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FACULDADE SANTA TEREZINHA- CEST

CURSO DE NUTRIÇÃO

ADNE CRISTINE FERREIRA TEIXEIRA

CONSUMO ALIMENTAR INFANTIL:


a influência da publicidade no consumo de alimentos

São Luís
2023
ADNE CRISTINE FERREIRA TEIXEIRA

CONSUMO ALIMENTAR INFANTIL:


a influência da publicidade na escolha dos alimentos

Projeto apresentado ao Curso de Nutrição da


Faculdade Santa Terezinha - CEST, como
requisito para aprovação na disciplina de
Métodos e Técnicas de Pesquisa II e
elaboração da Monografia como trabalho de
conclusão de curso.

Orientador: Prof. Esp. Abrahão Limeira de Oliveira

São Luís
2023
SUMÁRIO

1 OBJETO DE ESTUDO................................................................................. 3

1.1 Tema..............................................................................................................3

1.2 Delimitação do tema....................................................................................3

2 PROBLEMATIZAÇÃO..................................................................................4

2.1 Hipóteses.....................................................................................................4
3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................5
4 OBJETIVOS.................................................................................................6
4.1 Objetivo Geral............................................................................................6
4.2 Objetivos Específicos.................................................................................6
5 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................7
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1 OBJETO DE ESTUDO
1.1 Tema
Consumo alimentar infantil

1.2 Delimitação do tema


Consumo alimentar infantil: A influência da publicidade na
escolha dos alimentos
4

2 PROBLEMATIZAÇÃO

A alimentação saudável deve tornar-se um hábito desde a infância, pois


é fundamental para promover seu pleno crescimento e desenvolvimento
(ALVES; CUNHA, 2020). Porém nas últimas décadas, em decorrência das
grandes transformações sociais, que resultaram em mudanças no padrão de
vida e no consumo alimentar, tem-se observado um aumento significativo do
excesso de peso e obesidade em crianças em fase escolar, situações que
apontam para um novo cenário de problemas relacionados à alimentação e à
má-nutrição (BRASIL, 2017).
A televisão e o acesso à internet vêm sendo os meios de comunicação
mais utilizados para o entretenimento e a educação, exibindo uma enorme
fonte de informações sobreo mundo, evidenciando todos os assuntos de
diversas culturas, o que pensam, como aparentam ser e como se alimentam, e
o tempo em que as crianças e adolescentes tem sido exposto a essas
informações(ALCANTARA,2017).
A publicidade infantil é ponto forte na venda de produtos alimentícios,
que buscam estimular cada vez mais o consumo dos produtos industrializados,
favorecendo as marcas. Um dos principais atrativos para o consumo por parte
das crianças está na embalagem, sendo elas vendedores que não necessitam
falar, pois seu design e mensagens visuais propagam significados que
despertam nas crianças a vontade de comprar e consumir o produto exposto
(FERREIRA,2018).
A divulgação de alimentos ultraprocessados domina os anúncios
comerciais, propagando muitas vezes informações incompletas ou incorretas
sobre alimentação, e atingindo principalmente as crianças (BRASIL, 2014a).
Diante do que foi exposta acima, a publicidade pode influenciar no consumo
alimentar infantil?

2.1. Hipótese º
A publicidade ode influenciar no consumo alimentar infantil
Hipótese ¹ :
A publicidade não influencia no consumo alimentar infantil
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3 JUSTIFICATIVA
A infância é considerada um dos estágios de vida biologicamente mais
vulnerável à saúde, sendo a alimentação e nutrição adequadas fundamentais
para garantir o crescimento e o desenvolvimento infantil (Oliveira e Souza,
2017).
Assim, a formação de hábitos alimentares das crianças começa desde o
nascimento (Soldateli, Vigo e Giugliani, 2016),no qual se recomenda o
aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e, a partir de então, a
introdução dos alimentos complementares saudáveis, mantendo a
amamentação por dois anos ou mais (Brasil, 2013).
A alimentação complementar inadequada promove o aparecimento de
distúrbios nutricionais na infância, como o sobrepeso e obesidade (Carvalho e
colaboradores, 2016), já considerados um dos maiores desafios de saúde
pública para o século XXI (Borges e colaboradores, 2018).
As indústrias de alimentos promovem o consumo, utilizando brinquedos
ou personagens, na tentativa de mobilizar a fantasia. Logo, aquilo que é
divulgado referente às marcas pode gerar ilusão, incentivando comportamentos
alimentares inadequados (Oliveira e Poll, 2017).
Além da alimentação inadequada, a obesidade e o sobrepeso infantil
também estão associados à diminuição da prática de atividades físicas e
brincadeiras, que acabam perdendo seu lugar para a televisão (Laux e
colaboradores, 2015).
A maior parte de anúncios direcionados aos infantes na mídia são
relacionados a alimentos com calorias vazias, as indústrias alimentares utilizam
estratégias persuasivas e por isso exige políticas públicas que preconizam a
saúde das crianças, e exige que os pais tenham atenção a importância de
apresentar alimentos naturais e minimamente processados como base da
alimentação desde o nascimento aos primeiros anos da escola.
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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral


