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ALIMENTOS NA MESA: A QUÍMICA QUE COMEMOS – UM PROJETO

INTERDISCIPLINAR COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Apresentação: Comunicação Oral

Eleine Batinga Rodrigues dos Santos1; Fabrício Lúcio Cansanção Lira2; Alan John Duarte de
Freitas3; Johnnatan Duarte de Freitas4.

Resumo

O projeto intitulado como Alimentos na Mesa: a química que comemos, foi uma proposta
desenvolvida e articula entre as equipe do Programa Despertando Vocações para Licenciaturas
(PDVL) e do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) com as turmas do
1º, 2º e 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Dr. José Maria Correia das Neves, localizada em
Maceió/AL. Com o intuito de incentivar os alunos do ensino médio a pesquisar e conhecer os
ingredientes/produtos utilizados na fabricação e na conservação dos alimentos encontrados nos
supermercados ou em feiras populares. Além de mostrar e discutir como a Química está presente
também na alimentação do ser humano. Através de atividades interdisciplinares, com a realização
de palestras, debates a cerca do documentário “Faminto por Mudança” que foi lançado em 2012 e
1 Licenciatura em Química/Instituto Federal de Alagoas (IFAL) / Programa de Extensão Internacional Despertando
Vocações para as Licenciaturas – PDVL/ Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/
eleinerodrigues@hotmail.com

2 Professor de Química/Secretaria de Educação do Estado de Alagoas/ Programa de Extensão Internacional


Despertando Vocações para as Licenciaturas – PDVL /flclira@yahoo.com.br

3 Doutor em Química / Instituto Federal de Alagoas (IFAL) / Programa de Extensão Internacional Despertando
Vocações para as Licenciaturas – PDVL / Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID /
ajdfifal@gmail.com

4 Doutor em Química / Instituto Federal de Alagoas (IFAL) / Programa de Extensão Internacional Despertando
Vocações para as Licenciaturas – PDVL / Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/
johnnatan.duarte@ifal.edu.br
originalmente intitulado por “Hungry for Change” dos diretores James Colquhoun e Laurentine Ten
Bosch, essas atividades auxiliaram aos alunos na culminância do projeto que foi a realização de
uma feira de ciências a cerca do tema. Os resultados foram gratificantes e satisfatórios, visto que, os
alunos participaram ativamente de todas as propostas que lhes foram apresentadas, empenharam-se
com entusiasmo e dedicação na feira de ciências surpreendendo, não só as equipes do PDVL e do
PIBID que atua na escola, mas a seus próprios professores e familiares. Além de debater sobre a
importância da alimentação saudável, que é um tema de interesse social, foi possível discutir junto à
comunidade escolar informações e conhecimentos que são importantes para o desenvolvimento e o
processo ensino aprendizagem dos alunos. Explorando um tema transversal através do qual é
possível trabalhar conteúdos específicos da disciplina de Química, esclarecendo aos estudantes a
importância e grandeza dessa ciência.

Palavras-Chave: Ensino de química, escola, alimentação saudável.

Introdução

A vida corrida das cidades em desenvolvimento tende a afetar o humor das pessoas. Trânsito
congestionado, transportes públicos superlotados e as excessivas horas de trabalho são alguns dos
ingredientes que contribuem para o aumento do estresse, responsável por diversos desequilíbrios no
organismo, dentro deles a queda da imunidade, que facilita o surgimento de várias doenças. A
substituição das principais refeições por “lanches” gordurosos tornou-se um habito comum entre os
jovens. Nas instituições públicas de ensino do estado de Alagoas o cardápio da merenda escolar é
elaborado por nutricionistas, baseados no contexto sociocultural ao qual a escola esta inserida bem a
dos alunos que são atendidos por ela.

Entretanto, muitas vezes, devido à falta de informação a grande parte dos alunos opta por
não merendar, trocando uma refeição mais nutritiva por lanches “menos saudáveis”, ignorando as
possíveis consequências que essa escolha pode acarretar à sua saúde. Sendo notável a necessidade
de conscientizar esses jovens sobre doenças crônicas advindas da má alimentação.

