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INTRODUÇÃO

Nesse trabalho falarei sobre a história de Francisco Saturnino Rodrigues


de Brito, conhecido popularmente como Saturnino de Brito e a construção dos
canais de Santos. Falarei de sua trajetória e principais trabalhos. Desde cedo, o
mesmo se encantou pela área de saneamento básico, área essa que há muito
tempo havia sido abandonada pelo governo, trazendo muitos problemas na parte da
saúde.

Os canais de Santos foram importantíssimos, pois sem eles a cidade alagava


quase toda vez que chovia, trazendo muito problemas à saúde da população, pois
com as enchentes constantes mais pessoas entravam em contato com a água
contaminada causando doenças como leptospirose, hepatite A, febre tifoide e
diarreias bacterianas além de outras infecções.

Com os canais de drenagem (rios artificiais que transportam as águas pluviais


e do solo encharcado) essa água é canalizada e direcionada ao mar impedindo esse
acúmulo com tanta frequência, reduzindo assim o número de casos desse tipo de
doenças e causando um alívio à sessão de saúde.

Saturnino de Brito sempre foi reconhecido como um homem a frente do seu


tempo sendo criador de diversas obras de saneamento básico pelo nosso país.

De acordo com RAMOS (Dawerson) Nesse cenário os canais de Santos,


projetados no início do século XX, por Saturnino de Brito, engenheiro e sanitarista,
ganharam características próprias ao longo do tempo que, pode se assim dizer, os
tornou a verdadeira identidade da cidade de Santos.

É claro que a rede de drenagem de Santos não se explica por si mesma. Pelo
contrário, é obra de um processo histórico decisivo nas condições socioeconômicas
da época, o que explica o fato da história do Brasil passar por Santos naquele
momento, resultado do conhecimento tecnológico avançado.

Segundo RAMOS (Fábio) Os sete principais canais iniciam-se na praia,


passando pela cidade toda, por conta disso, tornaram-se pontos de referência para
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os habitantes e são considerados atualmente monumentos que contaram com


estudos geográficos, de engenharia e arquitetura.

Outros benefícios correlacionados resultaram na utilização de mão de obra


que favoreceu a economia local, ajudando na elaboração do sistema sanitário da
cidade.

Nem sempre os canais foram como são hoje muitos deles já foram mais
largos e serviam como rios artificiais para navegação, sendo utilizados por canoas
como em Veneza. O mais antigo deles é o Canal 1 sendo o mais longo e o mais
importante por ter sido já um salvador da cidade.

Localização dos canais de Santos (Imagem 1)

Canal 1 – Av. Senador Pinheiro Machado;

Canal 2 – Av. Bernardino de Campos;

Canal 3 – Av. Washington Luiz;

Canal 4 – Av. Siqueira Campos;

Canal 5 – Av. Almirante Cochrane;


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Canal 6 – Av. Coronel Joaquim Montenegro;

Canal 7 – Av. General San Martin.

CAPÍTULO 1. Saturnino de Brito em Santos

Nesta era de imigração surgiu o famoso engenheiro sanitário Francisco


Saturnino Rodrigues de Brito (Francisco Saturnino Rodrigues de Brito), eleito pela
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, patrono da Engenharia
Sanitária Brasileira. Com o seu plano de instaurado após várias discussões com a
Câmara Municipal, Saturnino de Brito transformou a cidade de Santos e elevou-a a
outros níveis, melhorando assim com a melhor qualidade de vida no país.

Seu plano incluía canais de drenagem até a construção da Ponte Pênsil para
auxiliar os emissários de esgoto da cidade. "No entanto, Brito não se limitou às
instalações de saneamento, mas também, fez em sua proposta de planejamento um
pensamento urbano geral baseado nos princípios da higiene e embelezamento
urbano. Segundo Andrade (1991), a proposta apoiava-se na lógica urbanista do
austríaco Camilo Sitte. Este projeto denominado Planta de Santos foi submetido à
Câmara Municipal pelo próprio engenheiro em 1910.”
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1.1. Trajetória

Um dos maiores engenheiros da história do nosso país, Saturnino de Brito,


teve uma grande contribuição para a cidade de São Paulo e sua formação como a
conhecemos hoje. Nascido no ano de 1864, na cidade de Campos dos Goytacazes,
no Rio de Janeiro, ele era neto de Saturnino Braga, grande fazendeiro e empresário
da região.

