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NUTRIÇÃO

Aula 00 Demonstrativa – Educação Nutricional


Prof. Joyce Souza

Aula 00 Demonstrativa
Educação Nutricional

Professor: Joyce Souza

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Aula 00 – Educação Nutricional

Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................ 3
BREVE HISTÓRICO................................................................. 4
SÃO DIRETRIZES DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR....................... 8
CONCEITO ........................................................................... 13
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
............................................................................................ 14
PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL ... 16
MARCO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) . 17
PAPEL DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NOS
HÁBITOS ALIMENTARES ...................................................... 23
APLICAÇÃO DE MEIOS E TÉCNICAS NO PROCESSO
EDUCATIVO ......................................................................... 24
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES
EDUCATIVAS EM NUTRIÇÃO ................................................ 24
QUESTÕES COMENTADAS .................................................... 26
REFERÊNCIAS ...................................................................... 32

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Introdução

Educação Nutricional é uma disciplina que consta do currículo mínimo do curso


de Nutrição, constitui atividade privativa do nutricionista segundo a Lei Federal
8.234/91 que regulamenta a profissão de nutricionista e faz parte das ações
deste profissional em todos os campos de atividade.

Vale ressaltar que a educação nutricional crítica influenciou os conteúdos da


disciplina educação nutricional, integrante dos currículos para formação de
nutricionistas, fortalecendo a discussão sobre a determinação social da fome e
da desnutrição e a relação desses fenômenos com o modelo de organização
capitalista, em detrimento do enfoque biológico e técnico, como também dos
métodos e técnicas educativas. Como consequência, passa-se a discutir a fome
e não apenas a desnutrição, e a educação alimentar passa a contemplar não
somente as práticas alimentares, pressupondo, também, a tarefa de esclarecer
a população sobre os direitos de cidadania.

No Brasil, o interesse pela Educação Nutricional surgiu nos anos quarentas,


período em que gozou de status privilegiado e era vista como um dos pilares
dos programas governamentais de proteção ao trabalhador. Ela nasceu com a
perspectiva de ser uma alavanca que determinaria mudanças significativas nas
condições de alimentação da população trabalhadora.

A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) alcançou um ponto importante de seu


processo de construção. Após ter percorrido um longo caminho, permeado por
“altos e baixos” e depois de ter superado obstáculos a EAN se insere no âmbito
das políticas públicas no contexto da promoção da saúde e da Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN).

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Breve Histórico

No período de 1940-1960, a história da educação alimentar e nutricional no


Brasil esteve vinculada às campanhas de introdução de novos alimentos e às
práticas educativas que se tornaram um dos pilares das políticas de
alimentação e nutrição deste período.

Na década de 40, uma profissional de saúde deveria ir à casa das pessoas para
fazer educação alimentar no local onde a alimentação era preparada. Tal
iniciativa foi considerada invasiva pela população que achava uma intromissão
de profissionais da área de saúde no ambiente doméstico. Nas décadas de 50 e
60, a educação nutricional era ligada às campanhas que visavam à introdução
da soja na alimentação. Neste período a educação era voltada através do
convênio MEC-USAID, onde eram doados para os países do terceiro mundo os
excedentes agrícolas dos Estados Unidos. Essa iniciativa resultou em várias
críticas o que levou ao descrédito da Educação Nutricional.

CONVÊNIO MEC-USAID

Série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o Ministério da Educação


brasileiro (MEC) e a United States Agency for International Development
(USAID). Visavam estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação
financeira à educação brasileira. Entre junho de 1964 e janeiro de 1968,
período de maior intensidade nos acordos, foram firmados 12, abrangendo
desde a educação primária (atual ensino fundamental) ao ensino superior.

Nesse contexto, a “ajuda externa” para a educação tinha por objetivo fornecer
as diretrizes políticas e técnicas para uma reorientação do sistema educacional
brasileiro, à luz das necessidades do desenvolvimento capitalista internacional.
Na prática, os MEC-USAID não significaram mudanças diretas na política
educacional, mas tiveram influência decisiva nas formulações e orientações que,
posteriormente, conduziram o processo de reforma da educação brasileira na
Ditadura Militar.

