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CÓDIGO DE

OBRAS E EDIFICAÇÕES
SIMPLIFICADO
ILUSTRADO

Fernando Veiga Bauler


Rogerio Goldfeld Cardeman
André Arão
2ª EDIÇÃO
Rio de Janeiro, 2023

CÓDIGO DE
OBRAS E EDIFICAÇÕES
SIMPLIFICADO ILUSTRADO

Fernando Veiga Bauler


Rogerio Goldfeld Cardeman
André Arão
CÓDIGO DE
OBRAS E EDIFICAÇÕES
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SIMPLIFICADO
ILUSTRADO
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Bauler, Fernando Veiga


Código de obras e edificações simplificado
ilustrado [livro eletrônico] / Fernando Veiga
Bauler, Rogerio Goldfeld Cardeman, André Arão. --
2. ed. -- Rio de Janeiro : Ed. dos Autores, 2023.
PDF

Bibliografia. Esse guia tem caráter informativo e não pode


ISBN 978-65-00-75747-7 ser considerado oficial.
1. Arquitetura 2. Direito urbanístico - Brasil
3. Edifícios I. Cardeman, Rogerio Goldfeld.
II. Arão, André. III. Título.

23-165893 CDD-720
Índices para catálogo sistemático:

1. Arquitetura 720
PREFÁCIO APRESENTAÇÃO DA SEGUNDA EDIÇÃO
Há milhares de anos a humanidade descobriu as conveniências Ao completar três anos da publicação da primeira edição do COES
de habitar coletivamente, entendendo que suas precariedades Ilustrado apresentamos aqui a segunda edição que contempla,
podem ser superadas pelo gesto solidário, que seus temores além de uma revisão gráfica a introdução da Lei Complementar
podem ser amenizados por este mesmo gesto, ainda que em N° 262 de 2023. A divulgação e o alcance da primeira edição,
ambiente muitas vezes hostil, quando domina a disputa das em 2020, foi muito além do esperado, atingindo o objetivo
poucas oportunidades que as cidades concentram. Há muitos inicial de mostrar como a legislação urbanística, materializada
milênios ainda, percebemos que o afã e a necessidade de ocupar em desenhos, é uma ferramenta de interesse por parte dos
as áreas urbanas não pode ser conduzido pelo interesse de profissionais e estudantes de arquitetura e urbanismo.
poucos, visto que são construção coletiva, patrimônio e bem
comum, devendo portanto ser vistos por toda a sociedade, a Esta publicação é a síntese de nossa crítica aos modelos de
partir de seus sistemas tradicionais, rituais ou legais. planejamento urbano nas cidades brasileiras, em especial a
cidade do Rio de Janeiro, que preferem criar cidades em que
Os Códigos Edilícios, já parte de nossa prática desde o séc. XIX, sua forma urbana é o reflexo puramente da aplicação de seus
sempre visaram a vigilância e administração deste bem, a ser parâmetros edilícios. Porém defendemos que a estratégia ideal
construído coletivamente, à partir de interesses diversos mas deveria ser o de pensar na forma urbana para que depois seja
que necessitam ser consonantes em seus usos, ambiências e transformado em legislação.
qualidades urbanas, como ainda convergentes com a defesa de
seus recursos naturais e de resiliência. No entanto, a partir da Nossa contribuição para o campo da arquitetura e urbanismo está
determinação de posturas municipais, ciosas de um vocabulário presente nesta publicação e esperamos que seja utilizada para
douto em leis, este instrumento que deveria ser um manual de trazer uma melhoria na qualidade dos projetos e na paisagem da
auxílio ao cidadão na construção de sua cidade, tornou-se um cidade do Rio de Janeiro.
verdadeiro código cifrado, dificultando a compreensão de suas
alternativas, assim como sua crítica a partir de um entendimento
operacional do código legal.

À recente busca de uma simplificação na definição de regras


coletivas para construção na cidade do Rio de Janeiro,
acrescenta-se agora essa valiosa contribuição de Fernando
Bauler e André Arão, destacados alunos do Bacharelado em
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Veiga de Almeida, onde
foram orientados pelo prof. Rogerio Cardeman, já autor de vários
títulos sobre a questão legal da arquitetura no Rio de Janeiro,
que vem compartilhar aqui conosco o consistente resultado
de meses de leitura e pesquisa do novo Código de Obras do
Município do Rio de Janeiro.

Trata-se de uma proposta de decupagem gráfica das normas


legais ora em vigor no município, que objetiva seu melhor
entendimento e domínio, facilitando assim sua crítica e seus
futuros progressos, tornando-se por isso uma ferramenta
importante na construção de nossa cidade.

Alder Catunda
SUMÁRIO
Capítulo I Pág. 9
Capítulo II Pág. 19
Capítulo III Pág. 33
Capítulo IV Pág. 61
Capítulo V Pág. 65
Capítulo VI Pág. 71
Capítulo VII Pág. 75
Capítulo VIII Pág. 79
CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES
GERAIS
LEI COMPLEMENTAR Nº 198 DE 14 DE JANEIRO DE 2019. ART 1º I - legislações de uso e ocu-
pação do solo;
Institui o Código de Obras e Esta Lei Complementar
Edificações Simplificado do aprova o Código de Obras II - legislações de preserva-
Município do Rio de Janeiro - e Edificações Simplificado ção do patrimônio natural e
COES. cultural;
Autor: Poder Executivo. - COES do Município do Rio
de Janeiro, que disciplina
a elaboração de projetos, III - normas da Associação
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Faço saber que
a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei construção e modificação de Brasileira de Normas Técni-
Complementar : edificações no território Mu- cas - ABNT;
nicipal, por agente particular
DECRETO RIO Nº 45917 DE 03 DE MAIO DE 2019. ou público. IV - normas regulamentado-
Regulamenta a Lei Complementar nº 198, de 14 de ras do Ministério do Trabalho
janeiro de 2019, que institui o Código de Obras e § 1º Esta Lei Complementar ou órgão afim;
Edificações Simplificado do Município do Rio de integra os instrumentos nor-
Janeiro - COES, e dá outras providências. V - Código de Segurança
mativos estabelecidos na Lei
Orgânica do Município do Rio Contra Incêndio e Pânico
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que
lhe são conferidas pela legislação em vigor, e CONSIDERANDO que a Lei de Janeiro e na Lei Comple- e demais regulamentos do
Complementar nº 198, de 14 de janeiro de 2019, que institui o Código de mentar nº 111, de 1º de feve- Corpo de Bombeiros Militar
Obras e Edificações Simplificado do Município do Rio de Janeiro - COES, reiro de 2011, que institui o do Estado do Rio de Janeiro
ao simplificar as regras existentes quanto à elaboração de projetos de - CBMERJ;
Plano Diretor de Desenvol-
construção e modificação de edificações no território Municipal, por agen-
te particular ou público, dispôs sobre as condições indispensáveis para as vimento Urbano Sustentável
edificações, conforme expresso no § 2º de seu art. 39; do Município do Rio de Ja- VI - demais normas relacio-
neiro. nadas ao uso específico da
CONSIDERANDO a necessidade de detalhamento de matérias relativas à edificação.
aplicação da Lei Complementar n° 198, de 2019;
§2º Para os projetos de
empreendimentos habita- § 4º Toda edificação, cons-
CONSIDERANDO o princípio da transparência quanto aos procedimentos
da gestão pública, DECRETA: cionais de interesse social, truída ou reformada, deverá
vinculados às políticas ha- adotar, preferencialmente,
bitacionais governamentais, medidas de sustentabilidade,
prevalecerão os parâmetros economia de recursos natu-
LEI COMPLEMENTAR Nº 262 , DE 03 DE JULHO DE 2023. definidos por legislação es- rais e tecnologias de eficiên-
Acrescenta art. 30-A à Lei Complementar nº 198, pecífica, quando menos res- cia energética.
de 14 de janeiro de 2019, que institui o Código de tritivos.
Obras e Edificações Simplificado do Município do § 5º A construção, reforma
Rio de Janeiro - COES.
§ 3º Além desta Lei Com- ou ampliação das edifica-
plementar, os profissionais ções deverá ser executada
Art. 1º Inclua-se na Lei Complementar nº 198, de 14 de janeiro de 2019, o responsáveis pelos projetos de modo a garantir acessi-
artigo 30-A com a seguinte redação: também deverão observar o bilidade à pessoa com defi-
disposto nas seguintes nor- ciência ou com mobilidade
mas: reduzida a todos os compar-
Obs: Os artigos do Decreto 45.917 estão grifados em verde. timentos e equipamentos de
10 11
suas partes comuns, observa- ços, podendo ser: Art. 2º-I a Art. 2º-I b

da a legislação em vigor.
a) Edificação de uso exclusivo
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei – destinada a abrigar um úni-
Complementar no 198, de 14 de janeiro co uso ou atividade não resi-
de 2019, que institui o Código de Obras dencial por lote, apresentando
e Edificações Simplificado do Municí- uma única numeração;
pio do Rio de Janeiro - COES.
b) Edificação constituída por
ART 2º unidades autônomas – edifica-
ção destinada a abrigar usos Unifamiliar Bifamiliar Justapostas
As edificações serão classifi- e atividades não residenciais,
cadas de acordo com suas fun- apresentando mais de uma
ções e características em: unidade autônoma. Art. 2º-I b Art. 2º-I c

I - edificação residencial: des- § 1º Será admitida a justapo-


tinada a abrigar o uso residen- sição horizontal de unidades
cial permanente, podendo ser: residenciais, inclusive com en-
tradas independentes, sendo o
a)Unifamiliar – destinada a conjunto destas unidades con-
abrigar uma unidade residen- siderado como uma única edi-
cial; ficação multifamiliar para efei-
to da aplicação da legislação.
b)Bifamiliar – destinada a
abrigar duas unidades resi- § 2o Hotel, exceto residencial Bifamiliar Superpostas Multifamiliar
denciais, superpostas ou jus- com serviço, será considerado
tapostas espaço não residencial desti-
nado ao uso de serviços.
Art. 2º-II Art. 2º-§ 1º
c)Multifamiliar - destinada a
abrigar mais de duas unidades § 3o No licenciamento e legali-
residenciais. zação de edificação residencial
bifamiliar, fica facultado o par-
II - Edificação mista: destina- celamento do lote com metade
da a abrigar o uso residencial da área do lote mínimo previs-
juntamente com usos não re- to para o local.
sidenciais em unidades autô-
nomas, desde que permitida a § 4o Nos locais em que for
convivência dos usos; permitida a construção de edi-
ficações residenciais multifa-
III - Edificação não residencial: miliares, será permitida a im- Edificação Mista Justaposição horizontal

destinada a abrigar os usos in- plantação do grupamento tipo


dustrial, comercial e de servi- vila, formado por edificações
12 13
unifamiliares ou bifamiliares, 2 - quando houver edificações Art. 2º-§ 3º Art. 2º-IV

com unidades justapostas ou em ambos os lados da via: cin-


sobrepostas, dotadas de aces- co metros. Atender as
sos independentes através de dimensões
mínimas
área comum descoberta, ob- § 5o A conservação de uma
servadas as seguintes condi- rua de vila, sua entrada e ser- Mín
1,5m
ções: viços comuns constituem obri-
gação dos seus proprietários
I - área máxima do terreno: condôminos.
três mil metros quadrados;
§ 6o Nas vilas situadas na Área Parcelamento Facultativo Servidão de Acesso
II - número máximo de unida- de Planejamento 3 - AP 3, o ga-
des: trinta e seis; barito máximo permitido será
de quatro pavimentos e altura
III - máximo de duas unidades máxima de quatorze metros,
superpostas em cada edifica- incluídos todos os elementos
ção; da edificação.

IV - gabarito: três pavimentos Art. 2o O parcelamento de que trata o Art. 2º-§ 4º

e onze metros de altura; § 3o do art. 2o da Lei Complementar no


-Edificações unifamiliares ou
198, de 2019, deverá atender às seguin- bifamiliares
-Unidades justapostapostas ou
V - atender ao disposto pe- tes condições: sobrepostas Máximo
de 36
las normas em vigor quanto a I - o lote original deverá atender às unidades

afastamentos frontal e de fun- dimensões mínimas definidas pela Máximo de duas unidades
superpostas AF
dos e primas de ventilação e legislação de uso e ocupação do solo
iluminação; para o local;
II - cada lote só poderá ser parcelado
VI - largura mínima da via in- uma única vez; Área máxima
do lote
AF 2
terna: III - os lotes resultantes não poderão
1 AF
3.000 m²

sofrer parcelamentos subsequentes;


a) quando permitido tráfego IV - os lotes resultantes deverão aten- *
Va
riá 3
de veículos: largura mínima de der às dimensões mínimas definidas ve
l
P
ou av
AF
seis metros; pela legislação federal e poderão 11
(a
m
rt
apresentar áreas com dimensões di- 2º
§6
b) quando permitido apenas ferenciadas. Acesso independente
)

tráfego de pedestres: Parágrafo único. através de área


comum descoberta
Caso um dos lotes resultantes não
1 - quando houver edificações possua testada para logradouro reco-
em apenas um dos lados da nhecido, deverá ser prevista servidão *Largura mínima da via interna:
a) Quando permitido tráfego de veículos: larura mínima de 6,00m.
via: dois metros e cinquenta de acesso com largura mínima de um
b)Quando permitido apenas tráfego de pedestres:
centímetros; metro e cinquenta centímetros. 1. quando houver edificações em apenas um dos lados da via: dois metros e cinquenta;
2. quando houver edificações em ambos os lados da via: cinco metros.