Saturnino começou a estudar na própria cidade e, em 1886, formou-se em


Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ele acabou se
especializando, anos depois, em Engenharia Sanitária, vindo a ser, mais tarde, um
dos maiores especialistas, em âmbito nacional, nessa área. Contudo, a caminhada
para chegar a esse patamar, foi intensa.

Logo ao se formar, Saturnino começou suas atividades em estradas de ferro,


fato que o levou a ganhar alguma fama e a ser convidado a fazer parte em várias
comissões técnicas encarregadas de obras de grande valia para o país. Exemplo
disso é o fato dele ter colaborado na comissão encarregada da construção da cidade
modelo de Belo Horizonte (MG).

Foto retrato de Saturnino de Brito (Imagem 2)


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Depois de sua consagração em Minas Gerais, Saturnino foi realmente atraído


pela engenharia sanitária porque queria ajudar nesta área que foi esquecida pelas
autoridades nacionais e representava um grave problema para a saúde de todos.

Com o passar do tempo e o entusiasmo pela área, tornou-se uma das


maiores autoridades brasileiras da área, realizando grandes projetos de saneamento
em cidades como Santos (SP), Recife (PE), Vitória (ES), Petrópolis (RJ), Paraíba e
Aracaju (SE), Pelotas (RS), Uruguai (RS), entre outras. Principalmente em São
Paulo, ele é um dos responsáveis por propor e coordenar a reforma do Rio Tietê na
gestão do prefeito José Pires do Rio.

Graças ao seu desempenho, o primeiro passo para construção de vias


paralelas ao longo do rio, que era muito tortuoso no momento, mas foi
disponibilizada uma espécie de piscinão próximo das margens do rio para evitar
inundações e construir avenidas marginais.

Depois de voltar para sua cidade natal, foi contratado pela prefeitura e
trabalhou na cidade e na baixada de Campos para resolver o problema das
enchentes do Rio Paraíba Sul na região.

Ao longo da vida, organizou e implantou projetos de saneamento básico,


abastecimento de água e rede de esgoto em diversas cidades do Brasil. Saturnino
de Brito goza de grande reputação internacional e foi premiado com o emblema de
servir à humanidade pela "Legião de Honra Francesa". Em maio de 1929, a revista
parisiense "Technique Sanitaire" publicou um artigo em sua página sobre Saturnino
de Brito: "Um higienista incomparável que deu valiosas lições e exemplos para
técnicos na França e no mundo”.
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1.2. Planos para São Paulo

São Paulo se prepara para se tornar a metrópole que é hoje. Impulsionada


pelo dinheiro do café, a capital anseia por modernização. Os planejadores urbanos e
engenheiros sanitários, são profundamente influenciados pelo urbanismo sanitário
europeu. Nesse período, diversos projetos de paisagismo e urbanização realizados
em São Paulo seguiram a premissa do Urbanismo Sanitarista.

São Paulo no início do século XX

Rua Líbero Badaró, centro de São Paulo, década de 1930. (Imagem 3)

Muitos dos programas de paisagismo e urbanização de São Paulo realizados


ao longo deste período seguiram as premissas do Urbanismo Sanitarista. Entre os
principais modelos de bairros implementados sob esta ótica, temos Campos Elíseos,
Higienópolis e Bela Vista, bairros da elite cafeeira e industrial da cidade.

Dentre os principais modelos comunitários implantados nessa perspectiva,


temos Campos Elíseos, Higienópolis e Bela Vista, todas comunidades cafeeiras
urbanas e elites industriais em meados do século XX. Essa conjectura obrigou as
autoridades a tomarem algumas decisões sobre como melhorar a situação, que se
mostrou insustentável para a maioria das pessoas, inclusive a elite paulista.
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Evolução populacional do município de São Paulo 1872-1950. (Imagem 4)

Vista aérea da cidade de São Paulo, 1940. (Imagem 5)

Além disso, a cidade de São Paulo presenciou uma explosão demográfica ao


final do século XIX e até a primeira metade do século XX. Tal conjectura pressionou
as autoridades a tomar algumas decisões sobre o que fazer para melhorar aquela
situação, que se mostrava insustentável para a maioria, incluindo a elite paulistana.