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Na década de 60 e 70 a Educação Nutricional se distanciou das raízes sociais e


antropológicas, dando lugar à medicina como mentora dos programas de
Educação Nutricional e o critério de êxito, inspirado nas concepções
behavioristas de educação passou a ser exclusivamente a mudança de
comportamento observável. No meados dos anos 70, a renda era o principal
obstáculo para se obter uma alimentação saudável. Em decorrência disso, as
estratégias de suplementação alimentar passaram a ser o eixo norteador das
políticas.

No meado da década de 80 houve uma importante contribuição para a


discussão sobre as novas perspectivas da educação alimentar e nutricional,
através da educação nutricional crítica. Essa concepção identificou a
incapacidade da educação alimentar e nutricional ser vista de forma isolada, no
momento da promoção das alterações em relação às práticas alimentares.

A educação nutricional crítica assume o compromisso político de colocar as


produções técnicas e científicas a serviço do fortalecimento das classes
populares contra a exploração que gera fome e desnutrição, como
consequência, passa-se a discutir sobre a fome e não apenas a desnutrição,
onde a educação alimentar passa a contemplar a população sobre as práticas
alimentares e também a esclarecer a população sobre os direitos de cidadania.

No início da década de 90, o aumento da obesidade fez com que ressurgisse


novos interesses sobre o assunto. Nesse período foi observada a diminuição no
consumo de frutas cereais e leguminosas e o tradicional arroz com feijão
perdeu seu prestígio. A constatação científica de que uma má alimentação é um
fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas não degenerativas, fez
com que a Educação Nutricional fosse lembrada como medida a ser considerada
para reverter o crescente consumo de gorduras, açúcar e produtos
industrializados que traria malefícios à saúde.

Neste mesmo período, a discussão sobre segurança alimentar passa ser muito
abrangente impactando nas formulações de política públicas de alimentação e

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nutrição no país. É nesse cenário que se emerge a concepção de práticas


alimentares saudáveis, na qual a alimentação é utilizada como estratégia de
promoção de saúde.

No início dos anos 2000 houve a implementação do Programa fome zero que
contemplava a educação alimentar e nutricional sob duas frentes de atuação. A
primeira previa campanhas publicitárias e palestras sobre educação alimentar e
educação para o consumo. Foi observado a partir de 2003 o aumento das
ações em educação nutricional nas iniciativas públicas, no âmbito de
restaurantes populares, bancos de alimentos, equipes de atenção básica de
saúde, no Programa de Saúde do Trabalhador (PAT).

O Brasil tem realizado grandes avanços no campo da segurança alimentar e


nutricional desde 2003, quando lançada a Estratégia Fome Zero. Ao eleger
como prioridade o combate à fome e à pobreza, o Governo Federal fortaleceu e
criou políticas públicas que se mostraram efetivas para a melhoria das
condições sociais e de alimentação dos grupos sociais mais vulneráveis.
Igualmente importante foi o processo de institucionalização desta política, que
se inicia com a promulgação da Lei nº 11.346/2006, a Lei Orgânica de
Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), que criou o Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e estabeleceu as bases para a
construção da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional.

Este processo realiza-se por meio da adoção de mecanismos de participação


social, com a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (CONSEA) e a criação dos Conselhos Estaduais e Municipais
congêneres, e possui como base e vetor a realização do Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA), que, em 2010, foi literalmente expresso em
nossa Constituição Federal. É importante ressaltar que, em 2011, foi lançado o
Plano Brasil sem Miséria, que reforça o compromisso de erradicação da fome e
da miséria no nosso país e mantém uma estreita ligação com este Plano.

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Lei nº 11.346/2006 - Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e


Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação
adequada e dá outras providências.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm

No PNAE a educação alimentar e nutricional resultou na lei nº 11.947/09, onde


uma diretriz prevê “a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo
de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o
tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de
vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional”.

Lei nº 11.947/2009 - Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e


do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as
Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006,
11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória no
2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de julho de 1994;
e dá outras providências.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11947.htm

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Atualmente o texto do PNAN mostra que a educação nutricional está descrita de


maneira transversal em todas as diretrizes e também prioriza a elaboração e a
pactuação de uma agenda integrada intra e intersetorial de educação alimentar
e nutricional. A educação alimentar e nutricional está ainda presente em outras
políticas e documentos normativos da Saúde tais como a Política Nacional de
Promoção da Saúde (PNPS) o plano de ações estratégicas para o enfrentamento
das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e a Portaria 1010/2006 que,
em parceria com o Ministério da Educação, estabelece as bases da promoção da
alimentação saudável nas escolas.

