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Prefeitura Municipal de Camaçari - Ano XX - Nº 2290 - 4º Caderno de 15 de dezembro de 2023 - Página 01 de 20

4º CADERNO

DIÁRIO Nº 2290/2023
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023

MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 Assinado de forma digital por MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180


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LEI construções, por meio da aplicação de normas de


segurança, salubridade, conforto ambiental, adequação
funcional e durabilidade;
II- assegurar condições propícias para atividades
LEI COMPLEMENTAR Nº 1875/2023 essenciais do ser humano, tais como moradia,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 aprendizado, deslocamento, recreação e trabalho;
III- incentivar o aperfeiçoamento do cenário urbano,
Institui o Código de Obras e Edificações garantindo um padrão mínimo de conforto, higiene,
do Município de Camaçari e dá outras segurança e bem-estar público em todas as estruturas,
providências. edifícios e instalações situadas dentro dos limites do
município, independentemente do titular do imóvel ou
O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAÇARI, ESTADO DA construção;
BAHIA, no uso de suas atribuições, faz saber que a
Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: IV- observar o desenvolvimento e planejamento urbano
em relação ao impacto urbanístico que pode resultar da
TÍTULO I obra, construção, alteração, demolição, serviço ou
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS infraestrutura, em consonância com os demais diplomas
legais pertinentes;
CAPÍTULO I DIRETRIZES FUNDAMENTAIS V - observar as especificidades do espaço urbano,
visando a preservação dos aspectos ambientais,
Art. 1º Esta Lei orientará a realização de todas as obras e geotécnicos e da paisagem urbana;
serviços no Município de Camaçari, em harmonia com o VI- incentivar medidas voltadas à sustentabilidade
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do ambiental e climática;
Município de Camaçari, Código Urbanístico, Legislação
Local, Regional e Nacional de Ordenamento e Uso do VII - assegurar condições de acessibilidade com
Solo, e tem como diretrizes fundamentais: adoção de soluções especificas para as pessoas com
I- dar preferência ao interesse coletivo sobre o individual; deficiência ou mobilidade reduzida, conforme previsto nas
normas técnicas, especialmente a NBR-9050, a Lei nº
II- dar preferência ao aspecto urbanístico dos projetos 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei de Inclusão da Pessoa
apresentados; com Deficiência) e legislação aplicável, bem como as
respectivas alterações da Lei e das normas técnicas aqui
III- garantir ao indivíduo, destinatário da construção, o indicadas;
uso de maneira acessível e digna do seu imóvel; VIII - compatibilizar as disposições desta Lei com a
IV - agir dentro do limite de competência urbanística legislação Federal e Estadual e com as Normas Técnicas
municipal e utilizando, como parâmetro, o cadastro Brasileiras, sendo dever da Administração a sua
municipal de contribuintes imobiliário para habilitação dos aplicação integrada quando for necessário interpretar o
requerentes de licenças; texto dessa Lei. Nos casos de conflitos entre parâmetros
prevalecerá, quando possível, e desde que não afete a
V - considerar a responsabilidade solidária dos hierarquia das normas, a legislação municipal
profissionais legalmente qualificados e responsáveis devidamente regulamentada em Lei específica;
legais pela propriedade em relação à segurança IX- estabelecer a responsabilidade solidária entre os
executiva do projeto e ao enquadramento urbanístico de profissionais tecnicamente habilitados e os proprietários,
acordo com as leis vigentes; possuidores ou responsáveis legais pelo imóvel no que
VI - considerar as peculiaridades do espaço urbano, tange ao enquadramento urbanístico de acordo com a
visando a preservação dos aspectos ambientais, legislação vigente, a segurança executiva do projeto e
geotécnicos e da imagem urbana, especialmente no que execução da obra;
se refere aos requisitos técnicos, estéticos, bem como de X - prever que os avanços sociais e novas tecnologias de
segurança, salubridade e solidez; informatização possam ser incorporados à legislação
VII - promover medidas voltadas à sustentabilidade visando sua constante atualização e modernização;
ambiental, climática e garantir condições de higiene, XI- tornar os processos e procedimentos administrativos
conforto ambiental e de segurança; mais céleres e transparentes.
VIII - alinhar as disposições desta Lei com a legislação
Federal e Estadual, Normas Técnicas Brasileiras e Art. 3º As siglas e os termos utilizados nesta Lei estão
especificações das concessionárias de serviços públicos, indicados no ANEXO I, partes integrantes deste Código
onde, em casos de conflitos entre parâmetros, de Obras e Edificações.
prevalecerá, quando possível, e desde que não afete a
hierarquia das normas, a legislação municipal Art. 4º Em situações futuras, o Código de Obras e
devidamente regulamentada em Lei específica; Edificações do Município de Camaçari deverá ser
IX- incorporar avanços tecnológicos, técnicos e sociais, revisado, com base em estudos técnicos conduzidos
visando a atualização constante da Lei. por profissionais competentes, com o objetivo de
modernizá-lo e atualizá-lo, para que esteja alinhado com
Art. 2º O Código de Obras e Edificações do Município de o planejamento e crescimento da cidade.
Camaçari determina as disposições para garantir §1º A revisão proposta não deve violar nenhum dos
agilidade e transparência no licenciamento municipal das princípios e premissas estabelecidos na Seção II deste
obras e edificações, públicas e privadas, adotando as Capítulo.
seguintes premissas: §2º É de responsabilidade do Administrador Público
I- garantir níveis básicos de conformidade para as Municipal a criação de grupos de trabalho e/ou comissões
para monitorar as novas demandas, com o objetivo de

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Dados: 2023.12.15 18:05:37 -03'00'
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incorporar ao Código de Obras e Edificações inovações devidamente atualizada;


que reforcem seus princípios e premissas.
II - certidão de registro de escritura pública emitida por
CAPÍTULO II cartório de registro de imóveis;
DIREITOS E RESPONSABILIDADES DOS AGENTES
ENVOLVIDOS III- permissão lavrada em cartório pelo proprietário para
que terceiros nele construam, juntamente com a certidão
Seção I Do Município de inteiro teor da matrícula do imóvel devidamente
atualizada;
Art. 5º Cabe ao Poder Executivo Municipal estabelecer e
implementar as regras de licenciamento de obras e IV- compromisso de compra e venda, cessão, promessa
serviços em geral, observado o disposto nesta Lei e nas de cessão com reconhecimento de firma realizado em
demais normas urbanísticas e ambientais pertinentes. cartório, escritura de cessão de posse que comprove a
posse ininterrupta sobre o imóvel por, no mínimo, 05
Art. 6º É de competência exclusiva do Poder Executivo (cinco) anos;
Municipal a análise e licenciamento urbanístico de V – pessoa que figure como contribuinte do imóvel, com a
projetos, a fiscalização da execução de toda e qualquer devida inscrição nos cadastros da Secretaria da Fazenda
obra, em consonância com esta legislação, demais Municipal, por prazo superior a 05 (cinco anos), e esteja
normas urbanísticas, ambientais e as Normas Técnicas em dia com as respectivas obrigações tributárias relativas
Brasileiras vigentes. ao bem objeto do pedido;
VI - termo de quitação emitido por pessoa jurídica, cuja
Art. 7º São competências e responsabilidades da competência esteja, ou tenha sido voltada, para Políticas
Administração Pública Municipal: de Habitação.

I- viabilizar o acesso de todos os interessados ao conteúdo Art. 9º As obrigações previstas neste Código para o
deste Código e às demais legislações urbanísticas proprietário estendem-se ao possuidor do imóvel e ao
municipais de forma inclusiva; seu sucessor a qualquer título.
II- licenciar obras e serviços em geral, nos termos
desta Lei Municipal e demais normas urbanísticas e Art. 10. Incumbe ao proprietário ou possuidor da
regulamentos pertinentes; edificação/instalação, obra ou serviço, ou usuário a
III- fiscalizar o cumprimento das disposições previstas qualquer título, conforme o caso:
neste Código, buscando garantir a ordem, a segurança, a I- utilizar devidamente a edificação, responsabilizando-se
preservação dos recursos naturais e culturais, o bem-estar por seu uso adequado e sua manutenção em relação às
e, ainda, o desenvolvimento econômico sustentável do condições de habitabilidade e saúde pública;
Município, podendo, a qualquer tempo, vistoriar, notificar, II- acompanhar os processos administrativos de análise,
multar, embargar, solicitar sua demolição e tomar outras licenciamento e fiscalização, obedecendo aos prazos e
providências; requisitos estabelecidos pela Secretaria Competente;
IV- expedir o Alvará de Habite-se, Alvará de Habite-se de III- comunicar eventuais ocorrências que interfiram nos
Regularização, Termo de Reconhecimento de Edificação prazos, procedimentos e requisitos definidos nas
Concluída (TREC) e o Alvará de Conclusão de Obras, licenças, bem como comunicar o encerramento de obra
mediante solicitação do requerente, que poderá ser ou serviço licenciado;
tarifado, nos termos da legislação municipal; IV- manter as edificações, obras e equipamentos em
V- aplicar medidas e penalidades administrativas cabíveis condições de utilização, funcionamento e salubridade,
a quem descumpra as normas deste Código ou de observando o disposto neste Código e nas Normas
qualquer legislação urbanística municipal, de acordo com Técnicas pertinentes;
as responsabilidades das partes envolvidas no projeto e V- conservar obras paralisadas e edificações fechadas ou
execução. abandonadas, independentemente do motivo que
ensejou sua não utilização, garantindo sua segurança e
Parágrafo único. Ao aprovar um projeto, obra ou serviço, salubridade;
o Município não assume responsabilidade técnica VI- responder pelos danos e prejuízos causados em
perante proprietários, operários ou terceiros, de forma função da conservação, manutenção e estado das
que sua fiscalização não implica reconhecimento de edificações, instalações e equipamentos;
responsabilidade por quaisquer ocorrências. VII - responder pelas informações prestadas ao Poder
Executivo Municipal, e pela veracidade e autenticidade
Seção II dos documentos apresentados, bem como por todas as
consequências, diretas ou indiretas, advindas de seu uso
Do proprietário ou possuidor indevido;
VIII - garantir que projetos, obras e serviços no imóvel
Art. 8º Para os fins deste Código, o proprietário ou de sua propriedade estejam devidamente licenciados e
possuidor é toda pessoa física ou jurídica, que detenha sejam executados por responsável técnico legalmente
poder de fato sobre a coisa, devidamente documentado, habilitado, nos exatos termos da licença emitida, inclusive
ou que tenha o exercício pleno dos direitos de uso do na ocasião de dispensa de licença, além do disposto na
imóvel objeto do projeto, do licenciamento e da execução legislação vigente;
da obra, tudo devidamente comprovado por IX- garantir o ingresso de prepostos do Município para
documentação específica prevista nesta Lei. realização de vistorias e fiscalização das obras e
Parágrafo único. Entende-se por documentação edificações, permitindo-lhe livre acesso ao imóvel e à
específica, sem exigência cumulável: documentação técnica correspondente;
I- certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, X- manter em local visível a identificação do alvará, licença,

