Você está na página 1de 211

Aula 09

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura


Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) -
Pós-Edital

Autor:
Moema Machado
Aula 09

8 de Fevereiro de 2020

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09

1 - Introdução ....................................................................................................................2
2 - Visão Geral ...................................................................................................................7
3 - Constituição Federal ................................................................................................... 11
4 - Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) .........................................................................15
5 - Lei N 6.766 / 1979 .......................................................................................................52
6 – Resolução de Questões .............................................................................................. 68
7 – Lista de Questões..................................................................................................... 167
8 – Gabarito .................................................................................................................. 201
9 - Bibliografia ............................................................................................................... 202
1108005
10 – Anexo 1 - Medida provisória n° 2.220, de 4 de setembro de 2001 .......................... 204
11 – Anexo 2 – Tabela Resumo dos Institutos jurídicos e políticos do Estatuto da Cidade
...................................................................................................................................... 207

Oi!!!

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 1


www.estrategiaconcursos.com.br 210
03092019180 - Lucas da Silva Soares
Moema Machado
Aula 09
1108005

Mudando um pouco de ares nessa nova aula!


Vamos estudar Leis Federais e explorar nosso lado urbanístico!

Essa aula é a mais importante do seu curso! Ela abrange tópicos da parte de “Legislação
Institucional”, “Conhecimentos Específicos” e “Desenvolvimento Urbano Sustentável”. Muitas
questões sobre legislação municipal, também, podem ser resolvidas com as legislações federais, as
quais dão as diretrizes gerais e devem ser cumpridas.
O Estatuto da Cidade é a lei mais importante de todas, é muito cobrada em todos os concursos e,
no seu, veio destacada.
O Estatuto da Cidade Comentado é cobrado em diversas provas e merece ser lido:
http://www.capacidades.gov.br/biblioteca/detalhar/id/167/titulo/o+estatuto+da+cidade++comentado

A FGV também já cobrou essa cartilha: “Estatuto da Cidade para compreender...”:


https://polis.org.br/wp-content/uploads/estatuto_cidade_compreender.pdf

Cito essas fontes nos exercícios comentados, os quais complementam a nossa parte teórica,
inclusive, as provas comentadas que vou postar. Mas, como no edital dá para perceber a tendência
para o planejamento urbano, creio que a leitura dessas 2 obras seja essencial.
Preparados? Vamos começar!

1 - INTRODUÇÃO
O CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) lançou o Manual do Arquiteto e
Urbanista que está em sua 2 edição (Brasília/DF, março de 2016).
http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/MANUAL_DO_AU_2016.pdf

Em seu capítulo VI, o referido manual trata da Política Urbana e Ambiental e eu o transcreverei aqui
a título de introdução nesse tema de tanta importância para nós.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 2


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

CAPÍTULO VI
POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL
6.1 PANORAMA
As legislações urbanas e ambientais relacionam-se diretamente ao exercício profissional
do arquiteto e urbanista, nos mais variados campos de atuação, desde o projeto de um
edifício até planos e projetos urbanos nas mais diversas escalas. É necessário, portanto,
que o profissional esteja constantemente atualizado em relação às leis e regulamentos
pertinentes a essas temáticas.
É importante destacar que os arquitetos e urbanistas e suas entidades representativas
têm cumprido papel importante na formulação de políticas urbanas. O Estatuto da
Cidade (Lei N 10.257/2001), nossa lei nacional de Reforma Urbana, que é mundialmente
conhecida, foi fruto de uma luta dos arquitetos e urbanista que remonta à década de
1960. Naquele período, ocorreu o famoso Seminário de Quitandinha, em Petrópolis (RJ),
promovido pelo IAB, em que foram propostas ideias para um crescimento urbano mais
justo e sustentável, para compor o projeto das Reformas de Base do governo do
presidente João Goulart.
No final da década de 1980, esse debate foi retomado, então protagonizado pelo Fórum
Nacional de Reforma Urbana (FNRU), que agregou inúmeros movimentos sociais e
entidades profissionais. Um dos resultados dessa mobilização foi a inclusão de uma
emenda popular sobre a política urbana, que foi protocolada pela Federação Nacional
dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e incluída na Constituição de 1988 (artigos 182 e 183).
Após 12 anos de muita mobilização, foi aprovado o Estatuto da Cidade, que é a lei que
regulamenta esse capítulo da Constituição, além de trazer novos instrumentos para
tratar das disparidades socioespaciais das nossas cidades. A própria criação do Ministério
das Cidades, em 2003, surge desse movimento, com o intuito de colocar as questões
urbanas no centro da política nacional.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 3


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Após a criação do Ministério, têm sido aprovadas inúmeras leis temáticas (em áreas como
habitação, saneamento e mobilidade) que têm contado com a participação direta de
arquitetos e urbanistas na elaboração. Um exemplo emblemático é a Lei Nacional de
Assistência Técnica (Lei N 11.888/2008), de autoria do arquiteto e urbanista e então
deputado federal Zezéu Ribeiro, que prevê o atendimento gratuito de serviços de
Arquitetura à população de baixa renda. Destaca-se ainda a aprovação recente do
Estatuto da Metrópole (Lei N 13.089/2015), que traz regulações sobre a gestão urbana
metropolitana e também contou com a participação de Zezéu – desta vez, como relator.
Foram elencadas, na sequência, as legislações nacionais sobre o tema que se relacionam
mais diretamente a Arquitetura e Urbanismo.

6.2 LEGISLAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 – CAPÍTULO II: DA POLÍTICA URBANA (ARTIGOS 182 E
183)
Estabelece que a propriedade deve se subordinar a função social estabelecida no plano
diretor municipal. Define o plano diretor como obrigatório às cidades com mais de 20 mil
habitantes. Institui instrumentos punitivos ao proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, como o parcelamento e edificação compulsórios, o IPTU
progressivo e a desapropriação
mediante títulos da dívida pública. Cria a usucapião urbana.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

LEI NACIONAL DE PARCELAMENTO SOLO - LEI N 6.766/1979


Dispõe sobre os parâmetros mínimos a serem seguidos na elaboração, aprovação e
registro de parcelamentos do solo (loteamentos, desmembramentos e remembramentos)
em todo território nacional. Importante observar que os municípios possuem leis de
parcelamento, uso e ocupação do solo que podem ser mais restritivas em relação à lei
federal. Alguns estados também possuem regulações próprias nesse sentido,
especialmente em relação ao parcelamento em áreas de preservação ambiental.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LeIs/L6766.htm

ESTATUTO DA CIDADE – LEI N 10.257/2001


Regulamenta o Capítulo II da Constituição Federal de 1988 e define outros instrumentos
da política urbana e da gestão democrática da cidade. Alguns exemplos de instrumentos:
zonas especiais de interesse social, direito de preempção, estudo de impacto de
vizinhança, transferência do direito de construir. Prevê ainda instrumentos de gestão
democrática: conselhos participativos, conferências e audiências públicas, entre outros.
É importante destacar que o conteúdo do Estatuto da Cidade deve estar contemplado no
plano diretor municipal, que pode conter exigências mais restritivas do que a lei federal.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm

CÓDIGO FLORESTAL - LEI N 12.651/2012

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 4


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, as áreas de preservação


permanente e as áreas de reserva legal, a exploração florestal, o suprimento de matéria-
prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos
incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de
seus objetivos. Vale destacar que os estados e municípios frequentemente editam leis
relacionadas a aspectos ambientais complementares ao Código Florestal.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm

LEI DO SISTEMA NACIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – LEI N 11.124/2005


Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS), cria o Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e institui o Conselho Gestor do FNHIS.
A partir desta lei, os municípios ficam obrigados a realizar seus planos locais de habitação
de interesse social (PLHIS).
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11124.htm.

POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO - LEI N 11.445/2007


Estabelece as diretrizes (princípios, titularidade, prestação, planejamento, regulação,
aspectos sociais, econômicos e técnicos) que compõem a Política Nacional de
Saneamento Básico. A partir desta lei, os municípios ficam obrigados a realizar seus
planos de saneamento.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm

LEI DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA – LEI N 11.888/2008


Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto
e a construção de habitação de interesse social.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11888.htm

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA – LEI N 11.977/2009


Regulamenta o Programa Minha Casa Minha Vida e cria novos procedimentos e
instrumentos sobre a regularização de assentamentos urbanos.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm

POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA – LEI N 12.587/2012


Institui as diretrizes (princípios, regulação, direitos do usuário, planejamento e gestão)
que compõem a Política Nacional de Mobilidade Urbana. A partir desta lei, os municípios
ficam obrigados a realizarem seus planos municipais de mobilidade.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm

ESTATUTO DA METRÓPOLE – LEI N 13.089/2015


Define os requisitos para criação de novas regiões metropolitanas, a obrigatoriedade de
elaboração do plano de desenvolvimento integrado metropolitano e o conteúdo mínimo
do plano, instrumentos de governança interfederativa, além de critérios para o apoio da

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 5


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

União a ações que envolvam governança interfederativa no campo do desenvolvimento


urbano.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13089.htm

LEGISLAÇÃO FEDERAL PERTINENTE À REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA


Existem inúmeras legislações que regulam os processos de regularização fundiária. Serão
citadas apenas as mais relevantes.

ESTATUTO DA CIDADE – SEÇÃO V, LEI N 10.257/2001


Regulamenta a usucapião especial em imóveis urbanos.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm

MEDIDA PROVISÓRIA N 2.220/2001


Possibilita a concessão do uso de imóveis públicos para fins de moradia.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2220.htm

LEI N 11.481/2007
Prevê medidas voltadas à regularização fundiária de interesse social em imóveis da
União.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11481.htm

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA – CAPÍTULO III, LEI N 11.977/2009


Cria novos procedimentos e instrumentos sobre a regularização de assentamentos
urbanos.
Exemplos de novos instrumentos: demarcação urbanística e legitimação de posse.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm

LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E CULTURAL


O órgão federal que edita normas sobre tombamento e preservação do patrimônio
histórico e cultural é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além
disso, há órgãos e conselhos estaduais, distritais e municipais que regulam o tema. Ao
intervir em áreas ou bens tombados ou de valor histórico, artístico ou cultural, procure
informações nessas instituições.
Acesse: http://portal.iphan.gov.br/

LEGISLAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE


Lei N 10.098/2000 e Decreto N 5.296/2004
Estabelecem normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Leis urbanísticas municipais – plano diretor; lei de parcelamento, uso e ocupação; código
de obras.
Além das legislações federais e estaduais, os municípios possuem leis urbanísticas
próprias, que podem ser mais exigentes. O plano diretor é a lei básica do ordenamento

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 6


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

territorial municipal, a lei que deve nortear a gestão urbana. Podem existir ainda
legislações complementares ao plano, como a de zoneamento (uso e ocupação do solo),
de parcelamento do solo e o código de obras. Em alguns casos, essa legislação consta no
próprio corpo do plano diretor.
O zoneamento diz respeito aos usos e parâmetros de ocupação do solo permitidos em
cada área da cidade. O parcelamento se relaciona aos requisitos de projeto, aprovação e
registro de parcelamentos do solo. O código de obras dispõe sobre as regras gerais a
serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras
e edificações. Os municípios devem editar ainda leis pertinentes aos planos setoriais, que
dialoguem com a legislação federal quanto a mobilidade, habitação, saneamento, entre
outros. Encontre estas informações nos portais eletrônicos das prefeituras e câmaras de
vereadores.

Depois de fornecer esse leque de legislações as quais o CAU considera estarem mais relacionadas
com a nossa profissão, vou comentar, nessa aula, as mais cobradas em prova que são as 3 primeiras
elencadas, depois de dar uma visão geral sobre planejamento urbano.

2 - VISÃO GERAL
Antes de estudarmos as legislações pertinentes, vou dar uma visão geral sobre planejamento
urbano.
De acordo com o Livro Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Cassilha & Cassilha, 2009): “... o
planejamento urbano deve ser encarado como um olhar futuro sobre o território da cidade,
prevendo os compartimentos que devem ser mais bem aproveitados e aqueles que possam vir a ser
ocupados de forma sustentável. Tudo isso aliado aos aspectos que dão suporte legal às ações de
planejamento – a legislação urbanística.”
O planejamento urbano compete à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito federal. No
Direito Urbanístico, a competência legislativa é concorrente, ou seja, exige a cooperação entre os
entes federados. A política urbana deve ser desenvolvida pelos Municípios, conforme atribuição da
Constituição Federal, cabendo aos Estados legislarem sobre a criação e regulamentação de regiões
metropolitanas e à União, a instituição das normas gerais para o desenvolvimento urbano.

Constituição Federal/88:
Art. 21. Compete à União:
XX instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
§ 2 A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 7


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 4 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei


estadual, no que lhe for contrário.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 1 São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I legislar sobre assuntos de interesse local;
II suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
VIII promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1 Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados
e Municípios.
(Presidência da República, 1988)

Alguns autores diferenciam planejamento urbano de gestão urbana, sendo a última a execução do
planejamento. Abaixo, seguem alguns conceitos, mas não é preciso se preocupar com isso, vou citar
apenas para nos situarmos no assunto, já que as bancas costumam cobrar só o conteúdo das leis.
“A gestão é um processo dinâmico de utilização de conceitos, princípios e instrumentos na elaboração
e execução de políticas públicas capazes de satisfazer os indivíduos e atingir o bem comum”.
Orth (2006)

“A gestão é a administração dos recursos [...] e dos problemas aqui e agora [...]; o planejamento é a
preparação para o futuro [...] com o fito de evitar ou minimizar problemas e melhor explorar
potencialidades”.
Souza (2001)
Os instrumentos de que pode servir-se o planejador e o gestor urbanos são de diversas naturezas –
tributos, zoneamentos, parâmetros urbanísticos, entre outros. Tais instrumentos podem ser:
 Informativos: quando dizem respeito a locais cujas potencialidades para investimentos o
poder público deseja tornar conhecidas, ou quando o poder público chama a atenção para a
importância da coleta seletiva de lixo, por exemplo.
 Estimuladores: incentivos fiscais e outras vantagens oferecidas a empreendedores privados
para atrair investimentos para uma determinada região. Pode se dar também através de
campanhas como a troca de sacos de lixo por alimentos, por exemplo, integrando a
população mais pobre ao esforço de superação do problema de coleta de lixo em áreas de
difícil acesso.
 Inibidores: parcelamento do solo, IPTU progressivo, desapropriação – conforme art. 182 da
Constituição Federal – para inibir a especulação imobiliária.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 8


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 Coercitivos: expressam proibições para as atividades dos agentes modeladores, tais como os
índices urbanísticos, por exemplo.
Abaixo, alguns instrumentos urbanísticos municipais que compõe a base jurídica da gestão urbana:
 Plano Diretor (constitucionalmente reconhecido como o instrumento básico da política
urbana);
 Lei de uso e ocupação do solo urbano (zoneamento);
 Lei do parcelamento do solo urbano;
 Código de obras;
 Código de posturas municipais.
Abaixo, alguns conceitos:
 Índices Urbanísticos: determinam as características e limitações da ocupação do solo.
 Equipamentos Comunitários: equipamentos públicos de educação, cultura, lazer, segurança,
assistência social, esporte, saúde, administração e similares.
 Equipamentos Urbanos: segundo a norma brasileira NBR 9284, é um termo que designa
todos os bens públicos ou privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços
necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder
público, em espaços públicos e privados.
 Acessibilidade: é o conjunto de adaptações do ambiente físico que facilitam a circulação de
pessoas portadoras ou não de dificuldades locomotoras e visuais.
 Praça Pública: é o espaço livre urbano de uso público, definido historicamente como local de
encontro. Interrompe o padrão de arruamento e tem a função de incentivar a vida
comunitária.
 Sistema Viário: conjunto de vias de circulação, sobretudo para veículos automotores.
 Malha Urbana: expressão metafórica assimilando as partes construídas e os vazios do meio
urbano ao entrelaçamento de um tecido. É o conjunto de elementos do quadro urbano – a
situação geográfica, o sistema viário, os loteamentos, a dimensão, a forma das quadras, os
vazios e o estilo das edificações.
 Zoneamento: é a técnica que consiste em determinar as zonas de afetação do solo segundo
a utilização adequada e a natureza das atividades dominantes. Por exemplo, zona industrial,
zona comercial, zona residencial.
 Infraestrutura Urbana: conjunto de instalações realizadas no subsolo, na superfície do
terreno e no nível aéreo, para atender às necessidades básicas para as atividades humanas,
através do espaço tais como: vias e estacionamentos, transportes coletivos, saneamento
básico, água, eletricidade, comunicações, gás, praças, parques, limpeza pública, cemitérios e
outros.
 Uso do Solo: afetação do solo determinada pelo tipo de construção ou atividade que deve
ser determinada pelo plano de ocupação do solo visando a proteger e guardar os espaços
naturais, organizar o meio urbano, definindo a forma urbana e as densidades aplicadas aos
terrenos.
 Parcelamento do Solo: conjunto da divisão do solo em parcelas e sua representação
cartográfica.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 9


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 Metrópole: cidade ou aglomeração importante suscetível de constituir um polo de


desenvolvimento capaz de atrair as atividades e habitações escapando assim de uma região
urbana dominante.
 Mobiliário Urbano: expressão utilizada para designar os objetos leves e transferíveis, mas
não móveis, que completam o conjunto de vias e móveis de uma cidade. São exemplos de
mobiliário urbano os: telefones públicos, abrigos de ônibus, bancos de praças, mesas de
jogos, entre outros.
 Código de Obras: normas de construção (internas da edificação) que visam assegurar a
realização de padrões mínimos de segurança, higiene, saúde e conforto para os usuários.
 Código de Posturas: dispõe sobre a postura, conduta dos usuários (comportamento) e
medidas da administração pública referentes à higiene, poluição sonora, atmosférica e visual
e de ordem pública nas cidades. Visa, principalmente, a estabelecer as condições mínimas de
convivência harmoniosa.
 Parâmetros urbanísticos: são grandezas e índices que medem aspectos relevantes relativos
à densidade e à paisagem urbana. Tais parâmetros podem variar no interior de uma
determinada cidade.
Alguns parâmetros urbanísticos:
 Gabarito: expressa, em pavimentos ou metros, a altura máxima permitida para as edificações
em uma dada zona.
 Afastamento: é a distância entre a edificação e as divisas do lote.
 Área construída: consiste na soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação.
 Taxa de ocupação: é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação e a área total
do lote.
 Coeficiente de aproveitamento: é a relação entre a área total construída e a área total do
lote.
 Taxa de permeabilidade: relação entre a parte do terreno que permite a infiltração da água
e a parte total do mesmo. É um índice muito importante do ponto de vista ambiental, uma
vez que a impermeabilização excessiva dos terrenos de uma parte da cidade tende a
contribuir para a formação de ilhas de calor, acarretando grande desconforto térmico. Além
disso, é necessário garantir condições mínimas de absorção da água das chuvas como medida
para prevenção de enchentes.
 Índice de áreas verdes: é a relação entre a parcela do terreno coberta por vegetação e a área
total do mesmo. Esse também é um índice ambientalmente importante, visto que a
quantidade de áreas verdes de uma cidade tem influência no conforto térmico da mesma.
 Área bruta e área líquida: área bruta é a área total de um loteamento ou assentamento,
inclusive logradouros e espaços institucionais. Área líquida de uma zona ou assentamento é
a área usada estritamente para fins residenciais.
 Densidade bruta e densidade líquida: a densidade bruta de uma zona ou assentamento
expressa o número total de pessoas que nela residem, dividido pela área total do mesmo. A
densidade líquida expressa o número total de pessoas que residem na zona ou assentamento
em questão, dividido pela área utilizada apenas para fins residenciais.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 10


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

3 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Capítulo sobre a política urbana da Constituição Federal
(artigos 182 e 183)

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1 O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.
§ 2 A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3 As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização
em dinheiro.
§ 4 É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 1 O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou
a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2 Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3 Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Só esses 2 artigos já dão muitas questões de prova e esse Capítulo...

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 11


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos analisá-lo!
 Em primeiro lugar, quem executa a política de desenvolvimento urbano?
A política de desenvolvimento urbano quem executa é o Poder Público Municipal!
 Mas, é do jeito que o município quiser?
Não! Tem que ser conforme diretrizes gerais fixadas em lei.
 Qual o objetivo da política de desenvolvimento urbano?
É ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes.
 Qual é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana?
É o Plano Diretor e eles adoram perguntar quando o mesmo é obrigatório. Não se esqueçam! O
Plano Diretor é obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes.

Art. 182, CF.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 12


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 Só mais uma pergunta, quando a propriedade urbana cumpre sua função social?
Quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas, no plano diretor.
O art. 182, também, nos traz importantes instrumentos de gestão urbana inibidores, no caso, para
inibir a especulação imobiliária.
Para que a propriedade urbana cumpra sua função social, caso esteja não edificada, subutilizada ou
não utilizada, o Poder Público Municipal pode, através de lei específica, utilizar os seguintes
instrumentos de gestão:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Note que, nesse caso, como é uma penalidade, a desapropriação não será em dinheiro e sim, com
títulos da dívida pública.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 13


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

O Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 10 de julho de 2001), em seu art. 8, regulamentou o


instituto da desapropriação, disposto no inciso III, § 4, do art. 182 da Constituição
Federal[1], da seguinte maneira:
Art. 8. Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município
poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida
pública.
Essa espécie de desapropriação, decorrente do descumprimento da função social da
propriedade urbana, é chamada pela doutrina de “desapropriação-sanção” ou
“desapropriação urbana sancionatória”.
Nesse caso, a desapropriação é prevista como um instrumento de política urbana. Essa
espécie de instituto traz dois aspectos importantes: primeiramente, diz respeito à
restrição ao direito fundamental da propriedade por institutos antecedentes e, segundo,
quanto à forma de pagamento.
No tocante ao direito de propriedade, é indispensável mencionar que este não se revela
absoluto, podendo, como é o caso, ser limitado se o bem não se prestar ao cumprimento
de sua função social. Quando se tratar da propriedade urbana, acarretará as medidas
previstas no Estatuto, quais sejam, parcelamento e edificação compulsórios, IPTU
progressivo e, por fim, a desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública.
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-desapropriacao-sancao,50753.html

Vale a pena ressaltar que a Constituição Federal prevê 2 tipos de desapropriação, a desapropriação-
sanção vista acima e a desapropriação por interesse social:
Artigo 5...
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;

No dizer de Celso Antônio Bandeira de Mello:


À luz do Direito Positivo brasileiro, desapropriação se define como o procedimento
através do qual o Poder Público, fundado em necessidade pública, utilidade pública ou
interesse social, compulsoriamente despoja alguém de um bem certo, normalmente
adquirindo-o para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável
em dinheiro, salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em
desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-
á em títulos das dívidas públicas, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservado
seu valor real ( MELLO, 2001, p. 711-712).
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-desapropriacao-sancao,50753.html

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 14


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

O art. 183 trata de usucapião, o qual, vale ressaltar, não vale para imóveis públicos.
Quem poderá adquirir o domínio de uma propriedade?
1. Aquele que não for proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
2. Aquele que possuir como sua:
2.1 área urbana de até 250.00m2;
2.2 por 5 anos ininterruptamente;
2.3 sem oposição;
2.4 utilizando-a como moradia sua ou de sua família.

4 - ESTATUTO DA CIDADE (LEI 10.257/2001)


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm

O Estatuto das Cidades, lei 10.257/2001, regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal e
estabelece diretrizes gerais da política urbana.
Além disso, fixa como princípio fundamental a função social da cidade e da propriedade urbana,
conforme disposto no artigo 5, incisos XXII e XXIII, da Constituição Federal.

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
(Lei Federal, 2001)

Vamos comentar o Estatuto da Cidade inteiro, pois, despenca na prova!

CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 15


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal,
será aplicado o previsto nesta Lei.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas
de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Objetivo: regular o uso da propriedade urbana, em prol:
 do bem coletivo;
 da segurança;
 do bem-estar dos cidadãos;
 do equilíbrio ambiental.

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade
no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de
influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos
negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à
infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos
geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não
utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres.
(Incluído dada pela Lei n 12.608, de 2012)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 16


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em


vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de
influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana
compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do
Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos
gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes
segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização
de imóveis urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação
do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais;
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas
edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e
unidades habitacionais;
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse
social.
XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de
sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a
redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.
(Incluído pela Lei n 12.836, de 2013)
XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia,
telecomunicações, abastecimento de água e saneamento.
(Incluído pela Lei n 13.116, de 2015)

Este artigo trata das diretrizes da política urbana, todos os itens são importantes, e podemos
perceber o interesse pelo meio ambiente, a economia e o social que são o tripé da sustentabilidade,
levando-se em conta as presentes e futuras gerações.
Ganhos importantes:
 Interesses coletivos devem ser priorizados em detrimento dos individuais.
 Interferência no direito de propriedade privada com o objetivo de conter a especulação
imobiliária.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 17


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 População como corresponsável pela condução do planejamento das ações no município e


na cidade.
Segue comentário do Estatuto da Cidade Comentado: (Ministério das Cidades, 2010)
(http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/PlanelamentoUrbano/EstatutoComentado_P
ortugues.pdf)

Esquematizando as diretrizes da política urbana:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 18


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 3° Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana:


I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional;
III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições
habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário
urbano e dos demais espaços de uso público; (Redação dada pela Lei n 13.146, de
2015) (Vigência)
IV – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
IV - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transportes urbanos e infraestrutura de energia e telecomunicações; (Redação
dada pela Lei n 13.116, de 2015)
IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais
de uso público; (Redação dada pela Lei n 13.146, de 2015) (Vigência)
V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.

O artigo 3° nos traz um rol exemplificativo do que compete à União em termos de política urbana.
Destaca-se legislar sobre normas gerais, promover, instituir, e a característica de cooperação entre
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que o assunto requer.
A elaboração e a execução, só em planos nacionais e regionais.
Importante ressaltar a inclusão, no inciso IV, de diretrizes de mobilidade urbana, que incluam regras
de acessibilidade aos locais de uso público, pois, a preocupação com a acessibilidade vem
crescendo.

CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I
Dos instrumentos em geral
Art. 4° Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
III – planejamento municipal, em especial:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 19


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais;
h) planos de desenvolvimento econômico e social;
IV – institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operações urbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos
favorecidos;
s) referendo popular e plebiscito;
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Medida
Provisória n 459, de 2009)
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei n 11.977,
de 2009)
u) legitimação de posse. (Incluído pela Medida Provisória n 459, de 2009)
u) legitimação de posse. (Incluído pela Lei n 11.977, de 2009)
VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV).
§ 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é
própria, observado o disposto nesta Lei.
§ 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos
por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 20


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada


coletivamente.
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por
parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.

O artigo 4° é um dos mais importantes, pois, elenca, através de um rol exemplificativo, instrumentos
da política urbana. Costuma ser cobrado em questões objetivas e discursivas e contém instrumentos
importantes para o planejamento e ordenamento das cidades.
Visão geral:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 21


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

planejamento municipal, em especial:


•plano diretor
•disciplina do parcelamento, do uso e
da ocupação do solo
•zoneamento ambiental
•plano plurianual
•diretrizes orçamentárias e orçamento
anual planos nacionais,
•gestão orçamentária participativa regionais e estaduais
•planos, programas e projetos setoriais de ordenação do
•planos de desenvolvimento território e de
econômico e social desenvolvimento
econômico

estudo prévio de
impacto ambiental
(EIA) e estudo prévio
de impacto de planejamento das
vizinhança (EIV) regiões
metropolitanas,
Dos aglomerações
urbanas e
instrumentos microrregiões;
em geral
institutos jurídicos e políticos:
•desapropriação
•servidão administrativa
•limitações administrativas
•tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano institutos tributários e
•instituição de unidades de conservação financeiros:
•instituição de zonas especiais de interesse social •imposto sobre a
•concessão de direito real de uso propriedade predial e
•concessão de uso especial para fins de moradia territorial urbana - IPTU
•parcelamento, edificação ou utilização compulsórios •contribuição de
•usucapião especial de imóvel urbano melhoria
•direito de superfície •incentivos e benefícios
•direito de preempção fiscais e financeiros
•outorga onerosa do direito de construir e de alteração
de uso
•transferência do direito de construir
•operações urbanas consorciadas
•regularização fundiária
•assistência técnica e jurídica gratuita para as
comunidades e grupos sociais menos favorecidos
•referendo popular e plebiscito
•demarcação urbanística para fins de regularização
fundiária
•legitimação de posse

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 22


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

No artigo 4°, o Estatuto da Cidade define um extenso conjunto de instrumentos para que
o Município tenha condições de construir uma política urbana que concretize, de fato, a
função social da propriedade urbana e o direito de todos à cidade.
Estabelece que a política urbana deve ser objeto de um planejamento extensivo,
envolvendo planos de ordenamento do território integrados entre si, nas escalas
nacional, estaduais, regionais, metropolitanas, municipais e intermunicipais.
Especificamente no âmbito municipal, detalha que o planejamento municipal deve
envolver o planejamento urbano, ambiental, orçamentário, setorial e o planejamento do
desenvolvimento econômico e social, especificando também que a gestão orçamentária
deve ser feita de forma participativa, aberta a todos os cidadãos.
Inclui os instrumentos tributários, envolvendo impostos, contribuições, incentivos e
benefícios fiscais e financeiros, voltados para viabilizar a indução dos usos e atividades
consideradas importantes para a política urbana.
No inciso sobre os institutos jurídicos e políticos, fornece ao Município instrumentos que
permitem:
– variadas formas de intervenção social sobre o livre uso da propriedade privada:
desapropriação, servidão e limitações administrativas, tombamento, instituição de
unidades de conservação, parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e direito
de preempção;
– a regularização fundiária das ocupações de interesse social: concessão de direito real
de uso, concessão de uso especial para fins de moradia, usucapião especial de imóvel
urbano, direito de superfície, demarcação urbanística para fins de regularização fundiária
e legitimação da posse;
– a indução do desenvolvimento urbano e a redistribuição à coletividade dos benefícios
decorrentes do processo de urbanização: outorga onerosa do direito de construir e de
alteração de uso, transferência do direito de construir e operações urbanas consorciadas;
– instrumentos voltados para a democratização da gestão urbana e do direito à moradia:
referendo popular e plebiscito, assistência técnica e jurídica gratuita para as
comunidades e grupos sociais menos favorecidos.
Cabe ressaltar, pela importância para o desenvolvimento de uma política habitacional de
inclusão social, o instituto das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). Este instrumento
pode ser utilizado tanto para a regularização de áreas ocupadas, onde o processo de
ocupação ocorreu sem observância das normas urbanísticas, quanto em áreas vazias,
para destiná-las para habitação de interesse social.
No primeiro caso, a instituição de uma área ocupada como ZEIS permite que se
estabeleçam, para aquela porção do território, parâmetros urbanísticos especiais que
respeitam a forma de ocupação realizada pela comunidade. O instituto permite também
que sejam implantados mecanismos que impeçam a posterior expulsão dos moradores
dos núcleos regularizados por segmentos sociais de maior poder econômico, atraídos
pela valorização desses terrenos. Exemplos de mecanismos deste tipo são a proibição de

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 23


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

remembramento de lotes (evitando que alguém adquira vários lotes regularizados,


transforme-os todos em um único lote maior e faça nova edificação nesta nova condição)
e a fixação do tipo de uso do solo admissível (por exemplo, admitindo apenas residências
unifamiliares).
Quando aplicadas a imóveis vazios ou ociosos, as ZEIS permitem ao Poder Público
reservar áreas dotadas de infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos para
habitação de interesse social, constituindo-se em importante instrumento para evitar a
expulsão dos pobres para as periferias longínquas dos centros urbanos.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades

Seção II
Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
o
Art. 5 Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsório do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação
da referida obrigação.
§ 1o Considera-se subutilizado o imóvel:
I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação
dele decorrente;
II – (VETADO)
§ 2o O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento
da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis.
§ 3o A notificação far-se-á:
I – por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do
imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral
ou administração;
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma
prevista pelo inciso I.
§ 4o Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a:
I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal
competente;
II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.
§ 5o Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal
específica a que se refere o caput poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se
que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.
Art. 6o A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da
notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas
no art. 5o desta Lei, sem interrupção de quaisquer prazos.

A partir do artigo 5°, acima, o Estatuto da Cidade começa a tratar de alguns dos instrumentos da
política urbana elencados no artigo anterior.
Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios é um instituto jurídico e político através do
qual consegue-se forçar o proprietário de uma área a fazê-la cumprir sua função social, e inibe a

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 24


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

especulação imobiliária, ou seja, a manutenção de terrenos vazios ou ociosos, à espera de uma


valorização futura.

Seção III
Do IPTU progressivo no tempo
Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do
caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art.
5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial
e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo
prazo de cinco anos consecutivos.
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se
refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano
anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos,
o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o.
§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de
que trata este artigo.

Caso os prazos do artigo anterior não sejam cumpridos, o Município poderá implementar o IPTU
progressivo no tempo, o qual tem mais caráter de sanção, do que de arrecadação.
O IPTU é um imposto devido pelos proprietários ou possuidores de imóveis urbanos calculado por
uma porcentagem sobre o valor de mercado do imóvel.
A cada ano, durante 5 anos, a alíquota será majorada, não podendo ser mais que o dobro do período
anterior, após 5 anos, será mantida a alíquota máxima, a qual não poderá exceder 15%. Claro que
enquanto perdurar o não atendimento da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar.
Para garantir a eficácia do instrumento, o Estatuto da Cidade vedou a concessão de isenções ou
anistias.

Seção IV
Da desapropriação com pagamento em títulos
o
Art. 8 Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município
poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida
pública.
§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão
resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.
§ 2o O valor real da indenização:
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em
função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a
notificação de que trata o § 2o do art. 5o desta Lei;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 25


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.


§ 3o Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de
tributos.
§ 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de
cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
§ 5o O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou
por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido
procedimento licitatório.
§ 6o Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do § 5o as mesmas
obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei.

Decorridos 5 anos de cobrança do IPTU progressivo, o município pode lançar mão de mais um
instrumento, um tipo de desapropriação, sanção com pagamento em títulos da dívida pública.
Diferenças em relação às desapropriações em razão de utilidade e interesse público ou por interesse
social:
 A indenização é feita por títulos da dívida pública resgatáveis até 10 anos, não sendo prévia
e em dinheiro.
O valor será a base de cálculo do IPTU, descontado o montante decorrente dos investimentos
públicos na área do imóvel, após a notificação da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, e não,
o valor de mercado.

Seção V
Da usucapião especial de imóvel urbano
Art. 9° Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2° O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de
uma vez.
§ 3° Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse
de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas
por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e
cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta
metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente,

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 26


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
(Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1° O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar
sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2° A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante
sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3° Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor,
independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de
acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 4° O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo
deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de
execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
§ 5° As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por
maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes
ou ausentes.
Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.
Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana:
I – o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
II – os possuidores, em estado de composse;
III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade,
regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente
autorizada pelos representados.
§ 1o Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do Ministério
Público.
§ 2o O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive
perante o cartório de registro de imóveis.
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de
defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de
registro de imóveis.
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser
observado é o sumário.

Falamos em usucapião quando comentamos o artigo 183 da Constituição Federal.


