manifestação referida no caput, fica o


proprietário autorizado a realizar a venda a terceiro.

§ 4º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Poder


Executivo Municipal, num prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de
alienação do imóvel.

§ 5º A alienação a terceiro processada em condições diversas da proposta de compra


referida no § 1º será nula de pleno direito.

CAPÍTULO X
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Para os fins desta Lei Complementar, operações urbanas consorciadas são o


Art. 72.
conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal com a
participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados,
com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e a valorização ambiental.

Constituem requisitos para aplicação das operações urbanas consorciadas a


Art. 73.
comprovada necessidade de atendimento de uma ou mais das seguintes necessidades:

I - melhoria e ampliação da mobilidade urbana;

II - ampliação da oferta de áreas de uso público;

III - implantação, de forma isolada ou combinada, de programas de:

a) regularização fundiária;
b) Habitação de Interesse Social;
c) regularização edilícia;

IV - preservação, conservação e recuperação de patrimônio histórico, arquitetônico,


cultural, ambiental e paisagístico;

V - reordenamento físico-territorial, de forma a promover a segurança de habitantes de


áreas de risco ou ambientalmente protegidas.
Todas as operações urbanas consorciadas deverão ser previamente analisadas pelo
Art. 74.
Conselho Municipal da Cidade.

Art. 75. Cada operação urbana consorciada será aprovada por lei municipal específica.

Parágrafo único. A lei específica referida no caput deverá:

I - estar em conformidade com os objetivos gerais previstos no art. 8º;

II - observar as disposições de conteúdo mínimo estabelecidas nos arts. 33 e 34 do


Estatuto da Cidade, e as seguintes:

a) na exposição de motivos, comprovação da conformidade da operação com os objetivos


gerais previstos no art. 8º;
b) quando da necessidade de remoção de moradores, solução de realocação dentro do
perímetro referido no art. 76 ou, caso seja comprovadamente inviável, em vizinhança
próxima;
c) quando da existência de imóveis e espaços urbanos de especial valor histórico,
arquitetônico, cultural, ambiental e paisagístico, adoção de medidas de preservação,
conservação e recuperação.

Art. 76. A
definição de área, referida no inciso I do art. 33 do Estatuto da Cidade, deverá ser
feita por meio da delimitação de seu perímetro.

No programa básico de ocupação da área, referido no inciso II do art. 33 do Estatuto


Art. 77.
da Cidade, deverá constar as intervenções previstas.

Art. 78. A
forma de controle, referida no inciso VII do art. 33 do Estatuto da Cidade, não
poderá contrariar o disposto no art. 74.

Ficam definidas como áreas passíveis de aplicação das operações urbanas


Art. 79.
consorciadas as definidas no Zoneamento previsto nesta Lei Complementar.

Art. 79A. Os instrumentos inovadores do Estatuto da Cidade dispostos nesta Lei


complementar serão introduzidos na legislação urbanística por meio de Lei específica.
(nova redação)

CAPÍTULO XI
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 80. O
Estudo de Impacto de Vizinhança, ou EIV, é instrumento de subsídio à tomada de
decisão nos processos de concessões de licenças ou autorizações a empreendimentos,
atividades, e intervenções urbanísticas, públicas ou privadas, no âmbito do Município, que
na sua instalação, construção, operação, reforma, ampliação, funcionamento ou
regularização causem impactos à população e ao entorno.
Parágrafo único. A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido
nos termos da legislação ambiental, nem os demais licenciamentos de competência
municipal.

Art. 81. O EIV terá os seguintes objetivos:

I - proteger a qualidade de vida da população situada na área diretamente impactada e na


área de influência do empreendimento ou atividade;

II - subsidiar o Poder Executivo Municipal, o Conselho Municipal da Cidade, e as


populações das áreas impactadas e de influência nos processos de tomadas de decisão
relativos ao licenciamento urbano e ambiental de empreendimentos e atividades;

III - orientar a realização de adaptações aos projetos de licenciamento urbano e ambiental,


de forma a adequá-los às características urbanísticas, ambientais, culturais e
socioeconômicas locais; (revogado)

Comentário SEPLAN: Inciso idêntico ao II

IV - definir medidas mitigadoras e compensatórias em relação aos impactos negativos de


empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas, e, quando for o caso,
condicioná-las à concessão de licenças e autorizações;

V - definir medidas intensificadoras em relação aos impactos positivos de


empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas, e, quando for o caso,
condicioná-las à concessão de licenças e autorizações;

VI - democratizar o processo de licenciamento de empreendimentos e atividades;

VII - assegurar a utilização adequada dos recursos ambientais, culturais, urbanos e


humanos;

VIII - evitar mudanças irreversíveis e danos graves ao meio ambiente, às atividades


culturais e ao espaço urbano.

Para os fins desta Lei Complementar, considera-se empreendimento ou atividade


Art. 82
causador de impacto no meio urbanizado todas as atividades listadas no Anexo 08 cuja
realização do EIV conste como obrigatória.

Para efeitos desta Lei Complementar, dependem da elaboração de EIV os seguintes


Art. 82.
tipos de empreendimentos e atividades, assim classificados:

I - loteamentos com geração igual ou superior a quinhentos (500) lotes por gleba
parcelada;

II - edificação ou agrupamento de edificações, destinado ao:


a) uso residencial, com área edificável igual ou superior a dez mil metros quadrados
(10.000m²);
b) uso industrial, comercial, prestação de serviço ou de uso misto, com área edificável
igual ou superior a dez mil metros quadrados (10.000m²);
c) uso industrial, localizado fora das áreas ou zonas Industriais ou corredores industriais ou
de serviços, com área edificável igual ou superior a um mil metros quadrados (1.000m2);
d) serviços de saúde, com área edificável igual ou superior a dez mil metros quadrados
(10.000 m2);

e) uso de prestação de serviços educacionais, com área edificável igual ou superior a cinco
mil metros quadrados (5.000 m²), excluída da área edificável a área destinada a ginásios
poliesportivos;
f) uso por organizações religiosas de qualquer natureza, de caráter associativo, cultural,
esportivo ou de lazer, com área edificável igual ou superior a cinco mil metros quadrados
(5.000 m2);
g) empreendimento relacionado à coleta, tratamento e disposição de resíduos líquidos
e/ou sólidos de qualquer natureza;
h) estabelecimentos prisionais ou similares com área superior a setecentos e cinqüenta
metros quadrados (750,00 m²);
i) cemitérios, crematórios e necrotérios;
j) estações e terminais dos sistemas de transportes.

§ 1º O EIV será exigido para aprovação de projetos de ampliação sempre que a área de
ampliação for maior do que 30% da área de projeto que se enquadre em quaisquer das
disposições ou metragens exigidas por este artigo. (revogado)

§ 1º O EIV será exigido para aprovação de projetos de ampliação de empreendimentos que


já tenham ou não se subordinados ao EIV sempre que a área de ampliação for maior do
que 30% da área de projeto, isolada ou cumulativamente, que se enquadre em quaisquer
das disposições ou metragens exigidas por este artigo, sendo que nestes casos a
abordagem do EIV deverá abranger a totalidade do empreendimento considerando a área
existente e a ampliar nos casos em que o mesmo não tenha se submetido ao EIV. (nova
redação)

Comentário SEPLAN: Este artigo tem como objetivo subordinar ao EIV as ampliações de 30%,
isolada ou cumulativamente, da área de projeto exigível, assim como as áreas existentes
caso o empreendimento não tenha se submetido ao EIV, regulamentando a abordagem do
EIV da ampliação caso a mesma seja complementar a uma área existente já submetida.
Ambas situações estavam omissas nesta Lei Complementar.

§ 2º O EIV também será exigido para aprovação de projetos ou ampliações mesmo que a
área a ser ampliada seja menor do que 30%, quando o projeto existente, aprovado após a
entrada em vigor desta Lei Complementar, acrescido da área de ampliação, passar a se
enquadrar nas metragens estabelecidas em qualquer das disposições deste artigo.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021) (revogado)
§ 2º O EIV também será exigido para aprovação de projetos ou ampliações mesmo que a
área a ser ampliada seja menor do que 30%, quando o projeto existente acrescido da área
de ampliação, passar a se enquadrar nas metragens estabelecidas em qualquer das
disposições deste artigo. (nova redação)

Comentário SEPLAN: Este artigo visa enquadrar os empreendimentos existentes também


aprovados anteriormente a esta Lei Complementar, quando então com a somatória do
acréscimo da área de implantação inferior a 30%, torna-se elegível, devendo o
empreendedor analisar a totalidade da área a fim de mitigar o empreendimento como um
todo nas suas dimensões atualizadas.

Comentário SEPLAN: Os dois artigos pretendem enquadrar ao EIV as ampliações de 30%, dos
empreendimentos que já tenham ou não sido submetidos ao EIV e também obras
empresariais/institucionais, anteriores e posteriores a esta Lei Complementar, que ao se
expandirem em áreas inferiores a 30% do que for elegível, venham a formar áreas
subordinadas ao EIV, visando uma mitigação em conformidade com a legislação atualizada.
Desta forma, o enquadramento ficou mais abrangente e devidamente esclarecido naqueles
pontos que geravam dúvidas devido as informações do texto da Lei complementar serem
insuficientes. Do modo como o Artigo foi originalmente redigido, as construções anteriores
a 2019 se estiverem licenciadas podem obter a dispensa do EIV toda vez que suas ampliações
forem inferiores a 30% por não haver previsão expressa da cumulatividade de área para
estes casos.

Nas renovações das licenças ou autorizações, poderá ser exigida a atualização do EIV
Art. 83
no todo ou em parte, por meio de complementação ou suplementação. (Revogado pela
Lei Complementar nº 323/2021)

Art. 84. Os
requisitos para a realização do EIV serão aprovados por lei específica e
disponibilizados pelo órgão competente do Poder Executivo Municipal, por meio de Termo
de Referência. (revogado)

Art. 84. Os
requisitos para a realização do EIV são auto regulamentados por esta Lei
complementar, ficando facultado ao órgão competente do Poder Executivo Municipal
disponibilizar Termo de Referência mediante requerimento do interessado. ( nova
redação)

Comentário SEPLAN: Como o EIV foi regulamentado na própria Lei do PD, não se faz mais
necessário a aprovação de Lei municipal específica, devendo então ser esclarecido e
definido a forma de obtenção do Termo de Referência em caso de necessidade.

§ 1º Além das questões referidas nos incisos I a VII do art. 37 do Estatuto da Cidade, o
Termo de Referência referido no caput deverá especificar os seguintes aspectos a serem
estudados:

I - geomorfologia;

II - consumo de água e de energia elétrica, bem como geração de resíduos sólidos, líquidos
e efluentes de esgotos e de drenagem de águas pluviais;
III - sistema de circulação e transportes, considerando:

a) acessibilidade;
b) estacionamento;
c) carga e descarga;
d) embarque e desembarque;
e) poluição sonora, atmosférica e hídrica.

IV - riscos ambientais;

V - impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno;

VI - definição das medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos, bem


como daquelas potencializadoras dos impactos positivos.

§ 2º O órgão competente do Poder Executivo Municipal, com a anuência do Conselho


Municipal da Cidade e consideradas as peculiaridades relativas ao porte e ao impacto do
empreendimento ou da atividade, além das características específicas da área, poderá
dispensar uma ou mais das questões constantes no § 1º ou, ainda, exigir questões
adicionais. (revogado)

Comentário Seplan: a regulamentação do EIV tem ótima abrangência e a supressão de


exigências regulamentadas nesta lei complementar, afronta a legislação federal, pois a
municipalidade não tem competência para dispensar exigências constantes em Lei Federal,
assim como seus órgãos de assessoramento.

§ 2º Os órgãos competentes do Poder Executivo Municipal, caracterizado o interesse


público, poderão expedir previamente as licenças necessárias à viabilização de
empreendimentos subordinados ao EIV a fim de que os mesmos possam alcançar condição
jurídico-administrativa que lhes possibilite a celebração do termo de compromisso com o
Poder Executivo Municipal, visando a formalização do cumprimento das medidas
mitigadoras, compensatórias e potencializadoras decorrentes dos seus impactos perante a
área de influência direta, sob pena do cancelamento das licenças expedidas em caso de
descumprimento. (nova redação)

Comentário SEPLAN: Sob o ponto de vista jurídico-administrativo o termo de compromisso


não poderia ser assinado por uma pessoa jurídica se desprovido de relação concreta de
causa e consequência em relação ao objeto em análise, o que não impede o cancelamento
das licenças concedidas pelas autoridades municipais em caso de descumprimento dos
termos firmados. A aprovação das medidas a serem cumpridas necessitam estar
relacionadas concretamente ao objeto licenciado, caso contrário, torna-se uma mera
intenção de fazer enquanto o objeto ainda não estiver licenciado. Objetiva-se com esta nova
redação uma maior segurança jurídica às pessoas jurídicas à celebração e cumprimento do
termo de compromisso.

Art. 85. O empreendedor custeará o EIV, ficando o Poder Executivo Municipal responsável
pela análise técnica e aprovação do estudo.

Para auxiliar nos processos de tomadas de decisão referidos no inciso II do art. 81, o
Art. 86.
EIV deverá:

I - indicar os aspectos positivos e negativos do empreendimento ou atividade sobre a


qualidade de vida da população residente ou usuária da área em questão, e seu entorno
afetado;

II - quando comprovado ser tecnicamente possível e sem prejuízo da legislação urbanística


e ambiental, conter sugestões que tenham natureza mitigatória, corretiva e
compensatória.

Art. 87. O
EIV terá sua aprovação condicionada a decisões favoráveis emitidas pelos órgãos
competentes do Poder Executivo Municipal, consultado o Conselho da Cidade de Araquari,
devendo considerar as manifestações e deliberações em audiências públicas na
comunidade afetada pelo empreendimento ou atividade. (revogado)

Art. 87. O
EIV terá sua aprovação condicionada a decisões favoráveis emitidas pelos órgãos
competentes do Poder Executivo Municipal, consultado o Conselho da Cidade de Araquari,
devendo considerar no que for pertinente nas manifestações e deliberações em
audiência(s) pública(s) e também quando estas forem realizada(s) na comunidade afetada
pelo empreendimento ou atividade. (nova redação)

Comentário SEPLAN: Da forma como está a redação, as audiências públicas só devem ser
realizadas nas comunidades onde os empreendimentos estarão sendo feitos, o que até
poderia acontecer eventualmente, mas não tem sentido ser a única opção. Portanto, ficaria
mais adequado condicionar no que for pertinente as deliberações havidas em qualquer
modalidade de audiência pública, inclusive também quando realizada na comunidade
afetada pelo empreendimento, mas sem a vinculação exclusiva como pretendeu
originalmente o legislador.

Parágrafo único. As audiências públicas referidas no inciso II do caput serão realizadas de


acordo com as disposições da Seção III do Capítulo III do Título V, tendo que observar,
ainda, as seguintes disposições:

I - além dos disposto no parágrafo único do art. 37 do Estatuto da Cidade, todos os


documentos integrantes deverão ficar disponíveis para consulta por qualquer interessado
na escola pública mais próxima da área aonde pretende ser instalada a atividade ou
empreendimento; (revogado)

I - além dos disposto no Parágrafo Único do Art. 37 do Estatuto da Cidade, todos os


documentos integrantes deverão ficar disponíveis para consulta por qualquer interessado,
na escola pública mais próxima da área aonde pretende ser instalada a atividade ou
empreendimento e/ou no portal eletrônico do município; (nova redação)
Comentário SEPLAN: Da forma como está a redação, os documentos só podem ficar
disponíveis na escola mais próxima, ficando sem previsão a disponibilização no portal
eletrônico como já vem ocorrendo. Com a nova redação surgem outras opções de
disponibilização, principalmente a eletrônica, ficando a critério do Poder Executivo
Municipal adotar todas as opções em casos de empreendimentos de grande porte. Além de
que na SEPLAN sempre estará disponível já que é o órgão de análise, todavia, as publicações
ficam sempre disponíveis no Portal do EIV para que o acesso ao documento seja instantâneo
e possível em qualquer dia e horário.

II - será assegurado a todos os participantes das audiências públicas o direito de


manifestar suas opiniões, de fornecer sugestões e de esclarecer dúvidas quanto aos
empreendimentos ou atividades em discussão;

III - as dúvidas, sugestões, críticas e manifestações, escritas ou orais, serão registradas,


identificadas, listadas e numeradas;

IV - ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta; (revogado)
IV - ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta, lida e assinada por
todos presentes; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A redação precisa ser adaptada a metodologia da audiência pública


que vem sendo realizada, conforme a nova redação, sob pena de sua anulação pelo simples
fato de que a ata foi lida sem haver previsão expressal.

V - serão anexadas à ata todos os documentos escritos e assinados que forem entregues
ao presidente da mesa da audiência pública;

VI - a ata de audiência pública e seus anexos servirão de base, juntamente com as


conclusões do EIV, para elaboração do Termo de Compromisso referido § 2º do art. 88.

Art. 88. O
Poder Executivo Municipal poderá determinar e o Conselho Municipal da Cidade
sugerir que o empreendedor custeie e providencie medidas de natureza mitigatória,
corretiva e compensatória para aprovação do empreendimento ou atividade, visando à
execução de melhorias, especialmente:

I - ampliação das redes de infraestrutura do município; (revogado)

I - ampliação das redes de infraestrutura do município quando necessárias para o bom


funcionamento do empreendimento e se necessário visando a normalização do
suprimento das demandas do entorno imediato; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A redação da exigência precisa ter um sentido prático e estar


relacionada expressamente as mitigações, sob pena de tornar-se subjetiva em excesso.

II - destinação de área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos


urbanos e comunitários em percentual compatível com o necessário para o atendimento
da demanda a ser gerada pelo empreendimento; (revogado)
II - destinação de área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos
urbanos e comunitários em percentual compatível com o necessário para o atendimento
da demanda a ser gerada pelo empreendimento se verificada a necessidade
complementar e apontada pelos estudos, salvo se pelo menos um dos quesitos já for uma
exigência regulamentar ao licenciamento do empreendimento em análise e satisfazer as
necessidades verificadas; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Tal exigência já é impositiva nos parcelamentos do solo, devendo a


redação ser ajustada para um caso de necessidade complementar e se apontada pelo
próprio relatório do EIV.

III - ampliação e adequação necessárias ao sistema viário, de transporte coletivo e


mobilidade; (revogado)

III - ampliação e adequação necessárias ao sistema viário, de transporte coletivo e


mobilidade, quando insuficientes para o atendimento das demandas propostas ou se sub
dimensionados; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A redação do inciso deve se ajustar a situação em que a exigência


será justificável, eliminado a subjetividade existente.

IV - proteção acústica e outros procedimentos a esta relativos que minimizem os efeitos


de atividades incômodas; (revogado)

IV - proteção acústica e outros procedimentos técnicos relacionados que minimizem os


efeitos de atividades incômodas geradoras de ruídos; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A redação deve ter precisão em relação ao entendimento do tipo de


atividade que é classificada como incômoda. Em caso de especificação de proteção acústica,
entende-se que a atividade incômoda em comento é aquela geradora de ruídos.

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais de


interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, considerando, ainda, a recuperação
ambiental da área;

VI - percentual de habitação de interesse social dentro do perímetro do empreendimento,


caso aplicável ou em outras áreas da cidade;

VII - possibilidade de construção de equipamentos comunitários em outras áreas do


Município.

§ 1º As medidas referidas no caput deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do


empreendimento. (revogado)

§ 1º As medidas referidas no caput deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do


empreendimento e justificadas pelo órgão responsável pela aprovação do EIV. (nova
redação)

Comentário SEPLAN: Necessidade de ajustar a redação aos objetivos e metodologia do EIV.


§ 2º A deliberação favorável ao empreendimento ficará condicionada à assinatura de
Termo de Compromisso pelo interessado, no qual este se comprometerá a executar as
medidas referidas no caput.

§ 3º O certificado de conclusão de obra só será emitido mediante comprovação do


cumprimento do Termo de Compromisso.

Art. 89. Os
casos relacionados com o EIV não abarcados nesta Lei Complementar serão
previstos em Lei específica, e os omissos decididos pelo órgão responsável do Poder
Executivo. (revogado)

Comentário SEPLAN: Os casos não abarcados são os casos omissos, portanto, como os casos
omissos poderão ser decididos pelo órgão responsável se para serem deliberados teriam que
ser previstos em lei especifica (ficou sem sentido decidir-se subjetivamente algo que a
própria lei definiu como sendo sujeito a regulamentação)

Art. 89. Os
casos omissos relacionados com o EIV não abrangidos nesta Lei complementar
serão decididos pelo órgão responsável do Poder Executivo. (nova redação)

CAPÍTULO XII
DOS INSTRUMENTOS PARA A POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 90. A
Política de Regularização Fundiária compreende o conjunto de medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais que têm por objetivo a regularização de assentamentos
irregulares e a titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia,
o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado.

Art. 91. Os
projetos de regularização fundiária serão aplicados em qualquer porção da área
urbana do Município, e poderão ocorrer em uma das duas seguintes modalidades:

I - Regularização Fundiária de Interesse Social;

II - Regularização Fundiária de Interesse Específico.

Parágrafo único. Os procedimentos para projetos urbanísticos das modalidades referidas


no caput deverão ser definidos por Lei Municipal Específica ou norma aplicável, conforme
disposições da legislação federal vigente.

Art. 92. A Regularização Fundiária de Interesse Social será condicionada:

I - à conformidade com os planos locais de habitação de interesse social e de regularização


fundiária;

II - ao licenciamento ambiental pelo órgão competente, quando couber.


Art. 93. A Regularização Fundiária de Interesse Específico ficará condicionada:

I - à observância das disposições aplicàveis na legislação federal e municipal vigente;

II - à aprovação do projeto urbanístico de regularização;

III - ao licenciamento pelo órgão ambiental do Município.

§ 1º Na regularização fundiária de interesse específico, o Município deverá definir as


responsabilidades cabíveis, relativas à implantação:

I - do sistema viário;

II - da infraestrutura básica;

III - dos equipamentos comunitários definidos no projeto de regularização fundiária;

IV - das medidas de mitigação e de compensação urbanística e ambiental eventualmente


exigidas.

§ 2º A critério do Poder Executivo Municipal, as responsabilidades previstas no inciso IV do


§ 1º poderão ser compartilhadas com os beneficiários da regularização fundiária de
interesse específico, com base na análise de, pelo menos, dois aspectos:

I - os investimentos em infraestrutura e equipamentos comunitários já realizados pelos


moradores ou pelo Poder Executivo Municipal;

II - o poder aquisitivo da população a ser beneficiada.

§ 3º As medidas de mitigação e de compensação urbanística e ambiental exigidas na forma


do inciso IV do § 1º deverão integrar Termo de Compromisso, firmado perante as
autoridades licenciadoras dos âmbitos urbanístico e ambiental, ao qual se garantirá força
de título executivo extrajudicial.

Caso o projeto de regularização fundiária abranger Área de Preservação Ambiental


Art. 94.
que, nos termos da legislação federal aplicável, admita a regularização, será exigida
também anuência do órgão gestor da Unidade.

No projeto executado na modalidade Regularização Fundiária de Interesse Social,


Art. 95.
havendo unidades habitacionais localizadas em área de risco, deverá ser considerado a
adoção de medidas técnicas cabíveis para garantir a segurança das populações locais.

TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 96. O
ordenamento territorial se estrutura a partir das delimitações das áreas urbanas e
rural, do zoneamento, da disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo,
previstos nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO II
DAS DELIMITAÇÕES DAS ÁREAS URBANAS E RURAL

Art. 97. As
áreas urbanas e rural serão delimitadas a partir da definição dos traçados do
perímetro urbano.

§ 1º Os traçados do perímetro urbano são definidos pelas poligonais que o encerram,


percorrendo as vias de circulação ou, na inexistência de vias, percorrendo poligonais
topográficas ou elementos naturais perfeitamente caracterizados.

§ 2º A descrição dos traçados e as respectivas discriminações de coordenadas que definem


o perímetro urbano referido neste artigo é prevista no Anexo 10. (revogado)

Justificativa Seplan: o Memorial do Anexo 10 (descrição do perímetro urbano) não


corresponde exatamente a figura do Mapa do Anexo 02 (macrozoneamento), sendo que a
poligonal descrita pelo Memorial do Anexo 10 forma um paralelograma com muitas arestas;
em razão dos acidentes geográficos não terem sido georreferenciados neste Memorial, o
que também seria impossível do ponto de vista cartográfico, já que esta poligonal apresenta
divergências em relação a área urbana que está representado no Mapa de Macro
Zoneamento, que considerou adicionalmente os acidentes geográficos. Em face das
divergências existentes entre as poligonais do Mapa de Macrozoneamento e do Memorial
do Anexo 10, e o disposto no Parágrafo 1º do Art. 97, ficou legalmente introduzida a
divergência da área do perímetro urbano na LCM 281/2019. Portanto, a recomendação
técnica seria revogar o Anexo 10 e representar o perímetro urbano somente no Mapa de
Macro Zoneamento para que haja uma maior clareza geométrica e de representação gráfica
já que o mesmo é um arquivo DWG; desta forma trabalhar-se-ia somente com bases
cartográficas georreferenciadas, pondo-se fim a divergência, pois se o memorial descritivo
não corresponde exatamente a poligonal da figura geométrica que em tese deveria
descrever perfeitamente, é melhor não se adotá-la como marco de referência e ficar
somente com o Mapa como base de consulta, pois o memorial deve ser a descrição exata da
figura geométrica.

§ 3º Fica admitida a extensão do perímetro urbano por meio de projeto de Lei


complementar objetivando-se um melhor aproveitamento das matrículas imobiliárias, em
estando caracterizado o interesse público e quando nestes imóveis ocorrer divisão de
classificação das macros zonas urbana e rural sobre as referidas matrículas. (redação
acrescida)

§ 4º A extensão do perímetro urbano de que trata o Parágrafo Terceiro deste Artigo poderá
atingir a profundidade de até 240 (duzentos e quarenta) metros lineares e acima desta
profundidade, mediante anuência do órgão de planejamento. (redação acrescida)
Art. 98. A
área rural corresponde a toda área não definida como integrante do perímetro
urbano e caracteriza-se pela existência de uso e ocupação destinados à agricultura,
pecuária, silvicultura e toda atividade ligada ao turismo rural e ecológico.

§ 1º A instalação de qualquer atividade prevista no caput deverá estar de acordo com as


determinações legais aplicáveis ao ordenamento e controle do solo em área rural,
previstas nesta Lei Complementar e nas legislações federal e estadual.

§ 2º A instalação de qualquer atividade não prevista no caput deverá observar o disposto


no § 1º, e dependerá, ainda, de consulta ao Conselho Municipal da Cidade.

Art. 99. As
delimitações referidas neste Capítulo orientarão o zoneamento previsto nesta Lei
Complementar.

CAPÍTULO III
DO ZONEAMENTO

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 100. O
Zoneamento consiste no procedimento de divisão e organização do território
municipal em unidades territoriais, denominadas macrozonas e zonas.

Art. 101. Para


os fins desta Lei Complementar, macrozonas são unidades territoriais que
englobam Zonas, sendo definidas para a integração do território do Município como um
todo, sendo estas:

I - a Macrozona Rural;

II - a Macrozona Urbana.

Art. 102. Para


os fins desta Lei Complementar, zonas são subdivisões das macrozonas em
unidades territoriais, neste detalhando características que orientarão a definição do
controle do uso e da ocupação do solo para fins urbanos e rurais, especialmente por meio
de parâmetros urbanísticos aplicáveis a cada zona.

Parágrafo único. As zonas também poderão ser denominadas Corredores, conforme o art.
121 e o Anexo 03.

Art. 103. As macrozonas e as zonas estão delimitadas nos mapas dos Anexos 02 e 03.

§ 1º Nas situações abrangidas pelo Parágrafo 3° e 4° do Art. 97 desta Lei complementar, fica
também admitida a extensão do(s) zoneamento(s) incidente(s) sobre a fração urbana da
gleba objetivando-se um melhor aproveitamento das matrículas imobiliárias em
conformidade com as propostas dos anteprojetos arquitetônicos e urbanísticos dos
empreendimentos, os quais ficam sujeitos a análise prévia e anuência do órgão de
planejamento. (redação acrescida)

§ 2º Quando a matrícula imobiliária for atingida por mais de um zoneamento, fica


facultado ao empreendedor utilizar o zoneamento que for mais benéfico ao projeto do
empreendimento proposto. (redação acrescida)

Seção II
DA MACROZONA RURAL

Subseção I - DAS CARACTERÍSTICAS, OBJETIVOS E DAS ZONAS DA MACROZONA RURAL

Art. 104. São características da Macrozona Rural:

I - atividade predominante de agricultura, pecuária e silvicultura;

II - ampla cobertura vegetal de florestas primárias e secundárias;

III - existência de nascentes e cursos d`água, especialmente o Rio Piraí;

IV - existência da Baia Babitonga / Canal do Linguado;

V - ocupação de baixa densidade;

VI - existência de povos e comunidades tradicionais.