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permissão ou autorização da obra ou serviço, nos termos licenciamentos, sendo responsáveis, no âmbito de suas
da Carta de Serviços, conforme modelos disponibilizados funções:
pela Secretaria Competente ou acessível no sistema
informatizado de licenciamentos; I- pelo não cumprimento das declarações apresentadas e
XI- garantir que, na realização de obra ou serviço de dos projetos aprovados;
qualquer natureza, sejam preservados os passeios,
calçadas, redes subterrâneas, áreas verdes ou II- pelo uso de material inadequado ou diferente do
institucionais; especificado para a obra e/ou serviço;
XII - abster-se de realizar obra ou serviço, de qualquer III- por perturbações ou danos causados à vizinhança
natureza, em área de posse ou domínio público; e transeuntes durante a execução de obras e/ou
XIII - manter o devido respeito e urbanidade no trato de serviços;
qualquer servidor ou agente municipal, que esteja IV - por inconveniências e riscos decorrentes do
atuando em quaisquer dos procedimentos previstos armazenamento ou guarda inadequados de materiais e
nesse código, em especial no licenciamento/autorização, equipamentos;
suas dispensas, e na fiscalização. V- pela instalação inadequada e/ou operação deficientes
do canteiro de serviço;
Seção III
Do responsável técnico VI - por acidentes resultantes de negligência, imperícia
ou imprudência que envolvam trabalhadores e terceiros;
Art. 11. Todos os projetos, instalações, obras e serviços
executados no Município devem ter um responsável VII - pela não observância de quaisquer das
técnico qualificado e legalmente habilitado, seguindo-se as disposições desta Lei, referentes à execução de obras e/
normas do respectivo conselho profissional, podendo a ou serviços;
autoria dos projetos ser compartilhada por dois ou mais VIII - por realizar o registro da responsabilidade técnica
profissionais, que serão solidariamente responsáveis. no órgão de classe competente, respeitando os limites de
sua atuação;
§1º O profissional responsável pela execução da obra ou §1º A responsabilidade mencionada neste artigo se
serviço deverá estar devidamente inscrito e em situação estende aos danos causados a terceiros e aos bens
regular no órgão municipal de Camaçari. patrimoniais da União, do Estado ou Município, como
§2º É de responsabilidade do autor do projeto cumprir a resultado da elaboração de projetos e/ou execução das
legislação aplicável à sua elaboração, conteúdo dos obras e/ou serviços.
desenhos técnicos, especificações, declarações e §2º Aprovação de projeto pelo ente municipal competente
viabilidade de seu trabalho. não implica em qualquer responsabilidade da
§3º O responsável legal pela obra ou serviço deve Administração Pública em relação ao projeto, obra ou
garantir a sua fiel execução, de acordo com o projeto serviço, estando vinculada aos profissionais habilitados a
aprovado, observando as normas aplicáveis, garantindo responsabilidade técnica por estes.
sua segurança e assumindo as consequências diretas e
indiretas resultantes de sua atuação. Art. 13. A responsabilidade dos autores dos projetos,
§4º Toda e qualquer atualização nas Normas Técnicas diante do Município, começa na data do pedido da
Brasileiras (NBR) prevalece em relação aos parâmetros licença, e a do técnico responsável pela execução da
citados nesta legislação. obra ou serviço quando do seu início.
§5º A responsabilidade sobre projetos, instalações e §1º A responsabilidade técnica pode ser renunciada ou
execuções cabe exclusivamente aos profissionais substituída por outros profissionais legalmente
habilitados, nos termos das Anotações de qualificados, devendo ser comunicada ao Município.
Responsabilidade Técnica (ART), Registro de §2º O requerente da licença tem o prazo de 10 (dez) dias
Responsabilidade Técnica (RRT) ou documento de úteis, contados a partir da data do recebimento da
registro técnico legalmente exigido. notificação expedida pelo Município, para indicar o
§6º Para o registro de suas atribuições perante o Poder novo responsável pela obra, sob pena de embargo da
Executivo Municipal, os profissionais são divididos em obra ou serviço, nos termos do deste Código.
dois grupos:
I- Projetistas: responsáveis legais pela autoria e criação Art. 14. Há a assunção de responsabilidade técnica pelo
de projetos, pelos cálculos, incluindo peças gráficas, profissional a partir do momento que ele subscreve a
memoriais descritivos, especificações de materiais e autoria de projeto e da construção, declarando a
orientações gerais; responsabilidade nos termos da Anotação de
II- Construtores: responsáveis legais pela execução das Responsabilidade Técnica (ART), ou Registros de
obras, serviços e instalações planejadas e/ou projetadas, Responsabilidade Técnica (RRT) sendo responsável
gerenciando todas as fases da construção/execução. formal e oficialmente por todas as ocorrências durante a
§7º Um mesmo profissional pode registrar-se nos dois elaboração e execução do projeto obra ou serviço
grupos "I", "II", do parágrafo anterior deste artigo, correspondente.
contanto que esteja devidamente habilitado nos termos
da lei. TÍTULO II
DAS MODALIDADES DE LICENCIAMENTO E
Art. 12. Os técnicos responsáveis pelo projeto, obra ou CATEGORIAS DE ALVARÁS
serviço devem cumprir a legislação federal, estadual e
municipal, bem como as Normas Técnicas Brasileiras Seção I
(NBR), especificações técnicas das concessionárias de Das categorias de alvarás
serviços públicos, além da Carta de Serviços
disponibilizada no sistema informatizado de Art. 15. São documentos de autorização municipal:

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I- Alvará de Licença Simplificada; Art. 17. Qualquer construção, pública ou privada,


independentemente da Modalidade em que se enquadre,
II- Alvará de Licença para Construção; está sujeita à inspeção pelo órgão municipal competente
a qualquer momento, e o eventual não cumprimento das
III- Alvará de Licença para Ampliação e/ou Reforma; leis que regem a sua execução resultará na aplicação de
penalidades previstas nesta Lei.
IV- Alvará de Reparos Gerais;
Art. 18. Todas as construções classificadas nas
V - Alvará de Demolição; Modalidades II, III e IV, sejam de natureza pública ou
privada, só podem ser iniciadas após a Autorização/
VI - Alvará de Licença para Terraplenagem; Licenciamento com a emissão do Alvará de Licença e/ou
Alvará de Autorização.
VII - Alvará de Licença para Loteamento / Condomínio
de Lotes; Parágrafo único. Sem necessidade de aditamento à
licença, podem ser realizadas alterações em projetos
VIII - Alvará de Licença para Urbanização Integrada; aprovados que não resultem em mudança de uso,
aumento da área total construída e de cada unidade
IX- Alvará de Licença para Implantação de Tapume; imobiliária, modificações na implantação de blocos ou
edifícios, desde que sejam respeitadas as disposições
X - Alvará de Licença para Muro de Contenção; dos Códigos de Obras, Urbanístico e Ambiental, devendo
ser apresentados os desenhos técnicos quando da
XI - Alvará de Licença para Obras em Logradouro comunicação de conclusão da obra.
Público;
Art. 19. Todas as construções em áreas de domínio
XII - Alvará de Licença para Muro Divisório; público pleno, e/ou situadas nas Áreas Especiais não
regulamentadas, e/ou afetadas por Planos Funcionais de
XIII - Alvará de Infraestrutura; Sistema Viário, e/ou áreas incluídas em Decreto de
Desapropriação, e/ou sem Zoneamento de Uso e
XIV - Alvará de Modificação de Projeto; Ocupação Municipal previamente aprovado, serão
categorizadas nas Modalidades III ou IV para fins de
XV - Certidões de desmembramento, amembramento e licença/autorização. Isso exclui itens como passeios,
desdobro para as finalidades previstas na Lei Municipal. calçadas, meio-fio e recipiente de coleta de resíduos,
entre outras construções de impacto reduzido.
Seção II
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, as
Das modalidades do licenciamento Áreas Especiais são:

Art. 16. As construções e seus respectivos processos de I- áreas integrantes do Sistema de Áreas de Valor
autorização/licenciamento são divididos em quatro Ambiental (SAVAM) e Áreas de Preservação Permanente
Modalidades: (APP);
I- Modalidade I, isenta de autorização/licenciamento; II- áreas sujeitas à legislação específica, a exemplo de:

II- Modalidade II, que serão alvo de autorização/ a) áreas ou imóveis tombados, ou protegidos por
licenciamento simplificado; legislação federal, estadual ou municipal e seu entorno;

III- Modalidade III, que serão alvo de autorização/ b) faixas de domínio dos sistemas de infraestrutura,
licenciamento completo; tais como adutoras, dutovias, linhas de transmissão,
rodovias, pontes, viadutos, túneis, infraestrutura de
IV- Modalidade IV, que serão alvo de autorização/ transporte de alta e média capacidade e via arterial I;
licenciamento especial. c) zonas de proteção do entorno das edificações
militares, zonas de proteção de aeroportos, aeródromos,
§1º As categorias são classificadas de acordo com helipontos e heliportos;
normas jurídicas que levam em consideração a d) área da costa.
localização, o tamanho, os usos propostos, os
parâmetros urbanísticos e os impactos que Art. 20. Para cada uma das Modalidades o Executivo
possivelmente serão causados ao bairro e ao ambiente Municipal estabelecerá o formato dos processos de
circundante pelo imóvel ou construção, entre outros licenciamentos, que poderá ser:
aspectos detalhados neste Código. I - autodeclaratório, realizado através do autosserviço;
§2º Os documentos, projetos e declarações necessários
para solicitação de autorização/ licenciamento municipal II - convencional, realizado através de análise técnica
de cada obra estarão acessíveis na Carta de Serviços específica.
divulgada pelo órgão municipal responsável, observando
os dispostos na Carta de Serviços do órgão licenciador. §1º Os documentos, projetos e declarações necessários
§3º O Requerente poderá, a seu critério, optar por para solicitação de licenciamento municipal de cada obra
procedimento de obtenção de licenciamento em estarão dispostos na Carta de Serviços do órgão
modalidade mais complexa a que sua obra/serviço se licenciador.
enquadre, conforme previsões deste Código. §2º Nas hipóteses em que houver interesse no uso de
instrumento urbanístico que preveja, a título de obrigação

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Dados: 2023.12.15 18:06:34 -03'00'
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ou contrapartida, o acesso público à praia, caberá ao II- pinturas externas e/ou revestimento de fachadas em
requerente, proprietário ou possuidor a apresentação do edificações até o limite 08 (oito) metros de gabarito;
projeto executivo submetido ao licenciamento. III- reparos gerais destinados exclusivamente à
§3º O disposto no §2º deste artigo se aplica também aos manutenção que não resultem na alteração das
casos em que se preveja a assinatura de Termo de dimensões do espaço (revestimento de parede, forro,
Compromisso. substituição de piso, substituição de esquadrias, revisão
§4º Nos casos de novos empreendimentos ou de instalações hidráulicas, revisão de instalação elétrica,
parcelamentos do solo que venham a ser implantados em revisão das instalações de ar-condicionado,
local onde existia acesso costumeiro à praia, caberá ao impermeabilização de lajes até o limite de 250,00m²);
requerente garantir ao menos um acesso público, o qual IV - reparos no telhado, com substituição da estrutura do
deverá ser apresentado no respectivo projeto executivo. telhado que não resulte no aumento da sua altura;
V- construção ou restauração de calçadas ou passeios;
Seção III
VI - construção ou restauração de meio-fio em via
Do fluxo do processo de licenciamento pública, sem alteração do alinhamento da caixa de via;
VII - construção ou restauração de muro divisório entre
Art. 21. O processo de licenciamento, em quaisquer dos propriedades privadas com até 2,00m (dois metros) de
formatos indicados no artigo anterior, seguirá as etapas e altura, que não resulte na execução de obras de
os procedimentos administrativos descritos neste artigo e contenção;
os dispostos na Carta de Serviços do órgão licenciador, VIII - construção ou restauração de muros de até
independentemente da Modalidade de licença exigível: 2,00m (dois metros) de altura alinhados com o gradil do
I- cadastro municipal do responsável técnico pela execução lote ou gleba que faz fronteira com vias públicas
da obra ou construção; existentes ou projetadas pelo Município;

II- licenciamento para obra ou construção; IX- construção de rampas e plataforma elevatória para
acessibilidade de até 2,80m (dois metros e oitenta
III- comunicado de término da obra, para a obtenção do centímetros) de altura;
Alvará de Conclusão de Obras, ou do Alvará de Habite- X- instalação de placas solares em coberturas ou dentro
se. dos limites dos lotes;
Parágrafo único. Os projetos de parcelamento do solo e
urbanização estarão condicionados à etapa adicional de XI - limpeza até 100,00 m³ (cem metros cúbicos);
Consulta Prévia, além das etapas listadas no caput.
XII - nivelamento do terreno com movimentação de
CAPÍTULO I terra até 20,00 m³ (vinte metros cúbicos);
XIII - execução de obras isentas de autorização
DA CONSULTA PRÉVIA ambiental pelo Município e não classificadas nas
Modalidades II, III e IV desta Lei, bem como aquelas
Art. 22. A Consulta Prévia de viabilidade e orientações isentas da supervisão por um profissional qualificado e
urbanísticas é o produto que contém o conjunto de habilitado como responsável técnico pela obra, projeto ou
orientações urbanísticas, normativas e processuais para serviço, nos termos da legislação federal que rege o
o licenciamento de obra, demonstrando sua viabilidade e exercício profissional do sistema CREA/CONFEA
condicionantes mínimas, se existirem, conforme Carta de (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia -
Serviços do órgão licenciador. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e o
Parágrafo único. Será obrigatória a solicitação da sistema CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo
Consulta Prévia ao órgão competente do Município, em do Brasil).
fase precedente à aprovação do projeto, os casos Parágrafo único. No caso dos incisos XI e XII, quando
dispostos no Código Urbanístico. houver vegetação, o requerente deverá atender as
Art. 23. A Consulta disponibilizará ao requerente todas as exigências legais determinadas em legislação específica.
orientações necessárias sobre o processo de
licenciamento, incluindo parâmetros urbanísticos, CAPÍTULO III AUTORIZAÇÃO/LICENCIAMENTO
documentação necessária, entre outras informações DA MODALIDADE II
pertinentes, se for o caso.
Art. 24. A apresentação da Consulta Prévia será Art. 27. As construções da Modalidade II no Município de
obrigatória para a emissão do Alvará quando exigida na Camaçari devem ser realizadas sob a supervisão e
classificação da modalidade, conforme disposições deste orientação de profissionais devidamente qualificados,
Código. exigindo licença simplificada, que deve ser precedida
pela submissão ao órgão competente das declarações,
CAPÍTULO II AUTORIZAÇÃO/LICENCIAMENTO DA documentos e projetos especificados na Carta de
MODALIDADE I Serviço, e pelo pagamento das taxas correspondentes.
Art. 28. Na licença simplificada, não será atribuição do
Art. 25. As construções e serviços da Modalidade I são órgão competente pelo respectivo licenciamento, a
isentas de autorização/licenciamento municipal, devendo análise dos dados contidos nos documentos e projetos a
ser realizadas sob a orientação de um profissional ele submetidos, sendo responsabilidade do proprietário e
qualificado e seguir as normas técnicas cabíveis. dos técnicos responsáveis pela elaboração dos referidos
Art. 26. Estão incluídas na Modalidade I: documentos e projetos garantir o cumprimento integral
das declarações e das leis aplicáveis, incluindo os
I- pinturas internas; parâmetros urbanísticos e construtivos, cujo cumprimento
será inspecionado pelo Município e sujeito às

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penalidades previstas em lei.