Essa seção inova ao trazer a possibilidade da usucapião coletiva. Atentar para a mudança inserida
em 2017, a partir da qual é necessário que a área total dividida pelo número de possuidores seja
inferior a 250.00 m2.
Note-se a obrigatoriedade da intervenção do Ministério Público, a gratuidade dos benefícios da
justiça, da assistência judiciária e perante o cartório de registro de imóveis, e o rito processual
sumário.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 27


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A associação de moradores pode propor ação de usucapião em nome dos moradores, desde que
autorizada por eles.
O herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no
imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

Seção VI
Da concessão de uso especial para fins de moradia
Art. 15. (VETADO)
Art. 16. (VETADO)
Art. 17. (VETADO)
Art. 18. (VETADO)
Art. 19. (VETADO)
Art. 20. (VETADO)

Apesar desses artigos terem sido vetados, a concessão de uso especial para fins de moradia é um
instrumento válido, vejamos o que nos diz o “Estatuto da Cidade Comentado”: (Ministério das Cidades,
2010)

A seção do Estatuto da Cidade que propunha a regulamentação de um terceiro


instrumento, qual seja, a concessão de uso especial para fins de moradia em terras
públicas, foi vetada pelo Presidente da República por razões jurídicas, ambientais e
políticas. Contudo, dada sobretudo à mobilização do FNRU, em 4 de setembro de 2001
foi assinada pelo Presidente a Medida Provisória n 2.220, que reconheceu, em
determinadas condições e respeitados certos critérios ambientais, o direito subjetivo (e
não apenas como prerrogativa da administração pública) dos ocupantes de imóveis de
propriedade pública — inclusive municipal — à concessão de uso especial para fins de
moradia. A Medida Provisória também estabeleceu em que condições o poder público
municipal pode promover a remoção dos ocupantes de áreas públicas para outras áreas
mais adequadas, sobretudo do ponto de vista ambiental. Trata-se de medida de extrema
importância social e política, mas que tem exigido um esforço jurídico, político e
administrativo articulado dos municípios de forma a responder às situações existentes de
maneira juridicamente adequada, e também de forma condizente com os outros
interesses sociais e ambientais da cidade como um todo.
(...)
Ao sancionar o projeto e vetar esse dispositivo, o presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso, afirmou que “em reconhecimento à importância e à validade do
instituto da concessão de uso especial para fins de moradia, o Poder Executivo submeterá
sem demora ao Congresso Nacional um texto normativo que preencha essa lacuna”.
A promessa foi cumprida por meio da Medida Provisória n° 2.220, de 4 de setembro de
2001, que regrou a aplicação do instituto da concessão de uso especial “de que trata o §
1° do art. 183 da Constituição”, bem como criou o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Urbano, depois transformado, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no
Conselho das Cidades.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 28


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos analisar, abaixo, o citado artigo da Constituição Federal:


Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1 O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2 Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3 Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

O título de domínio é dado por usucapião especial de imóvel urbano e a concessão de uso, pela
concessão de uso especial para fins de moradia.
Ver a Medida Provisória n° 2.220 no Anexo 1 no final da aula.
Pessoal, o próximo instrumento, “direito de superfície”, é muito especial para mim, pois, dos 3
estudos de caso da prova do TRF 2ª Região de 2017, foi o único que, realmente, eu dominava e
garantiu minha aprovação.

Eu não tinha conhecimento do Estatuto da Cidade comentado, descobri, pois, a banca citou-o na
prova e o texto justificativo do padrão de resposta foi retirado dele. Mas, havia lido sobre
gentrificação e consegui tirar 9,3 de 10.
Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) o fenômeno que afeta uma região ou bairro pela
alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de
novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é
seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores
de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada.
Fonte: Wikipédia

Seção VII
Do direito de superfície
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública
registrada no cartório de registro de imóveis.
§ 1o O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo
relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação
urbanística.
§ 2o A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
§ 3o O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem
sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de
ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito
de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 29


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 4o O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do


contrato respectivo.
§ 5o Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros.
Art. 22. Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e o
proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à
oferta de terceiros.
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície:
I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do
terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel,
independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no
respectivo contrato.
§ 1o Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o
superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
§ 2o A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de imóveis.

O direito de superfície foi uma inovação no direito brasileiro trazido pelo Estatuto da
Cidade. Até a promulgação desta lei, no Brasil vigorava a regra segundo a qual tudo que
se constrói ou planta, ou seja, todas as acessões ao solo, presumem-se pertencentes ao
proprietário do solo.
Com o direito de superfície, cria-se uma separação entre a propriedade do terreno e o
direito de usar a superfície deste terreno. É um instrumento interessante para
regularização fundiária de ocupações de interesse social de imóveis públicos. Por meio do
contrato que institui o direito de superfície, o Poder Público mantém a propriedade do
terreno público, mas pode conceder ao morador o direito de construir sua residência,
vendê-la sob certas condições ou transmiti-la por herança, dando toda a garantia para
que ele exerça seu direito de moradia. Mas como mantém a propriedade do terreno, pode
também impedir que este imóvel seja adquirido por alguém que lhe dê uma destinação
diferente daquela para a qual o direito foi instituído (moradia de população de baixa
renda, por exemplo), evitando a expulsão dos moradores por algum segmento social com
maior poder econômico.
Nota: Atualmente, o direito de superfície é tratado também no Código Civil, Lei 10.406/2002, promulgada
após o Estatuto da Cidade.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades

Abaixo, segue como foi cobrado esse conceito na discursiva da prova para o TRF 2ª Região/2017:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 30


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

QUESTÃO 03
“Um município, na região Sudeste do Brasil, vem sofrendo com a crescente ocupação irregular
de parte de seus terrenos públicos. A maior e mais antiga ocupação perdura desde meados do
século passado e localiza-se justamente na porção mais significativa de área pública. Em 2004,
o Poder Público Municipal local efetuou a revisão de seu Plano Diretor que consistiu,
basicamente, na inclusão dos instrumentos da política urbana previstos pelo Estatuto da
Cidade (Lei Federal n 10257, de 10 de julho de 2001). Desde então, a associação de moradores
da referida ocupação vem requisitando o parcelamento e reconhecimento de posse da terra
em questão. A Administração Pública atual, após recente revisão do Plano Diretor, tem se
mostrado favorável à regularização, buscando soluções que permitam manter os moradores
no local, de modo a garantir que se cumpra efetivamente a função social da propriedade
urbana e o direito de todos à cidade, como previsto no Estatuto da Cidade. No entanto, por se
tratar de um terreno localizado em área de valorização incipiente da cidade, teme que a
concessão de posses individuais, após o parcelamento, acabe por propiciar práticas de
especulação imobiliária, sob o risco da venda dos lotes, pelos moradores da ocupação, para
fins que não sejam o da moradia social, resultando num processo de gentrificação que poderia
levar à ocupação de outros terrenos públicos no município. A busca pela solução desse conflito
entre reconhecimento de posse e permissão de uso tem sido um grande desafio para o Poder
Público local. Contudo, uma análise aprofundada do conjunto de instrumentos previstos no
Artigo 4 do Estatuto da Cidade permitirá uma solução que concretize, de fato, a função social
da propriedade urbana e o direito de todos à cidade, efetivando a regularização e garantindo
a permanência dos moradores da ocupação no terreno em questão, sem os riscos de se
propiciar práticas de especulação imobiliária. O instrumento que permitirá tal solução é
analisado por Barros, Carvalho e Montandon (2010, p. 103) em seu trabalho intitulado ‘O
Estatuto da Cidade Comentado (Lei n 10. 257 de 10 de julho de 2001)’.”

Comentários:
Considerando o caso hipotético apresentado, elabore um texto identificando qual o
instrumento previsto no Artigo 4 do Estatuto da Cidade que permitirá uma solução que
garanta o direito dos moradores à permanência no referido terreno, sem os riscos de um
processo de especulação imobiliária e gentrificação propiciado pela possível comercialização
dos lotes resultantes do parcelamento para fins divergentes do uso de moradia de interesse
social. O texto deve explicar as possibilidades de utilização deste instrumento e as maneiras
como a aplicação do mesmo poderá garantir o uso da terra aos moradores da ocupação sem
o reconhecimento de posse do terreno.
Resposta:
A solução elaborada pelo candidato, em sua redação textual, deverá identificar as
possibilidades de aplicação do Direito de Superfície que, conforme estabelece o Estatuto da
Cidade (Seção VII, Art. 21 a Art. 24, Capítulo II – Dos Instrumentos da Política Urbana, Estatuto
da Cidade, 2001), corresponde à solução possível para o problema apresentado na questão:
Seção VII – Do Direito de Superfície

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 31


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

...
A justificativa textual do candidato deverá ser condizente com a explicação de Barros, Carvalho
e Montandon (2010, p. 103), apresentada a seguir:
“O direito de superfície foi uma inovação no direito brasileiro trazido pelo Estatuto da Cidade.
Até a promulgação desta lei, no Brasil vigorava a regra segundo a qual tudo que se constrói ou
planta, ou seja, todas as acessões ao solo presumem-se pertencentes ao proprietário do solo.
Com o direito de superfície, cria-se uma separação entre a propriedade do terreno e o direito
de usar a superfície deste terreno. É um instrumento interessante para regularização fundiária
de ocupações de interesse social de imóveis públicos. Por meio do contrato que institui o direito
de superfície, o Poder Público mantém a propriedade do terreno público, mas pode conceder
ao morador o direito de construir sua residência, vendê-la sob certas condições ou transmiti-la
por herança, dando toda a garantia para que ele exerça seu direito de moradia. Mas como
mantém a propriedade do terreno, pode também impedir que este imóvel seja adquirido por
alguém que lhe dê uma destinação diferente daquela para a qual o direito foi instituído
(moradia de população de baixa renda, por exemplo), evitando a expulsão dos moradores por
algum segmento social com maior poder econômico.”
(Barros, Carvalho e Montandon, 2010, p. 103.)
A avaliação deve se dar conforme o maior ou menor aprofundamento do candidato no
assunto, tendo em vista, ainda, sua capacidade de síntese e os demais critérios exigidos pela
ementa referente à questão.
Fontes:
Presidência da República/Casa Civil/Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei N 10257/01 – Estatuto da Cidade. Brasil: 10 de
julho de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 19/01/2017.
BARROS, A. M. F. B.; CARVALHO, C. S.; MONTANDON, D.T. O Estatuto da Cidade Comentado (Lei n 10. 257 de 10 de julho
de 2001). In: CARVALHO, C. S.; ROSSBACH, A. (orgs.). O Estatuto da Cidade: comentado – The City Statue of Brazil: a
commentary. São Paulo: Ministério das Cidades: Aliança das Cidades, 2010. P. 91-118. Disponível em:
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/PlanelamentoUrbano/EstatutoComentado_Portugu
es.pdf. Acesso em: 19/01/2017.

TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 8,00 pontos


Instrumento previsto no Artigo 4° Estatuto da cidade – que assegure o direito à moradia. Valor:
2,00 pontos.
Possibilidades de utilização deste instrumento. Valor: 3,00 pontos.
Maneiras como a aplicação do instrumento garante o uso da terra aos moradores. Valor: 3,00
pontos.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 32


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Seção VIII
Do direito de preempção
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 1o Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito
de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de
um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
§ 2o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma
do § 1o, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
IX – (VETADO)
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá enquadrar
cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades
enumeradas por este artigo.
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o
Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em
comprá-lo.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 33


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 1o À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por


terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de
pagamento e prazo de validade.
§ 2o O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou
regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do
caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3o Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário
autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
§ 4o Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao
Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
§ 5o A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de
pleno direito.
§ 6o Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor
da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for
inferior àquele.

As bancas adoram cobrar a definição do direito de preempção!


Por meio deste instituto, o proprietário que deseja vender seu imóvel deverá
primeiramente comunicar ao poder público que, se desejar, poderá comprar o bem nas
condições apresentadas pela oferta feita por terceiro.
A utilização desse instrumento permite prover o Município de terra urbana, que deverá
ser destinada para os fins determinados no Artigo 26.
Para aplicação do instrumento, é necessário haver Plano Diretor no Município e lei
específica que delimite as áreas que serão objeto do direito de preempção e indique a
finalidade que será dada a cada uma delas após a aquisição pelo poder público.
A lei municipal que dispuser sobre o direito de preempção em uma área deve também
definir o prazo para vigência desse direito. Durante esse prazo, qualquer alienação a
título oneroso de imóveis deve ser precedida de notificação ao Município, para dar
oportunidade ao poder público de exercer seu direito de preferência.
No exercício de seu direito de preferência, o Município deve observar alguns cuidados:
obrigatoriamente, dar a destinação ao imóvel especificada na lei e somente comprar o
bem se o preço deste for compatível com o de mercado. Se não observar essas obrigações,
o prefeito e os agentes envolvidos no negócio celebrado e na utilização do bem após a
compra responderão por improbidade administrativa, nos termos do artigo 52, III e VIII
do Estatuto da Cidade.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades

Preempção: É o direito de preferência que tem o vendedor de um bem no caso de o


comprador querer vendê-lo após a sua aquisição. Este direito, que também é denominado
direito de prelação, pode ser convencional, quando assim for acertado entre as partes, ou
legal, no caso da venda de bem desapropriado pelo poder público, por exemplo. Ou seja, se o

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 34


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

poder público for vender um bem que foi desapropriado, seu antigo proprietário terá
garantido o direito de preferência em adquiri-lo pelo preço pago na desapropriação.
Fundamentação: Arts. 513 a 520 do CC
Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/74558/que-se-entende-por-direito-de-prelacao-ou-preempcao

Direito de Preempção: Previsto pelo Estatuto da Cidade, o Direito de Preempção é um


instrumento que confere em determinadas situações o direito de preferência para adquirir,
mediante compra, um imóvel que esteja sendo vendido pelo proprietário a outra pessoa. O
direito visa conferir ao poder público, a preferência para adquirir imóvel urbano em razão das
diretrizes da política urbana.
Fonte: http://arquiteturaurb.blogspot.com.br/2009/06/direito-de-preempcao.html

Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir, que vamos ver a
seguir, só poderão ser aplicados nas 8 hipóteses acima que são as finalidades que podem ser dadas
às áreas quando usado o instrumento de direito de preempção.

Seção IX
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser
exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área
edificável e a área do terreno.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 35


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2o O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a
zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana.
§ 3o O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de
aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o
aumento de densidade esperado em cada área.
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de
uso do solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a
outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso, determinando:
I – a fórmula de cálculo para a cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário.
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e
de alteração de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art.
26 desta Lei.

Exemplo:
Um município estipula, para determinada zona urbana, os seguintes coeficientes de
aproveitamento:
 Coeficiente de aproveitamento mínimo = 0,5
 Coeficiente de aproveitamento básico = 1
 Coeficiente de aproveitamento máximo = 3
Tendo-se um terreno de 1.000,00 m2, teríamos:
 Área mínima edificável para cumprir a função social = 500,00 m2.
 Área máxima edificável sem pagamento da outorga onerosa do direito de construir =
1.000,00 m2.
 Área máxima edificável com pagamento da outorga onerosa do direito de construir =
3.000,00 m2.
 Área edificável computável sobre a qual incidirá a outorga onerosa do direito de construir =
3.000,00 m2 – 1.000,00 m2= 2.000,00 m2.
A outorga onerosa do direito de construir é um instrumento voltado à indução do
desenvolvimento urbano, permitindo, por exemplo, que o Poder Público incentive o
adensamento de determinadas áreas da cidade em detrimento de outras, como forma de
promover o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada, além de possibilitar a
recuperação para a coletividade da valorização imobiliária gerada por ações públicas. O
instrumento ainda permite, indiretamente, a arrecadação de recursos pelo governo local.
As diretrizes relacionadas à “justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do
processo de urbanização” e à “recuperação dos investimentos do Poder Público de que
tenha resultado a valorização de imóveis urbanos” (incisos IX e XI do artigo 4), somadas
à separação do direito de construir do direito de propriedade e ao cumprimento da função
social da propriedade, sustentam o argumento da legitimidade de o Poder Público

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 36


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

recuperar para a coletividade o efeito da valorização imobiliária proporcionada por


investimentos públicos.
O mecanismo de funcionamento da outorga onerosa remete ao princípio do Solo Criado,
introduzido no Brasil na década de 1970, que nas palavras de José Afonso da Silva pode
ser compreendido como “toda edificação acima do coeficiente único, quer envolva a
ocupação do espaço aéreo, quer do subsolo”.
Simplificadamente, aquilo que for construído num terreno acima da área construída
proporcional à área deste terreno, é considerado Solo Criado e essa criação de solo requer
uma compensação pelo ônus gerado na infraestrutura.
Vê-se, pois, que o conceito de Solo Criado pressupõe que o direito de propriedade engloba
o direito de construir, mas este último é limitado pelo coeficiente único ou básico de
aproveitamento. Ou seja, o direito do proprietário de edificar está restrito ao coeficiente
único ou básico definido no Plano Diretor.
Qualquer edificação acima desse coeficiente somente será permitida em áreas
predefinidas e mediante uma contrapartida paga ao Poder Público municipal.
Para aplicar a outorga do direito de construir, é necessário que o Município, por meio de
seu Plano Diretor, defina o coeficiente básico de aproveitamento para todo o seu
território, que não precisa ser necessariamente uniforme em todas as áreas, podendo ser
diferenciado por zonas. Além disso, o Plano Diretor deve identificar as áreas onde o direito
de construir poderá ser exercido além do coeficiente básico e quais serão os máximos
coeficientes de aproveitamento admissíveis.
O estabelecimento do coeficiente máximo de aproveitamento deve considerar a
capacidade de suporte da infraestrutura e o aumento da densidade. Para evitar a
sobrecarga na infraestrutura, o Poder Público pode estabelecer limites para a área
construída adicional e ainda diferenciar este limite por tipo de uso (por exemplo, uso
residencial, serviços ou comércio).
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades

Seção X
Das operações urbanas consorciadas

Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para
aplicação de operações consorciadas.
§ 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em
uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização
ambiental.
§ 2o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 37


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e


subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental
delas decorrente;
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo
com a legislação vigente.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a
redução de impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso
de edificações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos ambientais e
economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de obras a
serem contempladas. (Incluído pela Lei n 12.836, de 2013)
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de
operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I – definição da área a ser atingida;
II – programa básico de ocupação da área;
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação;
IV – finalidades da operação;
V – estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do § 2o do art.
32 desta Lei;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2o do
art. 32 desta Lei; (Redação dada pela Lei n 12.836, de 2013)
VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com
representação da sociedade civil.
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários
permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2o do
art. 32 desta Lei. (Incluído pela Lei n 12.836, de 2013)
§ 1o Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo
serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.
§ 2o A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e
autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano
de operação urbana consorciada.
Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a
emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional
de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento
das obras necessárias à própria operação.
§ 1o Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados,
mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação.
§ 2o Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional
será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 38


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que
aprovar a operação urbana consorciada.
Art. 34-A. Nas regiões metropolitanas ou nas aglomerações urbanas instituídas por lei
complementar estadual, poderão ser realizadas operações urbanas consorciadas
interfederativas, aprovadas por leis estaduais específicas. (Incluído pela Lei n 13.089, de 2015)
Parágrafo único. As disposições dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se às operações
urbanas consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que
couber. (Incluído pela Lei n 13.089, de 2015)

As operações urbanas consorciadas estão relacionadas à promoção de projetos urbanos


por meio da parceria entre o Poder Público, proprietários, sociedade civil e o investimento
privado, com base nas diretrizes do planejamento urbano municipal. Tais projetos devem
pautar-se nas transformações urbanas estruturais, na valorização ambiental e na
promoção de melhorias sociais.
A ideia básica do instrumento está na transformação de uma determinada área da
cidade, sob o comando do Poder Público municipal, para a concretização de objetivos e
ações estabelecidos no Plano Diretor, por meio da parceria com o setor privado. Sua
utilização pode se dar para diferentes finalidades: reconversão e requalificação de áreas
industriais e portuárias desativadas, que tenham reduzido sua operação ou que estejam
em processo de alteração do uso do solo; transformação de conjuntos urbanos dotados
de infraestrutura e de terrenos vazios em que se pretende a renovação de usos e o
aumento da densidade; adequação do uso do solo e da infraestrutura no entorno de
grandes equipamentos urbanos, tais como avenidas, estações de metrô, corredores
exclusivos de ônibus, parques e estádios; melhor aproveitamento do uso do solo em
grandes intervenções urbanas; dentre outras.
O Estatuto da Cidade estabelece diversas exigências para a instituição de operações
urbanas pelos municípios, buscando garantir que os benefícios dessas operações sejam
distribuídos entre a população diretamente afetada, poder público e investidores
privados.
Para mediar a participação privada, o Poder Público municipal pode conceder alguns
incentivos, dentre outros, modificações dos parâmetros e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo. Um desses incentivos está relacionado à
concessão de potencial adicional de construção. O poder público municipal pode conceder
certificados de potencial adicional de construção como forma de pagamento das
contrapartidas, o que lhe permite antecipar a obtenção de recursos para realização de
obras e melhorias urbanas, com base numa projeção de incremento de densidade e em
valores do certificado compatíveis com os valores de mercado dos terrenos envolvidos na
operação. Os certificados ainda possibilitam a vinculação dos recursos à realização de
determinada obra prevista no plano e na lei da operação urbana, garantindo que os
recursos sejam alocados para a finalidade à qual foram previstos.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 39


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vale um alerta aos municípios na implementação do instrumento: a concentração de


recursos públicos e privados numa determinada área pode acabar expulsando seus
moradores, em especial as famílias de baixa renda, em função da valorização imobiliária
dos terrenos e imóveis. Deste modo, os planos das operações urbanas devem atentar
para o estabelecimento de programas habitacionais para atendimento dessas famílias,
garantindo sua permanência dentro da área da operação urbana, principalmente nos
casos de remanejamento decorrente da execução de obras, além de garantir soluções
habitacionais com ampla participação da população atingida.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades.

Seção XI
Da transferência do direito de construir
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante
escritura pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação
urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para
fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,
paisagístico, social ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social.
§ 1o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público
seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
§ 2o A lei municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da
transferência do direito de construir.

O instrumento de transferência do direito de construir tem como finalidade assegurar o


aproveitamento econômico de um bem ao proprietário de imóvel situado em área onde
houve limitações ao direito de construir, ou seja, onde não podem ser feitas construções
até o limite do coeficiente básico definido para aquela porção do território. Tais
limitações podem ocorrer nos casos em que o Poder Público municipal, em prol do
interesse público, limita a construção das edificações para a preservação de áreas
ambientais e de especial interesse histórico, cultural, paisagístico ou social.
Para possibilitar a proteção desses locais e ao mesmo tempo garantir o aproveitamento
econômico do imóvel, o Município pode instituir a transferência do direito de construir,
que é operada geralmente entre particulares. Por meio desse instrumento, o proprietário
pode exercer em outro local o direito de construir, seja em outro terreno de sua
propriedade, seja transferindo ou alienando para um terceiro. Em ambos os casos, deve
ser respeitado o coeficiente de aproveitamento máximo do local onde será exercido o

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 40


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

direito de construir e as demais regras previstas no Plano Diretor, tais como o potencial
construtivo passível de transferência e de recepção por áreas ou zonas da cidade e as
condições a serem obedecidas para preservação do imóvel, uma vez que o proprietário
foi beneficiado pela transferência.
Esse instrumento também pode ser utilizado para implantação de equipamentos
públicos, para regularização fundiária ou para urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda. Nesses casos, a transferência do direito de construir pode
apresentar vantagens em relação à desapropriação.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades.

Seção XII
Do estudo de impacto de vizinhança

Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em


área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento
a cargo do Poder Público municipal.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 41


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na
área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer
interessado.
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio
de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.

A Análise do EIV não substitui a elaboração e aprovação do EIA!!!

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 42


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Qualquer atividade desenvolvida na cidade gera impactos ao seu redor, que podem ser
levados em consideração no planejamento urbano por meio de normas urbanísticas
diferenciadas para as diferentes zonas da cidade.
No entanto, algumas atividades interferem na dinâmica urbana de maneira tal que as
normas urbanísticas não são suficientes para orientação do desenvolvimento urbano,
causando impactos (por exemplo, sobrecarga na infraestrutura urbana e nos
equipamentos e serviços públicos) que devem ser objeto de uma avaliação específica.
Para possibilitar que o Poder Público avalie as consequências da instalação de
empreendimento de grande impacto ou ampliação de construções já existentes, foi
instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
Esse instrumento dá ao Poder Público subsídios para decidir sobre a concessão da licença
para realização do empreendimento. Apresentado o EIV, o município pode conceder a
licença para o empreendimento, negá-la ou ainda condicionar a licença à implementação
de medidas de atenuação ou compensação do impacto. Neste processo, a sociedade deve
ser ouvida e participar da decisão, sendo obrigatório que todos os documentos e estudos
estejam disponíveis para consulta de qualquer interessado.
Cabe ao Município elaborar lei específica identificando as atividades e empreendimentos
sujeitos à apresentação do EIV para concessão de licenças. Como as realidades dos
municípios são muito díspares, somente o poder público local pode identificar o que causa
impacto em seu território.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades.

CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR

Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social
e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no
art. 2o desta Lei.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo
o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as
diretrizes e as prioridades nele contidas.
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação,
os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 43


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;


III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
§ 5o (VETADO)

A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos!!!

Propriedade urbana cumpre sua função social quando atende


ao Plano Diretor.

Aprovado por Lei Municipal.

Instrumento básico da política de desenvolvimento e


expansão urbana.
PLANO DIRETOR
O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento
anual devem incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.

Deve englobar o território do município como um todo.

Os Poderes Legislativo e Executivo deverão garantir gestão


participativa e transparência.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 44


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

com mais de vinte mil habitantes.

integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas.

onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos


previstos no § 4 do art. 182 da Constituição Federal.
O PLANO DIRETOR É
OBRIGATÓRIO PARA AS integrantes de áreas de especial interesse turístico.
CIDADES
inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis


à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações
bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos.

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:


I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do
art. 182 da Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadradas no inciso V
do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão
inseridos entre as medidas de compensação adotadas.
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um
plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
§ 3o As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar plano de rotas
acessíveis, compatível com o plano diretor no qual está inserido, que disponha sobre os
passeios públicos a serem implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a
garantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as
rotas e vias existentes, inclusive as que concentrem os focos geradores de maior
circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais de prestação de serviços

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 45


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

públicos e privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, correios e


telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com os
sistemas de transporte coletivo de passageiros. (Incluído pela Lei n 13.146, de 2015) (Vigência)

O Plano Diretor é o principal instrumento instituído pelo Estatuto da Cidade, reunindo os


demais instrumentos e estabelecendo como cada porção do território municipal cumpre
sua função social. É uma lei municipal que deve ser revista pelo menos a cada dez anos e
deve expressar a construção de um pacto social, econômico e territorial para o
desenvolvimento urbano do Município.
O Estatuto da Cidade define quais cidades têm a obrigatoriedade de elaborar o Plano
Diretor, que não deve tratar somente da área urbana, mas da totalidade do território
municipal, englobando as áreas rurais, as florestas, as comunidades tradicionais, as áreas
de preservação ambiental, os recursos hídricos, enfim, toda a área do município.
Logicamente que os Planos Diretores passam a ser diferentes de um município para outro,
em função da região do país em que o município se insere; do bioma; da extensão do
território municipal; da extensão da área urbanizada; da aglomeração urbana da qual
eventualmente o município faz parte; do tamanho da população; dos padrões de
urbanização; dos aspectos econômicos; da existência e configuração de grandes
infraestruturas, tais como portos, ferrovias, estradas, aeroportos; dentre outros fatores.
A concepção de Plano Diretor expressa no Estatuto da Cidade pressupõe o enfrentamento
dos problemas urbanos, principalmente o enorme passivo de desigualdade social das
cidades brasileiras, além de requerer um processo dinâmico e permanente de
planejamento no município. Para isso, ele não deve ser concebido somente como uma
peça técnica de planejamento urbano, mas como um processo político de tomada de
decisões sobre a gestão do território municipal, que envolva toda a sociedade.
Para que o processo de elaboração e implementação do Plano Diretor realmente expresse
um pacto social, econômico e territorial, é fundamental que haja a participação efetiva
da população em todas as etapas. Isso deve ser garantido pelo Poder Público municipal
pela constituição de conselhos com ampla participação dos diversos segmentos da
sociedade, de fóruns de acompanhamento, controle e deliberação, da realização de
audiências públicas, e ainda, conferindo transparência nas informações.
O Plano Diretor também deve influenciar os orçamentos municipais e os investimentos
públicos, sendo definidas diretrizes que devem ser seguidas nos planos plurianuais, nos
orçamentos anuais e nos demais programas, planos e projetos setoriais municipais, tais
como aqueles relacionados à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e
mobilidade urbana.
Os instrumentos do Estatuto da Cidade devem ter sua aplicação prevista no Plano Diretor,
sendo definidos os conceitos, procedimentos de aplicação e a demarcação no território.
Alguns deles, como o parcelamento, edificação e utilização compulsórios, direito de
preempção, outorga onerosa do direito de construir, operações urbanas consorciadas e

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 46


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

transferência do direito de construir só podem ser aplicados se houver previsão expressa


no Plano Diretor.
Vale destacar que o Plano Diretor é a instância de integração das políticas setoriais no
âmbito do planejamento e do ordenamento de todo o território e o Município deve tirar
partido desse poder de regulação para constituir suas políticas setoriais e programar seus
investimentos no tempo. Nesta perspectiva, para combater os déficits habitacionais e
melhorar os serviços públicos, o Poder Público municipal deve atentar para a constituição
de uma política fundiária no Plano Diretor que disponibilize terrenos para provisão de
habitação de interesse social e para a implantação de infraestrutura.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades.

Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:


I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação
ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda
para utilização, na forma do art. 5o desta Lei;
II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;
III – sistema de acompanhamento e controle.
Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municípios incluídos
no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos
de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos
correlatos deverá conter: (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
I - parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a
diversidade de usos e a contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei
n 12.608, de 2012)
II - mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos;
(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
III - planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de
áreas de risco de desastre; (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
IV - medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos de
desastres; e (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
V - diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se
houver, observadas a Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e demais normas federais e
estaduais pertinentes, e previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da
demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política
urbana, onde o uso habitacional for permitido. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
VI - identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais,
quando for o caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades. (Incluído pela
Lei n 12.983, de 2014)
§ 1 A identificação e o mapeamento de áreas de risco levarão em conta as cartas
geotécnicas. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 47


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2 O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as disposições insertas nos
planos de recursos hídricos, formulados consoante a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
§ 3 Os Municípios adequarão o plano diretor às disposições deste artigo, por ocasião de
sua revisão, observados os prazos legais (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
§ 4 Os Municípios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que não tenham plano
diretor aprovado terão o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para
aprovação pela Câmara Municipal. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de
publicação desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo:
(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
I - demarcação do novo perímetro urbano; (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle
especial em função de ameaça de desastres naturais; (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura,
sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei
n 12.608, de 2012)
IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a
promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído
pela Lei n 12.608, de 2012)
V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de
zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o
uso habitacional for permitido; (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do
patrimônio histórico e cultural; e (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a
recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder
público.
§ 1 O projeto específico de que trata o caput deste artigo deverá ser instituído por lei
municipal e atender às diretrizes do plano diretor, quando houver. (Incluído pela Lei n
12.608, de 2012)
§ 2 Quando o plano diretor contemplar as exigências estabelecidas no caput, o Município
ficará dispensado da elaboração do projeto específico de que trata o caput deste artigo.
(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
§ 3 A aprovação de projetos de parcelamento do solo no novo perímetro urbano ficará
condicionada à existência do projeto específico e deverá obedecer às suas disposições.
(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)

CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
outros, os seguintes instrumentos:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 48


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;


II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e
municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
V – (VETADO)
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea
f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas
públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do
orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara
Municipal.
Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas
incluirão obrigatória e significativa participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle
direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania.

CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
outros, os seguintes instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e
municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
V – (VETADO)
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea
f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas
públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do
orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara
Municipal.
Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas
incluirão obrigatória e significativa participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle
direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania.

Um dos elementos fundamentais do Estatuto da Cidade é a promoção da participação da


sociedade na gestão urbana. As decisões sobre o futuro das cidades não podem se limitar
somente à democracia representativa das câmaras de vereadores, mas devem propiciar
que todos aqueles diretamente afetados pelas ações e investimentos públicos sejam

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 49


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

envolvidos. Não se trata apenas de consultar a opinião da população sobre as


proposições do Poder Público municipal, mas de garantir instâncias efetivamente
consultivas e deliberativas, tanto no processo de planejamento urbano, quanto na
destinação dos recursos públicos.
Essas instâncias consultivas e deliberativas devem garantir que todos os segmentos da
sociedade sejam contemplados e que a agenda de investimentos e ações municipais seja
a elas submetida.
Fonte: Estatuto da Cidade Comentado – Ministério das Cidades.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. O poder público municipal poderá facultar ao proprietário da área atingida pela
obrigação de que trata o caput do art. 5o desta Lei, ou objeto de regularização fundiária
urbana para fins de regularização fundiária, o estabelecimento de consórcio imobiliário
como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel. (Redação dada pela
lei n 13.465, de 2017)
§ 1o Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização,
de regularização fundiária ou de reforma, conservação ou construção de edificação por
meio da qual o proprietário transfere ao poder público municipal seu imóvel e, após a
realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente
urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades incorporadas ao patrimônio
público. (Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 2o O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será
correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras. (Redação dada pela lei n
13.465, de 2017)
§ 3o A instauração do consórcio imobiliário por proprietários que tenham dado causa à
formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, não os eximirá das
responsabilidades administrativa, civil ou criminal. (incluído pela lei n 13.465, de 2017)
Art. 47. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços
públicos urbanos, serão diferenciados em função do interesse social.
Art. 48. Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social,
desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica
nessa área, os contratos de concessão de direito real de uso de imóveis públicos:
I – terão, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando o
disposto no inciso II do art. 134 do Código Civil;
II – constituirão título de aceitação obrigatória em garantia de contratos de
financiamentos habitacionais.
Art. 49. Os Estados e Municípios terão o prazo de noventa dias, a partir da entrada em
vigor desta Lei, para fixar prazos, por lei, para a expedição de diretrizes de
empreendimentos urbanísticos, aprovação de projetos de parcelamento e de edificação,
realização de vistorias e expedição de termo de verificação e conclusão de obras.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 50


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Parágrafo único. Não sendo cumprida a determinação do caput, fica estabelecido o prazo
de sessenta dias para a realização de cada um dos referidos atos administrativos, que
valerá até que os Estados e Municípios disponham em lei de forma diversa.
Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II
do caput do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de
entrada em vigor desta Lei deverão aprová-lo até 30 de junho de 2008. (Redação dada pela
Lei n 11.673, 2008)
Art. 51. Para os efeitos desta Lei, aplicam-se ao Distrito Federal e ao Governador do
Distrito Federal as disposições relativas, respectivamente, a Município e a Prefeito.
Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos envolvidos e da aplicação de
outras sanções cabíveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos
da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando:
I – (VETADO)
II – deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imóvel
incorporado ao patrimônio público, conforme o disposto no § 4o do art. 8o desta Lei;
III – utilizar áreas obtidas por meio do direito de preempção em desacordo com o disposto
no art. 26 desta Lei;
IV – aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de
alteração de uso em desacordo com o previsto no art. 31 desta Lei;
V – aplicar os recursos auferidos com operações consorciadas em desacordo com o
previsto no § 1o do art. 33 desta Lei;
VI – impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos incisos I a III do § 4o do art.
40 desta Lei;
VII – deixar de tomar as providências necessárias para garantir a observância do disposto
no § 3o do art. 40 e no art. 50 desta Lei;
VIII – adquirir imóvel objeto de direito de preempção, nos termos dos arts. 25 a 27 desta
Lei, pelo valor da proposta apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de
mercado.

É possível que em alguns casos o proprietário, obrigado pelo Poder Público municipal a
parcelar, edificar ou utilizar seu imóvel, na forma do artigo 5 do Estatuto da Cidade, não
disponha de recursos suficientes. Nessa hipótese, a aplicação do instrumento poderia ser
inviabilizada se demonstrado pelo proprietário sua impossibilidade de cumprir a
determinação do Município. Para dar possibilidade de efetividade aos instrumentos de
parcelamento, edificação ou utilização compulsória e, consequentemente, dar função
social a um imóvel urbano subutilizado, foi instituído o consórcio imobiliário.
Por meio desse instrumento, o Município faculta ao proprietário transferir seu imóvel ao
Poder Público municipal, para que este realize a urbanização ou edificação. Em
contrapartida, após a realização das obras, o antigo proprietário recebe unidades
imobiliárias com valor correspondente ao valor do imóvel quando transferido para o
Município.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 51


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

As condutas ou omissões definidas como atos de improbidade administrativa pelo


Estatuto da Cidade devem ser interpretadas, considerando os atos definidos pela Lei de
Improbidade Administrativa. Uma vez identificado o tipo de ato de improbidade,
definem-se as sanções cabíveis.
Um exemplo pode esclarecer essas explicações. Um prefeito que aplicar os recursos
oriundos da outorga onerosa do direito de construir para finalidade diversa daquelas
previstas no artigo 31 do Estatuto da Cidade pode praticar ato de improbidade contrário
aos princípios da administração pública ou ainda ato lesivo ao erário. No primeiro caso,
basta que a conduta tenha sido praticada com dolo e o agente público poderá sofrer as
sanções referentes ao ato. No segundo caso, é necessário demonstrar que houve prejuízo
concreto ao erário.

5 - LEI N 6.766 / 1979


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6766.htm

Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências.


Art. 1. O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei.
Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer
normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o
previsto nesta Lei às peculiaridades regionais e locais.

Essa lei é a mãe de todas as leis de parcelamento de solo e cai demais nas provas! Vamos lá!

É uma lei Federal, uma norma geral, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem
estabelecer normas complementares de acordo com suas necessidades locais.