Art. 105. São objetivos da Macrozona Rural:

I - incentivar as atividades econômicas de agricultura, pecuária e silvicultura;

II - restringir a ocupação a usos compatíveis com a área rural e suas respectivas


condicionantes ambientais;

III - garantir o uso equilibrado e preservação dos recursos naturais;

IV - valorizar a paisagem natural;

V - incentivar o desenvolvimento do ecoturismo;

VI - preservar as áreas de significativa flora e fauna.

Art. 106. Para


fins de controle do uso e ocupação do solo, a Macrozona Rural será composta
das seguintes Zonas:
I - Zona Rural de Uso Sustentável (ZRUS);

II - Zona Rural de Interesse Específico Aeroportuário (ZRIEA); (revogado)

Comentário SEPLAN: Zoneamento convertido em urbano, considerando que atividade


aeroportuária não tem previsão em zona rural é só é admitida em área urbana.

III - Zona Rural de Expansão Urbana (ZREU); (revogado)

Comentário SEPLAN: Em face da introdução de novo zoneamento neste setor.

IV - Zona Rural de Proteção de Manguezal (ZRPM).

Subseção II - DA ZONA RURAL DE USO SUSTENTÁVEL (ZRUS)

Art. 107. São características da Zona Rural de Uso Sustentável (ZRUS):

I - baixa densidade;

II - ocupação dispersa;

III - existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica com vegetação primária e
vegetação secundária em estágio médio e avançado de regeneração;

IV - a existência de corpos hídricos;

V - existência de atividades agrossilvipastorias;

VI - presença de comunidade tradicional Guarani (Tarumã, Piraí e Pindoty).

VI - presença de comunidade tradicional Guarani (Redação dada pela Lei Complementar


nº 323/2021)

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona Rural de Uso Sustentáve(sic)


Art. 108.
(ZRUS):

Comentário Seplan: corrigir o vocábulo para Sustentável;

I - a existência de corpos hídricos;

II - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

III - a presença do ecossistema Manguezal;


IV - a existência da Baia Babitonga / Canal do Linguado;

V - a existência de Áreas e Preservação Permanente de cursos d`água, restingas e


manguezais;

VI - a presença de comunidade tradicional Guarani (Tarumã, Piraí e Pindoty);

VI - a presença de comunidade tradicional Guarani (Redação dada pela Lei Complementar


nº 323/2021)

VII - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela
mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador;

VIII - a linha férrea.

Art. 109. São objetivos da Zona Rural de Uso Sustentável (ZRUS):

I - conter a expansão urbana; (revogado)

I – conter a expansão urbana nas áreas interiores de uso pleno e amortecer a expansão
urbana nas áreas de transição no entorno imediato; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A redação deve ajustar-se aos conceitos atualizados das áreas rurais,
com a introdução também do seu papel de zona de transição e amortecimento nos limites
da cidade.

II - compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável;

III - fortalecer e garantir espaço para desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris;

IV - garantir o uso equilibrado e preservação dos recursos naturais;

V - preservar os mananciais;

VI - preservar as áreas de significativa flora e fauna;

VII - preservar os usos e costumes dos Povos Tradicionais;

VIII - preservar as áreas com formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

IX - coibir a degradação ambiental;

X - compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental;

XI - promover a educação ambiental na comunidade;


XII - valorizar a paisagem.

Subseção III - DA ZONA RURAL DE INTERESSE ESPECÍFICO AEROPORTUÁRIO (ZRIEA)


(revogado)

Comentário SEPLAN: Não há previsão de infraestrutura aeroportuária comercial em área


rural, não sendo de competência municipal prever usos urbanos em área rural, somente o
INCRA tem esta atribuição. O uso aeroportuário é uma atividade tipicamente urbana pela
grande demanda de serviços de toda natureza e infraestrutura que exige para sua
viabilização.

Art. 110. São características da Zona Rural de Interesse Específico Aeroportuário (ZRIEA):

I - baixa densidade;

II - ocupação dispersa;

III - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona Rural de Interesse Específico


Art. 111.
Aeroportuário (ZRIEA):

I - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

II - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela


mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

É objetivo da Zona Rural de Interesse Específico Aeroportuário (ZRIEA) destinar


Art. 112.
área para implantação de complexo intermodal aeroportuário.

Subseção IV - DA ZONA RURAL DE EXPANSÃO URBANA (ZREU)

Art. 113. São características da Zona Rural de Expansão Urbana (ZREU):

I - preodomínio de uso residencial de baixa densidade;

II - existência simultanea de atividades urbanas e atividades agrossilvipastories;

III - área rural contigua ao perímetro urbano;

IV - proximidade com BR 280 e BR 101;


V - existência de corpos hídricos;

VI - existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona Rural de Expansão Urbana


Art. 114.
(ZREU):

I - existência de corpos hídricos;

II - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

Art. 115. São objetivos da Zona Rural de Expansão Urbana (ZREU):

I - reservar área contígua a área urbana destinada a futura expansão urbana para fins
previamente definidos;

II - promover o desenvolvimento econômico gradativo e sustentável da região de forma a:

a) incentivar a ocupação residencial com índices intermediários entre área urbana e rural;
b) estimular as atividades comerciais, industriais e de serviços, relacionadas à tecnologia,
incentivando a formação de um polo tecnologico na região;
c) minimizar os impactos da existencia simultanea entre atividades residenciais
tradicionais e atividades econômicas de maior porte;
d) preservar a paisagem natural, os recursos hídricos e a biodiversidade;

III - melhorar as condições urbanísticas locais, ampliando o acesso a serviços e


equipamentos urbanos.

Parágrafo único. A transformação para área urbana está condicionada a apresentação de


projeto urbanístico específico, com diretriz de zoneamento e índices urbanísticos
estabelecidos em Lei de iniciativa do Poder Público, conforme art. 42-B do Estatuto da
Cidade;

Comentário Seplan: zoneamento extinto e substituído por outras classificações.

Subseção IV - ZONA RURAL DE PROTEÇÃO DE MANGUEZAL (ZRPM);

Art. 116. São características da Zona Rural de Proteção de Manguezal (ZRPM):

I - existência de manguezais;

II - existência de restinga.

É condicionante que limita a ocupação Zona Rural de Proteção de Manguezal


Art. 117.
(ZRPM) a existência de área de Preservação Permanente protegidas por lei federal.
Art. 118. São objetivos da Zona Rural de Proteção de Manguezal (ZRPM):

I - restringir a ocupação da área para preservação ecológica e manutenção da (sic)


paisagem natural;

Comentário Seplan: introduzir o vocábulo de ligação da expressão;

II - equilibrar a ocupação do solo com a preservação dos recursos naturais;

III - coibir a degradação ambiental;

IV - proibir a ocupação em áreas de preservação permanente.

Seção III
DA MACROZONA URBANA

Subseção I - DAS CARACTERÍSTICAS, OBJETIVOS E DAS ZONAS DA MACROZONA URBANA

Art. 119. São características da Macrozona Urbana:

I - área mais populosa do território municipal;

II - existência de policentralidades na Barra do Itapocú, Rainha, Itinga, Porto Grande e no


Centro; (revogado)

II - existência de policentralidades na Barra do Itapocu, Itapocu, Morro Grande, Rainha,


Itinga, Porto Grande, Ponto Alto, Volta Redonda, Areais Pequenas, Rio do Morro e no
Centro; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Os conceitos do Plano Diretor devem abranger todos os bairros;

III - urbanização dispersa e de baixa densidade; (revogado)

III - urbanização dispersa e de baixa e média densidade; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A densidade das zonas não é somente baixa, mas principalmente
média.

IV - área com maior disponibilidade de infraestrutura e equipamentos públicos no


Município; (revogado)

IV - área com maior disponibilidade de infraestrutura e equipamentos públicos e urbanos


no município; (nova redação)

Comentário SEPLAN: A nova redação completa o entendimento de que existe infraestrutura


básica.
V - área com maior concentração do sistema viário do município, incluindo as Rodovias BR-
280 e BR-101 na condição de eixos de ligação que cortam o município;

VI - existência de usos mistos de residência, comércio, serviços e indústria;

VII - relevo plano.

Art. 120. São objetivos da Macrozona Urbana:

I - promover o adensamento da ocupação nas policentralidades, especialmente por meio


da edificação e utilização de terrenos não edificados, não utilizados ou subutilizados;

II - proteger as áreas de relevante interesse ecológico do desenvolvimento urbano;


(revogado)

II - proteger e conservar as áreas de relevante interesse ecológico, integrando-as ao


desenvolvimento urbano e à vida social da comunidade na forma de projetos
ambientalmente sustentáveis e úteis à qualidade de vida da população, tais como parques,
e bosques urbanos em suas diversas tipologias; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Não há somente o objetivo de proteção e conservação, considerando


que as áreas verdes urbanas podem ser muito úteis à coletividade para os fins de recreação
e lazer a que se destinam, portanto, torna-se necessário também submetê-las ao manejo
ambiental sustentável no sentido da conservação ambiental em caso de utilização e por
estarem integradas as áreas urbanas devem ser aproveitadas pela coletividade na melhoria
de sua qualidade de vida.

III - priorizar os investimentos públicos pertinentes a infraestrutura e equipamentos


públicos;

IV - promover a continuidade do sistema viário;

V - coibir a especulação imobiliária em imóveis não utilizados ou subutilizados;

VI - intensificar a mescla de usos compatíveis.

Art. 121. Para


fins de controle do uso e ocupação do solo, a Macrozona Urbana será
composta das seguintes Zonas, Corredores e Áreas Especiais:

I - Zona de Interesse Cultural (ZIC);

II - Zona de Diversidade Urbana I (ZDU-I);

III - Zona de Diversidade Urbana II (ZDU-II);

IV - Zona de Diversidade Urbana III (ZDU-III);


V - Zona de Diversidade Urbana IV (ZDU-IV);

VI - Zona de Diversidade Urbana V (ZDU-V);

VII - Zona de Interesse Turístico (ZIT);

VIII - Zona de Produção Industrial (ZPIND);

IX - Zona de Produção da Indústria Automobilística (ZPIA); (Revogado pela Lei


Complementar nº 323/2021)

X - Zona de Parque (ZPQ);

XI - Zona de Uso Controlado (ZUC);

XII - Corredor de Urbanidade (CURB);

XIII - Corredor Industrial (CIND);

XIV - Corredor de Serviços (CSER);

XV - Área Especial de Interesse Social (AIES); (revogado)

XV - Zona Especial de Interesse Social (ZEIS); (nova redação)

Comentário SEPLAN: correção da classificação;

XVI – Zona Urbana de Interesse Aeroportuário (ZUIA) (nova redação)


Comentário SEPLAN: correção da macro zona rural para urbana;

XVII – Corredor Industrial Pesqueiro (CND-P) (nova redação)

Comentário SEPLAN: introdução do novo zoneamento;

Subseção II - DA ZONA DE INTERESSE CULTURAL (ZIC)

Art. 122. São características da Zona de Interesse Cultural (ZIC):

I - área central tradicional, com a urbanização mais antiga do território municipal;

II - uso misto de residências, comércio, serviços e concentração de órgãos e entidades


administrativas;

III - concentração de patrimônio histórico e cultural;

IV - existência de patrimônio ambiental e belezas naturais vinculadas ao Rio Parati;


V - existência de potencial para o turismo vinculado ao patrimônio cultural e ambiental.

Art. 123. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Interesse Cultural (ZIC):

I - a existência de corpos hídricos;

II - a existência de patrimônio histórico e cultural.

Art. 124. São objetivos da Zona de Interesse Cultural (ZIC):

I - valorizar e proteger o patrimônio histórico, paisagístico, ambiental e cultural;

II - ampliar a disponibilidade de áreas de lazer e equipamentos públicos com prioridade


para uso cultural;

III - ampliar a infraestrutura para a atividade turística;

IV - estimular o comércio varejista, a prestação de serviços e atividades compatíveis ao uso


residencial que fortaleçam a centralidade.

Art. 125. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Interesse Cultural
(ZIC):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - transferência do direito de construir;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - estudo de impacto de vizinhança;

VIII - direito de preempção;

IX - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção III - DA ZONA DE DIVERSIDADE URBANA I (ZDU-I)

Art. 126. São características da Zona de Diversidade Urbana I (ZDU-I):


I - existência de policentralidade com uso predominantemente residencial;

II - concentração de residências veraneio;

III - baixo potencial de adensamento;

IV - sistema viário descontínuo;

V - existência de belezas naturais vinculadas à Lagoa e a Praia;

VI - presença de comunidade pesqueira;

VII - existência de potencial para o turismo vinculado ao patrimônio natural;

VIII - necessidade de complementação da infraestrutura e dos equipamentos públicos


urbanos.

Art. 127. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Diversidade Urbana I (ZDU-
I):

I - a existência de corpos hídricos;

II - a Praia;

III - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

IV - a presença do ecossistema Manguezal;

V - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela


mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

Art. 128. São objetivos da Zona de Diversidade Urbana I (ZDU-I):

I - promover o desenvolvimento sustentável, por meio da valorização e proteção do


patrimônio paisagístico, ambiental e cultural;

II - ampliar a infraestrutura para a atividade turística;

III - estimular a diversidade de usos consolidando a centralidade do município, permitindo


residências, comércio e prestação de serviços, vinculados preferencialmente ao turismo e
controlados quanto ao porte e impacto ambiental;

IV - ampliar a conectividade e a continuidade das vias.

Art. 129. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Diversidade Urbana I
(ZDU-I):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção IV - DA ZONA DE DIVERSIDADE URBANA II (ZDU-II)

Art. 130. São características da Zona de Diversidade Urbana II (ZDU-II):

I - centralidade com uso predominantemente residencial, e uso misto de residências,


comércio, prestação de serviços e indústrias ao longo das principais vias;

II - existência de grandes áreas não urbanizadas;

III - proximidade com a Rodovia BR-101 e Rodovia BR-280;

IV - existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

V - necessidade de complementação da infraestrutura e de equipamentos públicos


urbanos.

Art. 131. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Diversidade Urbana II (ZDU-
II):

I - a proximidade com a Rodovia BR-101 e Estrada Rio do Morro;

II - a proximidade com as futuras instalações do aeroporto intermodal;

III - as formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

IV - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela


mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

Art. 132. São objetivos da Zona de Diversidade Urbana II (ZDU-II):

I - consolidar a região do bairro Rainha como uma centralidade do município, estimulando


a diversidade de usos residenciais, comerciais, de prestação de serviços e industriais;

II - qualificar a infraestrutura urbana;

III - estimular o desenvolimento e a diversidade de ocupação na região do Rio do Morro.

Art. 133. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Diversidade Urbana II
(ZDU-II):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção V - DA ZONA DE DIVERSIDADE URBANA III (ZDU-III)

Art. 134. São características da Zona de Diversidade Urbana III (ZDU-III):

I - centralidade com uso misto de residências, comércio, prestação de serviços e indústrias;

II - existência de áreas não urbanizadas;

III - médio potencial de adensamento;

IV - proximidade ao centro tradicional do município;

V - sistema viário descontínuo, que gera dependência da via principal (BR 280);

VI - necessidade de complementação da infraestrutura e de equipamentos públicos


urbanos;

VII - formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Diversidade Urbana III


Art. 135.
(ZDU-III):

I - a existência de corpos hídricos;

II - a existência formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

III - a presença do ecossistema Manguezal;

IV - a Rodovia BR-280;

V - a Ferrovia;

VI - a presença de redes de alta tensão.

Art. 136. São objetivos da Zona de Diversidade Urbana III (ZDU-III):

I - consolidar a região como uma centralidade do município, estimulando a diversidade de


usos residenciais, comerciais, prestação de serviços e indústrias;

II - otimizar o aproveitamento da infraestrutura e equipamentos públicos urbanos e


comunitários existentes;

III - ampliar o acesso à infraestrutura, equipamentos públicos e áreas de lazer;

IV - garantir a preservação das formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

Art. 137. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Diversidade Urbana III
(ZDU-III):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;


VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção VI - DA ZONA DE DIVERSIDADE URBANA IV (ZDU-IV)

Art. 138. São características da Zona de Diversidade Urbana IV (ZDU-IV):

I - centralidade com uso misto de residências, comércio e prestação de serviços;

II - existência de grandes áreas não urbanizadas;

III - médio potencial de adensamento;

IV - proximidade ao centro tradicional do município;

V - necessidade de complementação da infraestrutura e de equipamentos públicos


urbanos.

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Diversidade Urbana IV


Art. 139.
(ZDU-IV):

I - a linha férrea;

II - a Rodovia BR-280;

III - o Rio Parati;

IV - o manguezal.

Art. 140. São objetivos da Zona de Diversidade Urbana IV (ZDU-IV):

I - estimular a diversidade de usos residenciais, comerciais e prestação de serviços;

II - promover o adensamento da ocupação por meio da edificação e utilização de terrenos


não edificados, não utilizados ou subutilizados;

III - otimizar o aproveitamento da infraestrutura e equipamentos públicos urbanos e


comunitários existentes;

IV - qualificar o espaço urbano quanto à acessibilidade e arborização.

Art. 141. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Diversidade Urbana IV
(ZDU-IV):
I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção VII - DA ZONA DE DIVERSIDADE URBANA V (ZDU-V)

Art. 142. São características da Zona de Diversidade Urbana V (ZDU-V):

I - centralidade com uso misto de residências, comércio, prestação de serviços e indústrias;

II - região conurbada com Joinville;

III - maior densidade populacional do município;

IV - existência de infraestrutura e equipamento públicos, ainda que deficientes;

V - sistema viário descontínuo, que gera dependência de sua via principal, a Rodovia SC-
A280A.

São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Diversidade Urbana V


Art. 143.
(ZDU-V):

I - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

II - a Rodovia SC-A280A e Rodovia BR 280;

III - a presença de redes de alta tensão.

Art. 144. São objetivos da Zona de Diversidade Urbana V (ZDU-V):

I - intensificar a diversidade de usos permitindo residências, comércio, prestação de


serviços e indústrias de pequeno e médio porte;
II - promover o adensamento da ocupação por meio da edificação e utilização de terrenos
não edificados, não utilizados ou subutilizados;

III - otimizar o aproveitamento da infraestrutura e equipamentos públicos urbanos e


comunitários existentes;

IV - ampliar o acesso à infraestrutura, equipamentos públicos e áreas de lazer;

V - qualificar o espaço urbano quanto à acessibilidade e arborização;

VI - ampliar a conectividade e a continuidade das vias.

Art. 145. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Diversidade Urbana V
(ZDU-V):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Subseção VIII - DA ZONA DE INTERESSE TURÍSTICO (ZIT)

Art. 146. São características da Zona de Interesse Turístico (ZIT):

I - existência de patrimônio ambiental natural e belezas naturais vinculadas à Lagoa da


Cruz e a Praia;

II - presença de comunidade pesqueira;

III - existência de potencial para o turismo vinculado ao patrimônio natural.

Art. 147. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Interesse Turístico (ZIT):

I - a existência de corpos hídricos;


II - a Praia;

III - a Lagoa da Cruz;

IV - as formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

V - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela


mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

Art. 148. São objetivos da Zona de Interesse Turístico (ZIT):

I - promover o desenvolvimento sustentável, por meio da valorização e proteção do


patrimônio paisagístico, ambiental e cultural;

II - disponibilizar infraestrutura para a atividade turística;

III - propiciar a geração de trabalho e renda por meio de atividades turísticas e culturais;

IV - incentivar a implantação de equipamentos para o Turismo.

Art. 149. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Interesse Turístico
(ZIT):

I - transferência do direito de construir;

II - direito de superfície;

III - operações urbanas consorciadas;

IV - direito de preempção;

V - estudo de impacto de vizinhança.

Subseção IX - DA ZONA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL (ZPIND)

Art. 150. São características da Zona de Produção Industrial (ZPIND):

I - uso predominante industrial com densidade populacional baixa;

II - potencialidade para a instalação de indústrias de todos os portes;

III - facilidade de acesso às Rodovias BR-101 e BR-280;

IV - acesso ao Porto de São Francisco do Sul, ferrovia e ao gasoduto.


São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Produção Industrial
Art. 151.
(ZPIND):

I - a existência de corpos hídricos;

II - a existência de corredor ecológico;

III - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

IV - a existência de áreas agrícolas;

V - a Rodovia BR-101;

VI - a Rodovia BR-280;

VII - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela
mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

Art. 152. São objetivos da Zona de Produção Industrial (ZPIND):

I - incentivar a atividade industrial de todos os portes;

I - incentivar a atividade industrial e empresarial de todos os portes; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Entende-se por atividade empresarial: usos de comércio, serviços e


logística. Os usos permitidos também abrangem estas atividades, portanto, devem ser
abrangidos pelos objetivos da Zona e não somente o uso industrial.

II - restringir o uso habitacional, somente admitido para a atividade de zeladoria ou para as


situações existentes até a entrada em vigor desta lei; (Revogado pela Lei Complementar
nº 323/2021)

III - evitar conflitos com os usos existentes no seu entorno, especialmente com relação ao
uso residencial próximo;

IV - controlar e mitigar os impactos ambientais eventualmente decorrentes das atividades


industriais desenvolvidas;

V - implementar infraestrutura adequada aos objetivos da Zona.

Art. 153. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Produção Industrial
(ZPIND):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;


II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - transferência do direito de construir;

VI - direito de superfície.

Subseção X - DA ZONA DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA (ZPIA)

Art. 154 São características da Zona de Produção da Indústria Automobilística (ZPIA):


I - uso predominante industrial com densidade populacional baixa;
II - potencialidade para a instalação de indústrias e prestadores de serviço para o setor
automobilístico;
III - facilidade de acesso à BR 101. (Revogado pela Lei Complementar nº 323/2021)

Art. 155 São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Produção da Indústria
Automobilística (ZPIA):
I - a existência de corpos hídricos;
II - a existência de corredor ecológico;
III - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;
IV - a Rodovia BR-101. (Revogado pela Lei Complementar nº 323/2021)

Art. 156 São objetivos da Zona de Produção da Indústria Automobilística (ZPIA):


I - incentivar as atividades industrial e de prestação de serviços para o setor
automobilístico;
II - restringir o uso habitacional, somente admitido para a atividade de zeladoria ou para as
situações existentes até a entrada em vigor desta lei;
III - controlar e mitigar os impactos ambientais eventualmente decorrentes das atividades
nela desenvolvidas;
IV - implementar infraestrutura adequada aos objetivos da Zona. (Revogado pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Art. 157 Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Produção da Indústria
Automobilística (ZPIA):
I - estudo de impacto de vizinhança;
II - transferência do direito de construir;
III - direito de superfície;
IV - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
V - IPTU progressivo no tempo;
VI - desapropriação com pagamento em títulos. (Revogado pela Lei Complementar
nº 323/2021)
Subseção XI - DA ZONA DE PARQUE (ZPQ)

Art. 158. São características da Zona de Parque (ZPQ):

I - presença de diversidade biológica, recursos de fauna e flora;

II - existência de recursos hídricos;

III - baixo potencial de adensamento.

Art. 159. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona de Parque (ZPQ):

I - a existência de corpos hídricos;

II - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

Art. 160. São objetivos da Zona de Parque (ZPQ):

I - tolerar uso residencial existente e vedar novas ocupações, promovendo usos vinculados
ao lazer e turismo;

II - garantir o uso equilibrado e preservação dos recursos naturais;

III - valorizar a paisagem natural;

IV - implantar equipamentos públicos voltados à educação ambiental, cultura e lazer;

V - qualificar o espaço urbano com relação à acessibilidade e arborização.

Art. 161. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona de Parque (ZPQ):

I - operações urbanas consorciadas;

II - estudo de impacto de vizinhança.

Subseção XII - DAS ZONAS DE USO CONTROLADO

Art. 162. São características das Zonas de Uso Controlado (ZUC):

I - área de amortecimento de 150m (cento e cinquenta metros) entre área urbana e área
com presença de comunidade tradicional indígena Guarani (Tarumã, Piraí e Pindoty);

I - área de amortecimento de 150m (cento e cinquenta) entre área urbana e área com
presença de comunidade tradicional indígena Guarani, nas regiões onde não houver
ocupação urbana, empreendimentos ou atividades industriais ou comerciais instalados,
aprovados ou licenciados anteriormente a 31/07/2019 quando da publicação desta Lei,
aplicando nestes casos o zoneamento do entorno; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 323/2021)

II - existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica com vegetação primária e


vegetação secundária em estágio médio e avançado de regeneração;

III - presença de diversidade biológica, de fauna e flora;

IV - ocupação dispersa e de baixa densidade.

Art. 163. São condicionantes que limitam a ocupação das Zonas de Uso Controlado (ZUC):

I - a existência de vegetação primária do Bioma Mata Atlântica, onde é vedada a supressão


de vegetação para fins de loteamento ou edificação conforme Lei Federal nº 11.428/2006;

II - a existência de vegetação secundária em estágio médio e avançado regeneração, onde


a supressão de vegetação ficará sujeita as restrições estabelecidas na Lei Federal
nº 11.428/2006.

Art. 164. São objetivos das Zonas de Uso Controlado:

I - reduzir o impacto da ocupação urbana;

II - resguardar as áreas com presença de comunidade tradicional indígena Guarani


(Tarumã, Piraí e Pindoty);

III - preservar a fauna e facilitar o fluxo gênico de fauna e flora;

IV - preservar as áreas com formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

Subseção XIII - DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS)

É característica da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) a existência de áreas


Art. 165.
viáveis para loteamentos destinados à implantação de Programas de Habitação de
Interesse Social.

Art. 166. As
áreas da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), não devem possuir
condicionantes que limitem a ocupação, devendo seguir os seguintes critérios para futuras
implantações:

I - áreas centralizadas em cada região, com infraestrutura básica implantada;

II - realizar estudo de viabilidade para definir o uso das áreas institucionais e áreas públicas
conforme as necessidades levantadas para a região.

Art. 167. São objetivos da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS):

I - provisionar novas áreas para realocação conforme ações do Plano Local de Habitação de
Interesse Social;

II - provisionar áreas para as demandas por novos empreendimentos de Habitação de


Interesse Social.

Art. 168. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona Especial de Interesse
Social (ZEIS):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - direito de preempção;

V - operações urbanas consorciadas.

VI - estudo de impacto de vizinhança; (nova redação)

Subseção XIV - DO CORREDOR DE URBANIDADE (CURB)

Art. 169. São características do Corredor de Urbanidade (CURB):

I - compreende as áreas localizadas nas margens da Rodovia SC-A280A;

I - compreende as áreas localizadas nas margens da Rodovia SC-A280A, e Estrada Rio do


Morro, preservando o zoneamento industrial; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 323/2021) (revogado)

I - compreende as áreas localizadas nas margens da Av. Prefeito Alberto Natalino


Miquelute, Estrada Rio do Morro, Estrada Porto Grande, Estrada Corveta, Rua José Julho
Moreira e outros eixos urbanos que venham a recepcionar esta classificação, preservando
o zoneamento industrial; (nova redação)

II - eixo de ligação conturbado com o município de Joinville; (revogado)

II - eixos de ligação conurbados com o município de Joinville; (nova redação – correção


ortog´rafica)
III - trajeto principal de deslocamento do bairro Itinga;

IV - concentração de comércio, prestação de serviços e industrias;

V - densidade populacional alta; (revogado)

V - densidade populacional com potencial médio e alto; (nova redação)

VI - existência de infraestrutura urbana.

VII - eixos de ligação interbairros e rodoviários; (redação acrescida)

É condicionante que limita a ocupação do Corredor de Urbanidade (CURB) a


Art. 170
Rodovia SC-A280A:

É condicionante que limita a ocupação do Corredor de Urbanidade (CURB) a


Art. 170.
Rodovia SC-A280A e a Estrada Rio do Morro, preservando o zoneamento industrial:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021) (revogado)

É condicionante que limita a ocupação do Corredor de Urbanidade (CURB) a Av.


Art. 170.
Prefeito Alberto Natalino Miquelute, Estrada Rio do Morro, Estrada Porto Grande, Estrada
Corveta, Rua José Julho Moreira e demais eixos especificados no Anexo 03, preservando o
zoneamento industrial; (nova redação)

Art. 171. São objetivos do Corredor de Urbanidade (CURB):

I - intensificar a diversidade de usos permitindo residências, comércio, prestação de


serviços e indústrias de médio porte; (revogado)

I - intensificar a diversidade e mescla de usos, permitindo residências, comércio, prestação


de serviços e indústrias de pequeno e médio porte; (nova redação)

II - promover o adensamento da ocupação por meio da edificação e utilização de terrenos


não edificados, não utilizados ou subutilizados;

III - otimizar o aproveitamento da infraestrutura e equipamentos públicos urbanos e


comunitários existentes;

IV - qualificar o espaço urbano quanto à acessibilidade e arborização.