14 15
Município do Rio de Janeiro e dá outras
ART. 3º providências, observadas as seguintes
condições:
Para os fins desta Lei Com- I - nas vilas previstas na legislação
plementar, os compartimentos sobre Planos de Estruturação Urba-
serão sempre considerados na - PEU - ou legislações específicas,
pela sua utilização lógica na prevalece o disposto na Lei Comple-
edificação e serão classifica- mentar no 198, de 2019;
dos, conforme a função a que II - caso não sejam atendidas as con-
se destinam, em: dições estabelecidas no § 4o do art. 2o
da Lei Complementar no 198, de 2019,
I - compartimentos de perma- o empreendimento poderá ser enqua-
nência prolongada: quartos, drado como multifamiliar horizontal, a
salas, lojas, salas comerciais, que se refere o § 1o do art. 2o da mes-
quartos de hotel e aqueles de- ma Lei complementar.
finidos por legislação específi-
ca referente a atividades espe- § 1o Para as vilas ou planos de vilas
ciais; aprovados até 8 de junho de 1968, apli-
ca-se o disposto no Capítulo XIII do
II - compartimentos de per- Decreto no 322, de 3 de março de 1976,
manência transitória: demais que aprova o Regulamento de Zonea-
compartimentos. mento do Município do Rio de Janeiro,
excetuando-se o disposto no § 6o do
Parágrafo único. Os locais de art. 2o da Lei Complementar no 198, de
reunião são definidos como 2019.
os compartimentos que abri-
guem atividades que envolvam § 2o Para fins de licenciamento e
grande quantidade de pessoas regularização, são equivalentes os
simultaneamente, como cine- conceitos “área comum descoberta”,
mas, teatros, estádios, áreas mencionado no § 4o do art. 2o da Lei
de exposição, congressos e si- Complementar no 198, de 2019, as vias
milares. internas do “grupamento tipo vila” e
“rua de vila” a que se refere o § 5o do
Art. 3o As vilas mencionadas no § 4o art. 2o da mesma Lei.
do art. 2o da Lei Complementar no 198,
de 2019, equivalem ao grupamento tipo
vila relacionado no inciso XV do art. 50
da Lei Complementar no 111, de 1o de
fevereiro de 2011, que dispõe sobre a
Política Urbana e Ambiental do Muni-
cípio, institui o Plano Diretor de De-
senvolvimento Urbano Sustentável do
16 17
CAPÍTULO II

DAS CONDIÇÕES
VOLUMÉTRICAS
E EXTERNAS DAS
EDIFICAÇÕES
Seção I mínimos das divisas laterais e Art. 4º I Art. 4º-II

Afastamentos e Prismas de fundos dimensionados na


forma estabelecida nesta Lei
ART. 4º Complementar, haja ou não
abertura de vãos de ilumina-
Os afastamentos são classifi- ção e ventilação; M
2, in. M5m
in
.
5m 2,
cados em: AF
AF
II - não afastada das divisas: AF
AF
in
.

I - frontal: estabelecido em re- aquela que não apresenta


M5m
2,

lação a todas as testadas do afastamento mínimo exigido, AF

lote e será definido pela Lei dimensionado na forma es-


de Uso e Ocupação do Solo ou tabelecida nesta Lei Comple- Afastamento frontal Afastamento lateral e de fundos
pelas legislações específicas mentar, em relação a pelo me-
para cada região; nos uma das divisas do lote. Art. 4º-III Art. 4º-§1º -I

II - lateral e de fundos: estabe- § 2o Para aplicação do dispos-


lecidos em relação às divisas to no § 1o deste artigo, não será

Altura h2
laterais e de fundos do lote e considerado o embasamento
não poderão ser inferiores a não afastado das divisas quan- AF
AF
dois metros e cinquenta cen- do permitido por legislação es-

Altura h1
tímetros e, quando utilizados pecífica. AF

para ventilar ou iluminar com- AF

partimentos, serão equivalen- § 3o Fica permitida a utiliza-


tes, no mínimo, a um quinto da ção de elementos de composi- Média das altura = (h1+h2)/2
altura da edificação; ção arquitetônica balanceados Afastamento = 2 (média das alturas)/5

sobre os afastamentos das Afastamento entre edificações Edificação afastada das divisas

III - entre edificações: estabe- edificações, bem como sobre


lecido entre duas edificações a área coletiva, destinados a
no mesmo lote e será equiva- proporcionar conforto térmico,
lente, no mínimo, a dois quin- economia energética ou con- Art. 4º-§1º -II Art. 4º-§2º

tos da média das alturas das tribuir para a maior diversida-


Embasamento
edificações, quando usados de do conjunto arquitetônico
para iluminar ou ventilar com- do Município, que poderão ser AF
AF
partimentos, não podendo ser fixos ou móveis, deverão ser
inferior a dois metros e cin- vazados, poderão manter dis-
AF
quenta centímetros. tância máxima de um metro AF

das fachadas e não poderão


§ 1o Quanto ao afastamento, as constituir piso utilizável nem AF
edificações são consideradas: resultar em aumento da área
da edificação.
I - afastada das divisas: aque-
la que apresenta afastamentos Art. 4o Considera-se como “emba- Edificação não afastada das divisas Embasamento

20 21
samento não afastado das divisas”, dida ser menor que três Art. 4º-§3º
M
á
Art. 5º-I

de que trata o § 2o do art. 4o da Lei metros; 1mx. 1/ Mí


e 4 dn.
3, e
Complementar no 198, de 2019, os pavi- 00 h
m
mentos inferiores mencionados na de- II - PV: nenhum dos lados da
finição de embasamento do glossário figura formada pela seção ho-
da Lei Complementar no 198, de 2019, rizontal poderá ser menor do

Altura h
não sendo computados para efeito do que um vigésimo da altura do
cálculo do afastamento da edificação. prisma, não podendo sua me-
dida ser menor que um metro.
ART. 5º
Pr
§ 2o Será admitido, nos pris- i sm
a
Os prismas deverão se co- mas de ventilação e iluminação Elementos de composição arquitetônica Prisma de ventilação e iluminação
municar com o espaço aberto - PVIs com seção horizontal
acima da edificação ou com as retangular, que a dimensão de
áreas de afastamento, não po- um de seus lados seja reduzi- Art. 5º-II Art. 5º-§2º
derão ser cobertos e são clas- da a setenta por cento das di- Redução de
1/ M
sificados em: mensões mínimas calculadas, 2 ín
e 0d .
1,0 e
até 70%
0mh
desde que a dimensão do outro
I - Prisma de Ventilação e Ilu- lado seja aumentada de modo
minação - PVI: proporciona a manter a área da seção ho-
condições de ventilação e ilu-

Altura h
rizontal prevista no § 1° deste
minação a compartimento de artigo.
permanência prolongada;
Art. 5o A aplicação do disposto no § 2o Pr
II - Prisma de Ventilação - PV: do art. 5o da Lei Complementar no 198,
i sm
a
proporciona condições de ven- de 2019, é admitida desde que os lados Prisma de ventilação Redução de prismas
tilação a compartimento de resultantes dos prismas permaneçam
permanência transitória. atendendo às dimensões mínimas ab-
‘ solutas indicadas no seu § 1o.
§ 1o A seção horizontal mínima Art. 5º-§3º -I, II Art. 5º-§3º-III

dos prismas deverá ser cons- § 3o No caso da utilização de


tante ao longo de toda a sua al- prismas para ventilação de es-
tura, ter seus ângulos internos tacionamentos:
maiores ou iguais a noventa
graus e observará os seguin- I - deverão ser exclusivos, não
Exclusivo
tes limites: podendo servir para ventilar
outro tipo de compartimento,
I - PVI: nenhum dos lados da exceto aqueles destinados a
figura formada pela seção ho- lixo ou depósitos; Mesma dimensão
da seção do prisma
rizontal poderá ser menor do
que um quarto da altura do II - não poderão ser prolonga- Prisma de ventilação de estacionamento Prisma protegido contra a chuva

prisma, não podendo sua me- mentos de prismas de ventila-


22 23
ção existentes na edificação; Uso Comum, ainda que possu- Art. 5º-§5º Art. 6º § 1º

am cômodos que ventilem pelo Ventilação ou


iluminação de
III - as saídas dos prismas po- prisma ou afastamento em compartimento

derão ser protegidas contra a questão. <1


,5
m
chuva, mantidas na abertura
as dimensões mínimas calcu- § 2º No caso de prismas de

Altura
ladas para a seção do prisma. compartimentos situados no
embasamento ou no subsolo e
§ 4o Nenhum prisma poderá que se comuniquem c’om o es-
ter suas dimensões mínimas paço aberto do embasamento
reduzidas ou ser ocupado por - áreas de afastamento -, a
qualquer elemento construti- altura será considerada en- Reentrância nas fachadas Cálculo de prismas

vo, inclusive em balanço. tre o nível do piso do primeiro Art. 6º § 2º


compartimento iluminado ou
§ 5o As reentrâncias em fa- ventilado e o nível de abertu-
chadas - frontais, laterais ou ra do prisma para o espaço de
de fundos – não necessita- afastamento.
rão possuir seção horizontal
constante em toda a sua altura ART. 7º
e deverão ter sua largura cal-
culada como prisma quando É aceito o direito real de servi-
possuírem mais de um metro dão de áreas contíguas às di-
ura
e cinquenta centímetros de visas do lote para ventilação e Altada
r lo
d e
profundidade e servirem para iluminação dos compartimen- si cu
cona cal
ventilação ou iluminação de tos, desde que haja concor- par

compartimentos. dância dos proprietários dos Cálculo de prismas para compartimentos

‘ terrenos contíguos estabeleci- no embasamento ou subsolo.

ART. 6º da por escritura pública devi- Art. 7º


damente averbada no Registro
A altura a ser considerada Geral de Imóveis. Edificação não
afastada
para o cálculo dos prismas e
dos afastamentos lateral e de § 1º A edificação deverá aten- Servidão

fundos será a medida entre o der às condições mínimas de


nível do piso do primeiro com- ventilação e iluminação para
partimento iluminado ou venti- prismas ou afastamentos pre-
lado e o nível do piso acima do vistas por esta Lei Comple-
último pavimento ventilado ou mentar.
iluminado.
§ 2º A edificação, nesse caso,
§ 1º Não será considerado no será considerada não afastada
cálculo o eventual pavimento das divisas.
de cobertura e o Pavimento de Servidão de ventilação e iluminação

24 25
Art. 8º § 1º Art. 8º § 2º
Seção II sidenciais e na parte não re- Pode ocupar
Varandas, Sacadas e Marqui- sidencial das edificações mis- toda a fachada

ses tas, não serão computadas no


cálculo da Área Total Edificável
ART. 8º as varandas e sacadas com até
vinte por cento da área útil das
Será permitida a construção unidades. M
2, ín
5m
de varandas e sacadas aber- M
1mín ín
tas, em balanço ou reentran- § 6º Será permitida a instala- Mm
2,
5

tes. ção, nas varandas e sacadas,


de modo integrado à compo-
§ 1º Sobre o afastamento fron- sição estética da fachada, de
tal, as varandas e sacadas po- churrasqueiras, de fechamen- Varandas sobre afastamento frontal Varandas sobre afastamento lateral e de fundos
derão ocupar toda a fachada e to lateral do piso ao teto e de
deverão recuar, no mínimo, um elementos decorativos de pro- Art. 8º § 3º Art. 8º § 6º
metro da testada do terreno. teção à insolação, como brise-
soleils, venezianas, treliças,
§ 2º Sobre os afastamentos cobogós, muxarabis ou simi-
lateral e de fundos, as varan- lares, que deverão ser vaza-
das e sacadas poderão ocupar dos, permitir a aeração de no
toda a fachada e deverão dis- mínimo cinquenta por cento do
tar, no mínimo, dois metros e vão, e não serão considerados ín
Mm
cinquenta centímetros das di- como fechamento destes es- 1,5

visas laterais e de fundos do paços, desde que efetuados na Mm


ín
lote. construção da edificação ou 1,5

em reforma geral da fachada.


