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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA CENTRAL


CURSO: ENGENHARIA MECÂNICA – VIII MÓDULO
PROFESSOR: JOSÉ MATIAS
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DA USINAGEM

TORNEAMENTO DE TARUGO DE ALUMÍNIO PARA ANÁLISE DO CAVACO E


DA RUGOSIDADE

Laysa Layara Pires de Carvalho (2020111BEMC0092)


Francisco Matheus Santos De Souza (2020111BEMC0262)

Teresina/PI
Outubro de 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………3
2. OBJETIVO…………………………………………………………………………...5
3. MATERIAL………………………………………………………………………….. 6
4. METODOLOGIA…………………………………………………………………….7
5. RESULTADOS …………………………………………………………………… 10
6. CONCLUSÃO.……………………………………………………………………..13
7. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………14
1. INTRODUÇÃO

A usinagem é conhecida como o processo de fabricação mais popular do


mundo, que ao conferir à peça forma, dimensões e acabamento, produz cavaco,
uma porção de material da peça retirada pela ferramenta que é caracterizado por
apresentar forma geométrica irregular. ( MACHADO, 2009)
Em Teoria da Usinagem dos Materiais, a usinagem é considerado um
processo simples e complexo, visto que existem-se dificuldades em determinar as
condições ideais e imprevisíveis de corte, enquanto, com condições corretas, o
cavaco se forma sem necessidade de intervenção do operador.
O princípio usado na usinagem para se obter a superfície desejada é
providenciar um movimento relativo apropriado entre a peça e a ferramenta,
escolhida adequadamente conforme especificações de ambas. E alguns desses
movimentos geram diretamente a saída do cavaco, além de fornecerem dados
necessários para a análise do procedimento, como as velocidades.
Dessa forma vale lembrar que:
vc=(π∗d∗n)/1000
Sendo, vc = velocidade de corte [m/min], d = diâmetro da peça [mm], n =rotação da
placa [rpm]
vf =f∗n
Sendo, vf = velocidade de avanço [mm/min], f= avanço [mm/rev], n= rotação da
placa [rpm].
Devido a esses movimentos, o cavaco é formado em altíssima
velocidades de deformação, seguidas de ruptura do material da peça, um processo
no qual pode ser dividido cientificamente em quatro etapas: recalque inicial,
deformação e ruptura, deslizamento das lamelas e saída do cavaco, que provocam,
durante a usinagem a formação de uma nova superfície na peça. O cavaco pode ser
classificado como contínuo, descontínuo e segmentado, e depende essencialmente
da ductilidade do material, dos parâmetros da ferramenta e da presença do
cisalhamento catastrófico. Além disso podem ser subclassificados como na tabela a
seguir:
Figura 1: Tipos de cavaco.

Como resultado do processo de corte, a rugosidade de uma superfície é


composta de irregularidades finas ou de erros microgeométricos, provocadas por
marcas de avanço, aresta postiça de corte, desgaste da ferramenta, e outros.
O parâmetro amplamente utilizado para verificação de rugosidade é o
parâmetro de amplitude para o controle de um processo, pois é um instrumento de
simples acesso e estável.
O aparelho utilizado é o rugosímetro, que tem um apalpador que toca na
peça para fazer sua medição

2. OBJETIVOS

● Compreender a influência do avanço e profundidade de corte na formação do


cavaco;
● Analisar e entender os tipos de cavaco gerados na usinagem do aço, e seus
efeitos no processo de produção;
● Aprender na prática o funcionamento e operação dos processos que pode-se
utilizar no torneamento para conferir a forma desejada à peça usinada;
● Verificar as mudanças que ocorrem na formação do cavaco devido às
alterações na profundidade de corte (ap) e velocidade de avanço (vf) do
torno.
● Verificar a rugosidade

3. MATERIAL

● Amostra cilíndrica alumínio;


● Ferramenta de corte;
● Paquímetro;
● Rugosímetro;
● Torno Nardini Nodus 220 Gold.

Figura 2: Imagens dos materiais utilizados.


4. METODOLOGIA
O procedimento foi realizado em diversas etapas, das quais vale
ressaltar, o preparo (faceamento e furação de centro), medições e marcação, e os
passes desenvolvidos para a análise do cavaco e velocidade de corte, que serão
descritos nesta seção.

4.1. Descrição do torno utilizado no procedimento:


Torno Nardini Nodus 220 Gold.
Modelo: ND 220
Número de série: F9 EKX 502
Fabricante: Industrias Nardini S.A.
Data de Fabricação: 01/2015
Tipo de alimentação: Trifásico
Tensão: 220V
Frequência: 60Hz
Corrente: 25A (nominal) e 200A (máxima)
Potência: 8kW
Peso: 1500 Kg

Figura 3: Características do torno utilizado.


