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História do Saneamento Basico no Brasil

A primeira obra de saneamento básico no Brasil é datada de 1561.


Estácio de Sá, militar português responsável por expulsar os franceses da
região da baia de Guanabara e fundar a cidade do Rio de Janeiro, mandou
construir um poço para abastecer a cidade.

Outra obra importante do período foi o primeiro aqueduto do país, hoje


conhecido como Arcos da Lapa, também no Rio de Janeiro. Considerada
a obra arquitetônica de maior importância do período colonial do Brasil,
os Arcos da Lapa transportavam água do Rio Carioca para o Chafariz. A
obra começou a ser construída em 1673 e só foi concluída em 1723.

O período colonial, contudo, não consta com muitos registros de obras de


saneamento. Elas se resumiam à drenagem de terrenos e instalação de
chafarizes. Na época, algumas doenças de veiculação hídrica já eram
conhecidas pelos colonizadores e a Europa vivia uma retomada da
preocupação com o saneamento básico (interrompida durante o período
da Idade Média).

Porém, assim como na Europa, as ações de saneamento eram tidas como


individuais. O que se sabe é que, aqui no Brasil, escravos eram
responsáveis por pegar água para a Casa Grande e carregar suas fezes e
de seus senhores para um local afastado .

Os “escravos tigres” como eram chamados os trabalhadores que


carregavam as fezes, tinham as peles queimadas pelos respingos dos
excrementos e o calor do sol. As marcas deixadas pelas queimaduras
justificavam o apelido desses escravos, que eram distintos pela força e
pela utilidade da profissão.

Após a vinda da família real portuguesa, em 1808, a população brasileira


praticamente dobrou em 30 anos. A demanda por água então começou a
crescer e obras de saneamento começaram a ser mais necessárias.

Os próprios senhores de escravos começaram a perceber que os serviços


dos “escravos tigres” eram prejudiciais para a saúde não só dos escravos,
mas da população de forma geral. Então, no final do século XIX os
serviços de saneamento foram organizados e concedidos a empresas
estrangeiras.

O governo de São Paulo constrói, entre 1857 e 1877, o seu primeiro


sistema de abastecimento de água encanada. Em Porto Alegre e no Rio de
Janeiro o abastecimento de água encanada se deu em 1861 e 1876,
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respectivamente. Na mesma época a capital fluminense foi a primeira do
mundo a inaugurar uma Estação de Tratamento de Água (ETA) com seis
filtros de pressão ar/água.

Mas o desenvolvimento da área não foi satisfatório. Os serviços prestados


pelas empresas estrangeiras eram de péssima qualidade o que forçou o
governo a estatizar o serviço no início do século XX. A constituição de
1930 responsabiliza os municípios pelos serviços de saneamento e
abastecimento de água (o que se mantem até hoje).

Durante a história do saneamento no Brasil existiram fatores que


dificultaram o progresso ao longo dos anos. Podemos citar alguns
obstáculos que impediram (e ainda impedem) que o desenvolvimento dessa
área não tenha atingido crescimento expressivo durante esse período, são
eles:
A falta de planejamento adequado;
O volume insuficiente de investimentos;
Deficiência na gestão das companhias de saneamento;
A baixa qualidade técnica dos projetos e a dificuldade para obter
financiamentos e licenças para as obras.

A partir dos anos 1940, se iniciou a comercialização dos serviços de


saneamento. Surgem então as autarquias e mecanismos de financiamento
para o abastecimento de água, com influência do Serviço Especial de Saúde
Pública (SESP) O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) foi criado em
1942, através de acordo entre os governos brasileiro e norte-americano,
tendo como funções o saneamento de regiões produtoras de matérias-
primas estratégicas aos interesses militares dos Estados Unidos, como a
borracha da região amazônica e o minério de ferro e mica do Vale do Rio
Doce. Além disso, a criação dessa agência binacional procurou
inicialmente prover a assistência médica aos seringueiros e o treinamento
de profissionais de saúde, especialmente médicos, enfermeiras e
engenheiros sanitários (CAMPOS, 2008).