CAPÍTULO I
Disposições Preliminares

Art. 2. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou


desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e
municipais pertinentes.
§ 1 - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação,
com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes.
§ 2- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 52


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou


ampliação dos já existentes.
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 4o Considera-se lote o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões
atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona
em que se situe. (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)

Muito importante essa diferenciação entre loteamento e desmembramento, vocês não podem
esquecer de jeito nenhum.
O parcelamento do solo, que se dá pela subdivisão de gleba em lotes, pode ser feito de 2 maneiras:
 Loteamento, com abertura de novas vias de circulação ou modificação das existentes.
 Desmembramento, com aproveitamento do sistema viário existente, sem nenhuma
modificação.

Lote é o terreno servido de infraestrutura urbana, além disso, o terreno deve ter as dimensões
mínimas exigidas pela legislação.
A seguir, vamos ver os itens básicos de infraestrutura exigidos para o parcelamento do solo urbano.

Esses 2 parágrafos merecem um quadro:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 53


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

INFRAESTRUTURA BÁSICA DOS PARCELAMENTOS

GERAL ZHIS

Equipamentos urbanos de escoamento de águas


Escoamento de águas pluviais
pluviais

Iluminação pública -

Esgotamento sanitário Soluções para o esgotamento sanitário

Abastecimento de água potável Rede para o abastecimento de água potável

Energia elétrica pública -

Energia elétrica domiciliar Energia elétrica domiciliar

Vias de circulação Vias de circulação

§ 5o A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos


de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário,
abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de
circulação. (Redação dada pela Lei n 11.445, de 2007). (Vigência)
§ 6o A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais
declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído pela
Lei n 9.785, de 1999)
I - vias de circulação; (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
II - escoamento das águas pluviais; (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
III - rede para o abastecimento de água potável; e (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. (Incluído
pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 7° O lote poderá ser constituído sob a forma de imóvel autônomo ou de unidade
imobiliária integrante de condomínio de lotes. (Incluído pela Lei n 13.465, de
2017)
§ 8° Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida
nos termos do § 1° deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do
poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a
condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados.
(Incluído pela Lei n 13.465, de 2017)
Os 2 parágrafos acima são supernovos, incluídos em 2017!
E o que seria o condomínio de lotes? Vamos ao Código Civil!

Seção IV
Do Condomínio de Lotes
(Incluído pela Lei n 13.465, de 2017)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 54


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes designadas de lotes que são propriedade
exclusiva e partes que são propriedade comum dos condôminos. (Incluído pela Lei n 13.465,
de 2017)
§ 1 A fração ideal de cada condômino poderá ser proporcional à área do solo de cada
unidade autônoma, ao respectivo potencial construtivo ou a outros critérios indicados no
ato de instituição. (Incluído pela Lei n 13.465, de 2017)
§ 2 Aplica-se, no que couber, ao condomínio de lotes o disposto sobre condomínio edilício
neste Capítulo, respeitada a legislação urbanística. (Incluído pela Lei n 13.465, de 2017)
§ 3 Para fins de incorporação imobiliária, a implantação de toda a infraestrutura ficará a
cargo do empreendedor. (Incluído pela Lei n 13.465, de 2017)
A lei 13.465/2017 traz duas novas espécies de condomínio, o de lotes e o urbano simples, e uma
nova espécie de loteamento, o de acesso controlado.
Até a Lei 13.465/2017, o Direito Civil só conhecia 2 espécies de condomínio: o geral e o edilício. O
condomínio tradicional ou geral é onde há frações ideais de um mesmo bem. Já no edilício, há
unidades autônomas e frações ideais das partes comuns e do solo, podendo ser vertical ou
horizontal.
Como se vê, até o advento da Lei n 13.465/2017, ao ser realizado o parcelamento do solo, não
poderia haver a criação de áreas de propriedade comum dos proprietários dos lotes, ao contrário
do que sucede quando se tem um condomínio edilício. Lembrando que o condomínio edilício de
casas não cria lotes, mas unidades imobiliárias vinculadas a uma fração ideal do solo e das áreas
comuns.
Com a criação do condomínio de lotes, também fruto de um parcelamento, os lotes são unidades
autônomas de um condomínio de lotes e não há a exigência do art. 22. (Art. 22. Desde a data de
registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os espaços livres
e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e
do memorial descritivo.)
Porém, na prática, os “loteamentos fechados” estavam se proliferando, mesmo sabendo-se que, no
momento do registro do loteamento no Cartório de Imóveis, imediatamente são transferidas para
a propriedade do Município todas as áreas destinadas ao uso público, como as praças, as ruas etc.
Já o loteamento de acesso controlado, é um loteamento tradicional, com os lotes resultando em
imóveis autônomos (e não como unidades condominiais), mas com a possibilidade de serem
instaladas portarias nas ruas com o objetivo de controlar (não proibir) o acesso de veículos e de
pessoas. Esse tipo de restrição de controle depende de ato administrativo do Município.
De acordo com Carlos Eduardo Elias de Oliveira, temos 3 espécies de
loteamento:(https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/478658357/novidades-da-lei-n-13465-2017-o-
condominio-de-lotes-o-condominio-urbano-simples-e-o-loteamento-de-acesso-controlado)
a) Loteamento tradicional: aquele em que os lotes são imóveis autônomos (art. 2, § 7, Lei n
6.766/79).
b) Loteamento de acesso controlado: é o loteamento tradicional com a autorização municipal
para que os representantes dos proprietários (geralmente uma associação) controlem o acesso de

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 55


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

pessoas e de veículos mediante a sua identificação e o seu cadastramento, vedado, porém, bloquear-
lhes o trânsito se estiverem identificados (art. 2, § 8, Lei n 6.766/79).
c) Loteamento condominial: aquele em que os lotes constituem unidades autônomas de um
condomínio de lotes (art. 2, § 7, Lei n 6.766/79).
A Lei 13.465/2017 também criou o Condomínio Urbano Simples, que não foi incluído no Código
Civil, e que poderá ser instituído em 2 situações, conforme Carlos Eduardo Elias de Oliveira:
1. quando o terreno contiver várias edificações, como sucede com a vulga “casa dos fundos”.
2. quando o terreno contiver uma edificação na qual haja mais de um cômodo com acesso
autônomo.
Assim, cada construção constituirá uma unidade imobiliária autônoma.
Interessante o comentário do Consultor Legislativo do Senado Federal, Carlos Eduardo, quando ele
externa a sua crítica ao nome dado a esse tipo de condomínio, dizendo que seria melhor chamá-lo
de “condomínio edilício simples”, já que é um condomínio edilício com simplificações legais.

Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano
diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para
assegurar o escoamento das águas;
Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis, até a sua correção.

Um artigo para decorar o seu quarto! Vou até caprichar no mapa mental.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 56


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Elaborado por Moema Machado.

CAPÍTULO II
Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento

Art. 4. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:


I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano
e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade
de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em
que se situem. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização
específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente
aprovados pelos órgãos públicos competentes;
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das
rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze)
metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; (Redação dada pela
Lei n 10.932, de 2004)
IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes
ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 57


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 1° A legislação municipal definirá, para cada zona em que se divida o território do


Município, os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do
solo, que incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os
coeficientes máximos de aproveitamento. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 2° Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde,
lazer e similares.
§ 3° Se necessária, a reserva de faixa não-edificável vinculada a dutovias será exigida no
âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que
garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme
estabelecido nas normas técnicas pertinentes. (Incluído pela Lei n 10.932, de 2004)
§ 4° No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, poderão ser instituídas
limitações administrativas e direitos reais sobre coisa alheia em benefício do poder
público, da população em geral e da proteção da paisagem urbana, tais como servidões
de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros. (Incluído pela Lei n 13.465, de
2017)
Art. 5. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada
loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos.
Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de
água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e
gás canalizado.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 58


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Para cada zona do município, a legislação municipal definirá os:


1. Usos permitidos.
2. Índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão, obrigatoriamente:
a. Áreas mínimas e máximas de lotes;
b. Coeficientes máximos de aproveitamento.
Equipamentos públicos comunitários: escolas, edificação de saúde, espaços culturais e de lazer e
outros similares.
Equipamentos públicos urbanos: de abastecimento de água, de serviços de esgoto, de energia
elétrica, de coleta de águas pluviais, de rede telefônica e de gás canalizado.
Atentar para o § 4, pois, foi incluído em 2017. Antes da Lei 13.465 de 2017, não existia loteamento
similar a condomínios de prédios, com áreas comuns pertencentes aos condôminos. Só existia o
loteamento tradicional, o qual, na data do registro do loteamento, as vias, praças, espaços livres e
áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, passavam a integrar o
domínio do município.

CAPÍTULO III
Do Projeto de Loteamento

Art. 6. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à


Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes
para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas
reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim,
requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos:
I - as divisas da gleba a ser loteada;
II - as curvas de nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal;
III - a localização dos cursos d’água, bosques e construções existentes;
IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de
comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no
local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada;
V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;
VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas.

A etapa descrita nesse parágrafo, não é necessária para municípios que tenham menos de 50.000
habitantes e que possuam essas diretrizes em seu Plano Diretor.
Caso o município não se enquadre nessas condições, terá que requerer à prefeitura as seguintes
diretrizes:
 Para uso do solo;
 Traçado dos lotes;
 Sistema viário;
 Espaços livres;
 Áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 59


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 A planta a ser anexada ao requerimento deve conter:


 As divisas da gleba;
 Curvas de níveis;
 Localização dos cursos d’água, bosques e construções existentes;
 Arruamentos contíguos, localização de vias de comunicação, áreas livres, equipamentos
urbanos e comunitários existentes no local e nas proximidades;
 Uso predominante pretendido;
 Características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas.

Art. 7. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas
plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de
planejamento estadual e municipal:
I - as ruas ou estradas existentes ou projetada, que compõem o sistema viário da cidade
e do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas;
II - o traçado básico do sistema viário principal;
III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e
comunitário e das áreas livres de uso público;
IV - as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as
faixas não edificáveis;
V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis.
Parágrafo único - As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.
Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro
anos. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
Art. 8 Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano diretor
contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento poderão
dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 7o desta
Lei. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
Art. 9 Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo
desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração
máxima de quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal,
quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida
pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos
municipais e do competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no § 4o do
art. 18. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 1 - Os desenhos conterão pelo menos:
I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;
Il - o sistema de vias com a respectiva hierarquia;
III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de
tangência e ângulos centrais das vias;
IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças;
V - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de
curvas e vias projetadas;
VI - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 60


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2° O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos:


I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou
zonas de uso predominante;
II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e
suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de
registro do loteamento;
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do Município; (Redação dada
pela Medida Provisória n 514, de 2010)
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de
registro do loteamento;
IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de
utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências.
§ 3° Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula apresentada como
atual não tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo
da sua apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas
insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto as aprovações
conseqüentes. (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)

OS PROJETOS CONTERÃO PELO MENOS

PROJETO DE LOTEAMENTO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO

Subdivisão das quadras em lotes, com dimensões e Indicação das vias existentes e dos loteamentos
numeração próximos

Sistemas de vias e sua hierarquia Indicação do tipo de uso predominante no local

Dimensões lineares e angulares do projeto, raios,


Indicação da divisão de lotes pretendida na área
cordas, ...

Perfis longitudinais e transversais de todas as vias de


circulação e praças

Indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento

Indicação em planta e perfis de todas as linhas de


escoamento pluviais

Memorial descritivo

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 61


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

CAPÍTULO IV
Do Projeto de Desmembramento

Art. 10. Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará


requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso,
acompanhado do título de propriedade e de planta do imóvel a ser desmembrado
contendo:
Art. 10. Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará
requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso,
acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de
Registro de Imóveis competente, ressalvado o disposto no § 4o do art. 18, e de planta do
imóvel a ser desmembrado contendo: (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos;
II - a indicação do tipo de uso predominante no local;
III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área.
Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas
exigidas para o loteamento, em especial o inciso II do art. 4 e o art. 5 desta Lei.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 62


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas


vigentes para as regiões em que se situem ou, na ausência destas, as disposições
urbanísticas para os loteamentos. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
Parágrafo único - O Município, ou o Distrito Federal quando for o caso, fixará os requisitos
exigíveis para a aprovação de desmembramento de lotes decorrentes de loteamento cuja
destinação da área pública tenha sido inferior à mínima prevista no § 1 do art. 4 desta
Lei.

CAPÍTULO V
Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento

Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura
Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação
das diretrizes a que aludem os arts. 6 e 7 desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo
seguinte.
§ 1o O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma de
execução, sob pena de caducidade da aprovação. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
§ 2o Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis
à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos
geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que trata o caput ficará
vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à
urbanização. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012) (Vigência)
§ 3o É vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em áreas de
risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação dele
derivada. (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e
desmembramentos nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos
mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim
definidas por legislação estadual ou federal;
Il - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do
município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em
aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal;
III - quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000 m².
Parágrafo único - No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de
município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação
do projeto caberão à autoridade metropolitana.
Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no
inciso I do artigo anterior.
Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeter-se os
projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, observadas
as disposições desta Lei.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 63


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Parágrafo único - Na regulamentação das normas previstas neste artigo, o Estado


procurará atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal.
Art. 16. A lei municipal definirá o número de dias em que um projeto de loteamento, uma
vez apresentado com todos os seus elementos, deve ser aprovado ou rejeitado.
Art. 16. A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento
apresentado seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou
recusadas. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 1o Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será
considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais
danos derivados da omissão. (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 2o Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias para a
aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada das
obras de urbanização. (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios
públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo,
não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do
loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador,
sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei.

CAPÍTULO VI
Do Registro do Loteamento e Desmembramento

Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá


submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de
caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos:
I - título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos §§
4o e 5o; (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
II - histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vintes anos),
acompanhados dos respectivos comprovantes;
III - certidões negativas:
a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel;
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos;
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração
Pública.
IV - certidões:
a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 10 (dez)
anos;
b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 10 (dez) anos;
c) de ônus reais relativos ao imóvel;
d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 10 (dez) anos.
V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação pela
Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas por
legislação municipal, que incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 64


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras de escoamento


das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a duração máxima de quatro
anos, acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das
obras; (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
VI - exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de promessa de
cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações previstas no art. 26 desta Lei;
VII - declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento.
§ 1 - Os períodos referidos nos incisos III, alínea b e IV, alíneas a, e d, tomarão por base a
data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em nome
daqueles que, nos mencionados períodos, tenham sido titulares de direitos reais sobre o
imóvel.
§ 2 - A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes
a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do
loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão
prejudicar os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente
a comprovação feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente.
§ 3 - A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o consentimento
do declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos
a eles relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge.
§ 4o O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular,
destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com
processo de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que
promovido pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas,
autorizadas por lei a implantar projetos de habitação. (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
§ 5o No caso de que trata o § 4o, o pedido de registro do parcelamento, além dos
documentos mencionados nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias
autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de
desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando
formulado por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos. (Incluído
pela Lei n 9.785, de 1999)
Art. 19. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de
Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura e fará publicar, em resumo e com
pequeno desenho de localização da área, edital do pedido de registro em 3 (três) dias
consecutivos, podendo este ser impugnado no prazo de 15 (quinze) dias contados da data
da última publicação.
§ 1 - Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro. Se houver
impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o requerente e a
Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para que sobre ela se
manifestem no prazo de 5 cinco) dias, sob pena de arquivamento do processo. Com tais
manifestações o processo será enviado ao juiz competente para decisão.
§ 2 - Ouvido o Ministério Público no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz decidirá de plano ou
após instrução sumária, devendo remeter ao interessado as vias ordinárias caso a
matéria exija maior indagação.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 65


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 3 - Nas capitais, a publicação do edital se fará no Diário Oficial do Estado e num dos
jornais de circulação diária. Nos demais municípios, a publicação se fará apenas num dos
jornais locais, se houver, ou, não havendo, em jornal da região.
§ 4 - O Oficial do Registro de Imóveis que efetuar o registro em desacordo com as
exigências desta Lei ficará sujeito a multa equivalente a 10 (dez) vezes os emolumentos
regimentais fixados para o registro, na época em que for aplicada a penalidade pelo juiz
corregedor do cartório, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis.
§ 5 - Registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu
registro à Prefeitura.
Art. 20. O registro do loteamento será feito, por extrato, no livro próprio.
Parágrafo único - No Registro de Imóveis far-se-á o registro do loteamento, com uma
indicação para cada lote, a averbação das alterações, a abertura de ruas e praças e as
áreas destinadas a espaços livres ou a equipamentos urbanos.
Art. 21. Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária,
o registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a
maior parte da área loteada. Procedido o registro nessa circunscrição, o interessado
requererá, sucessivamente, o registro do loteamento em cada uma das demais,
comprovando perante cada qual o registro efetuado na anterior, até que o loteamento
seja registrado em todas. Denegado registro em qualquer das circunscrições, essa decisão
será comunicada, pelo Oficial do Registro de Imóveis, às demais para efeito de
cancelamento dos registros feitos, salvo se ocorrer a hipótese prevista no § 4 deste artigo.
§ 1 Nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição.
§ 2 - É defeso ao interessado processar simultaneamente, perante diferentes
circunscrições, pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo nulos os atos praticados
com infração a esta norma.
§ 3 - Enquanto não procedidos todos os registros de que trata este artigo, considerar-se-
á o loteamento como não registrado para os efeitos desta Lei.
§ 4 - O indeferimento do registro do loteamento em uma circunscrição não determinará
o cancelamento do registro procedido em outra, se o motivo do indeferimento naquela
não se estender à área situada sob a competência desta, e desde que o interessado
requeira a manutenção do registro obtido, submetido o remanescente do loteamento a
uma aprovação prévia perante a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o
caso.
Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do
Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e
outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo.
Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o
Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento
elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o
parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que
passarão dessa forma a integrar o seu domínio. (Incluído pela Medida Provisória n 514, de 2010)
Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o
Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 66


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o


parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que
passarão dessa forma a integrar o seu domínio. (Incluído pela Lei n 12.424, de 2011)
Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado:
I - por decisão judicial;
II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal
quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato;
III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com anuência
da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado.
§ 1 - A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto resultar
inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado
qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências.
§ 2 - Nas hipóteses dos incisos Il e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em
resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 30
(trinta) dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem
impugnação, o processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido
de cancelamento, ouvido o Ministério Público.
§ 3 - A homologação de que trata o parágrafo anterior será precedida de vistoria judicial
destinada a comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada.
Art. 24. O processo de loteamento e os contratos de depositados em Cartório poderão ser
examinados por qualquer pessoa, a qualquer tempo, independentemente do pagamento
de custas ou emolumentos, ainda que a título de busca.

Os próximos capítulos, VII Dos Contratos, VIII Disposições Gerais, IX Disposições Penais e X
Disposições Finais, não costumam ser cobrados em prova, logo, não os colocarei aqui. Para quem
quiser dar uma lida rápida, é só acessar o link que inseri no começo desse tópico.
Bom, vamos ficando por aqui na parte teórica, os exercícios comentados complementam a matéria.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 67


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

6 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(FCC – MP - MARANHÃO – 2013)


Sobre a terminologia e sua respectiva definição, é correto afirmar:
(A) City Marketing: Soluções para a produção e composição da forma urbana, e sua
sobreposição com a infraestrutura dos elementos estruturantes da cidade, nos seus aspectos
físicos e humanos.
(B) Gentrification: Adaptação das cidades ao contexto global, com a articulação de projetos
urbanos pontuais, localizados de forma que os seus efeitos transcendam as áreas de
intervenções, tanto no que diz respeito aos aspectos socioeconômicos, como físico-espaciais.
(C) Strategic Planning: Revitalização dos corações centrais e históricos das cidades, com a
consequente expulsão das populações mais carentes, resultando na revalorização imobiliária
desses espaços.
(D) Urban Design: Conjunto de intervenções e medidas, coordenadas pelo poder público
municipal, com a finalidade de transformação de áreas urbanas contando com a participação
dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados.
(E) Brownfields: Áreas com instalações industriais e comerciais abandonadas, ociosas ou
subutilizadas com passivo ambiental, onde a revitalização será possível após a remediação de
solo.

Comentários
(A) Incorreta. City Marketing: ou marketing territorial.

No mundo globalizado o desafio que se coloca para as grandes cidades é atrair pessoas
e capitais para impulsionar o seu crescimento. Neste contexto, a competição entre as
cidades é cada dia maior e as técnicas utilizadas no mundo dos negócios, incluindo
marketing, tendem a impregnar a esfera do planejamento e gestão das cidades. O
marketing territorial é usado frequentemente como uma alavanca para criação de novos
espaços de consumo onde a organização de grandes eventos, como as olimpíadas ou
copa do mundo, corroboram com a atratividade das cidades. Pautado pelo planejamento
estratégico, o marketing territorial tem apoiado projetos para impulsionar a economia
urbana de metrópoles em países desenvolvidos desde os anos de 1990. Atualmente,
também está presente nas políticas urbanas de grandes cidades de países emergentes.
(Lima, 2017)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 68


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Instrumento de planejamento, composto de uma série de estratégias, táticas e operações


multidisciplinares que servem para ampliar a imagem positiva da cidade.
http://www.abeoc.org.br/2014/01/entrevista-a-vez-do-%E2%80%9Ccity-marketin g%E2%80%9D/

(B) Incorreta. Gentrification:


Revitalização dos corações centrais e históricos das cidades, com a consequente expulsão das
populações mais carentes, resultando na revalorização imobiliária desses espaços.

Fiquem de ! Gentrificação é um conceito muito cobrado!


(C) Incorreta. Strategic Planning:

O Plano Estratégico “Strategic Planning” reflete a abordagem do “processo” de


planejamento e é caracterizado por coordenação intersetorial; viabilidade financeira;
mecanismos facilitadores por parte do setor público para apoiar as atividades formais e
informais do setor privado; mecanismos realistas, monitoramento e avaliação. O
resultado não é apenas o desenvolvimento físico do plano, mas um conjunto de
estratégias relacionadas para a implementação de ações, incluindo no caso urbano, a
participação da sociedade na gestão, os condicionantes ambientais da urbanização, o
acesso à terra, à infraestrutura, à economia urbana e à construção de um marco
institucional visando um processo de desenvolvimento urbano integrado.
Segundo Ribas (2003), as regras que orientam as ações das novas abordagens urbanas
consideram, na definição dos instrumentos de planejamento e gestão do solo urbano,
princípios como: equidade, eficiência e eficácia, flexibilidade e participação. Destaca que
esses princípios constituem a base na qual se apoiam o planejamento e a gestão urbana
para a formulação de políticas públicas sustentáveis.
(...)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 69


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Lembramos que o planejamento estratégico tem como objetivo principal a coordenação


dos vários níveis e funções estratégicas de uma organização em um projeto global,
considerando quatro pontos principais que são a missão, onde queremos ir; as
estratégias, como chegar lá; o orçamento, o que podemos fazer; e o controle, como medir
o andamento do processo.
Levando esses princípios para a política de reorganização urbana, pode-se falar que sua
missão consiste em adequar as cidades à população e seus anseios, propiciando uma
gestão democrática, onde a qualidade de vida esteja em pauta e o alcance da cidade
desenvolvida e ao mesmo tempo, igualitária e justa; as estratégias englobam as ações
que devem ser executadas para se atingir a cidade melhorada, mas tais ações não devem
ser aplicadas indiscriminadamente; pelo contrário, devem atender à realidade de cada
território específico. É então que entra em cena, mais uma vez, o ato de planejar.
A venda da cidade passa então a fazer parte do novo planejamento urbano, o marketing
urbano é uma ramificação do planejamento estratégico que visa a associação de ações
para a promoção das cidades, tornando-a atrativa e competitiva.
A fim de resumir toda a informação conquistada na teoria sobre o planejamento urbano
estratégico e para sintetizar suas características mais recorrentes a ficha analítica a
seguir foi desenvolvida. (Tabela 8)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 70


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Lima, 2017)

(D) Incorreta. Urban Design:

É a arte de fazer lugares para as pessoas, ou a arte de planejar layouts urbanos pegando
como ponto de partida as necessidades das pessoas. O princípio do Urban Design é a
interação entre ambiente e usuário (Environment x Human) e envolve projetos como

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 71


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

quarteirões, praças, jardins, centros comunitários, centros esportivos entre outros


espaços. https://www.triaprima.com.br/urban-design/

(E) Correta.

Nos Estados Unidos, esses espaços, identificados como brownfields, são definidos como
áreas que tiveram um uso anterior e que, atualmente, se encontram ociosas.
Apresentam-se, principalmente, na forma de antigas propriedades industriais (terrenos
e/ ou instalações) que encerraram suas atividades e, já há alguns anos se encontram
deterioradas, abandonadas ou subutilizadas, e cuja refuncionalização se torna difícil
devido à contaminação real ou percebida. No entanto, apresentam um potencial para
reuso o que deveria ser observado.
A recuperação dessas áreas teve início através de uma Política Pública, adotada pelo
governo americano na década de 80, devido à aprovação da Lei de Responsabilidade,
==10e825==

Compensação e Resposta Ambiental Compreensiva (CERCLA), melhor conhecido como


Superfund, sob responsabilidade da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
– U.S. EPA
(BARTSCH; COLLATON, 1997).
De forma geral, o termo brownfields, traduzido no seu sentido literal como “campos
marrom/escuros”, só começou a ser difundido no início dos anos 90, e a bibliografia
existente sobre o assunto é relativamente pequena e ainda não disponível em português.
Mas o uso desse termo está intimamente relacionado ao solo contaminado e às
estratégias para enfrentar o problema.
Conferências realizadas nos Estados Unidos, desde 1993, ressaltam os sérios impactos
que os brownfields podem causar nas comunidades onde se localizam e a necessidade de
reuso dessas áreas (SHEAHAN; COLEY, 2002).
(...)
Em relação aos brownfields, tornam-se necessárias propostas de intervenção visando
planos de recuperação ambiental para possibilitar novos usos. Porém, esse processo é
mais complicado do que a reutilização de outras áreas em geral, porque, nesses locais,
estão envolvidos fatores comunitários, econômicos, legais e ambientais.
(...)
Dessa forma, a recuperação ambiental e a implantação de parques e áreas verdes tal
como está previsto ou fazer outro uso adequado desses espaços, poderá garantir
refuncionalização desses brownfields através da reabilitação do passivo ambiental
decorrente da utilização de tais áreas.
(LEITE & CORTEZ)
O Planejamento Estratégico e o City Marketing são instrumentos que visam resultados
otimizados, utilizados na competição entre cidades que, segundo VAINER (2000:99)
“autoriza a transposição do modelo estratégico do mundo das empresas para o universo
urbano, como é ela que autoriza a venda das cidades, o emprego do marketing urbano”.
Mas, faz-se necessário uma outra análise, pois, não se tratar de uma competição entre
países, regiões ou cidades e sim de uma competição entre os grupos empresariais, cada

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 72


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

um buscando uma localização que lhe seja mais vantajosa no que diz respeito à
disponibilização de serviços e incentivos fiscais.
A cidade, enfim, não deve permitir que o “espaço objeto e sujeito de negócios” se
imponha sobre o “espaço do encontro e do confronto de cidadãos” (VAINER, 2000:101),
afinal, esta é a finalidade única de ser e de existir da cidade.
(Pinto, 2001)

Gabarito: alternativa E

(FCC – MP - MARANHÃO – 2013)


Instrumentos do Estatuto da Cidade:
1. Consiste na possibilidade de o Município estabelecer relação entre a área edificável e a área
do terreno, a partir da qual a autorização para construir passaria a ser precificada e tributada.
2. Confere ao poder público municipal, preferência para a compra de imóvel urbano,
respeitado seu valor no mercado imobiliário, e antes que o imóvel de interesse do município
seja comercializado entre particulares.
Trata-se
(A) da Transferência do Direito de Construir e Operações Urbanas Consorciadas.
(B) do Direito de Superfície e Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública.
(C) da Outorga Onerosa do Direito de Construir e Direito de Preempção.
(D) da Usucapião Especial de Imóvel Urbano e Contribuição de Melhoria.
(E) do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios e Zonas Especiais de Interesse
Social.

Comentários

1. Outorga Onerosa do Direito de Construir.


Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima
do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo
beneficiário.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a
área do terreno.
2. Direito de Preempção.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 73


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.

Gabarito: alternativa C

(FCC – TRT 11ª Região – 2017)


Duas construções, A e B, foram edificadas em dois terrenos distintos com as mesmas
dimensões, 20 × 30 metros. A edificação A tem quatro pavimentos medindo 16 por
18,75metros. A segunda possui os dois primeiros pavimentos medindo 16 por 18,75 metros e
mais quatro pavimentos centralizados geometricamente em planta circular medindo 150
metros quadrados de área cada um.
Considerando a taxa de ocupação como a relação entre a área de projeção da edificação e a
área do terreno, e coeficiente de aproveitamento como a relação entre a área edificada e a
área do terreno,
(A) a taxa de ocupação é maior no caso B, e o coeficiente de aproveitamento é maior no caso
A.
(B) a taxa de ocupação em ambos os casos é a mesma, porém o coeficiente de aproveitamento
é maior no caso B.
(C) o coeficiente de aproveitamento em ambos os casos é o mesmo, porém a taxa de ocupação
é maior no caso B.
(D) o coeficiente de aproveitamento é maior no caso B, e a taxa de ocupação é maior no caso
A.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 74


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(E) o coeficiente de aproveitamento e a taxa de ocupação em ambos os casos são os mesmos.

Comentários
Vamos lá! Questão mais de interpretação e matemática.
Vamos calcular, primeiro, a taxa de ocupação das edificações nos terrenos:
Ambos os terrenos medem 20 x 30 metros, ou seja, possuem 600 m².
A construção A possui 300 m² (16 x 18,75 m), logo, ocupa 50% do terreno.
A construção B também 300 m² (16 x 18,75 m), logo, ocupa também, 50% do terreno. Note que os
quatro últimos pavimentos têm área de 150 m² e são centralizados. Logo, não afetam a área de
projeção da edificação no terreno.
Conclusão: T.O. de A = T.O. de B.
Com isso, só nos restam as alternativas (B) e (E).
Agora, vamos calcular o coeficiente de aproveitamento:
A área edificada da construção A é: 4 x 300, logo, 1200 m²
Coeficiente de aproveitamento= Área edificada/área do terreno
C.A.= 1200/600= 2
A área edificada da construção B é: (2 x 300) + (4 x 150), logo, também, 1200 m²
Coeficiente de aproveitamento= Área edificada/área do terreno
C.A.= 1200/600= 2
Conclusão: C.A. de A = C.A. de B.
Gabarito: alternativa E

(FGV – TJ /BA - 2014)


Considerando-se que a morfologia urbana se inscreve nas áreas do urbanismo, da arquitetura
e do desenho urbano, analise as afirmativas abaixo:
I. Um estudo morfológico se ocupa do processo de urbanização, ou seja, do conjunto de
fenômenos sociais, econômicos, motores da urbanização, que convergem como objeto de
estudo.
II. A morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores
ou elementos morfológicos, e na sua produção e transformação no tempo.
III. Um estudo de morfologia urbana deve abranger a divisão do meio urbano em elementos
morfológicos, desarticulados entre si e com o conjunto que definem.
Está correto o que se afirma em:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 75


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(A) somente I;
(B) somente II;
(C) somente III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.

Comentários
A morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores, ou
elementos morfológicos, e na sua produção e transformação no tempo.
O estudo da morfologia urbana ocupa-se da divisão do meio urbano em partes e da articulação
destes entre si com o conjunto que definem. Sendo necessária a identificação e clarificação dos
elementos morfológicos, quer em ordem à leitura ou análise do espaço, quer em ordem à sua
concepção ou produção.
J. Lamas escreve que a primeira leitura da cidade será sempre ao nível “físico-espacial e
morfológico”, pois, só esta pode mostrar a singularidade de cada espaço e de cada forma, e ainda
“explicar as características de cada parte da cidade”. A esta primeira leitura, juntam-se diversos
conteúdos históricos, econômicos, sociais e outros. Lamas ainda afirma que todos os instrumentos
de leitura leem o mesmo objeto: o espaço físico, a forma urbana.
Posto isso, vamos analisar as afirmativas:
I. Incorreta. O estudo morfológico estuda a forma urbana. Lamas afirma que “um estudo
morfológico não se ocupa do processo de urbanização, quer dizer, do conjunto de fenômenos
sociais, econômicos e outros, motores da urbanização”.
II. Correta. Conforme José Lamas: “a morfologia urbana é a disciplina que estuda o objeto – a
forma urbana – nas suas características exteriores, físicas, e na sua evolução no tempo”.
III. Incorreta. Os elementos morfológicos são articulados entre si.
Gabarito: alternativa B

(FGV – ALBA/BA - 2014)


No âmbito dos instrumentos da política urbana, lei municipal específica, baseada no Plano
Diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações urbanas consorciadas.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. A operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas especificamente
coordenadas entre o Poder Público Municipal e os investidores privados, com vistas à
valorização ambiental.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 76


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II. A modificação de características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, é


medida prevista nas operações urbanas consorciadas, desde que não alterem as normas
edilícias.
III. O programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela
operação deverá constar, obrigatoriamente, do plano de operação urbana consorciada.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários
Analisando as alternativas:
I. Incorreta. O conjunto de intervenções e medidas são coordenadas pelo Poder Público
Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados.
II. Incorreta. As normas edilícias também podem ser alteradas.
III. Correta.
Vamos ao:
Seção X
Das operações urbanas consorciadas
Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações
consorciadas.
§1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder
Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores
privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e
a valorização ambiental.
§2o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como
alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos
ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias que
reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de
obras a serem contempladas. (Incluído pela Lei n 12.836, de 2013)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 77


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação urbana
consorciada, contendo, no mínimo:
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;

Gabarito: alternativa C

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Em conformidade com a Lei n 10.257/01, que estabelece diretrizes gerais da política urbana,
o Plano Diretor é obrigatório para cidades
(A) com mais de 10 mil habitantes.
(B) componentes de regiões rurais e aglomerações urbanas.
(C) inserida na área de influência de empreendimentos comerciais.
(D) integrantes de áreas metropolitanas, sem interesse turístico.
(E) insertadas na área de atuação de atividades com significativo impacto ambiental.

Comentários
(A) com mais de 20 mil habitantes.
(B) componentes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas.
(C) inserida na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito regional ou nacional.
(D) integrantes de áreas de especial interesse turístico.
(E) correta.
Vamos ao Estatuto da Cidade
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no §4o do art. 182 da
Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei n 12.608, de
2012)

Gabarito: alternativa E

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 78


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – CÂMARA MUNICIPAL - RECIFE - 2014)


No âmbito da Lei n. 10.257/01 (Estatuto da Cidade), a política urbana tem por objetivo ordenar
o plano de desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Assinale
a alternativa que indica as diretrizes gerais dessa política.
(A) A garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer.
(B) A ordenação e o controle do uso do solo, de modo a incentivar a proximidade de usos
incompatíveis ou inconvenientes.
(C) A cooperação entre os governos, com exclusão da iniciativa privada no processo de
urbanização, por se tratar de questão de interesse social.
(D) A distinção e não complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista
o desenvolvimento socioeconômico do município e do território sob sua área de influência.
(E) A gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas da comunidade na formulação dos planos de desenvolvimento urbano,
cabendo exclusivamente ao governo a execução destes planos.
Comentários
Já tem que estar no sangue!
Vamos ao Estatuto da Cidade
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
A) I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
B) VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
C) III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo
de urbanização, em atendimento ao interesse social;
D) VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;
E) II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos
vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas
e projetos de desenvolvimento urbano;

Gabarito: alternativa A

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


A tabela abaixo apresenta conceitos de uso e ocupação do solo:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 79


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A correta correlação dos itens da coluna da esquerda com sua respectiva descrição na coluna
da direita ocorre em:
(A) 1a; 2d; 3b; 4c
(B) 1d; 2a; 3b; 4c
(C) 1b; 2a; 3d; 4c
(D) 1d; 2b; 3a; 4c
(E) 1b; 2d; 3a; 4c

Comentários
1. Taxa de ocupação: é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação ou
edificações e a área do lote.
2. Coeficiente de Aproveitamento Máximo: é a relação entre a área construída computável
máxima permitida no lote e a área total do terreno.
3. Coeficiente de Aproveitamento Básico: é a relação entre a área construída computável
gratuita, inerente ao lote, e a área total do terreno.
4. Outorga Onerosa do Direito de Construir: é o exercício do direito de construir acima do
permitido pela aplicação do coeficiente de aproveitamento básico, mediante contrapartida
a ser prestada pelo beneficiário.
Quero aproveitar e trazer a NBR6505 de 10/1994 que trata sobre Índices urbanísticos: (ABNT, 1994)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 80


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 81


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Gabarito: alternativa E

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


O Plano Diretor Municipal deverá englobar o
(A) perímetro urbano e de expansão urbana.
(B) perímetro urbano.
(C) território do município como um todo.
(D) perímetro urbano, de expansão urbana e as áreas urbanas isoladas.
(E) perímetro urbano, de expansão urbana, as áreas urbanas isoladas e as áreas rurais com
usos urbanos.