Art. 172. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos no Corredor de Urbanidade


(CURB):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;


II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Art. 173. A
delimitação física do Corredor de Urbanidade (CURB) é determinada pelo
perímetro definido por duas linhas imaginárias paralelas equidistantes a 100m (cem
metros) do eixo da via.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor de Urbanidade os lotes que


fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou totalmente nas
linhas imaginárias.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor de Urbanidade os lotes ou


quadras que fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou
totalmente nas linhas imaginárias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

§ 2º Os lotes atingidos parcialmente pelas linhas imaginárias poderão aplicar na sua área
os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso, a 200m
(duzentos metros) de profundidade a partir do eixo da via.

§ 2º Os lotes ou quadras atingidas parcialmente pelas linhas imaginárias, desde que se


destinem exclusivamente aos usos permitidos para este zoneamento, poderão aplicar na
sua área os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso,
a 200m (duzentos metros) de profundidade a partir do eixo da via. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Subseção XX - DO CORREDOR INDUSTRIAL (CIND)

Art. 174. São características do Corredor Industrial (CIND):

I - compreende as áreas localizadas nas margens da Rodovia BR-101;

II - importante eixo de integração com o norte e sul do país;

III - potencialidade para a instalação de indústrias de todos os portes;


IV - baixo potencial de adensamento.

Art. 175. São condicionantes que limitam a ocupação do Corredor Industrial (CIND):

I - a Rodovia BR-101;

II - a Zona de Proteção do Aeródromo (ZPA), considerando que todas as áreas atingidas


pela mesma deverão ter anuência do órgão competente, conforme legislação específica e
decreto regulamentador.

Art. 176. São objetivos do Corredor Industrial (CIND):

I - incentivar a atividade industrial;

II - restringir o uso habitacional, que somente será admitido para a atividade de zeladoria
ou para as situações existentes até a aprovação desta lei. (Revogado pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Art. 177. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos no Corredor Industrial (CIND):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Art. 178. A
delimitação física do Corredor Industrial (CIND) é determinada pelo perímetro
definido por duas linhas imaginárias paralelas equidistantes a 200m (duzentos metros) do
eixo da via.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor Industrial os lotes que


fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou totalmente nas
linhas imaginárias.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor Industrial os lotes ou quadras


que fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou totalmente nas
linhas imaginárias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

§ 2º Os lotes atingidos parcialmente pelas linhas imaginárias poderão aplicar na sua área
os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso, a 400m
(quatrocentos metros) de profundidade do eixo da via.

§ 2º Os lotes ou quadras atingidas parcialmente pelas linhas imaginárias, desde que se


destinem exclusivamente aos usos permitidos para este zoneamento, poderão aplicar na
sua área os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso,
a 400m (quatrocentos metros) de profundidade do eixo da via. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Subseção XXI - DO CORREDOR DE SERVIÇOS (CSER)

Art. 179. São características do Corredor de Serviços (CSER):

I - compreende as áreas localizadas nas margens da Rodovia BR-280;

II - eixo de ligação com as cidades de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul;

III - potencialidade para a instalação de comércio e prestadores de serviço de todos os


portes;

IV - baixo potencial de adensamento.

É condicionante que limita a ocupação do Corredor de Serviços (CSER) a Rodovia


Art. 180.
BR-280.

Art. 181. São objetivos do Corredor de Serviços (CSER):

I - incentivar atividades de prestação de serviços e a implantação de indústrias de médio e


grande porte;

II - restringir o uso habitacional, somente admitido para a atividade de zeladoria ou para as


situações existentes até a entrada em vigor desta lei. (Revogado pela Lei Complementar
nº 323/2021)

Art. 182. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos no Corredor de Serviços (CSER):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;


IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

Art. 183. A
delimitação física do Corredor de Serviços (CSER) é determinada pelo perímetro
definido por duas linhas imaginárias paralelas equidistantes a 100m (cem metros) do eixo
da via.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor de Serviços os lotes que


fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou totalmente nas
linhas imaginárias.

§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor de Serviços os lotes ou


quadras que fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente ou
totalmente nas linhas imaginárias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

§ 2º Os lotes atingidos parcialmente pelas linhas imaginárias poderão aplicar na sua área
os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso, a 200m
(cem metros) de profundidade do eixo da via.

§ 2º Os lotes ou quadras atingidas parcialmente pelas linhas imaginárias, desde que se


destinem exclusivamente aos usos permitidos para este zoneamento, poderão aplicar na
sua área os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso,
a 200m (duzentos metros) de profundidade do eixo da via. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Comentário SEPLAN: Inclusão da Zona Urbana de Interesse Específico Aeroportuário no


perímetro urbano e outras.

Art. 183-A São características da Zona Urbana de Interesse Aeroportuário (ZUIA):

I - baixa densidade;

II - ocupação dispersa;

III - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica.

(redação acrescida)
Art. 183-B. São condicionantes que limitam a ocupação da Zona Urbana de Interesse
Aeroportuário (ZUIA):

I - a existência de formações florestais do Bioma Mata Atlântica;

II - a zona de proteção do aeródromo, a ser estabelecida formalmente pelo órgão federal


competente considerando o perfil operacional do empreendimento, considerando que
todas as áreas atingidas pela mesma deverão ter anuência do órgão competente para
regular ocupação, conforme legislação federal específica e decreto municipal
regulamentador.

(redação acrescida)

É objetivo da Zona Urbana de Interesse Aeroportuário (ZUIA) destinar área


Art. 183-C.
compatível para implantação de um complexo intermodal aeroportuário.

(redação acrescida)

Art. 183-D. Poderão


ser aplicados os seguintes instrumentos na Zona Urbana de Interesse
Aeroportuário (ZUIA):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - direito de superfície;

VI - operações urbanas consorciadas;

VII - transferência do direito de construir;

VIII - outorga onerosa do direito de construir.

(redação acrescida)

Art. 183-E. São características do Corredor Industrial Pesqueiro (CIND-P):

I - uso predominante industrial pesqueiro de todos os portes com densidade populacional


baixa;

II - potencialidade para a instalação de infraestrutura de atracação, visando a otimização e


o compartilhamento destes dispositivos entre os empreendimentos empresariais ligados à
indústria da pesca e empreendimentos náuticos desportivos e de recreio de todos os
portes.

III - facilidade de acesso à Rodovia BR-101;

IV – facilidade de acesso aos Portos de Itajaí e Navegantes e ao gasoduto.

(redação acrescida)

São condicionantes que limitam a ocupação do Corredor Industrial Pesqueiro


Art. 183-F.
(CIND-P):

I - a existência de áreas agrícolas no entorno;

II – a navegabilidade do Rio Itapocu;

III - a zona de proteção do aeródromo, considerando que todas as áreas atingidas pela
mesma deverão ter anuência do órgão competente a critério do órgão de planejamento,
conforme legislação específica e decreto regulamentador.

(redação acrescida)

Art. 183-G. São objetivos do Corredor Industrial Pesqueiro (CIND-P):

I - incentivar a atividade industrial pesqueira naval;

II – incentivar a atividade náutica desportiva e recreativa, serviços de apoio à navegação,


com logística e infraestrutura compartilhada aos dispositivos de atracação a serem
disponibilizados.

III - evitar e mitigar conflitos com os usos existentes no seu entorno, especialmente com
relação ao uso residencial próximo;

IV – integrar a população local às atividades industriais pesqueiras, náuticas desportivas e


recreativas a serem desenvolvidas;

V - controlar e mitigar os impactos ambientais eventualmente decorrentes da atividade


industrial pesqueira naval;

VI - implementar infraestrutura adequada e compatível aos objetivos da Zona, visando


também o atendimento e o desenvolvimento sócio econômico da população local.

(redação acrescida)
Art. 183-H. Poderão ser aplicados os seguintes instrumentos do Corredor Industrial Pesqueiro
(CIND-P):

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - IPTU progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento em títulos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - transferência do direito de construir;

VI - direito de superfície.
VII - direito de preempção;
VIII - operação urbana consorciada;

(redação acrescida)

Art. 183-I. A delimitação física do Corredor Industrial Pesqueiro (CIND-P) é determinada pelo
perímetro definido por duas linhas imaginárias paralelas equidistantes a 100m (cem
metros) do eixo da via.
§ 1º Poderão utilizar os parâmetros urbanísticos do Corredor Industrial Pesqueiro (CIND-P)
os lotes ou quadras que fizerem frente para o corredor e estiverem inseridos parcialmente
ou totalmente nas linhas imaginárias.
§ 2º Os lotes ou quadras atingidas parcialmente pelas linhas imaginárias, desde que se
destinem exclusivamente aos usos permitidos para este zoneamento, poderão aplicar na
sua área os parâmetros urbanísticos definidos para este corredor, limitando-se neste caso,
a 200m (duzentos metros) de profundidade do eixo da via.

(redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Introdução e regulamentação do novo zoneamento CIND-P p/ o


fomento de Polo Industrial Pesqueiro e Polo Náutico Desportivo de Recreio no município.

(Portos Desportivos, Marinas, Estruturas Náuticas, Atracadouros, vide CNAE(s) para esses
fins e infraestrutura náutica seca e molhada e logístico retro portuária).

Art. 184. As
áreas de relevante interesse ambiental estão demonstradas no Mapa de
Cobertura Vegetal, Anexo 04 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Fica estabelecido que quando houver sobreposição de áreas de relevante
interesse ambiental, independente da zona em que se situem, o uso e ocupação do solo,
bem como a supressão de vegetaçao dependerão de prévia autorização do órgão
competente, estando sujeito a vedações e condicionantes estabelecidas em leis federais,
estaduais e municipais.

CAPÍTULO IV
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

É vedado o uso e a ocupação do solo para fins urbanos em terreno não decorrente
Art. 185.
do regular processo de parcelamento do solo.

Parágrafo único. Constitui exceção à regra estabelecida no caput os casos de prestação ou


execução no âmbito de projetos de regularização fundiária de interesse social concebido
com base nas disposições aplicáveis desta Lei.

Art. 186. Os
usos admitidos são os definidos no zoneamento previsto nesta Lei
Complementar e seus anexos, especialmente os Anexos 05, 06 e 07.

Art. 187. A
ocupação do solo é regulada por meio dos parâmetros urbanísticos previstos
nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. São parâmetros urbanísticos de uso, ocupação e parcelamento do solo:

I - Coeficiente de Aproveitamento do Lote (CAL);

II - Gabarito (GAB);

III - Taxa de Ocupação do Lote (TO);

IV - Recuo Frontal e Afastamentos Laterais e de Fundos;

V - Taxa de Permeabilidade;

VI - Vagas de Estacionamento.

Seção I
DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO DO LOTE

Art. 188. O
parâmetro Coeficiente de Aproveitamento do Lote (CAL) é um parâmetro
urbanístico que, multiplicado pela área do lote, indica área máxima que pode ser
construída, podendo ser:

I - Mínimo, abaixo do qual o imóvel poderá ser considerado subutilizado;

II - Básico, que resulta do potencial construtivo gratuito inerente aos lote e glebas
urbanos;

III - Máximo, que não pode ser ultrapassado.

Parágrafo único. Para efeito deste artigo, na área construída não serão computados:

I - as garagens descobertas;

II - as áreas de lazer coletivo descobertas;

III - os elementos arquitetônicos das fachadas;

IV - as marquises, pérgulas, toldos e beirais, desde que não ultrapassem 0,80m (oitenta
centimetros) no recuo frontal;

V - as áreas de circulação externa descobertas.

Art. 189. Os Coeficientes de Aproveitamento do Lote (CAL) encontram-se estabelecidos no


Anexo 05.

Seção II
DO GABARITO

Art. 190. O
parâmetro Gabarito (GAB) corresponde ao número máximo de pavimentos de
uma edificação, definido de acordo com a zona em que se situar.

§ 1º Para efeitos de cálculo do gabarito, será considerado, como altura máxima do


pavimento, 3,00m (três metros), medidos da face do piso do pavimento até a face do piso
do pavimento superior.

§ 2º A altura de torres de templos religiosos, torres de unidades de segurança pública e de


torres de transmissão poderá ultrapassar o gabarito, mediante justificativa técnica
apresentada no respectivo projeto.

Art. 191. Para


efeito desta Lei Complementar não serão considerados no cálculo de
pavimentos:

I - reservatório de água superior e casa de máquinas;

II - subsolo, desde que esteja em nível inferior ao do terreno circundante e abaixo dele
mais da metade do seu pé-direito;

III - pavimentos de coberturas de edifícios residenciais, desde que possua área coberta de
no máximo 50% (cinquenta por cento) do pavimento.
Art. 192. Os Gabaritos encontram-se estabelecidos no Anexo 05.

Seção III
DA TAXA DE OCUPAÇÃO DO LOTE

Art. 193. O
parâmetro Taxa de Ocupação do Lote (TO) é a porcentagem máxima da área do
lote ocupada pela projeção horizontal da edificação.

Parágrafo único. Não serão computados na Taxa de Ocupação do Lote (TO):

I - as projeções com até 1,20m (um metro e vinte centímetros) de sacadas e balcões,
engastados em até 2 (dois) lados da edificação e com área inferior a 5% (cinco por cento)
da área do pavimento onde estiverem situados;

II - as projeções com até 1,00m (um metro) de beirais, marquises, pérgulas, toldos;

III - projeções de cobertura e alpendres, ambos em balanço, com no máximo 6,00m (seis
metros) de balanço e 60m² (sessenta metros quadrados) de área, limitados em seu
fechamento em apenas uma lateral, independentemente de seu uso ou de sua base
pavimentada;

IV - estacionamentos descobertos;

V - piscinas e áreas de lazer coletivo descobertas;

VI - os elementos arquitetônicos das fachadas com projeção de até 1,20m (um metro e
vinte centímetros);

VII - áreas de circulação externa descobertas.

VIII - abrigo, cobertura ou toldo e cobertura têxtil, plástica, policarbonato ou similar, sem
vedação lateral, desde que respeite a taxa de permeabilidade. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 323/2021)

Art. 194. As Taxas de Ocupação do Lote (TO) encontram-se estabelecidos no Anexo 05.

Seção IV
DOS RECUOS E AFASTAMENTOS

Art. 195. O
parâmetro Recuo Frontal corresponde à distância perpendicular entre o plano de
fachada frontal da edificação e a testada do lote, o qual não poderá ser edificado.

Art. 196. Os parâmetros Afastamentos Laterais e de Fundos:


I - correspondem às distâncias perpendiculares entre os planos de fachada da edificação e
as divisas laterais e fundos do lote, as quais não poderão ser edificadas;

II - serão progressivos conforme a altura da edificação, sendo utilizados os parâmetros


definidos na Tabela do Anexo 05.

Art. 197. O
limite da altura das edificações é definido pelo número máximo de pavimentos
das edificações, não sendo considerado para esse cálculo:

I - o reservatório superior;

II - a casa de máquinas;

III - o coroamento;

IV - a acomodação do telhado;

V - as áreas de subsolo.

É permitido a ocupação das áreas de Recuo Frontal e de Afastamentos Laterais e de


Art. 198
Fundos nas seguintes situações:

É permitido a ocupação das áreas de Recuo Frontal e de Afastamentos Laterais e de


Art. 198.
Fundos nas seguintes situações: (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

I - circulações descobertas;

II - ajardinamento, piscinas e áreas de lazer coletivo descobertos;

III - guaritas, lixeiras, central de gás e subestação de energia elétrica, desde que ocupem
no máximo 30% (trinta por cento) do comprimento da testada do lote;

IV - estacionamentos descobertos;

V - áreas descobertas de embarque e desembarque de passageiros e de cargas;

V - Áreas cobertas para embarque e desembarque e para estacionamento, sem vedações


laterais (muros de divisa no padrão existente não serão considerados, neste caso, como
vedações laterais), ocupando no máximo 50% da área do recuo frontal, sendo a extensão
máxima total permitida de 6m.

a) O abrigo, cobertura ou toldo do inciso V deve ter caráter removível, ser em cobertura
têxtil, plástica, policarbonato ou similar, sem vedação. Preferencialmente permitir a
passagem de iluminação e obrigatoriamente possuir escoamento das águas pluviais para o
interior do lote.
b) Excepcionalmente, no caso de residências geminadas com testada individual igual ou
menor que 5 (cinco) metros, serão permitidas essas coberturas do recuo frontal com
extensão máxima de 2,50 metros de largura por unidade. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

VI - cobertura sem vedação lateral para embarque e desembarque de


passageiros; (Revogado pela Lei Complementar nº 323/2021)
VII - beirais, marquises, toldos, pérgulas e sacadas que se projetem:
a) em, no máximo, 0,80m (oitenta centímetros) nos Afastamentos Laterais de Fundos;
b) em, no máximo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) no Recuo Frontal.

VII - beirais, marquises, pérgulas e sacadas que se projetem;

a) em, no máximo, 0,80m (oitenta centímetros) nos Afastamentos Laterais de Fundos;


b) em, no máximo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) no Recuo Frontal.
c) As sacadas, neste caso, devem caracterizar uma plataforma suspensa e saliente das
paredes de um edifício, com o qual se comunica por uma porta, configurando ambiente
separado dos demais, abertos para o exterior e com ventilação permanente. No caso de
projeção sobre recuo lateral, podem ocupar até 50% da extensão da face do edifício em
que está inserida. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

VIII - elementos arquitetônicos das fachadas que se projetem:

a) em, no máximo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) no Recuo Frontal;


b) em, no máximo, 0,30m (trinta centímetros) nos Afastamentos Laterais de Fundos.

IX - abrigo, cobertura ou toldo e cobertura têxtil, plástica, policarbonato ou similar, sem


vedação lateral. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

Na Zona de Interesse Cultural (ZIC) o recuo frontal será exigido apenas para as
Art. 199.
edificações de uso residencial.

Será permitido a ocupação das divisas laterais e fundos do terreno, com paredes
Art. 200
sem abertura, somente em edificações situadas na Zona de Interesse Cultural (ZIC), nas
Zonas de Diversidade Urbana (ZDUI, ZDUII, ZDUIII, ZDUIV e ZDUV) e nos Corredores de
Urbanidade (CURB) e Corredores de Serviço (CSER), e desde que respeitando as seguintes
situações:

Será permitido a ocupação das divisas laterais e fundos do terreno, com paredes
Art. 200.
sem abertura, somente em edificações situadas na Zona de Interesse Cultural (ZIC), na
Zona de interese turístico (ZIT), nas Zonas de Diversidade Urbana (ZDUI, ZDUII, ZDUIII,
ZDUIV e ZDUV) e nos Corredores de Urbanidade (CURB) e Corredores de Serviço (CSER), e
desde que respeitando as seguintes situações: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 323/2021)
I - somente para o uso residencial, comercial, turístico e de prestação de serviços;

II - nas duas divisas laterais e divisa de fundos, de forma contínua ou não, em no máixmo
50% (cinquenta por cento) do perímetro do lote, respeitando o recuo frontal e com altura
máxima de 8,00m (oito metros).

II - nas duas divisas laterais e divisa de fundos, de forma contínua ou não, em no máximo
60% (sessenta por cento) do perímetro do lote, respeitando o recuo frontal e com altura
máxima de 9,00m (nove metros); (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

III - considere-se para cálculo da ocupação de divisa a edificação que não estiver
respeitando o recuo mínimo exigido no anexo 05, exceto os casos citados no Art. 198.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica nos casos de usos industriais,
institucionais e agrosilvipostoris.

Art. 201. Os
Recuos Frontais e os Afastamentos Laterais e de Fundos encontram-se
estabelecidos no Anexo 05.

Seção V
DA TAXA DE PERMEABILIDADE

Art. 202. O
parâmetro Taxa de Permeabilidade corresponde ao percentual mínimo da área
do lote que deverá permitir a infiltração de água no solo, sem edificação e pavimentação.

§ 1º Áreas com deck, pisos drenantes, piso intertravado e concregrama serão


considerados 50% permeáveis.

§ 2º Áreas de gramado, brita, saibro ou seixos serão consideradas 100% permeáveis.

Art. 203. As Taxas de Permeabilidade encontram-se estabelecidas no Anexo 05.

Seção VI
DAS VAGAS DE ESTACIONAMENTO

Art. 204. O
parâmetro Vagas de Estacionamento determina o número mínimo de vagas de
estacionamento de veículos, de pátios de carga e descarga e de áreas de embarque e
desembarque de passageiros.

Nos usos comerciais, institucionais, industriais e de prestação de serviços, deverão


Art. 205.
ser reservadas vagas para pessoas com deficiência e idosos, conforme legislação
específica.
Art. 206. Fica dispensada a reserva de vagas de Estacionamento em imóveis tombados.

Art. 207. As
Vagas de Estacionamento, pátios de carga e descarga e áreas de embarque e
desembarque encontram-se estabelecidas no Anexo 07.

CAPÍTULO V
DO USO E OCUPAÇÃO NA ÁREA RURAL

Art. 208. O
uso e ocupação na área rural por meio de parcelamento de glebas deverá ser
sempre compatível ao módulo mínimo rural estabelecido pela Legislação Federal aplicável,
sendo obrigatória a aprovação pela Prefeitura Municipal e, ainda, atender as seguintes
exigências:

I - manifestação do INCRA sobre a viabilidade do parcelamento;

II - apresentação de projeto de parcelamento do solo assinado por profissional habilitado


pelo respectivo conselho profissional competente, constando de Planta do Parcelamento
em escala mínima de 1:1000, com a localização dos cursos d`água e memorial descritivo;

III - preservação dos recursos hídricos e da mata nativa, bem como do meio ambiente em
geral, na forma estabelecida pelo Código Florestal Brasileiro e legislação aplicável;

IV - ser precedida de prévio licenciamento junto aos órgãos ambientais competentes,


especialmente quando da necessidade de qualquer movimentação de terra e supressão de
vegetação.

CAPÍTULO VI
DA DISCIPLINA DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E DOS CONDOMÍNIOS
HORIZONTAIS

CAPÍTULO VI - DA DISCIPLINA DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E DOS


CONDOMÍNIOS (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 209. A
disciplina do parcelamento do solo urbano e dos condomínios horizontais
fechados no território do Município de Araquari terá por objetivos:

I - promover o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade


urbana;

II - orientar o desenvolvimento e expansão urbanos.


Parágrafo único. Toda e qualquer ação ou omissão de agentes públicos ou privados
relacionadas com parcelamento do solo urbano ou com condomínios horizontais fechados
deverá ser promovida obedecendo:

I - os objetivos gerais previstos no art. 8º e os objetivos previstos no caput;

II - os limites e parâmetros desta Lei Complementar e seus anexos;

III - as demais disposições aplicáveis da legislação federal e estadual.

Art. 210. Para os fins do estabelecido neste Capítulo, considera-se:

I - condomínio horizontal fechado o empreendimento imobiliário urbano, residencial ou


industrial, com duas ou mais unidades autônomas em um único lote, não havendo
processo de parcelamento do solo, que apresenta as seguintes características: (revogado)

I - condomínio horizontal fechado o empreendimento imobiliário urbano, residencial,


empresarial ou industrial, com duas ou mais unidades autônomas em uma única gleba,
não havendo processo de parcelamento do solo, que apresenta as seguintes
características: (nova redação)

a) perímetro fechado;
b) acesso restrito;
c) relações entre os proprietários reguladas pelas disposições da Lei nº 4.591, de 16
dezembro de 1964, e pelo Código Civil;
d) propriedade conjunta, não podendo ter sua área formalmente subdividida;
e) divisão do imóvel em unidades autônomas e área de uso comum;
f) implantação da infraestrutura custeada pelo empreendedor.

g) registro de incorporação imobiliária. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: não havia nesta Lei Complementar a previsão do registro de


incorporação;

IA – condomínio edilício o empreendimento imobiliário urbano que contém todas as


partes de propriedade exclusiva de um único dono e num único lote, para fins residencial,
empresarial ou industrial de uso privativo próprio ou para locação à terceiros, não
havendo processo de parcelamento do solo, que apresenta as seguintes características:
(redação acrescida)

a) relações entre os usuários reguladas pelas disposições da Lei nº 4.591, de 16 dezembro


de 1964, e pelo Código Civil, em havendo uso compartilhado da propriedade quando
destinada para locação à terceiros;
b) propriedade individual;
c) inexistência de unidades autônomas;
d) implantação da infraestrutura custeada pelo empreendedor;
e) desobrigação do registro de incorporação por não haver matrículas individuais;

Parágrafo único – os parâmetros de implantação da infraestrutura e utilidades deverão


estar em conformidade com as normas técnicas e desta Lei complementar no que couber.

(redação acrescida)

II - desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinados a edificação, com


aproveitamento do sistema viário oficial existente, desde que não implique no
prolongamento ou modificação das vias já existentes, devendo as vias já estarem servidas
da mesma infraestrutura básica exigida para loteamentos; (revogado)

II - desmembramento é a subdivisão de glebas registradas, desde que não implique no


prolongamento ou modificação das vias já existentes integrantes do perímetro urbano e
que pode dar-se nas seguintes condições: (nova redação)

a)Em glebas tituladas com registros públicos abertos anteriormente a 19/12/1979 admitir-
se-á a subdivisão em lotes destinados à edificação com aproveitamento do sistema viário
oficial e logradouros existentes. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: A redação está adequando o desmembramento às circunstâncias


propostas quando da promulgação da Lei Federal 6.766/1979, ou seja, os
desmembramentos foram admitidos sem doação de área pública somente nas urbanizações
ocorridas anteriormente a Lei 6.766 com frente para vias públicas oficiais existentes, sendo
os casos posteriores sujeitos as mesmas regras de loteamentos, e pelo princípio da
razoabilidade também em conformidade com a legislação urbanística vigente a data da
titulação das glebas, conforme os princípios conceituais da Lei Federal 6.777/1979.

b)os desmembramentos de glebas tituladas com registros públicos abertos a partir de


19/12/1979, equiparam-se ao parcelamento do solo na modalidade de loteamento e
seguirão as regras urbanísticas vigentes no município na data de abertura dos seus
respectivos registros públicos, com regularização da infraestrutura básica caso esta não
possa ser certificada ao registrador pela autoridade municipal competente. (redação
acrescida)

c)os desmembramentos de glebas tituladas com registros públicos abertos a partir de


31/07/2019, equiparam-se ao parcelamento do solo na modalidade de loteamento e
seguirão as regras urbanísticas vigentes nesta Lei complementar. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: A data de titulação da gleba estabelece o padrão de urbanização


para os casos posteriores a 19/12/1979, em conformidade com as normas urbanísticas
municipais vigentes por ocasião da abertura do registro imobiliário, conforme preconizado
pela Lei 6.766/1979. A legislação urbanística deve seguir os princípios da razoabilidade,
equidade e proporcionalidade, caso contrário, o desmembramento seria uma condição
exclusiva aos lotes pertencentes aos loteamentos da atualidade, situação excludente e
desproporcional à maioria dos administrados, o que não faz sentido, pois se o lote pertence
a um loteamento com infraestrutura, a sua divisão não seria por desmembramento, mas
na modalidade de desdobro. Portanto, seria razoável vincular a qualificação da
infraestrutura à legislação vigente quando da abertura do registro imobiliário da gleba já
que o desmembramento após 19/12/1979 equivale ao loteamento, portanto, seria
pertinente e justo exigir a implantação da infraestrutura básica que deveria ter sido exigido
na data da abertura do registro imobiliário do imóvel interessado, caso a infraestrutura
básica conceituada por esta Lei complementar não possa ser certificada ao registrador
pela municipalidade; a regularidade do parcelamento, a rede elétrica e de iluminação
pública, rede de água e esgoto, na via pública ou no imóvel, existência de arruamento no
mínimo carroçável com dispositivos de drenagem, são os condicionantes à ocupação do
solo urbano no município, conforme Artigos 272 e 273 do PD, portanto, devem ser exigidos
dos urbanizadores para a regular ocupação e edificação nos imóveis urbanos titulados com
registro público.

III - infraestrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,


iluminação pública, redes ou estações de tratamento de esgoto sanitário e abastecimento
de água potável, de energia elétrica pública e domiciliar, as vias de circulação
pavimentadas e os passeios acessíveis; (revogado)

d) os desmembramentos de glebas com área total útil até 10.000 m² e desde que não tenha
sido objeto de outro parcelamento com os mesmos benefícios na mesma gleba, observada
a sua cadeia dominial, ficam isentos de implantação de áreas institucionais. (redação
acrescida)

e) os desmembramentos em glebas com área total útil entre 10.001 m² e 19.999 m² que não
resulte em mais de 20 (vinte) unidades imobiliárias, e desde que não tenha sido objeto de
outro parcelamento com os mesmos benefícios na mesma gleba, observada a sua cadeia
dominial, deverá destinar áreas públicas de no mínimo (trinta e cinco por cento) da gleba
loteável (útil), descontadas as APPs, observado ainda: (redação acrescida)

e.2) em faltando área pública para doação, deve o interessado preferencialmente indenizar
as áreas destinadas à equipamentos de uso comunitário e de áreas verdes em valor
equivalente à área urbanizada, sendo este valor destinado à municipalidade para
investimentos em infraestrutura e/ou na implantação de equipamentos públicos urbanos;
(redação acrescida)
e.3) em caso de impossibilidade de cumprimento do disposto na Alínea e.2 deste Inciso
admite-se alternativamente a permuta da área faltante para doação por outra área de valor
equivalente, em outra localidade urbana, visando acrescer dimensões em áreas de
equipamentos de uso comunitário, de equipamentos urbanos e/ou em áreas verdes já
instaladas ou visando viabilizar novas áreas institucionais em localidades carentes destas.
(redação acrescida)

e.4) a forma de apuração do valor indenizatório de que trata a Alínea e.2 deste Inciso, bem
como a definição do fundo municipal ao qual a importância será recolhida, serão
regulamentadas por ato próprio do Poder Executivo Municipal. (redação acrescida)

e.5) entende-se por área útil a área aproveitável da gleba para o parcelamento, não sendo
computáveis as áreas de preservação permanente (APP), áreas de reserva legal e áreas de
manutenção florestal, averbadas à margem da matrícula imobiliária. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: A regulamentação dos desmembramentos de áreas inferiores a


20.000 m² torna-se necessária por haver omissão do porte das áreas no Plano Diretor
vigente; propõe-se fazer em conformidade com as normas da Lei Estadual de Parcelamento
do Solo – Lei 17.492/2018
f) os desmembramentos em glebas com área total útil a partir de 20.000 m² e desde que não
tenha sido objeto de outro parcelamento com os mesmos benefícios na mesma gleba,
observada a sua cadeia dominial, equiparam-se ao parcelamento do solo na modalidade de
loteamento e seguirão as regras urbanísticas vigentes nesta Lei complementar, podendo ser
realizados na modalidade de desdobro em se tratando de área(s) resultante(s) de
loteamentos regulares que tenham cumprido os pré-requisitos de infraestrutura básica.
(redação acrescida)
IIA - Os desmembramentos de imóveis rurais que visem constituir unidades imobiliárias
com destinação de uso e modulação diversa daquela referida no Inciso I do Artigo 4° da
Lei Federal n° 4.504, de 30 de novembro de 1964, seguirão no que couber o disposto
no Decreto Federal n° 62.504 de 08 de abril de 1968, ou o dispositivo que vier a substituí-
lo, cabendo a modalidade de desdobro em caso de não haver necessidade de
realização de quaisquer melhorias. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: O Artigo 65 da Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra) definiu que o


módulo rural é indivisível, no entanto, mostrou-se necessário a regulamentação da
exceção do módulo rural, conforme Decreto Federal 62.504 de 08/04/1968,
disciplinando os desmembramentos inferiores ao módulo rural visando as instalações
de empreendimentos de interesse público, conforme usos constante na Lei Federal.

III - infraestrutura básica compreende os equipamentos urbanos de escoamento de águas


pluviais, as redes públicas de coleta de esgoto ou redes e estações de tratamento de esgoto
instaladas nos imóveis quando não houver viabilidade de atendimento pela concessionária,
redes públicas de água potável ou redes de água potável instaladas nos imóveis quando não
houver viabilidade de atendimento pela concessionária, redes públicas de distribuição de
energia elétrica com iluminação pública e vias públicas pavimentadas ou carroçáveis;
(redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Necessidade de conceituar adequadamente as várias tipologias de


desmembramento e infraestrutura básica, podendo migrar o projeto de parcelamento do
solo de desmembramento para a modalidade de desdobro caso não haja a necessidade da
realização de quaisquer melhorias no imóvel para a sua regular ocupação e edificação,
conforme definição do CNCGJ do TJ/SC – Artigo 719A. Ainda não estava expressamente
claro no Plano Diretor o conceito de infraestrutura básica necessária ao deferimento da
modalidade de desdobro, conforme definiu o Artigo 719-A da norma citada.

IV - lote o terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões estejam de acordo


com os limites e parâmetros urbanísticos, estabelecidos nesta Lei e seus anexos, para a
zona em que se situe; (revogado)

IV - lote é o terreno servido de infraestrutura básica descrita no Inciso III deste Artigo,
cujas dimensões estejam de acordo com o regular parcelamento do solo que lhe deu
origem ou aos limites e parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei complementar e
seus anexos, para a zona em que se situe no presente; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Sendo lote um produto da urbanização da cidade, faz-se necessário


conceituá-lo em conformidade com as regras legais para o seu registro.
V - loteamento, a subdivisão de glebas em lotes, com abertura de novas vias de circulação,
de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes;
(revogado)

V - loteamento, a subdivisão de glebas em lotes, com abertura de novas vias de circulação,


de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes,
devidamente registrado junto à Serventia da Comarca, contando com a funcionalidade de
sua infraestrutura e regular certificação de conclusão das obras atestada pelo órgão
municipal competente; (nova redação)

Comentário SEPLAN: Necessidade de complementar a conceituação, considerando que em


não havendo a funcionalidade da infraestrutura e o registro imobiliário, a ocupação havida
na gleba não poderia ser denominada de loteamento como vem ocorrendo indevidamente
no Programa Lar legal, uma vez que não se admite em hipótese alguma o loteamento
informal, classificado na legislação urbanística como clandestino.

VI - remembramento, a junção de dois ou mais lotes para formar uma única unidade
fundiária. (revogado)

VI – remembramento imobiliário ou unificação imobiliária, a junção de dois ou mais lotes


matriculados para formar uma única e nova unidade imobiliária a ser registrada no Serviço
de Registro de Imóveis da Comarca, para fins de titulação da propriedade. (nova redação)

VIA – remembramento administrativo ou unificação administrativa, a junção de dois ou mais


lotes matriculados para formar uma única e nova inscrição imobiliária a ser registrada no
Cadastro Imobiliário Municipal, para fins exclusivo de atualização cadastral. (redação
acrescida)

Comentário SEPLAN: Necessidade de distinguir no PD os dois tipos de unificações que vem


sendo praticadas no município, além de prever e dar legitimidade a unificação
administrativa para fins de atualização cadastral e que precede a unificação imobiliária
registrada na Serventia da Comarca.

VII - condomínio vertical, emprendimento imobiliário urbano com dois ou mais edifícios
em um único lote. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

Parágrafo único. Os condomínios nos quais a edificação na unidade autônoma seja


realizada pelo empreendedor, conjuntamente com a implantação do empreendimento,
serão regidos pelo disposto em convenção condominial, no código de obras e posturas do
município.

Art. 211. O
parcelamento do solo urbano e os condomínios horizontais fechados deverão ser
adequados:

I - às determinações desta Lei, especialmente seu zoneamento e disposições sobre sistema


viário;

II - às nascentes e aos cursos d`água existentes no terreno, conforme estabelecido na


legislação federal e estadual aplicável;
III - às características geotécnicas e à topografia do terreno;

IV - às necessidades de conservação das condições hidrológicas originais das bacias


hidrográficas e alternativas de amortecimento da vazão pluvial. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Ressalta-se a necessidade de que os parcelamentos do solo e


condomínios realizem estudos hidrológicos abrangendo todos os fatores externos que
possam afetar a sua implantação em conformidade com o Artigo 216 desta Lei
complementar, não cabendo responsabilização à municipalidade sobre interferências de
dispositivos hidrológicos pré existentes no empreendimento.

Art. 212. A
execução do parcelamento do solo urbano e do condomínio horizontal fechado
dependerá de aprovação pelo Poder Executivo municipal, por meio de processo de
licenciamento.

Parágrafo único. Os parcelamentos do solo urbano e os condomínios horizontais fechados


somente poderão ser aprovados e executados se localizados na àrea urbana e na zona
rural de expansão urbana (ZREU) de acordo com os índices urbanísticos definidos no
Anexo V desta Lei Complementar. (revogado)

Comentário SEPLAN: Em face de que haverá modificação da nomenclatura da ZREU que


será revogada

Parágrafo primeiro. Os condomínios horizontais fechados somente poderão ser aprovados


e executados se localizados integralmente na macro área urbana de acordo com os índices
urbanísticos definidos no Anexo V desta Lei Complementar. (redação acrescida)

Parágrafo segundo. Admitir-se-a área remanescente rural em parcelamentos do solo


urbano nas modalidades previstas nesta Lei complementar mesmo com áreas resultantes
inferiores ao módulo rural aplicável no município de Araquari. (redação acrescida)

Parágrafo terceiro. A gleba do condomínio horizontal fechado deverá estar integralmente


em área urbana e em havendo áreas de preservação permanente, de manutenção florestal
e reserva legal inseridas, as mesmas deverão ser registradas como área comum de
responsabilidade dos condôminos e não serão computáveis no percentual mínimo
obrigatório da área de recreação e lazer (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Conforme entendimento do Serviço de Registro de Imóveis da


Comarca, considerando também que condomínio horizontal fechado não é permitido na
zona rural e por não ser um processo de parcelamento do solo, não poderá ser aprovado
com unidades autônomas e/ou áreas comuns sobrepostas na zona rural.

Art. 213. O
parcelamento do solo urbano será feito mediante loteamento ou
desmembramento, referidos nos §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei Federal 6.766/1979.

Parágrafo único § 1º. Nos parcelamentos do solo urbano poderá ser admitido o
remembramento, desde que atendidos os parâmetros de lote respectivos à zona em que
se situem. (Parágrafo Único transformado em § 1º pela Lei Complementar nº 323/2021)

§ 2º Será permitido a modalidade de Desdobro, definido como a subdivisão do lote para


formação de dois ou mais lotes, com frente para via oficial de circulação já existentes, sem
abertura de novas vias e nem prolongamento das vias já existentes, não cabendo a doação
de áreas para a municipalidade em virtude de já ter sido doada em parcelamento anterior,
devendo este procedimento ser regulamentada por lei ordinária especifica no prazo de
seis meses, ouvindo obrigatoriamente o conselho da cidade. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 323/2021) (revogado)

§ 2º Será permitido a modalidade de Desdobro, definido como a subdivisão do lote para


formação de dois ou mais lotes, com frente para via e logradouro públicos oficiais
existentes nas condições que se encontram, desde que carroçáveis, sem abertura de
novas vias e nem prolongamento das vias existentes, desde que não haja a necessidade
de executar quaisquer melhorias na infraestrutura para a regular ocupação do imóvel, a
saber, rede de água potável no logradouro ou no imóvel quando não houver viabilidade
de atendimento pela concessionária; rede de coleta de esgoto sanitário no logradouro ou
sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário no imóvel quando não houver
viabilidade de atendimento pela concessionária; dispositivos de drenagem pluvial na via
pública ou logradouro; rede de energia elétrica, rede de iluminação pública e serviço de
coleta de resíduos sólidos domiciliares; (nova redação)
Comentário SEPLAN: Conceituação do desdobro de acordo com o Art. 719-A do Código de
Normas da Corregedoria do TJSC e entendimento havido com o Serviço de Registro de
Imóveis da Comarca; o desdobro ficou omisso na Lei 6.766/1979 e foi introduzido no
CNCG/TJSC em face da sua regulamentação recente introduzida na Lei Estadual de
Parcelamento do Solo 17.492/2018.
I - os desdobros das áreas remanescentes de loteamentos regulares que tenham cumprido
os pré-requisitos de infraestrutura básica deverão destinar áreas públicas de no mínimo
(trinta e cinco por cento) da gleba loteável útil, descontadas as APPs, reserva legal e área
de manutenção florestal, em caso de destinação das áreas desdobradas para fins
residenciais. (redação acrescida)

II – a modalidade de Desdobro será certificada ao oficial registrador por meio de certidão


municipal emitida pelo órgão de planejamento, a qual deverá ser requerida previamente
ao protocolo de aprovação do projeto urbanístico de desdobro. (redação acrescida)
Comentário SEPLAN: A exigência da certidão pelo registrador também foi estabelecida
pelo CNCTJ-SC, portanto, também deve haver previsão legal no PD, visando oferecer aos
administrados e administradores uma maior clareza e uniformidade das regras do
desdobro para fins de maior agilidade na aprovação dos projetos e o respectivo registro
imobiliário.

Art. 214. Os loteamentos poderão ser do tipo residencial ou industrial.

§ 1º O loteamento do tipo residencial será destinado ao uso residencial, sendo admitidos


usos comerciais de serviços e institucional, e regulado na forma deste Capítulo e demais
disposições aplicáveis desta Lei.

§ 2º O loteamento do tipo industrial será destinado ao uso industrial e atividades


complementares, sendo permitido o uso residencial apenas para fins de zeladoria, e
regulado na forma deste Capítulo e demais disposições aplicáveis desta Lei.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo também se aplica aos condomínios horizontais


fechados de uso industrial.

Art. 215. As
unidades autônomas dos condomínios horizontais fechados corresponderão a
frações ideais da área total do terreno, sendo que:

I - deverão estar registradas no cadastro do município;

II - deverão estar incorporadas junto ao registro de imóveis.

Art. 216. Fica vedado o parcelamento do solo:

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, salvo quando apresentada solução


técnica que garanta a segurança e a viabilidade da ocupação, por meio de projeto
subordinado às disposições desta Lei Complementar e demais aplicáveis, sendo obrigatória
a apresentação de registro ou anotação de responsabilidade técnica junto ao respectivo
conselho profissional;

a) a solução técnica de que trata o Inciso I deste Artigo também deve contemplar as medidas
corretivas e preventivas na rede pública de micro e macro drenagem que se façam
necessárias na micro bacia onde se situa o parcelamento do solo, para uma perfeita
operação do novo sistema de drenagem projetado, não cabendo responsabilização e
qualquer tipo de ônus e encargos à municipalidade na reparação e correção de dispositivos
de micro e macro drenagem instalados anteriormente a data de aprovação do parcelamento
do solo. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: Medida preventiva para que os projetos de drenagem se atentem a


necessidade de previsão de obras corretivas complementares foras da gleba do
parcelamento do solo.

II - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

III - em terrenos suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, inundações bruscas, ou


processos geológicos ou hidrológicos correlatos, salvo quando apresentada solução
técnica que garanta a segurança e a viabilidade da ocupação, por meio de projeto
subordinado às disposições desta Lei Complementar e demais aplicáveis, sendo obrigatória
a apresentação de registro ou anotação de responsabilidade técnica junto ao respectivo
conselho profissional;

IV - em terrenos situados fora do alcance dos equipamentos urbanos, especialmente das


redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, exceto quando a
implantação destes seja custeado pelo empreendedor, vinculados a realização estudo de
impacto de vizinhança, tendo em vista o adensamento populacional, a necessidade de
ampliação de infraestrura, o aumento de geração de tráfego, a interferência na paisagem
urbana, entre outros impactos;

V - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados ou lotes em desacordo com os


padrões estabelecidos em lei;

V - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021) (revogado)

V - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados, exceto se todas as áreas resultantes
permanecerem com os registros sob a mesma titularidade, ficando expressamente vedada
a transmissão de titularidade à terceiros enquanto perdurar a condição de encravamento;
(nova redação)

Comentário SEPLAN: Faz-se necessário prever esta exceção uma vez que ocorre a partilha de
imóveis urbanos e rurais em usufruto, ficando sob a titularidade e responsabilidade do
usufrutuário ou do seu espólio a tarefa de remoção da encravação para fins de transferência
de titularidade à terceiros. Há casos antigos de parcelamentos administrativos encravados
que com a introdução desta exceção poderão viabilizar a atualização da aprovação do
desmembramento na municipalidade para levar à registro na Serventia da Comarca.
a) - excepcionalmente será permitido o desmembramento de áreas encravadas se estas
possuírem condições de serem interligadas à via pública e logradouro oficial por servidão de
passagem que possam ser averbadas no Serviço de Registro de Imóveis da Comarca, e
somente se as mesmas forem pré existentes até a data de promulgação desta Lei
complementar e nas seguintes condições: (redação acrescida)

a.1) com a servidão de passagem limitada a um único registro no imóvel serviente,


considerando sua matrícula vintenária; (redação acrescida)

a.2) com a servidão de passagem dando acesso a no máximo 12 (doze) imóveis dominantes,
incluindo-se neste limite a área remanescente e o imóvel serviente; (redação acrescida)

a.3) com a servidão de passagem possuindo largura mínima carroçável de 6 (seis) metros e
extensão máxima de 60 (sessenta) metros, contados a partir da via pública e logradouro oficial;
(redação acrescida)
a.4) a manutenção e conservação da servidão de passagem é de inteira responsabilidade de
seus moradores e/ou proprietários dos imóveis dominantes; (redação acrescida)

a.5) a coleta de resíduos sólidos domiciliares dos imóveis contidos nas servidões de passagem
abertas nestas condições ocorrerá em coletor específico disposto na via pública e logradouro
oficial para a qual esta fizer frente, podendo dar-se a recolha nos domicílios se estes forem
contribuintes das taxas incidentes obrigatórias e a via possuir a largura mínima especificada e
bolsão de retorno; (redação acrescida)

a.6) fica garantido aos moradores das servidões de passagem a interligação do sistema de
iluminação da servidão de passagem à rede municipal de iluminação pública se os mesmos
forem contribuintes da COSIP nestas unidades consumidoras; (redação acrescida)
a.7) o custeio de instalação do sistema de iluminação das servidões de passagem é de inteira
responsabilidade de seus moradores; (redação acrescida)

a.8) a área mínima dos lotes admitida nas servidões de passagem é de 125 (cento e vinte e
cinco) metros quadrados com testada mínima de 7 (sete) metros. (redação acrescida)

a.9) as servidões de passagem regularizadas neste termos farão jus à denominação oficial
de “Servidão” por Lei Municipal Ordinária com o ônus da confecção e colocação das placas
de logradouros recaindo aos seus moradores lindeiros. (redação acrescida)

Comentário SEPLAN: A proposta é oportunizar o registros de imóveis encravados se a


condição for pré existente a data da promulgação desta Lei complementar e acessados por
servidão de passagem nas condições dispostas, porém, a servidão de passagem só será
admitida como exceção nestes casos pré existentes, a fim de que esta forma de ocupação
do solo não se prolifere como uma regra usual de urbanização; a servidão de passagem
não integra o sistema viário oficial por ser uma propriedade privada compartilhada,
possuindo averbação no imóvel serviente, imóvel que “serve” o acesso aos imóveis
dominantes (beneficiados pela cessão de passagem averbada em outro imóvel). Estas
servidões que forem regularizadas farão jus à denominação oficial por Lei municipal
ordinária, não devendo ser utilizado o termo rua, nem travessa (estes termos são
exclusivos se a via for pública e oficial).

VA – Admitir-se-á em todo o município a aprovação de servidão administrativa de


drenagem e faixas sanitárias com largura mínima de 10 (dez) metros, em áreas públicas e
privadas, estando caracterizado o interesse público e a regularidade urbanística e
ambiental dos imóveis abrangidos e suas instalações. (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Não há previsão legal de servidão administrativa de drenagem e


faixa sanitária no Plano Diretor, cuja jurisdição e gestão compete ao Poder Executivo
Municipal, portanto, torna-se importante regulamentar a sua possibilidade de aprovação
formal para possibilitar também a formal fiscalização e controle da suautilização, assim
como a isenção de imposto territorial a que faz jus.

VI - em terrenos que não possuam frente para logradouros públicos oficiais; (revogado)

VI - em terrenos que não possuam frente para logradouros públicos oficiais, salvo as
exceções dispostas no Inciso V deste Artigo; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Em face da introdução da exceção, torna-se necessário ajustar a


redação do inciso.

VII - em terrenos situados em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias


suportáveis, até a sua correção;

VIII - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;

IX - em áreas de preservação permanente;

X - em reservas ecológicas e áreas de proteção de mananciais;


XI - em áreas de preservação natural, cultural ou paisagística;

XII - em áreas contendo jazidas de minérios.

Art. 217. Fica vedado o condomínio horizontal fechado:

I - que não observe o disposto no art. 216;

II - se não estiver de acordo com zoneamento previsto nesta Lei, especialmente os


objetivos da zona onde se localizará o empreendimento;

III - quando não houver compatibilidade do condomínio com a infraestrutura urbana já


existente ou demandada no entorno;

IV - se gerar qualquer tipo de obstrução sobre vias públicas, existentes ou projetadas.

Art. 218. O
Poder Executivo Municipal não terá responsabilidade pela manutenção das áreas
internas do condomínio horizontal fechado.

Na hipótese de desmembramento futuro de parte ou de todo um condomínio


Art. 219.
horizontal fechado, aplicam-se todas as disposições sobre parcelamento do solo referidas
nesta Lei.

Art. 220. Os
direitos e deveres dos condôminos deverão ser estabelecidos mediante
Convenção Condominal, que conterá as normas, bem como as limitações edilícias de cada
unidade, observados o Código de Obras e Posturas. (revogado)

Art. 220. Osdireitos e deveres dos condôminos deverão ser estabelecidos mediante
Regimento Interno, que conterá as normas de posturas internas, bem como as limitações
edilícias de cada unidade a constar na convenção condominial, observados o Código de
Obras e Posturas, ficando facultado aos condôminos mediante aprovação em assembleia a
adoção de recuos prediais inferiores ao mínimo obrigatório estabelecido por esta Lei
complementar nas ruas internas, devendo ser respeitado nas unidades privativas e áreas
comuns lindeiras à via pública oficial o recuo mínimo obrigatório regulamentar do
zoneamento onde se situa o empreendimento, mesmo que a testada lindeira à via pública
oficial seja o travessão de fundos da unidade autônoma. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de correção dos termos técnicos e instituição de recuo


predial livre das ruas internas de acordo com as necessidades e características de cada
empreendimento.

Parágrafo único. Após a aprovação da incorporação do condomínio o empreendedor se


responsabilizará por entregar uma via da Convenção Condominial, para ser arquivada
junto a autoridade licenciadora do executivo municipal.

Seção II - DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS


Art. 221. Os
requisitos urbanísticos são condições indispensáveis para aprovação de todo e
qualquer projeto de parcelamento do solo e de condomínio horizontal fechado, e
objetivam assegurar padrões urbanísticos e ambientais para o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana.

Art. 222. O parcelamento do solo deverá atender aos seguintes requisitos urbanísticos:

I - resultar em lotes com dimensões de acordo com os parâmetros estabelecidos para cada
zona em que se situem, conforme Anexo 05;

II - destinar áreas de uso público para implantação de:

a) sistema viário;
b) equipamentos públicos urbanos e comunitários;
c) áreas verdes e espaços livres.

III - conectar-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas;

IV - reservar faixa não edificável:

a) em toda e qualquer diretriz viária prevista no plano de mobilidade urbana do município,


sem prejuízo das disposições aplicáveis desta Lei Complementar;
b) nas faixas de domínio público de rodovias, ferrovias e dutos, conforme as disposições
constantes em legislação específica aplicável.

V - considerar as áreas de preservação permanente existentes no terreno a ser parcelado,


delimitadas ou não nos mapas anexos à esta Lei, observando a legislação aplicável.

§ 1º Consideram-se urbanos, para efeito desta Lei, os equipamentos públicos de


abastecimento de água, serviços de esgoto, coleta de águas pluviais, energia elétrica, rede
telefônica e gás canalizado.

§ 2º Consideram-se comunitários, para efeito desta Lei, os equipamentos públicos de


educação, cultura, saúde, lazer e similares.

§ 3º Consideram-se áreas verdes e espaços livres os localizados na área urbana,


indisponíveis para construção de moradias, e destinados à recreação, ao lazer, à melhoria
da qualidade ambiental urbana, à manutenção ou melhoria da paisagem, à proteção de
bens e de manifestações culturais caracterizados pelo uso público.

§ 4º A dimensão de quadra resultante do parcelamento não poderá ser superior a 240m


(duzentos e quarenta metros), salvo quando:

I - articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas;


II - a totalidade dos lotes da via fizerem fundos com áreas de manutenção florestal ou área
de preservação permanente. (revogado)

II - a totalidade dos lotes da via fizerem fundos com áreas de manutenção florestal, áreas
de preservação permanente, confrontante a condomínio horizontal fechado, áreas
industriais ocupadas, áreas ocupadas pelas forças de segurança pública, áreas de uso
institucional e comunitário, equipamentos de transportes e empreendimentos urbanos e
ruais diversos que pela sua natureza tornem o prolongamento do sistema viário
impraticável. (nova redação)

Comentário Seplan: não foram previstos os outros casos que tornam o prolongamento do
sistema viário impraticável.

Art. 223 O
condomínio horizontal fechado deverá observar os requisitos urbanísticos
previstos no art. 222, com exceção do estabelecido nas alíneas "a" e "c" do inciso II do
mesmo artigo e do § 4º, e ainda:

Art. 223. O
condomínio horizontal fechado deverá observar os requisitos urbanísticos
previstos no art. 222, com exceção do estabelecido no inciso II do mesmo artigo e do § 4º,
e ainda: (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

I - as áreas mínimas dos lotes internos não poderão ser inferiores à metade das dimensões
mínimas estabelecidas no zoneamento que se situe, respeitando o mínimo de 125m²
(cento e vinte e cinco metros quadrados);

II - a testada minima da unidade autônoma deverá ser 10,00m (dez metros).

II - a testada minima da unidade autônoma deverá ser 7,00m (sete metros). (Redação dada
pela Lei Complementar nº 323/2021)

§ 1º A área destinada para equipamentos públicos e comunitários deverá cumprir o


estabelecido no parágrafo 1º do art. 224 e estar localizada em área externa ao condomínio
horizontal fechado na zona em que se situe. (Revogado pela Lei Complementar
nº 323/2021)

§ 2º Fica limitado em 300,00m (trezendo metros) a dimensão máxima de largura e


profundidade do condomínio horizontal fechado.

§ 2º Fica limitado em 300,00m (trezentos metros) a dimensão máxima de largura e


profundidade do condomínio horizontal fechado, salvo quando a finalidade for industrial,
devendo nesse caso atender ás diretrizes viárias do Municipio. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021) (revogado)

§ 2º Fica limitado em 300,00m (trezentos metros) a dimensão máxima das arestas da


poligonal do condomínio horizontal fechado, salvo quando a finalidade for industrial,
devendo nesse caso atender ás diretrizes viárias do Município. (nova redação)
§ 3º A área mínima da unidade autônoma dos condomínios inseridos no zoneamento Zona
Rural de Expansão Urbana (ZREU) não poderá ser inferor a 200m² (duzentos metros
quadrados). (revogado)

Comentário da SEPLAN: Zoneamento a ser redenominado

Art. 223A Os condomínios urbanísticos empresariais são admissíveis e abrangem além


da indústria, as atividades comerciais, logísticas e de serviços, de todos os portes,
integradas e compatíveis entre si, devendo atender às diretrizes gerais estabelecidas
nesta Lei complementar, a serem cumpridas por todos os condôminos em conformidade
com a convenção e Regimento Interno, devidamente registrados. Introduzir
multisetorial. (redação acrescida)

Parágrafo único – admitir-se-á nos condomínios empresariais que as unidades


privativas lindeiras à via pública oficial articulem-se diretamento ao sistema viário oficial
respeitado o recuo mínimo obrigatório do zoneamento onde se situe o empreendimento.
(redação acrescida)

Art. 223B Os condomínios empresariais destinados exclusivamente para fins industriais


devem ser implantados atendendo a segmentos industriais compatíveis, para evitar a
interferência ou prejuízo a outras atividades existentes e o conflito de vizinhança.
(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Introdução dos quesitos sobre condomínio empresarial da Lei


Estadual de Parcelamento do Solo a fim de prever condomínios mistos ou destinados
às atividades de comércio, serviços e logística, considerando que só está previsto
expressamente no Plano Diretor a atividade industrial. Embora haja os CNAES das
atividades comerciais e de serviços no Anexo 06 não houve autorização expressa para
condomínio empresarial no texto da Lei do Plano Diretor.

I - DAS ÁREAS DE USO PÚBLICO

Art. 224. O
percentual de áreas de uso público será dimensionado de acordo com a gleba a
ser loteada e não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento).

§ 1º Do percentual referido no caput, deverá ser observada a seguinte proporção:

I - 10% (dez por cento) para implantação de equipamentos públicos urbanos e


comunitários, exceto no caso de loteamentos ou condomínios industriais, onde o
percentual fica estabelecido em 4% (quatro por cento), somente para equipamentos
urbanos;

I - 10% (dez por cento) para implantação de equipamentos públicos urbanos e


comunitários, exceto no caso de loteamentos industriais, onde o percentual fica
estabelecido em 4% (quatro por cento), somente para equipamentos urbanos; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

II - 5% (5 por cento) para implantação de áreas verdes e espaços livres, exceto no caso de
loteamentos industriais, onde o percentual fica estabelecido em 9% (nove por cento).