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.010 DE 8 DE MAIO DE 2006. -


Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de
educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em
âmbito nacional.

http://crn3.org.br/Areas/Admin/Content/upload/file-0711201572722.pdf

Diretrizes da alimentação escolar

I - O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso


de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os
hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o
desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em
conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que
necessitam de atenção específica;

II - A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de


ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o

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tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de


vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional;

III - A universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede


pública de educação básica;

IV - A participação da comunidade no controle social, no


acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios para garantir a oferta da alimentação escolar saudável e
adequada;

V - O apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a


aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e
preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores
familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de
remanescentes de quilombos;

VI - O direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança


alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária,
respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde
dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram
em vulnerabilidade social.

Para Boog (1997) a Educação Nutricional é apontada como estratégia de ação a


ser adotada prioritariamente pela saúde pública para conter o avanço da
prevalência de doenças crônico-degenerativas.

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IADES - EBSERH - Nutricionista - 2014


A alimentação saudável deve ser entendida como direito humano,
compreendendo um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas,
sociais e culturais dos indivíduos, de acordo com as fases do curso da vida e
com base em práticas alimentares que assumam os significados socioculturais
dos alimentos. É correto afirmar que a alimentação saudável nas escolas deve
ser promovida com base em

a) Ações de educação alimentar e nutricional, desconsiderando os hábitos


alimentares, como expressão de manifestações culturais, regionais e
nacionais.
b) Estímulo à produção de hortas escolares, objetivando a venda dos
alimentos produzidos e arrecadação de recursos para a escola.
c) Estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentos nas
casas dos estudantes, evitando o fornecimento de serviços de
alimentação do ambiente escolar.
d) Promoção comercial no ambiente escolar de alimentos e preparações com
altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e
incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras.
e) Monitoramento da situação nutricional dos escolares.

Alternativa E

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Marcos Históricos das EAN

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A Educação Nutricional configura-se em um campo de atuação educativa do


nutricionista segundo a Lei Federal 8.234/ 91 que regulamenta a profissão de
nutricionista e faz parte das ações deste profissional em todos os campos de
atividade. Nesse campo é possível, construir conhecimentos significativos com o
paciente, uma vez que o mesmo poderá ser considerado sujeito ativo do
processo, sempre aberto e flexível às suas necessidades. (MANÇO E COSTA,
2004)

É um processo educativo que através da união de conhecimentos e experiências


do educador e do educando, que torna os sujeitos seguros para realizarem suas
escolhas alimentares de forma que garantam uma alimentação saudável e
prazerosa, visando no atendimento de suas necessidades fisiológicas,
psicológicas e sociais, e também, na formação ou mudanças nas práticas
alimentares. (LAZARI, ET AL., 2012)

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Conceito
A adoção de um conceito de EAN deve considerar aspectos que contemplem
desde a evolução histórica e política da EAN no Brasil às múltiplas dimensões da
alimentação e do alimento e os diferentes campos de saberes e práticas
conformando uma ação que integre o conhecimento científico ao popular.
Adota-se o termo Educação Alimentar e Nutricional e não o termo Educação
Nutricional ou o termo Educação Alimentar para que o escopo de ações abranja
desde os aspectos relacionados ao alimento e alimentação, os processos de
produção, abastecimento e transformação aos aspectos nutricionais.

Portanto, “Educação Alimentar e Nutricional, no contexto da realização


do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança
Alimentar e Nutricional, é um campo de conhecimento e de prática
contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e
multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária
de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de
abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que
favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais,
considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema
alimentar e as interações e significados que compõem o
comportamento alimentar.

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CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás - Nutricionista


Para o sucesso da educação nutricional, a abordagem deve ser centrada no
indivíduo, e alguns aspectos devem ser considerados. Analise os aspectos
abaixo.

I – O nutricionista deve ouvir o cliente para poder falar para ele e não com ele.

II – Incentivar os pequenos passos e não focalizar apenas o resultado final.

III – Evitar transmitir julgamentos sobre as decisões, estilo de vida ou


comportamento do cliente.