§1º A qualquer tempo, podem ser realizadas inspeções CAPÍTULO IV AUTORIZAÇÃO/LICENCIAMENTO DA
fiscais para verificar o cumprimento fiel do projeto MODALIDADE III
submetido e a documentação correspondente.
§2º Os empreendimentos da Modalidade II que Art. 30. As construções da Modalidade III no Município
solicitarem inclusão no Programa de Certificação de Camaçari devem ser realizadas sob a supervisão e
Sustentável, denominado IPTU VERDE, serão licenciados orientação de profissionais devidamente qualificados,
na Modalidade III.
§3º Os empreendimentos da Modalidade II que optarem, exigindo-se o licenciamento perante o Município
conforme legislação específica, exceder o Coeficiente de precedida pela análise técnica dos documentos e projetos
Aproveitamento Básico serão licenciados na Modalidade especificados na Carta de Serviços do órgão licenciador e
III. pelo pagamento das taxas correspondentes.
§4º Os empreendimentos localizados em esquinas serão
licenciados na Modalidade III. Art. 31. No processo de autorização das construções da
Art. 29. São considerados como Modalidade II: Modalidade III, a Administração Municipal de Camaçari
avaliará tecnicamente os documentos e projetos,
I- construção de 01 (uma) unidade residencial por lote, cabendo ao proprietário e aos profissionais responsáveis
atendidos os parâmetros do Código Urbanístico; assegurar a aderência total durante a execução da obra
II- construção de até 02 (duas) unidades residenciais com ao projeto aprovado.
entradas independentes, destinadas à Habitação de Parágrafo único. A Administração Municipal poderá,
Interesse Social, atendidos os parâmetros do Código conforme determinado nesta Lei, isentar a avaliação de
Urbanístico; partes e/ou compromissos específicos do projeto,
III- construção de até 10 (dez) unidades residenciais por substituindo-a por um relatório técnico e declarações de
lote, agrupadas horizontalmente e com entradas responsabilidade técnica que confirmem a observância
independentes, atendidos os parâmetros do Código dos requisitos legais pertinentes.
Urbanístico; Art. 32. Estão incluídas na Modalidade III:
IV- construção de empreendimentos não residenciais,
com até 300,00m² (trezentos metros quadrados) de área I- construção de mais de 10 (dez) unidades residenciais
construída, atendidos os parâmetros do Código por lote, agrupadas horizontalmente e com entradas
Urbanístico; independentes, atendidos os parâmetros do Código
V- construção de abrigo de medidores, de hidrantes; caixa Urbanístico;
de tubos de água; esgoto; energia; reservatório enterrado; II- construção de duas ou mais unidades residenciais,
abrigo de bombas; agrupadas verticalmente em prédios de apartamentos ou
VI - construção de quadra esportiva descoberta e/ou conjuntos residenciais verticais, com áreas comuns,
piscina; atendidos os parâmetros do Código Urbanístico;
III- construção de mais de 02 (duas) unidades residenciais
VII - construção de guaritas, bilheterias e passagem destinada à Habitação de Interesse Social, limitada a 100
coberta para acesso ao edifício; (cem) unidades imobiliárias e/ou área de terreno até
20.000,00m² (vinte mil metros quadrados);
VIII - demolição total ou parcial de área construída IV- construção de um conjunto de edificações destinado à
até 500m² (quinhentos metros quadrados); Habitação de Caráter Popular, limitada a 100 (cem)
IX- execução ou recuperação de muro divisório entre unidades imobiliárias e/ou área de terreno até
propriedades privadas, com altura superior a 2,00m (dois 20.000,00m² (vinte mil metros quadrados);
metros); V- construção de Empreendimentos Turísticos (Hotéis,
X- execução, instalação ou substituição de caixa d`água; Resorts, Parques Temáticos, Centro de Convenções,
Apart Hotel e Flat);
XI - instalação de central de ar-condicionado; VI- construção de empreendimentos não residenciais,
atendidos os parâmetros do Código Urbanístico, com
XII - instalação de elevadores, plataformas elevatórias, área superior a 300,00m² (trezentos metros quadrados);
monta cargas, escada rolante e outros veículos de
deslocamento vertical, e plataforma elevatória para VII - construção ou restauração de muro de contenção;
acessibilidade para vencer altura superior a 2,80 (dois
metros e oitenta centímetros); VIII - instalação de mezanino em edificações não
XIII - instalação de mezanino em edificações não residenciais não previsto no projeto original aprovado;
residenciais, contemplado no projeto original aprovado; IX- instalação de infraestrutura para suporte a
XIV - instalação de tapume sobre calçada e/ou passeio; telecomunicações;

XV - reforma e/ou ampliação em áreas da edificação X - execução de lajes acima de 250,00m² (duzentos e
com até 350m² (trezentos e cinquenta metros quadrados), cinquenta metros quadrados);
residencial e/ou não residencial, classificada conforme
Código Urbanístico, que não implique modificação na XI - construção ou restauração de muros de
estrutura nem interfira na estabilidade da construção; contenção, equipamentos e/ou estruturas móveis,
XVI - reforma para alteração da fachada, não dissipadores de energia ou afins, lindeiros à costa;
contemplado no Artigo 26, II; XII - construção de abrigo ou compartimento para
resíduos sólidos;
XVII - substituição do telhado existente por laje, até o
limite 250,00m² (duzentos e cinquenta metros XIII - execução de demolição total ou parcial da área
quadrados). construída acima de 500,00m² (quinhentos metros

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quadrados), que não esteja contemplada na Licença; industrial, classificado no Código Urbanístico;
XIV - execução de terraplenagem com qualquer volume;
VI - instalação de cabine removível em calçada e/ou
XV - licença para amembramento; passeio público;

XVI - licença para desdobro; VII - execução de obras em via pública;

XVII- licença para desmembramento; VIII - execução de obras especiais conforme


enquadramento no Código Urbanístico;
XVIII - licença para remembramento;
IX- execução ou recuperação de meio fio em via
XIX - reforma e/ou ampliação em áreas internas da pública com alteração de alinhamento de caixa de via;
edificação com área construída acima de 200,00m² X- licença para desmonte de rocha;
(duzentos metros quadrados) e/ou que não estejam
enquadradas no Modalidade II; XI - licença para condomínios de lotes;
XX - reforma, ampliação e/ou adaptação da edificação
existente para atender aos requisitos do Programa de XII - licença para loteamento classificado como previsto
Certificação Sustentável, denominado IPTU VERDE. no Código Urbanístico;
Parágrafo único. O licenciamento dos serviços indicados
nos incisos XV a XIX poderão ser licenciados de forma XIII - licença para loteamento de interesse social
incidental. classificado como previsto no Código Urbanístico;
XIV - licença para reloteamento,
CAPÍTULO V AUTORIZAÇÃO/LICENCIAMENTO
DA MODALIDADE IV XV - licença para reurbanização integrada;

Art. 33. As construções da Modalidade IV devem ser XVI - licença para urbanização integrada - URB 1;
realizadas sob a supervisão e acompanhamento de
profissionais devidamente qualificados, sendo exigido XVII - licença para urbanização integrada de interesse
licenciamento especial, antecedido da avaliação técnica social - URB 2;
dos documentos e planos especificados na Carta de
Serviços do órgão licenciador e do recolhimento das XVIII - liberação de lotes caucionados;
taxas correspondentes.
Parágrafo único. Excepcionalmente, os pedidos de XIX - cancelamento total ou parcial de loteamento;
licenciamento previstos nesta Seção poderão ser
encaminhados para avaliação de outros órgãos ou XX - cancelamento total ou parcial de urbanização
departamentos. integrada;
Art. 34. No licenciamento da Modalidade IV, o Município
de Camaçari realizará a avaliação técnica dos XXI - licença para execução de obras de infraestrutura
documentos, projetos e planos urbanísticos, sendo urbana.
responsabilidade do proprietário e dos técnicos
responsáveis a observância integral, durante a TÍTULO III
construção, do plano aprovado pelo Município de DAS DIRETRIZES DE CONSTRUÇÃO
Camaçari.
Parágrafo único. O Município de Camaçari poderá, CAPÍTULO I
conforme estipulado nesta Lei, substituir a avaliação de DO PADRÃO DAS CONSTRUÇÕES DOS ESPAÇOS
partes e/ou obrigações específicas do projeto ou plano INTERNOS DAS PROPRIEDADES IMOBILIÁRIAS
urbanístico, por laudo técnico e declarações de
responsabilidade técnica que comprovem o cumprimento Art. 37. Deverão prevalecer os seguintes conceitos e
dos requisitos legais correspondentes. definições, classificados das seguintes formas:
Art. 35. Nas obras e/ou construções em vias públicas, I - Padrão Construtivo ou Tipo Construtivo - é conjunto de
quando da solicitação do Habite-se ou Alvará de detalhes construtivos somados a área do imóvel utilizado
Conclusão, o requerente e os técnicos responsáveis para enquadrar uma determinada construção, para efeito
deverão apresentar os desenhos técnicos do plano de cobrança da taxa do alvará de construção, ampliação e/
conforme foi executado. ou reforma. São definidos em:
Art. 36. Incluem-se na Modalidade IV: a)Padrão Construtivo Popular: é a edificação com
acabamento de baixo custo, ausência de garagem e de
I- construção de Empreendimentos Geradores de equipamento especial, com área de até 70,00m², com
Impacto Ambiental (EGIA), nos termos da respectiva Lei projeto elaborado pela Prefeitura, nos loteamentos
Municipal; populares;
II- construção de Empreendimentos Geradores de Impacto b)Padrão Construtivo Simples: é a edificação com
de Vizinhança (EGIV); acabamento de baixo custo, ausência de garagem e de
equipamento especial, com área de até 70,00m²;
III- construção de Empreendimentos ou atividades c)Padrão Construtivo Médio: é a edificação com
classificados como Polos Geradores de Tráfego (PGT); acabamento de médio custo (piso cerâmico, cimentado,
IV - construção de empreendimento destinado a uso paredes com pintura simples), com ou sem garagem e
não residencial, classificado como de grande porte no com ou sem equipamento especial (Ex. edícula, piscina e
Código Urbanístico; portão de controle eletrônico, etc.), com área construída >
V- construção de empreendimento destinado a uso 70,00m² > 150,00m²;