II - 5% para implantação de áreas verdes e espaços livres. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

§ 2º As terras destinadas à implantação de equipamentos públicos urbanos e de


equipamentos públicos comunitários deverão estar situadas em locais cujas características
técnicas permitam a sua plena utilização, preferencialmente num ponto mais central da
área do parcelamento, bem como concentradas em uma única área ou em mais áreas
quando tecnicamente recomendado pelo órgão licenciador.

I - a definição das localizações das áreas comunitárias que serão tituladas em nome do
município que trata o parágrafo segundo, deverão ser definidas em comum acordo com o
órgão de planejamento na fase de anteprojeto do empreendimento. (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de exigir a tramitação do anteprojeto para uma


possibilidade de negociação e definição conjunta, considerando que os projetos definitivos
acabam não podendo mais ser modificados quando chegam para aprovação sem terem
sido aprovados previamente na fase de anteprojeto.

§ 3º As áreas de preservação permanente, de manutenção florestal e reserva legal


eventualmente existentes no terreno não serão consideradas no cálculo do percentual de
que trata este artigo.

§ 3º Para fins de área verde, é possível o aproveitamento da vegetação de mata atlântica


de que tratam os artigos 30 e 31 da Lei 11.428/2006, bem como a reserva legal existente
no imóvel, exceto áreas de preservação permanente. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

I – O percentual mínimo de área verde disposto nesta Lei complementar quando


sobreposto a Reserva Legal ou área de manutenção florestal poderá ser deduzido do
percentual de áreas públicas exigidas na área útil a ser loteada. (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Deve ficar mais claro que o percentual mínimo de área verde na RL
ou área de manutenção florestal será compensada como área útil mesmo que fora da área
a ser loteada, evitando-se embaraços no registro imobiliário e perante o MPE.

§ 4º Os condomínios industriais e residenciais ficarão isentos de doação de áreas de uso


público, mas deverão dispor de no mínimo 5% (cinco por cento) da área total do
condomínio para recreação e lazer. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 323/2021) (revogado)
§ 4º Os condomínios industriais e residenciais ficarão isentos de doação de áreas de uso
público, mas deverão dispor de no mínimo 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cento),
respectivamente, da área útil do condomínio para fins de recreação e lazer. (nova redação)

§ 5º As áreas de preservação permanente (APP), reserva legal e área de manutenção


florestal não serão computadas na área total exigida para o cálculo do percentual mínimo
da área de recreação e lazer dos condomínios residenciais, empresariais e industriais.
(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: definição mais clara da formação da área de recreação e lazer, em


face da revogação do artigo divergente. Não havia especificação de área útil para os
condomínios.

§ 6º Fica autorizado aos loteamentos de interesse social situados nas Zonas Especiais de
Interesse Social (ZEIS) a implantação de áreas de uso público para implantação de
equipamentos públicos urbanos e comunitários em percentual diferenciado do que dispõe
o Inciso “I” do § 1º, não podendo ser inferior a 3% (três por cento), admitindo-se como
área mínima 6.000 m² (seis mil metros quadrados), condicionado a implantação de no
mínimo 500 (quinhentos) lotes, realização de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) com
celebração de Termo de Compromisso com as especificações dos compromissos de
interesse público a serem implantados e operados pela loteadora no empreendimento em
parceria com a associação de moradores e a municipalidade, concomitante a sua execução
e durante o período de garantia das obras, visando a implantação de equipamentos nas
áreas institucionais que possibilitem atividades de lazer, recreação e a integração social
organizada dos moradores. (redação acrescida)

I – entende-se por loteamento de interesse social o parcelamento do solo em lotes com


área inferior a 200,00 m² (duzentos metros quadrados), ficando limitada a área do lote
mínimo a 160,00 m² (cento e sessenta metros quadrados); (redação acrescida)

II – os benefícios previstos no § 5º deste Artigo são elegíveis exclusivamente aos


loteamentos de interesse social situados nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) que
contenham no mínimo 60 % (sessenta por cento) dos lotes com áreas inferiores a 200,00
m² (duzentos metros quadrados), admitindo-se variações dimensionais até a área máxima
de 199,00 m² (cento e noventa e nove metros quadrados). (redação acrescida)

III – os loteamentos convencionais quando implantados nas Zonas Especiais de Interesse


Social (ZEIS) poderão incorporar lotes com área inferior a 240,00m² (duzentos e quarenta
metros quadrados), ficando limitada a área mínima do lote convencional nas ZEIS a 200,00
m² (duzentos metros quadrados); (redação acrescida)

IV – os loteamentos convencionais quando implantados nas Zonas Especiais de Interesse


Social (ZEIS) seguirão as regras específicas de loteamento convencional dispostas nesta Lei
Complementar; (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: regulamentação das características dos empreendimentos nas


ZEIS, sendo altamente recomendável a mescla de lotes convencionais e de interesse social
nas ZEIS a fim de possibilitar diversidade de poder aquisitivo e fomento de atividades
econômicas geradoras de empregos com características locais.
§ 7º Os loteamentos residenciais convencionais com lotes a partir de 240,00 m² (duzentos
e quarenta metros quadrados), ou se situados nas ZEIS nas condições especificadas pelo
Inciso III do § 5º deste Artigo, e que apresentarem por ocasião da aprovação definitiva do
projeto do empreendimento o detalhamento das novas exigências e recomendações de
qualificação urbanística que foram introduzidas nesta Lei complementar, representadas
pelos melhorias dispostas no Artigo 230 Parágrafo 2° Inciso II, Artigo 233 Inciso III e Artigo
236 Inciso II, farão juz a uma redução de 2% (dois por cento) da área comunitária, devendo
este percentual de 2% ser adicionado a área verde, a qual poderá ter a sua área mínima
compensada sobreposta a área de reserva legal e/ou área de manutenção florestal;
(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Bonificação de área útil quando as melhorias que estão sendo
introduzidas forem apresentadas na aprovação do projeto (placas de logradouros,
paisagismo na via de acesso e taludamento).

Na implantação dos espaços destinados aos equipamentos públicos urbanos e


Art. 225.
comunitários e às áreas verdes e espaços livres, deverá ser considerado os seguintes
fatores:

I - acessibilidade da área ao sistema viário projetado e existente, bem como às atividades


existentes ou previstas nas áreas contíguas;

II - minimização das intervenções no meio físico.

Art. 226. As áreas destinadas à implantação de equipamentos públicos comunitários não


poderão:

I - ter declividade superior à declividade média dos lotes;

II - estar localizadas em áreas com restrições de uso e ocupação estabelecidas por esta Lei,
pela legislação ambiental ou pela legislação de proteção e defesa civil;

III - ter largura inferior a dois lotes.

Art. 227. As
áreas verdes e espaços livres devem estar localizadas preferencialmente junto
aos espaços destinados à implantação de equipamentos públicos comunitários, não
podendo, após a aprovação do parcelamento, ter alterados sua destinação, fins e objetivos
originalmente estabelecidos.

Art. 228. As
áreas destinadas à implantação de equipamentos públicos urbanos e
comunitários, de sistema viário e de áreas verdes e espaços livres devem ser proporcionais
à densidade de ocupação prevista no art. 224 para a área a ser loteada, e passarão ao
domínio da municipalidade, sem qualquer tipo de ônus, a partir do Registro do
Parcelamento em cartório.

§ 1º Compete ao Município, a partir das diretrizes referidas no art. 246, orientar ao


empreendedor a conformação e localização das áreas referidas no caput.
§ 2º O Poder Público Municipal não poderá alienar as áreas referidas no caput, devendo
assegurar-lhes a destinação indicada no projeto aprovado.

Subseção II - DO SISTEMA VIÁRIO E DA INFRAESTRUTURA

Todo e qualquer parcelamento ou condomínio horizontal fechado deverá ter


Art. 229.
acesso por vias de circulação pública conectadas à rede viária.

Art. 230. As
vias de circulação pública só poderão ser abertas por meio de processo regular
de parcelamento do solo e deverão observar as disposições aplicáveis constantes nesta Lei
Complementar e no Plano de Mobilidade Urbana do município. (revogado)

Art. 230. As
vias de circulação pública só poderão ser abertas por meio de processo regular
de parcelamento do solo e deverão observar as disposições aplicáveis constantes nesta Lei
Complementar, no Plano de Mobilidade Urbana do município e no Código de Trânsito
Brasileiro. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Ajuste redacional com inclusão da sinalização viária no projeto de


arruamento.

§ 1º Os ônus das obras necessárias para abertura, prolongamento ou alargamento das vias
referidas no caput recairão sobre o empreendedor, bem como a dotação da
insfraestrutura necessária (rede de distribuição de água e energia elétrica, iluminação
pública, rede de esgoto, drenagem de águas pluviais, pavimentação asfáltica, calçadas
acessíveis e demais recomendações do item XI do Art. 12).

§ 2º A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua denominação oficial, só


poderá ser feita por meio de números e letras. (revogado)

§ 2º A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua denominação oficial, só


poderá ser feitas por meio de números e letras quando das suas representações gráficas
no projeto definitivo do parcelamento do solo. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Não estava claro se esta identificação de números e letras era
para o projeto ou também para os logradouros (não recomendado)

I - o projeto de lei de denominação das vias públicas e logradouros de loteamentos e


condomínios só poderá ser encaminhado ao Poder Legislativo preferencialmente após o
cumprimento da etapa do registro imobiliário. (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de padronização da metodologia de denominação


das vias públicas.

II - os encargos de identificação das vias e logradouros públicos resultantes de


parcelamento do solo na modalidade de loteamento em todas as suas modalidades, assim
como nos condomínios horizontais fechados, são de responsabilidade dos
empreendedores, devendo ser utilizados no mínimo postinhos metálicos nas esquinas da
via principal de acesso e lonas vinílicas com fundo azul e letras brancas nas vias
secundárias, coladas no mínimo no posteamento de meio de quadra (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Introdução das placas de logradouros no Plano Diretor sob os


encargos dos empreendedores (não havia previsão expressa)

§ 3º Constitui exceção à regra estabelecida no caput a execução de vias públicas de


circulação, compreendendo abertura, prolongamento, modificação ou ampliação,
realizada pelo Município e com o objetivo de dar continuidade a sua malha viária.

§ 4º Os projetos de arruamento dos loteamentos, serão submetidos à aprovação do Poder


Executivo municipal, devendo ser projetado de modo a constituir rede hierarquizada de
vias integradas ao sistema viário existente, conforme Anexo 12 e Anexo 13 desta lei.

Art. 231. As vias de circulação pública deverão:

I - observar às diretrizes viárias constantes no Plano de Mobilidade Urbana do município;


(revogado)

I - observar às diretrizes viárias constantes no Plano de Mobilidade Urbana do município e


do Código de Trânsito Brasileiro; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Uma forma de se garantir a sinalização viária mínima das vias
públicas municipais.

II - garantir a continuidade do traçado das vias já existentes;

III - harmonizar-se com a topografia local;

IV - ter largura mínima de 12m (doze metros);

V - observar o mapa Mapa do Sistema Viário (Anexo 12).

Art. 232. As vias de circulação pública classificam-se em:

a) Vias locais: que promovem a distribuição do tráfego local, apresentando baixa fluidez de
tráfego, possuindo largura mínima de 12,00m (doze metros);
b) Vias coletoras: que recebem e distribuem o tráfego entre as vias locais e vias arteriais,
apropriadas para operação de sistema de transporte coletivo, possuindo largura mínima
de 15,00m (quinze metros);
c) Vias arteriais secundárias: destinadas à ligação das diversas localidades e bairros
existentes no município, com média fluidez e tráfego volumoso, apropriadas para
operação de sistema de transporte coletivo e veículos de carga, possuindo largura mínima
de 19,00m (dezenove metros);
d) Vias arteriais primárias: destinadas à ligação das diversas localidades e bairros
existentes no município, bem como a interligação com outros municípios, com media
fluidez de tráfego, apropriadas para operação de sistema de transporte coletivo e veículos
de carga, possuindo largura mínima de 19,00m (dezenove metros);
e) Vias estruturais: fazem a interligação com outras cidades, com alta fluidez de tráfego
apropriadas para veículos de carga, devendo ser respeitada as faixas de domínio e não
edificantes estebelecidas em leislação federal ou estadual.

Parágrafo único. A classificação da hierarquia viária está representada no Anexo 13.


(revogado)

Parágrafo primeiro. A classificação da hierarquia viária está representada no Anexo 13.


(redação acrescida)

Parágrafo segundo. As declividades máximas sugeridas e recomendadas poderão seguir o


seguinte padrão:

I – Vias arteriais: 5%;

II – Vias coletoras: 7%;

III – Vias Locais: 15%;

IV – Vias no interior de lotes: 20%

(redação acrescida)

Comentário Seplan: Norma que não ficou sem previsão, necessidade de se recomendar um
padrão básico para os projetistas.

Art. 232A Os raios de concordância das vias públicas sugeridas e recomendadas poderão
poderão ser definidos da seguinte forma:

I – Vias locais: 5,00 (cinco) metros;

II – Vias coletoras: 6,00 (seis) metros;

III – Vias arteriais: 9,00 (nove) metros;

a) nas intersecções das vias entre si, adotar-se-á sempre o raio de concordância da via com
hierarquia viária superior;

b) nas intersecções viárias em 45 (quarenta e cinco) graus, o raio de concordância mínimo


admissível poderá ser de 4,00 (quatro) metros, independente da hierarquia viária das vias
que se interseccionam;

(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Assunto que ficou sem previsão expressa no texto da Lei do PD

Art. 233. No dimensionamento das vias de circulação pública deverão estar previstas:

I - calçadas com no mínimo 2,00m (dois metros) de largura, incluindo faixa de serviço com
passeio acessível com no mínimo 1,20 m livre; (revogado)
I - calçadas com no mínimo 2,00m (dois metros) de largura, incluindo faixa de serviço com
passeio acessível com no mínimo 1,20 m livre se houver obstáculos sobre a faixa e/ou 0,80
m livre se não houver obstáculos; (nova redação)

Comentário Seplan: adaptação do dimensionamento da faixa as normas de acessibilidade.

II - ciclovias ou ciclofaixas considerando: (revogado)

II - ciclofaixas de preferência compartilhadas com a calçada se esta possuir largural igual


ou superior a 2,70m (dois metros e setenta centímetros) ou sobre a via pública
considerando: (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Previsão e incendo compartilhamento, porém, com a correta visão


de ser a opção preferencial por ser a mais segura de todas.

opcionalmente

a) unidirecional: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);


b) bidirecional: 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros);

III - arborização do loteamento, na proporção mínima de 1 (uma) árvore por lote,


plantadas no lado oposto ao lado do posteamento, com utilização de espécies
nativas e previamente aprovadas pela FUNDEMA.
(Revogado pela Lei Complementar nº 323/2021)

III – tratamento paisagístico no canteiro central da via de acesso. (nova redação)

Parágrafo único. As calçadas, ciclovias ou ciclofaixas deverão seguir as legislações e


normas técnicas aplicáveis.

Art. 234. As
vias de circulação pública sem saída não poderão possuir comprimento igual ou
superior a exigida no dimensionamento das quadras e deverão possuir bolsões de retorno.
(revogado)

Art. 234. As
vias de circulação pública sem saída não poderão possuir comprimento superior
a exigida no dimensionamento das quadras, salvo se enquadradas nas condições dispostas
no § 4° do Inciso V do Art. 222 desta Lei complementar e deverão possuir bolsões de
retorno, exceto em caso de diretriz de prolongamento aprovada pelo órgão de
planejamento, interligação a via oficial existente ou projetada, acesso a único lote e se a
extensão da via não ultrapassar 40,00m (quarenta metros). (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de previsão da exceção para o bolsão de retorno,


evitando-se embaraços junto ao R.I.

Parágrafo único – o bolsão de retorno deverá ter diâmetro igual ao dobro da largura da via
onde estiver implantado e as calçadas deverão ter continuidade, circundando-o por
completo com a mesma largura dos trechos retilíneos.

Comentário da SEPLAN: Gabarito padrão do bolsão de retorno sendo introduzido já que


estava sem previsão no PD.
Art. 235. Quandoo empreendimento for atingido por faixa de domínio de rodovias
municipais, estaduais, federais, ferrovia, dutos e/ou faixa de domínio das linhas de
transmissão de energia, deverá submeter o projeto para análise do órgão responsável.
(revogado)

Art. 235. Quandoo empreendimento for atingido por faixa de domínio de rodovias
municipais, estaduais, federais, ferrovia, dutos, faixa de domínio de linhas de transmissão
de energia, áreas de domínio da União, deverá o empreendedor através do seu
responsável técnico, submeter o projeto para análise do órgão interveniente responsável,
sendo este encargo de responsabilidade exclusiva do empreendedor, isentando-se a
municipalidade de qualquer responsabilidade solidária sobre as informações gravadas ou
omissas em projeto quando da sua aprovação. (nova redação)

Parágrafo primeiro – quando da tramitação de projetos de aprovação definitiva de


parcelamento do solo, condomínio horizontal fechado e edificações que se enquadrem
neste artigo, deverá o empreendedor apresentar declaração simples ao órgão de
planejamento dando ciência de sua responsabilidade de submissão do projeto aos órgãos
intervenientes nos casos previstos neste Artigo e demais quando pertinentes. (redação
acrescida)

Parágrafo segundo - ao longo da faixa de domínio das ferrovias de 10,00m (dez metros), na
macrozona urbana e na macro zona rural, será obrigatória a reserva de uma faixa não
edificável de no mínimo 15,00m (quinze metros) de cada lado; (redação acrescida)

Parágrafo terceiro - ao longo das faixas de domínio das rodovias federais na macrozona
urbana, a reserva de faixa não edificável existente de 15,00m (quinze metros) poderá ser
reduzida para 10,00m (dez metros) de cada lado, a critério do interessado e quando o recuo
predial imposto à propriedade também for de 10,00m (dez metros). (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Foram aprovadas Lei Federais, introduzindo normas específicas


sobre estes quesitos na Lei Federal nº 6.766/197

(Redação dada Lei nº 14.285, de 2021)

(Redação dada pela Lei nº 13.913, de 2019)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de haver mais clareza sobre a responsabilidade de


submissão do projeto aos órgãos intervenientes para anuência, isentando a
municipalidade de tramitação e responsabilidade técnica sobre projeto de terceiros e co-
responsabilização sobre as informações gravadas ou omissas em projetos em relação a
terceiros intervenientes; implantação da faixa não edificável ao longo das ferrovia
introduzida recentemente na Lei Federal 6.766/1979 pois a previsão que havia dos 15,00 m
era apenas genérica; padronização da faixa não edificável de 10,00 m no perímetro urbano
para ficar igual ao recuo exigido nas áreas que são lindeiras as rodovias federais, a critério
do empreendedor se lhe for conveniente, não havendo vedação a manutenção do recuo de
15,00m.

Ficam os parcelamentos obrigados a executar as seguintes obras de infraestrutura,


Art. 236.
custeadas pelo empreendedor:
I - execução das vias de circulação, pavimentadas com: (revogado)

I - execução das vias de circulação sinalizadas e pavimentadas com: (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Introdução da sinalização viária

a) bloco intertravado de concreto ou asfalto;


b) meio fio;
c) calçadas acessíveis conforme legislação e normas técnicas aplicáveis;
d) sistemas de drenagem.

II - execução das obras de consolidação e arrimo para a adequada conservação das vias
implantadas, considerando as condições geológicas e topográficas do terreno; (revogado)

II - execução das obras de consolidação, arrimo e estabilização, inclusive de taludes, para a


adequada conservação das vias e sistemas de drenagem implantados, considerando as
condições geológicas e topográficas do terreno. (nova redação)

III - implantação da rede de abastecimento de água potável conforme normas da


concessionária, incluindo, quando necessário e com base em orientação expedida pelo
Corpo de Bombeiros, instalação de hidrante em vias públicas do loteamento;

III - implantação da rede de abastecimento de água potável conforme normas da


concessionária, incluindo, quando necessário e com base em orientação expedida pelo
Corpo de Bombeiros, instalação de hidrante em vias públicas do loteamento de uso
industrial acima de 100 (cem) lotes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

IV - implantação da rede de energia elétrica, com iluminação pública devidamente


instalada, conforme normas da concessionária; (revogado)

IV - implantação da rede de energia elétrica, com iluminação pública devidamente


instalada com os mesmos materiais que o serviço municipal de iluminação pública
trabalha, e conforme normas da concessionária; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: A iluminação pública precisa ser executada com o mesmo padrão
do contrato municipal de IP, caso contrário haverá descontinuidade de manutenção; o
atendimento as normas da Celesc continua sendo obrigatório, inclusive para a aprovação
da rede de IP.

V - implantação de rede de tratamento de esgoto sanitário ou sistema individual de fossa e


filtro por lote, conforme viabilidade emitida pela concessionária. (revogado)

V - implantação de rede de tratamento de esgoto sanitário ou sistema individual de


tanque séptico, filtro e clorador por lote, conforme viabilidade emitida pela
concessionária. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Atualização dos termos de acordo com as normas técnicas


atualizadas.
Parágrafo único. As redes de drenagem pluvial e de esgoto sanitário deverão ser
estendidas até o ramal existente, de forma compatível e conforme determinado pelo
órgão competente.

Enquanto o parcelamento do solo estiver em fase de implantação da infraestrutura,


Art. 237.
a conservação das suas vias de circulação e das áreas destinadas ao uso público é de
responsabilidade do empreendedor.

Subseção III - DO SISTEMA DE VIAS PRIVATIVAS DOS CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS


FECHADOS

Art. 238. Compõe o sistema de vias privativas do condomínio horizontal fechado:

I - recuo da guarita e/ou portão - área obrigatoriamente pavimentada, situada no recuo


frontal do alinhamento predial, tendo no mínimo 5,00m (cinco metros) de profundidade.

II - via privativa de acesso de veículos - área destinada à circulação de veículos, com


pavimentação obrigatória e largura de:

a) 6,00m (seis metros) para o uso Residencial;


b) 8,00m (oito metros) para o uso Industrial. (revogado)

b)14,60m (catorze metros e sessenta centímetros) para o uso industrial. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Adequação da largura mínima a Lei Estadual de Parcelamento do


Solo.

III - calçada ou passeio - área destinada à circulação de pedestres, obrigatoriamente


pavimentada, devendo atender a legislação que promove a acessibilidade das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida e norma de sinalização tátil, devendo ser
garantida a faixa livre de 1,20m (um metro e vinte centímetros), destinada exclusivamente
à circulação de pedestres, desobstruída de mobiliário urbano e de quaisquer outras
interferências; (revogado)

III - calçada ou passeio - área destinada à circulação de pedestres, podendo ser


preferencialmente compartilhada com o fluxo cicloviário, obrigatoriamente pavimentada,
devendo atender a legislação que promove a acessibilidade das pessoas com deficiência
ou com mobilidade reduzida e norma de sinalização tátil, devendo ser garantida a faixa
livre de 1,20m (um metro e vinte centímetros) se houver obstáculos e/ou 0,80m (oitenta
centímetros) se não houver obstáculos, e grama em leiva nas faixas de serviço sem
pavimentação; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Previsibilidade do compartilhamento das calçadas, importante


para a segurança dos ciclistas.

IV - bolsão de retorno - área destinada a manobras de retorno em vias sem saída;


V - estacionamento de visitantes - exigido nos condomínios residenciais e industriais na
proporção de 01 vaga de estacionamento a cada 10 lotes, podendo ser em área exclusiva
ou paralela as vias de circulação, desde que não obstruam as faixas de circulação de
veículos e pedestres.

Parágrafo único. A execução das vias de circulação privativas serão fiscalizadas pelo Poder
Público Municipal de Araquari, o qual supervisionará o correto cumprimento dos projetos
aprovados.
Art. 238A Para a implantação dos condomínios empresariais (multisetoriais e industriais)
devem ser atendidas, além das diretrizes gerais previstas nesta Lei complementar, as
seguintes exigências quanto aos quesitos de qualificação do sistema viário:

(redação acrescida)

I – as vias de circulação interna nos condomínios empresariais devem ter largura mínima
de 20,00m (vinte metros), sendo 14,60m (catorze metros e sessenta centímetros) para
pista de rolamento e 2,70m (dois metros e setenta centímetros) para calçada em cada
um dos lados da pista, em conformidade com o disposto no Inciso III do Artigo 238;

(redação acrescida)

II – se o condomínio for composto por uma única via, esta deve ter largura mínima de
25 m (vinte e cinco metros), sendo 19,60 m (dezenove metros e sessenta) para pista de
rolamento e 2,70 m (dois metros e setenta centímetros) para calçada em cada um dos
lados da pista, em conformidade com o disposto no Inciso III do Artigo 238; (nova
redação)

(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Torna-se necessário do ponto de vista legal equiparar a


qualificação do sistema viário dos condomínios empresariais as normas prevista na Lei
estadual de parcelamento do solo, Lei 17.492/2018, considerando que a norma
municipal não pode possuir um padrão inferior à norma estadual; considera-se
estratégico a obtenção desta qualificação a fim de se evitar a formação de condomínios
empresarias que venham a se transformar em enclaves urbanos para fins escusos,
afastando-se do interesse público e do desenvolvimento econômico e geração de
empregos;

Subseção IV - DA INFRAESTRUTURA DOS CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS FECHADOS

Art. 239. Em condomínios horizontais fechados será exigido:

I - execução das vias de circulação, pavimentadas com:

a) lajotas ou asfalto;
b) meio fio;
c) calçadas acessíveis conforme legislação e normas técnicas aplicáveis e o disposto no art.
225, inciso III;
d) sistemas de drenagem.

II - execução das obras de consolidação e arrimo para a adequada conservação das vias
implantadas, considerando as condições geológicas e topográficas do terreno; (revogado)

II - execução das obras de consolidação, arrimo e estabilização de taludes, conforme


previsão e representação no projeto de terraplanagem, visando uma adequada
conservação das vias implantadas, considerando as condições geológicas e topográficas do
terreno; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Introdução da estabilização dos taludes também em condomínios.

III - implantação da rede de abastecimento de água potável conforme normas da


concessionária, incluindo, quando necessário e com base em orientação expedida pelo
Corpo de Bombeiros, instalação de hidrante;

IV - implantação da rede de energia elétrica, com iluminação devidamente instalada,


conforme normas da concessionária;

V - implantação de rede de tratamento de esgoto sanitário ou sistema individual de fossa e


filtro por lote, conforme viabilidade emitida pela concessionária; (revogado)

V - implantação de rede de tratamento de esgoto sanitário ou sistema individual de


tanque séptico, filtro e clorador por lote, conforme viabilidade emitida pela
concessionária; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Atualização dos temos de acordo com a norma.

VI - o perímetro da área do condomínio deverá ser murado, com altura mínima de 1,80m
(um metro e oitenta centímetros); (revogado)

VI - o perímetro da área útil do condomínio deverá ser murado, com altura mínima de
1,80m (um metro e oitenta centímetros); (nova redação)

Comentário da SEPLAN: As áreas verdes e APPs não podem ser muradas, geralmente são
cercadas por alambrados se assim for determinado pelo órgão ambiental, havendo a
necessidade de se implantar muros somente na área útil.

VIA – o fechamento do perímetro das áreas de preservação permanente, manutenção


florestal, reserva legal e conservação ambiental, se houver, atenderão os parâmetros e
especificações estabelecidos pelo órgão ambiental competente. (redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Esta definição está atrelada ao processo de licenciamento


ambiental que possui hierarquia superior em relação a legislação urbanística que é elegível
somente na área útil.

VII - os fechamentos frontais deverão ter permeabilidade visual de no mínimo 50%


(cinquenta por cento) de sua área, demonstrada em projeto.

Parágrafo único. As redes de drenagem pluvial e de esgoto sanitário deverão ser


estendidas até o ramal existente, compatível e determinado pelo órgão competente.