No período do pós-guerra, o SESP se expandiu para outros estados


brasileiros, principalmente os da Região Nordeste, procurando construir
redes de unidades de saúde locais, focalizando tanto a medicina preventiva
como a curativa, tendo como eixo principal, a educação sanitária.

Para minimizar os problemas que surgiam ao longo dos anos, criaram-se


diretrizes de implementação, medidas e infraestruturas para o saneamento

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básico no Brasil. Em 1971, foi instituído o Plano Nacional de Saneamento
(PLANASA). Outro grande obstáculo que existiu durante anos foi a disputa
entre governos federal, estadual e municipal sobre quem deveria gerenciar
essas diretrizes.

Após intensa luta, os Municípios conquistaram a titularidade dos serviços


de saneamento, no dia 05 de janeiro de 2007, com a sanção da Lei Federal
nº 11.445, chamada de Lei Nacional do Saneamento Básico – LNSB. Ela
entrou em vigência a partir de 22 de fevereiro do mesmo ano e estabeleceu
as diretrizes nacionais para o saneamento básico no Brasil.

Atualmente o instrumento que norteia a condução das políticas públicas,


metas e estratégias para o setor de saneamento é o PLANSAB (Plano
Nacional de Saneamento Básico). Existem órgãos que são responsáveis
pelo monitoramento dessas leis e diretrizes. Podemos citar:

ANA (Agência Nacional de Águas) é o órgão responsável pelo


gerenciamento de recursos hídricos

SNIS (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento) é maior e o


mais importante sistema de informação sobre saneamento.

No Brasil, 83,3 % da população são atendidos com fornecimento de água


tratada e 35 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso a este serviço.
De acordo com dados fornecidos pelo SNIS 2015 e o Instituto Trata Brasil,
para cada 100 litros de água tratada, 37% não são consumidas.

O que é saneamento básico?

Saneamento básico é um conjunto de serviços fundamentais para o


desenvolvimento socioeconômicas de uma região tais como abastecimento
de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos
de resíduos sólidos e de águas pluviais. O saneamento básico é um direito
garantido pela Constituição Federal e instituído pela Lei nº. 11.445/2007.

De forma simplificada, a cadeia do saneamento tem início na captação em


reservatórios de água, onde acontece o tratamento e distribuição aos pontos
de consumo, sejam eles residenciais ou industriais.Em seguida, é feito o
descarte em uma rede de esgoto, direcionando o resíduo para tratamento. O
ciclo tem conclusão quando a água tratada é devolvida ao ciclo natural.

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O saneamento básico contribui com a saúde, a educação, o meio ambiente e
a economia. A modernização e ampliação do sistema de saneamento básico
beneficia, em qualquer lugar do mundo, a sociedade como um todo: as
empresas, o país, as cidades e o desenvolvimento social e econômico.

Entendendo o saneamento básico

O saneamento básico está presente em várias atividades do seu dia a dia e


funciona através de políticas públicas organizadas pelos governos
estaduais, municipais ou por empresas que asseguram, através de
concessão, a outorga dos serviços de saneamento.

Inegavelmente, a atuação do saneamento básico já está tão incorporada em


nosso cotidiano e é impossível imaginar nossa vida sem elas. No entanto,
segundo o Ranking do Saneamento Básico 2019 do Instituto Trata Brasil, o
Brasil ainda tem quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada,
100 milhões sem coleta de esgotos (representando 47,6% da população) e
somente 46% dos esgotos produzidos no país são tratados.

Para mudar essa realidade, o Brasil hoje conta com o Marco Regulatório do
Saneamento (Lei Federal 14.026, de 15 de julho de 2020), que prevê a
universalização dos serviços de água e esgoto até 2033.