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d)Padrão Construtivo Bom: é a edificação com bom determinado em legislação estadual específica e/ou
acabamento, presença de estacionamento e/ou garagem, Normas Técnicas Brasileiras.
podendo ou não existir algum tipo de equipamento Parágrafo único. A conexão de todas as partes de uso
especial, em geral bem conservada e, quando provida de comum deverá cumprir os princípios de acessibilidade,
equipamento especial (Ex. guarita, edícula, piscina, conforme padrões das normas técnicas de acessibilidade.
portão de controle eletrônico, etc.) e área Art. 41. A instalação de elevadores, plataformas de
construída elevação, monta cargas, teleféricos, escadas rolantes e
>150,00m² > 250,00m²; outros veículos de deslocamento vertical deverão aderir
às Normas Técnicas Brasileiras e instruções técnicas do
e) Padrão Construtivo Luxo: é a edificação com Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Bahia.
predominância de material de alto custo no seu §1º O número mínimo de elevadores e as larguras
acabamento (Ex. mármore, granito, porcelanato, madeira mínimas estipuladas serão dimensionadas em função do
nobre ou de lei), bem conservada, com presença em cálculo de tráfego e da especificidade do
geral de mais de uma vaga de estacionamento e/ou empreendimento, conforme as disposições das Normas
garagem e de equipamentos especiais (Ex. piscina, Técnicas Brasileiras.
quadra de esportes e edícula) e área construída > §2º Em qualquer situação, é obrigatória a interligação dos
250,00m²." halls de elevadores com o hall de escada em cada
Art. 38. As unidades imobiliárias devem ser iluminadas e pavimento.
arejadas por meio de aberturas para o exterior, as quais, §3º Para Empreendimentos de Interesse Social deverá
em conjunto, devem corresponder à área mínima de 1/10 ser observada legislação específica.
(um décimo) da área privada total da propriedade Art. 42. As passagens horizontais das áreas de uso
imobiliária, garantindo que todos os quartos e salas da comum com extensão superior a 20,00m (vinte metros)
propriedade imobiliária possuam iluminação e ventilação de comprimento deverão ser iluminadas e arejadas por
direta ou indireta, exceto nos casos específicos. meio de abertura para o exterior.
§1º As aberturas de iluminação e ventilação da Parágrafo único. Para as passagens com extensão
construção, inclusive de áreas de uso comum, deverão inferior a 20,00m (vinte metros) e/ou hall de elevador, a
estar a uma distância mínima de 1,50m (um metro e iluminação natural deverá ser garantida em todos os
cinquenta centímetros) das fronteiras do terreno, medido pavimentos, mesmo que de forma indireta.
perpendicularmente a qualquer um dos seus pontos, Art. 43. A edificação, reforma ou ampliação das
respeitando os recuos previstos no Código Urbanístico. construções deverão ser realizadas de modo que sejam
§2º No caso de impossibilidade de iluminar e ventilar a ou se tornem acessíveis à pessoa com deficiência ou
propriedade imobiliária através de abertura para o com mobilidade reduzida, respeitando a legislação
exterior, será permitida, para imóveis de até 15,00m atual e as normas técnicas de acessibilidade, salvo
(quinze metros) de altura, abertura para áreas fechadas hipóteses de impraticabilidade técnica, situação em que
que cumpram o diâmetro mínimo de 2,00m (dois metros) deverá ser proposto projeto de adaptação razoável.
e área mínima de 5,00 m²; e, para imóveis acima desta §1º É permitida a utilização de rampa, conforme Norma
altura, o diâmetro mínimo de 4,00m (quatro metros) e Técnica.
área mínima de 20,00 m².
§3º Quando a área de iluminação atender a mais de uma §2º As rampas de acesso a garagens e estacionamentos,
propriedade imobiliária, existindo vão de iluminação e quando de uso exclusivo de veículos, terão inclinação
ventilação em paredes opostas de unidades distintas, a máxima de 20% (vinte por cento).
distância mínima entre estas paredes será §3º Para garagens com mais de 30 (trinta) vagas de
obrigatoriamente de 3,00m (três metros). estacionamento, a rampa de acesso deverá ter área de
§4º Os compartimentos da edificação devem ter acomodação de 4,50m (quatro metros e cinquenta
dimensões e forma e dispor de iluminação e ventilação centímetros), com no máximo 12,00% (doze por cento)
adequadas à função a que se destinam, proporcionando de inclinação.
condições de higiene e salubridade compatíveis com Art. 44. As áreas de uso comum terão pé direito mínimo
essa função. de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros), quando
§5º Os sanitários e lavabos quando não tiverem de permanência prolongada e 2,30m (dois metros e trinta
ventilação natural deverão ter sua ventilação assegurada centímetros), quando de permanência eventual.
por dutos de ventilação mecânica, podendo ser ventilado Art. 45. O refúgio ou compartimento para resíduos
de forma indireta através de outro vão, desde que a sólidos urbanos deverá seguir as orientações técnicas do
distância até o espaço aberto não seja superior a 1,50m órgão responsável pela coleta dos resíduos do Município,
(um metro e cinquenta centímetros). de forma a assegurar o acesso aos veículos coletores de
Art. 39. Os compartimentos da construção/edificação maneira a não interromper o fluxo de veículos e
terão pé direito mínimo de 2,60m (dois metros e sessenta pedestres.
centímetros), quando de permanência prolongada; e
2,30m (dois metros e trinta centímetros), quando de
permanência eventual. CAPÍTULO III INSTALAÇÕES

CAPÍTULO II Art. 46. A proteção contra incêndio e pânico das


ÁREAS DE UTILIZAÇÃO COMUM construções deverá seguir o quanto estabelecido na Lei
Federal nº 13.425/2017, na Lei Estadual nº 12.929/2013,
Art. 40. Os espaços de trânsito horizontal e vertical, seu Decreto regulamentador nº 16.302/2015, instruções
incluindo escadas e rampas, estabelecidos de acordo técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da
com o uso da construção, são categorizados como de Bahia, normas técnicas da Associação Brasileira de
uso coletivo e privado e dimensionados em função da Normas Técnicas e demais determinações vigentes ou
população estimada para o empreendimento, conforme o em outras que vierem a substituí-las.

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1º§ Compete ao requerente protocolar processo DA REALIZAÇÃO DA OBRA E/OU CONSTRUÇÃO


específico no Corpo de Bombeiros do Estado da Bahia
para aprovação do projeto de segurança contra incêndio e
pânico, que não constitui elemento de análise da licença. Seção I
Da exigência compulsória de obra ou serviço de
2º§ Caso o projeto aprovado no licenciamento sofra engenharia
qualquer alteração para enquadramento às normas do
Corpo de Bombeiros, deverá o requerente protocolar Art. 51. Nas edificações e parcelamentos de solo deverão
processo de modificação de projeto no órgão municipal ser observadas as normas de ordenação, ocupação e uso
responsável pelo desenvolvimento urbano e ordenamento do solo, cabendo ao Município fiscalizar a sua adequação
do uso do solo para nova análise. às aludidas normas e ao atendimento dos requisitos da
técnica, estética, segurança, salubridade e solidez,
3º§ É de responsabilidade do requerente a posse do observadas as disposições constantes na legislação
Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB ou pertinente, observando-se, ainda, o que dispõe o Art. 1º,
Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros – CLCB, a inciso VI, deste Código.
ser definido pelo órgão competente conforme o porte e a
complexidade do uso, aprovando a instalação dos Art. 52. O Município, por meio de órgão competente, nos
equipamentos de segurança contra incêndio e pânico, casos do Art. 1º, inciso VI, deste Código, notificará os
ambos emitidos e fiscalizados exclusivamente pelo Corpo proprietários de imóveis de uso particular,
de Bombeiros do Estado da Bahia e que poderá ser exigido independentemente do tipo ocupação, para realizar
pela Municipalidade como condicionante para emissão do obras de conservação,
Alvará de Licença. recuperação ou restauração das calçadas, muros e
fachadas do imóvel, sob pena de o Município executá-las
Art. 47. As instalações hidrossanitárias das construções às custas do proprietário.
deverão seguir as Normas Técnicas Brasileiras e às §1º As obras deverão ser iniciadas no prazo máximo de
exigências da concessionária de serviço público local. até 30 (trinta) dias após o conhecimento da notificação.
§1º Os sanitários e lavabos quando não tiverem §2º Se o prazo referido no §1º deste artigo não for
ventilação natural deverão ter sua ventilação assegurada cumprido, a autuação e o respectivo procedimento
por dutos de ventilação mecânica, podendo ser ventilado administrativo deverão obedecer ao disposto na Lei
de forma indireta através de outro vão, desde que a Municipal que regulamenta o Poder de Polícia da
distância até o espaço aberto não seja superior a 1,50m Administração.
(um metro e cinquenta centímetros). §3º O não cumprimento do prazo para execução das
§2º É vedada a conexão direta do esgoto primário e/ou obras resultará no pagamento das despesas com
secundário com a rede pública de águas pluviais. acréscimo de encargos administrativos, fixados em 20%
Art. 48. Os equipamentos sanitários das construções não (vinte por cento) do valor total da obra realizada por
residenciais deverão estar localizados no piso dos empresa contratada para este fim, sem prejuízo da
compartimentos que atendem ou no piso imediatamente aplicação das multas previstas em lei.
superior ou inferior, em qualquer hipótese a, desde que §4º O proprietário e o possuidor, sob qualquer título, são
resguarde a acessibilidade de pessoas com mobilidade solidariamente responsáveis pelo pagamento das
reduzida ou PCD deverá ser resguardada. despesas e encargos previstos no §3º, inclusive das
§1º A quantidade equipamentos sanitários das multas.
construções não residenciais será proporcional ao §5º As regras deste artigo também serão aplicadas
número de usuários, cuja população é calculada com quando o Município, por meio do órgão competente,
base na legislação estadual e Instruções Técnicas do ordenar, em processo fiscal, a necessidade de
Corpo de Bombeiros Militar da Bahia - CBM/BA, construção de muros de gradil e de passeios pelos
admitindo-se a redução de 50% (cinquenta por cento) proprietários de terrenos ainda não edificados.
da quantidade nos estabelecimentos de uso especial,
especialmente os ligados à atividade de eventos com Seção II
montagem de estruturas provisórias. Dos insumos e resíduos
§2º Torna-se obrigatória a instalação de banheiros família
em locais de concentração de crianças, como centros Art. 53. É vedada a permanência insumos de construção
comerciais, escolas, complexos esportivos, aeroportos, ou resíduos de obra de qualquer espécie em vias ou
terminais metroviários e rodoviários, na proporção de 01 espaços públicos, sob pena de multa, além da remoção
(um) vaso sanitário e 01 (uma) pia por conjunto de pelo Município, que será custeada pelo responsável.
banheiros. §1º Os insumos de construção recolhidos pelo Município
§3º A proporção das instalações sanitárias poderá variar em via pública deverão ser retirados pelo proprietário no
em função da atividade exercida, devidamente justificada. prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar a partir do
Art. 49. Os banheiros, lavatórios e vestiários devem estar conhecimento da notificação.
localizados em trajetos acessíveis, próximos à circulação §2º Caso o material não seja retirado no prazo estipulado
principal, próximos ou integrados às demais instalações no §1º, sua destinação será definida em ato do executivo.
sanitárias, evitando estar em locais isolados para
situações de emergências ou auxílio, e devem ser Art. 54. As pessoas físicas ou jurídicas que necessitarem
adequadamente sinalizados. instalar caçambas estacionárias ou containers para coleta
Art. 50. As solicitações de instalação de infraestrutura de de resíduo de obra em via pública poderão fazê-lo, desde
apoio para telecomunicações deverão seguir as Normas que devidamente autorizadas pelo Município, e
Técnicas Brasileiras, em harmonia com as legislações observadas as normas de trânsito.
federal, estadual e municipal em vigor.
CAPÍTULO IV Seção III

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responsável os custos, com acréscimo de encargos da


Da proteção no ambiente de obra administração, fixados em 20% (vinte por cento) do valor
total da obra de construção ou manutenção da calçada,
Art. 55. Para todas as obras e/ou construções, excluindo- sem prejuízo da aplicação das multas previstas.
se as residências unifamiliares, será obrigatório o §1º As obras mencionadas no caput deste artigo deverão
isolamento do local de obras (canteiro de obras) por ser iniciadas no prazo máximo de até 30 (trinta) dias após
barreiras, de material resistente, no alinhamento de gradil o conhecimento da notificação.
de, no mínimo, 2,00m (dois metros) de altura, exceto
quando se tratar de construção de muros, grades ou de §2º Se o prazo referido no §1º deste artigo não for
pintura e pequenos consertos na edificação que não cumprido, a autuação e o respectivo procedimento
comprometam a segurança dos pedestres. administrativo deverão obedecer ao disposto na Lei
§1º O acesso ao canteiro de obras deverá ser indicado Municipal que regulamenta o Poder de Polícia da
conforme as orientações técnicas do órgão responsável Administração.
pelo trânsito no Município de Camaçari. §3º O proprietário e o possuidor, sob qualquer título, são
§2º Durante a realização de serviços de fachada nas solidariamente responsáveis pelo pagamento das
obras situadas no alinhamento ou afastadas até 1,00m despesas e encargos previstos no caput deste artigo,
(um metro), será mandatório o avanço da barreira sobre o inclusive das multas.
passeio até, no máximo, 2/3 (dois terços), a fim de Art. 61. Nos imóveis impactados por projetos de
proteger o pedestre. arruamento ou de alinhamento de gradil, aprovados por
§3º Quando a área desobstruída do passeio resultar em lei ou decreto, as reformas ou ampliações atenderão às
largura inferior a 0,90 cm (noventa centímetros), deverá seguintes condições:
ser requerida autorização para, em caráter excepcional, e I - não serão permitidas obras de expansão nos
a critério do órgão municipal competente, o trechos do imóvel afetado por projeto de alinhamento e
redirecionamento do trânsito de pedestre para parte da arruamento, exceto obra que visem assegurar a
faixa veicular da via, devidamente resguardada. estabilidade da edificação;
§4º Os andaimes não deverão exceder o alinhamento das II - cumprimento das disposições da legislação
proteções. pertinente, aplicáveis à zona em que se localiza o imóvel,
considerando-se todo o empreendimento resultante das
Art. 56. Nenhum elemento do local de obras poderá obras.
afetar a arborização da rua, a iluminação pública ou a Seção V
visibilidade de placas, avisos e sinais de trânsito e Do fechamento de lotes e terrenos
demais instalações de interesse público, sendo ainda
mandatória, ao final da obra, a imediata restauração dos Art. 62. O lote, o conjunto de lotes ou o terreno lindeiro ao
danos causados ao logradouro público. logradouro público equipado com meio-fio será mantido
isolado, asseado, drenado e aparado.
Parágrafo único. Os elementos da obra não deverão §1º Entende-se por drenado, o lote, o conjunto de lotes ou
colocar em perigo a segurança dos imóveis vizinhos e o terreno em condições de drenagem de águas pluviais,
pedestres. preservadas as eventuais fontes e cursos d’água
Art. 57. Ocorrendo paralisação de obra por período existentes e suas condições naturais de drenagem.
superior a 90 (noventa) dias, a proteção (tapume) §2º O isolamento deverá ser capaz de impedir o
instalada sobre o passeio, sempre às expensas do transporte de material dos lotes ou terrenos para
executor/interessado, deverá ser recuada para o logradouro público, sendo proibida a utilização de formas
alinhamento do terreno e o passeio deverá ser de isolamento que causem prejuízos ou incômodos aos
desimpedido, pavimentado e limpo. pedestres.
§3º O lote, o conjunto de lotes ou o terreno não edificado
Seção IV deverão ser isolados no alinhamento de gradil com altura
Dos passeios, calçadas e arruamentos mínima de 2,00m (dois metros) e máxima de 4,00m
(quatro metros) e possuir portão de acesso.
Art. 58. Serão requeridas a construção e/ou manutenção
de calçadas e meio-fio em toda a extensão de terrenos §4º As alturas dos isolamentos frontais mencionadas no
situados em espaços públicos pelos proprietários, com parágrafo anterior serão medidas ponto a ponto em
padrão e alinhamento determinados pelo Município. relação ao alinhamento de gradil do terreno, tendo como
Art. 59. Será vedada a construção de rampas com referência o nível da calçada pública lindeiro a ele.
projeções estendidas do meio-fio para o leito do espaço Art. 63. A edificação e manutenção de muros, bem como
público, ou do alinhamento de gradil para a calçada, bem a restauração dos danos que porventura sofrerem,
como instalação de qualquer espécie de barreira sobre a inclusive pela ação das marés, serão da responsabilidade
calçada, exceto equipamentos devidamente autorizados. do proprietário do terreno.
Parágrafo único. As rampas de acesso de veículos §1º A inexecução do trabalho de manutenção de muros
poderão ocupar, a partir do meio- fio, espaço de até o determinará a execução direta pelo Município de
máximo de 0,50cm (cinquenta centímetros) de largura da Camaçari dos trabalhos indispensáveis à sua
calçada, desde que o espaço livre remanescente tenha a restauração, às custas do proprietário, com acréscimo de
largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta encargos da administração, fixados em 20% (vinte por
centímetros), devendo ser verificado a prioridade de cento) do valor da obra, sem prejuízo da aplicação da
circulação do pedestre. multa prevista por lei.
§2º As obras mencionadas no §1º deste artigo deverão ser
Art. 60. A ausência de calçada ou a falta de manutenção iniciadas no prazo máximo de até 30 (trinta) dias após o
das calçadas existentes implicará a execução das obras conhecimento da notificação.
necessárias, diretamente pelo Município, que cobrará do §3º Se o prazo referido no §2º deste artigo não for