Subseção V - DAS ÁREAS DE LAZER E VERDE EM CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS FECHADOS

Art. 240. Os
condomínios residenciais deverão reservar 10% da gleba do empreendimento
para a implantação de área de lazer; deste percentual, 60 % (sessenta por cento) deverão
ser equipados para recreação (playgrounds, praças, quiosques, salão de festas, piscinas,
quadras, entre outros), e 40% (quarenta por cento) tratada paisagisticamente. (revogado)

Art. 240. Os
condomínios residenciais deverão reservar 10% da gleba útil do
empreendimento para a implantação de área de lazer; deste percentual, 60 % (sessenta
por cento) deverão ser equipados para recreação (playgrounds, praças, quiosques, salão
de festas, piscinas, quadras, entre outros), e 40% (quarenta por cento) tratada
paisagisticamente. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: O PLC QUE DEU ORIGEM A LCM 323/2021 NÃO INCLUIU A
REVOGAÇÃO DO ART. 240 JUNTAMENTE COM O ART. 241 A FIM DE QUE O PERCENTUAL
DAS ÁREAS DE LAZER E VERDE DOS COND. RESID. E INDL. FICASSE IGUAL E SOMENTE
DENTRO DO PAR. 4º DO ARTIGO 224; EM FACE, A MANUTENÇÃO DO ART 240 GEROU
COLISÃO C/ O PAR. 4º DO ARTIGO 224, DIVERGINDO O PERCENTUAL PRETENDIDO DE 5%
DO PERCENTUAL DE 10% ESTABELECIDO ORIGNALMENTE PELO ART. 240 DA LCM
281/2019; CONSIDERANDO QUE O PERCENTUAL DE 10% DEVE SER MANTIDO NOS COND.
RESID. MANTEVE-SE O ART 240 QUE COMPLEMENTOU A REGRA DETALHANDO A FORMA
DE OCUPAÇÃO DA ÁREA; PORTANTO, EM MANTENDO-SE O ART. 240 NA SUA FORMA
ORIGINAL, TORNA-SE NECESSÁRIO CORRIGIR O PAR. 4 º DO ART. 224 PARA POR FIM A
DIVERGÊNCIA, CONFORME FOI PROPOSTO.

Art. 241 Os
condomínios industriais deverão reservar 10% da gleba do empreendimento
para a implantação de área verde. (Revogado pela Lei Complementar nº 323/2021)

Seção III
DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO

Subseção I - DA FASE PRELIMINAR

Art. 242. A
consulta de viabilidade constitui fase preliminar do processo de licenciamento de
parcelamento do solo ou de condomínio horizontal fechado.

Art. 243. A
consulta de viabilidade deverá ser feita pelo empreendedor junto à autoridade
licenciadora do Poder Executivo Muncipal, e instruída com:
I - requerimento solicitando parâmetros e demais regras incidentes sobre o terreno aonde
se pretende executar o empreendimento contendo CPF ou CNPJ;

II - inscrição imobiliária ou certificado de cadastro de imóvel rural - CCIR;

III - cópia da certidão da matrícula do Registro de Imóveis, ou escritura pública do imóvel,


ou certidão de posse, ou contrato de compra e venda para loteamentos aprovados;

IV - croqui de localização.

Art. 244. A
autoridade licenciadora responderá no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da data do protocolo, para emitir resposta à consulta de viabilidade, por meio de
certidão atestando a viabilidade ou não do empreendimento.

Art. 245. A
consulta de viabilidade corresponde a simples resposta a pedido de informações,
não gerando quaisquer direitos de executar o parcelamento do solo ou o condomínio
horizontal fechado. (revogado)

Art. 245 A consulta de viabilidade corresponde a simples resposta a pedido de


informações, não gerando quaisquer direitos de executar o parcelamento do solo,
condomínio horizontal fechado e edificação, com vigência por 180 dias. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Foi oficializado o prazo de vigência conforme vem sendo praticado

Caso haja viabilidade do empreendimento, autoridade licenciadora deverá informar


Art. 246.
diretrizes para orientar a elaboração de anteprojeto, com base nos parâmetros e demais
regras aplicáveis, considerando:

I - o uso e a ocupação do solo;

II - o traçado e continuidade do sistema viário;

III - os lotes ou unidades autônomas, conforme o caso;

IV - as áreas verdes e espaços livres;

V - as áreas reservadas para equipamentos públicos urbanos e comunitários;

VI - as infraestruturas;

VII - as eventuais contrapartidas urbanísticas ou ambientais;

VIII - as normas de apresentação do projeto.

§ 1º As normas de apresentação do projeto deverão observar, além do disposto nesta Lei


Complementar, o previsto no Código de Obras do Municipio.

§ 2º As diretrizes referidas no caput terão validade de 180 (cento e oitenta) dias.

Subseção II - DAS ETAPAS DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO

Art. 247. Após


a fase preliminar referida no art. 242, o processo de licenciamento deverá
cumprir as seguintes etapas:

I - anteprojeto;

II - projeto definitivo;

III - aprovação;

IV - registro e fiscalização.

Na hipótese de qualquer documento produzido no âmbito de qualquer das etapas


Art. 248.
referidas no art. 247 estar incompleta ou caso seja necessário quaisquer diligências, os
prazos aplicáveis serão extintos e iniciados a partir da data em que a documentação for
completada ou a diligência atendida.

Art. 249. O
empreendedor deverá atender, no prazo de 30 (trinta) dias, os pedidos de
esclarecimentos, ou informações, formulado pela autoridade licenciadora no curso do
processo e respectivos a cada uma das etapas referidas no art. 247.

§ 1º O prazo referido no caput poderá ser prorrogado por igual período, desde que
apresentado motivo justificado pelo empreendedor.

§ 2º O não cumprimento do prazo previsto neste artigo levará ao arquivamento do


processo, mediante despacho fundamentado da autoridade licenciadora.

Art. 250. Além


da consulta de viabilidade, toda a documentação produzida nas etapas
referidas no caput deverá ser autuada no processo de licenciamento.

Subseção III - DO ANTEPROJETO

Recebidas as diretrizes referidas no art. 246, o empreendedor elaborará o


Art. 251.
anteprojeto.

§ 1º Considera-se anteprojeto o esboço ou conjunto dos estudos preliminares que irão


constituir o Projeto Definitivo.

§ 2º A autoridade licenciadora terá 30 (trinta) dias, contados da data do protocolo, para


concluir a avaliação do anteprojeto.

Art. 252. O
anteprojeto deverá ser submetido à análise do órgão de planejamento municipal
competente, devendo apresentar os seguintes elementos: (revogado)

Art. 252. O
anteprojeto deverá ser submetido à análise do órgão de planejamento municipal
competente, e quando aprovado terá vigência de 180 (cento e oitenta) dias, devendo
apresentar os seguintes elementos: (nova redação)

I - proposta preliminar de divisão e conformação de quadras e lotes ou unidades


autônomas, conforme o caso, dimensões básicas, arruamentos e arranjo das áreas
comuns;

II - estatística parcial do loteamento;

III - levantamento planialtimétrico do terreno com curvas de nível contendo cobertura


vegetal, hidrografia, edificações existentes, indicação dos arruamentos contíguos a todo o
perímetro e demais elementos técnicos necessários a perfeita compreensão do
anteprojeto;

IV - indicação do uso predominante a que o loteamento se destina.

Art. 253. Apósa análise do anteprojeto será entregue um relatório ao empreendedor,


contendo informações com as eventuais indicações de alterações recomendadas pelo
Poder Executivo Municipal ou demais órgãos públicos, a fim de que seja elaborado projeto
definitivo e iniciado o licenciamento ambiental junto ao órgão competente.

Parágrafo único. As informações e eventuais indicações referidas no caput deverão ser


fundamentadas nesta Lei Complementar e na legislação aplicável.

Subseção IV - DO PROJETO DEFINITIVO

De posse do relatório referido no art. 253, o empreendedor deverá apresentar o


Art. 254.
projeto definitivo de parcelamento ou de condomínio horizontal fechado, conforme o
caso.

Parágrafo único. A autoridade licenciadora terá 30 (trinta) dias, contados da data do


protocolo, para concluir a avaliação do projeto definitivo.

Art. 255. O
projeto definitivo de parcelamento na modalidade de desmembramento deverá
conter os seguintes documentos:

I - certidão atualizada da matrícula do imóvel, expedida pelo Registro de Imóveis


competente;
II - projeto urbanístico com planta do imóvel em 3 (três) vias, em escala conforme o
estabelecido no Código de Obras, contendo:

a) a indicação das vias existentes e loteamentos confrontantes com o imóvel;


b) a indicação da divisão de lotes pretendida no imóvel, contendo medidas de cada divisa e
área de cada parcela de terreno resultante;
c) a indicação do tipo de uso predominante no local;
d) quadro estatístico.

III - memorial descritivo do projeto em 3 (três) vias, indicando:

a) características do terreno;
b) limites e confrontações;
c) área total e área dos lotes;
d) construções existentes;
e) demais dados necessários à plena compreensão do projeto apresentado.

IV - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica


(RRT).

§ 1º Os lotes resultantes de desmembramentos, não poderão ser inferiores ao lote mínimo


previsto nesta Lei Complementar, conforme a zona em que se situam.

§ 2º Todos os projetos, laudos, levantamentos anteriormente referidos deverão estar


assinados pelo empreendedor e por responsável ou responsáveis técnicos com respectivas
documentações comprobatórias de responsabilidades técnicas junto aos conselhos
profissionais competentes.

§ 3º A aprovação do Projeto Definitivo de desmembramento terá validade por 180 (cento


e oitenta) dias.

Art. 256. O
projeto definitivo de parcelamento na modalidade de loteamento deverá conter
os seguintes documentos:

I - certidão atualizada da matrícula do imóvel, expedida pelo Registro de Imóveis


competente;

II - certidões negativas; (revogado)

II - certidões negativas, quando da emissão do Decreto Municipal de aprovação;

(nova redação)

a) dos tributos municipais relativas ao imóvel;


b) das ações referentes ao imóvel na Justiça Federal e Estadual;
c) das ações penais do loteador com respeito ao crime contra o patrimônio, contra o meio
ambiente e contra a administração pública do loteador na Justiça Federal e Estadual;
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração
Pública (Repetindo a Lei 6.766); (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)
d) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador;
e) de ônus reais sobre o imóvel a ser loteado.

III - projeto geométrico contendo:

a) planta do projeto de arruamento e quadras;


b) perfis longitudinais das vias;
c) perfis transversais das vias.
d) projeto de pavimentação; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)
e) projeto de sinalização viária. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021).

f) layout da comunicação visual a ser adotado para a identificação dos logradouros;


(redação acrescida)

IV - projeto urbanístico contendo:

a) planta de situação;
b) planta de quadras e lotes;
c) resumo estatístico;
d) projeto de urbanização das áreas públicas de lazer; (revogado)

d) projeto de urbanização das áreas públicas de lazer, quando houver implantação de


equipamentos e edificações e for aplicável se for exigido pelo órgão municipal
competente; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: O projeto de urbanização não é feito porque as áreas não são
ocupadas de imediato, portanto, ficou sem sentido a obrigatoriedade, faz-se necessário
vincular somente se necessário for e exigido pelo órgão municipal competente.

e) memoriais descritivos;
f) projeto de obras de artes, tais como pontes, arrimos, detalhes de meio fio, calçadas,
passagem de pedestres, arborização e outras obras correlatas.
f) projeto de obras de artes, tais como pontes, arrimos, detalhes de meio fio, calçadas,
passagem de pedestres e outras obras correlatas; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 323/2021)
g) projeto de acessibilidade de acordo com as normas vigentes. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 323/2021)

h) denominação do empreendimento gravada em todas as pranchas, não podendo haver


repetição de denominações de empreendimentos anteriormente aprovados ou
registrados, exceto se for etapa/fase subsequente do mesmo empreendimento. (redação
acrescida)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de evitar-se repetição de denominações e plágios de


empreendimentos que já foram implantados, situação que gera conflito entre os
empreendedores, além de confundir a população e a organização do sistema viário.
i) projeto de terraplanagem; (redação acrescida)

j) levantamento planialtimétrico cadastral do imóvel, contendo curvas de nível, área total,


medidas perimetrais, em escala adequada às finalidades do empreendimento;
(redação acrescida)

Comentário da SEPLAN: Não havia previsão

V - projeto da rede de escoamento de águas pluviais contendo:

a) planta da rede de pontos de lançamento;


b) perfis longitudinais da rede;
c) perfis transversais;
d) detalhes de caixas de inspeção, bocas de lobo e outros necessários à explicitação do
projeto;
e) planilha de cálculo de vazão.

VI - projeto da rede de distribuição de água potável e efluentes; (revogado)

VI - projeto da rede de distribuição de água potável, se houver, e projeto do sistema


individual de coleta e tratamento dos efluentes sanitários, em caso de inviabilidade de
atendimento pela concessionária ou órgão municipal; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Considerando que as concessionárias só analisam os projetos após


a aprovação do urbanístico

VII - projeto da rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública; (revogado)

VII - projeto da rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública, se houver;


(nova redação)

Comentário da SEPLAN: Considerando que as concessionárias só analisam os projetos após


a aprovação do urbanístico

VIII - cronograma físico de execução das obras;

VIII - cronograma físico de execução das obras em conformidade com a a etapa e período
de execução aprovados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

VIIIA – declaração simples assinada pelo responsável técnico dando ciência dos Artigos 216
e 235 desta Lei complementar. (redação acrescida)

VIIIB – declaração simples assinada pelo responsável técnico em caso de inexistência de


obras de arte. (redação acrescida)

IX - proposta de instrumento de garantia de execução das obras a cargo do


empreendedor;

IX - proposta de instrumento de garantia de execução das obras a cargo do empreendedor


em conformidade com a etapa e periodo de execução aprovados; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 323/2021)

X - licença ambiental emitida pelo órgão competente.

XI - Certidão de viabilidade para abastecimento de água e esgotamento sanitário para o


empreendimento, elaborada pela empresa responsável pelos serviços em questão;
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

XII - Certidão de viabilidade para suprimento de energia elétrica do empreendimento


elaborada pela empresa responsável por este serviço; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 323/2021)

XIII - Certidão de viabilidade para coleta de lixo do empreendimento elaborada pela


empresa responsável por este serviço. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 323/2021)

§ 1º Todos os projetos, laudos, levantamentos anteriormente referidos deverão estar


assinados pelo empreendedor e por responsável ou responsáveis técnicos com respectivas
documentações comprobatórias de responsabilidades técnicas junto aos conselhos
profissionais competentes.

§ 2º A aprovação do projeto definitivo de loteamento terá validade por 02 (dois) anos para
o início das respectivas obras.

§ 2º A aprovação do projeto definitivo de loteamento deverá ter sua execução iniciada no


prazo de 02 (dois) anos, contado esse prazo a partir da data de emissão do alvará de
execução da obra. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

Art. 257. O
projeto definitivo de condomínio horizontal fechado deverá conter os seguintes
documentos:

I - memorial descritivo contendo, no mínimo:

a) denominação do condomínio;
b) tipo do condomínio, se residencial ou industrial;
c) descrição suscinta do condomínio e parâmetros urbanísticos;
d) indicação das áreas públicas que devem passar ao domínio do Município no ato de
registro do condomínio, quando couber;
e) planilha contendo o conjunto de lotes, equipamentos públicos urbanos e comunitários,
usos livres e vias de circulação.

II - certidão atualizada da matrícula do imóvel, expedida pelo Registro de Imóveis


competente;

III - certidão de ônus reais;


IV - certidão negativa de tributos municipais;

V - proposta de instrumento de garantia de execução das obras a cargo do empreendedor;

VI - projetos de equipamentos urbanos a serem executados pelo empreendedor,


referentes a abastecimento de água, esgotamento sanitário e energia elétrica;

VII - levantamento planialtimétrico do imóvel, contendo curvas de nível, área total,


medidas perimetrais, em escala adequada às finalidades do empreendimento;

VIII - projeto de terraplanagem, quando for o caso, indicando: o levantamento


planialtimétrico; os perfis longitudinais e transversais do terreno; o projeto de plano de
corte; do volume de corte ou aterros, o projeto de recuperação dos taludes, incluindo a
indicação da drenagem superficial com colocação de canaletas de pé e de crista do talude;
a indicação das áreas de empréstimo para o aterro;

IX - Estudo de Impacto Ambiental e Estudo de Impacto de Vizinhança, quando couber;

X - licença ambiental emitida por órgão competente;

XI - projeto do condomínio, cujos desenhos contenham pelo menos:

a) planta de localização, constando, no mínimo, a identificação da gleba dentro da malha


urbana, figurando os arruamentos, rios, canais e outros elementos que possam orientar a
identificação da área e orientação do norte magnético;
b) planta de situação, constando, no mínimo: as divisas do lote e seus confrontantes;
subdivisão das quadras em lotes com respectivas dimensões e numeração; o sistema de
vias de circulação devidamente cotados com dimensões lineares e angulares do projeto,
com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias; localização dos
cursos d`água, bosques, mananciais e outras indicações topográficas; indicação das áreas
de lazer, devidamente cotadas.

XII - perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e áreas de uso


comum;

XIII - indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de


curvas e vias projetadas;

XIV - projeto urbanístico e paisagístico de qualificação ambiental das áreas non aedificandi
e das áreas verdes;

XV - projeto arquitetônico da guarita e equipamentos de lazer, quando houver;

XVI - projeto completo da rede de esgoto e do sistema unifamiliar de tratamento de


esgoto sanitário;
XVII - projetos das redes de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento de água e
drenagem pluvial; (revogado)

XVII - projetos das redes de energia elétrica, de iluminação pública, de abastecimento de


água, se houver, e de drenagem pluvial com os detalhes executivos; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Considerando que as concessionárias só analisam os projetos após


a aprovação do urbanístico

XVIII - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade


Técnica (RRT);

XIX - termo de compromisso, elaborado na forma exigida pelo Município e assinado pelo
promotor do parcelamento do solo urbano, obrigando-se a cumprir integralmente as
condições e requisitos da legislação e o cronograma de implantação definitiva da infra-
estrutura no parcelamento do solo urbano;

XX - cronograma físico-financeiro.

XXI - Certidão de viabilidade para abastecimento de água e esgotamento sanitário para o


empreendimento, elaborada pela empresa responsável pelos serviços em questão;
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

XXII - Certidão de viabilidade para suprimento de energia elétrica do empreendimento


elaborada pela empresa responsável por este serviço; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 323/2021)

XXIII - Certidão de viabilidade para coleta de lixo do empreendimento elaborada pela


empresa responsável por este serviço. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 323/2021)

§ 1º A aprovação do projeto definitivo de condomínio horizontal fechado deverá ter sua


execução iniciada no prazo de 02 (dois) anos, contado esse prazo a partir da data de
emissão do alvará de execução da obra. (nova redação)

XXIV – declaração simples assinada pelo responsável técnico dando ciência dos Artigos 216
e 235 desta Lei complementar. (redação acrescida)

XXV – declaração simples assinada pelo responsável técnico em caso de inexistência de


obras de arte. (redação acrescida)

Subseção V - DA APROVAÇÃO

Art. 258. A
autoridade licenciadora, uma vez decidindo pela aprovação do projeto, expedirá
o alvará de licença para a execução das obras de parcelamento ou de condomínio
horizontal fechado.
Uma vez aprovado projeto, serão elaborados e formalizados os seguintes atos,
Art. 259.
respectivamente:

I - termo de compromisso do empreendedor com firma reconhecida por autenticidade;

II - decreto de aprovação do empreendimento.

§ 1º Pela assinatura do termo de compromisso o empreendedor obriga-se a:

I - executar no prazo máximo de 2 (dois) anos, sem qualquer ônus para o Poder Executivo
Municipal, as obras discriminadas no cronograma físico e aprovados nos respectivos
projetos;

I - executar no prazo de 4 (quatro) anos, sem qualquer ônus para o Poder Executivo
Municipal, as obras discriminadas no cronograma físico e aprovados nos respectivos
projetos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021) (revogado)

I - executar no prazo de até 4 (quatro) anos, sem qualquer ônus para o Poder Executivo
Municipal as obras discriminadas no cronograma físico e aprovados nos respectivos
projetos, sendo que em caso de empreendimentos com mais de 900 (novecentos) lotes,
será permitida a prorrogação de prazo por mais 4 (quatro) anos.

(nova redação)

Comentário da SEPLAN: Na situação de empreendimentos de grande porte, o prazo de 04


anos é insuficiente e pode comprometer a qualidade da execução da infraestrutura, tendo
sido autorizado recentemente a prorrogação por mais 4 anos – emenda à Lei Federal
6.766/79 por meio da Lei Federal 14.118/21

II - facilitar a fiscalização permanente do Poder Executivo Municipal durante a execução


das obras e serviços;

III - não outorgar qualquer escritura definitiva de venda de lotes, antes de serem
concluídas as obras previstas no inciso I do parágrafo 1º, e de cumpridas as demais
obrigações impostas por lei ou assumidas no termo de compromisso;

IV - fazer constar no compromisso de compra e venda de lotes ou unidades autônomas as


condições de que só poderão receber construção depois de executadas as obras previstas
no inciso I do parágrafo 1º;

V - fazer constar, das escrituras definitivas ou dos compromissos de compra e venda de


lotes ou unidades autônomas, as obrigações dos serviços e obras previstas no inciso I do
parágrafo 1º, constando também, as obrigações para com as Áreas de Preservação
Permanente (APP) existentes, com a responsabilidade solidária dos adquirentes ou
compromissários compradores, na proporção da superfície de suas áreas;

VI - delimitar e identificar por meio de marcos cada parcela individualizada;


VII - assegurar a execução de obras e serviços de infraestrutura urbana exigida para o
empreendimento, através de garantias que correspondam ao custo dos trabalhos a serem
realizados, que poderão ser representados a caucionamento hipotecário da área do
terreno ou de outros terrenos urbanizados, observando que:

VII - assegurar a execução de obras e serviços de infraestrutura urbana exigida para o


empreendimento, através de garantias que correspondam ao custo dos trabalhos a serem
realizados, que poderão ser representados a caucionamento hipotecário da área do
terreno urbanizado ou de outros terrenos urbanizados, observando que: (Redação dada
pela Lei Complementar nº 323/2021)

a) o valor dos lotes ou unidades autônomas será calculado para efeito deste inciso, pelo
preço da gleba sem considerar as benfeitorias previstas no projeto aprovado;
a) o valor dos lotes ou unidades autônomas será calculado para efeito deste inciso, pelo
valor da gleba urbanizada; (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)
b) quando situados fora do empreendimento, o valor corresponderá à área e às
benfeitorias nele existentes na data da caução;
c) não poderão ser dadas em garantia as áreas de vias, parques e praças, bem como as
destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e as não edificáveis, constantes do
parcelamento.

VIII - expor e manter no empreendimento, em local de fácil visualização, durante a


execução da obra, uma placa com área mínima de um metro quadrado contendo nome do
empreendimento, responsável ou responsáveis técnicos e número do decreto de
aprovação. (revogado)

VIII - expor e manter no empreendimento, em local de fácil visualização, durante a


execução da obra, uma placa com área mínima de quatro metros quadrados contendo
nome do empreendimento, proprietário com CNPJ, responsável ou responsáveis técnicos,
com número de registro profissional, número do decreto de aprovação, número das
licenças ambientais com identificação do órgão ambiental emissor; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Revisão da dimensão mínima da placa de obra e ampliação dos


dados de identificação do empreendimento.

§ 2º O prazo descrito no inciso I do § 1º poderá ser prorrogado uma única vez pelo mesmo
período, desde que apresentado motivo justificado pelo empreendedor. (Revogado pela
Lei Complementar nº 323/2021)

§ 3º O decreto de aprovação do empreendimento deverá conter:

I - caracterização e identificação do empreendimento;

II - as condições em que o empreendimento for aprovado;

III - indicação das áreas destinadas a logradouros, usos institucionais urbanos e


comunitários, as quais se incorporam automaticamente ao Patrimônio Municipal como
bens de uso comum sem ônus de qualquer espécie para o Poder Executivo Municipal;

IV - indicação das áreas a serem dadas em garantia da execução das obras; (revogado)

Comentário da SEPLAN: A descrição oficial da garantia só tem valor legal se estiver


averbada na matrícula da gleba, cuja averbação é posterior ao decreto de aprovação,
portanto, fica ineficaz mencionar as garantias no decreto, pois ainda não houve averbação
na matrícula mãe do empreendimento, podendo haver modificações na fase de registro.

V - anexo no qual conste a descrição das obras a serem realizadas e um cronograma físico
de sua execução. (revogado)

Comentário da SEPLAN: Este anexo é parte integrante da proposta do instrumento de


constituição de garantia que irá subsidiar a lavratura da garantia hipotecária de execução
de obras, portanto, o documento já está juntado ao processo de aprovação definitiva.
Desta forma regulamenta-se o padrão do decreto a forma como vem sendo feito, não
sendo recomendável ficar em divergência.

Subseção VI - DO REGISTRO E FISCALIZAÇÃO

Art. 260. Após


a expedição do Decreto de aprovação, o Poder Executivo Municipal entregará
ao empreendedor a autorização de registro e execução do empreendimento, para fins de:

I - lavratura de escritura de hipoteca das áreas a serem dadas como a garantia da execução
das obras, que devem ser descritas na escritura;

II - registro do empreendimento no cartório de imóveis, no prazo de 180 (cento e oitenta)


dias, sob pena de caducidade da aprovação;

II - protocolo do pedido de registro do empreendimento no cartório de imóveis, no prazo


de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 323/2021)

a) por ocasião da finalização do registro imobiliário, o empreendedor deverá encaminhar


ao órgão de planejamento e ao Cadastro Técnico os seguintes documentos em mídia
digital: (redação acrescida)

a.1) projeto urbanístico na sua versão editável e fechada; (redação acrescida)

a.2) memorial descritivo dos lotes, ruas, áreas institucionais, áreas de preservação
permanente, reserva legal e área de manutenção florestal, se houver, de acordo com o
registro havido; (redação acrescida)

a.3) certidão de inteiro teor da matrícula mãe atualizada com o termo de encerramento
averbado. (redação acrescida)
Comentário da SEPLAN: Necessidade de atualização cadastral do empreendimento, em
conformidade com o registro.

III - emissão do alvará de licença para execução das obras autorizadas, que será averbado
no cartório de registro de imóveis;

IV - lavratura de escrituras das áreas de equipamentos públicos e urbanos.

Parágrafo único. De posse das escrituras referidas no caput, o loteador deverá fornecer
cópias destas ao Poder Executivo Municipal, sob pena de embargo do loteamento.

Art. 261. Os
órgãos competentes do Poder Executivo Municipal exercerão a fiscalização dos
empreendimentos em todas as etapas, desde as especificações de ordem técnica até as
fases de execução.

Parágrafo único. Para auxiliar na fiscalização referida no caput, o empreendedor deverá:

I - manter um conjunto completo de cópias do projeto aprovado e do ato de aprovação no


local da obra;

II - atender às solicitações da fiscalização, sob pena de embargo da obra, sem prejuízo de


outras sanções legais cabíveis.

Verificada a infração, a fiscalização determinará a imediata paralisação da obra,


Art. 262.
expedindo notificação em nome do empreendedor, do responsável técnico e do executor,
no sentido de ser sanada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da
notificação.

§ 1º A verificação da infração poderá ser feita a qualquer tempo, mesmo após o término
das obras.

§ 2º O notificado terá o prazo máximo de 10 (dez) dias para apresentar a sua defesa, a
partir da data da notificação.

§ 3º Não cumpridas às exigências constantes da notificação, as pessoas citadas na


notificação serão multadas, conforme o disposto no art. 263, e será lavrado um auto de
embargo, paralisando as obras por tempo indeterminado.

§ 4º Para a paralisação das obras poderá ser solicitado o auxílio de autoridades judiciais e
policiais competentes.

§ 5º O embargo será mantido até que sejam sanadas as infrações motivadoras do mesmo,
respeitado o prazo máximo estabelecido no inciso I do § 1º do art. 259, revogando-se,
então, o decreto de aprovação.

Art. 263. Fica sujeito a multa o empreendedor que:


I - não cumprir o disposto no artigo 262;

II - efetuar qualquer tipo de empreendimento no Município, sem a prévia autorização do


órgão municipal competente; (revogado)

II - efetuar qualquer tipo de empreendimento no Município, em especial sobre via pública,


sem a prévia autorização do órgão municipal competente; (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Reforço quanto a necessidade de comunicação e anuência da


municipalidade para as intervenções em vias públicas por terceiros e concessionárias
(Celesc, Casan, SC Gás e empreiteiras).

III - der início de qualquer modo, ou efetuar empreendimento sem observância das
determinações constantes do ato administrativo da licença;

IV - fizer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação ao público ou a


interessados, informação sobre a legalidade de empreendimento, ou ocultarem
fraudulentamente fato a ele relativo.

V – dar divulgação pública de empreendimentos desprovidos de aprovação e registro


imobiliário e/ou de incorporação. (redação acrescida)

Parágrafo único. Ato competente do Poder Executivo Municipal regulamentará o valor da


multa referida no caput.

Seção IV - DA ENTREGA DA OBRA

Art. 264. Uma


vez realizadas as obras de infraestrutura, o empreendedor deverá solicitar ao
Poder Executivo Municipal o certificado de conclusão das obras, apresentando para este
fim os seguintes documentos:

I - requerimento de vistoria;

II - planta de indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento implantados no


parcelamento.