“É pequeno o conhecimento acumulado, no Brasil, sobre a efetividade de intervenções para


prevenção das doenças crônicas. Grande parte da experiência preventiva no Brasil tem
origem na prevenção das doenças infecciosas e das doenças carências, cuja prevenção tem
um caráter mais específico. Para as doenças crônicas este quadro é muito diferente. Grande
parte das chamadas doenças crônicas, como infarto do miocárdio, diabetes, canceres,
hipertensão, apresentam-se intimamente relacionadas e há uma verdadeira rede de relações
das doenças entre si, bem como dos fatores de risco a elas associados. Assim, a hipertensão
arterial associa-se ao diabetes tipo 2, que por sua vez associa-se à redução do HDL
colesterol e ao aumento de triglicerídeos. O tratamento clínico não pode ignorar estas
associações, e o mesmo deve ocorrer com os programas de prevenção” (SICHIERI, et al
2000).
Manter uma alimentação saudável é primordial para se viver com qualidade. Para tanto é
necessário conhecer os produtos encontrados nas prateleiras de supermercados e identificar se os
alimentos expostos também em feiras livres estão próprios para consumo.

De tal modo, faz-se necessário a discussão do tema alimentos também na sala de aula,
utilizando-o como recurso metodológico para o ensino de química. Tendo em vista que esta é uma
disciplina considerada difícil, complicada e “chata” por alunos do ensino médio. Discutir na sala de
aula temas atuais e sociais como a alimentação, é uma alternativa significativa para estimular o
interesse do alunado por essa e outras ciências através de pesquisas qualitativas e quantitativas e a
análise de dados e informações contidas nos rótulos dos alimentos.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o aprendizado desta


disciplina pelos alunos do Ensino Médio implica numa compreensão das transformações químicas
que ocorrem no mundo físico de forma abrangente, integrada e contextualizada (BRASIL, 1999).

A educação não é apenas pensar em como fazer os alunos compreenderem bem os conteúdos
de forma compartimentada. Educação também é fazer com que os alunos aprendam a refletir sobre
questões gerais, as quais fazem parte da sua vida e que interfere diretamente em sua convivência e
aprendizado, seja consigo mesmo ou com amigos e os familiares.

Neste sentido, o trabalho vem ressaltar a importância da boa alimentação dos alunos do
ensino médio dentro e fora da escola. Contudo, saber refletir sobre suas qualidades e uma
alimentação saudável para sua vida, já que por meio desta os alunos podem aprender a julgar quais
tipos de alimentos são melhores para o seu desenvolvimento psicossocial. Com isso é dever da
escola promover esta relação e não apenas atividades que congregam de forma isolada e com pouca
ou quase nenhuma ligação com a vida do aluno.

Desta forma, é dever do estado não somente promover educação de qualidade, mas também
de arcar com esta, de acordo com o estatuto da criança e do adolescente (ECA). Este tema ganha
ainda mais importância, na medida em que os alunos envolvidos ficaram responsáveis pela
idealização de uma feira de ciências, apresentando seu entendimento sobre o tema abordado,
participando ativamente de cada atividade que foi idealizada durante o projeto.

De acordo com Chizzotti (2001):

“Todas as pessoas que participam da pesquisa são reconhecidas como


sujeitos que elaboram conhecimentos e produzem práticas adequadas para
intervir nos problemas que identificam. Pressupõem-se, pois, que elas
tenham um conhecimento prático, de senso comum e representações
relativamente elaboradas que formam uma concepção de vida e orientam as
suas ações individuais”.

O desenvolvimento desse projeto tem como finalidade mostrar o amplo universo da Química
e como essa ciência está presente na vida do ser humano. Discutindo através do tema alimentos
conceitos e conteúdos específicos das disciplinas tornando o ensino destas, mas dinâmico.

De modo que, além de debater sobre a importância da alimentação saudável, que é um tema
de interesse social, ainda foi possível debater junto à comunidade escolar informações e
conhecimentos que são importantes para o desenvolvimento e o processo ensino aprendizagem dos
alunos.

Fundamentação Teórica

No Brasil, existe o Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE que teve origem na


década de 40 e atende atualmente de forma gratuita cerca de 47 milhões de alunos matriculados na
educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental e médio e educação de jovens e adultos
de escolas públicas e filantrópicas do país, tendo por base a perspectiva do direito humano à
alimentação. Com o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial,
a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos
(CECANE-PR, 2010).