É (São) aspecto(s) que deve(m) ser considerado(s)

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) II e III.

e) I, II e III

Alternativa D

Importância da Educação Alimentar e Nutricional

A difusão da noção de promoção das práticas alimentares saudáveis pode ser


observada nas mais diversas ações políticas e estratégias relacionadas com
alimentação e nutrição. Pode-se afirmar que essa noção é resultante do
cruzamento entre o conceito de promoção da segurança alimentar e o da
promoção da saúde.

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O papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma estratégia


fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-doença-
cuidado e da sua determinação. A direção, nesse caso, é o fortalecimento do
caráter promocional e preventivo, contemplando o diagnóstico e a detecção
precoce das doenças crônico-degenerativas e aumentando a complexidade do
primeiro nível de atenção, elementos que ainda são considerados como desafios
para o sistema de saúde.
Desta forma, a educação alimentar e nutricional é vista como estratégia
fundamental para promoção da saúde e educação nutricional.

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CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás - Nutricionista


A compreensão dos princípios da educação nutricional é fundamental para que
seus objetivos sejam alcançados, afirmando que a educação nutricional:
a) pressupõe a heteronomia do cliente.
b) define metas para controle dos processos patológicos que devem ser
seguidas pelo cliente.
c) utiliza, predominantemente, métodos objetivos de avaliação do estado
nutricional do cliente.
d) considera que a doença pode ser uma oportunidade de crescimento e
desenvolvimento pessoal.
e) tem como meta a mudança dos hábitos alimentares a curto prazo nos casos
de distúrbios nutricionais severos.

Alternativa D

Princípios da Educação Alimentar e Nutricional


Enquanto política pública, a EAN pode ocorrer em diversos setores e deverá
observar os princípios organizativos e doutrinários do campo no qual está
inserida.
Assim, na esfera da segurança alimentar e nutricional, deverá observar os
princípios do SISAN; na saúde, os princípios do SUS, na educação, os princípios
da PNAE, na rede sociassistencial, os princípios do SUAS (Sistema Único de
Assistência Social) e assim sucessivamente.

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Marco de Educação Alimentar e Nutricional (EAN)


https://www.youtube.com/watch?v=E899xC32MWk

Agora que você já assistiu ao vídeo com o resumo dos princípios, vamos
aprofundar no assunto:

 Sustentabilidade social, ambiental e econômica

A temática e os desafios da sustentabilidade assumem um papel central na


reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e dos padrões de produção,
de abastecimento, de comercialização, de distribuição e de consumo de
alimentos. No contexto deste Marco, “sustentabilidade”, inspirada em seu
conceito original (ONU, 1987) e no conceito de “ ecologia integral” (BOFF,
1999; DELLORS, 1999), não se limita à dimensão ambiental, mas estende-se às
relações humanas, sociais e econômicas estabelecidas em todas as etapas do
sistema alimentar. Assim, a EAN quando promove a alimentação saudável
refere-se à satisfação das necessidades alimentares dos indivíduos e
populações, no curto e no longo prazos, que não implique o sacrifício dos
recursos naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações
econômicas e sociais estabelecidas a partir dos parâmetros da ética, da justiça,
da equidade e da soberania.

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 Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade

Compreende-se sistema alimentar como o processo que abrange desde o


acesso à terra, à água e aos meios de produção, as formas de processamento,
de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a escolha e consumo
dos alimentos, incluindo as práticas alimentares individuais e coletivas, até a
geração e a destinação de resíduos. As ações de EAN precisam abranger temas
e estratégias relacionadas a todas estas dimensões de maneira a contribuir para
que os indivíduos e grupos façam escolhas conscientes, mas também que estas
escolhas possam, por sua vez, interferir nas etapas anteriores do sistema
alimentar.

 Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de


opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes
de diferentes naturezas

A alimentação brasileira, com suas particularidades regionais, é uma das


expressões do nosso processo histórico e de intercâmbio cultural entre os
diferentes povos que formaram nossa nação. Assim, a EAN deve considerar a
legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e ciência. Respeitar e
valorizar as diferentes expressões da identidade e da cultura alimentar de nossa
população, reconhecendo e difundindo a riqueza incomensurável dos alimentos,
das preparações, das combinações e das práticas alimentares locais e regionais.
Esse princípio trata da diversidade na alimentação e deve contemplar as
práticas e os saberes mantidos por povos e comunidades tradicionais, bem

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como diferentes escolhas alimentares, sejam elas voluntárias ou não, como por
exemplo, as pessoas com necessidades alimentares especiais.