III – projeto urbanístico as built caso a planta registrada tenha sido executada com
modificações. (redação acrescida)

IV – certidão de inteiro teor da matrícula mãe da gleba onde conste o registro imobiliário
do empreendimento. (redação acrescida)

a) os documentos que trata este artigo deverão ser apresentados em meio digital e
anexados eletronicamente ao processo em suas versões atualizadas fechadas. (redação
acrescida)
Comentário da SEPLAN: Implantação da cultura do as built e da análise sem papel.

Efetuadas as competentes vistorias e verificado o cumprimento das disposições


Art. 265.
aplicáveis desta Lei Complementar, o Poder Executivo Municipal, num prazo máximo de 30
(trinta) dias, expedirá o certificado de conclusão de obras e liberará as áreas caucionadas.

Parágrafo único. A liberação das áreas dadas em garantia poderá ser parcial, devendo ser
proporcional às obras executadas e de acordo com laudo de vistoria confeccionado por
servidor competente.

Caso as obras não tenham sido realizadas num prazo de 2 (dois) anos, a contar da
Art. 266.
data da aprovação do empreendimento, obsevado o § 2º do artigo 259, decretará a
caducidade do ato de aprovação do projeto. (revogado)

Caso as obras não tenham sido realizadas no prazo regulamentar, a contar da data
Art. 266.
do alvará do empreendimento, observado o § 1º do artigo 259, decretar-se-á a caducidade
do ato de aprovação do projeto. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: O Art. 266 não foi revogado pela Lei 323/2021 e ficou desajustado
ao prazo de execução de 4 anos introduzido pela mesma Lei. Torna-se necessário prever a
caducidade do decreto de aprovação em caso de descumprimento do prazo de execução,
conforme disposto na Lei 6.766/1979.

Seção V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 267. Para


fins desta Lei Complementar, somente o profissional legalmente habilitado
pelo conselho profissional competente poderá assinar, como responsável técnico pelo
projeto e execução da obra de parcelamento do solo.

§ 1º Excetua-se ao disposto no caput a consulta de viabilidade.

§ 2º A responsabilidade civil pelos serviços de projetos, cálculos e especificações caberá


aos autores e responsáveis técnicos.

§ 3º A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em razão do projeto ou da


sua execução, mesmo depois de aprovado.

Em áreas que sejam objeto de planejamento regional ou metropolitano, nenhum


Art. 268.
parcelamento ou condomínio horizontal fechado poderá ser admitido sem prévia anuência
do órgão competente.

Art. 269. Quandoo loteamento se situar dentre um dos casos previstos no artigo 13 da Lei
Federal nº 6.766/1979, a aprovação pelo Município dependerá da observância às normas
disciplinadoras da matéria estabelecidas pelo Governo Estadual.
Os parcelamentos do solo localizados na Macrozona Rural do Município deverão
Art. 270.
ser realizados observando-se o disposto nas normas federais aplicáveis, em especial as
instruções normativas do INCRA, seu módulo mínimo e considerando os objetivos
constantes nos arts. 8º e 103.

Art. 271. O
Poder Executivo Municipal não expedirá alvarás para construir, demolir,
reconstruir, reformar ou ampliar construção em terrenos resultantes de loteamentos não
aprovados ou cujas obras não tenham sido vistoriadas ou aprovadas.

Não será permitida a construção de edificação para fins residencial, comercial,


Art. 272
industrial e de serviços, sobre a área parcelada, até que esteja implantada a rede de água,
energia elétrica e rede completa de esgoto na totalidade da gleba parcelada, ou em parte
desta, quando prevista no cronograma físico-financeiro do loteamento.

Não será permitida a construção de edi?cação para ?ns residencial, comercial,


Art. 272.
industrial e de serviços, sobre a área parcelada, até que esteja implantada a rede de água,
energia elétrica e rede de esgoto no imóvel individualizado, ou nos imóveis objetos do
alvará. (Redação dada pela Lei Complementar nº 323/2021)

Nenhum serviço ou obra pública será prestado ou executado em terrenos loteados


Art. 273.
sem a prévia aprovação da Prefeitura Municipal, exceto nos casos de prestação ou
execução no âmbito de projetos de regularização fundiária de interesse social concebido
com base nas disposições aplicáveis desta Lei Complementar.

Nas desapropriações não serão indenizadas as benfeitorias ou construções


Art. 274.
realizadas em lote, loteamento ou condomínio horizontal fechado irregulares, nem serão
considerados terrenos loteados para fins de indenização, as glebas que foram
desmembradas e loteadas sem aprovação da Prefeitura Municipal.

Compete ao empreendedor adotar as medidas técnicas necessárias para evitar que


Art. 275.
a movimentação de terra e os resíduos provenientes do parcelamento ou do condomínio
horizontal fechado sejam depositados em vias e áreas públicas, ou venham danificar as
áreas de preservação ambiental, durante o período de realização das obras.

Verificando que o loteamento ou do condomínio horizontal fechado não se acha


Art. 276.
licenciado, ou foi executado em desacordo com os projetos aprovados, o Município
notificará o empreendedor e encaminhará representação Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) ao Ministério Público,
visando a adoção das devidas providências. (revogado)

Comentário da SEPLAN: ficou truncado e sem sentido este artigo

Verificando que o loteamento ou condomínio horizontal fechado não se acha


Art. 276.
licenciado, registrado, ou foi executado em desacordo com os projetos aprovados, o
Município notificará o empreendedor e o responsável técnico a regularizar as
inconformidades verificadas, ficando facultado em caso de constatação de negligência o
encaminhamento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de
Responsabilidade Técnica (RRT) ao respectivo conselho de classe profissional, visando
abertura de processo administrativo a fim de apurar conduta negligente e quebra do
código de ética profissional e adoção de medidas disciplinares pertinentes. (nova redação)

Comentário da SEPLAN: Necessidade de deixar clara a redação do artigo, conforme estima-


se que foi pretendido pelo legislador, a fim de que os responsáveis técnicos estejam mais
presentes, atentos e motivados a exercerem as suas responsabilidades técnicas, em
detrimento ao acobertamento profissional e negligência técnica.

TÍTULO V
DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES E OBJETIVOS GERAIS

Fica instituído o Sistema de Acompanhamento e Controle, conforme o disposto no


Art. 277.
inciso III do art. 42 do Estatuto da Cidade.

Art. 278. São objetivos gerais do Sistema de Acompanhamento e Controle:

I - criar mecanismos de participação e controle social para cidadãos e setores


representativos dos vários segmentos da sociedade;

II - identificar as demandas urbanísticas geradas pela Sociedade Civil;

III - acompanhar, avaliar e propor atualizações:

a) nesta Lei Complementar, considerando inclusive o cumprimento de seus programas,


projetos e instrumentos;
b) na legislação decorrente desta Lei Complementar.

IV - estimular um processo educativo e de capacitação dos munícipes, para que este possa
participar do planejamento e gestão urbanos;

V - tornar transparentes e participativos os processos de planejamento e gestão da política


de desenvolvimento e expansão urbanos;

VI - evitar:

a) a descontinuidade do processo de planejamento e gestão urbanos, inclusive por meio


de ações de capacitação dos gestores eleitos, e da gestão orçamentária participativa;
b) a descaracterização das diretrizes, objetivos e estratégias da política de
desenvolvimento e expansão urbanos do Município.

CAPÍTULO II
DOS ÂMBITOS DE AÇÃO
São âmbitos de ação do Sistema de Acompanhamento e Controle o do Poder
Art. 279.
Público municipal, composto por seus respectivos Poderes Executivo e Legislativo, e o da
Sociedade Civil.

§ 1º Os âmbitos de ação referidos no caput sempre atuarão de maneira integrada e


complementar.

§ 2º Compete aos Poderes Executivo e Legislativo:

I - articular Poder Público e Sociedade Civil, considerando, inclusive, entidades e órgãos


governamentais das esferas estadual e federal que tenham relação com a política de
planejamento territorial e urbanístico;

II - por a gestão orçamentária municipal em conformidade com as diretrizes, objetivos e


estratégias estabelecidos no Plano Diretor;

III - promover o processo participativo de planejamento e gestão territorial e urbanística.

§ 3º Compete ao Poder Executivo:

I - implantar e gerenciar o Sistema de Informações Municipais, proporcionando acesso


amplo a documentos e informações para todos os interessados, indistintamente;

II - por a sua gestão orçamentária e as demais políticas, estratégias, programas, projetos e


ações municipais, direta ou indiretamente relacionados com a política de desenvolvimento
e expansão urbanos, em conformidade com as diretrizes, objetivos e estratégias
estabelecidos no Plano Diretor;

III - executar políticas públicas e ações, articulando-se com os demais órgãos municipais e
com outros organismos governamentais e não governamentais, regionais, estaduais ou
federais, especialmente:

a) no âmbito da Região Metropolitana em que se insira o Município de Araquari;


b) no âmbito dos comitês de bacia hidrográfica. (Revogado pela Lei Complementar
nº 323/2021)

IV - submeter à apreciação do Conselho Municipal da Cidade as ações necessárias à


implementação dos instrumentos previstos nesta Lei Complementar;

V - prever no Plano Plurianual as metas de Gestão da Política de desenvolvimento e


expansão urbanos, gerando a obrigação de apresentar anualmente à Câmara Municipal e
ao Conselho Municipal da Cidade relatório com planos de metas e ações para o exercício
correspondente, e provisões para o próximo.

§ 4º Fica assegurado à Sociedade Civil:


I - a participação em todas as fases do processo de planejamento e gestão das políticas
territoriais e urbanísticas do Município, sendo garantidos a disponibilização e o fácil acesso
às informações pertinentes, disponibilizada pelo Poder Público municipal com
antecedência;

II - a participação na elaboração e aprovação das regras:

a) para revisão do Plano Diretor de Araquari e dos planos setoriais dele decorrentes;
b) para elaboração, aprovação e implementação da gestão orçamentária participativa,
observadas as determinações do Estatuto da Cidade sobre a matéria.

Em atendimento à diretriz geral constante no inciso II do art. 2º do Estatuto da


Art. 280.
Cidade, ficam estabelecidas instâncias do Sistema de Acompanhamento e Controle,
organizadas hierarquicamente, conforme a seguir:

I - Conferência da Cidade;

II - Conselho Municipal da Cidade;

III - Audiências Públicas.

Parágrafo único. Fica estabelecida a consulta pública, prevista no Capítulo IV deste Título,
como instrumento complementar as instâncias, referidas no caput.

Art. 281. O
Sistema de Informações Municipais, previsto neste Título, deverá possibilitar as
atividades de planejamento e gestão das políticas territoriais e urbanísticas, e será de
acesso amplo e gratuito à Sociedade.

CAPÍTULO III
DAS INSTÂNCIAS DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE

Seção I
DA CONFERÊNCIA DA CIDADE

Art. 282. A
Conferência da Cidade é a instância propositiva e deliberativa do Sistema de
Acompanhamento e Controle, constituindo espaço público para estabelecer parcerias,
dirimir conflitos coletivos, e legitimar ações e medidas referentes à política territorial e ao
desenvolvimento urbanístico.

Art. 283. São objetivos da Conferência da Cidade:

I - assegurar o processo amplo e democrático de participação e controle social na


elaboração, implantação e avaliação da política de desenvolvimento e expansão urbanos
do Município;
II - mobilizar o Governo Municipal e Sociedade para a discussão, avaliação e formulação
das diretrizes e instrumentos de gestão das políticas territoriais e urbabnísticas;

III - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas destinadas à


implementação das políticas territoriais e urbanísticas;

IV - discutir e buscar a articulação entre os conselhos de políticas públicas;

V - avaliar a aplicação desta Lei Complementar, de forma a:

a) verificar se suas respectivas disposições estão sendo observadas pelos planos,


programas e projetos dos Poderes Públicos Municipal, Estadual e Federal;
b) propor temas para sua revisão periódica;

VI - avaliar a atividade do Conselho Municipal da Cidade visando estabelecer diretrizes e


estratégias para aperfeiçoar seu funcionamento;

VII - avaliar as ações de capacitação da população sobre política de desenvolvimento e


expansão urbanos, desenvolvidas pelo Poder Público municipal;

VIII - eleger os conselheiros territoriais.

Cada Conferência da Cidade terá regimento próprio elaborado pelo Conselho


Art. 284.
Municipal da Cidade, sendo por este revisado sempre que necessário.

No Regimento da Conferência da Cidade, deverá ser observada a diretriz geral da


Art. 285.
Política de desenvolvimento e expansão urbanos constante no inciso II do art. 2º do
Estatuto da Cidade e estar previsto, no mínimo:

I - as competências e matérias para deliberação, considerando, ao menos, os objetivos


expressos no art. 283;

II - a forma de organização e funcionamento da Conferência;

III - uma comissão responsável pela organização da Conferência;

IV - os tempos mínimo e máximo de duração.

Parágrafo único. O Regimento deverá estabelecer os critérios para eleição de delegados,


quando houver demanda por representantes comunitários e setoriais para deliberação de
temas pré-definidos pelo Conselho Municipal da Cidade.

Na Conferência da Cidade será assegurada a participação da população e de


Art. 286.
qualquer interessado, na forma de seu Regimento.
Compete ao Conselho Municipal da Cidade convocar e organizar a Conferência da
Art. 287.
Cidade.

Parágrafo único. Nas atividades de organização e convocação da Conferência, serão


utilizados recursos provenientes do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano,
referido nesta Lei Complementar.

Art. 288. A
Conferência da Cidade será realizada conforme convocação Federal, Estadual ou
pela ação do poder Legislativo, Executivo e Conselho das Cidades.

Seção II
DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE

Subseção I - DA DEFINIÇÃO, OBJETIVOS E COMPETÊNCIAS

Art. 289. O
Conselho Municipal da Cidade é um órgão colegiado, de natureza permanente,
deliberativa, consultiva e propositiva.

Parágrafo único. O Conselho Municipal da Cidade possui autonomia política, e integrará a


estrutura organizacional principal do Poder Executivo Municipal.

Art. 290. Constituem objetivos do Conselho Municipal da Cidade:

I - zelar:

a) pela efetiva participação da Sociedade em todas as fases do processo de planejamento


e gestão territorial e urbanística;
b) pela integral observância a esta Lei Complementar, especialmente quanto ao objetivo
geral previsto no art. 8º, e às estratégias previstas no Título II;
c) pela efetividade e continuidade das políticas, programas e projetos de desenvolvimento
territorial e urbanístico e de desenvolvimento econômico do Município;
d) pela manutenção dos processos de revisão e atualização do plano diretor com base no
Estatuto da Cidade;
e) pela implementação da legislação orçamentária municipal de acordo com as diretrizes,
prioridades, planos, estratégias, programas e projetos expressos nesta Lei Complementar;
f) pela elaboração, correção e atualização da Planta de Valores Genéricos (PVG).

II - promover:

a) o permanente debate e indicação de soluções dos problemas de infraestrutura urbana e


desenvolvimento econômico local;
b) a integração de políticas e ações responsáveis pelo adequado ordenamento territorial e
urbanístico, considerando a integração e complementaridade com a área rural e com a
Região Metropolitana em que se insira o Município;
c) a articulação com os outros conselhos de políticas públicas.

Art. 291. Compete ao Conselho Municipal da Cidade:

I - garantir a efetiva participação da Sociedade, em observância ao inciso II do art. 2º do


Estatuto da Cidade;

II - atuar de forma conjunta com os Poderes Executivo e Legislativo nos processos de


revisão desta Lei Complementar;

III - zelar pela continuidade de políticas, programas e projetos de desenvolvimento


territorial e urbanístico do Município;

IV - propor, ao Poder Público Municipal, medidas asseguradoras da defesa dos interesses


coletivos e individuais, sempre observando a prevalência do interesse público;

V - propor a edição e a alteração de normas, visando à adequação da legislação municipal


a esta Lei Complementar e ao Estatuto da Cidade;

VI - propor, aos poderes públicos, formas da ampliação e do aperfeiçoamento dos


mecanismos de participação e controle social de âmbitos municipal, metropolitano,
regional e federal;

VII - propor diretrizes para a formulação e implementação da política municipal de


desenvolvimento e expansão urbanos, de forma articulada com as demais políticas de
desenvolvimento correlatas de nível federal, estadual, regional ou metropolitano;

VIII - manifestar-se sobre:

a) todos os projetos de lei de matéria urbanística, seja de iniciativa do Poder Executivo ou


do Poder Legislativo, bem como a emendas propostas durante o processo legislativo;
b) os demais atos normativos do Poder Público relativos à Política de desenvolvimento e
expansão urbanos.

IX - acompanhar e avaliar a execução das políticas de desenvolvimento municipal,


deliberando e emitindo orientações e recomendações, especialmente com relação:

a) às políticas e respectivos planos setoriais de habitação, de saneamento básico e de


trânsito e mobilidade;
b) a projetos de grande impacto socioambiental.

X - manifestar-se sobre matérias autorizadas por esta Lei Complementar e pela legislação
dela decorrente;

XI - apreciar as propostas de alteração ao Plano Diretor e legislação correlata, antes de


serem submetidas à tramitação legislativa;
XII - articular-se com outros conselhos de políticas públicas, de forma a integrar ações e
políticas de gestão territorial e urbanística, sejam estas de âmbito nacional, estadual,
regional ou metropolitano;

XIII - aprovar seu regimento interno e decidir sobre as alterações propostas por seus
membros.

§ 1º O Conselho poderá, diretamente, ou por meio de assessorias, consultorias e


auditorias:

I - promover a realização de eventos municipais e regionais sobre temas relacionados com


seus objetivos;

II - solicitar ou realizar estudos sobre temas relacionados com seus objetivos.

§ 2º A aprovação e decisão referidas no inciso XIII do caput dependerão da aprovação de


2/3 (dois terços) dos membros, mediante de voto aberto.

Subseção II - DA ORGANIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO

Art. 292. O
Conselho da Cidade de Araquari será composto por representantes setoriais do
Poder Público, representantes setoriais da Sociedade Civil e por representantes
territoriais, na seguinte proporção:

I - 40% (quarenta por cento) de representantes setoriais do Poder Público;

II - 40% (quarenta por cento) de representantes setoriais da Sociedade Civil;

III - 20% (vinte por cento) representantes territoriais.

Parágrafo único. Os órgãos públicos, os segmentos representativos e a distribuição


territorial serão determinados por ato normativo do Poder Executivo, respeitando as
diretrizes contidas em resolução do órgão federal competente.

Subseção III - DA ELEIÇÃO, DO MANDATO, DA SUPLÊNCIA E DA VEDAÇÃO DE


REMUNERAÇÃO

Art. 293. O
mandato dos conselheiros será de 3 (três) anos, permitida uma única reeleição
sucessiva.

Art. 294. O
início e término do mandato dos Conselheiros não poderá coincidir com o início e
término do mandato do Chefe do Poder Executivo Municipal, salvo no caso dos
representantes do Poder Público.
Art. 295. Para cada conselheiro titular haverá um suplente.

Art. 296. Os conselheiros não receberão remuneração de qualquer espécie.

Art. 297. As
despesas de expediente e manutenção do Conselho serão da responsabilidade
do Poder Executivo Municipal.

Art. 298. A investidura no mandato se dará:

I - no caso dos conselheiros territoriais, por ocasião da realização da Conferência da


Cidade;

II - no caso dos conselheiros setoriais, através de indicação no âmbito de seu respectivo


setor, comprovada por meio de documento enviado ao Chefe do Poder Executivo
Municipal.

Seção III
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

No processo de elaboração do plano diretor, na fiscalização de sua implementação


Art. 299.
e nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos
potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a
segurança da população, de que tratam o inciso I do § 4º do artigo 40, combinado com o
inciso XIII do artigo 2º, todos do Estatuto da Cidade, serão promovidas audiências públicas,
na forma desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Independentemente da fase do processo em que se encontre, a não


realização de audiências públicas pelo Poder Executivo ou pelo Poder Legislativo no
processo de elaboração do Plano Diretor configurará inobservância à diretriz da gestão do
inciso II do art. 2º do Estatuto da Cidade.

Art. 300. São objetivos das audiências públicas

I - promover a cooperação entre diversos atores sociais, o Poder Executivo e o Poder


Legislativo de Araquari;

II - informar, colher subsídios e viabilizar debates sobre a aplicação e revisão do plano


diretor e de demais temas de interesse do Município;

III - garantir o direito de participação do cidadão, individualmente;

IV - possibilitar a participação da população e de diversos setores da sociedade,


especialmente:
a) organizações e movimentos populares;
b) associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
c) entidades de classe;
d) fóruns e redes formadas por cidadãos, movimentos sociais e organizações não-
governamentais.

Art. 301. As audiências públicas:

I - garantirão que o cidadãos:

a) tenham direito a voz, na forma de seu regimento;


b) tenham direito a voto, na forma de seu regimento, caso tenha sido convocada em
caráter deliberativo.

II - serão referentes as matérias contidas no plano diretor, ou dele derivadas;

III - serão obrigatórias no processo de elaboração, tramitação, implementação, avaliação e


revisão do plano diretor;

IV - serão conduzidas pelo Poder Executivo ou Legislativo, conforme a fase do processo em


que se encontre;

V - deverão ser convocadas e divulgadas com antecedência mínima de 15 (quinze) dias;

VI - garantirão a participação de qualquer pessoa interessada no processo, sem distinção


ou discriminação de qualquer natureza;

VII - deverão sempre procurar extrair a posição das diferentes partes envolvidas no tema
que motivou a sua realização, com igualdade de espaço e tempo para expressar sua
opinião;

VIII - ocorrerão fora do horário comercial e em data, hora e locais acessíveis à população.

Constitui principal meio para a mobilização e divulgação das audiências públicas,


Art. 302.
sem prejuízo da utilização de meios oficiais ou de outros meios, a publicação de edital de
convocação em espaço visivelmente destacado em jornal impresso de grande circulação e
leitura no Município.

Art. 303. As
propostas que motivarem a realização de audiência pública e os documentos
que a embasarão serão disponibilizados a qualquer interessado, indistintamente, dentro
do prazo de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Os estudos referidos no caput deverão compor o relatório da audiência


pública.

Art. 304. A publicação e divulgação das deliberações de audiência pública são obrigatórias e
seguem as mesmas regras da convocação.

Parágrafo único. As instruções de acesso aos resultados das audiências públicas deverão
ser amplamente divulgadas.

Art. 305. Quandoa audiência pública tiver por objetivo a discussão e deliberação sobre
alterações na legislação urbanística, suas deliberações deverão ser juntadas ao projeto de
lei ou proposição correlata, compondo memorial do processo legislativo.

Art. 306. O
funcionamento das audiências públicas será regulamentado em regimento
próprio, que será submetido à aprovação do Conselho Municipal da Cidade.

CAPÍTULO IV
DA CONSULTA PÚBLICA

Art. 307. A
consulta pública é instrumento participativo, realizável em prazo definido, tendo
caráter consultivo e propositivo, e sendo aberta a qualquer interessado.

Art. 308. A
consulta pública tem o objetivo de receber propostas e questionamentos, por
escrito, sobre planos, programas e projetos de desenvolvimento e expansão urbanos.

Art. 309. A consulta pública será:

I - promovida pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo, ou por ambos;

II - destinada a qualquer interessado;

III - instaurada por meio de documento convocatório, com esta finalidade.

§ 1º O documento convocatório referido no inciso III do caput será publicado no Diário


Oficial e na página eletrônica da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme o caso,
especificando:

I - o prazo de início e término da consulta pública;

II - o objeto da consulta pública;

III - as instruções sobre como poderá se ter acesso:

a) à versão preliminar do plano, programa e projeto que será submetido à apreciação;


b) aos estudos, documentos e material técnico que fundamentaram a versão preliminar
referida na alínea "a" deste inciso;
c) ao formulário padronizado para envio das propostas e questionamentos, referidos nesta
Lei Complementar.

IV - informações sobre como o interessado entregará o formulário ao órgão do Poder


Público municipal responsável por sua promoção.

§ 2º Nas informações referidas no inciso IV do § 1º será garantido ao interessado que a


entrega do formulário poderá, no mínimo, ser feita presencialmente e em versão
impressa, ao órgão do Poder Público municipal responsável pela promoção da consulta
pública.

É facultado ao órgão do Poder Público municipal responsável pela promoção da


Art. 310.
consulta pública a utilização da internet, por meio dos respectivos sites da Prefeitura, da
Câmara Municipal, ou de ambos.

Concluído o prazo da consulta pública, será procedida a sistematização das


Art. 311.
contribuições recebidas.

Art. 312. Os resultados da Consulta pública serão sistematizados e dar-se-á publicidade aos
mesmos.

Todas as propostas recebidas por meio da consulta pública receberão resposta,


Art. 313.
devidamente fundamentadas.

CAPÍTULO V
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Art. 314. O
Sistema de Informações Municipais consiste no conjunto integrado de
informações relevantes à gestão e ao planejamento do Município de Araquari.

Art. 315. O Sistema de Informações terá por finalidades:

I - acompanhar e avaliar a implementação desta Lei Complementar e dos demais planos,


programas e projetos a serem propostos pelo Poder Público;

II - permitir a avaliação dos principais aspectos relacionados à qualidade de vida do


Município;

III - subsidiar a elaboração de novos planos, programas e projetos por parte do Poder
Público e da iniciativa popular;

IV - subsidiar as decisões tomadas pelo Conselho Municipal da Cidade;

V - dar suporte às atividades administrativas e gerenciais do Poder Público;

VI - orientar as prioridades de investimentos.

Art. 316. O Sistema de Informações municipais deverá atender os seguintes critérios:

I - simplificação;
II - economicidade;

III - eficácia;

IV - clareza;

V - precisão;

VI - segurança;

VII - agilidade na alimentação do sistema.

Será assegurado a ampla e periódica divulgação dos dados do Sistema de


Art. 317.
Informações Municipais, por meio de publicação anual no instrumento oficial de atos do
Poder Público municipal e na página eletrônica da Prefeitura.

Ressalvados os casos de sigilo pessoal protegidos por lei, será assegurado à


Art. 318.
população o acesso aos dados do Sistema de Informações Municipais por todos os meios
possíveis, ficando assegurado, a qualquer interessado, o direito à ampla informação e
publicidade sobre:

I - conteúdos de documentos;

II - informações;

III - estudos;

IV - planos;

V - programas;

VI - projetos;

VII - processos;

VIII - atos administrativos;

IX - contratos;

X - demais informações relacionadas ao planejamento e gestão territorial e urbanística.

Art. 319. O
Poder Executivo Municipal manterá permanentemente atualizado o Sistema de
Informações Municipais, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins
idênticos.
Art. 320. O Sistema de Informações Municipais será utilizado para fins de:

I - planejamento;

II - gestão;

III - arrecadação;

IV - prestação de informações a qualquer interessado.

Com exceção das garantias legais de sigilo profissional e pessoal, os agentes


Art. 321.
públicos, os concessionários e permissionários de serviços públicos que desenvolvam
atividades em Araquari, deverão fornecer ao Executivo Municipal, no prazo que este fixar,
todos os dados e informações adquiridos com recursos públicos necessários ao Sistema de
Informações Municipais.

Art. 322. O Sistema de Informações Municipais deverá conter informações:

I - socioeconômicas;

II - financeiras;

III - patrimoniais;

IV - administrativas;

V - de uso e ocupação do solo;

VI - sobre a infraestrutura;

VII - sobre os espaços públicos;

VIII - sobre os equipamentos urbanos;

IX - sobre o sistema viário;

X - sobre o transporte coletivo;

XI - sobre o meio-ambiente;

XII - sobre o patrimônio histórico cultural, arqueológico, ambiental e paisagístico;

XIII - imobiliárias;

XIV - demais informações consideradas de relevante interesse para o planejamento e


gestão territorial e urbanística do Município.
Parágrafo único. A Planta Genérica de Valores, também em meio digital, comporá as
informações de que trata este artigo.

TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 323. O
Poder Executivo municipal apresentará anualmente à Câmara Municipal e ao
Conselho Municipal da Cidade o relatório de gestão da política de desenvolvimento e
expansão urbanos e plano de ação para o próximo período.

Parágrafo único. O Relatório referido no caput deverá demonstrar o grau de observância


aos objetivos gerais desta Lei Complementar e ao Plano Plurianual, e ser publicado
oficialmente em jornal de circulação local, sem prejuízo de outros meios de comunicação.

Art. 324. O
Poder Executivo municipal deverá, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias, após
a entrada em vigor desta Lei Complementar, elaborar um plano de capacitação técnica dos
profissionais que atuam nas áreas direta e indiretamente relacionadas com o
planejamento urbano.

Art. 325. O
Poder Executivo Municipal, com o objetivo de promover adequação às
disposições desta Lei Complementar, promoverá, de forma transparente e garantindo
participação e controle social, confecção, elaboração, revisão e atualização de planos
setoriais, cadastros públicos e legislações, bem como instituição do Fundo Municipal de
Desenvolvimento Urbano nos prazos contidos no Anexo 11.