A Portaria nº 1010/2006 estabelece 10 passos essenciais para promover a alimentação


saudável nas escolas. Os “Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas”
foram elaborados com o objetivo de propiciar a adesão da comunidade escolar a hábitos alimentares
saudáveis e atitudes de auto cuidado e promoção da saúde. Consistem num conjunto de estratégias
que devem ser implementadas de maneira complementar entre si, sem necessidade de seguir uma
ordem, permitindo a formulação de ações/atividades de acordo com a realidade de cada local
(BRASIL, 2006).

Os dez passos, propostos pelo Ministério de Estado da Saúde em conjunto com o Ministério
de Estado da Educação foram os seguintes: 1º passo – A escola deve definir estratégias, em
conjunto com a comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis. 2° Passo – Reforçar a
abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades curriculares da escola.
3° Passo – Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da
alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua corresponsabilidade e a importância de
sua participação neste processo. 4° Passo – Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com
alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de
produção e fornecimento de refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a
oferta de água potável. 5° Passo – Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos
ricos em gorduras, açúcares e sal.6° Passo – Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis
na escola. 7° Passo – Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras, com
ênfase nos alimentos regionais. 8º Passo - Auxiliar os serviços de alimentação da escola na
divulgação de opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas. 9° Passo –
Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informações e
vivências. 10° Passo – Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares
saudáveis, considerando o monitoramento do estado nutricional dos escolares, com ênfase em ações
de diagnóstico, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.

A escola é uma instituição que exerce grande influência para o desenvolvimento


sociocultural e cognitivo dos jovens, ambiente este, onde crianças e adolescentes passam a maior
parte do seu tempo construindo valores e aprimorando conhecimento. Sendo assim, torna-se o local
ideal para a promoção da saúde e de hábitos saudáveis. Partindo-se desse pressuposto o projeto
“Alimentos na mesa: a química que comemos” promoveu ações, junto à comunidade escolar, de
conscientização e estimulo a alimentação saudável.

“Transformações significativas têm ocorrido nos padrões dietéticos e nutricionais das


populações de muitos países. No Brasil também se observa o processo de transição
nutricional, caracterizado pelo declínio da prevalência de desnutrição em crianças e adultos
e pelo aumento do sobrepeso e obesidade. Um dos fatores determinantes dessa transição
epidemiológica e nutricional é a mudança do padrão alimentar da população; há um
aumento exagerado do consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar, de alto valor
calórico, associados ao sedentarismo, condições favorecedoras do desenvolvimento das
doenças crônicas não-transmissíveis”.(BATISTA FILHO; RISSIN, 2003).

Segundo Danelon et al (2006), a educação alimentar deve ser iniciada na infância, período
no qual o hábito alimentar é formado. Visto que a escola desempenha importante função na
formação do hábito alimentar e que nesse ambiente as crianças e adolescentes permanecem por um
expressivo período de tempo, ela pode ser considerada um local privilegiado para a intervenção na
busca de um estilo de vida que tenha por objetivo uma boa qualidade de vida presente e futura.

O tema “Alimentação saudável” pode e deve ser trabalho na sala de aula como tema
transversal, visto que os temas transversais visam estabelecer uma conexão entre realidade vivida
pelo aluno e o ambiente escolar, unindo diferentes áreas das ciências em prol de trabalhos com
metodologias diferenciadas que auxiliam de maneira significativa no processo ensino
aprendizagem.
Segundo Garcia (2007), “A transversalidade e a interdisciplinaridade são modos de se
trabalhar o conhecimento que buscam uma reintegração de aspectos que ficaram isolados uns dos
outros pelo tratamento disciplinar. [...] Interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se
mutuamente, pois para trabalhar os temas transversais adequadamente não se pode ter uma
perspectiva disciplinar rígida. Um modo particularmente eficiente de se elaborar os programas de
ensino é fazer dos temas transversais um eixo unificador, em torno do qual se organizam as
disciplinas. Todas se voltam para eles como para um centro, estruturando os seus próprios
conteúdos sob o prisma dos temas transversais”.