Vamos ao Estatuto da Cidade


CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos
quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as
diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e
expansão urbana.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 82


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.


§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo
e Executivo municipais garantirão:
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade;
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
§ 5o (VETADO)

Gabarito: alternativa C

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


A teoria do desenvolvimento urbano sustentável recente baseia-se, dentre outras coisas, em
alguns preceitos de desenho urbano, como a associação dos fatores:
(A) cidade densa e compacta, usos diversificados e transporte coletivo.
(B) cidade de baixa densidade, usos monofuncionais e autosuficientes e transporte coletivo.
(C) cidade de baixa densidade, usos diversificados e transporte individual de baixo consumo e
pouca emissão de poluentes.
(D) cidade densa, usos monofuncionais especializados e transporte alternativo.
(E) cidade de baixa densidade, usos monofuncionais especializados e transporte coletivo de
alta capacidade.

Comentários
A discussão das densidades urbanas ideais é uma discussão antiga.
 Frank Lloyd Wright densidades baixas 10 hab./há
 Le Corbusier densidades altas 3.000 hab./ha.
Atualmente existe uma revalorização de densidades populacionais altas por parte dos
pesquisadores urbanos.
No desenho urbano de uma cidade compacta, busca-se a proximidade entre habitação, empregos,
serviços, comércio e lazer, o que contribui para o uso eficiente do espaço com qualidade de vida.
Jane Jacobs (2000) considera as baixas densidades do modelo do subúrbio americano como o
principal fator do declínio das cidades dos Estados Unidos. Segundo ela, baixas densidades reduzem
a diversidade de usos das áreas urbanas, tornando-as mais desertas e acentuando problemas como
criminalidade e vandalismo.
http://www.fau.usp.br/docentes/depprojeto/e_nobre/AUP573/aula4.pdf

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 83


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(SILVA, 2011)

CIDADES SUSTENTÁVEIS: UMA NOVA CONDIÇÃO URBANA


(SILVA, 2011)
4.2 CIDADE DISPERSA VERSUS CIDADE COMPACTA: O PREDOMÍNIO DO MODELO
MULTIFUNCIONAL E COMPACTO
“Além da oportunidade social, o modelo de “cidade densa‟ pode trazer benefícios
ecológicos maiores. As cidades densas, através de um planejamento integrado, podem
ser pensadas tendo em vista um aumento de sua eficiência energética, menor consumo
de recursos, menor nível de poluição e, além disso, evitando sua expansão sobre a área
rural. Por estas razões, acredito que devemos investir na idéia de “cidade compacta‟ –
uma cidade densa e socialmente diversificada onde as atividades econômicas e sociais se
sobreponham e onde as comunidades sejam concentradas em torno de uma unidade de
vizinhança.” (Rogers, 2005: 33)
A sustentabilidade urbana tem como foco, antes de tudo, a esfera social e de
comunidade, já que os principais problemas urbanos têm sua origem nas relações
humanas. Além desses elementos, há a espacialização como componente físico na
formação urbana, o que determinam morfologias distintas conforme as diversas
condicionantes atuantes sobre o processo de constituição física da cidade. Esta pode ser
mais compacta ou mais dispersa, mais vertical ou mais horizontal, mais integrada ou
menos integrada; e o desenho urbano pode determinar níveis de coesão social (ou
segregação), mobilidade, acessibilidade, identidade, entre outros diversos aspectos
determinantes da qualidade de vida nem sempre compreendidos pela gestão urbana e
sociedade. Por outro lado, a expansão urbana vigente nega os limites naturais impostos
aos recursos finitos do planeta, colocando em conflito o sistema econômico vigente que
promulga o desenvolvimento ilimitado do capital.
O urbanismo disperso gera problemas ambientais, face ao espalhamento da cidade sobre
a paisagem natural, eliminado florestas, se apropriando dos recursos naturais,

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 84


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

aumentando a demanda por consumo e energia, produzindo resíduos em excesso como


resultados do modelo de consumo. A dispersão urbana exige intenso uso de veículos para
transporte de mercadorias e pessoas (em âmbito local, urbano, regional, nacional e
internacional) que acarretam a poluição do ar por meio da emissão de gases provenientes
de combustíveis fósseis nos diversos meios e redes de transporte, bem como da
impermeabilização do solo decorrentes da pavimentação excessiva, que além de exercer
sérios danos ao ciclo hidrológico, proporciona enchentes face à deficitária infraestrutura
urbana, bem como impacta o clima urbano de forma considerável.
Como movimento urbano alternativo a esse panorama, discussões são postas sobre a
realidade vigente das cidades, questionando e propondo modelos urbanos que
correspondam às novas necessidades ambientais e de qualidade sustentável. Sobre essa
lógica de compacidade, Rogers (2005) propõe a redução das distâncias urbanas como
incentivo ao caminhar do pedestre ou ao uso de bicicletas (Figura 04). Acselrad (1999;
2009) por sua vez, propõe, além da compactação urbana, a descentralização dos serviços,
partindo das áreas centrais para as periferias, o que promoveria um espaço urbano
menos segregado e mais igualitário. Para o autor, é vital a inclusão das áreas periféricas
na cidade formal, estabelecendo a distribuição dos serviços e equipamentos urbanos,
integrando centro e periferia, bem como o público e o privado. Porém, o autor toca na
questão da necessidade de controle demográfico paralela às mudanças no processo de
gestão urbana.
Gabarito: alternativa A

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


Uma importante diferença entre os temas que compõem o universo de questões da teoria
cultural do movimento moderno em relação ao pós-moderno, é que o movimento moderno
(A) não reconheceu as questões do corpo e lugar, devido ao seu foco no coletivo em
detrimento ao individual.
(B) expressou-se numa linguagem única e personalizada, celebrando a máquina como foco da
individualidade.
(C) celebrou o corpo e o lugar como principais temas para expressão da linguagem
individualizada.
(D) reconheceu e valorizou as questões do corpo e lugar como expressão do indivíduo, em
relação à cidade formal.
(E) buscou o concreto armado como expressão de uma linguagem individualista e
materializada do corpo.

Comentários
Os críticos do movimento moderno atribuem, entre outras, as seguintes características ao mesmo:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 85


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

 suposta insensibilidade dos produtos modernos em relação aos lugares de inserção;


 descontextualização e isolamento da edificação no lote;
 não estabelecimento de relações com o lugar;
 absolutismo formal (racionalidade e funcionalidade levados ao extremo);
 foco no coletivo em detrimento do individual;
 linguagem universalizante, a um só tempo tecnológica e abstrata.
Como podemos perceber, a única alternativa que traz o foco no coletivo é a (A).
Gabarito: alternativa A

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


Conforme estabelecido no Estatuto da Cidade, o proprietário que não cumprir a notificação
do Poder Executivo para parcelar, edificar ou utilizar o seu imóvel, em atendimento ao
disposto no Plano Diretor e em Lei específica, estará passível, inicialmente, de
(A) aplicação do direito de preempção.
(B) regularização fundiária.
(C) desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública.
(D) aplicação de IPTU progressivo no tempo.
(E) aplicação da concessão de direito real de uso.

Comentários
Não podemos esquecer essa ordem:
1. Notificação do Poder Executivo para parcelar, edificar ou utilizar o seu imóvel.
2. Aplicação de IPTU progressivo no tempo.
3. Desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública.
Vamos à Constituição Federal de 88

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1 O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.
§ 2 A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 86


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 3 As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização


em dinheiro.
§ 4 É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.

Gabarito: alternativa D

(FCC - DPE – RS – 2017)


Nos projetos sustentáveis as demandas em termos de instalações, superfície, conforto,
destinação a um tipo de uso e atividades que serão desenvolvidas, possibilitarão ou não a
preservação de recursos e a redução dos desconfortos ambientais ou a promoção da vida
coletiva. Sob esse ponto de vista, considere:
I. A diversidade funcional, na escala do edifício ou do bairro, representa a principal diretriz
para o desenvolvimento sustentável da cidade.
II. Diferentes funções em um mesmo bairro, como espaços de convívio, trabalho, lazer,
comércio, ensino e formação, segregam espacialmente as populações menos favorecidas,
reforçando as ilhas de exclusão social.
III. Minimizar os deslocamentos, reduzindo de forma considerável as emissões de gases de
efeito estufa, implica numa melhora significativa da qualidade de vida dos cidadãos.
IV. Um edifício, ou um empreendimento imobiliário, pode criar ou melhorar a diversidade
funcional ou, até mesmo, integrar em seu próprio programa os usos múltiplos, melhorando a
qualidade de vida dos usuários.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) I, II, III e IV.
(C) II e III, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) IV, apenas

Comentários

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 87


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Sustentabilidade através do Projeto Urbano Sustentável é uma grande tendência mundial e um bom
tema para ser cobrado em provas.
A banca se baseou no livro “Pequeno Manual do Projeto Sustentável” de Françoise-Hélène Jourda
do qual trago trechos abaixo:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 88


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Jourda, 2013)

Gabarito: alternativa D

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


O Estatuto da Cidade determina que o Plano Diretor é obrigatório para os municípios que:
I. têm mais de 25 mil habitantes.
II. fazem parte de regiões litorâneas.
III. são turísticos.
IV. já têm plano diretor há mais de 5 anos.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I.
(B) II.
(C) II e IV.
(D) III.
(E) IV.

Comentários
Estatuto da Cidade
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 89


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da
Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei n 12.608, de
2012)

Gabarito: alternativa D

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


De acordo com o Estatuto da Cidade, o usucapião especial de imóvel urbano é instrumento da
política urbana. Em relação a esse instituto jurídico e político, considere:
I. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até trezentos metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
II. A posse de um antecessor não é transmissível a herdeiros, legítimo ou não, ainda que resida
no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
III. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por
população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
IV. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado
é o sumário.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I.
(B) I e II.
(C) II e IV.
(D) III.
(E) III e IV.

Comentários

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 90


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. Incorreta! 250,00 m²!


II. Incorreta! É transmitida a herdeiros legítimos que residam no imóvel por ocasião da abertura
da sucessão!
III. Correta. Atenção! A redação foi alterada em 2017!
IV. Correta!
Vamos de novo ao Estatuto da Cidade
Seção V
Da usucapião especial de imóvel urbano
Art. 9° Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado
civil.
§ 2° O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3° Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde
que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida
pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são
suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro
imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá
de título para registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da
dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo
frações ideais diferenciadas.
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável
tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à
constituição do condomínio.
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos
condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 91


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(...)
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário.

Gabarito: alternativa E

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


De acordo com o Estatuto da Cidade, o direito de superfície é instrumento da política urbana.
Em relação a esse instituto jurídico e político, considere:
I. O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo
relativo ao terreno, atendida a legislação urbanística.
II. O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros.
III. A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
IV. O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a
propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação
efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície,
salvo disposição em contrário do contrato respectivo.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I e II.
(B) I, III e IV.
(C) I e IV.
(D) II.
(E) III e IV.

Comentários
I. Correta.
II. Incorreta. Pode ser transferido a terceiros.
III. Correta.
IV. Correta!
De novo! Estatuto da Cidade!
Do direito de superfície
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de
registro de imóveis.
§ 1 O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 92


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2 A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.


§ 3 O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a
propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva,
com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo
disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4 O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato
respectivo.
§ 5 Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros.
Art. 22. Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e o proprietário,
respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à oferta de terceiros.
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície:
I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem
como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se
as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1 Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao
terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
§ 2 A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de imóveis.
Gabarito: alternativa B

(FCC – MPU – 2007)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 93


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Comentários
Interpretação e matemática!
Atenção, grifem o que é pedido no enunciado: as áreas máximas de ocupação e construção da
ampliação!
Vamos aos cálculos
Primeiramente, vamos calcular a área do terreno, o qual é um trapézio, logo, vamos utilizar a
seguinte fórmula: B + b / 2 * h.
40 + 30 / 2 * 30 = 1.050
Área máxima de ocupação permitida: área do terreno x T.O.
1.050 * 0,5 = 525
Área máxima de construção permitida: área do terreno x C.A.
1.050 * 1 = 1.050
Como já temos uma área de projeção existente de 300 m², podemos projetar, no máximo, uma área
de projeção de 225 m² de ampliação.
O mesmo raciocínio para a área máxima de construção da ampliação. Sabendo-se que já temos 600
m² construídos, podemos projetar mais 450 m².
Gabarito: alternativa C

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 94


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A Lei n 6.766/79, em seu Art. 2 do Capítulo I – das Disposições Preliminares, define as maneiras
como poderá ser feito o parcelamento do solo urbano. Uma destas modalidades de
parcelamento refere-se à “subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias
e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes”.
A qual tipo de subdivisão se refere a descrição apresentada anteriormente?
A) Desdobro.
B) Loteamento.
C) Remembramento.
D) Desmembramento.

Comentários
Lembrem-se sempre, com aproveitamento do sistema viário existente é desmembramento.
Vamos à Lei n 6.766/79 (Brasil, 1979)
§ 2- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Gabarito: alternativa D

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A Lei n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, “dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá
outras Providências”. É um importante marco na legislação urbanística brasileira. Seu Artigo 4
(Capítulo II – dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento) estabelece os requisitos mínimos
que os loteamentos deverão atender. Considerando os requisitos mínimos para loteamento,
definidos pela Lei n 6.766/79, assinale a afirmativa correta.
A) Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de trinta metros de cada lado,
salvo maiores exigências da legislação específica.
B) As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas, e harmonizar-se com a topografia local; os equipamentos públicos de educação,
cultura, saúde, lazer e similares são considerados comunitários.
C) Os lotes terão área mínima de 250 m² e frente mínima de dez metros, salvo quando o
loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes.
D) As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e
comunitário, bem como a espaços livres de uso público deverão integrar um mínimo de 60%

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 95


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

da densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a
zona em que se situem.

Comentários
(A) A faixa não edificável é de 15 m, e não, 30 m de cada lado.
(B) Correta!
(C) Os lotes terão área mínima de 125.00 m2 e frente mínima de 5.00 m.
(D) As áreas citadas serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou
aprovada por lei municipal. A lei não fala nessa porcentagem de 60%.
Vamos à Lei n 6.766/79, Capítulo II, art. 4
A) III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será
obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências
da legislação específica; (Redação dada pela Lei n 10.932, de 2004)
B) IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e
harmonizar-se com a topografia local.
§ 2 - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.
C) II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco)
metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes;
D) I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem
como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor
ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
Gabarito: alternativa B

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


“A Secretaria Nacional de Habitação, junto ao Ministério das Cidades, sintetiza como objetivos
das ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social: ‘estabelecer condições urbanísticas especiais
para a urbanização e regularização fundiária dos assentamentos precários’; ‘ampliar a oferta
de terra para produção de Habitação de Interesse Social (HIS)’; e ‘estimular e garantir a
participação da população em todas as etapas de implementação’.”
(Presidência da República/Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação, 2009, p. 17.)

Considerando a definição legal das ZEIS, conforme a Secretaria Nacional de Habitação, junto
ao Ministério das Cidades (2009), é correto afirmar que:
A) As ZEIS devem ser criadas por lei, seja o Plano Diretor ou outra lei municipal, e são zonas
urbanas destinadas ao incremento do uso industrial dentro do perímetro urbano do município
que devem possuir, portanto, infraestrutura e serviços urbanos previamente implantados e
consolidados.
B) Como as ZEIS se destinam predominantemente à moradia de população de baixa renda, sua
legislação se aplica exclusivamente às áreas previamente ocupadas por assentamentos

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 96


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

populares e deve restringir a articulação entre os instrumentos de indução do


desenvolvimento urbano, de modo a evitar o estímulo à especulação imobiliária nestas áreas.
C) As regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo, específicas às ZEIS, devem
viabilizar a regularização fundiária dos assentamentos precários existentes e consolidáveis,
assim como facilitar a produção de moradias de interesse social, mediante padrões
urbanísticos e edilícios mais populares, sempre com a garantia de condições de moradia digna.
D) As regras referentes às ZEIS se aplicam apenas aos terrenos públicos e, portanto, devem ser
criadas por lei de hierarquia inferior às leis que instituem o zoneamento ou disciplina de uso
do solo do município devendo, ainda, garantir o mínimo de interferência sobre as
possibilidades de aproveitamento do solo urbano e o mínimo de impacto sobre as diversas
áreas da cidade.

Comentários
A) As ZEIS são zonas urbanas destinadas ao uso habitacional.
B) As ZEIS são áreas destinadas predominantemente à moradia de população de baixa renda,
independentemente de já estarem ocupadas por assentos populares ou de serem áreas
vazias e subutilizadas.
C) Correta!
D) As regras são aplicadas tanto à terrenos públicos como particulares e devem ser criadas por
lei de igual hierarquia das leis de zoneamento e uso do solo urbano.
Vamos ao Guia para delimitação e regulamentação de Zonas Especiais de Interesse Social
(Ministério das Cidades – SNH):
http://planodiretor.mprs.mp.br/arquivos/vazios.pdf

Analisando sua definição legal, temos que as ZEIS:


• São zonas urbanas destinadas ao uso habitacional, ou seja, integram o perímetro
urbano do município e devem possuir infra-estrutura e serviços urbanos ou garantir a
viabilidade da sua implantação.
• Devem ser criadas por lei (Plano Diretor ou outra lei municipal). Como interferem com
as possibilidades de aproveitamento do solo urbano e atingem de forma diferenciada as
diversas áreas da cidade, com regras que se aplicam tanto aos terrenos públicos quanto
particulares, as ZEIS devem ser criadas por lei de igual hierarquia das leis que instituem o
zoneamento ou disciplina de uso do solo do município. - São áreas destinadas
predominantemente à moradia de população de baixa renda, independentemente de
tratar-se de áreas previamente ocupadas por assentamentos populares ou de áreas
vazias e subutilizadas. Para atender a essa destinação, nas áreas vazias, a legislação da
ZEIS deve prever a aplicação articulada dos instrumentos de indução do desenvolvimento
urbano e cumprimento da função social da propriedade.
• São áreas sujeitas a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 97


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

solo. Por um lado, tais regras devem viabilizar a regularização fundiária dos
assentamentos precários existentes e consolidáveis. Por outro lado, devem facilitar a
produção de moradias de interesse social, mediante padrões urbanísticos e edilícios mais
populares, sempre com o cuidado de garantir condições de moradia digna.
Considerando essas características das ZEIS, vemos que elas podem ser classificadas em
dois tipos básicos:
• ZEIS de áreas ocupadas por assentamentos precários.
• ZEIS de áreas vazias ou subutilizadas, com destinação predominante para a
produção de HIS.

Gabarito: alternativa C

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


Maricato afirma que, considerando-se “o número de favelas e o número de seus moradores
que invadem terra para morar”, há “uma gigantesca invasão de terras urbanas [...] consentida
pelo Estado, nos países não desenvolvidos, mesmo contrariando as leis urbanísticas ou de
proteção ambiental”. Tais invasões são direcionadas pela falta de alternativas, “já que todos
precisam de um lugar para morar e ninguém vive ou se reproduz sem um abrigo”. “Esse
consentimento à ocupação ilegal, não assumido oficialmente”, funciona, portanto, “como uma
válvula de escape para a flexibilização das regras”. Contudo, tanto o consentimento quanto a
flexibilização “se dão apenas em áreas não valorizadas pelo mercado imobiliário”, fato que
permite constatar que “o mercado mais do que a lei – norma jurídica – é que define onde os
pobres podem morar ou invadir terras para morar”, numa “lógica que relaciona mercado e
aplicação da lei” (2010, p. 9). A partir desta crítica, Maricato discute algumas possibilidades de
intervenção urbana em virtude de uma cidade mais justa e igualitária. Tendo em vista algumas
possibilidades de intervenção urbana que buscam uma garantia de cidade justa e igualitária,
assinale a alternativa correta.
A) A limitação do direito de propriedade privada da terra e de imóveis é prejudicial a um
modelo de cidade justa por favorecer as limitações impostas à ampliação da produção de
moradias, tanto pelo Estado, por meio das políticas públicas, quanto pelo mercado privado.
B) No âmbito das intervenções urbanas, a remoção de favelas para áreas distantes do centro
e dos bairros de melhor localização nas cidades foi uma importante conquista social no Brasil,
tendo resultado da adaptação de modelos que tiveram sucesso nos países mais desenvolvidos.
C) Ao contrário do que muitos pensam, a urbanização ou requalificação urbanística e social de
favelas pode constituir uma importante intervenção de recuperação ambiental além de social
já que as favelas estão, na maior parte das vezes, situadas em áreas ambientalmente frágeis.
D) A retenção de terras ociosas urbanizadas e a extensão horizontal das periferias podem ser
uma solução eficaz à diminuição dos custos de urbanização das cidades, por garantir um
estoque de terras vazias que aguardam valorização para que possam atender às necessidades
sociais.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 98


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Comentários
A) Errada. A limitação do direito de propriedade privada da terra é benéfica a uma cidade justa.
A Constituição Federal em seu art. 5, inciso XXII, garante o direito de propriedade, porém, eu
seu inciso XXIII, diz que a propriedade atenderá a sua função social. Já em seu art. 182, § 2
diz que a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
B) Errada. A remoção da população de baixa renda para áreas distantes e muitas vezes sem
transporte e infraestrutura adequada não condiz com uma política urbana justa e igualitária.
C) Correta.
D) Incorreta, é uma solução ineficaz, pois, não se aproveita a infraestrutura já pronta do Centro,
além de ocasionar um problema de transporte, já que os trabalhadores ficarão longe de seus
trabalhos. Além disso, a política de planejamento urbano do município, através dos
instrumentos previstos no Plano Diretor, deve inibir a especulação imobiliária.
A questão foi retirada do “Estatuto da Cidade Comentado”, muito cobrado em provas.
Seguem alguns trechos: (Ministério das Cidades, 2010)

Um exemplo que superou essa dificuldade é a prática de urbanização de favelas. A


urbanização ou requalificação urbanística e social de favelas pode ser uma boa proposta
quando ela está bem localizada na cidade e seus moradores têm oferta de emprego, além
de serviços e equipamentos coletivos nos arredores. Os métodos e técnicas de
urbanização de favelas têm tido um desenvolvimento satisfatório e um crescente
aperfeiçoamento nos países periféricos. Ao contrário do que muitos pensam, essa ação
pode constituir uma importante intervenção de recuperação ambiental além de social já
que as favelas estão, na maior parte das vezes, situadas em áreas ambientalmente
frágeis. Este é um exemplo de programa urbanístico que seguiu um desenvolvimento
endógeno apesar de recomendado também pelas agências internacionais de
desenvolvimento no último quarto do século XX. A permanência em áreas bem
localizadas nas cidades contra a remoção para áreas distantes foi uma conquista social
no Brasil, fruto de muita luta das comunidades de moradores de favelas e não
simplesmente orientação externa. Até o início dos anos 1980, as favelas eram tratadas
como caso de polícia ao invés do reconhecimento de que a maior parte dos seus
moradores eram trabalhadores e, em muitos casos, como em São Paulo, trabalhadores
da indústria fordista, produtora de automóveis. Os baixos salários pagos aos
trabalhadores industriais brasileiros é que explicam porque um trabalhador de uma
indústria que era avançada até a década de 1980 morava em favelas. Tratava-se e trata-
se ainda da “industrialização com baixos salários” que gerou uma “urbanização com
baixos salários”: excluídos do mercado os trabalhadores constroem suas moradias e até
mesmo seus bairros. A derrocada do welfare state, ainda que em versão periférica, e o
aumento do desemprego apenas radicalizaram essa situação nas décadas de 1980 e
1990.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 99


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A grande dificuldade, no atual estágio da política para favelas é garantir a regularização


fundiária e sua integração à cidade oficial, garantindo assim a manutenção das áreas de
circulação, da coleta do lixo, da varrição das ruas, das áreas públicas, da iluminação
pública e do padrão das edificações para evitar o excessivo adensamento e a
insalubridade.
Apesar de ser possível constatar alguns avanços em relação à política para favelas, é
preciso reconhecer que o número de ações de transferência de favelas de áreas urbanas
valorizadas para fora das cidades, nos países não desenvolvidos, ainda é bem maior do
que a consolidação desses núcleos em espaços urbanos centrais ou relativamente
centrais. Predomina, a nosso ver (estamos nos baseando aqui em observação empírica e
informações interpessoais), uma ação de “limpeza” social que está relacionada à
valorização imobiliária. Observando a realidade de alguns países da América Latina, além
da África do Sul e da Índia, poderíamos arriscar ainda uma hipótese: enquanto que os
governos federais afirmam a política de urbanização e de não remoção de favelas, os
demais membros da federação agem francamente pró-mercado privado transferindo
favelas de locais valorizados. Em alguns casos, essa transferência apela para a violência
(como aconteceu em Durban) e em outros a terra (de onde a favela foi retirada) é
simplesmente cedida ao mercado privado (Nova Delhi). Não faltam, também, os casos de
governos que fazem a urbanização de algumas favelas para efeito de marketing, mas
aplicam como regra a remoção quando se trata de área valorizada pelo mercado (é o
exemplo de São Paulo). A disputa pela terra urbanizada, ou a disputa pela localização na
cidade, é acirrada em toda parte.

(...)

A retenção de terras ociosas urbanizadas e a consequente extensão horizontal das


periferias formadas pelo mar de moradias pobres eleva o custo do processo de
urbanização e sua insustentabilidade como todos sabemos. A “cidade dispersa” tem sido
objeto de críticas de urbanistas do mundo todo pela sua dependência do automóvel, um
dos principais responsáveis pelo efeito estufa, e pela impermeabilização extensiva do
solo, entre outros aspectos. Nas periferias da cidade periférica encontram-se o modelo
disperso dos bairros pobres e sem urbanização com as gated communities, bairros
murados que seguem modelos principalmente americanos, resultando numa
urbanização dispersa mista e desigual, “à terceiro mundo”. Essa extensão horizontal,
pontuada por terras vazias que aguardam valorização, amplia os custos de urbanização
de cidades cujos orçamentos são restritos para a dimensão das necessidades sociais.

(...)

A limitação do direito de propriedade privada da terra e de imóveis, visando à construção


de uma cidade mais justa e menos ambientalmente predatória, não é uma proposta
radical de esquerda e nem mesmo socialista. Podemos dizer, talvez, que é uma proposta
progressista, já que ela pretende eliminar as limitações impostas à ampliação da
produção de moradias, seja pelo mercado privado, seja pelo Estado por meio das políticas

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 100


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

públicas. De fato, a retenção de terras ociosas dificulta a política habitacional de amplo


alcance já que o próprio Estado tem dificuldade de acesso a terra para programas
públicos. E isso não se refere apenas à moradia. O alto custo da terra resulta limitador
para diversas iniciativas de políticas públicas como a implantação de parques, ampliação
do sistema viário, construção de equipamentos sociais como escolas, hospitais, creches,
centros comunitários, entre outros. Estudos efetuados nas cidades de São Paulo e do
México revelaram a dificuldade de pagamento de precatórios resultantes de terras
desapropriadas para a execução de políticas públicas, dado o montante da dívida após
trânsito e decisão judicial sobre o assunto. As limitações aos ganhos especulativos
fundiários afetam mais os interesses oligárquicos e patrimonialistas do que os interesses
capitalistas stricto sensu. Mas é preciso reconhecer que o mercado residencial privado,
de um modo geral, se combina ao patrimonialismo nas cidades periféricas.

Gabarito: alternativa C

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


Considere um lote de 25,00 m de frente por 50,00 m de profundidade, localizado numa zona
urbana sobre a qual incidem uma taxa de ocupação de 25% e um coeficiente de
aproveitamento igual a 2. Tendo-se em vista estes dois parâmetros, calcule a área máxima que
poderá ser construída neste lote e assinale a alternativa correta.
A) 625,00 m², distribuídos entre 4 pavimentos de 156,25 m² cada.
B) 312,50 m², distribuídos entre 2 pavimentos de 156,25 m² cada.
C) 1.250,00 m², distribuídos entre 4 pavimentos de 312,50 m² cada.
D) 2.500,00 m², distribuídos entre 8 pavimentos de 312,50 m² cada.

Comentários
Vamos calcular, primeiro, a área do terreno: 1.250,00 m2 (25 x 50)
Se o coeficiente de aproveitamento é igual a 2, temos que multiplicar a área do terreno por 2 para
acharmos a área total construída máxima a qual podemos utilizar nesse lote.
1.250,00 m2 x 2 = 2.500,00 m2
Com esse cálculo, já poderíamos marcar a alternativa D, porém, vamos continuar a análise da
questão.
Se a taxa de ocupação é de 25%, a nossa edificação só poderá ocupar uma área de 312,50 m2 da
área do terreno. (1.250,00 x 0,25%= 312,50 m2)
Ora, se podemos construir 2.500,00 m2 em planos horizontais de 312,50 m2, quantos pavimentos
precisaremos?
2.500,00 ÷ 312,50 = 8 pavimentos.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 101


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos a alguns conceitos


 Área construída: consiste na soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação.
 Taxa de ocupação: é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação e a área total
do lote.
 Coeficiente de aproveitamento: é a relação entre a área total construída e a área total do
lote.
Gabarito: alternativa D

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


O Artigo 2 do Estatuto da Cidade (Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001) estabelece que “a
política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana”, mediante determinadas diretrizes gerais (Barros, Carvalho
e Montandon, 2010, p. 92). Considerando estas diretrizes gerais de ordenamento do
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana previstas no segundo
Artigo do Estatuto da Cidade, assinale a afirmativa correta.
A) Centralização dos benefícios e distribuição homogênea dos ônus decorrentes do processo
de urbanização.
B) Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no
processo de urbanização, em atendimento ao interesse social.
C) Ordenação e controle do uso do solo, de forma a garantir a integração e proximidade
espacial entre usos incompatíveis ou inconvenientes.
D) Segregação entre as atividades urbanas e rurais, para melhor garantir o desenvolvimento
socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência.

Comentários
A) Os benefícios devem ser distribuídos, mas, não centralizados.
B) Correta!
C) De forma a evitar, não é pessoal?
D) As áreas urbanas e rurais devem se integrar e complementar.
Vamos à Lei n 10.257/2001
A) IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
B) III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo
de urbanização, em atendimento ao interesse social;
C) VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 102


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

D) VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o


desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


A organização do território municipal se dará através da definição dos seguintes aspectos:
I. Perímetro urbano.
II. Parcelamento, ocupação e uso do solo.
III. Diretrizes orçamentárias.
IV. Diretrizes básicas de sistema viário.
V. Diretrizes de adensamento.
VI. Distribuição de áreas de preservação do patrimônio cultural.
Estão corretas as alternativas
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, II, IV e V, apenas.
C) II, III, IV e VI, apenas.
D) I, II, III, IV e V, apenas.

Comentários
Apesar da resposta dessa questão estar contida em uma Lei Complementar de Sabará, podemos
responder essa questão.
As afirmativas I e II estão corretas, a definição do perímetro urbano e do parcelamento, ocupação
e uso do solo são necessárias para a organização do território municipal.
Já a III está incorreta, as diretrizes orçamentárias que devem incorporar as diretrizes do plano
diretor.
IV - Correta, o sistema viário está intimamente ligado com a organização do território.
V - Correta, as diretrizes de adensamento são importantes para uma eficiente organização do
território e devem levar em conta a infraestrutura existente.
VI - As áreas de proteção ao patrimônio cultural, correspondem às áreas comprometidas com a
preservação da história do munícipio, são áreas de interesse especial e integram o zoneamento do
município, não são distribuídas, e fazem parte do item II, parcelamento, ocupação e uso do solo.
Vamos à Lei 10.257/2001
CAPÍTULO III

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 103


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

DO PLANO DIRETOR
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e
expansão urbana.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art.
5o desta Lei;
Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação desta Lei
deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo:(Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico e
cultural; e (Incluído pela Lei n 12.608, de 2012)

Lei Complementar 005/2004 (Sabará)


CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Art.1 - A organização do território municipal se dará através da definição dos seguintes aspectos:
I - Perímetro Urbano;
II - Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;
III - Diretrizes de Adensamento;
IV - Diretrizes Básicas de Sistema Viário.

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


São diretrizes para a Política Urbana:
I. Planejar o desenvolvimento urbano da cidade, a distribuição espacial da população e as
atividades econômicas do município de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento
urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.
II. Ofertar equipamentos urbanos e comunitários adequados aos interesses e necessidades da
população.
III. Implementar o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao
transporte, serviços públicos, trabalho e lazer.
IV. Proporcionar a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 104


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

ocupação do solo, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas


ambientais.
V. Ordenar e controlar o uso e a ocupação do solo urbano, de forma a combater e evitar a
deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos entre usos e a função das vias que lhes dão
acesso.
VI. Adotar padrões de produção e consumo de bens e serviços compatíveis com os limites da
sustentabilidade ambiental, social e econômica do município.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, III e V, apenas.
C) II, IV e VI, apenas.
D) I, II, III e IV, apenas.

Comentários
Todos os itens fazem parte do art. 2 do estatuto da Cidade, o qual traz as diretrizes gerais para a
política urbana.
Vamos à Lei 10.257/2001
CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado
o previsto nesta Lei.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem
pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e
do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer,
para as presentes e futuras gerações;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades
econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e
necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 105


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;


b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em
relação à infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como
pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou
não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei nº
12.608, de 2012)

VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os
limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de
influência;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o
estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a
situação socioeconômica da população e as normas ambientais;

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito
de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o
referido imóvel for considerado necessário para fins de:
I. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários.
II. Preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,
paisagístico, social ou cultural.
III. Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e
habitação de interesse social.
IV. Servir e atender a programas de mobilização social referentes a adensamento urbano.
Estão corretas as alternativas
A) I, II, III e IV.
B) I, II e III, apenas.
C) I, III e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.

Comentários

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 106


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos lembrar do nosso organograma?

Vamos ao Estatuto da Cidade


Seção XI
Da transferência do direito de construir
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou
público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no plano
diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para
fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou
cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda e habitação de interesse social.
§ 1o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte
dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 107


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 2o A lei municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da transferência do direito
de construir.

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


Analise as afirmativas a seguir, marque V para as e F para as falsas.
( ) O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de
registro de imóveis.
( ) O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo
relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação
urbanística.
( ) Extingue-se o direito de superfície pelo advento do termo e pelo descumprimento das
obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
( ) Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem
como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização,
se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
( ) Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der
ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
A sequência está correta em:
A) V, V, V, V, V.
B) V, V, F, V, F.
C) V, F, V, F, V.
D) F, V, V, V, F.

Comentários
Todas as afirmativas estão corretas!

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 108


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos ao Estatuto da Cidade


Seção VII
Do direito de superfície
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo
determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.
§ 1o O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno,
na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície:
I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como das
acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem
estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1o Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno
destinação diversa daquela para a qual for concedida.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


São exemplos de equipamento público, EXCETO:
A) Equipamento urbano sinalizador e telefone público.
B) Equipamento urbano destinado ao serviço de coleta de águas pluviais.
C) Equipamento urbano destinado ao serviço de abastecimento de água e serviço de esgoto.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 109


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

D) Equipamento urbano destinado ao serviço de abastecimento de energia elétrica, rede


telefônica e gás canalizado.

Comentários
A NBR 9284, cancelada em 2015, define equipamento urbano como: “todos os bens públicos e
privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da
cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.”
A alternativa A traz 2 exemplos de mobiliário urbano.
Vamos ao Decreto 7.341/2010
Art. 2o Para fins deste Decreto, consideram-se:
§ 1o Consideram-se equipamentos públicos urbanos as instalações e espaços de infraestrutura urbana
destinados aos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de águas pluviais,
disposição e tratamento dos resíduos sólidos, transporte público, energia elétrica, rede telefônica, gás
canalizado e congêneres.
§ 2o Consideram-se equipamentos públicos comunitários as instalações e espaços de infraestrutura urbana
destinados aos serviços públicos de educação, saúde, cultura, assistência social, esportes, lazer, segurança
pública, abastecimento, serviços funerários e congêneres.