§ 3º Para edificações não afas-
tadas das divisas, as varandas § 7º As lajes do teto das varan- Varandas em edificações não afastadas Churrasqueiras
e sacadas deverão guardar das e sacadas do último pavi-
uma distância lateral mínima mento das edificações poderão Art. 8º § 6º Art. 8º § 6º

de um metro e cinquenta cen- ser incorporadas ao piso do


tímetros das divisas laterais e pavimento de cobertura, quan-
de fundos do lote. do permitido, como terraços
descobertos.
§ 4º As varandas e sacadas de
unidades residenciais, quando § 8º Serão permitidas lajes
em balanço ou reentrantes, técnicas em balanço para co-
não serão computadas na Área locação de equipamentos de
Total Edificável – ATE e na Taxa ar condicionado com distância
de Ocupação. máxima de um metro em rela-
ção ao plano da fachada.
§ 5º Nas edificações não re- Brise-soleils Cobogós

26 27
§ 9º As varandas balanceadas o disposto na Lei Complemen- Art. 8º § 6º Art. 8º § 6º

acrescidas a edificações que tar nº 145, de 6 de outubro de


tenham sua certidão de habi- 2014;
te-se regularmente expedida
há mais de cinco anos podem II - o fechamento da varanda
apresentar pilar de sustenta- não poderá resultar em au-
ção nos afastamentos desde mento real da área da unidade,
que: nem será admitida a incorpo-
ração da varanda, total ou par-
I - não sejam prejudicados os cialmente, aos compartimen-
espaços destinados à circula- tos, de acordo com o disposto
ção de pessoas e veículos; na Lei Complementar nº 145, de
2014. Muxarabis Treliças
II - a seção horizontal acabada
de cada pilar não ultrapasse a § 11. Quaisquer outros tipos de Art. 8º § 6º Art. 8º § 7º
dimensão de trinta e cinco por fechamento de varandas não Teto da varanda
trinta e cinco centímetros; previstos ou em desacordo do último
pavimento
com este artigo deverão ob-
III - os pilares estejam afasta- servar o disposto na Lei Com-
dos do corpo da edificação no plementar nº 192, de 18 de julho
máximo um metro e meio, con- de 2018 e em suas regulamen-
tado a partir de sua face mais tações.
próxima ao plano da fachada;
Art. 6o Para fins de aplicação do art. 8o
IV - seja apresentada, no ato da Lei Complementar no 198, de 2019,
do licenciamento, autorização a distância mínima entre varandas
condominial; projetadas sobre o afastamento entre Incorporação do teto das varandas e sacadas
Venezianas ao piso do pavimento de cobertura
edificações é de cinco metros.
V - a solução empregada seja Art. 8º § 8º Art. 8º § 9º - I, II, III
uniforme para toda a fachada e ART. 9º
seja executada em sua totali-
dade de uma só vez. As edificações poderão utilizar
marquises como proteção para
§ 10. As varandas permitidas acesso e circulação, balancea-
neste artigo poderão ser fe- das sobre os afastamentos das
chadas, sem necessidade de edificações, dentro dos limites Mm
ax

licenciamento, desde que aten- do lote, obedecidas as seguin- 1

didos os seguintes requisitos: tes condições:


x
Ma Ma 5cm
1,5m x 3
I - com painéis de vidro to- I - terão altura útil mínima de 35cMax
m
talmente retráteis instalados dois metros e cinquenta centí- Lajes técnicas Acréscimo de Varandas
sem esquadrias de acordo com metros em toda sua extensão;
28 29
Art. 8º § 10º Art. 9º- I e II Art. 9º- III

II - permitirão o escoamento Parágrafo único. Será permi-


das águas pluviais exclusiva- tido o uso de telhado verde
mente para dentro dos limites sobre a laje no teto do último
do lote; pavimento das edificações,
edículas e demais coberturas, Até
1m
III - equipamentos e maquiná- que deverá ter vegetação natu- Mín0m
2,5
rios só poderão ser colocados ral e poderá ser utilizado como
sobre a marquise até uma dis- jardim descoberto, prevendo
tância de um metro do plano de área para circulação de aces- Não poderá resultar em
aumento real da unidade.
Escoamento exclusivamente
para dentro do lote.
fachada; so a eventuais equipamentos Fechamento de varandas Marquises Equipamentos sobre marquises
técnicos.
IV - as marquises situadas so-
bre os afastamentos laterais
Art. 9º- IV Art. 10º - Caput
e de fundos deverão guardar
distância mínima de um metro
x
e cinquenta centímetros das Ma
0m
4,5
divisas do lote.

Mín
Seção III m
1,50
Demais Elementos Externos

ART. 10º

Os equipamentos e elemen- Marquises sobre afastamento lateral e Equipamentos e elementos do


tos construtivos localizados de fundos telhado e cobertura

nos pavimentos de cobertura


e nos telhados deverão estar
integrados à composição ar- Art. 10º - Caput Art. 10º - Parágrafo único
quitetônica da edificação, terão os à
Veg
itad da sso s nat etaç
altura máxima de quatro me- Limplano Aceento
ura ão
l
ao hada m
tros e cinquenta centímetros, fac ipa
equ
calculada em relação ao nível
superior do último pavimen-
to habitável, e serão limitados
aos planos das fachadas, ad-
mitindo-se exceção para equi-
pamentos e elementos que,
justificadamente, requeiram
por sua natureza técnica ou Equipamentos e elementos do telhado e cobertura Telhado verde
plástica altura superior.

30 31
CAPÍTULO III

DOS ELEMENTOS
INTERNOS DA
EDIFICAÇÃO
Seção I mo, por um compartimento de Art. 11º

Unidades Residenciais e seus permanência prolongada do- UNIDADES RESIDENCIAIS E SEUS COM- m² média
Compartimentos tado dos equipamentos rela- PARTIMENTOS
tivos a uma cozinha e por um
Área mínima das unidades residenciais em edifica- 25m² X
ART. 11º banheiro sem superposição de ções multifamiliares ou mista
peças.
I - Área de Planejamento 2 - AP2 25m² 35m²
A área mínima útil das unida-
des residenciais em edifica- § 2º Permanecem em vigor os II - Unidades nas edificações situadas em quadras 25m² X
limítrofes às favelas e AEIS das AP’s 2 e 4.2 (Quando
ções multifamiliares ou mistas coeficientes de adensamento
não houver formação de quadra, será considerada
será de vinte e cinco metros vigentes pela legislação es- a distância de até 200m em linha reta do acesso da
quadrados, excluindo-se as pecífica, especialmente na XX área de especial interesse social. [Decreto])
varandas e terraços desco- Região Administrativa. III - Área de planejamento 4.2 não não
bertos, excetuadas as seguin- alterada alterada
tes situações: Art. 7o Para fins de aplicação do dis-
OBS:
posto no inciso II do art. 11 da Lei Com- § 2º Permanecem em vigor os coeficientes de adensamento vigentes pela
I - na Área de Planejamento 2 - plementar no 198, de 2019, quando legislação específica, especialmente na XX Região Administrativa.
AP2 deverá ser atendida ainda não houver formação de quadra, será
a área média mínima de trin- utilizado como parâmetro o trecho de
ta e cinco metros quadrados logradouro até duzentos metros de
úteis para todas as unidades distância, em linha reta, dos acessos
da edificação ou lote, excluin- diretos às Áreas de Especial Interes-
do-se as varandas e terraços se Social e às favelas sem delimitação
descobertos; oficial.
Parágrafo único. Serão considerados
II - as unidades residenciais os terrenos localizados total ou par-
nas edificações situadas em cialmente no perímetro mencionado
quadras limítrofes às favelas no inciso II do art. 11 da Lei Comple-
e Áreas de Especial Interes- mentar no 198, de 2019.
se Social - AEIS das AP’s 2 e Art. 12º I Art. 12º II

4.2 ficam obrigadas apenas ao ART. 12º


cumprimento de área mínima
útil; Os compartimentos das uni-
dades residenciais em edifica-
III - na Área de Planejamento ções multifamiliares ou mistas
Mín Mín
4.2 - AP 4.2, onde permanecem deverão atender às seguintes 2 , 5 0m
2 , 2 0m
em vigor as disposições conti- disposições quanto à altura útil
das nas legislações de uso do mínima:
solo vigentes.
I - para compartimentos de Permanência Prolongada
Ex: Sala
Permanência Transitória
Ex: Banheiro
§ 1º A unidade residencial das permanência prolongada: dois
edificações multifamiliares e metros e cinquenta centíme-
mistas é constituída, no míni- tros;
34 35
des não residenciais deverão Art. 14º

II - para compartimentos de atender às alturas mínimas Salas, quartos de unidades hoteleiras e demais 2,60m
permanência transitória: dois úteis estabelecidas abaixo: compartimentos de permanência prolongada
metros e vinte centímetros. Lojas 3,00m
I - salas, quartos de unidades
Banheiros, circulações internas e demais comparti- 2,20m
ART. 13º hoteleiras e demais comparti- mentos de permanência temporária
mentos de permanência pro- Unidades não residenciais
Fica facultado nos empreendi- longada: dois metros e ses-
mentos residenciais com mais senta centímetros;
de quarenta unidades resi-
denciais, a destinação de uma II - lojas: três metros;
unidade à edificação de uma
academia voltada à prática de III - banheiros, circulações
atividade física, com tamanho internas e demais comparti- Art. 15º Art. 16º - Caput
total mínimo ao equivalente à mentos de permanência tem-

ART. 16 - I, II EART.
III 16 - IV
Jirau
metragem de duas unidades porária: dois metros e vinte
imobiliárias. centímetros.

Parágrafo único. Para apura- ART. 15º


ção do tamanho da unidade
imobiliária que deve ser obe- As salas, lojas e edificações
decida no “caput”, considerar- hoteleiras deverão dispor de
se-á o tamanho médio geral sanitários, nos quais não po-
de uma unidade imobiliária derá haver sobreposição de
formada pela média aritméti- peças. Vedada a sobreposição de peças Jiraus
ca das unidades individuais de
todo o § 1º Os sanitários dispostos no
empreendimento. “caput” poderão ser coletivos,
Art. 16º - I, II e III Art. 16º - IV
desde que situados em cada Jirau Não computada
Art. 8o A “academia” de que trata o pavimento, em área comum Máx 50% no ATE

art. 13 da Lei Complementar no 198, de acessível a todas as unida-


2019, quando projetada, deverá ser de des respectivas, e seu número x
uso exclusivo dos condôminos e con- será calculado de acordo com Má
0m
3,0
formará área o disposto na Seção IV deste
comum do condomínio. Capítulo. Mín
0m
2,2
Seção II § 2º Nos pavimentos em que
Unidades Não Residenciais e for exigida a construção de sa-
seus Compartimentos nitários de uso público, ao me- Regras para jiraus Jiraus não são computados na ATE
nos um banheiro será acessí-
ART. 14º vel, de acordo com as normas
Os compartimentos das unida- técnicas de acessibilidade da
36 37
ABNT. VII - não poderão ter acesso Art. 16º - V Art. 16º - VI
Jirau de Aberto ao
independente para a circula- permanência público
transitória
ART. 16º ção comum da edificação.
Serão permitidos jiraus em
lojas, localizadas no térreo ou § 1º Serão permitidos mediante oh
á Mín
Nãcota 0m
nos subsolos de edificações pagamento de contrapartida, ima
2 , 2
não residenciais ou mistas, calculada de acordo com o dis- min

que não serão considerados ART. 16 - VII


posto na Lei Complementar nº
como um pavimento, desde 192, de 2018 e suas regulamen- Escada de
acesso móvel
que atendam aos seguintes re- tações, jiraus nas seguintes
quisitos: situações:
Jirau de permanência transitória Jirau aberto ao público

I - poderão ocupar até cinquen- I - em lojas localizadas em


ta por cento da área útil da loja qualquer nível de edificações Art. 16º - VII ART.
Art.17
17º- §p.1º1
onde forem construídos; não residenciais ou mistas;
Vãos para
prismas
II - terão altura útil máxima de II - com até cem por cento de
três metros na parte superior; ocupação da área útil da loja
em que forem construídos.
Vãos para
III - terão altura útil mínima de afastamento
dois metros e vinte centíme- § 2º Os jiraus previstos no § 1º
tros na parte inferior; deverão atender às condições
previstas nos incisos II a
IV - não terão suas áreas com- VII deste artigo. ART. 18 - p7
putadas na ATE; Vedado acesso independente Compartimentos iluminados e ventilados
§ 3º Nas edificações desti-
V - quando destinados a equi- nadas a shopping centers, o
pamentos técnicos, depósito licenciamento dos jiraus, de
ou compartimentos de per- acordo com o disposto no § Art. 18º § 4º ART. 18 - p7 Art. 18º § 7º
manência transitória, não te- 1º, poderá ser realizado tendo
rão restrição quanto à altura por base a totalidade das áreas
mínima na parte superior e úteis das lojas da edificação e
poderão dispor de escada de sendo livre a sua distribuição
acesso móvel; nos pavimentos.