 A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária


enquanto prática emancipatória

A alimentação envolve diferentes aspectos que manifestam valores culturais,


sociais, afetivos e sensoriais. Assim, as pessoas, diferentemente dos demais
seres vivos, não se alimentam de nutrientes, mas de alimentos e preparações
escolhidas e combinadas de uma maneira particular, com cheiro, cor,
temperatura, textura e sabor, se alimentam também de seus significados e de
seus aspectos simbólicos (DAMATA, 1987). Quando a EAN aborda estas
múltiplas dimensões ela se aproxima da vida real das pessoas e permite o
estabelecimento de vínculos, entre o processo pedagógico e as diferentes
realidades e necessidades locais e familiares.

Da mesma maneira, saber preparar o próprio alimento gera autonomia, permite


praticar as informações técnicas e amplia o conjunto de possibilidades dos
indivíduos. A prática culinária também facilita a reflexão e o exercício das
dimensões sensoriais, cognitivas e simbólicas da alimentação (DIEZ-GARCIA;
CASTRO, 2010). Mesmo quando o preparo efetivo de alimentos não é viável nas
ações educativas, é necessário refletir com as pessoas sobre a importância e o
valor da culinária como recurso para alimentação saudável (DAMATA, 1987).

 A Promoção do autocuidado e da autonomia

O autocuidado é um dos aspectos do viver saudável. É a realização de ações


dirigidas a si mesmo ou ao ambiente, a fim de regular o próprio funcionamento
de acordo com seus interesses na vida; funcionamento integrado e de bem-
estar. As ações do autocuidado são voluntárias e intencionais, envolvem a
tomada de decisões, e têm o propósito de contribuir de forma específica para a
integridade estrutural, o funcionamento e o desenvolvimento humano. Essas
ações são afetadas por fatores individuais, ambientais, socioculturais, de acesso
a serviços entre outros. O exercício deste princípio pode favorecer a adesão das

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pessoas às mudanças necessárias ao seu modo de vida. O autocuidado e o


processo de mudança de comportamento centrado na pessoa, na sua
disponibilidade e sua necessidade são um dos principais caminhos para se
garantir o envolvimento do indivíduo nas ações de EAN. A promoção do
autocuidado tem como foco principal apoiar as pessoas para que se tornem
agentes produtores sociais de sua saúde, ou seja, para que as pessoas se
empoderem em relação à sua saúde. Os principais objetivos do apoio ao
autocuidado são gerar conhecimentos e habilidades às pessoas para que
adotem, mudem mantenham comportamentos que contribuam para a sua
saúde.

 A Educação enquanto processo permanente e gerador de


autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos

As abordagens educativas e pedagógicas adotadas em EAN devem privilegiar os


processos ativos, que incorporem os conhecimentos e práticas populares,
contextualizados nas realidades dos indivíduos, suas famílias e grupos e que
possibilitem a integração permanente entre a teoria e a prática. O caráter
permanente indica que a EAN precisa estar presente ao longo do curso da vida
respondendo às diferentes demandas que o indivíduo apresente, desde a
formação dos hábitos alimentares na primeira infância à organização da sua
alimentação fora de casa na adolescência e idade adulta. O fortalecimento da
participação ativa e a ampliação dos graus de autonomia, para as escolhas e
para as práticas alimentares implicam, por um lado, o aumento da capacidade
de interpretação e a análise do sujeito sobre si e sobre o mundo e,
complementarmente, a capacidade de fazer escolhas, governar, transformar e
produzir a própria vida. Para tanto, é importante que o indivíduo desenvolva
senso crítico frente a diferentes situações e possa estabelecer estratégias
adequadas para lidar com elas. Diante das inúmeras possibilidades de consumo,
bem como das regras de condutas dietéticas, a decisão ativa e informada
significa reconhecer as possibilidades, poder experimentar, decidir, reorientar,
isto é, ampliar os graus de liberdade em relação aos aspectos envolvidos no

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comportamento alimentar. Neste sentido, a EAN deve ampliar a sua abordagem


para além da transmissão de conhecimento e gerar situações de reflexão sobre
as situações cotidianas, busca de soluções e prática de alternativas.