Para, entender mais sobre o que é o saneamento básico, abaixo esta listado
as principais atividades:

Abastecimento De Água Potável

A água que chega à sua casa passa por processos de tratamento que a torna
segura para ser utilizada para hidratação e higiene. Ela é captada em
mananciais, passa por processos físicos e químicos e, então, é distribuída
para as residências, indústrias e estabelecimentos comerciais.
Esse tratamento é realizado nas estações de tratamento de água (ETA) e é
necessário para que a população não consuma água contaminada por
sujeiras, vírus e bactérias, prevenindo a proliferação de doenças.
Geralmente, nos serviços de saneamento básico nas capitais brasileiras e
municípios, o processo de tratamento é realizado em 8 etapas:

1. captação: a água é captada de rios com impurezas, como areia,


pedaços de plantas e bactérias;
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2. adução: a água é bombeada para as ETAs;
3. coagulação: processo químico que favorece o agrupamento das
impurezas da água;
4. floculação: processo mecânico de agitação para que as impurezas
formem partículas maiores e decantem;
5. decantação: nessa etapa, os flocos formados anteriormente afundam,
de forma que seja possível separar a água da sujeira;
6. filtragem: a água passa por filtros de areia grossa, fina, cascalho,
pedregulho e carvão;
7. desinfecção: a água é desinfectada por cloro e recebe adição de flúor
(em alguns casos);
8. reservação: a água é armazenada em reservatórios, que distribuem-
na para a população.

Esgotamento Sanitário

A coleta e o tratamento de esgoto de imóveis e indústrias são serviços


essenciais, não só para mantê-lo longe do contato com a população, como
também para que o esgoto não polua os rios, lagos e oceanos, prejudicando
os ecossistemas aquáticos e terrestres.
O esgoto é levado para as estações de tratamento de esgoto (ETE), que
realizam uma série de procedimentos para tratá-lo e deixá-lo livre de
resíduos sólidos e micro-organismos. Sendo assim, o efluente pode retornar
à natureza despoluído e contribuir para a preservação do meio ambiente.
As ETEs são projetadas de acordo com o volume de esgoto que recebem,
que é calculado, entre outros fatores, pelo tamanho da população. São
realizadas, em boa parte dos sistemas disponíveis, 5 etapas de tratamento:

1. gradeamento: utilizado para remoção de materiais grosseiros, como


lixo, pedaços de plantas, pedras etc.;
2. desarenação: nessa etapa, todos os detritos sólidos são retirados;
3. tratamento biológico: etapa responsável pela digestão da matéria
orgânica presente no esgoto;
4. decantação: o lodo formado na etapa anterior é decantado e
separado do líquido livre de impurezas;
5. descarte: após tratamento adequado, o esgoto é devolvido ao meio
ambiente

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos


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Segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil produz mais de 82
milhões de toneladas por ano.

Por isso, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos são tão


importantes para a sociedade. Esse serviço envolve o conjunto de
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destino do lixo doméstico e do lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.

Drenagem e Manejo das Águas Pluviais

Corresponde basicamente a um processo de controle e gerenciamento das


águas da chuva.

Nesse sentido, o serviço engloba as atividades, infraestruturas e instalações


operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção
ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e
disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. Além da
limpeza e fiscalização preventiva das redes urbanas.

Impactos negativos da falta de saneamento


Os principais impactos da falta de saneamento básico são sentidos na saúde
e no meio ambiente. Para se ter uma ideia, mesmo um ano antes da Covid-
19 começar no Brasil, a ausência de saneamento básico já sobrecarregava o
sistema de saúde, com 273.403 internações por doenças de veiculação
hídrica – um aumento de 30 mil hospitalizações comparativamente ao ano
anterior. Com isso, foram gastos R$ 108 milhões, segundo o DataSUS.

Por outro lado, especialistas afirmam que a cada R$ 1 investido em


saneamento básico, R$ 4 são economizados no sistema de saúde. Isso
acontece porque os serviços de abastecimento de água tratada e de coleta e
tratamento de esgoto fazem com que a ocorrência de doenças diminua.