4.2. Descrição do procedimento de torneamento:
Primeiramente, foi realizado um faceamento, operação que permite fazer
no material uma superfície plana perpendicular ao eixo do torno, de modo a obter
uma face de referência para as medidas que derivam dessa face, além de remover
imperfeições e partes oxidadas da seção transversal da amostra e garantir que essa
esteja plana para a seguinte operação.
Em seguida foi realizada uma furação de centro, com o intuito de apoiar a
peça na castanha e contraponto. Após isso, marcou-se a peça em 3 sessões de
50mm cada, na qual realizou-se um sangramento com profundidade de 0,5mm de
raio.
Figura 4: Detalhe da furação de centro e sangramento da peça.

Assim, pode-se realizar os passes do torneamento cilíndrico externo, para


remoção de camada externa em uma profundidade e avanço pré-estabelecidos,
conforme as tabelas a seguir, e posterior coleta do cavaco.
As dimensões (diâmetro, comprimento e rotação, respectivamente) da
amostra e dados usados são: d = 25,5 mm; l = 150 mm; n = 1180 rpm.

Tabela 1: Profundidade e avanço pré estabelecidos e ideais da


ferramenta utilizada.
VELOCIDADE DE CORTE E CONFIGURAÇÃO DO AVANÇO

configuração MCFT1 MCFT7 NCET5


torno

F 0,074 (mm/r) 0,094 (mm/r) 0,19 (mm/r)

Ap 0,4 0,4 0,4

Vc 94,53 94,53 94,53

E em seguida foi utilizado números que fugissem das condições ideais de


corte da ferramenta, expostos a seguir: d = 24,7 mm; l = 150 mm; n = 1500 rpm.

Tabela 2: profundidade e avanço fora das condições ideais da


ferramenta utilizada.
VELOCIDADE DE CORTE E
CONFIGURAÇÃO DO
AVANÇO
configuração MCFT1
torno

F 0,07 (mm/r)

Ap 0,2
Vc
116,39

4.3 Descrição da medição de rugosidade:


Após a realização do torneamento, calculou-se a rugosidade teórica para
encontrar o cut-off conforme os parâmetros da Norma ISO 4288 (1996), segundo a
tabela a seguir:
Tabela 3: Cut off conforme ISO 4288.
A rugosidade, Ra, ou desvio aritmético médio, pode ser calculada por:
2
Ra=f /31 ,2 r
Sendo r= raio de ponta (0,4mm) e f= avanço.

Tabela 4: Desvio aritmético médio em um e comprimento de


amostragem.

Passe 1 Passe 2 Passe 3 Passe 4

Ra 0,439 0,708 2,893 0,439

Cut off 0,8 0,8 2,5 0,8

Em posse do comprimento de amostragem, realizou-se a medida da


rugosidade, no rugosímetro.

Figura 5: Detalhes do procedimento realizado para medição da


rugosidade.

5. RESULTADOS
5.1: Cavaco:
Nesta seção serão indicados os resultados obtidos durante a usinagem
do tarugo.
● Passe 1: Avanço de 0,074 e profundidade de 0,4

Figura 6: Passe 1.

Obteve-se cavaco longo em forma de hélice plana ou helicoidal tipo arruela

● Passe 2: avanço de 0,094 e profundidade de 0,4


Figura 7: Passe 2.

Nota-se cavaco em forma de hélice oblíqua ou helicoidal tipo arruela

● Passe 3: avanço de 0,19 e profundidade de 0,4


Figura 8: Passe 3.

Figura 10: Passe 3.


Temos cavaco curto em forma de hélice oblíqua ou helicoidal

● Passe 4: avanço de 0,074 e profundidade de 0,2

Figura 9: Passe 4.
Tivemos cavaco em fita, se assemelhando a hélice e emaranhado

5.1 Rugosidade

Tabela 5: Desvio aritmético médio em um, comprimento de amostragem e a


rugosidade medida em um.

Passe 1 Passe 2 Passe 3 Passe 4

Ra 0,439 0,708 2,893 0,439

Cut off 0,8 0,8 2,5 0,8

RUGOSIDADE 0,753 0,719 2,761 0,436

6. CONCLUSÕES

● Em todos os passes o cavaco se manteve de forma semelhante a de


hélice.
● A cada passe que se foi aumentando a velocidade de avanço, o
cavaco foi se tornando mais quebradiço segmentado.
● Os passes 1 e 4 são desfavoráveis para a segurança do operador
devido ao longo comprimento do cavaco produzido.
● O cavaco produzido no passe 3 é favorável à usinagem.
● Os valores de rugosidade ficaram bem próximos aos calculados, o que
mostra uma coerência dos cálculos e parâmetros com os resultados
analisados pelo rugosímetro

7. REFERÊNCIAS
Machado, A R; .e Da Silva, M B; Coelho R T; Abrão, A M. "Teoria da Usinagem dos
Materiais". 2 ed. São Paulo: Editora Blucher, 2009.

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