Avaliar a influência da mídia no consumo alimentar de crianças
de uma escola particular em São Luís- MA.

4.2 Objetivos Específicos


Identificar o consumo alimentar de crianças
Analisar a influência da mídia nas escolhas dos alimentos infantil
Verificar o perfil socioeconôm
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5 REFERENCIAL TEÓRICO
4.3 A Primeira Infância
A fase mais importante para consolidar um ser humano melhor, reflexivo
e crítico é na infância. Essa fase é importante porque é a primeira que recebe
uma imensidão de coisas novas, atrativas e formativas, que são importantes
para dar a criança subsídios da construção de sua capacidade cognitiva,
intelectual e de sua personalidade. Preparar a criança para o mundo, não exige
apenas uma educação de pais e mães no modo tradicional, mas deve por parte
das autoridades e da ciência fomentar e implantar ações para que isso
aconteça (LOPES, 2010).
Já se pode contar, segundo Lopes (2010), através da neurociência
importantes instrumentos que subsidiam a criança para um melhor
desenvolvimento. Assim também pode buscar através das ciências
comportamentais e sociais condições de entender de como a criança pode
fortalecer ações, compreensões e sua percepção do mundo e dela própria.
Cabe as autoridades públicas em criar políticas que coloquem a criança
longe da pobreza, da falta de acesso qualitativo a educação e cultura. Segundo
o Ministério da Saúde (2014) a primeira infância é período compreendido de 0 a
6 anos. É uma fase que exige inteira atenção, pois são nesses primeiros anos
de vida que a criança desenvolve as estruturas e circuitos cerebrais, que
poderão ser, quando bem incentivada, importantíssimas para o aprimoramento
de habilidades mais complexas. Quando envolvidas em um círculo social,
familiar e educacional saudáveis, maior será a possiblidade dela se adaptar,
interagir e entender o meio em que vive.
Segundo o Ministério da Saúde (2014, p. 04)

A aprendizagem inicia-se desde o começo da vida. Muito antes de a


criança entrar na escola, enquanto cresce e se desenvolve em todos
os domínios (físico, cognitivo e socioemocional), ela aprende nos
contextos de seus relacionamentos afetivos. Especialmente na
primeira infância, a aprendizagem é fortemente influenciada por todo
o meio onde a criança se encontra e com o qual interage.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 04).

A citação supracitada revela que mesmo antes de entrar na escola, a


criança já aprende diversas coisas, que são tão importantes quanto no banco
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escolar. Cabe a escola entender de como e quais os campos de