 A diversidade nos cenários de prática

As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira


coordenada e utilizar abordagens que se complementem de forma harmônica e
sistêmica. Além de estarem disponíveis nos mais diversos espaços sociais para
os diferentes grupos populacionais. O desenvolvimento de ações e estratégias
adequadas às especificações de práticas é fundamental para alcançar os
objetivos da EAN, além de contribuir para o resultado sinérgico entre as ações.

 Intersetorialidade

Compreende-se intersetorialidade como uma articulação dos distintos setores


governamentais, de forma que se corresponsabilizem pela garantia da
alimentação adequada e saudável. O processo de construção de ações
intersetoriais implica a troca e a construção coletiva de saberes, linguagens e
práticas entre os diversos setores envolvidos com o tema, de modo que nele se
torna possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade da
alimentação e vida. Neste processo cada setor poderá ampliar sua capacidade
de analisar e de transformar seu modo de operar, a partir do convívio com a
perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos
sejam mais efetivos e eficazes.

 Planejamento, avaliação e monitoramento das ações

O planejamento, compreendido como um processo organizado de diagnósticos,


identificação de prioridades, elaboração de objetivos e estratégias para alcançá-
los, desenvolvimento de instrumentos de ação, previsão de custos e recursos
necessários, detalhamento de plano de trabalho, definições de
responsabilidades e parcerias, definições de indicadores de processos e
resultados, é imprescindível para a eficácia e eficiência das iniciativas e a

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sustentabilidade das ações de EAN. A qualidade do processo de planejamento e


implementação destas iniciativas também depende do grau de envolvimento e
compromisso não apenas dos profissionais, mas também dos indivíduos e
grupos. Desta maneira os processos participativos tendem a gerar melhores
resultados, impacto e sustentabilidade das iniciativas. O diagnóstico local
precisa ser valorizado, no sentido de propiciar um planejamento específico, com
objetivos delineados a partir das necessidades reais das pessoas e grupos, para
que metas possam ser estabelecidas e para que resultados possam ser
alcançados. No entanto, o processo de planejamento precisa ser participativo,
de maneira que as pessoas possam estar legitimamente inseridas nos processos
decisórios.

Atendendo a estes princípios, todas as estratégias de EAN têm como referência


o Guia Alimentar para a População Brasileira.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/guia_a
limentar

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A criação do Marco de Referência em Educação Alimentar e Nutricional para as


Políticas Públicas representa um importante passo para
a consolidação da EAN nas políticas públicas
brasileiras. Ele foi elaborado de forma articulada entre
vários setores, num processo conduzido pelo Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em
parceria com o Ministério da Saúde e da Educação,
Associação Brasileira de Nutrição, Conselho Federal de
Nutricionistas, Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional e Observatório de Políticas de
Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade de Brasília. Este processo
contou, ainda, com a participação de diversos setores da sociedade.

Papel da Educação Alimentar e Nutricional nos hábitos


alimentares

Diversos estudos têm apontado o vínculo da educação alimentar com o


contexto político e social. Essas políticas redefinem com frequência as
prioridades em relação aos problemas nutricionais e como consequência, os
objetivos e as abordagens educacionais acabam por sofrer interferências.
O papel da educação alimentar e nutricional está vinculado à produção de
informações que sirvam como subsídios para a tomada de decisões que
fortaleçam as políticas de promoção a saúde e dos direitos humanos.

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Aplicação de meios e técnicas no processo educativo

Diversos pesquisadores da área buscaram desenvolver novas teorias e métodos


educativos que pudessem influenciar nas mudanças dos hábitos alimentares. As
estratégias de ações educativas possuem métodos como: simpósio, painel,
discussão em grupo, estudo de caso, leitura dirigida, seminário, dinâmicas,
dramatização, ludo pedagógicas entre outros.

Os conteúdos informativos das estratégias educativas devem ter como base o


conhecimento técnico científico, que deve ser diferenciado do saber popular. O
educador em alimentação e nutrição não deve apenas transmitir informações
corretas de forma didática, mas também compreender a maneira como o
interlocutor vivencia o problema alimentar não apenas no que se refere ao
consumo alimentar propriamente dito, mas a todas as questões de natureza
subjetiva e interpessoal agregadas no comportamento alimentar.

Desenvolvimento e avaliação de atividades educativas em


nutrição

Educar em nutrição é tarefa complexa. As atitudes são formadas por


conhecimentos, crenças, valores e predisposições pessoais e sua modificação
demanda reflexão, tempo e orientação competente.