VI - quando configurarem área § 4º A aplicação do disposto no Mín


, 2 0m
2
aberta ao público ou comparti- § 3º será regulamentada pelo
mento de permanência prolon- Poder Executivo. Vão, no mínimo, igual a
Iluminação Ventilação
1,30Mín Totalidade do vão Metade do vão
gada, terão altura útil mínima m
soma dos vãos dos com-
partimentos ventilados.
de dois metros e vinte centí- Seção III Iluminação e ventilação pelo terraço coberto Vãos mínimos de ventilação e iluminação
metros no piso superior; Ventilação e Iluminação dos
Compartimentos
38 39
exceção das lojas e dos locais Art. 18º

ART. 17º de reuniões, que estão isentos COMPARTIMENTO ÁREA MÍNIMA DO VÃO
de iluminação e podem ser (sobre a área do compartimento)
Os compartimentos serão ventilados por sistema de ar
Salas, Quartos, Salas Comerciais e 1/8
iluminados e ventilados por condicionado ou outros equi- demais compartimentos de perma-
aberturas, vãos ou janelas, pamentos de mesma finalida- nência prolongada
cuja área deverá garantir con- de.
Cozinha, Copa, Vestiários e Refeitó- 1/10
dições de conforto ambiental, rios
conforme a função § 4º Os compartimentos de
Conjunto Sala-Cozinha 1/8 da área do conjunto
a que se destinem. permanência transitória deve-
Banheiros e Lavabos 1/10 quando natural
rão sempre possuir ventilação,
(apenas a ventilação é obrigatória) 1/8 quando por dutos
§ 1º Os vãos de ventilação e ilu- que poderá ser assegurada por
minação dos compartimentos dutos, sistemas de ar condi- Lojas (apenas a ventilação é obriga- 1/8 - excluindo o jirau ou ar-condicio-
tória) nado
deverão se comunicar direta- cionado ou equipamentos me- ART. 20
mente ou através de varandas cânicos, incluindo aparelhos Obs:
ou terraços com o espaço ex- tipo ventokit para banheiros. Quadro origirinal da Lei.
Demais compartimentos de permanência transitória ficam dispensados de ventilação e iluminação.
terno, constituído por afasta-
mentos, prismas ou pelo espa- ART. 18º
ço aéreo acima da edificação. Art. 19º Art. 20 I e IIº

Os vãos mínimos de ventila- M


Mí 3,0ín
§ 2º A ventilação dos comparti- ção e iluminação dos compar- 1,20n. 0m
m
mentos pode ser: timentos serão os seguintes:
(Quadro) 3,0
Alt 0m
I - natural, através de vãos útil. Mín
2,2 Até
abertos diretamente ou atra- § 1º Os dutos de ventilação na- 0m 15m
vés de varandas ou terraços tural poderão ser feitos sobre
cobertos para prismas, afasta- outros compartimentos e não
10m
mentos ou para o espaço ex- poderão ter comprimento ho- Até
terno, ou através de dutos e rizontal maior de que seis me-
rebaixos de outro comparti- tros.
mento, sem auxílio mecânico; Circulação horizontal de uso comum Circulação de acesso público às lojas

§ 2º Os demais compartimen-
II - mecânica, quando feita com tos de permanência transitó-
o auxílio de equipamentos me- ria, incluindo circulações in-
cânicos. ternas, closets, despensas e
depósitos ficam dispensados
§ 3º Os compartimentos de de ventilação e iluminação.
permanência prolongada de-
verão sempre possuir ventila- § 3º Os demais compartimen-
ção e iluminação natural, que tos não residenciais de perma-
não poderão ser feitas através nência prolongada obedecerão
de outro compartimento, com às normas específicas em vi-
40 41
ART. 21 - IV
gor para cada uso ou ativida- § 6º Os estacionamentos deve- Art. 21º I Art. 21º II

de, sendo permitida ventilação rão ter ventilação natural atra-


por ar condicionado para salas vés de vãos com 1/25 da área
comerciais, teatros, cinemas, de estacionamento, podendo
locais de reunião e quartos de ser reduzidos para 1/50 caso

ART. 22 - I e II
hotel. a ventilação se faça em faces Mín Mín0m
1,20m 2,2
opostas - cruzada -, ou terão
§ 4º Nas unidades residenciais, equipamentos de exaustão Não permitido
os terraços cobertos podem mecânica. degraus em leque

servir para iluminar e ventilar


os compartimentos para eles § 7º A iluminação deve ser ga-
voltados, desde que apresen- rantida na totalidade do vão e a

ART. 22 - III
tem as seguintes condições: ventilação, no mínimo, na me- Escadas de uso comum - Largura mínima Escadas de uso comum - Passagem mínima

tade deste, quando da abertura


I - largura mínima de um me- dos dispositivos – portas ou Art. 21º III Art. 21º IV
tro e trinta centímetros; janelas.
Corrimão em ambos os lados
II - vão de ventilação e ilumi- Seção IV Máximo 16 degraus
entre patamares
de acordo com as normas
técnicas ABNT
nação equivalente, no mínimo, Partes Comuns
à soma dos vãos de ventilação 16
15

e iluminação dos comparti- ART. 19º


14
13
12

mentos ventilados;
11
10
9
As circulações horizontais de 8
7
6
III - altura útil mínima igual a uso comum serão projetadas 5
4
3
dois metros e vinte centíme- livres de qualquer obstáculo de 2
1

tros. caráter permanente ou transi-


tório e terão largura mínima de Escadas de uso comum - Lance máximo Escadas de uso comum - Corrimão
§ 5º As fachadas compostas um metro evinte centímetros
de paramentos de vidro, em para os primeiros dez metros
prédios dotados de sistema de comprimento, acrescen- Art. 22º I e II Art. 22º III

central de condicionamento de tando-se dois centímetros por


ar, deverão prever dispositivos cada metro excedente.
que permitam a abertura de Mín0m
2,2
elementos destinados à ven- § 1º Nos locais de reunião, as M
tilação dos compartimentos, circulações terão largura mí- 1,50ín
m
cuja área não poderá ser infe- nima de dois metros e cin- Circulação de
acesso ao Hall
rior a 1/15 da área do piso dos quenta centímetros, quando a
compartimentos a que se des- área destinada ao público for
tinam, devendo ser dispostos igual ou inferior a quinhentos Não pode ser menor
de modo a propiciar uma cor- metros quadrados, excedida do que a circulação
que lhe dá acesso. Obrigatóriamente
ligado à circulação
reta distribuição da ventilação. essa área, haverá acréscimo vertical

de cinco centímetros na largu- Hall de Elevadores - Dimensões mínimas Hall de Elevadores

42 43
ra, para cada dez metros qua- I - possuir altura mínima útil seis degraus entre patamares; tros;
drados excedentes. de três metros;
IV - possuir corrimão em am- III - será obrigatoriamente li-
§ 2º O comprimento das cir- II - possuir largura mínima de bos os lados da escada, com as gado à circulação vertical -
culações de uso comum será três metros para uma exten- especificações previstas nas rampa ou escada - da edifica-
medido a partir do eixo da es- são máxima de quinze metros normas técnicas de acessibili- ção.
cada ou do eixo da porta da es- a contar do acesso mais próxi- dade da ABNT.
cada de uso comum ou escape mo; para cada cinco metros ou ART. 23º
até o eixo da porta de acesso fração de acréscimo a esta ex- § 1o As edificações, quando
da unidade e sua altura mínima tensão, a largura será aumen- isentas expressamente da ins- Nas edificações residenciais
útil será de dois metros e vinte tada em trinta centímetros. talação de elevadores, poderão ou mistas as áreas para recre-
centímetros. Parágrafo único. As circula- se utilizar apenas de escadas ação e atividades de lazer são
ções que servirem para esco- de uso comum, não enclausu- facultativas e, quando constru-
§ 3º Todas as circulações ho- amento de auditórios, cinemas, radas, que deverão ser venti- ídas, deverão atender às nor-
rizontais de uso comum serão teatros ou locais de reunião ladas, e as circulações comuns mas técnicas de acessibilidade
interligadas verticalmente por pública deverão ter sua largu- dos pavimentos superiores e às seguintes condições:
escadas, rampas ou equipa- ra dimensionada atendendo o ficam dispensadas de atendi-
mento mecânico, acessível a que determinam as normas de mento às normas de acessibi- I - na parte coberta, a altura
pessoas com deficiência ou Segurança contra Incêndio e lidade. mínima útil deve ser de dois
mobilidade reduzida. Pânico do CBMERJ, sem preju- metros e cinquenta centíme-
ízo do estabelecido na presen- § 2o As edificações residen- tros;
§ 4º Todas as unidades terão te Lei Complementar. ciais com quatro ou mais pavi-
acesso direto às circulações mentos, isentas da instalação II - deverão estar isoladas da
de uso comum, exceto aquelas ART. 21º de elevadores, deverão garan- circulação de veículos e dos
que tenham acesso direto pe- tir o espaço necessário para a locais de estacionamento por
las áreas comuns externas da As escadas de uso comum, futura instalação destes equi- mureta ou gradil com altura
edificação. enclausuradas ou não enclau- pamentos. mínima de um metro;
suradas, deverão atender às
§ 5º Nos locais de reunião, as seguintes condições: ART. 22º III - não terão qualquer comu-
portas de saída deverão ser ao nicação com compartimentos
menos duas, ambas com lar- I - largura útil mínima de um O hall dos elevadores deverá para depósito de lixo e para
gura mínima de dois metros e, metro e vinte centímetros em atender às seguintes especifi- medidores de qualquer natu-
no total, devem respeitar a re- todo o seu desenvolvimento, cações: reza, seja por vãos de ventila-
lação de um metro de largura não sendo permitido o uso de ção ou portas de acesso;
para cada cem espectadores. degraus em leque para mu- I - terá dimensão mínima de um
dança de direção; metro e cinquenta centímetros IV - serão iluminadas e ven-
ART. 20º e não poderá ser menor do que tiladas através de vãos com
II - passagem livre com altura a dimensão mínima da circula- área mínima correspondente a
A circulação de acesso públi- mínima de dois metros e vinte ção que lhe dá acesso; um oitavo da área de recrea-
co às lojas deverá observar às centímetros; ção projetada;
seguintes condições: II - terá altura útil mínima de
III - lance máximo de dezes- dois metros e vinte centíme- V - poderão estar localizadas
44 45
nos afastamentos frontal, la- § 1o Nos edifícios de salas co- Art. 23º I e II Art. 23º III e IV

teral ou de fundos, desde que merciais, quando forem cons- Vedada comunicação
com depósito de lixo
descobertas; truídos sanitários coletivos,
estes serão projetados na
VI – quando houver sanitários, proporção de um para cada Depósito
de lixo
nas áreas de recreação e ativi- duzentos e cinquenta metros Mín
dades de lazer, estes deverão quadrados de área útil de sa- 0m
2,5
atender as normas técnicas las. Mín
m
de acessibilidade previstas na 1,00
ABNT. § 2o Em locais de reunião, será Vãos com área
mínima de 1/8 da
obrigatória a existência de ins- Mureta ou gradil. área de recreação
projetada. Vedada comunicação
com medidores
ART. 24º talações sanitárias em cada
nível, independentes daquelas
As edificações não residen- destinadas aos empregados, e Art. 23º V

ciais destinadas a centro de sua proporção será de lavató-


compras com mais de qui- rio e um vaso, facultada a adi- Lazer no afastamento
nhentos metros quadrados ção de mictório, para cada cem sempre descoberto

de área útil de lojas deverão metros quadrados de área de


possuir instalações sanitárias público ou para cada quinhen-
para uso público com as se- tos espectadores.
guintes características:
§ 3o As instalações sanitárias
I - a cada pavimento destinado de uso público atenderão às
a lojas, serão construídos no condições relativas à acessi-
mínimo dois sanitários, cons- bilidade universal, de acordo
tituídos por vaso ou mictório com a legislação específica em
e lavatório, com instalações vigor. Art. 24º

separadas masculinas e fe- Edificações não residenciais destinadas a centro de compras com mais de
mininas e local adequado para ART. 25º quinhentos metros quadrados de área útil de lojas
troca de fraldas;
As instalações e dependências A cada pavimento de lojas Mínimo de dois sanitários
II - a cada quatrocentos metros para funcionários obedecerão A cada 400m² ou fração excedente Acrescer um lavatório e um
quadrados ou fração exceden- às seguintes características vaso ou mictório (incluindo
no cálculo os sanitários
te, será acrescido um lavatório em todas as edificações mul-
idividuais das lojas)
e um vaso ou mictório; tifamiliares, mistas ou não re- § 1º Edificações de salas comerciais, quando houverem sanitários coletivos
sidenciais:
A cada 250m² de área útil de sala Mínimo de 1 sanitários
III - se projetados, os sanitá- coletivo
rios individualizados por lojas I - é obrigatória a construção § 2º Em locais de reunião
poderão ser considerados no de banheiro para funcionários, A cada 100m² de área de público ou 500 es- Mínimo de 1 sanitários
cálculo da proporção mínima constituído ao menos de vaso, pectadores coletivo em cada nível da
exigida para toda a edificação. lavatório e chuveiro, sem su- edificação, independente do
perposição de peças; sanitário dos funcionários

46 47
circulação de veículos. Art. 26º Caput

II - deverão ser atendidas as


normas contidas na legislação ART. 26º
trabalhista relativas à disponi-
bilidade de áreas de vestiário, Será permitida a construção,
o
refeitório e alojamento para os ao nível do terreno ou sobre ment
asa
funcionários; o embasamento, de edícu- Emb
2
las, com até dois pavimentos, Até v.
2 pa A.F
III - é obrigatória a manuten- destinadas a compartimentos Até v. .
pa A.F
.
ção de apartamento para zela- de apoio às partes comuns
dor nas edificações existentes da edificação, devendo aten-
da Cidade, ficando facultativa der aos afastamentos em re- Edícula ao nível do terreno Edícula sobre embasamento
a construção de apartamento lação à edificação, e observar
para zelador nas novas edifica- o afastamento frontal exigido Art. 26º § 1º e § 2º I, II, III e IV.

