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Disciplina: Educação Alimentar e Nutricional.

Curso: Nutrição. Semestre: 2022.1

Docente: Maria Daiane Ferreira da Cunha Araújo . Data: 07/04/2022

Discente: Maria Eduarda Santos da Silva.

Novas Perspectivas em Educação Alimentar e Nutricional.

A decorrente fala sobre a Educação Alimentar e Nutricional, surgiu por conta do


programa governamental federal brasileiro. Fome Zero, em conjunto com a Política
Nacional de Alimentação e Nutrição, traz à tona a preocupação sobre a situação da
população, em relação a saúde nutricional.

Fome Zero.

Programa que tem o intuito de vincular emendas políticas e reparos, unindo condutos
emergenciais de consumo aos alimentos estruturantes com destino de consolidar a
segurança alimentar e nutricional do país. Configurando o institucionalmente no Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); que tem como objetivo melhorar a
segurança alimentar e nutricional.

Gerou então, uma logística de duas linhas de raciocínio: a primeira, tenciona como
referência a educação alimentar e nutricional no MDS, e a segunda tem o Conselho
Nacional de Segurança, com o intuito de financiar o trabalho de grupos de alimentação
apropriados e salutíferos. Surgindo assim observações e técnicas, que tiveram como
princípio as atuações educativas em alimentação e nutrição. Com destaque a alto promoção
de cada ser em questões educativas, sem existir fronteiras, visando sempre manter gostos
alimentares num todo.

Seus principais objetivos.

● Acesso aos alimentos;


● Fortalecimento da agricultura familiar;
● Geração de renda;
● Mobilização e controle social

Com a mudança da administração que antes era do Ministério Extraordinário da


Segurança Alimentar (MESA), passou a ser do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), sendo assim agrupado novos projetos sob uma única coordenação,
a Coordenação Geral de Educação Alimentar e Nutricional (CGEAN), que é secundária ao
Departamento de Apoio a Projetos Especiais da Secretaria Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional.

A fome e a desnutrição são as adversidades existentes na população de casos extremos


de pobreza, por conta da falta de políticas públicas sociais que assegurem o Direito Humano
à Alimentação Adequada ( DHAA) e a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Nas
últimas décadas o déficit tem provocado uma perda estrutural da população, com
consequências na melhora das condições de vida.

De acordo com um estudo realizado pelo MDS (Brasil, 2006) na região do semiárido
brasileiro, em particular, notasse déficit estrutural de 6,6% das crianças com idade de cinco
anos. No entanto, encontram-se delimitações quando se constata esses números com outros,
ocorrendo uma queda expressiva de 7% ao ano. Houve predominância em acréscimo de
sobrepeso e obesidade em crianças, que era de 4,1% passando para 13,9%.

A alimentação,nutrição e o estilo de vida adotado pela população é o principal iten


influenciador para o domínio das doenças crônicas, que tem a morbi-mortalidade ligados
diretamente a isto. Tendo como característica a insegurança alimentar, carência de alimentos
de extrema necessidade e o excesso das que não os fazem bem.

Concluímos assim que para haver a melhoria da segurança alimentar e nutricional não
se limita a fornecer a todos, um alcance a uma alimentação, sendo ela de qualidade e de
boas condições, para assim então gerar resultados positivos.

Projetos educativos desenvolvidos do MDS.

● Educação na Mesa.
● Criança Saudável, Educação Dez.
● Cozinha Brasil, Alimentação Diferente.
● Eu aprendi, Eu ensinei.
Educação na Mesa.
Criado com parceira da MDS e da Fundação roberto Marinho, tinha como
objetivo ensinar a um grupo que fossem capacitados a educar sobre segurança
alimentar e nutricional, criando um material didático, composto por: 5 obras
audiovisuais de 15 minutos, 5 caderno temáticos de capacitação, 1 caderno com
atividades pedagógicas; 2 programas de televisão da série temática “Brava
Gente Brasileira”; 30 interprogramas de 1 minuto cada para veiculação em
televisão; CD com 12 chamadas de rádio e 2 cadernos com informativos sobre a
implementação do projeto e experiências locais das ações do projeto.

Criança Saudável, Educação Dez.