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cumprido, a autuação e o respectivo procedimento completando-se o pagamento no momento da emissão


administrativo deverão obedecer ao disposto na Lei do Alvará, atualizado o valor no momento do pagamento
Municipal que regulamenta o Poder de Polícia da integral.
Administração. Art. 65. Os requerimentos serão examinados e receberão
§4º O proprietário e o possuidor, sob qualquer título, são parecer no prazo de 30 (trinta) dias úteis, podendo haver
solidariamente responsáveis pelo pagamento das interrupção da contagem do prazo quando forem
despesas e encargos previstos no caput deste artigo, requisitadas diligências ao requerente, até o cumprimento
inclusive das multas. efetivo do quanto determinado.
§5º Não é de responsabilidade do Município a realização §1º Em caso de parcelamento/loteamento e urbanização
de trabalhos de conservação de muro entre propriedades integrada, o Município de Camaçari disporá de 60
particulares. (sessenta) dias úteis.
§2º O prazo estipulado neste artigo poderá ser estendido
TÍTULO IV até o dobro, quando, por motivo justificado, não se
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS concluírem as diligências que seja necessário ao
processo.
CAPÍTULO I LICENÇAS §3º A falta de atendimento, pelo requerente, ao convite
formulado para cumprimento das diligências dentro do
Seção I prazo de 60 (sessenta) dias corridos, prorrogável por
mais
Alvará de Licença e Alvará de Autorização 30 (trinta) dias corridos, com justificativa, resultará no
imediato indeferimento do processo, exceto os casos
Art. 64. Por meio de procedimento administrativo e a previstos no parágrafo anterior.
solicitação do cidadão legitimado nesta Lei, fundamentado §4º Esgotados os prazos estipulados sem que o processo
nesta legislação e nas demais normas que regulam os receba parecer, poderá o requerente iniciar a obra, desde
parâmetros urbanísticos e construtivos da cidade, o que formalize processo próprio junto ao Município,
Município de Camaçari concederá o Alvará de Licença e/ assumindo integralmente a responsabilidade quanto ao
ou Alvará de Autorização/Permissão para obras e cumprimento da legislação em vigor e recolha as taxas
serviços classificados nas Modalidades II, III e IV. referidas nesta Lei.
§1º As obras classificadas na Modalidade I estão isentas §5º As obras iniciadas com base no parágrafo precedente
do licenciamento, mas continuam obrigadas ao estarão sujeitas à demolição das seções que estejam em
cumprimento integral dos parâmetros estabelecidos em desacordo com as normas prescritas nesta Lei, no Código
lei, passíveis de verificação e fiscalização pelo Município. Urbanístico e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
§2º O Alvará para as obras classificadas na Modalidade II Sustentável do Município de Camaçari, sem prejuízo de
será emitido na forma de autodeclaração, presumindo outras sanções aplicáveis.
que o projeto cumpre integralmente os requisitos legais §6º Não poderão ultrapassar a 02 (duas) as diligências
nos termos da legislação em vigor. referidas no caput deste artigo para um mesmo
§3º Os documentos e projetos necessários para análise procedimento.
do pedido restam descritos na Carta de Serviços do
órgão licenciador. Art. 66. Prescreve, independentemente de notificação ao
§4º A autorização/licenciamento de projetos e interessado, o Alvará de Licença quando ultrapassar 02
construções e instalações de equipamentos não significa (dois) anos da sua emissão sem que as obras tenham
o reconhecimento, pelo Município, do direito de sido iniciadas ou passados 04 (quatro) anos sem sua
propriedade ou posse sobre o imóvel. finalização.
§5º O pagamento das taxas referentes ao Alvará de §1º Para o propósito desta Lei, o começo da obra é
Licença e Autorização/Permissão ocorrerá da seguinte caracterizado:
forma:
I- no ato do protocolamento do pedido de licença, 50% I- pela finalização das fundações quando se tratar de
(cinquenta por cento) do valor; empreendimento único com área construída inferior a
25.000,00m² (vinte e cinco mil metros quadrados),
II- no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis, contados da definidas no projeto estrutural específico;
data da aprovação do pedido da licença, prorrogáveis por II- pelo começo das fundações quando se tratar de
mais 20 (vinte) dias, o pagamento dos 50% (cinquenta empreendimento único com área construída igual ou
por cento) restantes em valores atualizados; findo estes superior a 25.000,00m² (vinte e cinco mil metros
prazos sem que ocorra o pagamento, o processo será quadrados), estabelecidas no projeto estrutural
arquivado, perdendo o requerente o direito às taxas já específico.
pagas. §2º No caso de um conjunto de edifícios, a obra é
§6º A forma de pagamento das taxas referidas a Alvará considerada iniciada quando as fundações de um dos
de Licença e Autorização/Permissão para blocos forem concluídas.
empreendimentos destinados à Habitação de Interesse §3º No caso de loteamento, condomínio de lotes e
Social, classificadas no Código Urbanístico como EHIS e urbanização integrada, a obra é considerada iniciada
EHMP, será da mesma forma estabelecida no parágrafo quando da iniciação da abertura das vias de circulação.
anterior, sendo que, no ato do protocolamento, o Art. 67. Será necessário solicitar um novo Alvará de
pagamento mínimo será de 25% (vinte e cinco por cento) Licença nos casos de:
do valor da taxa, e o restante do valor na expedição do
Alvará. I- prescrição do alvará;
§7º No ato do protocolo do pedido, o requerente poderá
recolher o valor correspondente a 50% (cinquenta por II- substituição do projeto.
cento) do valor da taxa de licença para edificar,

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§1º Para os propósitos deste artigo, a substituição do aprovados;


projeto é caracterizada por modificações no projeto que
aumentem a área total construída do projeto aprovado em II- a pavimentação completa do passeio, incluindo o meio
percentual maior que 50% e/ou do número de unidades -fio, adjacente ao terreno construído;
imobiliárias, e/ou alteração do conceito arquitetônico, e/ou III- a conexão do sistema de esgoto sanitário à rede da
na mudança de uso do empreendimento aprovado. via pública ou, na sua ausência, à adequada fossa
§2º No caso de loteamento, condomínio de lotes e séptica, filtro e sumidouro, demais sistemas aprovados no
urbanização integrada a substituição de projeto se projeto;
caracteriza pela alteração do traçado do sistema viário, IV- a adequada drenagem das águas pluviais do terreno
na quantidade de unidades territoriais ou nas áreas de construído.
uso comum.
Art. 68. O pedido de renovação do Alvará de Licença Parágrafo único. A finalização de obras licenciadas sem
deve ser solicitado dentro do prazo de validade do a devida notificação ao órgão licenciador resultará na
mesmo, com o recolhimento, às expensas do requerente, aplicação das penalidades estabelecidas nesta Lei.
das taxas de licença concernentes aos elementos da
construção e/ou parcelamentos ainda não concluídos. Art. 72. A notificação da finalização da obra deve ser
realizada dentro do prazo de validade do Alvará, a
§1º A extensão do prazo de validade do Alvará de Licença ausência ou negligência da comunicação resulta no
só será viável nas seguintes situações: pagamento de multa, taxa e demais previsões contidas
I- interrupção da construção por demanda judicial, após nas legislações municipais.
resolução do litígio; §1º O prazo para inspeção e declaração da autoridade
fiscalizadora com finalidade de concessão de Alvará de
II- embargo ou interdição da obra licenciada, após Habite-se ou do Alvará de Conclusão de Obras não
liberação do órgão competente. poderá ultrapassar 20 (vinte) dias úteis a contar do
comunicado de conclusão da obra.
§2º Contanto que o projeto aprovado esteja em §2º Identificada através de uma única inspeção a não
conformidade com a legislação vigente no momento da conformidade do projeto licenciado, o requerente deverá,
aprovação do pedido de renovação, a obra paralisada no prazo de 20 (vinte) dias úteis, prorrogáveis por mais
com Alvará de Licença expirado poderá ser retomada 20 (vinte) dias úteis, adequar a construção à legislação
após a revisão do projeto e a revalidação simultânea do aplicável, sem prejuízo da multa competente, para
Alvará de Licença. subsequente emissão do Alvará de Habite-se ou do Alvará
§3º A municipalidade poderá permitir a retomada de uma de Conclusão de Obras.
obra parcialmente realizada e interrompida que não §3º Na eventualidade de não conformidade do projeto
esteja em conformidade com a legislação atual, licenciado ser passível de aprovação nos termos da
conquanto a edificação possua escopo de utilização legislação edilícia e urbanística aplicável, o requerente
autorizado na zona, e não seja agravada a eventual não poderá apresentar, no prazo de 30 (trinta) dias úteis,
conformidade em relação aos índices urbanísticos e novos desenhos para análise do órgão competente, sem
parâmetros de instalação e incomodidades previstos no prejuízo da multa devida e do pagamento da taxa de
Código Urbanístico. modificação de projeto, para subsequente emissão do
Art. 69. O Alvará de Licença, uma vez esgotado, de respectivo Alvará de Habite-se ou Alvará de Conclusão
acordo com a lei, o exercício do direito ao contraditório e de Obras.
à ampla defesa, poderá ser: §4º Na circunstância descrita no §3º deste artigo, o
I- anulado ou cassado: quando for constatada a Alvará de Licença, enquanto válido, poderá ser objeto de
realização de obras em desacordo com o projeto anotação para registrar possíveis alterações de dados.
aprovado e/ou incompatível com a legislação e/ou normas Art. 73. No caso de construção de empreendimento em
atuais ou por determinação judicial; condomínio ou sob regime de incorporação, o requerente
II- revogado: quando for demonstrado um interesse poderá, quando da comunicação de finalização da obra,
público significativo para a não realização da obra; indicar por escrito os nomes dos condôminos para
III- invalidado ou anulado: pela autoridade diretamente posterior emissão de Alvará de Habite-se individualizado;
superior à que o concedeu quando for detectada ou, não o fazendo, o Alvará de Habite-se será emitido
irregularidade na sua concessão. exclusivamente no nome do proprietário.
Art. 70. O Alvará de Autorização para as obras especiais Art. 74. Poderá ser concedido Alvará de Habite-se parcial
e/ou em logradouro público terá validade de 02 (dois) para as construções autorizadas, desde que as seções
anos, contados a partir da data de sua emissão. liberadas possam ser ocupadas, utilizadas ou habitadas,
independentemente umas das outras, sem risco para os
Seção II usuários do edifício, exceto nos casos em que:
Conclusão de obra e expedição de Alvará de Habite-Se I- todas as fachadas da edificação a ser concedido o
Alvará de Habite-se não estiverem concluídas;
Art. 71. A finalização de obras autorizadas nas II- o acesso à seção finalizada não estiver em condição
Modalidades II, III e IV será notificada ao Município pelo ideal de uso;
solicitante ou representante legal, para propósitos de
inspeção e concessão do Alvará de Habite-se e/ou do III- for essencial a utilização da seção finalizada para
Alvará de Conclusão de Obras, quando serão acesso ao restante das construções, ainda em processo
examinadas as condições de habitabilidade da de construção ou por construir;
construção e/ou serviços de infraestrutura propostos no IV- as áreas comuns de lazer do empreendimento para o
Termo de Compromisso do empreendimento, quando for qual será concedido o Alvará de Habite-se não estiverem
o caso, observados: finalizadas.
I- a aderência total ao projeto ou desenhos técnicos Art. 75. No caso de demolição autorizada, ou eventual