A avaliação consiste no frequente acompanhamento das atividades educativas


para observar se os objetivos que foram propostos anteriormente estão sendo
alcançados e se as ações foram corretas. No entanto, é necessário que se utilize
instrumentos e critérios que devem ser preestabelecido de acordo com o
diagnóstico do público as ser envolvido, tendo acordo com os objetivos do
programa de ação.

A intervenção utilizada nos programas de educação alimentar e nutricional deve


perceber as diferentes atitudes e percepções dos indivíduos diante da nutrição e

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da saúde, o que ratifica a necessidade de avaliar a prática educativa no final e


em todos os momentos anteriores a intervenção.

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Questões Comentadas

Questão 1. (EBSERH- 2015) A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) se configura


como um campo de conhecimento e prática contínua e permanente, intersetorial e
multiprofissional, que utiliza diferentes abordagens educacionais. Em relação aos
princípios para as ações de EAN, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) O caráter não permanente indica que a EAN precisa estar presente apenas
na formação dos hábitos alimentares na primeira infância.
(B) A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura,
religião e ciência.
(C) A promoção do autocuidado tem como foco principal apoiar as pessoas para
que se tornem agentes produtores sociais de sua saúde.
(D) As abordagens educativas e pedagógicas adotadas em EAN devem
privilegiar os processos ativos.
(E) As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira
coordenada e utilizar abordagens que se complementem de forma harmônica e
sistêmica.

Gabarito – Alternativa: A.
Comentários: A educação alimentar deve estar presente em todas as fases dos
ciclos de vida, não apenas na infância.

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Questão 2. (CESGRANRIO- PETROBRAS/2010) A teoria e a prática da educação


nutricional apresentam finalidade comum de possibilitar ao ser humano assumir
a responsabilidade pelos atos relacionados à alimentação.

Nesse contexto, afirma-se que o (a)

(A) seguimento da dieta prescrita é o maior desafio da educação nutricional.


(B) nutricionista é o profissional que tem o dom necessário para alcançar o
objetivo da educação nutricional.
(C) predomínio das ciências biológicas na formação do nutricionista é
fundamental no preparo do aluno para assumir atividades educativas na área
de alimentação e saúde.
(D) educação nutricional é considerada uma missão que o profissional
nutricionista deve cumprir.
(E) educação nutricional deve ser conscientizadora e libertadora.

Gabarito – Alternativa: E
Comentários:
As ações educativas em EAN devem conscientizar os indivíduos na promoção de
saúde respeitando seus valores, culturas, situação econômica entre outros
fatores.

Questão 3. (CESGRANRIO- PETROBRAS/2010) A diferenciação entre educação e


orientação nutricional pode contribuir para melhor definir o papel do
nutricionista como educador. A esse respeito, análise as afirmativas abaixo.

I - A educação nutricional busca a autonomia do cliente.


II - A preocupação precípua da educação nutricional é a mudança de práticas
alimentares.
III - A educação nutricional baseia-se na avaliação objetiva e subjetiva da
evolução do paciente.

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Refere(m)-se a princípio(s) da educação nutricional, a(s)


afirmativa(s)

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Gabarito – Alternativa: C.
Comentários: A avaliação objetiva e subjetiva não se caracteriza como
princípios da educação alimentar e nutricional.

Questão 4. (EBSERH/ 2013) A educação nutricional é um processo pelo qual os


clientes são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar
comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. Sobre os fatores
relacionados à adesão às orientações nutricionais, é correto afirmar:

(A) Quanto maior o número de mudanças recomendadas ao mesmo tempo,


menor a taxa de adesão.
(B) Os níveis extremos de ansiedade (baixo ou alto) do cliente quanto à
mudança alimentar aumentam a taxa de adesão às recomendações.
(C) Quanto maior o tempo de espera para atendimento, maior é a motivação do
cliente e melhor seu nível de adesão.
(D) Clientes que moram sozinhos possuem níveis mais elevados de adesão às
orientações nutricionais

Gabarito - Alternativa A.

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Comentários: Porque as mudanças devem ser realizadas progressivamente


observando e avaliando as atitudes e percepções do indivíduo diante da
nutrição em todas as fases da intervenção nutricional.

Questão 5. (INSTITUTO AOCP – EBSERH/2014) Sobre as diferenças entre


educação e orientação nutricional, relacione as colunas e assinale a alternativa
que apresenta a sequência correta.