aprendizagem que a criança carrega para que posa elaborar suas propostas
para apresentar que fortaleçam e contribuam para a caminhada de todo o
desenvolvimento dela.
Até a década de 1970 no Brasil, acreditava-se que a escola seria a única
instituição que de forma compensatória, poderia, sobre as camadas mais
populares, resolver nas crianças que chegavam a pré-escola as questões de
falta emocional, linguística e as carências culturais. Isso se estendeu até a
década de 1980, mais especificamente até 1988. Foi com a promulgação da
Constituição Federal de 1988 que os aspectos sobre o desenvolvimento da
infância ganhariam marcos legais e discussões importantes (RIZINNI, et al,
2014).
Na década de 1990 com a implantação da Nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, Lei 9394/96 e o Estatuto da Criança e do Adolescente,
dariam um novo olhar para a defesa e direitos de um crescimento saudável das
crianças já na sua primeira infância, sobretudo, garantindo a elas ações de
políticas públicas ao fomento e materialização de direitos importantes para sua
formação (RIZINNI, et al. 2014).
Ao se tratar do desenvolvimento neurológico na primeira infância,
Fridmann (s.d) acredita que é um processo simples e sequencial, mas que ao
longo da etapa de vida de cada criança, as bases mais simples abrirão espaço
para que ela possa ter aprendizagens mais complexas. Essa questão do
desenvolvimento neurológico no campo de estudo e preocupação é uma coisa
nova na sociedade, pois a grande parte de interesse estaria apenas no
desenvolvimento físico.
É importante perceber que cada criança avança de forma positiva ou não
tanto no desenvolvimento físico quanto neurológico pelas condições que se
apresentam a ela. Em meio a violência, limitação de cultura e conhecimento,
quanto a excessivos abalos emocionais mais agressivos, podem contribuir para
prejudicar todo a sua formação quanto pessoa ou de agente capaz de buscar
entender coisas mais complexas que fazem parte da sociedade e dela própria
(FRIEDMANN et al. s.d).
Melo (2020) lembra da frase “As crianças são o futuro da nação”.
Abarcados nessa tão importante ideia, há de se buscar então condições para
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que as elas fortaleçam seu desenvolvimento com condições efetivas como


acesso a espaços de cultura, lazer e educação. As condições de
igualdade social e econômica são os primeiros passos para que se possibilite
na jornada da primeira infância alicerces sólidos para a formação das pessoas.
Melo (2020, p. 13) ainda sustenta:

Já não há mais dúvida de que investir na infância, garantindo a todas


as crianças condições dignas de vida e equidade social, gera ganhos
sociais e econômicos superiores aos produzidos por quaisquer outros
investimentos, além de sedimentar as bases de uma sociedade
democrática. No entanto, para as crianças, mais importante do que
preparar o futuro é viver o presente. Elas precisam viver agora e na
forma mais justa, plena e feliz. (MELO, 2020, p. 13).

Melo (2020) articula ações imediatas para que as crianças tenham


uma infância feliz e próspera. Não se pode deixar de atendê-las em todas as
suas necessidades. Como foco de emergência estariam as crianças que
estão na linha da pobreza, marginalização e com riscos eminentes a sua
saúde, educação e segurança.
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5.3 Necessidades Nutricionais

Sabe-se que desde a gestação, a mãe e o bebê precisam dos nutrientes


certos, pois é no período de amamentação que começa a alimentação e
nutrição do bebê. O aleitamento materno, se feito adequadamente, previne
uma série de doenças como: diarreias, infecções, alergias, problemas
gastrointestinais, hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e traz
benefícios de uma melhor nutrição, evita carências, auxilia nas inteligências
intelectual, emocional e cognitivo, além de gerar um vínculo afetivo entre mãe e
bebê, pode-se relacionar o aleitamento materno a menores gastos nos
primeiros meses e anos de vida (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Com a
introdução dos alimentos e com a formação dos hábitos alimentares não é
diferente. A fase pré-escolar é quando a criança amplia a seleção de seus
alimentos e sabores preferidos, sendo selecionados pelos fatores
organolépticos e afetivos.

Como a formação dos valores e escolhas estão extremamente ligados à


infância, a seleção dos sabores e preferências serão levados para o futuro,
assim atuando diretamente no que o adulto priorizará para sua nutrição. Já no
período escolar é um momento de alta demanda nutricional e crescimento, e
com isso a criança já está totalmente habituada aos costumes alimentares da
família que deve optar por escolhas mais saudáveis e nutritivas para evitar
problemas futuros tais 11 como carência de ferro, cálcio, zinco, obesidade,
hipertensão, atrasos na aprendizagem, entre outras (CARTILHA DE
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL INFANTIL, 2013).