Metodologia

De acordo com Caleffe e Moreira (2008, p. 73), a pesquisa qualitativa explora as


características dos indivíduos e cenários que não podem ser facilmente descritos numericamente. O
dado é frequentemente verbal e é coletado pela observação, descrição e gravação. A pesquisa
quantitativa, por outro lado, explora as características e situações de que dados numéricos podem
ser obtidos e faz uso da mensuração e estatísticas.

Logo, este trabalho apresenta caráter qualitativo. Iniciou-se o trabalho com a apresentação
do projeto e seus objetivos no âmbito escolar. Assim como o sorteio dos subtemas que cada turma
ficaria responsável para a realização da feira de cultura, que foi a culminância do projeto. Os
subtemas sorteados, com a presença dos representantes de cada turma do ensino médio, foram:
Alimentos naturais e Vitaminas, Alimentos industrializados e Conservantes, Carboidratos e
Proteínas.

Num segundo momento, os alunos participaram de palestras que foram ministradas por
profissionais da área e debates entre as turmas, sobre alimentação saudável, que foram mediados
por graduandos do curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal de Alagoas.

Posteriormente, os estudantes participaram de uma aula de vídeo com a exibição do


documentário “Faminto por Mudança” que foi lançado em 2012 e originalmente intitulado por
“Hungry for Change” dos diretores James Colquhoun e LaurentineTen Bosch, após a exibição do
mesmo foi discutido com os alunos questões importantes retratadas no documentário, como
obesidade, consumo demasiado de determinados alimentos, possíveis problemas de saúde
ocasionados por este fato e sugestões para uma vida mais saudável. Também foi proporcionado aos
alunos um estudo dirigido do texto “Interpretação de Rótulos de Alimentos no Ensino de Química”
de NEVES et al (2008).

Para encerrar a realização das atividades, que tiveram duração de cinco dias, foi promovida
uma feira de ciências em torno da temática do projeto, na qual cada turma ficou responsável por
confeccionar e apresentar a estrutura química do principal componente estudado no seu subtema,
apresentar um prato para degustação, prestando também às informações calóricas do mesmo,
confeccionar um painel contendo informações a respeito do (s) seu (s) subtema (s) e explicar o
mesmo aos jurados (professores da escola, coordenadores e familiares).

Todos os painéis deveriam conter obrigatoriamente as seguintes informações: benefícios e


malefícios para a saúde do homem, a principal composição química encontrada e
imagens/fotografias relacionadas ao (s) seu (s) subtema (s).

Resultados e Discussões

A realização do projeto teve como objetivo manter os alunos informados sobre alimentação
saudável, incentivando-os a se aprofundar na pesquisa e no debate possibilitando a reconstrução de
conceitos pré-definidos de forma que eles pudessem compreender e reconhecer à importância e o
quão a química esta intrínseca no seu dia a dia. Despertando, ainda, a reflexão sobre seus hábitos
alimentares conhecendo uma boa forma de consumo dos alimentos naturais e aprender sobre
malefícios de alimentos industrializados.

A idealização da proposta ocorreu na Escola Estadual Dr. José Maria Correia das Neves que
fica localizada num bairro periférico da zona urbana da cidade de Maceió no estado de Alagoas. A
escola atende tanto o ensino fundamental quanto o ensino médio; esses são ofertados em horário
distintos, dividindo-se em ensino fundamental no horário vespertino e ensino médio no diurno.

As atividades foram desenvolvidas nas turmas do 1º, 2º e 3º ano ensino médio. A temática
escolhida despertou a curiosidade dos alunos o que gerou a busca por informações em relação à
química e os alimentos, como essa ciência esta presente nos alimentos que não são tidos como
industrializados. Proporcionando, participação efetiva dos estudantes nos momentos de discussões.

Na imagem 1 é possível ver os alunos participando atentamente da palestra envolvendo a


temática do projeto.
Imagem 1: Palestra aos alunos a respeito da temática. Fonte: Própria.