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regularização de demolição ou edificação, poderá ser logradouros municipais;


solicitada a emissão do Certificado de Demolição, Termo
de Reconhecimento de Edificação Concluída (TREC) e III- não prejudicar a pavimentação e/ou calçadas, e/ou
Habite-se de Regularização. redes subterrâneas em logradouros municipais;
§1º Em caso de regularização de demolição realizada IV - instalar barreiras, tapumes e andaimes, dentro das
sem a devida autorização, a emissão do Certificado de condições estipuladas nesta Norma Municipal;
Demolição fica condicionada à implementação das V - evitar o barulho excessivo, principalmente nas
medidas fiscais apropriadas. proximidades de hospitais, escolas, asilos e
§2º Se for detectada a presença de nova construção no estabelecimentos similares, respeitando os parâmetros
local, a emissão do Certificado de Demolição da de níveis e horários estabelecidos na Lei nº 1.120/2010
construção anterior fica condicionada à regularização da ou em outra que venha a substituí-la;
atual e aplicação das sanções aplicáveis. VI- manter, durante a realização das construções, em local
§3º As edificações em desacordo com a legislação visível para a fiscalização, placa conforme modelo
urbanística municipal, estadual ou federal, existentes até disponibilizado pelo Órgão competente.
17 de novembro de 2023, poderão ser regularizadas,
mediante procedimento próprio de análise e pagamento CAPÍTULO III PENALIDADES E RECURSOS
de contraprestação ao Município, com emissão de Termo
de Reconhecimento de Edificação Concluída (TREC), a Art. 78. Aqueles que infringirem as estipulações contidas
ser regulamentado por ato do Executivo. neste Código de Obras e Edificações e das normas
§4º As edificações executadas clandestinamente após 17 decorrentes - sejam eles o requerente, o proprietário ou o
de novembro de 2023, somente poderão ser regularizadas profissional responsável pelo projeto e/ou pela
quando executadas de acordo com os parâmetros construção - serão notificados para corrigir a
urbanísticos vigentes, mediante procedimento próprio de irregularidade, sem prejuízo da aplicação das seguintes
análise e pagamento de contraprestação, com emissão sanções:
de Habite-se de Regularização, a ser regulamentado por I- multa, a ser imposta proporcionalmente à natureza e
ato do Executivo, sem prejuízo da aplicação das severidade da infração cometida, conforme valores e
penalidades legais. parâmetros constantes do ANEXO II desta Lei, após
§5º O Poder Executivo Municipal poderá expedir ato julgamento de procedência do auto de infração com
normativo que regulamente preço para as tarifas relativas regular processamento do feito, cujo pagamento não
à emissão do Certificado de Demolição, do Termo de isenta a correção da irregularidade;
Reconhecimento de Edificação Concluída (TREC) e do II- embargo, a ser imposto quando constatada
Habite-se de Regularização, utilizando-se, como irregularidade pela fiscalização, precedido do auto de
parâmetro, a Unidade Fiscal Municipal. infração, medida que deverá ser imediatamente acatada
pelo interessado ou seus representantes e prepostos;
CAPÍTULO II FISCALIZAÇÃO III- interdição, imposta sempre que se constatar
continuação de construção embargada ou realização de
Art. 76. A gestão municipal irá monitorar e fiscalizar a obra ou edificação, ocupada ou não, que comprometa a
execução de obras e serviços de todas as categorias, sua estabilidade ou coloque em risco os residentes, a
realizando avaliações julgadas necessárias e aplicando comunidade, os trabalhadores e terceiros, ficando
as sanções apropriadas, com o objetivo de assegurar a vedado, sob qualquer pretexto, o acesso de indivíduos na
observância das normas municipais e das normas construção ou edificação, exceto aqueles autorizados por
reguladoras resultantes. autoridade habilitada. Esta medida deverá ser
§1º O monitoramento e fiscalização serão conduzidos por imediatamente acatada pelo interessado ou seus
servidores municipais, assegurando-se o seu acesso ao representantes e prepostos;
local da construção, mediante apresentação da IV- confisco de materiais e equipamentos:
identificação de trabalho, sendo responsabilidade dos
servidores a aplicação das penalidades estabelecidas a) quando não cumprida a interdição, lavrando-se o
nesta Lei Municipal, nos regulamentos dela decorrentes e termo próprio;
no Código/Lei que regulamente e determine os
procedimentos para o exercício do Poder de Polícia da b) quando a obra apresentar riscos ao meio ambiente
Administração Municipal. e/ou à segurança a sua volta.
§2º Obstruir ou dificultar a ação de fiscalização resultará
em penalidades administrativas determinadas na lei. V - demolição da construção, realizada total ou
§3º A Licença ou autorização Municipal, original ou cópia, parcialmente, sempre que for:
deve estar disponível, legível e em bom estado de
conservação no local da obra, junto ao projeto integral ou a) incompatível com as disposições desta Lei, do
desenhos técnicos aprovados, para que possam ser Plano Diretor e da Legislação de Planejamento do Uso e
exibidos sempre que requisitados pela autoridade Ocupação do Solo; ou
fiscalizadora do Município. b) comprovada a impossibilidade de recuperação,
quando interditada, na forma do inciso III do Art. 77 desta
Art. 77. Enquanto houver a execução das obras, o Lei.
proprietário, requerente legitimado e o profissional
responsável devem garantir a segurança e a integridade VI - condenação no pagamento do valor da obra ou
dos trabalhadores, das propriedades adjacentes e do serviço, com acréscimo de 30% (trinta por cento), na
público, adotando as seguintes medidas: hipótese em que o Poder Público realize obra ou serviço
I- manter as partes dos logradouros próximos à não executados compulsoriamente pelo administrado,
construção, constantemente livres e limpos; nos termos deste Código.
II- não despejar ou derramar águas residuais nas ruas e §1º Nos casos de demolição previstos neste artigo, o

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proprietário deverá ser notificado para demolir a 1120/2010 (Código de Polícia Administrativa do Município
construção, com o prazo de 10 (dez) dias corridos para de Camaçari), ou de Lei posterior que a substitua;
apresentação de recurso. Art. 82. O processo, que tramitará perante a Junta de
§2º Caso não seja apresentado recurso, ou sendo este Julgamento em Primeira Instância do órgão municipal
negado, o proprietário será notificado da decisão, competente, terá início:
devendo promover a demolição, às suas próprias custas, I- Com a instauração do procedimento, nos termos do
no prazo estabelecido na notificação. regulamento do órgão a quem compete tratar do uso do
§3º Decorrido o prazo estabelecido na notificação sem que solo e meio ambiente, com ou sem a imediata lavratura
a demolição seja realizada, o Município de Camaçari, por do auto de infração;
meio do órgão técnico competente, executará a II- E, em seguida, terá seguimento com a comunicação ao
demolição, cobrando as despesas dela decorrentes, interessado, inclusive com a possibilidade de
acrescidas de 30% (trinta por cento) do seu valor como comunicação ficta, tudo nos termos previstos neste
encargos da administração e sem prejuízo da aplicação Código e na legislação aplicável de forma subsidiária ou
da multa estipulada na tabela constante do ANEXO II suplementar;
desta Lei.
§4º Realizada a inspeção/vistoria e constatada obra ou Art. 83. Iniciado o processo, o infrator será comunicado
edificação em ruína, obra sem licença em domínio público, da instauração do processo e/ou da lavratura do auto de
obras com risco iminente de desabamento e outros casos infração, por quaisquer das modalidades a seguir:
previstos em Lei, poderá o Município de Camaçari I- Pessoalmente, servindo como prova a sua assinatura
executar a demolição sem prévia comunicação ao ou de seu mandatário ou preposto;
proprietário, além de cobrar as despesas mencionadas no II- Por meio eletrônico, para o endereço de e-mail ou
parágrafo anterior; aplicativo de mensagem declarado no procedimento de
habilitação, ou constante nos cadastros dos órgãos
Art. 79. As multas serão aplicadas conforme ANEXO II municipais competentes, ou qualquer outro órgão que
desta Lei, considerando a natureza da infração, bem como tenha recepcionado dados do interessado;
critérios monetários, de padrão construtivo e métricos III- Por via postal, direcionada ao endereço declarado no
ligados ao imóvel. procedimento de habilitação, ou ao imóvel no qual se
§1º Quando o infrator praticar duas ou mais infrações, comete a infração;
relativas ao mesmo serviço ou obra objeto da IV- Por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do
fiscalização, serão aplicadas cumulativamente as multas Município, nos casos em que não for possível a intimação
pertinentes. nas formas anteriormente mencionadas.
§2º Este Código sancionará o infrator reincidente, §1º A intimação considera-se feita:
diferenciando a reincidência genérica (quando o infrator
reincidir na violação a normas diversas previstas no I- na data da ciência do intimado, se pessoalmente;
Código) da reincidência específica (violação de uma
mesma norma, em uma segunda oportunidade) – tudo II- na data aposta no aviso de recebimento pelo
nos termos desse artigo e do ANEXO II desta Lei. destinatário ou por quem receber a intimação, se por via
§3º Reincidência genérica. No prazo de cinco anos, postal;
contados da instauração do respectivo processo III- quinze (15) dias após a data da publicação do edital;
sancionador, o infrator que reincidir em quaisquer das
outras condutas apenadas, nos termos do ANEXO II, terá IV- na data em que certificado no processo o envio da
a sua segunda sanção ampliada em 50% (cinquenta por intimação eletrônica, via e-mail ou aplicativo de
cento) do valor previsto no ANEXO II. Esta previsão não mensagem.
precisará constar em eventual auto de infração, mas §2º Omitida a data no aviso do recebimento pelo
deverá ser certificada em processo administrativo. destinatário a que se refere o inciso II do parágrafo
§4º Reincidência específica. No prazo de cinco anos, anterior, considerar-se-á feita a intimação:
contados da instauração do respectivo processo I- 10 (dez) dias a contar da entrega na agência postal;
sancionador, o infrator que reincidir em uma mesma
conduta apenada, nos termos do ANEXO II, terá a sua IV- na data constante do carimbo da agência postal que
segunda sanção ampliada em 100% (cem por cento) do proceder à devolução do aviso de recebimento, se anterior
valor previsto no ANEXO II. Esta previsão não precisará à data de ciência do intimado pessoalmente.
constar em eventual auto de infração, mas deverá ser
certificada em processo administrativo. Art. 84. A intimação conterá obrigatoriamente:

Art. 80. Qualquer construção iniciada sem a licença I- a qualificação do intimado, quando de conhecimento da
apropriada em áreas de domínio público total, seja ela autoridade competente;
municipal, estadual ou federal, incluindo as Áreas
previstas no Decreto-Lei nº 9760/1946, será passível de II- a finalidade da intimação;
demolição, atribuindo-se ao infrator as despesas
resultantes, sem prejuízo da multa referida na tabela III- o prazo e local para seu atendimento;
presente no ANEXO II desta Lei.
IV- a assinatura do funcionário, por qualquer meio hábil,
Art. 81. O processo administrativo relativo às penalidades com indicação do seu cargo ou função e o número de
previstas nesta Lei, bem como de qualquer outra matrícula.
Legislação Urbanística e Ambiental de Camaçari, seguirá
as regras aqui previstas, e, subsidiariamente, no que Parágrafo único. Prescinde da assinatura a intimação
couber, o procedimento constante na regulação do emitida por processo eletrônico.
“processo fiscal”, de que trata a Lei Municipal nº