Agora à Lei 6.766/79


Art. 2. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas
as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
§5 A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das
águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica
pública e domiciliar e vias de circulação. (Redação dada pela Lei n 11.445, de 2007). (Vigência)
Art. 5. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva de
faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos.
Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de
esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

LEI No 10.098 (Presidência da República, 2000)


Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos ou
adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não
provoque alterações substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares,
terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos,
quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; (Incluído pela Lei n 13.146, de 2015) (Vigência)

Gabarito: alternativa A

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 110


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“Tem como objetivo promover a inserção do tema acessibilidade urbana nos projetos
governamentais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, por meio da instituição de
uma política nacional e conta com seis áreas de atuação: apoio à elaboração de planos
diretores, regularização fundiária, reabilitação de áreas centrais, prevenção e contenção de
riscos associados a assentamentos precários, acessibilidade e conflitos fundiários urbanos.”
Trata-se da:
A) DEAP.
B) SPOAR.
C) SEMOB.
D) SNAPU.

Comentários
Primeiramente, vamos ver o significado das outras siglas:
DEAP – Departamento de Administração Prisional
SPOAR – Society for Protecting Ophiofauna & Animal Rights, não sei se queriam dizer SPOA,
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração.
SEMOB – Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana
SNAPU - Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos
A resposta é a alternativa D, a SNAPU, Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos.
O Ministério das Cidades é composto por uma Secretaria Executiva e quatro secretarias nacionais
finalísticas que tratam dos principais problemas sociais que afetam as populações urbanas:
habitação, urbanização, saneamento ambiental, regularização fundiária, acessibilidade, gestão de
riscos e transporte e mobilidade urbana. Sua estrutura regimental foi aprovada por meio do Decreto
n. 4.665, de 3 de abril de 2003.
A Secretaria Nacional de Habitação – SNH é responsável por acompanhar e avaliar, além de formular
e propor, os instrumentos para a implementação da Política Nacional de Habitação, em articulação
com as demais políticas públicas e instituições voltadas ao desenvolvimento urbano, com o objetivo
de promover a universalização do acesso à moradia.
A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA é o órgão coordenador da execução da
Política Federal de Saneamento Básico e gestora dos principais recursos destinados ao saneamento,
sendo responsável por formular e implementar políticas setoriais de saneamento ambiental além
de promover, em articulação com as demais esferas de governo, com o setor privado e organizações
não governamentais, ações e programas de saneamento ambiental, envolvendo os quatro
componentes do saneamento básico.
É atribuição da Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos – SNAPU a tarefa de
estimular e apoiar os municípios na construção de políticas urbanas baseadas em processos de

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 111


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

planejamento e gestão participativa que contribuam para a organização do espaço urbano. Assim
como a ampliação do acesso à terra legalizada e urbanizada, e a redução dos riscos e impactos
ambientais, com o objetivo de superar o quadro de exclusão territorial das cidades brasileiras.
A Secretaria Nacional do Transporte e da Mobilidade Urbana – SeMob tem a missão de promover a
mobilidade urbana, de forma segura, socialmente inclusiva e com equidade no uso do espaço
público, contribuindo para a construção de cidades sustentáveis.
Vamos ao Decreto 8.927/2016 (Presidente da República, 2016)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8927.htm#art9
Art. 2o O Ministério das Cidades tem a seguinte estrutura organizacional:
II - órgãos específicos singulares:
c) Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana:
1. Departamento de Mobilidade Urbana;
2. Departamento de Financiamento à Mobilidade Urbana; e
3. Departamento de Planejamento e Informações;

Gabarito: alternativa D

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“Apoia os municípios na execução da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, com base
em princípios que estimulam processos participativos de gestão territorial e ampliam o acesso
à terra urbanizada e regularizada, beneficiando grupos sociais tradicionalmente excluídos.”
Trata-se de:
A) EBDR.
B) CNDU.
C) ConCidades.
D) Estatuto das Cidades.

Comentários
É o Estatuto da Cidade que traz as diretrizes gerais para a política urbana em prol do
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, servindo de base para que
os municípios executem suas políticas de desenvolvimento urbano.
Vamos ao site do Ministério das Cidades
http://www.cidades.gov.br/desenvolvimento-urbano

Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 112


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

O modelo de urbanização brasileiro produziu nas últimas décadas cidades caracterizadas


pela fragmentação do espaço e pela exclusão social e territorial. O desordenamento do
crescimento periférico associado à profunda desigualdade entre áreas pobres,
desprovidas de toda a urbanidade, e áreas ricas, nas quais os equipamentos urbanos e
infraestruturas se concentram, aprofunda essas características, reforçando a injustiça
social de nossas cidades e inviabilizando a cidade para todos.
Grande parcela das cidades brasileiras abriga algum tipo de assentamento precário,
normalmente distante, sem acesso, desprovido de infraestruturas e equipamentos
mínimos. Na totalidade das grandes cidades essa é a realidade de milhares de brasileiros,
entre eles os excluídos dos sistemas financeiros formais da habitação e do acesso à terra
regularizada e urbanizada, brasileiros que acabam ocupando as chamadas áreas de risco,
como encostas e locais inundáveis. Por outro lado, em muitas cidades, principalmente em
suas áreas centrais, uma massa enorme de imóveis se encontra ociosa ou subutilizada,
reforçando a exclusão e a criação de guetos – tanto de pobres que não dispõem de meios
para se deslocar, quanto de ricos que temem os espaços públicos –, realidade que
contribui para a violência, para a impossibilidade de surgimento da cidadania.
Para minimizar esses problemas e colaborar para a transformação deste modelo de
urbanização, o Ministério das Cidades priorizou o apoio ao planejamento territorial
urbano e à política fundiária dos municípios. Dessa forma, a Secretaria Nacional de
Desenvolvimento Urbano (SNDU) tem como missão implantar o Estatuto das Cidades (Lei
10.257/2001), através de ações diretas, com transferência de recursos do OGU e ações
de mobilização e capacitação.
O Estatuto das Cidades, que regulamenta os artigos da Constituição Federal referentes à
Política Urbana, constitui um dos maiores avanços da legislação urbanística brasileira.
Ele apoia os municípios na execução da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano,
com base em princípios que estimulam processos participativos de gestão territorial e
ampliam o acesso à terra urbanizada e regularizada, principalmente beneficiando grupos
sociais tradicionalmente excluídos.
Para cumprir sua missão, a SNDU conta com seis áreas de atuação: apoio à elaboração
de Planos Diretores, regularização fundiária, reabilitação de áreas centrais, prevenção e
contenção de riscos associados a assentamentos precários, acessibilidade e conflitos
fundiários urbanos.

Gabarito: alternativa D

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


Sobre as competências da Secretaria Nacional de Habitação, analise as afirmativas.
I. Acompanhar, avaliar, formular e propor instrumentos para a implementação da Política
Nacional de Habitação.
II. Desenvolver e coordenar ações que incluam apoio técnico aos entes federados e aos setores
produtivos.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 113


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

III. Promover mecanismos de participação e controle social nos programas habitacionais.


IV. Coordenar e apoiar as atividades referentes à área de habitação no Conselho das Cidades.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

Comentários
Todas as alternativas estão corretas.
Vamos ao site do Ministério das Cidades
http://www.cidades.gov.br/habitacao-cidades

A Secretaria Nacional de Habitação – SNH é responsável por acompanhar e avaliar, além


de formular e propor, os instrumentos para a implementação da Política Nacional de
Habitação, em articulação com as demais políticas públicas e instituições voltadas ao
desenvolvimento urbano, com o objetivo de promover a universalização do acesso à
moradia. Nesse sentido a SNH desenvolve e coordena ações que incluem desde o apoio
técnico aos entes federados e aos setores produtivos até a promoção de mecanismos de
participação e controle social nos programas habitacionais. Cabe ainda à SNH coordenar
e apoiar as atividades referentes à área de habitação no Conselho das Cidades. Os
Programas e Ações no âmbito da Secretaria são desenvolvidos pelos seguintes
departamentos:
DHAB - Departamento de Produção Habitacional;
DICT - Departamento de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica;e
DUAP - Departamento de Urbanização de Assentamento Precários.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“A demarcação _______________ é o procedimento administrativo pelo qual o poder público
demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e
confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo
das respectivas posses. O instrumento é aplicado exclusivamente na regularização fundiária
de interesse _______________ e é voltado para intervenção em áreas consolidadas, ocupadas
por população de baixa renda, onde não haja oposição do proprietário do imóvel.” Assinale a
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
A) limítrofe / privado

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 114


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

B) urbanística / social
C) territorial / público
D) revogada / socioeconômico

Comentários
“A demarcação urbanística é o procedimento administrativo pelo qual o poder público
demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização
e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e
o tempo das respectivas posses. O instrumento é aplicado exclusivamente na
regularização fundiária de interesse social e é voltado para intervenção em áreas
consolidadas, ocupadas por população de baixa renda, onde não haja oposição do
proprietário do imóvel.”
Vamos à Lei 13.465/2017 (Presidência da República, 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13465.htm
Art. 11. Para fins desta Lei, consideram-se:
IV - demarcação urbanística: procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e privados abrangidos
pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares de direitos inscritos na matrícula dos
imóveis ocupados, culminando com averbação na matrícula destes imóveis da viabilidade da regularização
fundiária, a ser promovida a critério do Município;
Seção II
Da Demarcação Urbanística
Art. 19. O poder público poderá utilizar o procedimento de demarcação urbanística, com base no levantamento
da situação da área a ser regularizada e na caracterização do núcleo urbano informal a ser regularizado.
§ 1 O auto de demarcação urbanística deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas medidas perimetrais, área
total, confrontantes, coordenadas georreferenciadas dos vértices definidores de seus limites, números das
matrículas ou transcrições atingidas, indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações de
domínio privado com proprietários não identificados em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;
II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área constante do registro de imóveis.
§ 2 O auto de demarcação urbanística poderá abranger uma parte ou a totalidade de um ou mais imóveis
inseridos em uma ou mais das seguintes situações:
I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;
II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente, ainda que de proprietários
distintos; ou
III - domínio público.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 115


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 3 Os procedimentos da demarcação urbanística não constituem condição para o processamento e a


efetivação da Reurb.
Art. 20. O poder público notificará os titulares de domínio e os confrontantes da área demarcada, pessoalmente
ou por via postal, com aviso de recebimento, no endereço que constar da matrícula ou da transcrição, para que
estes, querendo, apresentem impugnação à demarcação urbanística, no prazo comum de trinta dias.

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


A política de desenvolvimento urbano será executada de acordo com as diretrizes gerais
fixadas nas legislações federal e estadual e terá por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes e será consubstanciada
através do Plano de Desenvolvimento Urbano, programa municipal de investimento e dos
programas e projetos setoriais de duração anual e plurianual, relacionados com cronogramas
físico-financeiros de implantação. Na formulação da política de desenvolvimento urbano serão
assegurados:
I. Plano de uso e ocupação do solo que garanta o controle da expansão urbana, dos vazios
urbanos e da especulação imobiliária, a preservação das áreas de exploração agrícola e
pecuária, além da preservação e recuperação do ambiente cultural e natural.
II. Plano e programa específico de saneamento básico.
III. Organização territorial das vilas e povoados.
IV. Participação ativa das entidades comunitárias no estudo e no encaminhamento dos planos,
programas e projetos e na solução dos problemas que lhes sejam concernentes.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III, apenas.

Comentários
Todas as alternativas estão corretas!
Mesmo sem conhecermos a Constituição do Estado do Espírito Santo, temos condições de acertar
a questão se houvermos internalizado o “espírito” da política de desenvolvimento urbano.
Vamos à Constituição Federal/88
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 116


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem-estar de seus habitantes.

Constituição do Estado do Espírito Santo


Da Política de Desenvolvimento Urbano
Art. 231 A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal conforme diretrizes
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem-estar de seus habitantes.
Parágrafo único - Na formulação da política de desenvolvimento urbano serão assegurados:
I - plano de uso e ocupação do solo que garanta o controle da expansão urbana, dos vazios urbanos e da
especulação imobiliária, a preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária, além da preservação,
proteção e recuperação do ambiente cultural e natural;
II - plano e programa específico de saneamento básico;
III - organização territorial das vilas e povoados;
IV - participação ativa das entidades comunitárias no estudo e no encaminhamento dos planos, programas e
projetos, e na solução dos problemas que lhes sejam concernentes.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“Instrumento dos governos municipais voltado à definição do padrão de desenvolvimento da
ocupação urbana do seu território; é através dele que são identificadas e analisadas suas
características físicas, suas atividades predominantes e suas vocações, bem como as situações
problematizadas e potencialidades para que, em conjunto com a sociedade organizada, se
determine a forma de crescimento a ser promovida, seus instrumentos de implementação e
os objetivos a serem alcançados.” Trata-se de:
A) CCIH.
B) PDM.
C) EDBR.
D) CNDU.

Comentários
Trata-se do Plano Diretor Municipal. O Plano Diretor é o instrumento básico para orientar a política
de desenvolvimento e de ordenação da expansão urbana do município. O Estatuto da Cidade delega
ao Plano Diretor a função de definir as condições a que a propriedade deve conformar-se, para que
cumpra sua função social.
Vamos ao Plano Diretor Municipal de Venda Nova do Imigrante

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 117


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

O Plano Diretor Municipal é o instrumento dos governos municipais voltado à definição


do padrão de desenvolvimento da ocupação urbana do seu território. Através dele são
identificadas e analisadas suas características físicas, suas atividades predominantes e
suas vocações, bem como as situações problematizadas e potencialidades para que, em
conjunto com a sociedade organizada, determine-se a forma de crescimento a ser
promovido, seus instrumentos de implementação e os objetivos a serem alcançados.
A entrada em vigor do Estatuto da Cidade (Lei Federal N 10.257 de 10/07/2001) e a
criação do Ministério das Cidades formam uma moldura legal e institucional federal que
dá condições efetivas para a implementação de políticas urbanas de cunho democrático
e social.

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


São competências do Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano – CNDU:
I. Propor diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano.
II. Acompanhar e avaliar a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano,
em especial as políticas de habitação, de saneamento básico e de transportes urbanos, e
recomendar as providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos.
III. Propor a edição de normas gerais de direito urbanístico e manifestar-se sobre propostas de
alteração da legislação pertinente ao desenvolvimento urbano.
IV. Emitir orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei n 10.257, de 10 de julho de
2001, e dos demais atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano.
V. Promover a cooperação entre os governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e a sociedade civil na formulação e execução da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano.
VI. Elaborar o regimento interno.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) II, III e IV, apenas.
C) II, IV e VI, apenas.
D) I, III, IV e V, apenas.
Comentários
Todas as afirmativas estão corretas.
Vamos à Medida provisória 2.220/2001

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 118


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

CAPÍTULO II
DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Art. 10. Fica criado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano - CNDU, órgão deliberativo e
consultivo, integrante da estrutura da Presidência da República, com as seguintes competências:
I - propor diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da política nacional de desenvolvimento urbano;
II - acompanhar e avaliar a implementação da política nacional de desenvolvimento urbano, em especial
as políticas de habitação, de saneamento básico e de transportes urbanos, e recomendar as providências
necessárias ao cumprimento de seus objetivos;
III - propor a edição de normas gerais de direito urbanístico e manifestar-se sobre propostas de alteração
da legislação pertinente ao desenvolvimento urbano;
IV - emitir orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e dos
demais atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano;
V - promover a cooperação entre os governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
e a sociedade civil na formulação e execução da política nacional de desenvolvimento urbano; e
VI - elaborar o regimento interno.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Segundo suas características de configuração as malhas podem ser classificadas em diversas
formas. Sobre malha urbana, analise as afirmativas a seguir.
I. Malha linear pode geralmente ser aplicada a pequenas glebas, podendo apresentar-se como
linear aberta, fechada, semifechada, fechada com praça central e linear em alça.
II. Malha reticulada é formada por feixes paralelos de vias e que ocupam uma área maior
caracterizada como ortogonal, semiortogonal, irregular e ortogonal segmentada.
III. Um outro tipo de malha que difere do traço linear e ortogonal é o que pode configurar-se
como radial, semicircular, unidade de vizinhança e labirinto.
IV. Unidade de vizinhança e labirinto trazem propostas diferentes, enfatizando a constituição
de lugares na cidade, onde seus significados são traduzidos na particularidade de seus
elementos.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 119


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Comentários
Todas as alternativas estão corretas.
Vou aproveitar essa questão para tratar um pouquinho sobre traçado urbano.
O traçado urbano é componente importante nos custos de implantação de loteamentos, logo, é
importante estudarmos a configuração das malhas. Além do que, para um projeto de um Eco bairro
é importante considerar fatores de sustentabilidade ambiental, tais quais:
 Melhor adequação à topografia
 Melhor drenagem natural
 Menor erosão do solo
 Melhor distribuição de vias de circulação verde: pedestres, ciclovias, transportes coletivos,
elétricos, etc.
No livro “Parcelamento Do Solo Urbano e suas Diversas Formas” de Adailson Pinheiro Mesquita, há
um texto complementar intitulado “Configuração espacial dos loteamentos” de Costa, 2007, o qual
traz as definições trazidas nas afirmativas.
Vamos ao texto complementar “Configuração espacial dos loteamentos, Costa 2007:

Gabarito: alternativa A

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 120


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


O plano diretor é obrigatório para cidades:
I. Com mais de cinquenta mil habitantes.
II. Integrantes de macro e mezozonas metropolitanas e aglomerações de grande influência e
organização urbanas.
III. Onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no parágrafo 4
do Art. 182 da Constituição Federal.
IV. Integrantes de áreas de especial interesse turístico.
V. Inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
VI. Incluídas no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, II, III e IV, apenas.
C) I, II, IV e V, apenas.
D) II, IV, V e VI, apenas.
E) III, IV, V e VI, apenas.

Comentários
I. Errada. Com mais de 20.000 habitantes.
II. Errada. Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas.
III. Correta.
IV. Correta.
V. Correta.
VI. Correta.
Vamos ao Estatuto da Cidade
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4° do art. 182 da
Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 121


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de


âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei n 12.608, de
2012)

Gabarito: alternativa E

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Analise as afirmativas a seguir.
I. Coeficiente de aproveitamento é o índice estabelecido para a macrozona, entendido como
o maior índice de construção permitido sobre o lote, sem considerar a possibilidade de
recepção de potencial construtivo de outro imóvel ou, a aplicação do instrumento da Outorga
Onerosa do Direito de Construir.
II. Coeficiente de aproveitamento básico é o índice calculado pela relação entre a área da
edificação e a área do lote ou gleba. Os valores estabelecidos em lei em cada macrozona para
coeficientes de aproveitamento básico, máximo e mínimo determinam o intervalo em que a
Lei Municipal de Uso do Solo poderá variar ao regulamentar o uso e a ocupação em cada zona.
III. Coeficiente de aproveitamento máximo é aquele estabelecido para a macrozona,
entendido como o maior índice de construção permitido sobre o lote, já considerados os
acréscimos resultantes da recepção de potencial construtivo de outro imóvel ou, a aplicação
do instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir.
IV. Coeficiente de aproveitamento mínimo é aquele estabelecido para a macrozona, entendido
como o menor índice de construção admitido sobre o lote, inferior ao qual estará sujeito a
aplicação de dispositivos de indução à ocupação.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.

Comentários
Coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área total construída e a área total do lote.
Temos coeficiente de aproveitamento mínimo, básico e máximo.
Vamos analisar as afirmativas

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 122


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. Coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno.


II. Coeficiente de aproveitamento básico é um índice que indica o quanto pode ser construído
no lote sem que a edificação implique numa sobrecarga de infraestrutura para o Poder
Público. Tipicamente, esse coeficiente é igual a 1, o que significa que o proprietário pode
edificar uma área igual à área do lote que possui. Caso o proprietário deseje edificar uma
área maior que a estabelecida pelo coeficiente básico, ele deve dar ao Poder Público uma
contrapartida financeira, ou seja, ele deve “comprar” do município o direito de construir uma
área maior.
III. Correta. Cada município dará uma definição, porém a essência é a mesma, o coeficiente de
aproveitamento máximo é um índice que indica o máximo que podemos construir de área
edificável computável já utilizando a Outorga Onerosa do Direito de Construir (solo criado)
IV. Correta. O imóvel poderá ser considerado subutilizado se estiver abaixo do coeficiente de
aproveitamento mínimo.

Vamos ao Estatuto da Cidade


Seção IX
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
§ 1 Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do
terreno.
§ 2 O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou
diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana.
§ 3 O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento,
considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada
área.
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

Gabarito: alternativa D

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 123


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Conforme o plano diretor as redes de saneamento básico, galerias de águas pluviais, redes de
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, redes telefônicas, pavimentação e
similares são equipamentos:
A) Coletivos de uso público.
B) Urbanísticos e primordiais.
C) Estruturais da coletividade.
D) Urbanos públicos de infraestrutura.
E) Urbanos privados de estruturação físico-territorial.

Comentários
Lembrem-se, equipamentos urbanos estão ligados à prestação de serviços necessários ao
funcionamento da cidade.
Segundo a norma brasileira NBR 9284 (cancelada), é um termo que designa todos os bens públicos
ou privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento
da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.
Vamos à Lei 6.766:
CAPÍTULO II
Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento
Art. 4. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:
I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem
como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor
ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. (Redação dada pela Lei n 9.785, de 1999)
(...)
§ 2 - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.
Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de
esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

Gabarito: alternativa D

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“De acordo com alguns autores, a primeira medida a ser tomada para o traçado urbano deve
começar pela concepção de avenidas, ruas e caminhos para pedestres, com intuito de tornar
acessíveis as diferentes partes do espaço a serem organizadas. Avenidas, ruas ou caminhos
deverão ter seu desenho a partir das condicionantes da topografia do local, das características

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 124


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

dos usuários e das funções que as vias assumirão dentro do contexto urbano. O projeto
adequado do traçado ______________ é um dos fatores essenciais para o desempenho do
__________________ do solo urbano. Para isto deve-se buscar o máximo conhecimento das
características da área a ser parcelada e do local onde estará inserida a nova
________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a
afirmativa anterior.
A) viário / uso / cidade
B) urbano / parcelamento / urbanização
C) linear / aproveitamento / aglomeração
D) retilíneo / desdobramento / edificação
E) reticulado / desenvolvimento / comunidade

Comentários
Mascaró, 1994, nos traz esse conceito. (Mascaró, 2005)
O projeto adequado do traçado urbano é um dos fatores essenciais para o desempenho do
parcelamento do solo urbano. Para isto deve-se buscar o máximo conhecimento das características
da área a ser parcelada e do local onde estará inserida a nova urbanização.”
Vamos ao livro “Loteamentos Urbanos”, Juan Luís Mascaro:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 125


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 126


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Para alguns autores o planejamento de forma integrada de loteamentos deverá incorporar a
visão da hidrologia como estrutura integradora, trabalhar com microbacias, controlar as águas
pluviais nas fontes, utilizar métodos rudimentares não estruturais e criar uma paisagem
multifuncional. A metodologia estabelece etapas distintas para o procedimento desse
planejamento. De acordo com o exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.
( ) Identificar regulamentações de zoneamento, uso do solo e outras aplicáveis.
( ) Definir condições de desenvolvimento e áreas protegidas.
( ) Proibir limites de movimentação de terra.
( ) Modificar as características naturais para depois utilizá-las.
( ) Utilizar a drenagem e a hidrologia como elemento de projeto.
( ) Garantir a impermeabilidade.
( ) Desenvolver planejamento integrado preliminar.
( ) Minimizar as áreas impermeáveis diretamente conectadas.
( ) Aumentar o caminho de fluxo da água.
( ) Desmembrar hidrologia do pré e pós-desenvolvimento.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 127


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

( ) Desenvolver um procedimento interativo de projeto.


A sequência está correta em:
A) V, F, F, V, V, V, V, F, F, V, F.
B) V, V, F, F, V, F, V, V, V, F, V.
C) F, V, V, V, V, F, V, F, V, V, F.
D) F, F, V, F, F, V, F, V, V, F, V.
E) V, F, F, F, V, F, F, V, F, V, F.

Comentários
Em o Livro Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas de Adailson Pinheiro Mesquita, o
autor cita a metodologia para a produção de loteamentos urbanos sustentáveis de Souza (2007), a
qual possui 11 etapas para o procedimento de planejamento que são as 11 lacunas que deveremos
preencher com V ou F.
V–
V–
F – Reduzir limites de movimentação de terra.
F – Observar as características naturais para depois utilizá-las.
V–
F – Minimizar a impermeabilidade.
V–
V–
V–
F – Comparar hidrologia do pré e pós-desenvolvimento.
V-
Vamos ao livro “Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas” de Adailson Pinheiro
Mesquita: (Mesquita, 2008)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 128


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 129


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Correlacione adequadamente as leis e suas atribuições a seguir.
I. Código de posturas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 130


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II. Lei do perímetro urbano.


III. Código de edificações.
IV. Lei do sistema viário.
V. Lei de uso e ocupação do solo.
VI. Legislação sobre patrimônio cultural.
VII. Plano diretor municipal.
VIII. Lei de parcelamento do solo urbano.
1. Define os requisitos urbanísticos e procedimentos relacionados com os loteamentos,
desmembramentos e remembramentos de lotes urbanos.
2. Estabelece critérios para usos diversos dos espaços urbanos e estabelece normas para
convivência urbana de forma harmônica.
3. Estabelece normas a serem seguidas nas construções urbanas.
4. Aborda as questões ligadas à preservação do patrimônio material e imaterial de uma cidade.
5. Estabelece as diretrizes e as proposições de desenvolvimento municipal.
6. Delimita as áreas urbanas e de expansão urbana do município.
7. Hierarquiza e dimensiona as vias públicas, bem como a sua definição para novos
parcelamentos.
8. Estabelece os usos permitidos para as diversas zonas e coeficientes para utilização de áreas,
entre outros critérios.
A sequência está correta em:
A) I – 1 / II – 2 / III – 3 / IV – 4 / V – 5 / VI – 6 / VII – 7 / VIII – 8.
B) I – 3 / II – 4 / III – 5 / IV – 1 / V – 2 / VI – 6 / VII – 8 / VIII – 7.
C) I – 2 / II – 6 / III – 3 / IV – 7 / V – 8 / VI – 4 / VII – 5 / VIII – 1.
D) I – 2 / II – 5 / III – 7 / IV – 1 / V – 8 / VI – 4 / VII – 3 / VIII – 6.
E) I – 8 / II – 6 / III – 2 / IV – 7 / V – 4 / VI – 5 / VII – 3 / VIII – 1.

Comentários
I. Código de posturas - Estabelece critérios para usos diversos dos espaços urbanos e
estabelece normas para convivência urbana de forma harmônica.
II. Lei do perímetro urbano - Delimita as áreas urbanas e de expansão urbana do município.
III. Código de edificações - Estabelece normas a serem seguidas nas construções urbanas.
IV. Lei do sistema viário - Hierarquiza e dimensiona as vias públicas, bem como a sua definição
para novos parcelamentos.
V. Lei de uso e ocupação do solo - Estabelece os usos permitidos para as diversas zonas e
coeficientes para utilização de áreas, entre outros critérios.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 131


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

VI. Legislação sobre patrimônio cultural - Aborda as questões ligadas à preservação do


patrimônio material e imaterial de uma cidade.
VII. Plano diretor municipal - Estabelece as diretrizes e as proposições de desenvolvimento
municipal.
VIII. Lei de parcelamento do solo urbano - Define os requisitos urbanísticos e procedimentos
relacionados com os loteamentos, desmembramentos e remembramentos de lotes urbanos.
Vamos ao Livro Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas de Adailson Pinheiro
Mesquita: (Mesquita, 2008)

Gabarito: alternativa C

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“Para todos os efeitos, esta Lei estabelece normas de ordem pública e interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar
dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.” Trata-se de:
A) Estatuto da cidade.
B) Lei de ordenamento público.
C) Lei de uso e ocupação do solo.
D) Parcelamento do solo urbano.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 132


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

E) Diretrizes e bases de conforto ambiental.

Comentários

Vamos ao Estatuto da Cidade


CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado
o previsto nesta Lei.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem
pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e
do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. De acordo com o Estatuto da
Cidade são competências da União, entre outras atribuições de interesse da política urbana:
( ) Legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
( ) Legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional.
( ) Promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, programas de reconstrução de moradias e melhoria das condições habitacionais,
de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais
espaços de uso público ou privado.
( ) Instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico,
transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso
público.
( ) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.
A sequência está correta em
A) V, V, F, V, V.
B) V, F, V, F, V.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 133


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

C) F, V, F, V, F.
D) F, F, V, F, V.
E) V, F, F, V, F.

Comentários
V
V
F – Fica esperto! Pegadinha: Promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições
habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e
dos demais espaços de uso público ou privado.
V
V
Vamos ao Estatuto da Cidade
Art. 3° Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana:
I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em
relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional;
III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento básico, das
calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais espaços de uso público; (Redação dada pela
Lei n 13.146, de 2015) (Vigência)
IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico, transporte e
mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público; (Redação dada pela Lei n
13.146, de 2015) (Vigência)
V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


A legislação urbanística de caráter físico-territorial é definida pelo plano diretor municipal, a
partir das diretrizes definidas no processo de planejamento participativo. Além dele a
legislação físico-territorial consta do zoneamento urbano que contém diversos critérios para
a organização espacial da cidade, estabelecidas nas seguintes leis:
I. Lei de uso e ocupação do solo.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 134


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II. Lei do perímetro urbano.


III. Lei de parcelamento do solo urbano.
IV. Lei do sistema viário.
V. Código de edificações.
VI. Código de posturas municipais.
VII. Legislação sobre patrimônio cultural.
VIII. Legislação complementar sobre meio ambiente, federal, estadual e municipal.
Estão corretas as alternativas:
A) I, III, IV, V e VII, apenas.
B) II, III, V, VI e VII, apenas.
C) I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII.
D) II, III, V, VII e VIII, apenas.
E) I, II, III, IV, V e VIII, apenas.

Comentários
Todas corretas!
Vamos ao Livro Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas de Adailson Pinheiro
Mesquita:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 135


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Gabarito: alternativa C

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Segundo Arruda (1997), a determinados profissionais caberá a tarefa de atuar observando a
legislação, organizando o espaço urbano de acordo com o potencial da área, às necessidades
da sociedade naquele momento, às implicações ambientais e às imposições do uso do solo.
De acordo com a constituição Federal de 1988, Art. 30, número VIII, as atribuições legais de
ordenamento do território por meio do planejamento e controle do uso, ocupação e
parcelamento do solo pertencem aos:
A) Estados.
B) Municípios.
C) Ministros das cidades.
D) Secretários de planejamento.
E) Governadores, deputados e prefeitos.

Comentários
Os Municípios são os principais executores da política urbana.
Vamos à Constituição Federal/88
Art. 30. Compete aos Municípios:
I legislar sobre assuntos de interesse local;
II suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
VIII promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora
federal e estadual.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem-estar de seus habitantes.

Gabarito: alternativa B

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“As transformações estruturais da sociedade, ocorridas durante os anos 1945 e 1980, possuem
uma intrínseca ligação com o crescimento das _______________ contemporâneas e esse
processo deu-se em virtude da implementação e do desenvolvimento de projetos técnico-

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 136


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

científicos, que conduziram ao aumento das taxas de _______________ em face da


_______________ dos grandes centros urbanos.” Assinale a alternativa que completa correta
e sequencialmente a afirmativa anterior.
A) ideias / arrecadação / urbanização
B) populações / natalidade / melhoria
C) cidades / urbanização / industrialização
D) coletividades / incremento / organização
E) aglomerações / emolumentos / valorização

Comentários
“As transformações estruturais da sociedade, ocorridas durante os anos 1945 e 1980,
possuem uma intrínseca ligação com o crescimento das cidades contemporâneas e esse
processo deu-se em virtude da implementação e do desenvolvimento de projetos técnico-
científicos, que conduziram ao aumento das taxas de urbanização em face da
industrialização dos grandes centros urbanos.” Assinale a alternativa que completa
correta e sequencialmente a afirmativa anterior.”
Vamos ao Livro Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas de Adailson Pinheiro
Mesquita:

Gabarito: alternativa C

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 137


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.


( ) Guarda-corpo é a barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais
abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo
como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.
( ) Rota de saída é o caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros
dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um
incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido
do incêndio, em comunicação com o logradouro.
( ) As portas das rotas de saída devem abrir no sentido contrário ao trânsito de saída, deixando
todo o vão livre no caso de emergências.
( ) Imóvel urbano não edificado é o imóvel cujo coeficiente de aproveitamento é igual a zero,
desde que seja juridicamente possível a edificação, pelo menos para uso habitacional.
( ) Mobiliário urbano são elementos aparentes no espaço urbano, tais como: painéis, cartazes,
elementos de sinalização urbana, elementos aparentes da infraestrutura urbana, cabinas
telefônicas, caixas de correio, lixeiras, abrigos de pontos de ônibus, bancos, bancas de revista,
entre outros.
( ) Área edificável é a área obtida a partir da área total do imóvel contida na matrícula incluindo
a área de servidão, faixas de drenagem, áreas de preservação permanente, áreas de reservas
florestais e áreas de vias.
A sequência está correta em:
A) V, F, V, F, V, F.
B) V, V, F, V, V, F.
C) F, V, F, V, F, V.
D) V, F, V, F, F, V.
E) V, F, F, V, V, V.

Comentários
Pessoal, apesar de essas afirmativas terem sido retiradas de textos de legislação específica do
Município de Cascavel, trouxe essa questão, pois, temos que entender conceitos, não decorar
frases.
Aproveito para, no meu comentário, trazer algumas outras definições.
(V) Definição dada pelo Corpo de Bombeiros do Paraná na NPT 003 – Terminologia de Segurança
contra Incêndio.
(V) De acordo com a NBR 9050/2015: rota de fuga é o trajeto contínuo, devidamente protegido,
constituído por portas, corredores, antecâmaras, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 138


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em
caso de sinistro de qualquer ponto da edificação, até atingir uma área segura.
(F) As portas das rotas de saída devem abrir no sentido contrário ao do trânsito de saída, deixando
todo o vão livre no caso de emergências.
(V) Definição dada pelo Plano Diretor de Cascavel.
(V) De acordo com a NBR 9050/2015: mobiliário urbano é o conjunto de objetos existentes nas vias
e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação,
de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses
elementos, como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo
às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer
outros de natureza análoga.
(F) As áreas citadas são não edificáveis.
Vamos ao Plano Diretor de Cascavel
XXXVIII - IMÓVEL URBANO NÃO EDIFICADO: imóvel cujo coeficiente de aproveitamento seja igual a zero, desde
que seja juridicamente possível a edificação, pelo menos para uso habitacional.
XLVIII - MOBILIÁRIO URBANO: São elementos aparentes no espaço urbanos tais como: painéis, cartazes,
elementos de sinalização urbana, elementos aparentes da infraestrutura urbana, cabinas telefônicas, caixas de
correio, lixeiras, abrigos de pontos de ônibus, bancos, bancas de revista, etc.
IX - ÁREA EDIFICÁVEL: é a área obtida a partir da área total do imóvel contida na matrícula subtraindo-se área
de servidão, faixas de drenagem, áreas de preservação permanente, áreas de reservas florestais e áreas de
vias.

Código de Obras de Cascavel


XLVI - Guarda-corpo: é o anteparo de proteção e segurança para apoio e contra quedas;
LXI - Rota de Fuga: trajeto a ser percorrido em caso de emergência, até o exterior da edificação;

Gabarito: alternativa B

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


Uma nova percepção da cidade vem sendo construída a partir do desejo coletivo de que ela
seja socialmente integrada: “a cidade de todos”.
Nesse contexto, surge o Princípio da Contiguidade, que:
(A) prioriza a construção de edifícios altos;
(B) valoriza o investimento na produção das superestruturas;
(C) preserva os volumes e usos predominantes;
(D) objetiva uma renovação imediata e acelerada;
(E) estimula a construção de estruturas com novos volumes modais.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 139


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Comentários
O próprio nome, Princípio da Contiguidade, nos remete ao contrário de ruptura e mudanças
bruscas.
A única alternativa que faz sentido é a C.

A noção da contigüidade será o instrumento utilizado para se alcançar esse objetivo.


Tratada como expressão do reconhecimento das pré-existências ambientais e culturais
da cidade, a “contigüidade”1 envolve a valorização dos espaços, das escalas e dos usos
produzidos pela coletividade ao longo do tempo, e defende que a modificação desses
elementos deva se dar em progressiva desaceleração. Ela se apresenta, portanto, em
oposição ao caminho da ruptura, que prevaleceu na construção do urbanismo moderno.

Fonte: Ruptura e Contiguidade, a cidade na incerteza, Sérgio Ferraz Magalhães. (Magalhães, 2005)

Gabarito: alternativa C

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


Em antítese à designação de “Urbanismo Moderno”, surgiu uma nova maneira de pensar a
arquitetura e o urbanismo, rotulada de “Novo Urbanismo”, que apresenta como característica
a:
(A) separação por níveis entre os pedestres e os automóveis;
(B) livre disposição de torres e blocos segundo planos de massa abstratos; (C) hierarquização
do tráfego;
(D) recusa das relações primárias entre a forma e a função;
(E) separação funcional dos programas e o zoneamento da cidade.