1. Educação Nutricional.
2. Orientação Nutricional.

A. Ênfase na mudança imediata das práticas alimentares e nos resultados


obtidos.
B. Ênfase no processo de modificar e melhorar o hábito alimentar a médio e
longo prazo.
C. Preocupação com as representações sobre o comer e a comida, com o
conhecimento, as atitudes e a valoração da alimentação para a saúde, além da
mudança de práticas alimentares.
D. A preocupação precípua é a mudança de práticas e o seguimento da dieta.
E. O objetivo do processo é estabelecido em função de metas definidas pelo
profissional, para controle dos processos patológicos.
F. O objetivo do processo é estabelecido em função das necessidades
detectadas que são discutidas com o paciente e das perspectivas e esperanças
do cliente ou paciente.
G. As mudanças necessárias ao controle das doenças, entre elas as relativas à
alimentação, devem ser buscadas em uma perspectiva de integração e de
harmonização nos diversos níveis: físico, emocional e intelectual.
H. As mudanças relativas à alimentação devem ser obtidas mediante o
seguimento da dieta.
a) 1C – 1E – 1F – 1H – 2A – 2B – 2D
– 2G.

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b) 1A – 1B – 1G – 1H – 2C – 2D – 2E
– 2F.
c) 1A – 1B – 1F – 1G – 2C – 2D – 2E
– 2H.
d) 1B – 1C – 1F – 1G – 2A – 2D – 2E
– 2H
e) 1B – 1C – 1D – 1E – 2A – 2F – 2G
– 2H.
Gabarito – Alternativa D
Comentários: A orientação estar vinculada ao adestramento enquanto a
educação estar vinculada a uma aprendizagem mais ativa, profunda e
transformadora.

Questão 6. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – Nutricionista – 2014) Qual é o


objetivo principal do nutricionista como educador em alimentação e nutrição?
a) Praticar ética profissional.
b) Mudar o comportamento alimentar dos indivíduos quando inadequado a
saúde, ou promover a saúde dos indivíduos pela
introdução de práticas alimentares saudáveis e adequadas, trabalhando
assim a prevenção.
c) Avaliar a aceitação e efetividade dos programas, principalmente em
termos de qualidade e de mudança de comportamento dos educandos.
d) Selecionar métodos e técnicas do conhecimento da
população-alvo, viáveis, dinâmicos, ativos e passíveis de avaliação
e) Ser um profissional educador impregnado de amorosidade e
conhecedor da complexidade humana.
Gabarito – Alternativa A
Comentários: A promoção de hábitos alimentares saudáveis pautada no
trabalho de educação em saúde exige que o nutricionista tenha papel atuante
de educador, sendo agente e propiciador de mudanças. Por isso, se a

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perspectiva é educar, não se pode ter como única expectativa que as


populações mudem algumas práticas do seu cotidiano, a fim de que os
indicadores de saúde se tornem menos sofríveis.

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Referências
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http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju260pag02.pdf>
Acesso em dezembro de 2015.

BOOG, MCF. Educação nutricional: passado, presente, futuro. Disponível


em:<
https://www.faculdadeguararapes.edu.br/site/hotsites/biblioteca/educacaonutri
cional_passado-presente-futuro59500.pdf> Acesso em dezembro de 2015

LAZARI, TA ET AL. Importância da educação nutricional na infância.


Disponível em:<
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_793_publ
ipg .pdf> Acesso em dezembro de 2015

MANÇO, AM E COSTA, FNA. Educação nutricional: caminhos possíveis.


Disponível em:<
http://ideiasnamesa.unb.br/upload/bibliotecaIdeias/1397561168 Educa cao
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MAGALHÃES, APA ET AL. Educação alimentar e nutricional crítica:


reflexões para intervenções em alimentação e nutrição na atenção
primária à saúde. Disponível em:<
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/550> Acesso em dezembro de 2012

MDS. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as


políticas públicas. Disponível em:<
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca
_alimentar/marco_EAN.pdf> Acesso em dezembro de 2012

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SANTOS, LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da


promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev.
Nutr. vol.18 no.5 Campinas Sept./Oct. 2005

SANTOS, LAS. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas


contribuições para reflexão. Ciência e Saúde Coletiva, 17. (2):453-462,2012
disponível em:
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
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http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_mec-
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