ções, que, caso seja executado, para o local.


deverá atender às especifica-
Permitido medidores desde que:
ções mínimas de ventilação e § 1o Será permitida a constru- - Inviável instalação no interior
da edificação.
iluminação previstas nesta Lei ção de guaritas ou pórticos nas - Colados a divisa.
Complementar; faixas de afastamento fron-
tal, que deverão permitir livre

IV - em edifícios residenciais passagem para os veículos de 2,10x.
Ocupar no máximo
10% da testada do
m
com até quatro pavimentos serviço e do Corpo de Bombei- lote

nas Subzonas A-1 e A-20 do ros, que não serão computa- Guarita permitida no Pórtico deve permitir
Decreto n° 3.046, de 27 de abril dos na ATE. afastamento frontal livre passagem aos
veículos de serviço e
de 1981, é obrigat ória a cons- Guaritas, pórticos, equipamentos e medidores
bombeiros

trução de apartamento de ze- § 2o Será permitida a insta-


lador, com área privativa de no lação, no afastamento frontal,
mínimo trinta metros quadra- de equipamentos e medidores
dos; exigidos pelas concessioná-
rias de serviços públicos, des-
V - os compartimentos desti- de que:
nados a instalações e depen-
dências para funcionários e ao I - seja comprovadamente invi-
uso comum do condomínio po- ável sua instalação no interior
derão estar situados em qual- da edificação;
quer pavimento da edificação,
inclusive subsolos, desde que II - estejam colados aos muros
sejam servidos por prismas das divisas laterais do terreno,
adequados e tenham ligação salvo onde não houver divisa
direta com as circulações co- lateral, quando a localização
muns, vedado o acesso através será livre;
de áreas de estacionamento e
48 49
III - tenham no máximo dois uso exclusivo de uma ou mais Art. 27º Caput

metros e dez centímetros de unidades, poderá acessar uma Incluindo cobertura


com unidades
altura; circulação horizontal comum independentes

que não esteja diretamente li-


IV - ocupem no máximo dez gada à escada de incêndio. Mínimo de um
por cento da testada do lote, elevador 6

5 Incluindo
sem prejuízo da ventilação e Seção VI 4
PUC ou
estaciona-
permeabilidade, conforme o Estacionamento de Veículos Ace
3 mentos
sso
caso. Su
2

bso 1
ART. 28º lo
Seção V Excluindo os
subsolos
Aparelhos de Transporte Os locais para estacionamento
de veículos, quando projeta- 6 a 9 pavimentos

ART. 27º dos, poderão ser cobertos ou


descobertos e obedecerão às Art. 27º § 1º Art. 27º § 2º
As edificações com seis ou seguintes exigências:
mais pavimentos de qualquer
natureza, excluindo os subso- I - declividade dos pisos de es-
los e incluindo os pavimentos tacionamentos não poderá ser
10 8
Mínimo de dois
9
elevador 7
de uso comum, estacionamen- superior a cinco por cento; 8 6
Número de
pavimentos
to e cobertura com unidades 7 5 calculado
à partir do
independentes estão obriga- II - a altura útil mínima dos es-
6
4
Acesso
5
3
das a instalar ao menos um tacionamentos, inclusive em P
Est UC 4
sso
Ace C
2
ac
elevador. toda a extensão das rampas de Tér ion.
3
1
PU
reo
acesso será de dois metros e reo
2

1 Tér
§ 1o Para edificações com dez vinte centímetros;
ou mais pavimentos, será exi- 10 ou mais pavimentos
Acesso em piso diferente do térreo
gida a instalação de ao menos III - os espaços para acesso,
dois elevadores. circulação e estacionamento Art. 28º CAPUT I a IV e § 1º
de veículos serão dimensio-
§ 2o Para edificações cujo pa- nados e executados livres de
vimento de acesso esteja situ- qualquer interferência;
ado em um piso diferente do
térreo, o número de pavimen- IV - o estacionamento em sub- .
Mín
tos será calculado a partir do solo, desde que totalmente en- 2 , 2 0m
pavimento de acesso. terrado, em edificações
residenciais, será permiti- Declive máx. de 5%
Acesso, circulação
§ 3o Todas as unidades terão do nas áreas de afastamento e estacionamento
livres de qualquer
acesso direto aos elevadores frontal. interferência.
pelas circulações horizontais Acesso exclusivo
para veículos com Subsolo no afastamento:
dos pavimentos, e nenhum § 1o As garagens em subsolo rampas ou elevadores
automotivos.
Permitido o uso em ed.
residenciais se totalmente
elevador, mesmo aqueles de ou pavimento elevado deverão enterrado.

50 51
possuir acesso exclusivo para do elevador, deverá ser reser- Art. 28º - § 2º I e II

veículos através de rampas ou vada área destinada a acumu-


elevadores automotivos. lação com capacidade para ao
menos dois veículos.
§ 2o As rampas destinadas à M
2,5ín.
circulação de veículos obede- § 4o Os locais para estaciona- 0m
cerão aos seguintes parâme- mento ou guarda de veículos . Declive máx.
Mínm
tros: para fins comerciais, incluin- 6,0
0 de 20%
M
do edifícios garagem, deverão 2,5ín. Entre
0m rampas
I - inclinação máxima de vin- prever:
te por cento, devendo sempre Declive máx.
de 20%
existir um trecho horizontal I - a entrada será localizada
mínimo de seis metros entre antes dos serviços de controle Rampa reta

dois lances de rampa; e recepção e terá de ser re-


servada área destinada à acu-
II - largura mínima de dois me- mulação com espaço para um Art. 28º - § 2º II

tros e cinquenta centímetros mínimo de dois veículos, den-


quando construída em linha tro da área do lote, podendo
reta e três metros quando em ocupar a área do afastamento
curva, cujo raio médio mínimo mínimo frontal, desde que des-
deverá ser de cinco metros e coberta;
cinquenta centímetros;
II - nos projetos, deverão
III - as rampas para acesso ao constar, obrigatoriamente, as
subsolo ou pavimento elevado indicações gráficas referentes
Raio médio
deverão ter início no mínimo a às localizações de cada vaga Mín.
3,00m mín. de 5,50m
cinco metros para o interior do de veículos e dos esquemas de
alinhamento do lote. circulação desses veículos; Rampa em curva

§ 3o Os elevadores especiais III - deve ser garantida a aces-


para transporte de veículos sibilidade a todos os pavimen- Art. 28º - § 2º III

devem observar: tos destinados ao público.

I - distância mínima de cinco § 5o Nas edificações destina-


metros até a linha de fachada, das a armazenagem, a carga e
Alinhamento
a fim de permitir as manobras descarga de quaisquer merca- do lote
necessárias ou a instalação de dorias e a área de acumulação
girador para que o veículo saia, deverão estar localizadas no
obrigatoriamente, de frente interior do lote.
para o logradouro;
M
§ 6o As edificações situadas 5,0ín.
0m
II - na entrada, antes da cabine em um raio de distância de até Distância mínima para início de rampa

52 53
oitocentos metros de estação corresponde ao mínimo exigido, po- Art. 29º - I, II e IV Art. 29º - I e Art. 10 do Dec. 45.917

metroviária, ferroviária, de Bus dendo a edificação ter uma proporção


Rapid Transit - BRT ou de Veí- maior de vagas;
culo Leve sobre Trilhos - VLT,
0m 0m
deverão obedecer à proporção II - o raio de oitocentos metros será 2,5 5,0
0m 2,5
6,0
0m
sso e dido Mín00m
de uma vaga para cada quatro considerado a partir de qualquer ponto Acedireto impe 3,
5,0 es Eix
unidades, desprezada a fração. de acesso à estação ou da parada do Á 0m d od
ac
ma livre rea ircu
respectivo meio de transporte; nob de laç
ra ão
§ 7o O disposto no parágra- de de
xa ão
Faiculaç culos 50m
fo anterior passa a vigorar no III - os terrenos, mesmo que parcial-
cir veí 2,
2,5
prazo de cento e oitenta dias, mente atingidos pelo raio de oitocen- 0m

a contar da data da publicação tos metros, enquadram-se no disposto


desta Lei Complementar. no § 6o do art. 28 da Lei Complementar Vagas de estacionamento Vagas de estacionamento - Baliza

no 198, de 2019;
§ 8o Excluem-se do disposto
no § 6o as edificações situadas IV - os ônibus do “Metrô na superfície”
na XXIV Região Administrativa. e as barcas são considerados como
integrantes da malha de transportes
§ 9o Poderão ser exigidas, pelo de alta capacidade da Cidade e suas
órgão responsável pelos im- estações e paradas também são con-
pactos na mobilidade urbana, sideradas para fins de aplicação do
por norma específica, vagas disposto no § 6o do art. 28 da Lei Com-
para: plementar no 198, de 2019.

Art. 29º § 1o - I a III


I - pessoas com deficiência; Parágrafo único. Nos demais casos
aplicam-se as disposições relativas ao § 1o Nas edificações multifamiliares, a disposição das vagas deve observar :

II - ônibus, ambulâncias e ca- número mínimo de vagas da legislação Capacidade Máximo de vagas sem acesso direto a Filas com no
do pavimento circulação máximo x vagas
minhões; para o local.
garagem enfileiradas

ART. 29º 18 vagas 2/3 3


III - carga e descarga.
32 vagas 1/2 2
§ 10. A legislação específica As vagas de estacionamento, 33 vagas ou 0 X*
para cada local prevalecerá quando projetadas, terão as mais
sobre o disposto no § 6o quan- seguintes características: Vagas pertencentes a uma mesma unidade podem estar enfileiradas, com ape-
nas uma delas acessando diretamente a circulação.
do for menos restritiva.
I - terão forma retangular,
Art. 9o A aplicação do disposto no § 6o com dois metros e cinquenta
do art. 28 da Lei Complementar no 198, centímetros de largura e cin-
de 2019, obedecerá ao seguinte: co metros de comprimento,
ou, quando forem paralelas ao
I - a proporção de uma vaga para qua- eixo da circulação, seis metros
tro unidades, desprezada a fração, de comprimento;
54 55
direto a circulação, confor- Art. 29º § 2o

II - conformarão área de ma- mando filas com no máximo § 2o Nos estacionamentos das edificações de uso comercial ou público, a dispo-
nobra, livre de quaisquer obs- três vagas enfileiradas; sição das vagas deve observar:
táculos, contígua à menor di- Parte do Máximo de vagas sem acesso direto a Filas com no
mensão demarcada, de dois II - nos pavimentos de gara- estacionamento circulação máximo x vagas
metros e cinquenta centíme- gem com capacidade de até destinado a: enfileiradas
tros de largura por cinco me- trinta e duas vagas será admi- Salas, sedes 2/3 3
tros de comprimento; tido que no máximo metade do administrativas
e edificações de
número de vagas exigidas não
uso exclusivo
III - deverão estar obrigato- tenham acesso direto à circu-
centro de 0 1
riamente demarcadas, exceto lação, conformando filas com
compras
quando estiver atendida a pro- no máximo duas vagas enfilei-
Obs: Serão reservados 2% do total de vagas P.N.E, sendo ao menos uma próxi-
porção mínima de vinte cinco radas; ma a entrada principal ou elevador com fácil acesso a circulação de pedestre.
metros quadrados de área de
estacionamento por vaga, des- III - nos pavimentos de gara-
contadas as áreas com ele- gem com capacidade de trinta
Art. 30º Caput - Local para guarda de bicicletas
mentos estruturais ou com di- e três ou mais vagas todas as
Vagas
mensões que inviabilizem sua vagas deverão ter acesso dire-
utilização para este fim; to à circulação, sendo admitido
que as vagas pertencentes a
IV - deverão ter acesso direto uma mesma unidade estejam
e desimpedido às faixas de cir- enfileiradas, com apenas uma
culação de veículos, que terão, delas acessando diretamente a
no mínimo, dois metros e cin- circulação.
quenta centímetros de largura;
Bicicletários
§ 2o Nos estacionamentos das
V - deverão manter o mínimo edificações de uso comercial
de vagas para pessoas com ou público, a disposição das
deficiência, prevista em Lei vagas deve observar:
Federal, seguindo as normas
técnicas de acessibilidade da I - na parte dos estacionamen-
ABNT. tos destinados a salas, sedes
administrativas e edificações
§ 1o Nas edificações multifa- de uso exclusivo será admitido
miliares, a disposição das va- que no máximo dois terços das
gas deve observar: vagas
necessárias não tenham aces-
I - nos pavimentos de garagem so direto à circulação, confor-
com capacidade de até dezoi- mando filas com no máximo Ganchos
to vagas será admitido que no três vagas enfileiradas;
máximo dois terços do número
de vagas não tenham acesso II - as vagas de centros de
56 57
compras deverão ter acesso ART. 30º Art. 30º - A
direto das vagas à circulação;
Ponto de recarga com
Deverá ser destinado local medição individual de
consumo.
III - serão reservados dois por para guarda de bicicletas, tais
cento do total de vagas para como vagas, bicicletários, gan-
veículos que transportem pes- chos ou similares, com as se-
soa com deficiência, sendo guintes capacidades mínimas:
assegurada, no mínimo, uma
vaga, em locais próximos da I - nas edificações residenciais
entrada principal ou do eleva- multifamiliares e na parte re-
dor e de fácil acesso à circula- sidencial das edificações mis-
ção de pedestres. tas, espaço para uma bicicleta
Art. 30º - A - I, II e III
para cada unidade residencial;
§ 3o No caso de vagas com Tipo de edificação Residenciais Edificações Edificações
acesso direto pelo logradouro, II - nas edificações não resi- Multifamiliares Comerciais Industriais
não será exigida a demarcação denciais ou na parte não resi- Mínimo
1 vaga 1 vaga 1 vaga
Obrigatório
da faixa relativa à circulação. dencial das edificações mistas,
1 ponto extra
espaço para uma bicicleta para a cada
40 vagas 50 vagas 50 vagas
§ 4o Fica permitida a instalação cada duzentos metros quadra- *Os empreendimentos habitacionais de interesse social vinculados às políticas
de equipamentos para estacio- dos de ATE. habitacionais governamentais ficam desobrigados do cumprimento do disposto no caput
namento de veículos, automa- Parágrafo único. Será permiti- deste artigo.
tizados ou não, horizontais ou do o uso da vaga de automóvel
verticais, que, caso configurem para estacionamento de bici-
edificação independente ou cleta quando o espaço não for
acréscimo volumétrico de edi- utilizado para veículo de pas- elétrica com medição indivi- III - nas novas edificações in-
ficações existentes, deverão seio. dual de consumo obrigatória, dustriais, haverá uma vaga com
atender à volumetria e ao zo- além de um ponto extra de re- ponto de recarga para abaste-
neamento - equiparado a edi- ART. 30º - A carga para cada quarenta va- cimento de veículos movidos a
fício garagem - previstos para gas de garagem, excluindo-se energia elétrica com medição
o local e respeitar as diretrizes As edificações residenciais os empreendimentos resul- individual de consumo obriga-
do órgão municipal de controle multifamiliares, comerciais tantes de programas habita- tória, além de um ponto de re-
de trânsito. e industriais deverão prever cionais públicos; carga extra para cada cinquen-
ponto de recarga para abaste- ta vagas de estacionamento.
Art. 10. As vagas de estacionamento cimento de veículos movidos a II - nas novas edificações co-
com acesso paralelo que possuam, no energia elétrica nos seguintes merciais, haverá uma vaga com Parágrafo único. Os empreen-
mínimo, seis metros de comprimento, parâmetros: ponto de recarga para abaste- dimentos habitacionais de in-
podem ter área de manobra com lar- cimento de veículos movidos a teresse social vinculados às
gura mínima de três metros ao longo I - nas novas edificações re- energia elétrica com medição políticas habitacionais gover-
de seu lado com maior dimensão. sidenciais multifamiliares, ha- individual de consumo obriga- namentais ficam desobrigados
verá uma vaga com ponto de tória, além de um ponto extra do cumprimento do disposto no
recarga para abastecimento de recarga para cada cinquen- caput deste artigo.
de veículos movidos à energia ta vagas de estacionamento; e
58 59
CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES
ESPECIAIS
Seção I dente da altura da edificação. Art. 32º