Comentários
Os arquitetos críticos do movimento moderno, questionam a relação estabelecida pela equação “a
forma segue a função” e prezam pela aproximação da arquitetura e a realidade cotidiana.
“Os projetistas do Novo Urbanismo, cujo estilo lhes conferiu também o dístico de
Neotradicionalismo, ou Urbanismo Sustentável, estão a favor de comunidades mais
pequenas e densas que os subúrbios tradicionais, com limites definidos e onde exista uma
adequada mescla de funções que incorporem espaços de recreação, comerciais,
institucionais e de serviço, em estreita vinculação com residências de vários tipos. Estas
habitações seriam acessíveis a diversos grupos socioeconômicos, e seriam apropriadas
de maneira em que propiciem a diversidade também em termos de idade, sexo, raça, etc.
As viagens para fora da vizinhança são minimizadas, reduzindo a dependência do carro e

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 140


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

a contaminação e o consumo de energia que esta gera. As distâncias de um lugar a outro


poderiam ser percorridas a pé, e se podia chegar caminhando até às estações de
transporte público (ônibus, trens, metrôs e outros, segundo o caso), que conectem com
outras comunidades similares. Todas estas características propiciariam o caráter único
do lugar e a sensação de pertencimento à comunidade do grupo de habitantes que ali
convivem”.

“Como é conhecido de todos, a Carta de Atenas propõe quatro funções básicas na cidade:
habitação, trabalho, recreação e circulação. Assim, a Carta em si mesma se organiza sob
estas premissas, expondo observações e proposições para cada um. A organização da
cidade na prática moderna é tratada também desta maneira discreta, separando nela
cada uma das funções identificadas. Mesmo que a Carta de Atenas sinceramente
pretendesse incrementar a qualidade de vida e o nível de segurança nas cidades, foi
amplamente demonstrado em diferentes exemplos urbanos em todo o mundo, que este
modelo fracassou. Baseados nestas experiências muitas vezes tristes e inclusive
dramáticas, e em sua comparação com estilos de vida que têm surgido em comunidades
urbanas neotradicionais, a Carta do Novo Urbanismo enfatiza a necessidade de
diversidade social, mescla de atividades e tipos de circulação, acessibilidade pedestre,
participação democrática e respeito à expressão da cultura local.”

“Estas são, quem sabe, as comparações mais evidentes entre a Carta de Atenas e a do
Novo Urbanismo. As diferenças poderiam analisar-se em diferentes planos, desde o mais
geral até aspectos muito específicos. Entre as mais destacadas estão: o caráter mais
universal da Carta de Atenas versus o caráter nacional da presente no Novo Urbanismo;
a crença otimista na arquitetura e o urbanismo como fontes de mudança da Carta de
Atenas versus uma visão mais realista do papel do projeto urbano dentro da
complexidade de fatores que influenciam o destino das cidades que defende o Novo
Urbanismo; o postulado da arquitetura moderna como o modelo para resgatar e
reordenar as cidades e propiciar saúde e felicidade ao indivíduo e à coletividade da Carta
de Atenas versus determinações mais gerais de projeto que transcendem estilos e
enfatizam a criação de unidades dentro de uma hierarquia urbana (região, vizinhança,
distrito, corredor, quadra, rua, edifício), de maneira a promover a apropriada mescla de
funções e pessoas, acrescentar a vida pública e fazer uso mais racional dos recursos.”
Fonte: http://salvador2012.blogspot.com.br/2012/08/a-carta-de-atenas-e-o-novo-urbanismo.html

Gabarito: alternativa D

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


No âmbito da morfologia urbana, o lote-parcela fundiária é um elemento morfológico do
espaço urbano considerado como:
(A) princípio complementar da relação edifício/terreno;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 141


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(B) gênese do edificado;


(C) meio não condicionante da forma do edifício;
(D) porção cadastral especificamente;
(E) domínio do espaço público.

Comentários
Em primeiro lugar, o que é morfologia urbana?
Morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores e na sua
produção e transformação no tempo.
O estudo da morfologia urbana ocupa-se da divisão do meio urbano em partes (elementos
morfológicos) e a articulação destes entre si.
São elementos morfológicos:
Solo – o pavimento: É a partir do território existente e da sua topografia que se desenha ou constrói a
cidade. O pavimento é um elemento de grande importância no espaço urbano, contudo de uma grande
fragilidade e sujeito a inúmeras mudanças.
Os edifícios – o elemento mínimo: É através dos edifícios que se constitui o espaço urbano e se
organizam os diferentes espaços identificáveis e com “forma própria”: a rua, a praça, o beco, a
avenida, etc. Os edifícios agrupam-se em diferentes tipos, decorrentes da sua função e forma. Esta
interdependência é um dos campos mais sólidos em que se colocam as relações entre cidade e
arquitetura.
O lote – a parcela fundiária: O edifício não pode ser desligado do lote ou da superfície do solo que
ocupa, este é a gênese e fundamento do edificado. A forma do lote é condicionante da forma do edifício
e consequentemente, da forma da cidade.
O quarteirão: O quarteirão é um contínuo de edifícios agrupados entre si em anel, ou sistema fechado
e separado dos demais, é o espaço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias e subdivisível em
lotes para construção de edifícios. O quarteirão agrega e organiza os outros elementos da estrutura
urbana: o lote e o edifício, o traçado e a rua, e as relações que estabelecem com os espaços públicos,
semipúblicos e privados.
A fachada – o plano marginal: A relação do edifício com o espaço urbano processa-se pela fachada.
São as fachadas que exprimem as características distributivas, o tipo de edificado, as características e
linguagem arquitetônica, um conjunto de elementos que irão moldar a imagem da cidade.
O logradouro: O logradouro constitui o espaço privado do lote não ocupado por construção, as
traseiras, o espaço privado separado do espaço público pelo contínuo edificado. É através da utilização
do desenho do logradouro que se faz parcialmente a evolução das formas urbanas do quarteirão até
ao bloco construído.
O traçado da rua: Assenta num suporte geográfico preexistente, regula a disposição dos edifícios e
quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade, e confunde-se com o gesto criador. O traçado
estabelece a relação mais direta de assentamento entre a cidade e o território. É o traçado que define
o plano, intervindo na organização da forma urbana a diferentes dimensões.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 142


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A praça: A praça é um elemento morfológico das cidades ocidentais e distingue-se de outros espaços,
que são resultado acidental de alargamento ou confluência de traçados. A praça pressupõe a vontade
e o desenho de uma forma e de um programa. É um elemento morfológico identificável na forma da
cidade e utilizável no desenho urbano na concepção arquitetônica.
O monumento: O monumento é um facto urbano singular, elemento morfológico individualizado pela
sua presença, configuração e posicionamento na cidade e pelo seu significado. O monumento
desempenha um papel essencial no desenho urbano, caracteriza a área ou bairro e torna-se pólo
estruturante da cidade.
A árvore e a vegetação: Caracterizam a imagem da cidade, têm individualidade própria,
desempenham funções precisas: são elementos de composição e do desenho urbano, servem para
organizar, definir e conter espaços.
O mobiliário urbano: Situa-se na dimensão setorial, na escala da rua, não podendo ser considerado de
ordem secundária, dado as suas implicações na forma e equipamento da cidade. É também de grande
importância para o desenho da cidade e a sua organização, para a qualidade do espaço e comodidade.
Fonte: Morfologia Urbana e Desenho da Cidade, José Lamas.

Mapa conceitual dos principais elementos da Morfologia Urbana, segundo Lamas (1993)
Fonte: http://urbanidades.arq.br/2010/07/lamas-morfologia-urbana/

Conclui-se, então, que o lote-parcela fundiária é a gênese do edificado. A palavra gênese está
relacionada com origem e remete à ideia de que a edificação nasce a partir do lote.
Gabarito: alternativa B

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 143


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Uma área urbana com mais de 250 m2 foi ocupada para moradia, durante cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, por população de baixa renda. Com base na Lei no
10.257/2001, que estabelece a usucapião especial de imóvel urbano, analise as afirmativas a
seguir.
I. Se nessa área não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, ela é
susceptível de ser usucapida coletivamente.
II. O possuidor dessa área, para o fim de contar o prazo exigido, pode acrescentar sua posse à
de seu antecessor contanto que ambas sejam contínuas.
III. O condomínio especial constituído nessa área é indivisível, não sendo possível de extinção
em qualquer hipótese.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

Comentários
A afirmativa III está incorreta, pois, há uma exceção, quando houver deliberação favorável à divisão
por, no mínimo, 2/3 dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição
do condomínio.
As afirmativas I e II estão corretas.
Vamos à Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade)
Seção V
Da usucapião especial de imóvel urbano
Art. 9 Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida
pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são
suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro
imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1 O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 144


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 4 O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável
tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à
constituição do condomínio.
§ 5 As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos
condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.

Gabarito: alternativa D

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Com relação aos elementos morfológicos do espaço urbano, assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) A tipologia edificada determina a forma urbana, mas a forma urbana não é condicionadora
da tipologia dos edifícios.
( ) O traçado / rua regula a disposição dos quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade,
e confunde-se com o gesto criador.
( ) A praça distingue-se de outros espaços que resultaram de alargamento acidental ou da
confluência de traçados, pela organização espacial e intencionalidade de desenho.
As afirmativas são, respectivamente:
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

Comentários
Mais conceitos trazidos por José Lamas. (Lamas, 1993)
(F) A tipologia edificada determina a forma urbana, e a forma urbana é condicionadora da tipologia
edificada, numa relação dialética.
(V) O traçado é um dos elementos mais claramente identificáveis tanto na forma de uma cidade
como no gesto de a projetar. Assenta num suporte geográfico preexistente, regula a disposição dos
edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade, e confunde-se com o gesto criador.
(V) A praça pressupõe a vontade e o desenho de uma forma e de um programa.
Gabarito: alternativa B

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 145


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

O surgimento do subúrbio, no século XIX, gerou a proliferação e extensão do solo construído,


implicando em modificação dos modelos espaciais e urbanísticos.
Consequentemente isso fez com que
(A) a rua deixasse de ser mero percurso, apreendendo outras funções específicas.
(B) a praça passasse a ser um espaço reservado à vida social.
(C) o quarteirão fosse valorizado como elemento estruturante do espaço urbano.
(D) a casa unifamiliar se revelasse como força constituinte do verdadeiro espaço urbano.
(E) a caracterização do espaço coletivo fosse substituída pela qualificação do espaço privado.

Comentários
Com a chegada do século XIX, algumas cidades começam a passar por transformações decorrentes
do processo de industrialização.
A população do campo migra para as cidades em busca de novas oportunidades de emprego
ocasionando um boom populacional.
As cidades, em contrapartida, passam por uma série de intervenções a fim de se adequarem, há
destruição de partes antigas e espaços públicos, criação de novas ruas e avenidas.
Há falta de moradia, problemas de higiene, aumento dos índices de doença e criminalidade,
aumento do número de pessoas pobres.
As praças perdem sua função de ponto central da vida urbana, como espaços de uso múltiplo e
popular.
As cidades deixam de ter um centro referencial, iniciando-se uma dispersão e fragmentação,
circunscrevendo grandes grupos a determinados locais confinados.
Segundo José M. Ressano Garcia Lamas (Lamas, 2014, p. 206), na segunda metade do século XIX, “a
fuga dos males da cidade industrial” associada às possibilidades oferecidas pelos transportes e a
disponibilidade de espaço vão fomentar o crescimento do subúrbio londrino, de baixas densidades
e grandes extensões territoriais, modificando os modelos espaciais e urbanísticos até então
vigentes.
“A rua passa a ser mero percurso. A praça deixa de ser um espaço reservado ao encontro,
à vida social e, pela falta de utilização, transforma-se num simples largo. O quarteirão é
abandonado, enquanto a baixa densidade e a casa unifamiliar se revelam sem força para
constituir verdadeiro “espaço urbano”.
[...] A característica cuidada do espaço coletivo é substituída pela qualificação do espaço privado.”
Uma visão sobre o subúrbio carioca:

Segundo Villaça (2001, p. 225-236), o momento em que o subúrbio carioca passa a


concentrar a maioria da população pobre ocorre por volta da década de 1910 – quando
o interesse pelo centro é intensificado –, sendo que desde a segunda metade do século

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 146


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

XIX essa massa proletária foi sistemática e gradualmente retirada do centro. Um dos
maiores choques que a massa pobre tem no Brasil colonial é a corrida higienista –
principalmente no Rio de Janeiro – a partir de 1850, em que o argumento das epidemias
(que eram reais) fez com que os pobres fossem expulsos do centro, se alojando em locais
ainda mais insalubres, atendendo, assim, aos interesses econômicos e políticos do
momento (Abreu, 1996, p. 163-170).

Gabarito: alternativa E

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


A lei denominada Estatuto da Cidade regula o uso da propriedade urbana em benefício da
coletividade e estabelece a obrigatoriedade de um plano diretor.
A esse respeito analise as afirmativas a seguir:
I. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas.
II. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades integrantes de áreas de especial interesse
turístico.
III. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades incluídas no cadastro nacional de Municípios
com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto.
Assinale:
(A) se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários
Todas as alternativas certas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 147


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

com mais de vinte mil habitantes

integrantes de regiões metropolitanas e


aglomerações urbanas

onde o Poder Público municipal pretenda utilizar


os instrumentos previstos no § 4 do art. 182 da
Constituição Federal

O PLANO DIRETOR É OBRIGATÓRIO integrantes de áreas de especial interesse


turístico
PARA AS CIDADES
inseridas na área de influência de
empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou
nacional

incluídas no cadastro nacional de Municípios com


áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos
de grande impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou hidrológicos correlatos

Vamos ao Estatuto da Cidade


Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da
Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei n 12.608,
de 2012)

Gabarito: alternativa E

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


As opções a seguir listam itens da infraestrutura básica para os parcelamentos, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) Vias de circulação.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 148


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(B) Abastecimento de água potável.


(C) Iluminação pública.
(D) Escoamento das águas pluviais.
(E) Energia elétrica domiciliar.

Comentários
Questão anulada pela banca, pois, todos os itens citados fazem parte da infraestrutura básica para
os parcelamentos.

INFRAESTRUTURA BÁSICA DOS PARCELAMENTOS

GERAL ZHIS

Equipamentos urbanos de escoamento de


Escoamento de águas pluviais
águas pluviais

Iluminação pública -

Esgotamento sanitário Soluções para o esgotamento sanitário

Abastecimento de água potável Rede para o abastecimento de água potável

Energia elétrica pública -

Energia elétrica domiciliar Energia elétrica domiciliar

Vias de circulação Vias de circulação

Vamos à Lei 6.766/79


§ 5 A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das
águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica
pública e domiciliar e vias de circulação. (Redação dada pela Lei n 11.445, de 2007). (Vigência)
§ 6 A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de
interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
I - vias de circulação; (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
II - escoamento das águas pluviais; (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
III - rede para o abastecimento de água potável; e (Incluído pela Lei n 9.785, de 1999)
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. (Incluído pela Lei n 9.785, de
1999)

Gabarito: alternativa ANULADA

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 149


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


O planejamento urbano procura estabelecer diretrizes que visam a orientar a ocupação do
solo urbano e a ordenar os vetores de crescimento de uma cidade.
A atividade que causa alteração para a vizinhança devido ao aumento da necessidade de
infraestrutura, é enquadrada como
(A) tolerável.
(B) incômoda.
(C) de impacto.
(D) nociva.
(E) perturbadora.

Comentários
Se a atividade causa alteração para a vizinhança, ela causa um impacto na vizinhança.
Na realidade, qualquer atividade gera impactos ao seu redor, e esses impactos podem ser positivos
ou negativos. Mas, para determinadas atividades e/ou empreendimentos, é necessária uma
avaliação específica e dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).

Vamos ao Estatuto da Cidade


Seção XII
Do estudo de impacto de vizinhança

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 150


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que
dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou
autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou
atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise,
no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Gabarito: alternativa C

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


A fim de evitar a especulação imobiliária, o plano diretor prevê alguns instrumentos que visam
à preservação e à renovação urbana.
A respeito desses instrumentos, analise as afirmativas a seguir:
I. A outorga onerosa do direito de construir permite ao proprietário, mediante contrapartida,
o direito de construir acima do coeficiente básico de aproveitamento adotado.
II. O parcelamento de edificação é o direito dado ao Poder Público para adquirir certos imóveis
para execução de programas e projetos habitacionais de interesses sociais.
III. O direito de preempção é dado ao proprietário de imóvel urbano, privado ou público, de
exercer em outro local, o potencial construtivo previsto.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários
I. Correta!

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 151


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

II. Nada a ver.


III. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. A definição citada é “Da
transferência do direito de construir”.
Vamos ao Estatuto da Cidade
Seção IX
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do
terreno.
Seção XI
Da transferência do direito de construir
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou
público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no plano
diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para
fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou
cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda e habitação de interesse social.
Seção VIII
Do direito de preempção
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano
objeto de alienação onerosa entre particulares.

Gabarito: alternativa A

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


Uma localidade residencial de 10.000 m2 possui uma densidade líquida de 500 habitantes para
cada 1.000 m2. Sabe-se que 40% da área estão destinados a áreas públicas.
O número de habitantes da localidade é igual a
(A) 1000.
(B) 1500.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 152


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(C) 2000.
(D) 2500.
(E) 3000.

Comentários
Se 40% da localidade residencial referida no enunciado estão destinados a áreas públicas, 60% estão
destinados às residências.
A densidade líquida é calculada em cima desses 60%, logo, temos 6.000 m2, onde temos 500
habitantes para cada 1.000 m2.
500 x 6= 3.000 habitantes
500 → 1.000
𝑥 → 6.000
𝑥 = 3.000
Vamos aos conceitos
Densidade bruta e densidade líquida: a densidade bruta de uma zona ou assentamento expressa o
número total de pessoas que nela residem dividido pela área total do mesmo. A densidade líquida
expressa o número total de pessoas que residem na zona ou assentamento em questão, dividido pela
área utilizada apenas para fins residenciais.
Gabarito: alternativa E

(FGV – DOCAS/SP – 2010)


Segundo a Lei 6766/1979, a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes,
denomina-se
(A) parcelamento.
(B) grupamento.
(C) loteamento.
(D) desmembramento.
(E) desdobro.

Comentários

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 153


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Vamos à Lei 6.766/79


CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 2. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas
as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
§1 - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas
vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
§2- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Gabarito: alternativa D

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito da prática de projetos urbanos e sua oposição ao urbanismo normativo do pós-
guerra, Yannis Tsiomis (2003) sublinha que, para muitos autores, trata-se de uma noção
“difusa”. Lembra, por exemplo, que os consagrados autores Françoise Choay e Pierre Merlin,
nos estudos sobre a cidade, sentenciam que o “urbanismo é uma ação” e não uma ciência.
Nesse sentido, o projeto urbano atualmente caracteriza-se como polissêmico e flutuante,
conforme as condições em que são formulados os projetos e suas implantações, entre si,
flutuantes e diferenciadas, cujos questionamentos destacam seus elementos dominantes.
Desse enunciado, analise o que se pode afirmar sobre as dominantes do projeto urbano: I. O
projeto urbano é um “desenho” submetido a um programa preestabelecido. II. Admite-se que
o projeto urbano contrapõe-se a um projeto de embelezamento que se disfarça em

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 154


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

estratégias, ou ao contrário, de articulação das funções da cidade. III. O projeto urbano


também considera a questão das diferentes lógicas dos atores implicados, tornando-se, então,
o “lugar” em que essas lógicas se articulam, o lugar da negociação.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa II estiver correta.
(B) se somente a afirmativa I estiver correta.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Comentários
Essa questão traz uma crítica ao urbanismo moderno, do pós-guerra, e nos cobra o conhecimento
de seus elementos dominantes.
I. Correta. Uma das principais características do urbanismo moderno é o funcionalismo e
zoneamento. Carta de Atenas: isolar, separar e arrumar as principais funções na cidade:
HABITAR, TRABALHAR, RECREAR-SE E CIRCULAR.
II. Incorreta. Essa é uma das críticas ao urbanismo moderno.
III. Correta. Novamente, setorização da cidade, característica do urbanismo moderno.

Para entendermos um pouco mais da lógica das críticas:

“Otília ressalta a impossibilidade de alguém “minimamente responsável” propor a


aplicação desse modelo que reduz a cidade a mero espaço de negócios, no contexto social
dos países subdesenvolvidos. Pois bem, Carlos Vainer nos lembra que nossas elites não
primam exatamente pela responsabilidade. Em seu segundo texto, Vainer testemunha a

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 155


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

implantação do Planejamento Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro. Uma “bem


orquestrada farsa”, com o objetivo de legitimar “projetos caros aos grupos dominantes
da cidade”, a saber, tudo aquilo que permitiria a produção da “máquina de crescimento”
carioca, competitiva e vendável à dinâmica do capital internacional. Vainer desnuda as
manobras para colocar em escanteio as reivindicações populares, dando espaço aos
interesses dos empreendedores e a um agressivo marketing para criar falsos consensos
que legitimassem a farsa. Tais ações soam coerentes com as colocações de seu primeiro
texto, no qual mostra, através da an&avés da análise exaustiva das argumentações
teóricas dos consultores barcelonenses, a mise-en-place de um arsenal político-
ideológico-empresarial destinado a impor universalmente, à maneira do pensamento
único e com a indefectível cooperação das elites do Terceiro-Mundo, a matriz do
Planejamento Estratégico segundo a qual a sobrevida das cidades está em sua
transformação em mercadoria.”
Fonte: Revista da Pós FAU Maranhão – Resenha do livro “A cidade do pensamento único: desmanchando consenso”,
de Otília Arantes, Carlos Vainer e Ermínia Maricato.

Vamos ao livro Morfologia Urbana e Desenho da Cidade de José Lamas:

A lógica do funcionalismo, não sendo nenhuma novidade (desde Vitruvio a Palladio ou a


Viollet-de-Duc (3) que existem preocupações funcionalistas), vai exercer grande
influência na arquitetura e urbanística modernas.
Criticando a cidade oitocentista e novecentista, em que a mistura funcional gerava
numerosos problemas, a urbanística moderna preocupar-se-á obsessivamente pela boa
arrumação e distribuição dos usos do solo.
O funcionamento da cidade constituirá um vector fundamental de planeamento. Como
caso extremo, os postulados da Carla de Atenas obrigariam a isolar, separar e arrumar
as principais funções na cidade: habitar, trabalhar, lazer (cultura do espírito e do corpo)
e as deslocações necessárias ao desempenho destas atividades.
A lógica funcionalista zonifica a cidade por funções e determina a concepção urbana por
sistemas independentes -o sistema de circulações, o sistema habitacional, o sistema de
equipamentos, o sistema de trabalho, o sistema do recreio, etc. -sistemas esses que se
localizam no território autonomamente, em função de lógicas próprias e de problemas
específicos. A consequência deste processo será a autonomização e independência física
dos vários sistemas entre si, ou seja, os vários elementos que estruturam a cidade
deixarão de se relacionar espacial e formalmente. De tal modo que até a representação
dos planos autonomizará cada sistema em desenhos independentes: a planta do sistema
viário, a planta dos equipamentos, a planta das estruturas verdes, e assim por diante. As
vias só servem o tráfego; os edifícios servem para conter alojamentos e pessoas e não
participam da definição do espaço urbano; os equipamentos prestam serviços e
distribuem-se abstratamente, de acordo com as grelhas e áreas de drenagem e assim por
diante. Todos estes sistemas não se encontram numa matriz comum que na cidade
tradicional era o sistema de espaços urbanos. Este será, de resto, um dos aspectos mais
profundos da ruptura da cidade moderna com a cidade tradicional.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 156


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Na cidade antiga, as diferentes funções misturavam-se e coexistiam no mesmo bairro, no


mesmo quarteirão, no mesmo prédio. Nos anos sessenta, ocupar os bairros dos edifícios
habitacionais com lojas constituía quase uma heresia ou tinha sabor a inovação...
Convém também notar que estas regras de zoneamento funcionalista retirariam às
cidades a complexidade distributiva e consequentemente a complexidade formal,
gerando a monotonia visual e a falta de significação dos espaços.
Recordo as relações dialéticas entre forma e função e estabeleço o paralelo entre a
complexidade funcional e a riqueza formal nas antigas cidades. Acidade moderna
consumirá grandes áreas para bairros habitacionais (tantas vezes dormitórios), sem lhes
integrar funções significantes e, portanto, sem enriquecimento morfológico. Esta questão
voltou a colocar-se recentemente, quando o «novo urbanismo» procura a forma sem a
correspondente complexidade funcional e significativa.

Gabarito: alternativa E

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito da cultura das novas gestões urbanas, a arquiteta e urbanista Otília Arantes
desenvolve argumentações sobre as relações entre os diversos agentes e gestores da cidade
e o processo de gentrificação nas áreas urbanas. Sobre esse processo, de acordo com as
argumentações desenvolvidas pela autora, assinale a afirmativa correta.
(A) O processo de inclusão social promovido pelos gestores urbanos em parceria com a
iniciativa privada é denominado de gentrificação. A gentrificação das cidades pode ser
considerada, segundo a autora, como a apoteose do Planejamento Estratégico.
(B) A gentrificação é uma intervenção em espaços públicos, com auxílio governamental, que
provoca a sua melhoria e consequente valorização imobiliária, a partir da inclusão de
moradores tradicionais, que geralmente pertencem às classes sociais menos favorecidas, dos
espaços urbanos. A gentrificação das cidades pode ser considerada, segundo a autora, como
um aspecto positivo das novas gestões urbanas.
(C) O resultado natural da remoção dos grupos sociais menos favorecidos das áreas centrais,
intensificado pela industrialização e oferta de trabalho nas periferias urbanas, é chamado de
gentrificação. Em defesa da preservação ou difusão da cultura citadina, a autora faz severas
críticas a esse processo.
(D) A gentrificação é o processo de remoção dos grupos sociais hegemônicos numa
determinada localização urbana, em função das disponibilidades de novas habitações em
áreas da periferia da cidade. Segundo a autora, esse processo é um aspecto negativo das novas
gestões urbanas.
(E) A gentrificação pode ser entendida como uma intervenção em espaços urbanos (com ou
sem auxílio governamental), que provoca sua melhoria e consequente valorização imobiliária,
acarretando a retirada de moradores tradicionais, que geralmente pertencem às classes

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 157


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

sociais menos favorecidas, dos espaços urbanos. A gentrificação das cidades pode ser
considerada, segundo a autora, como a apoteose do Planejamento Estratégico.

Comentários
A Gentrificação abrange o período compreendido entre 1980 a 2000. Tendo como incentivo direto,
a indústria da comunicação, especialmente a propaganda, transforma a cidade e a tira da posição
de local de produção a mercadoria. Pois o mercado imobiliário junto com o poder público passa
aplicar na região desejada, técnicas de planejamento estratégico e de mercado associando-o
também ao marketing urbano (ARANTES; MARICATO; VAINER, 2000, p. 66).
Essa reinvenção urbana busca basicamente recuperar a economia da cidade, unindo o setor público,
privado e, sobretudo os empreendedores
imobiliários. Investindo em determinadas áreas, dando a ela caráter nobre, criando o
emburguesamento de áreas antes consideradas pobres e/ou periféricas, expulsando os moradores
da região.
Segundo Vaz e Silveira (1999, p. 57) cinco características básicas devem estar presentes nas
intervenções de revitalização de centros urbanos:
a) Humanização dos espaços coletivos produzidos;
b) Valorização dos marcos simbólicos e históricos existentes;
c) Incremento dos usos de lazer;
d) Incentivo à instalação de habitações de interesse social;
e) Preocupação com aspectos ecológicos e participação da comunidade na concepção e
implantação.
Assim, a requalificação de centros urbanos deve se caracterizar não somente por critérios
funcionais, mas também, políticos, sociais e ambientais. Esses critérios conferem às intervenções
uma nova vitalidade não só econômica, mas também, social.
Vamos ao livro “A cidade do pensamento único: desmanchando consenso”, de Otília Arantes,
Carlos Vainer e Ermínia Maricato.

1. Gentrificação estratégica
Pois é:da Carta de Atenas à corretagem intelectual de planos de gentrificação, cujo
caráter de classe o original inglês(gentry) deixa tão vexatoriamente a descoberto. Daí a
sombra de má consciência que costuma acompanhar o emprego envergonhado da
palavra, por isso mesmo escamoteada pelo recurso constante ao eufemismo:
revitalização, reabilitação, revalorização, reciclagem, promoção, requalificação, até
mesmo renascença, e por aí afora, mal encobrindo, pelo contrário, o sentido original de
invasão e reconquista, inerente ao retorno das camadas afluentes ao coração das
cidades. Como estou dando a entender que o planejamento dito estratégico pode não ser
mais do que um outro eufemismo para gentrification, sem no entanto afirmar que sejam

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 158


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

exatamente a mesma coisa - quem sabe a sua apoteose: uma cidade estrategicamente
planificada de A a Z nada mais seria, enfim, do que uma cidade inteiramente gentrificada,
preciso abrir um parêntese a respeito deste tópico, que se tornou um dos pontos de honra
da diluição culturalista da espoliação urbana, pois afinal o que importa nisto tudo é
sempre determinar quem sai e quem entra, só que agora se trata de uma apropriação do
espaço legitimada pelo upgrading cultural. Digamos, retomando o argumento, que a
gentrificação é uma resposta específica da máquina urbana de crescimento a uma
conjuntura histórica marcada pela desindustrialização e consequente desinvestimento de
áreas urbanas significativas, a terceirização crescente das cidades, a precarização da
força de trabalho remanescente e sobretudo a presença desestabilizadora de uma
underclass fora do mercado.

Gabarito: alternativa E

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O Estatuto da Cidade tornou obrigatória a elaboração de planos diretores para a maioria das
cidades brasileiras, bem como a adequação dos já existentes às suas diretrizes. Na elaboração
ou revisão do Plano Diretor, entram em cena as discussões entre o interesse coletivo e o
interesse individual. Os vários grupos que conformam a sociedade, o Governo, a comunidade
e os empresários da iniciativa privada, devem trabalhar com objetivos comuns sobre o
desenvolvimento urbano sustentável da cidade em questão, visando estabelecer um “pacto”
em que seus interesses devem ser explicitados e negociados para que sempre prevaleça o
coletivo. A gestão participativa deve proporcionar um projeto de cidade que atenda ao
somatório desses interesses e que tenha como objetivo o estabelecimento de uma política
urbana em que a garantia da função social da cidade e da propriedade urbana seja considerada
como fator de consenso. Segundo a Lei Complementar 311/98, que institui o Plano Diretor de
desenvolvimento e expansão urbana do Município de Santos (e suas alterações), no processo
de revisão e implementação desse Plano Diretor e suas Normas Regulamentadoras, os
poderes Executivo e Legislativo municipais deverão garantir
(A) a realização das reuniões em locais públicos.
(B) a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade.
(C) a participação das associações de moradores nas reuniões realizadas entre a equipe técnica
e representantes dos empresários locais.
(D) a divulgação da agenda das reuniões em jornais de grande circulação.
(E) o acesso aos documentos produzidos pelas equipes técnicas mediante solicitação formal.

Comentários

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 159


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Embora a questão remeta ao Plano Diretor de Santos, a resposta pode ser dada pelo nosso já
conhecido Estatuto da Cidade.
Fiquem atentos para não ficarem confusos com textos grandes, e depois de uma lida rápida,
procurem e marquem o que a banca realmente quer que você saiba.
Vamos ao Estatuto da Cidade
CAPÍTULO III
DO PLANO DIRETOR
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo
e Executivo municipais garantirão:
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade;
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.

Gabarito: alternativa B

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


Um dos principais desafios do planejamento urbano e meio ambiente nas principais regiões
metropolitanas brasileiras está na busca pela equidade social na área do transporte público
como um dos mecanismos para a diminuição da segregação espacial. Trata-se, no entanto, de
compreender a relação pobreza e mobilidade para traçar estratégias no campo das políticas
públicas que visem, efetivamente, encontrar alternativas que combatam esse tipo de
problema. Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), por exemplo, recentes estudos
reforçam a existência da dispersão espacial da pobreza no território urbano e o baixo índice
de mobilidade dessa população, o que o geógrafo Milton Santos já denominava de “exílio das
periferias”. Em relação a essas questões, é corrente na literatura técnica e científica do
planejamento urbano das últimas décadas afirmar que
I. a pobreza urbana e a segregação socioespacial das periferias metropolitanas, com
localizações predominantemente periféricas e, portanto, alijada da crescente centralidade na
vida cotidiana dos grandes centros urbanos, em que pese a homogeneização dos espaços de
periferia, apresentam-se como elementos que acentuam as restrições de mobilidade urbana
e dispersam o consumo de bens essenciais dos grupos de baixa renda, para além das áreas
urbanas centrais das cidades;
II. a segregação socioespacial está relacionada a múltiplos processos distintos, construídos
mutuamente, conferindo-lhe a noção de separação e isolamento, por um lado, e as
desigualdades de acesso às políticas públicas (transportes, por exemplo) ou de condições de
vida;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 160


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

III. o setor de transporte articula e induz a inclusão social. É, por natureza, responsável pelos
deslocamentos da população economicamente ativa e abrange, inclusive, a mobilidade dos
moradores de favela, independente das dificuldades de locomoção de grupos familiares e
demais aglomerações urbanas dispersas territorialmente.
Assinale:
(A) se somente o item II estiver correto.
(B) se todos os itens estiverem corretos.
(C) se somente os itens I e II estiverem corretos.
(D) se somente o item I estiver correto.
(E) se somente os itens II e III estiverem corretos.

Comentários
I. Os espaços de periferia são marcados, justamente, pela heterogeneidade social.
II. Correto.
III. O setor de transporte não abrange a mobilidade das classes menos favorecidas.
Segundo Ermínia Maricato em “Metrópole, legislação e desigualdade”:
“A segregação urbana ou ambiental é uma das faces mais importantes da desigualdade
social e parte promotora da mesma. À dificuldade de acesso aos serviços e infraestrutura
urbanos (transporte precário, saneamento deficiente, drenagem inexistente, dificuldade
de abastecimento, difícil acesso aos serviços de saúde, educação e creches, maior
exposição à ocorrência de enchentes e desmoronamentos etc.) somam-se menos
oportunidades de emprego (particularmente do emprego formal), menos oportunidades
de profissionalização, maior exposição à violência (marginal ou policial), discriminação
racial, discriminação contra mulheres e crianças, difícil acesso à justiça oficial, difícil
acesso ao lazer. A lista é interminável.”

RESUMO – O PROCESSO de urbanização brasileiro deu-se praticamente no século XX. No


entanto, ao contrário da expectativa de muitos, o universo urbano não superou algumas
características dos períodos colonial e imperial, marcados pela concentração de terra,
renda e poder, pelo exercício do coronelismo ou política do favor e pela aplicação
arbitrária da lei. Este texto tem como objetivo fazer uma leitura da metrópole brasileira
do final do século XX destacando a relação entre desigualdade social, segregação
territorial e meio ambiente, tendo como pano de fundo alguns autores que refletiram
sobre a “formação” da sociedade brasileira, em especial sobre a marca da modernização
com desenvolvimento do atraso. Para tanto, destaca-se o papel da aplicação da lei para
manutenção de poder concentrado e de privilégios nas cidades, o qual reflete – e ao
mesmo tempo promove – a desigualdade social no território urbano.