Um dos principais pontos elencados como prioridade foi à questão sanitária,


em um momento em que os esgotos da cidade eram jogados diretamente nas
várzeas dos rios. Tal ação levava a uma série de transtornos e problemas de saúde
pública, com a proliferação de doenças e um desagradável mau cheiro. Mas então, o
que fazer com os rios e com o problema sanitário?
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Essa pergunta pode ser respondida com uma frase: maior respeito aos
movimentos naturais dos rios. Previa, portanto, a retificação das margens do Rio
Tietê com 90 a 120 metros de largura, que seria cercado por parques com mais 30
metros de largura.

Projeto de Saturnino de Brito para o Rio Tietê. (Imagem 6)

Além disso, considerava o uso integrado das águas, demandas por


transporte, saneamento, energia e recreação. Estações de tratamento de esgoto,
áreas de lazer contemplativas nos parques e lagos artificiais, tanto para potencializar
o lazer nestas áreas verdes, quanto para servirem como elementos captadores de
águas das chuvas, evitando enchentes.

Todavia, Saturnino de Brito não era um ambientalista ou um ecologista —


longe disso. O seu plano também previa a criação das marginais e a realocação da
ferrovia da cidade para a margem direita do Rio Tietê, circundando os parques
planejados. Apesar disso, o projeto de Saturnino de Brito tinha méritos e foi utilizado
como base para o Plano de Prestes Maia — que eliminou praticamente seu ponto
mais positivo que era o respeito ao movimento dos rios da cidade.
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CAPÍTULO 2. Os sete canais

Canal 1

Em 19 de outubro de 1905 teve início as obras para o 1 o dos canais. A


intenção desse projeto era de separar as águas do esgoto, de rios e córregos,
reduzindo a quantidade de doenças propagadas na cidade, que entre os anos 1890
e 1904 matou cerca de 50% da população com doenças epidêmicas.

E o canal mais próximo à divisa de São Vicente e leva o nome do político


José Gomes Pinheiro Machado.

Este, nascido em Cruz Altar Alta no Rio Grande do Sul em 08/05/1951 e com
data de morte em 08/09/1951 no Rio de Janeiro

Foi um dos mais influentes políticos brasileiros na República Velha (1889-


1930) e foi conhecido como “o Contestável da República” e símbolo da “Política dos
governadores"

Canal 1 ao final da década de 1900 (Imagem 7)


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Canal 2

O nome que o Canal 2 recebeu foi o de Bernardino José de Campos Jr.


conhecido nacionalmente como Bernardino de Campos. Foi um advogado e político
brasileiro. Nasceu em 1841 na cidade de Pouso Alegre (MG). Foi governador de SP
em 1892 e em 1896, mas sua carreira política iniciou-se em 1865, na cidade de
Amparo onde foi eleito vereador diversas vezes.

Canal 3

Washington Luiz que nomeia o canal 3, nasceu em Macaé Rio de Janeiro, foi
um advogado historiador e político brasileiro.

Em sua carreira política, destacam-se cargos como prefeito, vereador e


deputado estadual em Batatais São Paulo.

Foi prefeito e governador de São Paulo, senador federal e em 1926 foi eleito o
último presidente do Brasil da “República Velha”.

Seu lema era “Governar é abrir estradas”; E das realizações mais importantes
destaca-se a construção da Rodovia Rio-São Paulo e da Rio-Petrópolis.

Em 24/10/1930, foi deposto pelos ministros militares, foi preso e levado para o
Forte de Copacabana.

Exilado, Washington Luiz viveu na Europa, retornando ao Brasil após a queda


de Getúlio Vargas.

Canal 4

Fica bem no meio da cidade, próximo a escritórios e universidades da região,


além da Pinacoteca Benedito Calixto.

Foi inaugurado junto do canal 3, em 1923 e assim como os outros, tinham o


objetivo de retirar resíduos sólidos que seriam desaguados no mar.