Condições das Edificações


Unifamiliares e Bifamiliares Seção II M
3,0ín
Postos de Abastecimento de 0m
ART. 31º Combustíveis
Mínm
0
3,0
As edificações residenciais ART. 32º e
Lotzinho M
unifamiliares e bifamiliares, vi 3,0ín
0m
desde que mantidas as condi- Os postos de serviços e de Viz Lote
inh
o
ções de salubridade e higiene abastecimento de veículos de- .
Mín,00m
da habitação, ficam dispensa- verão observar: 3
eio
das das seguintes exigências: Liv
re Pa Pas
s
de sse
I - o disposto nesta Lei Com- obs io
tác .
I - área mínima das unidades; plementar, a legislação sobre ulos Mín,00m
3 sso nte o
inflamáveis e a legislação so- Aceramercad
cladema
II - dimensões mínimas das bre despejo industrial;
circulações, dos compartimen-
tos, dos vãos de iluminação e II - afastamento mínimo de
ventilação e dos reservatórios três metros de todas as divi- Posto de combustiveis

d´água; sas e do alinhamento do lote


para as bombas e os tanques
III - vagas de estacionamento; de combustível;

IV - afastamento frontal, para III - os passeios contíguos


estacionamento coberto de aos postos de abastecimento
veículos, em telha vã, com um e serviços serão mantidos li-
pavimento de altura; vres de qualquer obstáculo em
toda sua extensão para passa-
V - atendimento às normas gem de pedestres, devendo os
técnicas de acessibilidade; acessos de veículos ser clara-
mente demarcados;
VI - construção de instalação
interna de gás. IV - nas áreas de circulação
de veículos, a instalação de
Parágrafo único. Os prismas de coberturas de estrutura leve
ventilação e iluminação e afas- deverá guardar afastamento
tamentos laterais, de fundos e mínimo de três metros das di-
entre edificações, de edifica- visas e poderá ocupar as áreas
ções unifamiliares ou bifami- correspondentes ao afasta-
liares, quando exigidos, serão mento mínimo frontal, desde
de, no mínimo, um metro e cin- que em balanço.
quenta centímetros, indepen-
62 63
CAPÍTULO V

DA
INFRAESTRUTURA,
SEGURANÇA E
ARBORIZAÇÃO
DAS EDIFICAÇÕES
Seção I para as unidades; Art. 34º § 4º

Infraestrutura
VII - rede interna de distribui-
ART. 33º ção de gás para as unidades
residenciais, quando previsto
Toda edificação, atendendo à pela legislação específica vi-
legislação específica em vigor gente, ligada à rede pública
e às normas das concessio- existente, quando possível, e
nárias de serviços públicos, é compartimentos para medido- Compartimento
superposto provisório
obrigada a possuir: res;

I - sistema interno próprio de VIII - sistema próprio de coleta,


água potável ligado à rede de separação e armazenamento
abastecimento público, pre- de lixo, exceto para edificações sob
re
vendo a instalação de medido- unifamiliares e bifamiliares. M l e ria io
3,0 ín Ga asse
0m op
res de consumo de água indi-
viduais para todas as unidades Seção II
da edificação; Segurança e Proteção 0,5 Mín
0m

II - sistema próprio de coleta e ART. 34º


destinação adequada de esgo- Galeria coberta sobre o passeio.

tos sanitários; É obrigatório o isolamento e a


colocação de elementos de se-
III - sistemas de esgotamento gurança e proteção do canteiro
das águas pluviais das áreas de obras, como tapumes, gale-
de telhado para dentro dos li- rias, andaimes e telas de acor-
mites do terreno; do com as normas vigentes.

IV - sistemas de reuso e re- § 1º Não há necessidade de li-


tardo das águas pluviais, de cença para instalação quando
acordo com as condições de- os elementos estiverem den-
terminadas nas normas e na tro do limite do lote.
legislação específica vigentes;
§ 2º A instalação dos elemen-
V - sistema de distribuição de tos de proteção não poderá
energia elétrica, ligado à rede prejudicar a visualização de
pública, e compartimentos placas de sinalização e de in-
para medidores; formação, a eficiência de equi-
pamentos de iluminação e de
VI - meios necessários à ins- sinalização, a arborização pú-
talação de sistemas de telefo- blica e o acesso às instalações
nia e de transmissão de dados de concessionárias de
66 67
serviços públicos. o exigido pela legislação em ATE construídos, desconside-
II - altura interna livre mínima vigor. rando frações, a ser paga por
§ 3º A instalação de tapume de três metros; ocasião do habite-se.
fora dos limites do lote será § 2º É vedada a colocação ou
admitida, excepcionalmente, III - distância mínima do meio- construção de degraus, ram-
quando estritamente necessá- fio de cinquenta centímetros; pas de acesso ao lote e aber-
rio e pelo menor tempo pos- tura de portões fora do alinha-
sível, mediante licença para a IV - será permitida a existência mento dos terrenos.
sua instalação, nos seguintes de compartimentos superpos-
casos: tos à galeria, como comple- § 3º O rebaixamento de meio-
mento da instalação provisória fio somente será permitido
I - nas edificações construí- da obra. nos locais estritamente ne-
das no alinhamento e em ca- cessários para a travessia de
sos devidamente justificados, § 5º Os tapumes de obras pa- pedestres e a entrada e saída
podendo ocupar, no máximo, a ralisadas por mais de cento e de veículos, obedecida a legis-
metade da largura do passeio, vinte dias, que estejam ocu- lação específica em vigor.
deixando largura livre mínima pando parcialmente o passeio,
de um metro e cinquenta centí- deverão ser removidos. § 4º Na construção de novas
metros para circulação de pe- edificações, será obrigatória
destres; Seção III a arborização do passeio e o
Passeios e Arborização plantio de mudas no terreno,
II - nos lotes atingidos por pro- de acordo com as regras e as
jeto de alinhamento, o tapume ART. 35º normas técnicas definidas pelo
poderá ocupar a área de recuo, órgão municipal gestor de ar-
a título precário, desde que Os proprietários de terrenos borização urbana.
não prejudique as condições edificados em logradouros do-
locais de circulação e acessi- tados de meio-fio são obriga- § 5º O órgão municipal gestor
bilidade e seja recuado para o dos a construir passeios em da arborização urbana regu-
alinhamento projetado tão logo toda a extensão da testada, lamentará os procedimentos
o acabamento externo da obra obedecendo ao tipo, desenho, de doação de mudas de árvore
esteja concluído. largura, declividade e demais para compensação da constru-
especificações existentes na ção de novas edificações, a ser
§ 4º A construção de gale- legislação em vigor. paga por ocasião do habite-se.
ria coberta para proteção dos
transeuntes sobre o passeio, § 1º Ao executar obras em § 6º Até a publicação da re-
quando necessária, dependerá seus lotes, os proprietários gulamentação prevista no
de licença e deverá atender às são responsáveis pela manu- parágrafo anterior, as novas
seguintes condições: tenção dos passeios contíguos construções deverão doar ao
ao terreno, respeitando-se as Município, de acordo com as
I - largura mínima livre de um características locais, e, após normas vigentes, uma muda de
metro e cinquenta centímetros a execução de obras, devem árvore para cada cento e cin-
para circulação de pedestres; reconstruí-los de acordo com quenta metros quadrados de
68 69
CAPÍTULO VI

DA RECONVERSÃO
E READEQUAÇÃO
DO POTENCIAL
CONSTRUTIVO
DE EDIFICAÇÕES
TOMBADAS OU
PRESERVADAS
ART. 36º vigentes; mensões previstas nesta Lei para ventilação e iluminação
Complementar, a critério do de cômodos situados em no-
Mediante lei específica, será VI - área mínima média das órgão de tutela do patrimônio vos pavimentos ou em novas
permitida a reconversão de unidades residenciais; cultural. edificações criadas no mesmo
edificações tombadas ou pre- lote, em cujo caso o cálculo da
servadas, por meio da trans- VII - outras disposições e pa- § 4º Caso a adequação da edi- altura ventilada de prismas e
formação de uso ou pelo râmetros relativos às áreas ficação às normas vigentes do afastamentos será feito até a
desdobramento em unidades internas da edificação, a crité- CBMERJ exija a construção de altura da edificação tombada
independentes, em condições rio do órgão municipal respon- novas instalações para escape ou preservada existente.
especiais estabelecidas neste sável pelo patrimônio cultural e proteção contra incêndio e
Capítulo ou legislação especí- e demais órgãos municipais pânico, a área desses acrés-
fica, desde que garantidas as competentes. cimos não será computada na
condições de proteção e inte- ATE, desde que seja compro-
gridade do patrimônio cultural § 1º A reconversão das edifica- vadamente inviável a adapta-
e aprovado pelo órgão de tute- ções tombadas ou preserva- ção das instalações existentes
la do patrimônio cultural e pe- das para o uso não residencial e haja aprovação do órgão de
los demais órgãos competen- ou misto poderá permitir usos tutela do patrimônio cultural.
tes, podendo ser dispensadas e atividades não previstos para
as seguintes exigências: a Zona onde se encontra o ART. 37º
imóvel, mediante lei especifica.
I - afastamento frontal, recuos A critério do órgão de tutela
e gabarito, em casos de cria- § 2º Os bens tombados e pre- do patrimônio municipal, será
ção de pisos, dentro da volu- servados deverão ter suas permitida a readequação de
metria original; principais características ar- potencial construtivo no lote
quitetônicas protegidas, sendo em que existirem edificações
II - circulações e escadas de permitidas modificações in- tombadas ou protegidas, cuja
uso comum; ternas e acréscimos, inclusive área construída não será com-
criação de pisos, respeitada a putada no cálculo da ATE e da
III - estacionamentos e demais volumetria original, desde que Taxa de Ocupação.
compartimentos de uso co- sejam aprovadas pelos órgãos
mum; de tutela do patrimônio cultu- § 1º Serão tolerados acrésci-
ral e garantam boas condições mos acompanhando a altura
IV - medidores individuais de de segurança, higiene, uso e existente de edificações tom-
água para todas as unidades, habitabilidade da edificação. badas ou protegidas, ainda que
quando considerado tecnica- a legislação local prescreva
mente inviável pelo órgão mu- § 3º Os prismas de iluminação altura inferior, desde que apro-
nicipal de tutela do patrimônio e ventilação existentes na edi- vados pelo órgão de tutela do
cultural; ficação tombada ou preserva- patrimônio cultural.
da poderão ser aproveitados
V - acessibilidade, quando for para a iluminação e ventilação § 2º O espaço acima das edi-
comprovadamente impraticá- dos novos compartimentos, ficações tombadas e preser-
vel o atendimento às normas ainda que não atendam às di- vadas poderá ser utilizado
72 73
CAPÍTULO VII

DA RECONVERSÃO
DE EDIFICAÇÕES -
RETROFIT
ART. 38º

Mediante lei específica, será


permitida reconversão para o
uso residencial multifamiliar,
por meio da transformação de
uso ou pelo desdobramento
das unidades das edificações
existentes regularmente cons-
truídas e licenciadas.