Gabarito: alternativa A

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 161


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O uso e a ocupação do solo para fins urbanos na área insular do município de Santos são
regidos pela Lei 312/98 e suas alterações. A disciplina do uso e ocupação do solo, segundo
essa lei, tem entre seus objetivos a melhoria da qualidade ambiental e a adequação das
densidades do assentamento urbano à disponibilidade da infraestrutura e equipamentos
públicos. Para cumprir esses objetivos são definidos na lei índices urbanísticos para cada zona
de uso a serem atendidos pelas novas construções e reformas. Quanto a esses índices, analise
as afirmativas a seguir:
I. A taxa de ocupação máxima do lote é o percentual entre a área de projeção da edificação ou
edificações sobre o plano horizontal e a área do lote onde se pretende edificar, não podendo
ser consideradas as taxas de ocupação por pavimentos.
II. O coeficiente de aproveitamento máximo do lote é representado pelo número de vezes que
sua área pode ser reproduzida em área construída.
III. A área de recuo mínimo que a edificação deve observar em relação aos limites do lote deve
ser considerada no cálculo do coeficiente de aproveitamento máximo do lote. Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente a afirmativa I estiver correta.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários
I. Correta. Taxa de ocupação: é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação e a
área total do lote.
II. Correta. Coeficiente de aproveitamento: é a relação entre a área total construída e a área total
do lote.
Vamos ao Estatuto da Cidade
Seção IX
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
§1 Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do
terreno.
§2 O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou
diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 162


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

§ 3 O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento,
considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada
área.
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

Gabarito: alternativa C

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito das considerações teóricas da boa forma da cidade, desenvolvida por Kevin Lynch,
e as cinco dimensões básicas propostas pelo arquiteto, considere as afirmativas abaixo:
I. Acesso pode ser definido como a capacidade de alcançar outras pessoas, recursos, serviços,
informações ou locais, incluindo a quantidade e a diversidade dos elementos que podem ser
alcançados.
II. Vitalidade é o grau em que a forma do aglomerado populacional suporta as funções vitais,
os requisitos biológicos e as capacidades dos seres humanos. É considerado, pelo autor, um
critério antropocêntrico.
III. Eficiência é o grau em que um aglomerado populacional pode ser compreendido e
mentalmente diferenciado e estruturado no tempo e no espaço pelos seus residentes.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa II estiver correta.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa I estiver correta.

Comentários

Kevin Lynch é um dos grandes autores do Urbanismo, responsável por uma das obras
mais famosas e mais influentes: A Imagem da Cidade. Nela, ele destaca a maneira como
percebemos a cidade e as suas partes constituintes, baseado em um extenso estudo em
três cidades norte-americanas, no qual pessoas eram questionadas sobre sua percepção
da cidade, como estruturavam a imagem que tinham dela e como se localizavam.
Lynch identificou, como principal conclusão, que os elementos que as pessoas utilizam
para estruturar sua imagem da cidade podem ser agrupados em cinco grandes tipos:
caminhos, limites, bairros, pontos nodais e marcos.
Kevin Lynch também escreveu o livro “A Boa Forma da Cidade”. No livro, o autor destaca
que a boa cidade é um lócus de desenvolvimentos das necessidades físicas, materiais,

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 163


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

culturais e emocionais do indivíduo e do grupo. Lynch sugere cinco “dimensões de


performance” para a avaliação de espaços urbanos, no sentido do melhor atendimento
às necessidades humanas:
a) vitalidade, o grau no qual a forma do assentamento suporta suas funções vitais,
necessidades biológicas e, sobretudo, garante a sobrevivência da espécie. Este é um
critério antropocêntrico, ainda que se possa admitir que o ambiente oferece suporte para
outras espécies e que o bem-estar humano muitas vezes depende desta relação e da
presença de uma diversidade de espécies animais e vegetais.
b) sentido, a medida na qual um assentamento pode ser claramente percebido e
mentalmente diferenciado e estruturado no tempo e espaço por seus residentes. A
medida na qual esta estrutura mental se conecta com seus valores e conceitos –
adequação entre o ambiente, as capacidades sensoriais e mentais da população e sua
construção cultural.
c) adequação à escala, a compatibilidade das formas e capacidades dos espaços, canais
e equipamentos, com o padrão e quantidade de ações que as pessoas usualmente
realizam.
d) acesso, a capacidade de acessar outras pessoas, atividades, recursos, serviços,
informação ou lugares, incluindo a quantidade e diversidade de elementos que podem
ser acessados.
e) controle, o grau no qual o uso e o acesso aos espaços e atividades, e a sua criação,
reparo, modificação e administração é controlado por aqueles que usam, trabalham ou
residem no local.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.179/5520.

Analisando as alternativas:
I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. Esse é o conceito de sentido.
Gabarito: alternativa D

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O Estatuto da Cidade – Lei 10257/2001 – preconiza que a terra urbana tem de cumprir a sua
melhor função em benefício da sociedade. Nele são previstos vários instrumentos da Política
Urbana e, entre estes, aqueles que visam melhorar a distribuição dos benefícios e dos ônus do
processo de urbanização. As operações urbanas consorciadas fazem parte desse grupo.
Definem-se como um conjunto de medidas e intervenções coordenadas pelo poder público
municipal com a participação de proprietários, moradores, usuários e investidores privados
visando alcançar, em uma área definida, transformações urbanísticas estruturais, melhorias
sociais e valorização ambiental. Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas
várias medidas urbanísticas, considerando o impacto ambiental delas decorrente. A esse
respeito, analise as afirmativas a seguir:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 164


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. Poderá ser feita a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação


do solo e subsolo.
II. Poderão ser alteradas as normas edilícias vigentes.
III. Poderão ser regularizadas as construções executadas em desacordo com a legislação
vigente.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

Comentários
Todas corretas!
Vamos ao Estatuto da Cidade
§2° Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como
alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos
ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias que
reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de
obras a serem contempladas. (Incluído pela Lei n 12.836, de 2013)

Gabarito: alternativa C

(FGV – SENADO FEDERAL - 2008)


Ao refletir sobre algumas das questões fundamentais que envolvem a cidade, Kevin Lynch
enumerou cinco dimensões básicas que serviriam como ponto de partida de uma teoria da
boa forma da cidade. Essas cinco dimensões são:
(A) Sentido, Adequação, Acesso, Controle e Segurança.
(B) Sentido, Adequação, Acesso, Controle e Moradia.
(C) Adequação, Acesso, Controle, Moradia e Lazer.
(D) Adequação, Acesso, Controle, Vitalidade e Sentido.
(E) Acesso, Controle, Vitalidade, Sentido e Segurança.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 165


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Comentários
Lynch sugere cinco “dimensões de performance” para a avaliação de espaços urbanos, no sentido
do melhor atendimento às necessidades humanas:
a) vitalidade, o grau no qual a forma do assentamento suporta suas funções vitais, necessidades
biológicas e, sobretudo, garante a sobrevivência da espécie. Este é um critério antropocêntrico,
ainda que se possa admitir que o ambiente oferece suporte para outras espécies e que o bem estar
humano muitas vezes depende desta relação e da presença de uma diversidade de espécies animais
e vegetais.
b) sentido, a medida na qual um assentamento pode ser claramente percebido e mentalmente
diferenciado e estruturado no tempo e espaço por seus residentes. A medida na qual esta estrutura
mental se conecta com seus valores e conceitos – adequação entre o ambiente, as capacidades
sensoriais e mentais da população e sua construção cultural.
c) adequação à escala, a compatibilidade das formas e capacidades dos espaços, canais e
equipamentos, com o padrão e quantidade de ações que as pessoas usualmente realizam.
d) acesso, a capacidade de acessar outras pessoas, atividades, recursos, serviços, informação ou
lugares, incluindo a quantidade e diversidade de elementos que podem ser acessados.
e) controle, o grau no qual o uso e o acesso aos espaços e atividades, e a sua criação, reparo,
modificação e administração é controlado por aqueles que usam, trabalham ou residem no local.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.179/5520

Gabarito: alternativa D

Abraço,
Profa. Moema Machado

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 166


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

7 – LISTA DE QUESTÕES
(FCC – MP MARANHÃO – 2013)
Sobre a terminologia e sua respectiva definição, é correto afirmar:
(A) City Marketing: Soluções para a produção e composição da forma urbana, e sua
sobreposição com a infraestrutura dos elementos estruturantes da cidade, nos seus aspectos
físicos e humanos.
(B) Gentrification: Adaptação das cidades ao contexto global, com a articulação de projetos
urbanos pontuais, localizados de forma que os seus efeitos transcendam as áreas de
intervenções, tanto no que diz respeito aos aspectos socioeconômicos, como físico-espaciais.
(C) Strategic Planning: Revitalização dos corações centrais e históricos das cidades, com a
consequente expulsão das populações mais carentes, resultando na revalorização imobiliária
desses espaços.
(D) Urban Design: Conjunto de intervenções e medidas, coordenadas pelo poder público
municipal, com a finalidade de transformação de áreas urbanas contando com a participação
dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados.
(E) Brownfields: Áreas com instalações industriais e comerciais abandonadas, ociosas ou
subutilizadas com passivo ambiental, onde a revitalização será possível após a remediação de
solo.

(FCC – MP MARANHÃO – 2013)


Instrumentos do Estatuto da Cidade:
1. Consiste na possibilidade de o Município estabelecer relação entre a área edificável e a área
do terreno, a partir da qual a autorização para construir passaria a ser precificada e tributada.
2. Confere ao poder público municipal, preferência para a compra de imóvel urbano,
respeitado seu valor no mercado imobiliário, e antes que o imóvel de interesse do município
seja comercializado entre particulares.
Trata-se
(A) da Transferência do Direito de Construir e Operações Urbanas Consorciadas.
(B) do Direito de Superfície e Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública.
(C) da Outorga Onerosa do Direito de Construir e Direito de Preempção.
(D) da Usucapião Especial de Imóvel Urbano e Contribuição de Melhoria.
(E) do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios e Zonas Especiais de Interesse
Social.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 167


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FCC – TRT 11ª Região – 2017)


Duas construções, A e B, foram edificadas em dois terrenos distintos com as mesmas
dimensões, 20 × 30 metros. A edificação A tem quatro pavimentos medindo 16 por
18,75metros. A segunda possui os dois primeiros pavimentos medindo 16 por 18,75 metros e
mais quatro pavimentos centralizados geometricamente em planta circular medindo 150
metros quadrados de área cada um.
Considerando a taxa de ocupação como a relação entre a área de projeção da edificação e a
área do terreno, e coeficiente de aproveitamento como a relação entre a área edificada e a
área do terreno,
(A) a taxa de ocupação é maior no caso B, e o coeficiente de aproveitamento é maior no caso
A.
(B) a taxa de ocupação em ambos os casos é a mesma, porém o coeficiente de aproveitamento
é maior no caso B.
(C) o coeficiente de aproveitamento em ambos os casos é o mesmo, porém a taxa de ocupação
é maior no caso B.
(D) o coeficiente de aproveitamento é maior no caso B, e a taxa de ocupação é maior no caso
A.
(E) o coeficiente de aproveitamento e a taxa de ocupação em ambos os casos são os mesmos.

(FGV – TJ /BA - 2014)


Considerando-se que a morfologia urbana se inscreve nas áreas do urbanismo, da arquitetura
e do desenho urbano, analise as afirmativas abaixo:
I. Um estudo morfológico se ocupa do processo de urbanização, ou seja, do conjunto de
fenômenos sociais, econômicos, motores da urbanização, que convergem como objeto de
estudo.
II. A morfologia urbana é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes físicas exteriores
ou elementos morfológicos, e na sua produção e transformação no tempo.
III. Um estudo de morfologia urbana deve abranger a divisão do meio urbano em elementos
morfológicos, desarticulados entre si e com o conjunto que definem.
Está correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente II;
(C) somente III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 168


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – ALBA/BA - 2014)


No âmbito dos instrumentos da política urbana, lei municipal específica, baseada no Plano
Diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações urbanas consorciadas.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. A operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas especificamente
coordenadas entre o Poder Público Municipal e os investidores privados, com vistas à
valorização ambiental.
II. A modificação de características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, é
medida prevista nas operações urbanas consorciadas, desde que não alterem as normas
edilícias.
III. O programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela
operação deverá constar, obrigatoriamente, do plano de operação urbana consorciada.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Em conformidade com a Lei n 10.257/01, que estabelece diretrizes gerais da política urbana,
o Plano Diretor é obrigatório para cidades
(A) com mais de 10 mil habitantes.
(B) componentes de regiões rurais e aglomerações urbanas.
(C) inserida na área de influência de empreendimentos comerciais.
(D) integrantes de áreas metropolitanas, sem interesse turístico.
(E) insertadas na área de atuação de atividades com significativo impacto ambiental.

(FGV – CÂMARA MUNICIPAL - RECIFE - 2014)


No âmbito da Lei n. 10.257/01 (Estatuto da Cidade), a política urbana tem por objetivo ordenar
o plano de desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Assinale
a alternativa que indica as diretrizes gerais dessa política.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 169


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(A) A garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer.
(B) A ordenação e o controle do uso do solo, de modo a incentivar a proximidade de usos
incompatíveis ou inconvenientes.
(C) A cooperação entre os governos, com exclusão da iniciativa privada no processo de
urbanização, por se tratar de questão de interesse social.
(D) A distinção e não complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista
o desenvolvimento socioeconômico do município e do território sob sua área de influência.
(E) A gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas da comunidade na formulação dos planos de desenvolvimento urbano,
cabendo exclusivamente ao governo a execução destes planos.

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


A tabela abaixo apresenta conceitos de uso e ocupação do solo:

A correta correlação dos itens da coluna da esquerda com sua respectiva descrição na coluna
da direita ocorre em:
(A) 1a; 2d; 3b; 4c
(B) 1d; 2a; 3b; 4c
(C) 1b; 2a; 3d; 4c
(D) 1d; 2b; 3a; 4c
(E) 1b; 2d; 3a; 4c

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


O Plano Diretor Municipal deverá englobar o

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 170


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(A) perímetro urbano e de expansão urbana.


(B) perímetro urbano.
(C) território do município como um todo.
(D) perímetro urbano, de expansão urbana e as áreas urbanas isoladas.
(E) perímetro urbano, de expansão urbana, as áreas urbanas isoladas e as áreas rurais com
usos urbanos.

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


A teoria do desenvolvimento urbano sustentável recente baseia-se, dentre outras coisas, em
alguns preceitos de desenho urbano, como a associação dos fatores:
(A) cidade densa e compacta, usos diversificados e transporte coletivo.
(B) cidade de baixa densidade, usos monofuncionais e autosuficientes e transporte coletivo.
(C) cidade de baixa densidade, usos diversificados e transporte individual de baixo consumo e
pouca emissão de poluentes.
(D) cidade densa, usos monofuncionais especializados e transporte alternativo.
(E) cidade de baixa densidade, usos monofuncionais especializados e transporte coletivo de
alta capacidade.

(FCC – METRÔ - SP – 2008)


Uma importante diferença entre os temas que compõem o universo de questões da teoria
cultural do movimento moderno em relação ao pós-moderno, é que o movimento moderno
(A) não reconheceu as questões do corpo e lugar, devido ao seu foco no coletivo em
detrimento ao individual.
(B) expressou-se numa linguagem única e personalizada, celebrando a máquina como foco da
individualidade.
(C) celebrou o corpo e o lugar como principais temas para expressão da linguagem
individualizada.
(D) reconheceu e valorizou as questões do corpo e lugar como expressão do indivíduo, em
relação à cidade formal.
(E) buscou o concreto armado como expressão de uma linguagem individualista e
materializada do corpo.

(FCC – METRÔ - SP – 2008)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 171


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Conforme estabelecido no Estatuto da Cidade, o proprietário que não cumprir a notificação


do Poder Executivo para parcelar, edificar ou utilizar o seu imóvel, em atendimento ao
disposto no Plano Diretor e em Lei específica, estará passível, inicialmente, de
(A) aplicação do direito de preempção.
(B) regularização fundiária.
(C) desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública.
(D) aplicação de IPTU progressivo no tempo.
(E) aplicação da concessão de direito real de uso.

(DPE – RS – 2017)
Nos projetos sustentáveis as demandas em termos de instalações, superfície, conforto,
destinação a um tipo de uso e atividades que serão desenvolvidas, possibilitarão ou não a
preservação de recursos e a redução dos desconfortos ambientais ou a promoção da vida
coletiva. Sob esse ponto de vista, considere:
I. A diversidade funcional, na escala do edifício ou do bairro, representa a principal diretriz
para o desenvolvimento sustentável da cidade.
II. Diferentes funções em um mesmo bairro, como espaços de convívio, trabalho, lazer,
comércio, ensino e formação, segregam espacialmente as populações menos favorecidas,
reforçando as ilhas de exclusão social.
III. Minimizar os deslocamentos, reduzindo de forma considerável as emissões de gases de
efeito estufa, implica numa melhora significativa da qualidade de vida dos cidadãos.
IV. Um edifício, ou um empreendimento imobiliário, pode criar ou melhorar a diversidade
funcional ou, até mesmo, integrar em seu próprio programa os usos múltiplos, melhorando a
qualidade de vida dos usuários.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) I, II, III e IV.
(C) II e III, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) IV, apenas

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


O Estatuto da Cidade determina que o Plano Diretor é obrigatório para os municípios que:
I. têm mais de 25 mil habitantes.
II. fazem parte de regiões litorâneas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 172


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

III. são turísticos.


IV. já têm plano diretor há mais de 5 anos.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I.
(B) II.
(C) II e IV.
(D) III.
(E) IV.

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


De acordo com o Estatuto da Cidade, o usucapião especial de imóvel urbano é instrumento da
política urbana. Em relação a esse instituto jurídico e político, considere:
I. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até trezentos metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
II. A posse de um antecessor não é transmissível a herdeiros, legítimo ou não, ainda que resida
no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
III. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por
população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
IV. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado
é o sumário.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I.
(B) I e II.
(C) II e IV.
(D) III.
(E) III e IV.

(FCC – METRÔ - SP – 2014)


De acordo com o Estatuto da Cidade, o direito de superfície é instrumento da política urbana.
Em relação a esse instituto jurídico e político, considere:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 173


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo


relativo ao terreno, atendida a legislação urbanística.
II. O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros.
III. A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
IV. O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a
propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação
efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície,
salvo disposição em contrário do contrato respectivo.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I e II.
(B) I, III e IV.
(C) I e IV.
(D) II.
(E) III e IV.

(FCC – MPU – 2007)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 174


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A Lei n 6.766/79, em seu Art. 2 do Capítulo I – das Disposições Preliminares, define as maneiras
como poderá ser feito o parcelamento do solo urbano. Uma destas modalidades de
parcelamento refere-se à “subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias
e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes”.
A qual tipo de subdivisão se refere a descrição apresentada anteriormente?
A) Desdobro.
B) Loteamento.
C) Remembramento.
D) Desmembramento.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A Lei n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, “dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá
outras Providências”. É um importante marco na legislação urbanística brasileira. Seu Artigo 4
(Capítulo II – dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento) estabelece os requisitos mínimos
que os loteamentos deverão atender. Considerando os requisitos mínimos para loteamento,
definidos pela Lei n 6.766/79, assinale a afirmativa correta.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 175


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

A) Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e
ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de trinta metros de cada lado,
salvo maiores exigências da legislação específica.
B) As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas, e harmonizar-se com a topografia local; os equipamentos públicos de educação,
cultura, saúde, lazer e similares são considerados comunitários.
C) Os lotes terão área mínima de 250 m² e frente mínima de dez metros, salvo quando o
loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes.
D) As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e
comunitário, bem como a espaços livres de uso público deverão integrar um mínimo de 60%
da densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a
zona em que se situem.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


“A Secretaria Nacional de Habitação, junto ao Ministério das Cidades, sintetiza como objetivos
das ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social: ‘estabelecer condições urbanísticas especiais
para a urbanização e regularização fundiária dos assentamentos precários’; ‘ampliar a oferta
de terra para produção de Habitação de Interesse Social (HIS)’; e ‘estimular e garantir a
participação da população em todas as etapas de implementação’.”
(Presidência da República/Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação, 2009, p. 17.)

Considerando a definição legal das ZEIS, conforme a Secretaria Nacional de Habitação, junto
ao Ministério das Cidades (2009), é correto afirmar que:
A) As ZEIS devem ser criadas por lei, seja o Plano Diretor ou outra lei municipal, e são zonas
urbanas destinadas ao incremento do uso industrial dentro do perímetro urbano do município
que devem possuir, portanto, infraestrutura e serviços urbanos previamente implantados e
consolidados.
B) Como as ZEIS se destinam predominantemente à moradia de população de baixa renda, sua
legislação se aplica exclusivamente às áreas previamente ocupadas por assentamentos
populares e deve restringir a articulação entre os instrumentos de indução do
desenvolvimento urbano, de modo a evitar o estímulo à especulação imobiliária nestas áreas.
C) As regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo, específicas às ZEIS, devem
viabilizar a regularização fundiária dos assentamentos precários existentes e consolidáveis,
assim como facilitar a produção de moradias de interesse social, mediante padrões
urbanísticos e edilícios mais populares, sempre com a garantia de condições de moradia digna.
D) As regras referentes às ZEIS se aplicam apenas aos terrenos públicos e, portanto, devem ser
criadas por lei de hierarquia inferior às leis que instituem o zoneamento ou disciplina de uso
do solo do município devendo, ainda, garantir o mínimo de interferência sobre as

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 176


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

possibilidades de aproveitamento do solo urbano e o mínimo de impacto sobre as diversas


áreas da cidade.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


Maricato afirma que, considerando-se “o número de favelas e o número de seus moradores
que invadem terra para morar”, há “uma gigantesca invasão de terras urbanas [...] consentida
pelo Estado, nos países não desenvolvidos, mesmo contrariando as leis urbanísticas ou de
proteção ambiental”. Tais invasões são direcionadas pela falta de alternativas, “já que todos
precisam de um lugar para morar e ninguém vive ou se reproduz sem um abrigo”. “Esse
consentimento à ocupação ilegal, não assumido oficialmente”, funciona, portanto, “como uma
válvula de escape para a flexibilização das regras”. Contudo, tanto o consentimento quanto a
flexibilização “se dão apenas em áreas não valorizadas pelo mercado imobiliário”, fato que
permite constatar que “o mercado mais do que a lei – norma jurídica – é que define onde os
pobres podem morar ou invadir terras para morar”, numa “lógica que relaciona mercado e
aplicação da lei” (2010, p. 9). A partir desta crítica, Maricato discute algumas possibilidades de
intervenção urbana em virtude de uma cidade mais justa e igualitária. Tendo em vista algumas
possibilidades de intervenção urbana que buscam uma garantia de cidade justa e igualitária,
assinale a alternativa correta.
A) A limitação do direito de propriedade privada da terra e de imóveis é prejudicial a um
modelo de cidade justa por favorecer as limitações impostas à ampliação da produção de
moradias, tanto pelo Estado, por meio das políticas públicas, quanto pelo mercado privado.
B) No âmbito das intervenções urbanas, a remoção de favelas para áreas distantes do centro
e dos bairros de melhor localização nas cidades foi uma importante conquista social no Brasil,
tendo resultado da adaptação de modelos que tiveram sucesso nos países mais desenvolvidos.
C) Ao contrário do que muitos pensam, a urbanização ou requalificação urbanística e social de
favelas pode constituir uma importante intervenção de recuperação ambiental além de social
já que as favelas estão, na maior parte das vezes, situadas em áreas ambientalmente frágeis.
D) A retenção de terras ociosas urbanizadas e a extensão horizontal das periferias podem ser
uma solução eficaz à diminuição dos custos de urbanização das cidades, por garantir um
estoque de terras vazias que aguardam valorização para que possam atender às necessidades
sociais.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


Considere um lote de 25,00 m de frente por 50,00 m de profundidade, localizado numa zona
urbana sobre a qual incidem uma taxa de ocupação de 25% e um coeficiente de
aproveitamento igual a 2. Tendo-se em vista estes dois parâmetros, calcule a área máxima que
poderá ser construída neste lote e assinale a alternativa correta.
A) 625,00 m², distribuídos entre 4 pavimentos de 156,25 m² cada.
B) 312,50 m², distribuídos entre 2 pavimentos de 156,25 m² cada.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 177


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

C) 1.250,00 m², distribuídos entre 4 pavimentos de 312,50 m² cada.


D) 2.500,00 m², distribuídos entre 8 pavimentos de 312,50 m² cada.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


O Artigo 2 do Estatuto da Cidade (Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001) estabelece que “a
política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana”, mediante determinadas diretrizes gerais (Barros, Carvalho
e Montandon, 2010, p. 92). Considerando estas diretrizes gerais de ordenamento do
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana previstas no segundo
Artigo do Estatuto da Cidade, assinale a afirmativa correta.
A) Centralização dos benefícios e distribuição homogênea dos ônus decorrentes do processo
de urbanização.
B) Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no
processo de urbanização, em atendimento ao interesse social.
C) Ordenação e controle do uso do solo, de forma a garantir a integração e proximidade
espacial entre usos incompatíveis ou inconvenientes.
D) Segregação entre as atividades urbanas e rurais, para melhor garantir o desenvolvimento
socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência.

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


A organização do território municipal se dará através da definição dos seguintes aspectos:
I. Perímetro urbano.
II. Parcelamento, ocupação e uso do solo.
III. Diretrizes orçamentárias.
IV. Diretrizes básicas de sistema viário.
V. Diretrizes de adensamento.
VI. Distribuição de áreas de preservação do patrimônio cultural.
Estão corretas as alternativas
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, II, IV e V, apenas.
C) II, III, IV e VI, apenas.
D) I, II, III, IV e V, apenas.

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 178


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

São diretrizes para a Política Urbana:


I. Planejar o desenvolvimento urbano da cidade, a distribuição espacial da população e as
atividades econômicas do município de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento
urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.
II. Ofertar equipamentos urbanos e comunitários adequados aos interesses e necessidades da
população.
III. Implementar o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao
transporte, serviços públicos, trabalho e lazer.
IV. Proporcionar a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e
ocupação do solo, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais.
V. Ordenar e controlar o uso e a ocupação do solo urbano, de forma a combater e evitar a
deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos entre usos e a função das vias que lhes dão
acesso.
VI. Adotar padrões de produção e consumo de bens e serviços compatíveis com os limites da
sustentabilidade ambiental, social e econômica do município.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, III e V, apenas.
C) II, IV e VI, apenas.
D) I, II, III e IV, apenas.

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito
de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o
referido imóvel for considerado necessário para fins de:
I. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários.
II. Preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,
paisagístico, social ou cultural.
III. Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social.
IV. Servir e atender a programas de mobilização social referentes a adensamento urbano.
Estão corretas as alternativas
A) I, II, III e IV.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 179


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

B) I, II e III, apenas.
C) I, III e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


Analise as afirmativas a seguir, marque V para as e F para as falsas.
( ) O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de
registro de imóveis.
( ) O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo
relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação
urbanística.
( ) Extingue-se o direito de superfície pelo advento do termo e pelo descumprimento das
obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
( ) Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem
como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização,
se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
( ) Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der
ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
A sequência está correta em
A) V, V, V, V, V.
B) V, V, F, V, F.
C) V, F, V, F, V.
D) F, V, V, V, F.

(Consulplan – P.M. Sabará/MG - 2017)


São exemplos de equipamento público, EXCETO:
A) Equipamento urbano sinalizador e telefone público.
B) Equipamento urbano destinado ao serviço de coleta de águas pluviais.
C) Equipamento urbano destinado ao serviço de abastecimento de água e serviço de esgoto.
D) Equipamento urbano destinado ao serviço de abastecimento de energia elétrica, rede
telefônica e gás canalizado.

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 180


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

“Tem como objetivo promover a inserção do tema acessibilidade urbana nos projetos
governamentais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, por meio da instituição de
uma política nacional e conta com seis áreas de atuação: apoio à elaboração de planos
diretores, regularização fundiária, reabilitação de áreas centrais, prevenção e contenção de
riscos associados a assentamentos precários, acessibilidade e conflitos fundiários urbanos.”
Trata-se da:
A) DEAP.
B) SPOAR.
C) SEMOB.
D) SNAPU.

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“Apoia os municípios na execução da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, com base
em princípios que estimulam processos participativos de gestão territorial e ampliam o acesso
à terra urbanizada e regularizada, beneficiando grupos sociais tradicionalmente excluídos.”
Trata-se de:
A) EBDR.
B) CNDU.
C) ConCidades.
D) Estatuto das Cidades.

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


Sobre as competências da Secretaria Nacional de Habitação, analise as afirmativas.
I. Acompanhar, avaliar, formular e propor instrumentos para a implementação da Política
Nacional de Habitação.
II. Desenvolver e coordenar ações que incluam apoio técnico aos entes federados e aos setores
produtivos.
III. Promover mecanismos de participação e controle social nos programas habitacionais.
IV. Coordenar e apoiar as atividades referentes à área de habitação no Conselho das Cidades.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 181


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


“A demarcação _______________ é o procedimento administrativo pelo qual o poder público
demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e
confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo
das respectivas posses. O instrumento é aplicado exclusivamente na regularização fundiária
de interesse _______________ e é voltado para intervenção em áreas consolidadas, ocupadas
por população de baixa renda, onde não haja oposição do proprietário do imóvel.” Assinale a
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
A) limítrofe / privado
B) urbanística / social
C) territorial / público
D) revogada / socioeconômico

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


A política de desenvolvimento urbano será executada de acordo com as diretrizes gerais
fixadas nas legislações federal e estadual e terá por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes e será consubstanciada
através do Plano de Desenvolvimento Urbano, programa municipal de investimento e dos
programas e projetos setoriais de duração anual e plurianual, relacionados com cronogramas
físico-financeiros de implantação. Na formulação da política de desenvolvimento urbano serão
assegurados:
I. Plano de uso e ocupação do solo que garanta o controle da expansão urbana, dos vazios
urbanos e da especulação imobiliária, a preservação das áreas de exploração agrícola e
pecuária, além da preservação e recuperação do ambiente cultural e natural.
II. Plano e programa específico de saneamento básico.
III. Organização territorial das vilas e povoados.
IV. Participação ativa das entidades comunitárias no estudo e no encaminhamento dos planos,
programas e projetos e na solução dos problemas que lhes sejam concernentes.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III, apenas.

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 182


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

“Instrumento dos governos municipais voltado à definição do padrão de desenvolvimento da


ocupação urbana do seu território; é através dele que são identificadas e analisadas suas
características físicas, suas atividades predominantes e suas vocações, bem como as situações
problematizadas e potencialidades para que, em conjunto com a sociedade organizada, se
determine a forma de crescimento a ser promovida, seus instrumentos de implementação e
os objetivos a serem alcançados.” Trata-se de:
A) CCIH.
B) PDM.
C) EDBR.
D) CNDU.

(Consulplan – P.M. Venda Nova do Imigrante/ES - 2016)


São competências do Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano – CNDU:
I. Propor diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano.
II. Acompanhar e avaliar a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano,
em especial as políticas de habitação, de saneamento básico e de transportes urbanos, e
recomendar as providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos.
III. Propor a edição de normas gerais de direito urbanístico e manifestar-se sobre propostas de
alteração da legislação pertinente ao desenvolvimento urbano.
IV. Emitir orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei n 10.257, de 10 de julho de
2001, e dos demais atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano.
V. Promover a cooperação entre os governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e a sociedade civil na formulação e execução da Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano.
VI. Elaborar o regimento interno.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) II, III e IV, apenas.
C) II, IV e VI, apenas.
D) I, III, IV e V, apenas.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Segundo suas características de configuração as malhas podem ser classificadas em diversas
formas. Sobre malha urbana, analise as afirmativas a seguir.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 183


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. Malha linear pode geralmente ser aplicada a pequenas glebas, podendo apresentar-se como
linear aberta, fechada, semifechada, fechada com praça central e linear em alça.
II. Malha reticulada é formada por feixes paralelos de vias e que ocupam uma área maior
caracterizada como ortogonal, semiortogonal, irregular e ortogonal segmentada.
III. Um outro tipo de malha que difere do traço linear e ortogonal é o que pode configurar-se
como radial, semicircular, unidade de vizinhança e labirinto.
IV. Unidade de vizinhança e labirinto trazem propostas diferentes, enfatizando a constituição
de lugares na cidade, onde seus significados são traduzidos na particularidade de seus
elementos.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


O plano diretor é obrigatório para cidades:
I. Com mais de cinquenta mil habitantes.
II. Integrantes de macro e mezozonas metropolitanas e aglomerações de grande influência e
organização urbanas.
III. Onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no parágrafo 4
do Art. 182 da Constituição Federal.
IV. Integrantes de áreas de especial interesse turístico.
V. Inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
VI. Incluídas no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, II, III e IV, apenas.
C) I, II, IV e V, apenas.
D) II, IV, V e VI, apenas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 184


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

E) III, IV, V e VI, apenas.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Analise as afirmativas a seguir.
I. Coeficiente de aproveitamento é o índice estabelecido para a macrozona, entendido como
o maior índice de construção permitido sobre o lote, sem considerar a possibilidade de
recepção de potencial construtivo de outro imóvel ou, a aplicação do instrumento da Outorga
Onerosa do Direito de Construir.
II. Coeficiente de aproveitamento básico é o índice calculado pela relação entre a área da
edificação e a área do lote ou gleba. Os valores estabelecidos em lei em cada macrozona para
coeficientes de aproveitamento básico, máximo e mínimo determinam o intervalo em que a
Lei Municipal de Uso do Solo poderá variar ao regulamentar o uso e a ocupação em cada zona.
III. Coeficiente de aproveitamento máximo é aquele estabelecido para a macrozona,
entendido como o maior índice de construção permitido sobre o lote, já considerados os
acréscimos resultantes da recepção de potencial construtivo de outro imóvel ou, a aplicação
do instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir.
IV. Coeficiente de aproveitamento mínimo é aquele estabelecido para a macrozona, entendido
como o menor índice de construção admitido sobre o lote, inferior ao qual estará sujeito a
aplicação de dispositivos de indução à ocupação.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Conforme o plano diretor as redes de saneamento básico, galerias de águas pluviais, redes de
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, redes telefônicas, pavimentação e
similares são equipamentos:
A) Coletivos de uso público.
B) Urbanísticos e primordiais.
C) Estruturais da coletividade.
D) Urbanos públicos de infraestrutura.
E) Urbanos privados de estruturação físico-territorial.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 185


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“De acordo com alguns autores, a primeira medida a ser tomada para o traçado urbano deve
começar pela concepção de avenidas, ruas e caminhos para pedestres, com intuito de tornar
acessíveis as diferentes partes do espaço a serem organizadas. Avenidas, ruas ou caminhos
deverão ter seu desenho a partir das condicionantes da topografia do local, das características
dos usuários e das funções que as vias assumirão dentro do contexto urbano. O projeto
adequado do traçado ______________ é um dos fatores essenciais para o desempenho do
__________________ do solo urbano. Para isto deve-se buscar o máximo conhecimento das
características da área a ser parcelada e do local onde estará inserida a nova
________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a
afirmativa anterior.
A) viário / uso / cidade
B) urbano / parcelamento / urbanização
C) linear / aproveitamento / aglomeração
D) retilíneo / desdobramento / edificação
E) reticulado / desenvolvimento / comunidade

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Para alguns autores o planejamento de forma integrada de loteamentos deverá incorporar a
visão da hidrologia como estrutura integradora, trabalhar com microbacias, controlar as águas
pluviais nas fontes, utilizar métodos rudimentares não estruturais e criar uma paisagem
multifuncional. A metodologia estabelece etapas distintas para o procedimento desse
planejamento. De acordo com o exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.
( ) Identificar regulamentações de zoneamento, uso do solo e outras aplicáveis.
( ) Definir condições de desenvolvimento e áreas protegidas.
( ) Proibir limites de movimentação de terra.
( ) Modificar as características naturais para depois utilizá-las.
( ) Utilizar a drenagem e a hidrologia como elemento de projeto.
( ) Garantir a impermeabilidade.
( ) Desenvolver planejamento integrado preliminar.
( ) Minimizar as áreas impermeáveis diretamente conectadas.
( ) Aumentar o caminho de fluxo da água.
( ) Desmembrar hidrologia do pré e pós-desenvolvimento.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 186


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

( ) Desenvolver um procedimento interativo de projeto.


A sequência está correta em:
A) V, F, F, V, V, V, V, F, F, V, F.
B) V, V, F, F, V, F, V, V, V, F, V.
C) F, V, V, V, V, F, V, F, V, V, F.
D) F, F, V, F, F, V, F, V, V, F, V.
E) V, F, F, F, V, F, F, V, F, V, F.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Correlacione adequadamente as leis e suas atribuições a seguir.
I. Código de posturas.
II. Lei do perímetro urbano.
III. Código de edificações.
IV. Lei do sistema viário.
V. Lei de uso e ocupação do solo.
VI. Legislação sobre patrimônio cultural.
VII. Plano diretor municipal.
VIII. Lei de parcelamento do solo urbano.
1. Define os requisitos urbanísticos e procedimentos relacionados com os loteamentos,
desmembramentos e remembramentos de lotes urbanos.
2. Estabelece critérios para usos diversos dos espaços urbanos e estabelece normas para
convivência urbana de forma harmônica.
3. Estabelece normas a serem seguidas nas construções urbanas.
4. Aborda as questões ligadas à preservação do patrimônio material e imaterial de uma cidade.
5. Estabelece as diretrizes e as proposições de desenvolvimento municipal.
6. Delimita as áreas urbanas e de expansão urbana do município.
7. Hierarquiza e dimensiona as vias públicas, bem como a sua definição para novos
parcelamentos.
8. Estabelece os usos permitidos para as diversas zonas e coeficientes para utilização de áreas,
entre outros critérios.
A sequência está correta em:
A) I – 1 / II – 2 / III – 3 / IV – 4 / V – 5 / VI – 6 / VII – 7 / VIII – 8.
B) I – 3 / II – 4 / III – 5 / IV – 1 / V – 2 / VI – 6 / VII – 8 / VIII – 7.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 187


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

C) I – 2 / II – 6 / III – 3 / IV – 7 / V – 8 / VI – 4 / VII – 5 / VIII – 1.