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Art. 85. A comunicação dará início ao processo, devendo


ser expedida ao infrator estabelecendo prazo para a I- ANEXO I – Glossário;
regularização da situação considerada desconforme,
indicando prazo para o exercício do direito de defesa. II- ANEXO II – Tabela de Multas;
§1º O prazo para defesa será de 10 (dez) dias, sendo que
o prazo para regularização da desconformidade não Art. 94. Todos os documentos necessários para a
deverá ser menor do que 03 (três) dias e não poderá instrução das solicitações, assim como todos os convites
exceder 15 (quinze) dias, de acordo com a gravidade da e/ou diligências, podem ser substituídos por equivalentes
situação verificada. digitais ou por documentos disponíveis nos registros e
§2º O não atendimento da notificação no prazo bancos de dados do Município.
estabelecido e a não apresentação de defesa ensejará na
lavratura ou na procedência do auto de infração, conforme Art. 95. Além das penalidades e demais medidas
o caso. estabelecidas nesta Lei, devem ser observadas as
demais legislações em vigor, em particular o Código de
Art. 86. Lavrar-se-á termo complementar ao processo Polícia Administrativa.
para aplicação de penalidade, ou ao auto de infração,
conforme o caso, sempre após a defesa ou termo de Art. 96. A Administração Municipal disponibilizará
revelia e por iniciativa do autuante ou determinação da computadores em todas as Administrações Regionais,
autoridade administrativa ou julgadora, para suprir bem como o suporte para a utilização dos mesmos, para
omissões ou irregularidades que não constituírem vícios que a população em situação de vulnerabilidade tenha
insanáveis, dando ciência ao autuado para que se acesso ao Licenciamento Simplificado.
manifeste no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 97. A Administração Pública informará ao Conselho
Art. 87. Salvo quando necessária alguma ação fiscal ou Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e ao
exercício da prerrogativa da autoexecutoriedade imediata Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) sobre
da medida administrativa, a defesa do interessado terá eventual violação cometida por profissionais, para que
efeito suspensivo. tomem as ações administrativas internas apropriadas.
§1º Decorrido o prazo estabelecido no caput deste artigo
sem a apresentação da defesa, o autuado será Parágrafo único. Se houver elementos que indiquem a
considerado revel. ocorrência da infração penal, o órgão competente
§2º No curso do prazo para defesa, o autuado ou o seu reportará o incidente à autoridade policial responsável.
representante legal terá acesso ao processo de forma
presencial ou por meio eletrônico, conforme o caso. Art. 98. O Município poderá emitir regras adicionais a
esta Lei, no que diz respeito à sua aplicação.
Art. 88. A autoridade competente, após instrução do
processo, deverá julgar e decidir de forma fundamentada, Art. 99. A autorização e a supervisão ambiental de
considerando-se, inclusive, fundamentada a decisão em construções e atividades serão regidas pelas normas
que se faça, apenas, referência clara e expressa a estabelecidas na legislação ambiental atual.
elementos técnicos existentes no processo.
Art. 100. Os procedimentos administrativos de
Art. 89. A decisão será proferida por escrito, em linguagem licenciamento iniciados antes da vigência desta Lei serão
clara e simples, concluindo pela procedência ou avaliados de acordo com as leis aplicáveis ao tempo do
improcedência total ou parcial da penalidade aplicada. seu início.

Art. 90. Da decisão será notificado o interessado através Parágrafo único. Os procedimentos mencionados no
de livro protocolo, via postal, com aviso de recebimento, caput deste artigo poderão, a pedido do interessado, ser
via eletrônica ou mediante publicação no órgão oficial do avaliados de acordo com as disposições desta Lei.
Município.
Art. 101. Ficam revogadas as disposições em contrário a
Art. 91. O prazo para pagamento da multa será de 10 esta lei, em especial a Lei nº 339, de 26 de dezembro de
(dez) dias a contar da ciência da decisão final, após o 1995, Lei nº 395/1998, Lei Complementar nº 1692/2021 e
que será inscrita na dívida ativa. Lei nº 1822/2023.

Art. 92. É permitida interposição de recurso, com efeito Art. 102. Esta Lei entra em vigor no prazo de 60
suspensivo, contra decisão proferida com base nesta Lei (sessenta) dias, a partir da data de sua publicação.
e regulamentos dela decorrentes, em até 10 (dez) dias
corridos, contados a partir da data em que se tomar Art. 103. Havendo a revisão do Plano Diretor de
conhecimento da penalidade imposta. Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município de
Parágrafo único. O recurso deverá ser devidamente Camaçari (PDDU-S), o presente Código de Obras deverá
instruído com os elementos necessários para sua análise, ser revisado concomitantemente.
dirigido à autoridade diretamente superior àquela que
aplicou a penalidade, conforme regulamento em vigor GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
existente no Código Urbanístico. CAMAÇARI, ESTADO DA BAHIA, EM 15 DE
DEZEMBRO DE 2023.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ANTÔNIO ELINALDO ARAÚJO DA SILVA
PREFEITO
Art. 93. Fazem parte desta Lei os anexos a seguir:

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Compartimento ou
Parte de uma edificação ou de uma unidade imobiliária.
ANEXO I – GLOSSÁRIO cômodo
Empreendimento resultante de parcelamento prévio, formado por
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e partes designadas de lotes, unidades autônomas imobiliárias, que são de
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, Condomínio de Lotes propriedade exclusiva, e por partes que são propriedade comum dos
edificações, transportes, informação e comunicação, condôminos, com suas respectivas frações ideais, áreas comuns e vias de
Acessibilidade inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e circulação interna. (Incluído pela Lei nº 9.509/2020).
instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso
Documento expedido pelo Poder Público Municipal, contendo um
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência
conjunto de informações e orientações, com a finalidade de verificar a
ou com mobilidade reduzida.
Consulta Prévia viabilidade do uso, definir previamente diretrizes e parâmetros para a
Edificação, espaço, mobiliário e equipamento que possa ser utilizado e elaboração de projetos de parcelamento do solo e de empreendimentos
vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquela com deficiência ou geradores de impactos de tráfego, de vizinhança e ambientais.
Acessível
mobilidade reduzida, conforme os parâmetros definidos em norma
São obras civis construídas com a finalidade de prover estabilidade
técnica pertinente.
Contenção contra a ruptura de maciços e que evitam o escorregamento causado
Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento pelo seu peso próprio ou por carregamentos externos.
Adaptável cujas características possam ser alteradas para que se torne
acessível. Procedimento administrativo para dirimir dúvidas sobre pontos
Convite ou Comunicação
relevantes do processo, formalizado através de e-mail eletrônico e/ou
Obra em acréscimo à edificação existente em uma mesma proprie- Externa
comunicado através do site.
Acréscimo ou Ampliação dade, formando novos compartimentos ou ampliando os já existen-
tes. Intensidade das perdas humanas, materiais ou ambientais decorrentes
Dano
Limite do lote ou da gleba com o logradouro público existente ou de um desastre ou acidente.
Alinhamento de Gradil
projetado. É toda obra de construção civil que visa a derrubada total ou a retirada
Linha delimitada pelo Município dentro do lote ou terreno, paralela a Demolição de algum elemento da edificação, podendo ser manual, mecanizada ou
Alinhamento de Recuo com uso de explosivos.
qualquer das divisas do lote, a partir da qual é permitida a edificação.
Documento expedido pelo Município, assegurando a concessão do direito de Parcelamento de lote resultante de loteamento ou desmembramento
Alvará de Licença Desdobro
construir ou para funcionar uma atividade de forma simplificada, nos casos aprovado, para a formação de novo ou novos lotes.
Simplificada
disposto em Lei.
Subdivisão de gleba em outras glebas e/ou em lotes destinados à
Documento expedido pelo Município para execução de obras especiais edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que
Alvará de Autorização Desmembramento
e/ou logradouros. não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no
prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.
Alvará de Conclusão de Documento expedido pelo Município reconhecendo o empreendimento
Obras em condições de ser utilizado. Divisa do Lote ou Terreno Linha que demarca os limites de um lote ou terreno.

Documento expedido pelo Município reconhecendo o empreendimento Via construída por dutos integrantes dos sistemas transporte dutoviário,
Alvará de Habite-se
tem condições de ser habitado. podendo classificar-se como oleodutos, gasodutos, minerodutos e
Dutovia aquedutos, destinados, ao transporte ou transferência de petróleo, seus
Documento expedido pelo Município, assegurando a concessão do derivados ou gás natural, sal gema, minério de ferro, concentrado
Alvará de Licença
direito de construir ou para funcionar uma atividade. fosfático e água.
Ambientes e/ou compartimentos de uma edificação cuja permanência Pequena construção térrea, encostada em uma ou duas divisas, que não
humana é transitória e de curto período de tempo, tais como: circulação Edícula
Ambiente de permanência coincida com o alinhamento de gradil, para apoio à edificação principal.
e acesso de pessoas, higiene pessoal, troca e guarda de roupa, depósitos
eventual
para guarda de materiais, utensílios ou peças, sem a possibilidade de Qualquer estrutura física construída pelo homem implantada em uma
Edificação
qualquer atividade humana. unidade territorial.

Ambiente de permanência Ambientes e/ou compartimentos de uma edificação cuja permanência Ato administrativo que visa impedir a continuidade de uma obra que não
Embargo de obra
prolongada humana não é transitória. atende a dispositivos legais.

Edificação ou conjunto de edificações constituída(s) de apartamentos, Toda e qualquer ação, pública ou privada, que importe ou tenha
dotada(o) de unidade autônoma destinadas à prestação de serviços de Empreendimento importado em modificação, separação, delimitação e aproveitamento de
Apart Hotel/Flat
hotelaria/hospedagem aos usuários, podendo ser constituídos de: qualquer parte do território municipal.
recepção, lavanderia, restaurante, governança, vestiário, entre outros.
Empreendimento de Corresponde a uma edificação ou um conjunto de edificações, destinado
Superfície sem cobertura, cujo perímetro é fechado pela edificação Habitação de Interesse total ou parcialmente à Habitação de Interesse Social e usos
Área Fechada ou pela linha ou muro divisório do lote. Social (EHIS) complementares, conforme o disposto em legislação específica.
Área de terreno não edificável, compreendida entre as divisas do terreno Empreendimento de Corresponde a uma edificação ou um conjunto de edificações,
Área de Recuo
e os alinhamentos dos recuos. Habitação de Mercado destinados, predominantemente à Habitação de Mercado Popular,
Popular (EHMP) podendo também HIS 1 e HIS 2.
Áreas públicas ou privadas sem qualquer tipo de edificação ou
Área Livre
utilização. Definição da relação de pertinência de áreas, empreendimentos,
Enquadramento atividades e usos nas categorias urbanísticas instituídas nesta Lei com
Considera-se atividade, para os efeitos desta Lei, toda a ação ou
fins exclusivos de aplicação dos controles de uso e ocupação do solo.
manifestação humana, da iniciativa de agentes
públicos ou particulares, que estejam voltadas para a residência, a Espaço público ou privado destinado à guarda ou permanência
produção de bens e mercadorias, a comercialização, a prestação de Estacionamento
prolongada de veículos automotores.
serviços, a modificação do meio ambiente, a difusão e a consolidação de
Atividade Fachada Face externa da edificação.
ideias, princípios e culturas, a saúde e o aperfeiçoamento físico-orgânico
e que envolvam a destinação, permanente ou Altura em metros da edificação, considerando a diferença entre a cota
temporária, de áreas de território do Município e das edificações, b Gabarito de altura das
de nível do pavimento térreo e a da cobertura da última laje da
em como a associação de imagens e apropriação dessas áreas, de edificações
edificação, incluindo casas de máquinas e reservatórios superiores.
maneira relacionada com aquelas ações ou manifestações.
Áreas cobertas destinadas à circulação, manobra e estacionamentos de
Estacionamento de bicicleta de média ou longa duração, com grande Garagem
veículos.
número de vagas, controle de acesso, com visibilidade e sinalização, com
Bicicletário gestão pública ou privada, preferencialmente coberto, vigiados e dotado Gleba Área de terra que não foi objeto de parcelamento.
de equipamentos como bombas de ar comprimido, telefone público, e
eventualmente sanitários. Guarita Edícula destinada ao controle de acesso.

Parte da via normalmente segregada e em nível diferente, não destinada Aquela destinada ao atendimento habitacional das famílias de baixa
Calçada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestre e, quando renda mensal de acordo com parâmetros definidos pelo Governo
Habitação de Interesse
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização e arborização. Federal, promovida pelo Poder Público ou com ele conveniada, tendo no
Social (HIS)
máximo um sanitário e uma vaga de garagem, conforme
Espaço delimitado pelo tapume, destinado ao preparo e apoio à definição e índice de correção de valores previstos no PDDU-S.
execução da obra ou serviço, incluindo os elementos provisórios que o
Canteiro de obras compõem, tais como stand de vendas, alojamento, escritório de campo, É um programa de incentivo a ações e práticas de sustentabilidade em
depósitos, galeria, andaime, plataforma e tela protetora visando à IPTU Verde construções, no qual são oferecidos descontos no IPTU, de acordo com a
proteção da edificação vizinha e logradouro público. pontuação do Programa de Certificação Sustentável.

Ato administrativo que visa impedir o ingresso de pessoas não


Interdição
Edificação destinada a duas ou mais unidades residenciais, caracterizadas autorizadas em obra ou utilização de edificação concluída ou existente.
por cotas de pisos diferenciados, cuja articulação com o exterior se faz Parecer emitido por profissional da área sobre assunto de sua
por meio de acessos exclusivos de cada unidade, com aspecto externo Laudo técnico especialidade, acompanhado de respectivo documento de
Casas Escalonadas homogêneo, acompanhando a topografia do terreno e que atenda a uma responsabilidade técnica profissional.
das seguintes características:
a) paredes externas total ou parcialmente contiguas ou comuns; Espaço livre, de uso público, reconhecido pela municipalidade, destinado
Logradouro Público
b) superposição parcial de pisos. ao trânsito, tráfego, comunicação ou lazer.