§ 1º A volumetria existente le-


galizada poderá ser aproveita-
da e adequada ao novo uso sem
restrições quanto à ATE, à Taxa
de Ocupação e à área mínima
das unidades, aplicando-se os
índices urbanísticos vigentes
apenas para os acréscimos.

§ 2º O uso multifamiliar será


aceito em qualquer lugar do
Município, desde que possa ser
realizado sem risco à saúde de
seus moradores.

§ 3º Ficam dispensadas as exi-


gências relativas a vagas de
estacionamento e áreas co-
muns.

§ 4º Caso a adequação da edi-


ficação às normas vigentes do
CBMERJ exija a construção de
novas instalações para escape
e proteção contra incêndio e
pânico, a área desses acrés-
cimos não será computada na
ATE, desde que seja compro-
vadamente inviável a adapta-
ção das instalações existentes.

76 77
CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES
TRANSITÓRIAS E
FINAIS
ART. 39º em metros, correspondentes a Decreto “E” nº 3.800, de 20 de b) 77, de 28 de abril de 2005;
medidas acabadas, não sendo abril de 1970; c) 112, de 17 de março de 2011;
A responsabilidade pelos di- admitidas medidas em osso. d) 134, de 24 de março de 2014;
ferentes projetos, cálculos e III - as Leis nºs: e) 156, de 6 de julho de 2015.
memórias relativos à execu- § 5º A altura, a projeção hori- a) 77, de 21 de dezembro de
ção de obras e instalações zontal, os afastamentos, o nú- 1978; MARCELO CRIVELLA
cabe sempre e exclusivamente mero de pavimentos e demais b) 179, de 22 de setembro de
aos profissionais que os assi- condições volumétricas das 1980; D. O RIO 15.01.2019
narem, assim como a respon- edificações serão determi- c) 213, de 9 de janeiro de 1981; Republ. em 18.01.2019
sabilidade pela execução de nados pela Lei de Uso e Ocu- d) 550, de 19 de junho de 1984;
obras de qualquer natureza pação do Solo - LUOS ou por e) 615, de 18 de setembro de
será atribuída exclusivamen- legislação local específica em 1984; Art. 11. Este Decreto entra em vigor na
te aos profissionais que, no vigor. f) 749, de 14 de outubro de 1985; data de sua publicação.
respectivo projeto, assinarem g) 1.024, de 14 de julho de 1987;
com essa finalidade. § 6º O glossário com os con- h) 1.174, de 30 de dezembro de Rio de Janeiro, 3 de maio de 2019 -
ceitos e definições que devem 1987; 455o da Fundação da Cidade.
§ 1º O responsável técnico pela ser observados na aplicação i) 1.196, de 4 de janeiro de 1988;
autoria do projeto, o responsá- desta Lei Complementar cons- j) 1.218, de 11 de abril de 1988; MARCELO CRIVELLA
vel técnico pela execução da tam do Anexo Único. k) 1.393, de 16 de maio de 1989;
obra e os proprietários assu- l) 1.406, de 8 de junho de 1989; D.O.RIO 06.05.2019
mem a completa responsabili- Art. 40. Esta Lei Complementar m) 1.426, de 25 de agosto de
dade pelo cumprimento desta entra em vigor na data de sua 1989;
Lei Complementar e das de- publicação. n) 2.333, de 30 de junho de 1995; Art. 2º Esta lei Complementar entra
mais normas em vigor aplicá- o) 3.221, de 23 de abril de 2001; em vigor na data de sua publicação.
veis às obras e edificações. Art. 41. Ficam revogados: p) 3.666, de 13 de outubro de
2003; EDUARDO PAES
§ 2º Esta Lei Complementar I – os Decretos nºs: q) 4.041, de 11 de maio de 2005;
estabelece as condições que a a) 7.336, de 5 de janeiro de r) 6.063, de 31 de março de 2016. D.O.RIO 03.07.2023
Prefeitura da Cidade do Rio de 1988;
Janeiro considera indispensá- b) 8.272, de 19 de dezembro de IV - as Portarias nºs:
veis às edificações. 1988; a) DU / SPE / COTED 90, de 1º de
c) 9.743, de 26 de outubro de julho de 1987;
§ 3º Outros elementos ou con- 1990; b) U/SPE 301, de 28 de maio de
dições não previstos e também d) 10.426, de 6 de setembro de 1991.
não restringidos pela presente 1991;
Lei Complementar serão per- e) 26.431, de 28 de abril de V) a Resolução Conjunta
mitidos, mediante lei específi- 2006; SMAC/SMU nº 14, de 30 de oU-
ca. f) 28.485, de 25 de setembro de tubro de 2009;
2007.
§ 4º As dimensões das edifi- VI) as Leis Complementares
cações serão sempre expres- II - o Regulamento de Constru- nºs:
sas nos projetos por valores ções e Edificações, disposto no a) 65, de 16 de abril de 2003;
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ANEXO ÚNICO do terreno onde ela se situa; de uma obra. do Índice de Aproveitamento
o afastamento é frontal, late- do Terreno (IAT) pela área do
GLOSSÁRIO ral, ou de fundos quando essas APARTAMENTO - É uma unida- terreno (S), representada pela
divisórias forem, respectiva- de autônoma de uma edifica- fórmula ATE = IAT x S.
ACESSIBILIDADE - Possibilida- mente, a testada, os lados ou ção destinada a uso residen-
de e condição de alcance, para os fundos do terreno. cial permanente, com acesso ÁREA ÚTIL DO COMPARTIMEN-
utilização, com segurança e independente através de área TO - É a área de piso de um
autonomia, deespaços, mobi- AFASTAMENTO FRONTAL - de utilização comum e que compartimento.
liários, equipamentos urbanos, Corresponde à distância entre compreende, no mínimo, dois
edificações, transportes, infor- o plano da fachada da edifica- compartimentos habitáveis, ARMAZÉM - Edificação des-
mação e comunicação, inclusi- ção e o alinhamento do terreno um banheiro e uma cozinha. tinada a armazenar matérias
ve seus sistemas e tecnologias, onde se situa. primas, produtos mercadorias,
bem como de outros serviços e ÁREA COLETIVA - Área deli- máquinas, etc.
instalações abertos ao público, AFASTAMENTOS LATERAIS E mitada, em projeto específico,
de uso público ou privados de DE FUNDOS - Correspondem no interior de uma quadra, co- BANHEIRO - É o compartimen-
uso coletivo, tanto na zona ur- às distâncias entre os planos mum às edificações que a cir- to de uma edificação destinado
bana como na zona rural, por das fachadas da edificação e cundam, destinada à servidão à instalação sanitária com, no
pessoa com deficiência ou com os limites das divisas laterais permanente de iluminação e mínimo, lavabo, chuveiro ou
mobilidade reduzida. e de fundos do terreno onde se ventilação. banheira e vaso.
situa.
ACESSO - Chegada, entrada, ÁREA DE ESPECIAL INTERES- BAR - Estabelecimento co-
aproximação, transito, passa- ALINHAMENTO - Linha que de- SE - Espaços da Cidade per- mercial onde se servem refei-
gem. Em Arquitetura, significa fine o limite entre o terreno e o feitamente delimitados sobre- ções ligeiras e bebidas, inclu-
o modo pelo qual se chega a logradouro público. postos em uma ou mais Zonas sive as alcoólicas, em balcões
um lugar ou se passa de um ou Subzonas, que serão sub- ou em mesas.
local a outro, por exemplo, do ALTURA DE UM COMPARTI- metidos a regime urbanístico
exterior para o interior ou de MENTO OU DE UM PAVIMENTO específico, relativo à imple- BARREIRAS - Qualquer entra-
um pavimento para o seguinte. - É a distância vertical entre o mentação de políticas públicas ve ou obstáculo que limite ou
Em planejamento urbano é a piso e o teto desse comparti- de desenvolvimento urbano e impeça o acesso, a liberdade
via de comunicação através da mento ou desse pavimento. formas de controle que preva- de movimento, a circulação
qual um núcleo urbano se liga lecerão sobre os controles com segurança e a possibili-
a outro. ALVARÁ - É a licença admi- definidos para as Zonas e Sub- dade das pessoas se
nistrativa para realização de zonas que as contêm. comunicarem ou terem acesso
ACRÉSCIMO - Aumento de uma qualquer obra particular ou à informação.
construção ou edificação em exercício de uma atividade, e ÁREA LIVRE - Espaço desco-
área ou em altura. caracteriza-se pela guia qui- berto, livre de edificações ou CAIXA DE RUA - Parte dos lo-
tada referente ao recolhimento construções dentro dos limites gradouros destinada a rola-
AFASTAMENTO - É a distância das taxas relativas ao tipo de de um terreno. mento de veículos.
mínima, determinada pela le- obra ou atividade licenciada.
gislação em vigor, entre duas ÁREA TOTAL EDIFICÁVEL (ATE) CALÇADA - Parte da via, nor-
edificações ou entre uma edi- ANDAIME - Estrutura provisó- - É a área máxima edificável malmente segregada e em ní-
ficação e as linhas divisórias ria onde trabalham operários resultante da multiplicação vel diferente, não destinada à
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circulação de veículos, reser- residencial.
vada ao trânsito de pedestres DESENHO UNIVERSAL - Con- EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR -
e, quando possível, à implanta- cepção de espaços, artefatos EDIFICAÇÃO CONSTITUÍDA Edificação destinada ao uso
ção de mobiliário, sinalização e e produtos que visam aten- POR UNIDADES AUTÔNOMAS – residencial permanente cons-
vegetação. der simultaneamente todas Edificação destinada a abrigar tituída por uma única unidade.
as pessoas, com diferentes usos e atividades não residen-
CIRCULAÇÕES - Designação características antropométri- ciais, apresentando mais de EDIFÍCIO GARAGEM - Edifi-
genérica dos espaços neces- cas e sensoriais, de forma au- uma unidade autônoma. cação não residencial de uso
sários à movimentação de tônoma, segura e confortável, exclusivo, destinada a guarda
pessoas ou veículos. Em uma constituindo-se nos elementos EDIFICAÇÃO DE USO EXCLU- de veículos, com unidades au-
edificação são os espaços que ou soluções que compõem a SIVO - Edificação destinada a tônomas (vagas).
permitem a movimentação de acessibilidade. abrigar um único uso ou ati-
pessoas de um compartimento vidade não residencial no lote, EMBASAMENTO - Parte da
para outro, ou de um pavimen- DESENVOLVIMENTO SUSTEN- apresentando uma única nu- edificação composta pelos pa-
to para outro. TÁVEL - É aquele que atende meração. vimentos inferiores, cujas di-
às necessidades do presente mensões horizontais excedem
COBERTURA - É o último teto sem comprometer a capaci- EDIFICAÇÃO MISTA - Edifica- a projeção dos pavimentos su-
de uma edificação. dade das gerações futuras de ção destinada a abrigar o uso periores.
atenderem às suas próprias residencial juntamente com
COMPARTIMENTO - Diz-se de necessidades. A sustentabili- usos não residenciais em uni- ESPAÇO LIVRE - Espaço não
cada uma das divisões dos pa- dade deve ser atingida em três dades autônomas, com aces- edificado, de domínio público
vimentos da edificação. dimensões interdependentes, sos independentes, desde que ou privado, com ou sem cober-
relacionadas ao ambiente, à permitida a convivência dos tura vegetal remanescente.
COMPARTIMENTO DE PERMA- economia e à sociedade. usos.
NÊNCIA PROLONGADA – É o ESTABELECIMENTO ASSIS-
compartimento com caracte- DIVISA - Limite de um lote ou EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR TENCIAL DE SAÚDE - Deno-
rísticas de iluminação e ven- terreno. - Edificação destinada ao uso minação dada a qualquer edi-
tilação que permita a perma- residencial permanente cons- ficação destinada à prestação
nência com conforto por longo EDÍCULA - Construção de pe- tituída por mais de duas unida- de assistência à saúde à po-
tempo, tal como quarto, sala, queno porte complementar a des residenciais. pulação, que demande o aces-
escritório. edificação principal. so de pacientes, em regime de
EDIFICAÇÃO NÃO RESIDEN- internação ou não, qualquer
COTA DE SOLEIRA - Cota de EDIFICAÇÃO - Construção des- CIAL - Edificação destinada a que seja o seu nível de com-
implantação da edificação. tinada a moradia ou a abrigar abrigar os usos industrial, co- plexidade.
qualquer atividade. mercial e de serviços.
DEPÓSITO - Lugar aberto ou ESTABELECIMENTOS DE IN-
edificação destinada a arma- EDIFICAÇÃO COMERCIAL - É EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL TERESSE À SAÚDE - O local,
zenagem. Em uma unidade aquele destinado a lojas ou a BIFAMILIAR - Edificação des- a empresa, a instituição públi-
residencial é o compartimen- salas comerciais, ou a ambas, tinada ao uso residencial per- ca ou privada, e/ou a ativida-
to não habitável destinado à e no qual unicamente as de- manente constituída por duas de exercida por pessoa física
guarda de utensílios e provi- pendências do porteiro ou ze- unidades justapostas ou su- ou jurídica, que pelas carac-
sões. lador são utilizadas para o uso perpostas. terísticas dos produtos e/ou
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serviços ofertados, possam por cobertura apoiada em pa- uma edificação, voltada para o
implicar em risco à saúde da redes ou colunas, cuja área é IMÓVEL - Lote ou terreno, pú- logradouro.
população e à preservação do fechada parcial ou totalmente blico ou privado, edificado ou
meio ambiente. em seu perímetro. não. LOGRADOURO PÚBLICO - Es-
paço de propriedade muni-
ESTACIONAMENTO - Local co- GARAGEM - Área coberta para ISOLAMENTO - É a capacida- cipal, destinado ao trânsito
berto ou descoberto em um guarda individual ou coletiva de de um determinado mate- público, oficialmente reconhe-