O canal 4 passa pela cidade de Santos de norte a sul, do porto à praia, onde
separa as areias do Boqueirão e do Embaré.

Dá-se ao canal o nome de Siqueira Campos, militar e político brasileiro, que


participou da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana no início do Movimento
Tenentista.
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Esse grupo era composto por oficiais brasileiros insatisfeitos com o sistema
político, o que os fez marchar em direção às tropas do governo, acabando cercados
e fuzilados. Dos 18, somente 2 sobreviveram, e Siqueira Campos foi um deles.
Seu nome então ficou conhecido como um dos símbolos do movimento, e diversas
outras revoltas como essa foram registradas no país, culminando na Coluna Prestes
em 1925.

Canal 5

Fica próximo ao shopping Praiamar, Fonte do Sapo, Sesc e diversos bares e


padarias tradicionais de bairro.

Foi inaugurado em 1927 e leva o nome de Almirante Cochrane, um almirante


escocês, convidado pelo ministro do interior e das relações Exteriores do Império a
liderar uma “Marinha de Guerra” Para atacar a força parlamentar portuguesa.

O almirante assumiu o seu posto de Primeiro Almirante do Brasil em


21/03/1823 e através de suas manobras de investidas na marinha brasileira,
conseguiu lutar e fazer com que o Dom Pedro I gritasse a Independência do Brasil

Canal 6

Foi o terceiro canal a ser inaugurado, em 1919 quase uma década após a
inauguração do 1 e do 2. Ficam próximos a ele o aquário municipal o museu de
pesca e clubes da cidade.

Leva o nome do Coronel Joaquim Montenegro, um santista que se tornou


vereador em 1896.

Em 1916 ajudou a fundar o Albergue Noturno de Santos, o que lhe ajudou a


ser reconhecido na sociedade.

Era um homem severo, mas solidário. Durante os surtos de gripe espanhola,


que assolou Santos entre 10 e 12 de 1918, ele foi determinante na garantia do
atendimento médico à população.
Em 1920 assumiu como prefeito de Santos, uma época que a cidade vivia
momentos áureos. Foi no governo dele que surgiram a Bolsa do Café e a Praça da
Independência.

Veio a falecer em 26/03/1930.


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Canal 7

É o caçula entre os canais. Foi inaugurado em 1968, mais de 40 anos depois


do último antes dele ser construído.

Fica próximo ao museu do mar, o deck do pescador e mercado do peixe.

Leva o nome do general San Martin, foi um general argentino e o primeiro


líder da parte sul da América do Sul que teve sucesso no seu esforço para a
Independência da Espanha, tendo participado dos processos de Independência da
Argentina do Chile e do Peru.

Distância entre os canais (Imagem 8)


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2.1. Outros canais de Santos

Estes três canais foram criados para a captação do esgoto. São subterrâneos
e captam na cidade toda (no começo, os rejeitos atravessavam pela ponte Pênsil,
onde há uma tubulação de esgotos (hoje inativa) e então os dutos eram jogados em
alto mar in natura, sem tratamento algum. Canal da Rua Moura Ribeiro, Canal da
Jovino de Melo e Canal da Rua Francisco Manoel.

Hoje em dia, há uma estação de tratamento de esgoto subterrâneo próximo


ao Orquidário e ao Emissário submarino.

O canal do Orquidário nasce no morro de Santa Terezinha, atravessa todo o


orquidário e prossegue pela avenida Barão de Penedo, desaguando no canal 1, a
poucos metros da praia.
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2.2. Jardim da orla

Desenvolvido pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito o projeto que


nasceu em 1914 só começou a ser viabilizado em 1936, sendo resultado de um
projeto de ir urbanização para acabar com a especulação imobiliária da época.

Entre 1949 e 1959, o jardim, considerado o maior jardim de praia do mundo,


ganhou fontes, postos de salvamento e o Aquário Municipal.

Os jardins contam com 38 monumentos, que relatam personagens e páginas


significativas da história do Brasil e do Mundo.

Ao seu longo, existem 1300 canteiros com mais de 70 espécies de plantas


ornamentais. Há ainda 1800 árvores de vários portes, como palmeiras, cycas e
chapéus de sol.