Área de terra resultante do parcelamento do solo, com pelo menos uma


Lote
Circulação Horizontal Espaço destinado ao deslocamento horizontal. das divisas com frente para via oficial de circulação.
Circulação Vertical Espaço destinado ao deslocamento entre diferentes níveis.

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Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de


Loteamento novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes. Remembramento Reagrupamento de dois ou mais lotes para a formação de novos lotes.

Loteamento de Interesse Aquele destinado à implantação de programas habitacionais de interesse


Social social. Obras destinadas, exclusivamente, a conservar a edificação e que não
Reparos Gerais impliquem na alteração das dimensões dos espaços ou na sua
Cobertura em estrutura em balanço, por vigas ou laje ou apenas laje, configuração estética.
Marquise
apoiada em apenas em um elemento.

Pavimento que subdivide parcialmente um pavimento em dois, com


acesso interno entre eles, cuja projeção ocupe no máximo 50% É o processo de requalificação e revitalização de antigos edifícios,
Mezanino
(cinquenta por cento) do pavimento que se situa, sendo aberto para o aumentando sua vida útil, usando tecnologias avançadas em sistemas
ambiente do piso inferior. Retrofit prediais e materiais modernos, observando as restrições urbanísticas e
edilícias, em especial, os referentes à preservação do patrimônio
Procedimento de reapresentação de peças gráficas, com Alvará em vigor, histórico e arquitetônico.
que não implique em aumento de área construída total do projeto
Modificação de projeto aprovado, em percentual superior a 50% e/ou do número de unidades
imobiliárias e/ou mudança do partido arquitetônico e/ou na mudança de
uso do empreendimento aprovado. Processo pelo qual uma área urbanizada sofre modificações que
Reurbanização substituem, total ou parcialmente, suas primitivas estruturas físicas e
Movimento de Terra Modificação do perfil do terreno que implica em alteração topográfica. urbanísticas.
Muro de Contenção Muro destinado a suportar desnível de terreno.

Elemento físico que separa duas unidades imobiliárias e/ou unidade


Muro divisório é a probabilidade de que se produzam consequências prejudiciais,
imobiliária e a área pública.
eventuais perdas de vidas, feridos, destruição de propriedades e meios
Fixação da cota de implantação de uma construção nos seus limites com de vida, transtornos da atividade econômica ou danos ao meio
Nivelamento Risco
o espaço público. ambiente, como resultado da interação entre as ameaças de um evento
adverso que pode ser natural ou provocado pelo homem (atividades
Conjunto de procedimentos técnicos relativos à execução de humanas) e as condições de vulnerabilidade.
Obra empreendimentos e serviços, implantação de equipamentos e
instalações definidos em projetos e memoriais descritivos.
Ocupação do Solo Toda e qualquer ação de apropriação do espaço urbano.
Retirada de parcela de vegetação de um imóvel, devidamente autorizada
Intervenção do Poder Público visando orientar e disciplinar a pelo órgão de Meio Ambiente competente, para fins de Parcelamento do
Ordenamento do Uso e da
implantação de atividades e empreendimentos no território do Supressão de vegetação Solo, construção de edificações, execução de obras de infraestrutura,
Ocupação do Solo
Município. mediante avaliação do impacto ambiental, com condicionantes e
medidas compensatórias, preferencialmente na mesma propriedade.
Variáveis que regulam a forma, a natureza e a intensidade do uso e da
Parâmetros Urbanísticos
ocupação do solo urbano.

Qualquer divisão do solo, com ou sem abertura de logradouros públicos,


Parcelamento do Solo Vedação de madeira ou outro material, instalada em caráter provisório
de que resultem novas unidades imobiliárias.
ao nível do logradouro, que fecha ou circunscreve área destinada à
Tapume
Parte do logradouro público destinado exclusivamente ao trânsito de realização de obra ou intervenção, destinada isolar e a proteger
Passeio operários e transeuntes.
pedestres.

Pavimento Cada um dos planos de piso de uma edificação.

Pavimento que se encontra abaixo do nível do pavimento térreo da É o ato ou efeito de deixar um terreno plano e/ou com platôs bem
Pavimento de Subsolo Terraplenagem definidos, através da escavação de terrenos mais elevados, remoção de
edificação.
quantidade de terra ou enchimento de depressões.
Aquele definido pelo projeto, cujo piso não fique a uma altura maior que
Pavimento Térreo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) em relação à cota do meio-
fio do logradouro. Testada ou Frente do
Divisa do lote ou terreno lindeira ao logradouro que lhe dá acesso.
Terreno ou do Lote
Pé Direito Altura vertical livre entre o piso e o teto de um compartimento.

Peça Gráfica Desenho técnico representativo de projeto.


Porção do solo ou da edificação individualizada e/ou autônoma quanto
Unidade Imobiliária
Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, às condições de uso e de comercialização.
Pessoa Com Deficiência intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
(PCD) pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas. Processo de incorporação de áreas ao tecido urbano, seja por meio da
Urbanização criação de unidades imobiliárias ou da implantação de sistemas e
Pessoa com mobilidade Aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, instalações de infraestrutura.
reduzida permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade.

Poço de Ventilação Componente da edificação por onde se processa a condução de ar.


Empreendimento de urbanização do qual resulta a criação de unidades
Empreendimento ou atividade que pela sua capacidade de atração de Urbanização Integrada imobiliárias edificadas, contendo a necessária infraestrutura de
Polo Gerador de Tráfego viagens e seu nível de abrangência gera interferências no tráfego do equipamentos comunitários e urbanos.
(PGT) entorno, demandando projetos de inserção urbana diferenciados para
sua implantação.
Empreendimento de urbanização do qual resulta a criação de unidades
Área de circulação que interliga vias, ou uma via e uma edificação, ou
Rampa Urbanização Integrada de imobiliárias edificadas, contendo a necessária infraestrutura de
espaços de uma mesma edificação situados em níveis diferenciados.
Interesse Social equipamentos comunitários e urbanos, e contemplando assentamentos
Obra destinada à recuperação e recomposição de uma edificação, para a população de baixa renda.
Reconstrução motivada pela ocorrência de incêndio ou outro sinistro, mantendo-se as
características anteriores.
Toda ação humana que implique em dominação, apropriação ou
Distância medida em projeção horizontal entre as partes mais avançadas Uso do Solo
Recuo da Edificação utilização de um espaço ou terreno.
da edificação e as divisas do terreno.
Distância medida em projeção horizontal entre as partes mais avançadas
Diligência efetuada pela Prefeitura, tendo, por fim, verificar as condições
da edificação e a divisa direita do terreno, considerando como referência Vistoria
Recuo Lateral Direito de uma obra ou de uma edificação habitada ou não.
a posição do observador dentro do terreno olhando para a rua de acesso
principal.
Distância medida em projeção horizontal entre as partes mais avançadas Grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua
da edificação e a divisa esquerda do terreno, considerando como sensibilidade, capacidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa
Recuo Lateral Esquerdo
referência a posição do observador dentro do terreno olhando para a rua Vulnerabilidade de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os
de acesso principal. efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade
Qualquer obra que altere a configuração interna ou externa da climática e os eventos extremos.
Reforma edificação, com ou sem aumento de sua área construída computável,
destinada a conservar e estabilizar a edificação.
Porção do território nas quais incidem parâmetros e critérios
Regularização Fundiária Programa de Regularização Fundiária Urbana do município de Salvador.
Zona de Uso diferenciados de parcelamento, uso e ocupação do solo, visando o
Urbana (REURB) (Lei Complementar nº 074/2020).
ordenamento geral da cidade.
Modificação total ou parcial de loteamento que implique em alterações
Reloteamento no viário existente e em nova distribuição das áreas resultantes sob a
forma de lotes ou frações ideais.

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ANEXO II - TABELA DE MULTAS

Valor da Multa em Unidade Fiscal Municipal (UFM)


Padrão Construtivo
Artigo Natureza da Infração Unidade
Popular / Sim-
ples Médio Bom Luxo
Execução de obra sem técnico 10,00/ 20,00/ 20,00/ 50,00/
11 m/m²/m³ 3,00 /5,00/ 12,00 5,00/ 10,00/ 25,00
responsável 50,00 100,00
Executar movimento de solo com
cortes, aterro ou bota-fora e esto-
15, VI; 26, XI m³ 200 200 200 200
car material, sem licença ou dis-
pensa
Iniciar obra ou intervenção de
qualquer natureza, particular ou 10,00/ 20,00/ 20,00/ 50,00/
15, 16, 18 e 80 m/m²/m³ 3,00/ 5,00/ 12,00 5,00 /10,00/ 25,00
pública, sem a devida licença ou 50,00 100,00
autorização da Prefeitura
Iniciar ou realizar obra ou inter-
venção de qualquer natureza em 12,00/ 30,00/ 25,00/ 70,00/
10, XII m/m²/m³ 4,00/ 7,00/ 15,00 7,00/ 12,00/ 30,00
área de domínio ou posse do 65,00 120,00
poder público.
Uso de expediente fraudulento Por interven-
10, VII para obter a licença ou autoriza- 1.000 1.000 1.000 1.000
ção
ção para iniciar a obra
Tentativa de enganar a Prefeitura Por interven-
10, VII ou a Fiscalização através de 1.000 1.000 1.000 1.000
ção
expediente fraudulento
Não comunicação de conclusão
de obra até 01 ano após findar a
10, III validade do Alvará ou habitar m² 5 10 20 40
sem o competente "habite-se" ou
"conclusão de obras"
Introduzir, durante a execução da
obra, modificações em projetos
ou peças gráficas aprovados, que m/m²/m³ para
15,00/ 10,00/ 10,00/ 20,00/ 20,00/ 40,00/ 40,00/ 80,00/
10, III; 18, par. Único não atendam às disposições área descon-
20,00 40,00 80,00 200,00
desta Lei e da Legislação do forme
Ordenamento do Uso e Ocupa-
ção do Solo
Executar obra ou serviço de for-
m/m²/m³ para
ma diversa do projeto submetido 15,00/ 10,00/ 10,00/ 20,00/ 20,00/ 40,00/ 40,00/ 80,00/
10, VIII área descon-
à análise no processo de licencia- 20,00 40,00 80,00 200,00
forme
mento
Inexistência de Alvará de Licença
ou de autorização, peças gráficas Por interven-
10, X $300,00 $300,00 $300,00 $300,00
ou projetos aprovados, quando ção
for o caso, no local da obra
Omissão do licenciado e/ou res-
ponsável técnico quanto à segu-
15,00/ 10,00/ 10,00/ 20,00/ 20,00/ 40,00/ 40,00/ 80,00/
10, V, VI, VII rança na execução de obra de m/m²/m³
20,00 40,00 80,00 200,00
qualquer natureza, particular ou
pública

Valor da Multa em Unidade Fiscal Municipal (UFM)


Padrão Construtivo
Artigo Natureza da Infração Unidade
Popular / Simples Médio Bom Luxo
100,00 (metro 100,00 (metro line-
100,00 (metro linear) 100,00 (metro linear)
Danificar pavimentação, passeio e linear) ar)
10, XI; 77, III m/m² por dano 200,00 (metro qua- 200,00 (metro quadra-
redes subterrâneas/aéreas, áreas 200,00 (metro 200,00 (metro qua-
drado) do)
verdes e institucionais quadrado) drado)
Impedir ou dificultar a ação fiscalizató-
76, §2º; 10, IX Por intervenção 100 300 500 1.000
ria da Prefeitura
Prosseguimento de obra embargada
78, III m/m²/m³ 10,00/ 20,00/ 30,00 20,00/ 30,00/ 40,00 30,00/ 40,00/ 50,00 40,00/ 50,00/ 60,00
ou interditada

Não atendimento dos prazos estabele- m/m²


78, §1º cidos pela Prefeitura para demolição p/ área a ser 10,00/ 20,00 20/30 30/40 40/50
de obra não adaptável às condições demolida
desta Lei e da Legislação do Ordena-
mento do Uso e Ocupação do Solo
Faltar com respeito e urbanidade
10, XIII servidor ou agente municipal no exer- Por infração 100 150 200 250
cício de suas funções
majoração de 50% majoração de 50% majoração de 50%
ampliação da majoração de 50% na
79, §3º Reincidência genérica na segunda penali- na segunda penali- na segunda penali-
segunda pena segunda penalidade
dade dade dade
majoração de majoração de majoração de 100% majoração de 100% majoração de 100%
79, §4º Reincidência específica 100% na segun- 100% na segunda na segunda penali- na segunda penali- na segunda penalida-
da penalidade penalidade dade dade de

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15 de dezembro de 2023 - Ano XX
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Diário Oficial Publicação da SEGOV

Destinado à publicação dos atos do Poder Executivo do Município de


Camaçari, Estado da Bahia. Antônio Elinaldo Araújo da Silva
Endereço: Rua Francisco Drumond, S/N - Centro Administrativo Prefeito
CEP: 42800-500 Camaçari - Bahia - Brasil
Tel.: (71) 3621-6685 / 6909 Textos - Editoração Eletrônica:
Edições on-line: www.camacari.ba.gov.br/arquivos/diario-oficial/
Assessoria de Atos e Documentação - SEGOV

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