Em relação ao meio ambiente, a falta de saneamento básico tem relação


direta com alagamentos, poluição de rios e lagos e aumento dos impactos
do efeito estufa. Isso ocorre devido à falta de saneamento e pelo mau uso
das redes, como a presença de lixo e esgoto nas galerias pluviais, que
chegam aos rios e oceanos sem tratamento.

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Os efeitos desse descarte incorreto podem ser sentidos por séculos, já que
materiais como o plástico levam centenas de anos para se decompor e
acabam sendo ingeridos por tartarugas, peixes, baleias e até pelos
minúsculos plânctons.

A preservação dos rios é um fator-chave para a diminuição do aquecimento


global, já que a conservação das matas ciliares ajuda na captura do gás
carbônico, além de preservar a erosão do solo e diminuir a ocorrência de
enchentes.

Outro importante impacto negativo da falta de acesso ao saneamento básico


é na manutenção das desigualdades sociais. Um estudo da BRK revelou
que, devido ao papel desempenhado pela mulher nas atividades domésticas
e nos cuidados com pessoas, a falta de saneamento afeta de maneira mais
intensa a vida das mulheres do que a dos homens, por exemplo. Essa
carência de saneamento básico limita o bem-estar das mulheres,
comprometendo sua saúde, sua educação e suas atividades domésticas e
econômicas.

Quanto aos impactos na educação, o problema começa já na infraestrutura


precária das escolas. Segundo o Censo Escolar 2018, do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), metade dos
colégios brasileiros não tem rede de esgoto, 16% não contam com banheiro
dentro da escola e 26% não têm acesso à água encanada.

Para as pessoas, isso significava que, em 2017, quem morava em


residências sem acesso à água e à coleta de esgoto tinha uma escolaridade
25% menor do que a de quem residia em moradias com acesso integral ao
saneamento. Além disso, a falta de banheiro em casa aumenta em 7,3% o
atraso escolar dos jovens.

Principais doenças causadas pela falta de saneamento básico


A falta de saneamento básico facilita a propagação de doenças,
principalmente entre os mais jovens. De acordo com a OMS (Organização
Mundial da Saúde), 1,7 milhão de crianças de até 5 anos morrem
anualmente em ambientes considerados insalubres. As causas são poluição
do ar, contaminação da água, falta de higiene e saneamento básico. O
investimento em saneamento básico poderia evitar essas mortes, que são

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produzidas, na maioria das vezes, por doenças que têm origem em
bactérias. Algumas das principais são:

Doença Agente causador Forma de contágio

Amebíase ou Protozoário Ingestão de água ou


disenteria amebiana Entamoeba histolytica alimentos
contaminados por
cistos

Ascaridíase ou Nematóide Ascaris Ingestão de agua ou


lombriga lumbricoides alimentos
contaminados por ovos

Ancilostomose Ovo de Necator A larva penetra na pele


americanus e do (pés descalços) ou
Ancylostoma ovos pelas mãos sujas
duodenale em contato com a boca

Colera Bactéria Vibrio Ingestão de água


cholerae contaminada

Disenteria bacilar Bactéria Shigellasp Ingestão de água, leite


e alimentos
contaminados

Esquistossomose Asquelminto Ingestão de água


Schistossoma mansoni contaminada, através
da pele

Febre amarela Vírus Flavivirus Picada do mosquito


Aedes aegypti

Febre paratifóide Bactérias Salmonella Ingestão de água e


paratyphi, S. alimentos
contaminados com
fezes de animais

Febre tifóide Bactéria Salmonella Ingestão de água e


typhi alimentos
contaminados

Hepatite A Vírus da Hepatite A Ingestão de alimentos


contaminados, contato
fecal-oral

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Malaria Protozoário Picada da fêmea do
Plasmodium mosquito Anopheles

Peste bubônica Bactéria Yersinia Picadas de pulga


pestis

Poliomielite Vírus Poliovirus Contato fecal-oral,


falta de higiene

Salmonelose Bactéria Salmonella Animais doméstico ou


silvestres infectados

Teniase ou solitária Taenia solium e Taenia Ingestão de carne de


saginata.
porco e gado
infectados

Saneamento para promoção da saúde


Os riscos à saúde pública estão ligados a alguns fatores possíveis e indesejáveis de
ocorrerem em áreas urbanas e rurais, os quais podem ser minimizados ou eliminados
com o uso apropriado de serviços de saneamento.