A palestra intitulada por “A química presente nos alimentos e a saúde do corpo”, marcou
o início das atividades do projeto e foi um ponto chave, visto que a partir desse momento passarão a
despertar sobre a importância do tema, passando a procurar com frequência os orientadores e
supervisores presente na escola para pedir orientação e tirar dúvidas sobre o assunto. A imagem 2
mostra o momento em que foi realizado o estudo dirigido do texto “Interpretação de Rótulos de
Alimentos no Ensino de Química” de NEVES et al (2008).

Imagem 2: Momento de reflexão sobre o texto. Fonte: Própria.

Durante essa atividade os estudantes puderam refletir sobre que tipo de alimentos estão
consumindo, se estão atentos no momento da compra, nos valores calóricos, energéticos e se existe
a presença vitaminas e nutrientes importantes no seu cotidiano. A imagem 3 traz um momento de
descontração e participação dos alunos da turma do 1º ano do ensino médio após o termino do
debate.
Imagem 3:Momento de descontração com alunos, finalizando a rodada de debates. Fonte: Própria.

Nesse momento os alunos foram desafiados a participar de um “teste de conhecimentos”,


quatro estudantes se voluntariaram a participar da brincadeira. Todos passaram uma solução
fluorescente nas mãos que depois seria colocada em contato com uma luz negra, que supostamente
confirmaria se cada um estaria com as mãos bem higienizadas para consumir qualquer tipo de
alimento naquele instante ou se havia presença de bactérias. Ressaltando que esse foi apenas um
momento de “brincadeira” para descontrair um pouco os participantes na finalização dos debates.

As imagens 4, 5, e 6 trazem o momento de encerramento do projeto onde ocorreu a feira de


ciências realizadas pelos estudantes.

Imagem 4: Turma do 1º ano, subtema: alimentos naturais e vitaminas. Fonte: Própria.


Imagem 5: Turma do 2º ano, subtema: carboidratos e proteínas. Fonte: Própria.

Imagem 6: Turma do 3º ano, subtema: alimentos industrializados e conservantes. Fonte Própria.

O encerramento das atividades do projeto foi um momento bastante satisfatório para todos
que fizeram parte da sua elaboração e idealização, pois se tornou perceptível o prazer que os alunos
tiveram em participar das atividades que lhes foram proposta. Mas que isso, os jovens
demonstraram interesse pelo tema central e empenharam-se ao máximo na realização da feira de
ciências, buscaram informações, estavam com domínio de cada “conteúdo” não se prendendo
apenas ao subtema pelo qual cada turma ficou responsável permeando por todas as vertentes nos
instantes de apresentação aos “jurados”. Esse momento de socialização foi de extrema importância
para que os alunos concretizassem a grandeza da química enquanto ciência, confirmando por meio
das pesquisas, por eles realizadas, das palestras e debates que essa ciência faz e sempre fará parte da
sua vida.
Conclusões

Dessa forma temos a concluir que o Projeto Alimentos na mesa: a química que comemos
teve seu objetivo principal alcançado, possibilitando a todos os estudantes do ensino médio, uma
serie de conhecimentos importantes sobre a química dos alimentos, levando para os alunos a
oportunidade de aprender os estudos da química a partir de um ângulo diferenciado, salientando
que, é importante para todas as pessoas compreenderem o benefício de uma alimentação saudável e
para tal é necessário compreender que a química esta envolvida em todo o processo da indústria
alimentícia. Tratando-se de um estudo que contribui para evolução estimulando na melhoria da
qualidade de vida de todos que participaram direta ou indiretamente do projeto.

Portanto é dentro dessa expectativa que temos a concluir que o desenvolvimento de projetos
como este dentro da escola só beneficia e ajuda a classe estudantil a se manter bem informada e
atualizada sobre os assuntos de utilidade pública, e como eles se relacionam com a Química,
transparecendo para a comunidade o que aprenderam a respeito de hábitos saudáveis.

Referências

BATISTA FILHO, M..; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e


temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, sup. 1, p. S181-S191, 2003.
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DANELON, M. A. S.; DANELON, M. S.; SILVA, M. V. Serviços de alimentação destinados ao
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SICHIERI,R. et al.Recomendações de Alimentação e Nutrição Saudável para a População
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27302000000300007&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em 26/10/2014.

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