Criado com parceria diversas, como: Editora Globo, Ministério da Saúde,
Ministério da Educação, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e
Correios. Tendo como finalidade de espalhar conhecimento sobre educação
alimentar e nutricional para crianças em escolas e para seus professores, através
de cartilhas educativas como principal mecanismo sobre uma boa alimentação,
que vinha através de 5 exemplares, falando sobre temas de alimentação e
nutrição, para entender o que é:
● o que é educação alimentar;
● vitaminas e minerais;
● carboidratos e proteínas;
● alimentação saudável;
● obesidade;

Foram aproximadamente 94 milhões de cartilhas, para atender aos 18 milhões


de alunos matriculados nos quatros primeiros anos do ensino fundamental da
rede pública brasileira.
O público preferencial eram os dos primeiros anos de escola pública, pois o
material utiliza linguagem simples e próxima à usada com crianças, com
diversas histórias em quadrinhos,que consistiam em compreender e entreter
todas as faixas etárias por conta da sua fácil compreensão de comunicação.

Cozinha Brasil, Alimentação Inteligente.


Com parcerias entre o MDS e o Serviço Social da Indústria - SESI, para a
ampliação do funcionamento pedagógico, com a capacitação de multiplicadores
e de orientação alimentar e nutricional da comunidade como um todo, contando
com uma cozinha experimental itinerante (unidade móvel).
Usando os alimentos integralmente, dando destaque a culinária de cada região
e a colheita da época, fazendo assim um requerimento adequado na alimentação
nutricional. O programa está sendo realizado em todos os estados e 144 mil
pessoas já participaram de seus cursos.

Eu aprendi, eu ensinei.

Com parcerias entre o Núcleo SALUS Paulista e o CREN (Centro de


Recuperação e Educação Nutricional), trazendo o propósito de estimular a ação
protagônica de estudantes do ensino médio na prevenção da desnutrição
materno-infantil em suas comunidades.
No ano de 2004, foi concretizado em 11 cidades da região norte de Minas
Gerais e Vale Jequitinhonha , operando em 53 escolas públicas estaduais, tendo
como principal ferramenta a estrutura de movimentação popular nos seus meios
escolares, contando com meus colaboradores no desenvolvimento de
estratégias de intervenção social de acordo com as realidades locais.

Objetivo e princípios norteadores da coordenação geral educação


alimentar e nutricional.

Conforme essas propostas iam sendo cumpridas, surgiam-se várias dúvidas


quanto ao cumprimento em si das atividades educativas como em relação ao
próprio estado da arte da educação alimentar e nutricional. De tal modo que
apresentaram duas oficinas: a primeira, em 25 de maio de 2006, foi a “Oficina
Interna da Coordenação Geral de Educação Alimentar e Nutricional”; a
segunda, em 08 de agosto de 2006, ocorreu no âmbito do Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA e foi intitulada “Oficina de
Educação Alimentar e Nutricional no Grupo de Trabalho Alimentação
Adequada e Saudável”.
As oficinas efetuaram como alvo, espelhar sobre inúmeras questões, a
exemplo de como a educação aparece compondo a educação nutricional, como
se inscrever o alimento e, consequentemente, o ato alimentar, nas ações de
educação nutricional, qual o impacto das ações de educação alimentar e
nutricional, realizadas e quais caminhos percorrer para fortalecer a educação
alimentar e nutricional enquanto política de Estado.
A primeira oficina moveu a elaboração novamente como finalidade de
conduzir as ações de educação alimentar desenvolvidas no âmbito do MDS:
propor a educação alimentar e nutricional mirando alimentação adequada e
saudável no sentido de prazer cotidiano, de modo a estimular a autonomia do
indivÌduo e a mobilização social, valorizar e respeitar as a Oliveira
PSICOLOGIA USP, São Paulo, outubro/dezembro, 2008, 19(4), 495-504 500
especificidades culturais e regionais dos diferentes grupos sociais e etnias, na
perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional e da garantia do Direito
Humano à Alimentação Adequada.
No mesmo momento que a habilidade, para encarar os problemas
alimentares e nutricionais no Brasil, a educação alimentar e nutricional proposta
pelo MDS pretende ser transformadora. Para esse propósito,afirma-se um
cenário problematizador, que vai além do que se vê puramente instrumental e
institucional da educação, e que passa a considerá-la como a realização da
pessoa.
A CGEAN compreende que a educação alimentar e nutricional deve estar
voltada para todas as dimensıes da segurança alimentar e nutricional, de modo a
preconizar uma abordagem educacional que englobe aspectos culturais,
regionais, histÛricos, sociais, econÙmicos, biolÛgicos e afetivos, entendendo,
portanto, o corpo como um todo que interage com o seu meio de modo
din‚mico, interdependente e inter relacional.
O avanço das normas ressalta as ligações entre o biológico, o cultural e o
simbólico. Compreende-se que a educação alimentar e nutricional deve
contemplar todas as fases do ciclo de vida, com respeito às especificidades dos
diversos grupos sociais num processo permanente. Isso porque a aprendizagem
se estabelece diariamente, em todos os momentos da vida, e “a cada novo dia
não repetimos apenas os anteriores, mas os reconstruímos, refazemos” (Demo,
2006).
No entanto, a segunda oficina decorreu em diferentes propostas para a
prática e a implementação de ações de educação alimentar e nutricional. Essas
propostas partiram repentinas de grandes raciocínio sobre como se encontrava a
arte da educação alimentar e nutricional, onde ficou evidente que o enfoque está
na informação e que o papel da educação alimentar e nutricional não está claro.
Havendo um intervalo no discurso e na prática de educação alimentar e
nutricional, as ações educativas não compreendem o comportamento alimentar e
a educação está estabelecida de forma autoritária e com enfoque nos aspectos
puramente biológicos da alimentação. Como reparo dessa oficina, salientamos:
● Quanto aos preconceitos:
Deve-se usar a expressão “educação alimentar e nutricional `` ao invés
de educação alimentar ou educação nutricional; desvincular o foco do
nutriente para o alimento em si.