A utilização de água potável, por exemplo, é vista como o fornecimento de alimento


seguro à população. O sistema de esgoto promove a interrupção da cadeia de
contaminação humana. Já a melhoria da gestão dos resíduos sólidos (lixo), reduz o
impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores de doenças.

Neste sentido, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde


que detém a mais antiga e contínua experiência em ações de saneamento no País,
trabalha para reduzir tais riscos, atuando em ações de saneamento básico, a partir de
critérios epidemiológicos, sócio-econômicos e ambientais voltados para a promoção e
proteção da saúde. Sua missão é promover a saúde pública e a inclusão social por meio
de ações de saneamento e saúde ambiental. Sendo assim, fomenta soluções de
saneamento para prevenção e controle de doenças.

Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera federal, cabe à Funasa a


responsabilidade de alocar recursos não onerosos para ações de saneamento,financiando
a universalização de sistemas de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e
gestão de resíduos sólidos urbanos. Promove, ainda, ações de drenagem e manejo
ambiental, além de melhorias sanitárias domiciliares e melhorias habitacionais para o
controle da doença de Chagas.

Compete à Funasa, por meio do Departamento de Engenharia de Saúde Pública


(Densp), fomentar ações de saneamento para o atendimento, prioritariamente, a
municípios com população inferior a 50.000 habitantes, bem como implementar ações

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de saneamento em áreas rurais e comunidades tradicionais de todo o Brasil, tais como as
populações remanescentes de quilombos, assentamentos de reforma agrária,
comunidades extrativistas e populações ribeirinhas.

Que impactos a ausência de saneamento causa na saúde pública


De modo geral, a ausência de saneamento básico gera impactos em diversos indicadores
socioeconômicos, como renda, saúde pública, educação, emprego, oferta de serviços
públicos, planejamento urbano, entre outros.

No caso da saúde pública, essa relação existe porque a falta de infraestrutura sanitária
aumenta a proliferação de pragas e micro-organismos que manifestam doenças como as
verminoses e também o contato da população com esses ambientes insalubres. Afinal,
ainda hoje há brasileiros que vivem com esgoto correndo a céu aberto na porta de suas
casas.

Desse modo, naturalmente os altos índices demonstrados anteriormente afetam,


sobretudo, as minorias, moradores de áreas com ausência de saneamento básico .
Doenças como diarreias, verminoses, hepatite A, leptospirose, esquistossomose e
dengue se tornam mais comuns nesses locais.

A exposição a um ambiente poluído afeta seriamente o desenvolvimento das crianças.


Situações como diarreias constantes, desidratações e infecções intestinais decorrentes do
consumo de água sem tratamento adequado podem comprometer o estado nutricional e
o crescimento da criança.

Vale destacar que, ao adoecer, as pessoas costumam se afastar das suas atividades
diárias. Os estudantes, por exemplo, apresentam baixo rendimento escolar em razão das
faltas, o que interfere posteriormente na empregabilidade. Os impactos do saneamento
na saúde da mulher e como isso se reflete nas famílias brasileiras também fica mais
evidente.

Além da questão da saúde pública ligada à proliferação de doenças, os riscos de


poluição e contaminação de rios, lagos e mananciais são crescentes, e os reflexos
ambientais vão muito além do ecossistema local.

Referências:

Scielo

Houer

Portal da indústria

Blog Brk Ambiental

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Funasa

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