Saturnino foi o 1º a imaginar a faixa de orla junto à areia da praia


completamente ajardinada.

Na planta de 1910, Saturnino de Brito sugeria a ocupação de toda a extensão


praiana. Ele ficou satisfeito com seu projeto e apresentou-o à Câmara Municipal.

No entanto, uma grande quantidade de desapropriações entrava em conflito


com interesses imobiliários, o que impediu a ideia de avançar.

No final da briga. Saturnino de Brito perdeu e não conseguiu emplacar sua


proposta de forma absoluta.

Jardim da Orla de Santos (Imagem 9)


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Depois que ele concluiu o projeto de saneamento da cidade, ele foi embora
não pode testemunhar e surgimento dos jardins da orla da cidade. A única das
ideias que fazem parte de seu sonho para Santos, hoje um cartão postal que orgulha
todos os santistas e registrado no Guiness World Records desde 2002!
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2.3. A Ponte Pênsil

A Ponte Pênsil foi a 1o ponte do gênero, suspensa construída no país.

Sua história começou em 1910, quando Saturnino teve o desafio de melhorar


as condições sanitárias do local.

A ideia era que a ponte desse suporte à instalação de uma tubulação para
levar o esgoto de Santos e São Vicente.

A obra foi entregue em 1914 e trouxe, além da melhoria sanitária, um


desenvolvimento na mobilização urbana.

Ponte Pênsil no ano de 1914 (Imagem 10)

Por conta do trânsito intenso, várias reformas já foram feitas na ponte.

Recentemente, entre 2013 e 2015, os cabos de aço (que tinham sido trazidos
da Alemanha) foram trocados por um material trazido da Itália.

O piso também foi trocado, para que a ponte aguentasse o tráfego intenso de
veículos. Pela 1o vez uma ponte brasileira passou por uma troca de cabos; Somente
China, África do Sul e Escócia haviam feito esse trabalho até então.
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Ponte Pênsil nos dias de hoje (Imagem 11)


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2.4. Regularização do Tietê

A regularização do Rio Tietê, em São Paulo é uma obra que levou mais de 80
anos para ser concluída, desde que os estudos para lidar com os problemas de
enchentes e saneamento da cidade começaram.

Cabia ao governo a implementação de obras de saneamento para os rios e


várzeas.

As constantes inundações dos rios Tamanduateí e Tietê e as preocupações


com a regularização dos seus cursos, levou à elaboração de levantamentos
topográficos e ao desenvolvimento de propostas para a retificação do Rio Tietê, por
volta dos anos de 1880.

Plano de Saturnino de Brito para o Rio Tietê (Imagem 12)

Seu plano também previa a criação das marginais e a recolocação da ferrovia


da cidade para a margem direita do Rio Tietê, circundando os parques planejados. O
ponto mais positivo desse plano de Saturnino de Brito era respeitar o movimento dos
rios da cidade, porém quem realmente o realizou foi Prestes Maia, que tinha como
objetivo as avenidas na cidade.

Prestes Maia utilizou sim o plano de Saturnino de Brito, porém o modificou bastante.
O resultado é a cidade que temos hoje.
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CONCLUSÃO 
 
Com isso concluímos que Saturnino de Brito foi um grande sanitarista muito
importante para as cidades de Santos e São Paulo criando construção que foram
importantes para a sobrevivência humana reduzindo muito a propagação de
diversas doenças salvando milhares de vidas. 
Por consequência de diversas de suas construções houve um aumento na
mobilidade criando várias vias muito importantes para o crescimento das cidades em
que atuou. Ficou conhecido mundialmente fazendo trabalhos não só no Brasil como
no mundo todo trazendo otimização no saneamento básico de cidades, estados e
países. 
Também é possível observar que os santistas se orgulham de terem os
canais e por conta de uma de suas maiores obras, se não a maior a construção do
jardim da orla de Santos que é um motivo de grande orgulho dos santistas. 
Saturnino foi tão importante para cidade de Santos que foi homenageado com
uma rua com o seu nome, localizada no bairro do Marapé, paralela ao Canal
1 inaugurada em 28 de agosto de 1937, além de uma rua em Santos também há
uma escola homenageando seu nome. 
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BIBLIOGRAFIA

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