● Quanto à formação profissional para educação alimentar e nutricional:


Aciona-se propostas políticas-pedagógicas que salientem a educação
alimentar e nutricional na formação de pedagogos e nutricionistas;
confrontar a educação alimentar e nutricional de hoje com a demanda de
refletir as normas filosóficas do curso de Nutrição em especial a
disciplina de Educação alimentar e nutricional.
Contornando a temática da educação alimentar e nutricional nas diversas
disciplinas do curso de nutrição tendo em vista que atualmente a mesma
se restringe a disciplina específica; focando na formação profissional do
nutricionista o Direito Humano à Alimentação Adequada e a Segurança
Alimentar e Nutricional.

● Ao CONSEA;
Estimulador e produtor de argumentos sobre a educação alimentar e nutricional,
pautar a educação alimentar e nutricional como tema central na seguinte
Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Fortalecer os
CONSEAS nos estados e municípios como espaços de referência para
segurança alimentar e nutricional.

● Ao Estado.
Regulamentar a publicidade de produtos alimentícios voltados para o
público infantil e propor plano de comunicação em educação alimentar e
nutricional.
Priorizar a educação alimentar e nutricional em políticas públicas novas e
nas já existentes.
Criar um programa de Escola Saudável que seja intersetorial,
criar políticas públicas articuladas e entre diversas áreas de proteção à saúde,
abastecimento popular em que a educação alimentar e nutricional foque a
produção de alimentos ecologicamente corretos.

● Quanto aos espaços promotores de educação alimentar e nutricional:

Com outros segmentos como os trabalhadores, comercial, indÌgenas e


quilombolas, criando fóruns de discussão nos estados para discutir o formato da
educação alimentar e nutricional e propor mecanismos de implantação e de
troca de experiências;
Pautar a educação alimentar e nutricional, no SUAS, nos Centros de
Recuperação de Assistência Social (CRAS) e em conselhos que possuam
relação com a temática.

Concluímos que assim , a Coordenação de Educação Alimentar e


Nutricional, está com uma nova panorama de desempenho, com grande
destaque a consolidação da educação alimentar e nutricional, trazendo novas
técnicas com uma afiança e incentivo de segurar a alimentação nutricional, em
comunhão com os Programas Sociais do MDS, com adjunto de planos s de
educação alimentar e nutricional e o diagnóstico das áreas de educação
alimentar e nutricional desenvolvida no Brasil.

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