D) I – 2 / II – 5 / III – 7 / IV – 1 / V – 8 / VI – 4 / VII – 3 / VIII – 6.
E) I – 8 / II – 6 / III – 2 / IV – 7 / V – 4 / VI – 5 / VII – 3 / VIII – 1.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“Para todos os efeitos, esta Lei estabelece normas de ordem pública e interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar
dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.” Trata-se de:
A) Estatuto da cidade.
B) Lei de ordenamento público.
C) Lei de uso e ocupação do solo.
D) Parcelamento do solo urbano.
E) Diretrizes e bases de conforto ambiental.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. De acordo com o Estatuto da
Cidade são competências da União, entre outras atribuições de interesse da política urbana:
( ) Legislar sobre normas gerais de direito urbanístico.
( ) Legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional.
( ) Promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, programas de reconstrução de moradias e melhoria das condições habitacionais,
de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais
espaços de uso público ou privado.
( ) Instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico,
transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso
público.
( ) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.
A sequência está correta em
A) V, V, F, V, V.
B) V, F, V, F, V.
C) F, V, F, V, F.
D) F, F, V, F, V.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 188


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

E) V, F, F, V, F.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


A legislação urbanística de caráter físico-territorial é definida pelo plano diretor municipal, a
partir das diretrizes definidas no processo de planejamento participativo. Além dele a
legislação físico-territorial consta do zoneamento urbano que contém diversos critérios para
a organização espacial da cidade, estabelecidas nas seguintes leis:
I. Lei de uso e ocupação do solo.
II. Lei do perímetro urbano.
III. Lei de parcelamento do solo urbano.
IV. Lei do sistema viário.
V. Código de edificações.
VI. Código de posturas municipais.
VII. Legislação sobre patrimônio cultural.
VIII. Legislação complementar sobre meio ambiente, federal, estadual e municipal.
Estão corretas as alternativas:
A) I, III, IV, V e VII, apenas.
B) II, III, V, VI e VII, apenas.
C) I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII.
D) II, III, V, VII e VIII, apenas.
E) I, II, III, IV, V e VIII, apenas.

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Segundo Arruda (1997), a determinados profissionais caberá a tarefa de atuar observando a
legislação, organizando o espaço urbano de acordo com o potencial da área, às necessidades
da sociedade naquele momento, às implicações ambientais e às imposições do uso do solo.
De acordo com a constituição Federal de 1988, Art. 30, número VIII, as atribuições legais de
ordenamento do território por meio do planejamento e controle do uso, ocupação e
parcelamento do solo pertencem aos:
A) Estados.
B) Municípios.
C) Ministros das cidades.
D) Secretários de planejamento.
E) Governadores, deputados e prefeitos.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 189


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


“As transformações estruturais da sociedade, ocorridas durante os anos 1945 e 1980, possuem
uma intrínseca ligação com o crescimento das _______________ contemporâneas e esse
processo deu-se em virtude da implementação e do desenvolvimento de projetos técnico-
científicos, que conduziram ao aumento das taxas de _______________ em face da
_______________ dos grandes centros urbanos.” Assinale a alternativa que completa correta
e sequencialmente a afirmativa anterior.
A) ideias / arrecadação / urbanização
B) populações / natalidade / melhoria
C) cidades / urbanização / industrialização
D) coletividades / incremento / organização
E) aglomerações / emolumentos / valorização

(Consulplan – P.M. Cascavel/PR - 2016)


Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Guarda-corpo é a barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais
abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo
como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.
( ) Rota de saída é o caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros
dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um
incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido
do incêndio, em comunicação com o logradouro.
( ) As portas das rotas de saída devem abrir no sentido contrário ao trânsito de saída, deixando
todo o vão livre no caso de emergências.
( ) Imóvel urbano não edificado é o imóvel cujo coeficiente de aproveitamento é igual a zero,
desde que seja juridicamente possível a edificação, pelo menos para uso habitacional.
( ) Mobiliário urbano são elementos aparentes no espaço urbano, tais como: painéis, cartazes,
elementos de sinalização urbana, elementos aparentes da infraestrutura urbana, cabinas
telefônicas, caixas de correio, lixeiras, abrigos de pontos de ônibus, bancos, bancas de revista,
entre outros.
( ) Área edificável é a área obtida a partir da área total do imóvel contida na matrícula incluindo
a área de servidão, faixas de drenagem, áreas de preservação permanente, áreas de reservas
florestais e áreas de vias.
A sequência está correta em:
A) V, F, V, F, V, F.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 190


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

B) V, V, F, V, V, F.
C) F, V, F, V, F, V.
D) V, F, V, F, F, V.
E) V, F, F, V, V, V.

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


Uma nova percepção da cidade vem sendo construída a partir do desejo coletivo de que ela
seja socialmente integrada: “a cidade de todos”.
Nesse contexto, surge o Princípio da Contiguidade, que:
(A) prioriza a construção de edifícios altos;
(B) valoriza o investimento na produção das superestruturas;
(C) preserva os volumes e usos predominantes;
(D) objetiva uma renovação imediata e acelerada;
(E) estimula a construção de estruturas com novos volumes modais.

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


Em antítese à designação de “Urbanismo Moderno”, surgiu uma nova maneira de pensar a
arquitetura e o urbanismo, rotulada de “Novo Urbanismo”, que apresenta como característica
a:
(A) separação por níveis entre os pedestres e os automóveis;
(B) livre disposição de torres e blocos segundo planos de massa abstratos; (C) hierarquização
do tráfego;
(D) recusa das relações primárias entre a forma e a função;
(E) separação funcional dos programas e o zoneamento da cidade.

(FGV – ALERJ/RJ - 2016)


No âmbito da morfologia urbana, o lote-parcela fundiária é um elemento morfológico do
espaço urbano considerado como:
(A) princípio complementar da relação edifício/terreno;
(B) gênese do edificado;
(C) meio não condicionante da forma do edifício;
(D) porção cadastral especificamente;
(E) domínio do espaço público.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 191


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Uma área urbana com mais de 250 m2 foi ocupada para moradia, durante cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, por população de baixa renda. Com base na Lei no
10.257/2001, que estabelece a usucapião especial de imóvel urbano, analise as afirmativas a
seguir.
I. Se nessa área não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, ela é
susceptível de ser usucapida coletivamente.
II. O possuidor dessa área, para o fim de contar o prazo exigido, pode acrescentar sua posse à
de seu antecessor contanto que ambas sejam contínuas.
III. O condomínio especial constituído nessa área é indivisível, não sendo possível de extinção
em qualquer hipótese.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Com relação aos elementos morfológicos do espaço urbano, assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) A tipologia edificada determina a forma urbana, mas a forma urbana não é condicionadora
da tipologia dos edifícios.
( ) O traçado / rua regula a disposição dos quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade,
e confunde-se com o gesto criador.
( ) A praça distingue-se de outros espaços que resultaram de alargamento acidental ou da
confluência de traçados, pela organização espacial e intencionalidade de desenho.
As afirmativas são, respectivamente:
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 192


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


O surgimento do subúrbio, no século XIX, gerou a proliferação e extensão do solo construído,
implicando em modificação dos modelos espaciais e urbanísticos.
Consequentemente isso fez com que
(A) a rua deixasse de ser mero percurso, apreendendo outras funções específicas.
(B) a praça passasse a ser um espaço reservado à vida social.
(C) o quarteirão fosse valorizado como elemento estruturante do espaço urbano.
(D) a casa unifamiliar se revelasse como força constituinte do verdadeiro espaço urbano.
(E) a caracterização do espaço coletivo fosse substituída pela qualificação do espaço privado.

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


A lei denominada Estatuto da Cidade regula o uso da propriedade urbana em benefício da
coletividade e estabelece a obrigatoriedade de um plano diretor.
A esse respeito analise as afirmativas a seguir:
I. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas.
II. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades integrantes de áreas de especial interesse
turístico.
III. O Plano Diretor é obrigatório para as cidades incluídas no cadastro nacional de Municípios
com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto.
Assinale:
(A) se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


As opções a seguir listam itens da infraestrutura básica para os parcelamentos, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) Vias de circulação.
(B) Abastecimento de água potável.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 193


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(C) Iluminação pública.


(D) Escoamento das águas pluviais.
(E) Energia elétrica domiciliar.

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


O planejamento urbano procura estabelecer diretrizes que visam a orientar a ocupação do
solo urbano e a ordenar os vetores de crescimento de uma cidade.
A atividade que causa alteração para a vizinhança devido ao aumento da necessidade de
infraestrutura, é enquadrada como
(A) tolerável.
(B) incômoda.
(C) de impacto.
(D) nociva.
(E) perturbadora.

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)


A fim de evitar a especulação imobiliária, o plano diretor prevê alguns instrumentos que visam
à preservação e à renovação urbana.
A respeito desses instrumentos, analise as afirmativas a seguir:
I. A outorga onerosa do direito de construir permite ao proprietário, mediante contrapartida,
o direito de construir acima do coeficiente básico de aproveitamento adotado.
II. O parcelamento de edificação é o direito dado ao Poder Público para adquirir certos imóveis
para execução de programas e projetos habitacionais de interesses sociais.
III. O direito de preempção é dado ao proprietário de imóvel urbano, privado ou público, de
exercer em outro local, o potencial construtivo previsto.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 194


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Uma localidade residencial de 10.000 m2 possui uma densidade líquida de 500 habitantes para
cada 1.000 m2. Sabe-se que 40% da área estão destinados a áreas públicas.
O número de habitantes da localidade é igual a
(A) 1000.
(B) 1500.
(C) 2000.
(D) 2500.
(E) 3000.

(FGV – DOCAS/SP – 2010)


Segundo a Lei 6766/1979, a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes,
denomina-se
(A) parcelamento.
(B) grupamento.
(C) loteamento.
(D) desmembramento.
(E) desdobro.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito da prática de projetos urbanos e sua oposição ao urbanismo normativo do pós-
guerra, Yannis Tsiomis (2003) sublinha que, para muitos autores, trata-se de uma noção
“difusa”. Lembra, por exemplo, que os consagrados autores Françoise Choay e Pierre Merlin,
nos estudos sobre a cidade, sentenciam que o “urbanismo é uma ação” e não uma ciência.
Nesse sentido, o projeto urbano atualmente caracteriza-se como polissêmico e flutuante,
conforme as condições em que são formulados os projetos e suas implantações, entre si,
flutuantes e diferenciadas, cujos questionamentos destacam seus elementos dominantes.
Desse enunciado, analise o que se pode afirmar sobre as dominantes do projeto urbano: I. O
projeto urbano é um “desenho” submetido a um programa preestabelecido. II. Admite-se que
o projeto urbano contrapõe-se a um projeto de embelezamento que se disfarça em
estratégias, ou ao contrário, de articulação das funções da cidade. III. O projeto urbano
também considera a questão das diferentes lógicas dos atores implicados, tornando-se, então,
o “lugar” em que essas lógicas se articulam, o lugar da negociação.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa II estiver correta.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 195


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(B) se somente a afirmativa I estiver correta.


(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito da cultura das novas gestões urbanas, a arquiteta e urbanista Otília Arantes
desenvolve argumentações sobre as relações entre os diversos agentes e gestores da cidade
e o processo de gentrificação nas áreas urbanas. Sobre esse processo, de acordo com as
argumentações desenvolvidas pela autora, assinale a afirmativa correta.
(A) O processo de inclusão social promovido pelos gestores urbanos em parceria com a
iniciativa privada é denominado de gentrificação. A gentrificação das cidades pode ser
considerada, segundo a autora, como a apoteose do Planejamento Estratégico.
(B) A gentrificação é uma intervenção em espaços públicos, com auxílio governamental, que
provoca a sua melhoria e consequente valorização imobiliária, a partir da inclusão de
moradores tradicionais, que geralmente pertencem às classes sociais menos favorecidas, dos
espaços urbanos. A gentrificação das cidades pode ser considerada, segundo a autora, como
um aspecto positivo das novas gestões urbanas.
(C) O resultado natural da remoção dos grupos sociais menos favorecidos das áreas centrais,
intensificado pela industrialização e oferta de trabalho nas periferias urbanas, é chamado de
gentrificação. Em defesa da preservação ou difusão da cultura citadina, a autora faz severas
críticas a esse processo.
(D) A gentrificação é o processo de remoção dos grupos sociais hegemônicos numa
determinada localização urbana, em função das disponibilidades de novas habitações em
áreas da periferia da cidade. Segundo a autora, esse processo é um aspecto negativo das novas
gestões urbanas.
(E) A gentrificação pode ser entendida como uma intervenção em espaços urbanos (com ou
sem auxílio governamental), que provoca sua melhoria e consequente valorização imobiliária,
acarretando a retirada de moradores tradicionais, que geralmente pertencem às classes
sociais menos favorecidas, dos espaços urbanos. A gentrificação das cidades pode ser
considerada, segundo a autora, como a apoteose do Planejamento Estratégico.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O Estatuto da Cidade tornou obrigatória a elaboração de planos diretores para a maioria das
cidades brasileiras, bem como a adequação dos já existentes às suas diretrizes. Na elaboração
ou revisão do Plano Diretor, entram em cena as discussões entre o interesse coletivo e o
interesse individual. Os vários grupos que conformam a sociedade, o Governo, a comunidade
e os empresários da iniciativa privada, devem trabalhar com objetivos comuns sobre o

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 196


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

desenvolvimento urbano sustentável da cidade em questão, visando estabelecer um “pacto”


em que seus interesses devem ser explicitados e negociados para que sempre prevaleça o
coletivo. A gestão participativa deve proporcionar um projeto de cidade que atenda ao
somatório desses interesses e que tenha como objetivo o estabelecimento de uma política
urbana em que a garantia da função social da cidade e da propriedade urbana seja considerada
como fator de consenso. Segundo a Lei Complementar 311/98, que institui o Plano Diretor de
desenvolvimento e expansão urbana do Município de Santos (e suas alterações), no processo
de revisão e implementação desse Plano Diretor e suas Normas Regulamentadoras, os
poderes Executivo e Legislativo municipais deverão garantir
(A) a realização das reuniões em locais públicos.
(B) a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade.
(C) a participação das associações de moradores nas reuniões realizadas entre a equipe técnica
e representantes dos empresários locais.
(D) a divulgação da agenda das reuniões em jornais de grande circulação.
(E) o acesso aos documentos produzidos pelas equipes técnicas mediante solicitação formal.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


Um dos principais desafios do planejamento urbano e meio ambiente nas principais regiões
metropolitanas brasileiras está na busca pela equidade social na área do transporte público
como um dos mecanismos para a diminuição da segregação espacial. Trata-se, no entanto, de
compreender a relação pobreza e mobilidade para traçar estratégias no campo das políticas
públicas que visem, efetivamente, encontrar alternativas que combatam esse tipo de
problema. Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), por exemplo, recentes estudos
reforçam a existência da dispersão espacial da pobreza no território urbano e o baixo índice
de mobilidade dessa população, o que o geógrafo Milton Santos já denominava de “exílio das
periferias”. Em relação a essas questões, é corrente na literatura técnica e científica do
planejamento urbano das últimas décadas afirmar que
I. a pobreza urbana e a segregação socioespacial das periferias metropolitanas, com
localizações predominantemente periféricas e, portanto, alijada da crescente centralidade na
vida cotidiana dos grandes centros urbanos, em que pese a homogeneização dos espaços de
periferia, apresentam-se como elementos que acentuam as restrições de mobilidade urbana
e dispersam o consumo de bens essenciais dos grupos de baixa renda, para além das áreas
urbanas centrais das cidades;
II. a segregação socioespacial está relacionada a múltiplos processos distintos, construídos
mutuamente, conferindo-lhe a noção de separação e isolamento, por um lado, e as
desigualdades de acesso às políticas públicas (transportes, por exemplo) ou de condições de
vida;

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 197


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

III. o setor de transporte articula e induz a inclusão social. É, por natureza, responsável pelos
deslocamentos da população economicamente ativa e abrange, inclusive, a mobilidade dos
moradores de favela, independente das dificuldades de locomoção de grupos familiares e
demais aglomerações urbanas dispersas territorialmente.
Assinale:
(A) se somente o item II estiver correto.
(B) se todos os itens estiverem corretos.
(C) se somente os itens I e II estiverem corretos.
(D) se somente o item I estiver correto.
(E) se somente os itens II e III estiverem corretos.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O uso e a ocupação do solo para fins urbanos na área insular do município de Santos são
regidos pela Lei 312/98 e suas alterações. A disciplina do uso e ocupação do solo, segundo
essa lei, tem entre seus objetivos a melhoria da qualidade ambiental e a adequação das
densidades do assentamento urbano à disponibilidade da infraestrutura e equipamentos
públicos. Para cumprir esses objetivos são definidos na lei índices urbanísticos para cada zona
de uso a serem atendidos pelas novas construções e reformas. Quanto a esses índices, analise
as afirmativas a seguir:
I. A taxa de ocupação máxima do lote é o percentual entre a área de projeção da edificação ou
edificações sobre o plano horizontal e a área do lote onde se pretende edificar, não podendo
ser consideradas as taxas de ocupação por pavimentos.
II. O coeficiente de aproveitamento máximo do lote é representado pelo número de vezes que
sua área pode ser reproduzida em área construída.
III. A área de recuo mínimo que a edificação deve observar em relação aos limites do lote deve
ser considerada no cálculo do coeficiente de aproveitamento máximo do lote. Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente a afirmativa I estiver correta.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


A respeito das considerações teóricas da boa forma da cidade, desenvolvida por Kevin Lynch,
e as cinco dimensões básicas propostas pelo arquiteto, considere as afirmativas abaixo:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 198


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I. Acesso pode ser definido como a capacidade de alcançar outras pessoas, recursos, serviços,
informações ou locais, incluindo a quantidade e a diversidade dos elementos que podem ser
alcançados.
II. Vitalidade é o grau em que a forma do aglomerado populacional suporta as funções vitais,
os requisitos biológicos e as capacidades dos seres humanos. É considerado, pelo autor, um
critério antropocêntrico.
III. Eficiência é o grau em que um aglomerado populacional pode ser compreendido e
mentalmente diferenciado e estruturado no tempo e no espaço pelos seus residentes.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa II estiver correta.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa I estiver correta.

(FGV – DOCAS/SP - 2010)


O Estatuto da Cidade – Lei 10257/2001 – preconiza que a terra urbana tem de cumprir a sua
melhor função em benefício da sociedade. Nele são previstos vários instrumentos da Política
Urbana e, entre estes, aqueles que visam melhorar a distribuição dos benefícios e dos ônus do
processo de urbanização. As operações urbanas consorciadas fazem parte desse grupo.
Definem-se como um conjunto de medidas e intervenções coordenadas pelo poder público
municipal com a participação de proprietários, moradores, usuários e investidores privados
visando alcançar, em uma área definida, transformações urbanísticas estruturais, melhorias
sociais e valorização ambiental. Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas
várias medidas urbanísticas, considerando o impacto ambiental delas decorrente. A esse
respeito, analise as afirmativas a seguir:
I. Poderá ser feita a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação
do solo e subsolo.
II. Poderão ser alteradas as normas edilícias vigentes.
III. Poderão ser regularizadas as construções executadas em desacordo com a legislação
vigente.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 199


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

(E) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(FGV – SENADO FEDERAL - 2008)


Ao refletir sobre algumas das questões fundamentais que envolvem a cidade, Kevin Lynch
enumerou cinco dimensões básicas que serviriam como ponto de partida de uma teoria da
boa forma da cidade. Essas cinco dimensões são:
(A) Sentido, Adequação, Acesso, Controle e Segurança.
(B) Sentido, Adequação, Acesso, Controle e Moradia.
(C) Adequação, Acesso, Controle, Moradia e Lazer.
(D) Adequação, Acesso, Controle, Vitalidade e Sentido.
(E) Acesso, Controle, Vitalidade, Sentido e Segurança.

Parabéns guerreiros!

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 200


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

8 – GABARITO

1. E 18. D 35. A 52. D

2. C 19. B 36. A 53. B

3. E 20. C 37. E 54. E

4. B 21. C 38. D 55. E

5. C 22. D 39. D 56. ANULADA

6. E 23. B 40. B 57. C

7. A 24. B 41. B 58. A

8. E 25. A 42. C 59. E

9. C 26. B 43. A 60. D

10. A 27. A 44. A 61. E

11. A 28. A 45. C 62. E

12. D 29. D 46. B 63. B

13. D 30. D 47. C 64. A

14. D 31. A 48. B 65. C

15. E 32. B 49. C 66. D

16. B 33. A 50. D 67. C

17. C 34. B 51. B 68. D

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 201


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

9 - BIBLIOGRAFIA
ABNT. (Outubro de 1994). Índices urbanísticos. Rio de Janeiro.
Brasil. (1979). Lei nº 6.766/1979.
Cassilha, G. A., & Cassilha, S. A. (2009). Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Curitiba: IESDE.
CONAMA. (1986). Resolução nº 1.
CONAMA. (1997). Resolução 237.
CONAMA. (2002). Resolução 307.
Jourda, F.-H. (2013). Pequeno Manual do Projeto Sustentável. São Paulo: Gustavo Gili.
Lamas, J. M. (1993). Morfologia urbana e desenho da cidade. Fundação Calouste Gulbenkian.
Lei Federal. (2001). Lei 10257 - Estatuto da Cidade.
LEITE, T. M., & CORTEZ, A. T. (s.d.). ENTRAVES ESPACIAIS: BROWNFIELDS CARACTERIZADOS POR
ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DESATIVADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/SP.
Lima, L. A. (2017). A relação do marketing territorial e plano diretor urbano: a questão do legado
urbano do projeto Porto Maravilha no Rio de janeiro. Brasília: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.
Magalhães, S. F. (Dezembro de 2005). Ruptura e Contiguidade - a cidade da incerteza. Rio de Janeiro:
UFRJ.
Mascaró, J. L. (2005). Loteamentos Urbanos.
Mesquita, A. P. (2008). Parcelamento do Solo Urbano e suas Diversas Formas. Curitiba: IESDE.
Ministério das Cidades. (2010). O Estatuto da Cidade Comentado. São Paulo.
Ministério das Cidades. (2010). O Estatuto da Cidade Comentado.
Pinto, G. J. (2001). PLANEJAMENTO ESTRATÉTICO E CITY MARKETING: A NOVA FACE DAS CIDADES
NO FINAL DO SÉCULO XX. UFU .
Presidência da República. (1988). CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.
Presidência da República. (2000). Lei nº 10.098. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida, e dá outras providências. Brasil.
Presidência da República. (Janeiro de 2015). Lei nº 13.089. Institui o Estatuto da Metrópole. Brasil.
Presidência da República. (2017). Lei nº 13.465/2017. Dispõe sobre a regularização fundiária rural
e urbana. Brasil.
Presidente da República. (2016). Decreto nº 8.927/2016. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério das
Cidades. Brasil.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 202


www.estrategiaconcursos.com.br 210
03092019180 - Lucas da Silva Soares
Moema Machado
Aula 09
1108005

Queiroz, F. T., Aguiar, A. d., Brito, S. d., & Bueno, H. d. (2014). GESTÃO AMBIENTAL EM OBRAS
VIÁRIAS:ESTRUTURA E RESULTADOS NO CASO DO RODOANEL MÁRIO COVAS, TRECHO SUL.
São Paulo: RMS – Revista Metropolitana de Sustentabilidade.
Secretaria Municipal de Urbanismo Rio de Janeiro. (s.d.). INSTRUMENTOS DO PLANO DIRETOR
CARTILHA. Rio de Janeiro.
SILVA, G. J. (2011). CIDADES SUSTENTÁVEIS: UMA NOVA CONDIÇÃO URBANA - ESTUDO DE CASO:
CUIABÁ-MT. BRASÍLIA-DF: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 203


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

10 – ANEXO 1 - MEDIDA PROVISÓRIA N° 2.220, DE 4 DE SETEMBRO DE


2001
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2220.htm
Dispõe sobre a concessão de uso especial de que trata o §1° do art. 183 da Constituição, cria o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Urbano - CNDU e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL
Art. 1° Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público situado em área com características e
finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial
para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1° A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma gratuita ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2° O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo concessionário mais de uma vez.
§ 3° Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na posse de seu antecessor,
desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 2° Nos imóveis de que trata o art. 1°, com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupados até
22 de dezembro de 2016, por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente
e sem oposição, cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros
quadrados por possuidor, a concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma coletiva,
desde que os possuidores não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano
ou rural. (Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1° O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2° Na concessão de uso especial de que trata este artigo, será atribuída igual fração ideal de terreno a
cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo
escrito entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 3° A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a duzentos e cinqüenta metros
quadrados.
Art. 3° Será garantida a opção de exercer os direitos de que tratam os arts. 1° e 2° também aos ocupantes,
regularmente inscritos, de imóveis públicos, com até duzentos e cinqüenta metros quadrados, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que estejam situados em área urbana, na forma do regulamento.
Art. 4° No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos ocupantes, o Poder Público garantirá
ao possuidor o exercício do direito de que tratam os arts. 1° e 2° em outro local.
Art. 5° É facultado ao Poder Público assegurar o exercício do direito de que tratam os arts. 1° e 2° em outro
local na hipótese de ocupação de imóvel:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 204


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I - de uso comum do povo;


II - destinado a projeto de urbanização;
III - de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos ecossistemas naturais;
IV - reservado à construção de represas e obras congêneres; ou
V - situado em via de comunicação.
Art. 6° O título de concessão de uso especial para fins de moradia será obtido pela via administrativa
perante o órgão competente da Administração Pública ou, em caso de recusa ou omissão deste, pela via judicial.
§ 1° A Administração Pública terá o prazo máximo de doze meses para decidir o pedido, contado da data
de seu protocolo.
§ 2° Na hipótese de bem imóvel da União ou dos Estados, o interessado deverá instruir o requerimento de
concessão de uso especial para fins de moradia com certidão expedida pelo Poder Público municipal, que ateste
a localização do imóvel em área urbana e a sua destinação para moradia do ocupante ou de sua família.
§ 3° Em caso de ação judicial, a concessão de uso especial para fins de moradia será declarada pelo juiz,
mediante sentença.
§ 4° O título conferido por via administrativa ou por sentença judicial servirá para efeito de registro no
cartório de registro de imóveis.
Art. 7° O direito de concessão de uso especial para fins de moradia é transferível por ato inter vivos ou
causa mortis.
Art. 8° O direito à concessão de uso especial para fins de moradia extingue-se no caso de:
I - o concessionário dar ao imóvel destinação diversa da moradia para si ou para sua família; ou
II - o concessionário adquirir a propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel urbano ou rural.
Parágrafo único. A extinção de que trata este artigo será averbada no cartório de registro de imóveis, por
meio de declaração do Poder Público concedente.
Art. 9° É facultado ao poder público competente conceder autorização de uso àquele que, até 22 de dezembro
de 2016, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros
quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas para fins comerciais.
(Redação dada pela lei n 13.465, de 2017)
§ 1° A autorização de uso de que trata este artigo será conferida de forma gratuita.
§ 2° O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 3° Aplica-se à autorização de uso prevista no caput deste artigo, no que couber, o disposto nos arts. 4° e
5° desta Medida Provisória.
CAPÍTULO II
DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Art. 10. Fica criado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano - CNDU, órgão deliberativo e
consultivo, integrante da estrutura da Presidência da República, com as seguintes competências:

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 205


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

I - propor diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da política nacional de desenvolvimento urbano;


II - acompanhar e avaliar a implementação da política nacional de desenvolvimento urbano, em especial
as políticas de habitação, de saneamento básico e de transportes urbanos, e recomendar as providências
necessárias ao cumprimento de seus objetivos;
III - propor a edição de normas gerais de direito urbanístico e manifestar-se sobre propostas de alteração
da legislação pertinente ao desenvolvimento urbano;
IV - emitir orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e dos
demais atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano;
V - promover a cooperação entre os governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
e a sociedade civil na formulação e execução da política nacional de desenvolvimento urbano; e
VI - elaborar o regimento interno.
Art. 11. O CNDU é composto por seu Presidente, pelo Plenário e por uma Secretaria-Executiva, cujas
atribuições serão definidas em decreto.
Parágrafo único. O CNDU poderá instituir comitês técnicos de assessoramento, na forma do regimento
interno.
Art. 12. O Presidente da República disporá sobre a estrutura do CNDU, a composição do seu Plenário e a
designação dos membros e suplentes do Conselho e dos seus comitês técnicos.
Art. 13. A participação no CNDU e nos comitês técnicos não será remunerada.
Art. 14. As funções de membro do CNDU e dos comitês técnicos serão consideradas prestação de relevante
interesse público e a ausência ao trabalho delas decorrente será abonada e computada como jornada efetiva
de trabalho, para todos os efeitos legais.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 15. O inciso I do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
"I - ...........................................................
...........................................................
28) das sentenças declaratórias de usucapião;
...........................................................
37) dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de uso especial para fins de
moradia;
...........................................................
40) do contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público." (NR)
Art. 16. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 4 de setembro de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 206


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

11 – ANEXO 2 – TABELA RESUMO DOS INSTITUTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS


DO ESTATUTO DA CIDADE

Pessoal, agrupei os institutos jurídicos e políticos por objetivo para facilitar a compreensão!

Objetivo Nome Imóvel Breve descrição


ônus instituído pelo Poder Público sobre imóvel de
propriedade alheia – normalmente, sobre parte dele – para
servidão privado
assegurar a realização de serviço público ou preservar bem
afetado à utilidade pública / não gera indenização

conjunto de restrições impostas à propriedade / conformam


as possibilidades de usar, gozar e dispor nos termos
amparados por lei / ex.: os índices urbanísticos / destacam-se
limitações
privado das servidões porque atendem a interesses difusos, como a
administrativas
saúde pública, adensamento populacional, paisagismo etc.,
sem ensejar o aproveitamento direto do imóvel em favor de
serviço ou bem público / não geram direito à indenização
normas gerais aplicam-se as dispostas no Decreto-lei federal
tombamento público e privado
no 25/37
instituição de
unidades de público e privado Lei 9.985/2000
formas de conservação
intervenção
parcelamento,
social sobre o considera-se subutilizado o imóvel cujo aproveitamento seja
edificação ou
livre uso da privado inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação
utilização
propriedade dele decorrente
compulsórios
privada
Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem
desapropriação
que o proprietário tenha cumprido a obrigação de
com
privado parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá
pagamento em
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em
títulos
títulos da dívida pública

preferência em aquisição de imóvel urbano objeto de


alienação onerosa entre particulares / em áreas delimitadas
por lei municipal pelo prazo de 5 anos / em casos de:
regularização fundiária, execução de programas e projetos
direito de habitacionais de interesse social, constituição de reserva
privado
preempção fundiária, ordenamento e direcionamento da expansão
urbana, implantação de equipamentos urbanos e
comunitários, criação de espaços públicos de lazer e áreas
verdes, criação de áreas de interesse ambiental, proteção de
áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 207


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

usucapião
não for proprietário de outro imóvel urbano ou rural / área ou
especial de
edificação urbana de até 250.00m2 / 5 anos
imóvel urbano privado
ininterruptamente / sem oposição / utilizando-a como
(individual ou
moradia sua ou de sua família / adquire domínio
coletiva)
vetado no Estatuto da Cidade e regrado pela Medida
Provisória n° 2.220 (4/09/2001) / idem ao anterior, porém
adquire título de concessão de uso especial para fins de
concessão de moradia / em ocupação de risco à vida ou à saúde, o exercício
uso especial do direito será garantido em outro local / é facultado ao Poder
público
para fins de Público assegurar o exercício do direito em outro local em
moradia algumas hipóteses / extingue-se o direito no caso de
destinação diversa da moradia e de o concessionário adquirir
a propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel urbano
ou rural
ocorre por meio de contrato / está prevista no artigo 7° do
Decreto-lei no 271/67 / Através dela o proprietário transfere
concessão de a outra pessoa prerrogativa de usar seu imóvel, com as
regularização direito real de público e privado garantias típicas de um direito real. O instrumento se destina
fundiária das uso para fins específicos de urbanização, industrialização,
ocupações de edificação, cultivo de terra ou outra utilização de interesse
interesse social social.
direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno / tempo determinado ou indeterminado /
concessão gratuita ou onerosa / mediante escritura pública /
pode ser transmitido a terceiros / transmite-se a herdeiros /
proprietário e superficiário terão direito de preferência em
direito de
público e privado caso de alienação do terreno ou do direito de superfície,
superfície
respectivamente / extingue-se pelo término do contrato e
pelo descumprimento das obrigações contratuais / extinto, o
proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem
como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel,
independente de indenização, caso não haja sido acordada
Incluído pela Lei n 11.977, de 2009, procedimento
demarcação
administrativo pelo qual o poder público demarca imóvel de
urbanística
domínio público ou privado, definindo seus limites, área,
para fins de público e privado
localização e confrontantes, com a finalidade de identificar
regularização
seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das
fundiária
respectivas posses.

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 208


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

Incluído pela Lei n 11.977, de 2009, reconhece a posse


exercida por moradores de áreas objeto de demarcação
urbanística. Trata-se da identificação pelo poder público de
situações de fato, caracterizadas pela posse mansa e pacífica
de pessoas que não possuam título de propriedade ou de
concessão, bem como não sejam foreiras de outro imóvel
urbano ou rural. Um dos objetivos da legitimação é dar fé
pública às posses identificadas e qualificadas, por meio da
legitimação de
público e privado expedição de um título pelo poder público, em nome do
posse
morador, e de seu registro no cartório de registro de imóveis.
Quando feita em áreas privadas, a legitimação de posse
possibilita a aquisição de propriedade por meio da “usucapião
administrativa”. No caso de áreas públicas, o título de
legitimação de posse nunca será convertido em propriedade,
uma vez que a usucapião dessas áreas é vedada pela
Constituição Federal, mas poderá ser convertido em
concessão de uso especial para fins de moradia.
direito de construir acima do C.A. básico mediante
contrapartida / o plano diretor pode fixar C.A. básico
diferenciado entre as zonas / o C.A. máx. será proporcional à
outorga infraestrutura existente e ao aumento de densidade esperado
indução do onerosa do / o plano diretor poderá fixar áreas onde seja permitida a
desenvolvimento direito de privado
alteração de uso mediante contrapartida / lei municipal
urbano e a construir específica estabelecerá: fórmula de cálculo de cobrança,
redistribuição à casos de isenção e a contrapartida / os recursos auferidos
coletividade dos serão aplicados com as mesmas finalidades do direito de
benefícios preempção
decorrentes do
conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder
processo de
Público municipal, com a participação dos proprietários,
urbanização (lei
moradores, usuários permanentes e investidores privados,
municipal
com o objetivo de alcançar em uma área transformações
baseada no
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização
plano diretor,
ambiental / poderão ser previstos: modificação nos índices
sendo lei
urbanísticos, regularizações de construções em desacordo
municipal
com a legislação vigente, concessão de incentivos a operações
específica, para operações
que usem tecnologias visando a redução de impactos
outorga onerosa urbanas privado
ambientais, ... / o plano de operação consorciada deverá
do dieito de consorciadas
conter: a área atingida, programa básico de ocupação,
construir e
programa de atendimento econômico e social para a
operações
população atingida, finalidades, E.I.V. e contrapartida / os
urbanas
recursos obtidos serão aplicados exclusivamente na área da
consorciadas)
operação / poderá prever quantidade específica de CEPAC
para alienação em leilão ou pagamento das obras / a partir da
aprovação da lei específica, são nulas as licenças em
desacordo com o plano de operação interligada

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 209


www.estrategiaconcursos.com.br 211

03092019180 - Lucas da Silva Soares


Moema Machado
Aula 09
1108005

autorização para exercer em outro local, ou alienar, mediante


escritura pública, o direito de construir quando o imóvel for
considerado necessário para fins de: implantação de
transferência
equipamentos urbanos e comunitários, preservação de
do direito de público e privado
imóvel de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social
construir
ou cultural e regularização fundiária, urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda e HIS / com ou sem
doação

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura Municipal de Niterói-RJ (Arquiteto) - Pós-Edital 210


www.estrategiaconcursos.com.br 210

03092019180 - Lucas da Silva Soares

Você também pode gostar