Os hábitos alimentares da criança dependem diretamente dos hábitos da


família, e com isso os primeiros anos de vida são determinantes para um
crescimento sadio e uma maior probabilidade de um envelhecimento saudável,
com a diminuição de doenças e carências nutricionais. Uma alimentação
saudável desde o início da vida determinará o desenvolvimento infantil e em
todas as fases da vida, sendo decisiva para a prevenção de doenças crônicas
(SORRENTINO, 2019). De acordo com Souza e Ferreira (2022), o
desenvolvimento e adaptações infantis dependem diretamente dos
responsáveis, ambiente escolar e social, fatores emocionais, socioeconômicos
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e organolépticos, por isso, o comportamento alimentar de uma criança é amplo


e durará por toda a vida, assim os estímulos e as preparações corretas, serão
responsáveis pelas escolhas saudáveis e que estas sejam prazerosas e bem
aceitas. A relutância infantil em experimentar alimentos novos é comum, sendo
conhecido como neofobia, por mais que seja desagradável em um primeiro
momento, leva-se cerca de oito a dez vezes para que a aceitação comece a
ser positiva. As crianças nessa faixa etária da introdução dos alimentos (a partir
dos seis meses de vida, porém pensando mais a partir dos dois anos), comerá
aquilo que os responsáveis oferecerem já que não possuem um senso crítico
de julgamento daquilo que gostam ou não gostam, sendo assim os
responsáveis serão espelhos, onde as crianças imitam seus hábitos e
preferências alimentares. Uma alimentação infantil saudável começa com uma
alimentação familiar saudável. Os estímulos para que o alimento seja melhor
aceito deve estar ligado a um ambiente calmo e feliz, com texturas e sabores
diferentes, cores vibrantes e uma variedade de alimentos nutritivos, esses
fatores auxiliaram na receptividade dos alimentos (CARTILHA DE
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL INFANTIL, 2013). Até os seis meses de vida, o
bebê deve ser alimentado somente com leite materno, sem a introdução de
chás, água e outros. Após os seis meses, a introdução dos alimentos deve ser
gradual e com uma seleção de boa qualidade nutricional dos alimentos, as
porções serão pequenas e atenderão as necessidades 12 da criança, sempre
respeitando as vontades da criança e com rigidez nos horários oferecidos; os
alimentos nessa fase serão complementares (cereais, leguminosas, carnes,
frutas, tubérculos, água e sucos naturais) sendo oferecidos de três a cinco
vezes ao dia, dependendo da amamentação da criança. Alimentos alergênicos
como frutos do mar, leite de vaca, trigo, soja, ovo e peixes devem ser
oferecidos com um espaçamento de tempo, justamente para evitar uma reação
alérgica ou intoxicação por esses alimentos. O uso de sal nas preparações só é
indicado após um ano de vida, e seu uso deve ser extremamente moderado;
assim como o sal, açúcar e alimentos ultraprocessados são contraindicados
nos primeiros anos do lactante, de zero a dois anos, e devem ser evitados em
todo o período infantil, se forem oferecidos, sempre em pequenas porções,
com pouca frequência e dando preferência a alimentos menos processados e
sem muitos conservantes (alimentos processados ao invés de ultra
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processados). Esses alimentos estão associados à carências nutricionais, falta


de apetite, anemia e doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, por
isso são totalmente contra indicados nos primeiros anos de vida. A higiene dos
alimentos e na hora de prepará-los deve ser meticulosa, pois se bem-feita
evitará uma série de infecções e doenças que podem ser transmitidas pela falta
dela, além de melhorar a vida útil dos alimentos e poderão ser armazenados
por maior tempo sem a perda de nutrientes. A oferta de água pode ser
calculada pelo peso em kg (quilogramas) da criança, e deve sempre estar
disponível para a vontade e necessidade do lactante (SBP, 2018). A introdução
e manutenção dos hábitos alimentares na infância devem ser graduais, sempre
respeitando o desejo e a vontade do lactante de comê-los ou não, a textura
deve ser primeiramente líquida e pastosa, sendo modificada conforme a
aceitação da criança e sua dentição. Os pais e responsáveis, juntamente com o
ambiente escolar, devem estar de acordo com uma dieta nutritiva e buscando
uma variedade de alimentos ampla, sempre incentivando e estimulando a
criança de formas positivas que cativem o paladar dela e auxiliem para a
aceitação dos alimentos em natura como os vegetais, frutas e legumes (ALVES
e CUNHA, 2020).
14

5.4

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