Art. 326. As
informações relativas às unidades territoriais reguladas nesta Lei Complementar
encontram-se delimitadas nos mapas em anexo, com precisão e escalas apropriadas ao
planejamento e gestão urbanos.

Parágrafo único. Em caso de necessidade de levantamento das informações referidas no


caput em escala de projeto, estas deverão correr às expensas do interessado, sendo que,
quando da apresentação do projeto ao órgão licenciador:

I - as escalas deverão ser apropriadas aos projetos, sendo, no mínimo, de 1:500;

II - o levantamento deverá ser georreferenciado aos marcos oficiais e homologados;

III - será indispensável a apresentação da respectiva comprovação de responsabilidade


técnica assinada pelo professional competente.

Art. 327. Os
projetos de licenciamento já aprovados, cujo Alvará de Execução já foi
concedido antes da entrada em vigor desta Lei Complementar, terão um prazo de 6 (seis)
meses para dar início à obra.

§ 1º O prazo referido no caput será contado a partir da entrada em vigor desta Lei
Complementar, sob pena de caducidade, sendo vedada a revalidação dos respectivos
alvarás.

§ 2º Será considerada iniciada a obra com a conclusão da execução de suas fundações.

Art. 328. As
normas de parcelamento, uso e ocupação do solo para fins urbanos, previstas
nesta Lei Complementar não se aplicam aos projetos definitivos de loteamentos,
desmembramentos e remembramentos que, na data de sua publicação, já estiverem com
seus projetos definitivos aprovados pelo Poder Executivo Municipal, para os quais
continua prevalecendo a legislação vigente à época da aprovação, até o prazo previsto
pelo respectivo cronograma de obras.

Parágrafo único. Após vencido o prazo do cronograma de obras referido no caput, os


projetos deverão ser submetidos a novo processo de licenciamento, com base nas
disposições desta Lei Complementar.

Art. 328-A Para


fins de viabilidade, licenciamento ou sua renovação as atividades
empresariais estabelecidas e em exercício observarão o zoneamento incidente no local de
desenvolvimento das atividades do empreendimento definido conforme a Lei vigente à
época de seu licenciamento de instalação previsto na Lei Complementar nº 50/2006.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 323/2021)

As edificações, já concluídas, em conformidade com o projeto aprovado e/ou


Art. 328-C
alvará de construção estarão regulares, e poderão ser autorizadas para a ampliação, de
acordo com o disposto nesta Lei Complementar. (redação acrescida)

Parágrafo único. Em conformidade com o caput deste artigo, as edificações poderão ser
admitidas como regulares, inclusive, para fins de emissão do Certificado de Vistoria e
Conclusão de Obras, visando a averbação do habite-se. (redação acrescida)

Art. 328-D As
edificações, iniciadas ou não, com projeto aprovado e Alvará de Construção
expedido até a data de início da vigência da presente Lei Complementar, e dentro do prazo
de validade dos mesmos, terão seus direitos preservados. (redação acrescida)

§ 1º O prazo de validade de Projetos e Anteprojetos Aprovados pelo órgão de


planejamento (para edificações, parcelamento do solo e condomínio horizontal fechado) é
de 180 (cento e oitenta) dias, sem possibilidade de prorrogação, com exceção das obras
públicas que poderão ter esse prazo prorrogado por igual período mediante justificativa e
anuência do órgão de planejamento. (redação acrescida)

§ 2º O prazo de vigência e condições para prorrogação do Alvará de Construção, do Alvará


de Parcelamento do Solo e do Alvará de Condomínio Horizontal Fechado, seguem as
disposições previstas nesta Lei Complementar. (redação acrescida)
§ 3º O prazo máximo para o início das obras (edificações, parcelamento do solo e
condomínio horizontal fechado) após a emissão do Alvará é de 24 (vinte e quatro) meses,
podendo ser prorrogado em conformidade com as disposições previstas nesta Lei
Complementar. (redação acrescida)

§ 4º Considera-se início da obra as atividades de execução das fundações (edificações) e


terraplanagem (parcelamento do solo e condomínio horizontal fechado). (redação
acrescida)

Parágrafo único. Em não ocorrendo o início das obras nas condições dispostas neste
Artigo, não havendo justificativa técnica, fica facultado ao órgão competente pela
aprovação do projeto, requerer formalmente ao órgão competente pela emissão do alvará
a sua caducidade; (redação acrescida)

Aos processos de licenciamento e/ou de aprovação de projeto iniciados, mediante


Art. 328-E
protocolo e aos pedidos de alteração de projetos com Alvarás expedidos e ainda em vigor,
cuja análise não tenha sido concluída pelo Executivo até a entrada em vigor da presente
Lei complementar, aplicam-se as disposições da legislação anterior vigente até a data da
publicação desta Lei complementar. (redação acrescida)

Parágrafo único. Para fins de aplicação do caput deste artigo, o processo de licenciamento
e/ou aprovação de projeto, ou de alteração de alvará só será considerado iniciado se
presentes as seguintes condições: (redação acrescida)

I - Requerimento devidamente protocolado até a entrada em vigor da presente Lei


Complementar; (redação acrescida)

II - O requerimento deverá estar acompanhado dos documentos mínimos necessários à


análise do pedido; (redação acrescida)

III - Os documentos deverão ser correspondentes ao imóvel e ao projeto em questão;


(redação acrescida)

IV - Comprovação do pagamento das taxas e emolumentos correspondentes, se


houverem. (redação acrescida)

Os processos referidos no caput do art. 328-E, inclusive os de obras, edificações e


Art. 328-F
atividades e os projetos de parcelamento do solo e condomínio horizontal fechado, cuja
legislação aplicável for modificada antes da conclusão, serão apreciados integralmente de
acordo com a legislação em vigor à época do protocolo, exceto nos casos de manifestação
formal do requerente, a qualquer tempo, optando pela análise integral de acordo com as
novas disposições. (redação acrescida)

Parágrafo único. Para aplicação do caput deste artigo, o requerimento administrativo deve
atender todas as condições estabelecidas no parágrafo único do art. 328-E desta Lei
Complementar. (redação acrescida)
Art. 328-G Além
de casos específicos e exceções previstas nesta Lei complementar, todos os
futuros processos de licenciamento e/ou de aprovação de projeto estão sujeitos aos
procedimentos, prazos, parâmetros e demais disposições previstas nesta Lei
Complementar. (redação acrescida)

§ 1º Os pedidos de reaprovação de projetos com alvará expedido durante a vigência da


legislação anterior, que esteja em vigor, e que tenham sido protocolados após o início da
vigência desta Lei Complementar, poderão ser analisados pela legislação mais benéfica
para o requerente. (redação acrescida)

Art. 328-H As
edificações, iniciadas ou concluídas, antes da entrada em vigor da presente Lei,
sem Alvará de Construção correspondente ou sem o processo de licenciamento e/ou
aprovação de projeto iniciado, estarão sujeitas às exigências desta Lei complementar por
ocasião da sua regularização e em caso de impossibilidade de atendimento das normas
desta Lei complementar, ficando facultado ao empreendedor requerer a regularização por
meio de Lei complementar específica que venha a instituir no município a faculdade da
outorga de regularização edilícia em conformidade com o que for disposto nesta Lei
complementar. (redação acrescida)

Art. 328-I Os
processos de aprovação de projetos e licença para construção protocolados
anteriormente a vigência desta lei complementar, não finalizados e sem movimentação
por parte do requerente por mais de 1 (um) ano estarão automaticamente indeferidos e
serão arquivados. (redação acrescida)

A aplicação dos índices de regulação relativos ao regime urbanístico de


Art. 328-J
parcelamento, uso e ocupação do solo, se dará sobre as glebas ou lotes, identificados
através de códigos numéricos de acordo com a divisão territorial do Município, expressa
conforme Anexo 05, desta Lei Complementar. (redação acrescida)

Art. 329. Esta Lei Complementar deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. (revogado)

Esta Lei Complementar deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos e atualizada
Art. 329.
quando couber. (nova redação)

Art. 330. Compõem esta Lei Complementar os seguintes anexos:

I - Anexo 01 - Glossário;

II - Anexo 02 - Mapa de Macrozoneamento; (Redação alterada pela Lei


Complementar 323/2021)

a)As atualizações das divisas intermunicipais são de competência exclusiva do Governo do


Estado, e quando aprovadas e sancionadas em Lei Estadual, o Mapa de que trata o Inciso II
do Art. 330 poderá ser publicado no Diário Oficial do Município por Decreto do Chefe do
Poder Executivo. (redação acrescida)

III - Anexo 03 - Mapa de Zoneamento; (Redação alterada pela Lei


Complementar 323/2021)

IV - Anexo 04 - Mapa de Cobertura Vegetal; (Redação alterada pela Lei


Complementar 323/2021)

V - Anexo 05 - Tabela de Usos Admitidos e Parâmetros Urbanísticos; (Redação alterada


pela Lei Complementar 323/2021)

VA - Anexo 05A - Tabela de Usos Admitidos e Parâmetros Urbanísticos; (redação acrescida)


Comentário Seplan: Introdução dos parâmetros dos novos zoneamentos que foram
introduzidos no Mapa do Anexo 03

Art. 330A Compõe a Tabela de Usos Admitido e Parâmetros Urbanísticos do Anexo 05 as


seguintes observações, também a constarem no corpo da mesma em conformidade com o
disposto neste Artigo desta Lei complementar:
1 – Revogado.

2 - Os usos permitidos neste zoneamento deverão estar vinculados a atividade industrial


automobilística (texto original)

2 – Revogado (redação acrescida - zoneamento extinto pela Lei 323/2021)

3 - Edificações classificadas com uso industrial, institucional e agrícola não poderão ocupar as
divisas do lote, inclusive nas Zonas Diversificadas Urbanas - ZDU II, III, IV e V, onde serão
tolerados estes usos em lotes já implantados e decorrentes de parcelamento do solo regular,
mesmo possuindo área inferior a mínima exigida para esses usos, desde que os lotes estejam
situados em quadras exclusivas para estes usos e separadas das quadras de uso residencial por
arruamento oficial. (texto original s/modificação)

4 - O recuo frontal deverá considerar a faixa de domínio de utilização pública, obtida a partir
do eixo da pista em direção a cada uma de suas laterais, a ser definida pelos órgãos
competentes, nas rodovias Federais e Estaduais (revogado)

4 - O recuo frontal deverá considerar a faixa de domínio de utilização pública, obtida a partir
do eixo da pista em direção a cada uma de suas laterais, a ser definida pelos órgãos
competentes, nas rodovias Federais, Estaduais e Municipais. (nova redação - acrescidas as
rodovias municipais)

5 - As atividades classificadas como INST5 - Institucional de Infraestrutura Urbana ficarão


sujeitas a análise da Secretaria de Planejamento e demais legislações pertinentes, podendo ser
permitidas ou não, subordinadas a apresentação de justificativa técnica. (texto original
s/modificação)

6 - A classificação quanto ao potencial de degradação ambiental das indústrias ficará a cargo


da FUNDEMA de Araquari. (texto original s/modificação)

7 – Revogado (s/modificação)
8 - Consideram-se permeáveis as áreas que permitem a infiltração de água no solo, sem
edificação e pavimentação. Para o cálculo da taxa de permeabilidade, considerar: Pavimentos
100% permeáveis: grama, saibro, seixo, brita; Pavimentos 50% permeáveis: decks, pisos
drenantes, piso intertravado e concregrama. (texto original s/modificação)

9- Os recuos laterais e fundos indicados acima, serão calculados conforme segue: h = altura da
edificação, dividido por "7", não sendo computados para este cálculo o reservatório superior, a
casa de máquina e subsolo. (texto original s/modificação)

10 - O uso IND.M será permitido em todos os zoneamentos, conforme análise técnica e


outorga de lavra emitida pelo Agência Nacional de Mineral - ANM, condicionado ao
licenciamento ambiental e urbanístico dos órgãos executivos competentes, exceto nos
zoneamentos: Zona de Parque (ZPQ), Zona de Interesse Cultural (ZIC), Zona de Diversidade
Urbana IV (ZDU-IV), Zona de Uso Controlado (ZUC), Zona Rural de Interesse Específico
Aeroportuário (ZRIEA), Zona Rural de Proteção de Manguezal (ZRPM) e em áreas com
relevante interesse público, e Zona de Interesse Turístico (ZIT), salvo nesta última quando
essencial para atividade de apoio, acondicionamento e comercialização de atividade já
existente e autorizada na forma da lei, e anteriormente a publicação desta lei Complementar.
(revogado)

10 - O uso IND.M será permitido em todos os zoneamentos, conforme análise técnica e


outorga de lavra emitida pelo Agência Nacional de Mineral - ANM, condicionado ao
licenciamento ambiental e urbanístico dos órgãos executivos competentes, exceto nos
zoneamentos: Zona de Parque (ZPQ), Zona de Interesse Cultural (ZIC), Zona de Diversidade
Urbana IV (ZDU-IV), Zona de Uso Controlado (ZUC), Zona Urbana de Interesse Aeroportuário
(ZUIA), Zona Rural de Proteção de Manguezal (ZRPM) e em áreas com relevante interesse
público, e Zona de Interesse Turístico (ZIT), salvo nesta última quando essencial para atividade
de apoio, acondicionamento e comercialização de atividade já existente e autorizada na forma
da lei, e anteriormente a publicação desta lei Complementar. (nova redação - houve a
modificação da nomenclatura da ZRIEA para ZUIA)

11 - Os licenciamentos de empreendimentos localizados nas áreas atingidas pela Zona de


Proteção do Aeroporto/Aerodromo, deverão ter anuência do órgão competente, conforme
legislação específica e decreto regulamentador. (revogado)

11 - A critério do órgão de planejamento e demais órgãos licenciadores, os licenciamentos de


atividades e empreendimentos públicos e privados, localizados nas áreas atingidas pela Zona
de Proteção do Aeroporto/Aeródromo, deverão submeter-se a anuência do órgão federal
competente. (nova redação – a anuência pelo COMAR só ocorreria quando houvesse eminente
obstáculo ou dúvida)

Comentário Seplan: Seguem as observações do item 11:

Comentário Seplan: Determinados usos, reservatórios, antenas, torres de transmissão de


energia, posteamento, edificações com gabarito fora dos padrões residenciais, torres
industriais, culturas agrícolas, espelhos d’água, lagoas, aterros sanitários - usos que atraem
pássaros, etc., poderão interferir na navegação e aproximação das aeronaves, devendo ser
objeto de análise pelo Comando Regional da Aeronáutica – V COMAR com sede na Base Aérea
de Canoas/RS, órgão responsável pela administração do espaço aéreo na Região Sul do Brasil,
conforme interpretação dos Artigos 43, 44, 45, 46 da Lei Federal 7565/1986 (Código Brasileiro
de Aeronáutica). Enquanto não houver aprovação de Plano Específico de Zona de
Proteção/Ruído do Aeródromo pelo Ministério da Aeronáutica, segue-se a aplicação do Plano
Básico de Zona de Proteção (plano padrão aplicável a essa tipologia de aeródromo civil)
implantado no Plano Diretor 281/2019, porém os cones de aproximação com as alturas de
navegação não são conhecidos ou não foram entregues pela AMUNESC. Usos residenciais,
exceto se houver identificação de possíveis obstáculos, ficariam dispensados desta formalidade
de submissão ao V COMAR.

Código Brasileiro de Aeronáutica:

Art. 43. As propriedades vizinhas dos aeródromos e das instalações de


auxílio à navegação aérea estão sujeitas a restrições especiais.

Art. 44. As restrições de que trata o artigo anterior são as especificadas pela
autoridade aeronáutica, mediante aprovação dos seguintes planos, válidos,
respectivamente, para cada tipo de auxílio à navegação aérea:

I - Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos;

II - Plano de Zoneamento de Ruído;

III - Plano Básico de Zona de Proteção de Helipontos;

IV - Planos de Zona de Proteção e Auxílios à Navegação Aérea.

§ 1° De conformidade com as conveniências e peculiaridades de proteção ao


vôo, a cada aeródromo poderão ser aplicados Planos Específicos, observadas as
prescrições, que couberem, dos Planos Básicos.

§ 2° O Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos, o Plano Básico de


Zoneamento de Ruído, o Plano de Zona de Proteção de Helipontos e os Planos
de Zona de Proteção e Auxílios à Navegação Aérea serão aprovados por ato do
Presidente da República.

§ 3° Os Planos Específicos de Zonas de Proteção de Aeródromos e Planos


Específicos de Zoneamento de Ruído serão aprovados por ato do Ministro da
Aeronáutica e transmitidos às administrações que devam fazer observar as
restrições.

§ 4° As Administrações Públicas deverão compatibilizar o zoneamento do


uso do solo, nas áreas vizinhas aos aeródromos, às restrições especiais,
constantes dos Planos Básicos e Específicos.

§ 5° As restrições especiais estabelecidas aplicam-se a quaisquer bens, quer


sejam privados ou públicos.

§ 6o A responsabilidade pela instalação, operação e manutenção dos


equipamentos de sinalização de obstáculos será do proprietário, titular do
domínio útil ou possuidor das propriedades a que se refere o art.
43. (Incluído pela Lei nº 13.133, de 2015)

§ 7o O descumprimento do disposto no § 6o implicará a cominação de multa


diária por infração aos preceitos deste Código, nos termos do art. 289, sem
prejuízo da instalação, manutenção ou reparo do equipamento de sinalização
pela autoridade competente, a expensas do infrator. (Incluído pela Lei nº
13.133, de 2015)

Art. 45. A autoridade aeronáutica poderá embargar a obra ou construção de


qualquer natureza que contrarie os Planos Básicos ou os Específicos de cada
aeroporto, ou exigir a eliminação dos obstáculos levantados em desacordo com os
referidos planos, posteriormente à sua publicação, por conta e risco do infrator,
que não poderá reclamar qualquer indenização.

Art. 46. Quando as restrições estabelecidas impuserem demolições de


obstáculos levantados antes da publicação dos Planos Básicos ou Específicos,
terá o proprietário direito à indenização.

12 - Em geminados poderão utilizar a testada mínima de 3 (três) metros. (texto original


s/modificação)

13 - Os parâmetros edilícios para construção em condomínios deverão ser regulados por


convenção de condomínio, devendo respeitar os índices urbanísticos (Gabarito, Taxa de
Ocupação,CAL e taxa de permeabilidade) da zona em que se situe e o código de obras.
(revogado)

13 - Os parâmetros edilícios para construção em condomínios deverão ser estabelecidos pelo


regulamento interno do condomínio, devendo respeitar no mínimo os parâmetros da zona em
que se situe e o código de obras, sendo que em caso de divergência entre o plano diretor e o
Código de Obras, deve ser adotada a norma mais atualizada (nova redação)

14 - As áreas mínimas dos lotes internos dos condomínios não poderão ser inferiores à metade
das dimensões mínimas estabelecidas no zoneamento que se situe, respeitando o mínimo de
125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados). Nesses casos a taxa de ocupação do lote para
a ser 70% (setenta).

14 - As áreas mínimas dos lotes internos dos condomínios não poderão ser inferiores à metade
das dimensões mínimas estabelecidas no zoneamento que se situe, respeitando o mínimo de
125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados). Nesses casos a taxa de ocupação do lote
passa a ser 70% (setenta). (apenas correção ortográfica – se os lotes tiverem a metade da área
mínima do zoneamento onde o condomínio se encontra ou 125 m² a taxa de ocupação a ser
considerada deve ser de 70%)

15 - A área mínima dos lotes internos dos condomínios inseridos no zoneamento Zona Rural de
Expansão Urbana (ZREU) não poderá ser inferor a 200m² (duzentos metros quadrados).

(Zoneamento redefinido)

15 – Revogado

16 - Para lotes de uso industrial considerar a metade dos recuos minimos exigidos no
zoneamento, desde que posssua área de manobra e carga e descarga dentro do lote.

16 - Para lotes de uso industrial com até 1.000,00 m² (mil metros quadrados), fica facultado
considerar a metade do recuo frontal e afastamentos laterais e de fundos mínimos exigidos no
referido zoneamento, desde que possua área de manobra, carga e descarga dentro do lote.
(nova redação – esta exceção foi criada para lotes de uso industrial com até 1.000,00 m² pois
foi repetida na observação 17 e da forma como dispõe a nova redação; os lotes industriais
acima de 1.000,00 m² devem seguir os parâmetros do zoneamento em que se situam)

17 - Para lotes de uso industrial com até 1.000,00 m² (mil metros quadrados) considerar a
metade dos recuos laterais e de fundos minimos exigidos no zoneamento. Em caso de ruas
com edificações com recuos frontais de 5 (cinco) metros poderá ser utilizado o mesmo,
possuindo área de manobra dentro do lote. Independentemente do tamanho do imóvel, para
imóveis oriundos de parcelamento anterior, que foram unificados formando maiores, serão
aplicados os recuos originais antes da unificação, desde que o imóvel novo possua área interna
de manobra, carga e descarga, e o parcelamento tenha ocorrido anteriormente a 31/07/2019.
(revogado)

17 - Em caso de implantação de lotes de uso industrial em ruas com edificações com recuos
frontais de 5 (cinco) metros, poderá ser utilizado o mesmo, possuindo área de manobra
compatível dentro do lote. (nova redação)

17.1 - Independentemente do tamanho do imóvel, para imóveis oriundos de parcelamento


que tenha ocorrido anteriormente a 31/07/2019, mesmo que unificados depois formando
terrenos maiores, serão aplicados os recuos originais antes da unificação, vigentes quando da
aprovação do parcelamento em referência, desde que o imóvel novo (unificado) tenha
formado um terreno que possua área interna de manobra, carga e descarga e se utilizado para
fins industriais. (nova redação)

Comentário Seplan: O primeiro parágrafo da obs. 17 foi englobado pela obs. 16 que agora
ficou completa, tratando também dos afastamentos; faz-se necessário subdividir em dois o
conteúdo do segundo e terceiro parágrafo da obs. 17 para ficar mais clara e específica a
redação já que o terceiro parágrafo trata especificamente das condições à manutenção dos
recuos originais anteriores a 31/07/2019 para todas as tipologias de lotes industriais que
foram parcelados anteriormente ao novo plano diretor mesmo que unificados depois.

18 - Os lotes de 480,00 m² situados nas Zonas de Produção Industrial (ZPIND) serão


classificados como empresariais e destinar-se-ão aos usos permitidos para esta tipologia
especificados no referido zoneamento e deverão ser destinados à estabelecimentos com baixo
potencial poluidor situados em quadra exclusiva, devendo os estabelecimentos de médio e
alto potecial poluidor instararem-se em lotes de no mínimo 1.000 m². (redação acrescida)

Comentário Seplan: Conversão da classificação do lote mínimo industrial para “empresarial” a


fim de não haver conflito com os termos da Lei Estadual de Parcelamento do Solo.

19 - É permitida a prestação de serviços profissionais, administrativos e de escritórios técnicos


se associados aos usos permitidos. (redação acrescida)

20 - São permitidas as atividades do CNAE 52 interligadas ao apoio retro portuário. (redação


acrescida)

21 - São permitidos os serviços associados ao CNAE 42.91-0 (obras retroportuárias marítimas e


fluviais). (redação acrescida)

21.1 - São admissíveis no CURB os usos industriais do Anexo 06 em lotes com 1.000 m² ou
mais, condicionado a existência de viabilidade de suprimento de infraestrutura de
responsabilidade das concessionárias de serviços públicos (energia elétrica, água potável, rede
pública coletora de esgoto e/ou sistema de esgoto individual e telecomunicações),
subordinando-se o imóvel aos parâmetros de uso e ocupação da ZPIND. (redação acrescida)

21.2 Os CNAE das atividades econômicas de que trata o Anexo Único da Lei Estadual n° 18.091
de 29/01/2021 poderão ser autorizados por ofício em todos os zoneamentos, exceto naqueles
non aedificandis e nas ZPQ. (redação acrescida)

Observação final: As observações soltas na tabela são bastante frágeis do ponto de vista legal
quando apresentam abrangência de artigo de PD, em face, torna-se recomendável constar no
corpo da Lei para uma melhor segurança jurídica, a fim de que as alterações das observações
seja parte integrante do PLC de alteração do PD; desta forma haverá segurança jurídica e
maior legitimidade nos processos de licenciamento. .

Art. 330B Compõe a Tabela de Usos Admitido e Parâmetros Urbanísticos do Anexo 05A as
seguintes observações, também a constarem no corpo da mesma em conformidade com
esta Lei complementar: (nova redação)

20A - São permitidas as atividades do CNAE 52 interligadas a náutica, atracação, pesca e


apoio retro portuário. (redação acrescida)

21A - São permitidos os serviços associados ao CNAE 42.91-0 (obras portuárias, marítimas
e fluviais). (redação acrescida)

22 - Todos os usos realacionados ao CNAE 52 ARMAZENAMENTO E ATIVIDADES


AUXILIARES DOS TRANSPORTES AÉREOS serão permitidos, ficando facultada a
regulamentação deste zoneamento por Decreto Municipal. (redação acrescida)

23 - Exceto CNAE 12, 13, 14, 15. (redação acrescida)

24 - Exceto CNAE 17, 19. (redação acrescida)

25 - Exceto CNAE 20, 21. (redação acrescida)

26 - Incluso dragagem e desassoreamento no espelho d’água. (redação acrescida)

27 - É admissível na ZEIS para o lote mínimo situado na esquina a redução de 50% do recuo
na testada que estiver formando a lateral do lote. (redação acrescida)

28 - Os parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do solo para as ZEIS estão dispostos


nesta Lei Complementar e seus anexos e poderão ser regulamentados por Decreto
Municipal no que couber. (redação acrescida)

29 - Se o uso estiver integrado ao empreendimento náutico quando situado na mesma


gleba ou se associado a este em gleba confrontante. (redação acrescida)
30 - Mirantes com altura superior ao gabarito do zoneamento onde se situem dependerão de
anuência do órgão de planejamento mediante aprovação do anteprojeto arquitetônico.
(redação acrescida)

31 - A transposição do espaço aéreo viário urbano e rural por passarelas para pedestres e
travessia de fauna dependerá da aprovação do órgão com jurisdição sobre a via e anuência do
órgão ambiental e de planejamento. (redação acrescida)
32 – Para o uso R2.1 na ZIT não será permitido o uso multifamiliar e abertura de matrícula
individual dos apartamentos. (redação acrescida)

33 – Fica admitida a implantação de heliponto em todos os zoneamentos mediante aprovação


do órgão de planejamento e havendo anuência do equipamento pela autoridade aeronáutica
competente. (redação acrescida)

VI - Anexo 06 - Classificação de Uso; (Redação alterada pela Lei Complementar 323/2021)

VII - Anexo 07 - Vagas de Estacionamento; (Redação alterada pela Lei


Complementar 323/2021)

VIII - Anexo 08 - Estudo de Impacto de Vizinhança; (Revogado pela Lei Complementar


nº 323/2021)

IX - Anexo 09 - Mapa do Perímetro Urbano; (Redação corrigida pela Lei


Complementar 323/2021)

X - Anexo 10 - Descrição do Perímetro Urbano; (revogado)

Comentário Seplan: os vértices do memorial formam uma poligonal geométrica, e não


estabelecem uma relação precisa com o mapa que é amórfico, ou seja, os vértices são
gerais, no entanto, a linha do perímetro urbano tem nuances bem específicos seguindo
pontos geográficos na ligação de um vértice ao outro; se não há coincidência seria melhor
adotar somente o mapa que é mais abrangente.

XI - Anexo 11 - Prazos;

XII - Anexo 12 - Mapa do Sistema Viário; (Redação alterada pela Lei


Complementar 323/2021)

XIII - Anexo 13 - Classificação de Hierarquia Viária.

Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se


Art. 331.
todas as disposições em contrário, especialmente:

I - Lei Complementar nº 50/2006 - Dispõe sobre o plano diretor participativo de


desenvolvimento territorial de Araquari;

II - Lei complementar nº 58/2007 - Institui o perímetro urbano do município de Araquari e


dá outras providências;

III - Lei nº 2835/2013 - que autoriza o município de Araquari a aprovar projetos de


condomínio horizontal para fins industrial, comercial e residencial de lotes no perímetro
urbano;

IV - Lei nº 2851/2013 - Autoriza o município de Araquari a aprovar projetos de condomínio


horizontal de lotes residenciais, no perímetro urbano municipal.

V - Lei nº 1282/95 - Dispõe sobre a edificação de conjuntos residencias, horizontais sob a


forma de condomínios, de casas geminadas e dá outras providências. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 323/2021)

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ARAQUARI-SC, EM 31 DE JULHO 2019

LUDGERO JASPER JUNIOR


PREFEITO EM EXERCÍCIO

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