terreno, destinado a guarda de de veículos. rial de impedir a passagem de cido, aceito e identificado por
veículos. energia de uma de suas faces uma denominação.
GRUPAMENTO - Conjunto à outra. Em edificações está
FACHADA - Qualquer das faces constituído por edificações ou comumente relacionado ao de- LOJA - Edificação ou parte
externas de uma edificação, áreas de terreno no mesmo sempenho térmico e acústico. desta destinada ao exercício
voltada para o logradouro ou lote, destinadas a unidades au- de uma atividade comercial,
para os afastamentos da edi- tônomas. JIRAU - É o piso elevado no industrial ou armazenagem,
ficação em relação ao terreno interior de um compartimento, geralmente abrindo para o ex-
ou a outra edificação. GUARITA - Compartimento ocupando parcialmente a área terior (lote ou logradouro) ou
destinado ao controle de aces- do mesmo e atendendo às al- para uma galeria de lojas.
FAIXA LIVRE - Área do passeio, so e vigilância de uma edifica- turas e dimensões estabeleci-
calçada, via ou rota destinada ção ou grupamento. das pela legislação. LOTE - Parcela autônoma de
exclusivamente à circulação terreno resultante de lotea-
de pedestres. HABITE-SE - Denominação co- LAVABO - Instalação sanitária mento, desmembramento ou
mum da autorização especial, composta de lavatório e vaso remembramento, cuja testada
GABARITO - Parâmetro que dada pela autoridade compe- sanitário. é adjacente a logradouro pú-
corresponde à altura máxima tente, para a utilização de uma blico reconhecido.
e ao número máximo de pavi- edificação. LICENÇA - É a autorização
mentos permitidos para uma dada pela autoridade compe- MEIO-FIO - Arremate entre o
edificação pela legislação em HOTEL - Hotel é a edifica- tente para execução de obra, plano do passeio e o da pista
vigor. ção residencial transitória, instalação, localização de uso de rolamento de um logradou-
com unidades habitacionais e exercício de atividades per- ro.
GALERIA DE PEDESTRE - Ser- constituídas, no mínimo, de 1 mitidas.
vidão pública de passagem (um) compartimento habitá- PAISAGEM - Interação entre
coberta ao nível do passeio, vel (quarto) e 1 (um) banheiro LIMITE MÁXIMO DE PROFUN- o ambiente natural e a cultu-
constituída por faixa forma- privativo, cujo acesso é con- DIDADE - Limite máximo de ra, expressa na configuração
da a partir do alinhamento do trolado por serviço de portaria profundidade de construção é espacial resultante da relação
lote com dimensões e modula- e dispondo de partes comuns uma linha ideal que determina entre elementos naturais, so-
ção determinadas por Projeto adequadas. a faixa passível de construção ciais e culturais, e nas marcas
Aprovado de Alinhamento ou no terreno, a partir da qual das ações, manifestações e
Plano de Urbanização. HOSTEL – Estabelecimento de nada se pode construir. formas de expressão huma-
hospedagem com caracterís- nas.
GALPÃO - É a edificação desti- ticas simplificadas, podendo LINHA DE FACHADA - É aquela
nada geralmente a fim indus- possuir quartos individuais ou que representa a projeção ho- PARCELAMENTO - Divisão de
trial ou comercial constituída coletivos. Albergue. rizontal do plano da fachada de uma área de terreno em por-
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ções autônomas, sob a forma drando no conceito de pessoa dos compartimentos não habi- cultural, por meio de uma nova
de desmembramento ou lote- com deficiência, tenha, por táveis. função ou uso apropriado, de
amento. qualquer motivo, dificuldade de forma a promover sua reinte-
movimentar-se, permanente PRISMA DE VENTILAÇÃO E gração à realidade social, cul-
PASSEIO - Parte da calçada ou ou temporariamente, gerando ILUMINAÇÃO - Espaço livre e tural e econômica.
da pista de rolamento, neste redução efetiva de mobilidade, descoberto, de seção horizon-
último caso separada por pin- flexibilidade, coordenação mo- tal constante ao longo de toda RECUO - Incorporação ao lo-
tura ou elemento físico, livre tora e percepção. altura da edificação, destinado gradouro público de uma área
de interferências, destinada à à ventilação e iluminação dos de terreno de propriedade par-
circulação exclusiva de pedes- PEU - Plano de Estruturação compartimentos habitáveis. ticular adjacente ao mesmo lo-
tres e, excepcionalmente, de Urbana. gradouro, a fim de possibilitar
ciclistas. PROJEÇÃO HORIZONTAL - Toda a implantação ou modificação
PISCINA - Todo reservatório de a área coberta da edificação, de alinhamento aprovado pelo
PAVIMENTO - Conjunto de áre- água para finalidades de lazer, excluídas as áreas em balanço, Município.
as cobertas ou descobertas terapêuticas e de práticas es- como as varandas, sacadas e
em uma edificação, situadas portivas, com capacidade su- saliências. REFORMA - É o conjunto de
entre o plano de um piso e o perior a cinco metros cúbicos. obras que substitui parcial-
teto imediatamente superior, PROJETO APROVADO DE ALI- mente os elementos construti-
admitindo-se um desnível má- PISO - É a designação genérica NHAMENTO (PAA) - Projeto vos essenciais de uma edifica-
ximo de 1,50m. dos planos horizontais de uma que define o traçado dos logra- ção (tais sejam, pisos, paredes,
edificação, onde se desenvol- douros, separando o espaço coberturas, esquadrias, es-
PAVIMENTO DE USO COMUM vem as diferentes atividades público das parcelas privadas cadas, elevadores, etc.) sem
(PUC) - Parte integrante das humanas. ou de outros bens públicos. modificar, entretanto, a forma,
áreas comuns da edificação, a área ou a altura da compar-
podendo abrigar dependên- POUSADA - Estabelecimento PROJETO APROVADO DE LO- timentação.
cias de serviço e apoio ao uso de hospedagem de menor por- TEAMENTO (PAL) - Projeto
principal, atividades de lazer e te, geralmente com adminis- de Parcelamento da terra po- RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO
recreação, de administração, tração familiar. dendo ser efetuado através de CIVIL - São os provenientes de
de estacionamento, e outras Loteamento ou Desmembra- construções, reformas, repa-
admitidas pela legislação. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - mento ou através de remem- ros e demolições de obras de
Atividade comercial que se bramento – neste projeto são construção civil, e os resultan-
PESSOA COM DEFICIÊNCIA - A ocupa da prestação de ser- identificados os lotes e suas tes da preparação e da esca-
que possui limitação ou inca- viços cotidianos através de dimensões. vação de terrenos, tais como:
pacidade para o desempenho ofícios, tais como sapateiro, tijolos, blocos cerâmicos, con-
de atividade e se enquadra nas barbeiro, tintureiro, funileiro, RECONVERSÃO - Conjunto de creto em geral, solos, rochas,
categorias definidas no Decre- vidraceiro borracheiro, etc. intervenções arquitetônicas metais, resinas, colas, tintas,
to Federal nº 5296, de 02 de de- que vise a assegurar a manu- madeiras e compensados, for-
zembro de 2004 ou outro que PRISMA DE VENTILAÇÃO - Es- tenção das estruturas e ele- ros, argamassa, gesso, telhas,
venha a substituí-lo. paço livre e descoberto, de mentos construtivos do imóvel pavimento asfáltico, vidros,
seção horizontal constante ao tombado ou preservado, assim plásticos, tubulações, fiação
PESSOA COM MOBILIDADE RE- longo de toda altura da edifi- como sua permanência na pai- elétrica etc., comumente cha-
DUZIDA - A que, não se enqua- cação, destinado à ventilação sagem urbana e no ambiente mados de entulhos de obras,
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caliça ou metralha. SUBSOLO - Pavimento situado nimo, dois compartimentos
sob o nível de acesso da edifi- TERRAÇO COBERTO - Qualquer habitáveis, um banheiro e uma
RESTAURAÇÃO - Recupera- cação no terreno, podendo ser recinto coberto e pavimentado, cozinha.
ção de edificação tombada ou enterrado ou semienterrado porém aberto, localizado no
preservada, de modo a resti- em relação ao nível natural do rés do chão, em balanço ou so- VÃO - Abertura na edificação
tuir-lhe as características ori- terreno. brelevado. destinada à iluminação e a
ginais. ventilação dos compartimen-
TAPUME - Vedação provisória TERRAÇO DESCOBERTO – Área tos.
RETROFIT - É a remodelação que separa um lote ou uma de pavimento acessível que
ou atualização do edifício ou obra do logradouro público. não conte com cobertura e não VARANDA - Espaço externo
de sistemas, através da incor- seja considerada varanda. aberto da edificação, projeta-
poração de novas tecnologias do em balanço, com ventila-
e conceitos, normalmente vi- TAXA DE PERMEABILIDA- TESTADA - Linha que separa o ção permanente, podendo ser
sando valorização do imóvel, DE - Percentagem da área do logradouro público do lote ou coberto ou descoberto, com
mudança de uso, aumento da terreno que deve ser mantida terreno e coincide com o ali- dimensões máximas estabele-
vida útil e eficiência operacio- permeável, livre de qualquer nhamento existente ou proje- cidas pela legislação em vigor.
nal e energética. No entanto, construção que impeça a infil- tado.
busca preservar os elementos tração de águas no solo e sub- VEGETAÇÃO EXTENSIVA - Co-
que caracterizam a edificação, solo. TESTADA DO LOTE - É a linha bertura dos telhados verdes
reutilizando-os, ao invés de que separa o logradouro pú- que não é pisoteável, possuin-
descartá-los. TELHADO - Teto do último pa- blico do lote e coincide com o do substrato fino e plantio de
vimento da edificação podendo alinhamento existente ou pro- espécies rasteiras, preferen-
RISCO - É a probabilidade la- abrigar exclusivamente com- jetado pelo Governo do Estado. cialmente nativas.
tente de que ocorram perdas partimentos técnicos e caixas
para a saúde, propriedade ou d’água, não sendo permitida TETO - A superfície interior e VENTILAÇÃO CRUZADA - Es-
ambiente (ambientais, sociais sua utilização para outra fina- superior dos compartimentos tratégia de projeto que promo-
e econômicas), além de um va- lidade. de uma edificação. ve uma melhor eficiência da
lor considerado aceitável para ventilação natural. Posiciona-
um lugar específico durante TELHADO VERDE - Também UNIDADE AUTÔNOMA - É a mento de aberturas em faces
um período de tempo deter- chamados de ecotelhados ou parte da edificação vinculada opostas ou adjacentes do com-
minado. O grau de risco é fun- biocoberturas, é o uso do teto a uma fração ideal de terre- partimento, para que o vento
ção da intensidade da ameaça do último pavimento da edifi- no, sujeita às limitações da lei, possa cruzar os ambientes,
(chuvas intensas, movimentos cação com vegetação projeta- constituída de dependências permitindo assim a renovação
de massa ou inundações) e dos da sobre laje. e instalações de uso privati- do ar e a retirada de cargas
níveis de vulnerabilidade exis- vo, destinada a fins residen- térmicas.
tente. TELHEIRO - É a construção ciais ou não, assinalada por
destinada exclusivamente a designação especial numérica
SOBRELOJA - É o pavimento fim industrial ou a depósito, ou alfabética, para efeitos de
situado sobre a loja, com aces- constituída apenas por uma identificação e discriminação.
so exclusivo através desta e cobertura apoiada, pelo menos
sem numeração independente. em parte, em colunas, e aberta UNIDADE RESIDENCIAL - É
em seu perímetro. aquela constituída de, no mí-
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CÓDIGO DE
OBRAS E EDIFICAÇÕES SIMPLIFICADO
ILUSTRADO
A paisagem urbana das cidades é construída, em sua área formal,
por instrumentos edilícios que dão parâmetros de uso e ocupação
do solo, o conjunto destas legislações são chamados de código
de obras. O planejamento com perfil inclusivo e democrático só
pode ocorrer em ambientes político-administrativos abertos,
mas os códigos de obras normalmente são entendidos por
poucos profissionais, por serem complexos e principalmente por
terem sua parte gráfica muito deficiente. No caso do novo código
de obras da cidade do Rio de Janeiro, aprovado através da Lei
Complementar Nº 198 em janeiro de 2019 (LC 198/2019) não existe
nenhum gráfico explicativo que ilustre o texto. Pretende-se então
com esta obra interpretar graficamente a legislação em questão
para assim trazer luz a um importante instrumento urbanístico
que atualmente se coloca exclusivamente como texto jurídico,
dificultando o acesso dos profissionais que lidam em sua maior
parte com a expressão gráfica.
Ao completar três anos da publicação da primeira edição do COES
Ilustrado apresentamos aqui a segunda edição que contempla,
além de uma revisão gráfica a introdução da LEI Complementar
262 de 2023.

DISPONÍVEL PARA
DOWNLOAD ISBN 978-65-00-75747-7

9 786500 757477

dc.arq.br

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