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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

CURSO DE NUTRIÇÃO

Amanda Pinto de Freitas


Rafael Garbelini Valadão

PROJETO CURUMIM

São Paulo
2023
Amanda Pinto de Freitas
Rafael Garbelini Valadão

PROJETO CURUMIM

Trabalho apresentado para avaliação


parcial do estágio em Alimentação
Institucional, orientada pela
professora Rosana Toscano Ferreira.

São Paulo
2023
1. INTRODUÇÃO

A infância e adolescência são fases da vida caracterizadas por inúmeras


transformações. Crianças aprendem sobre alimentos não apenas por meio de
suas próprias experiências, mas também ao observar os outros (SANTOS,
COELHO, ROMANO, 2020).
A alimentação se desenvolve de maneira diferente ao longo dessas fases
e é influenciada pelos estágios de desenvolvimento físico, cognitivo, social e
emocional do indivíduo. A disponibilidade e o acesso aos alimentos em casa,
bem como os hábitos alimentares e a preparação das refeições, desempenham
um papel crucial na influência sobre o padrão alimentar da criança, visto que, a
população infantil é moldada pelo ambiente em que vive, que, em grande parte,
é composto pelo ambiente familiar. Como resultado, suas atitudes
frequentemente refletem as influências desse ambiente. Quando o ambiente em
casa é desfavorável em termos de alimentação, isso pode criar condições que
aumentam o risco de desenvolver uma relação prejudicada com a alimentação.
Modificar hábitos alimentares é algo difícil de ser realizado, pois requer
modificação em antigos padrões, que são intrinsecamente ligados à história
individual, da família e do grupo social em que ele está inserido. (DETREGIACHI,
BRAGA, 2023)
Uma alimentação saudável precisa ser incentivada desde a infância, já
que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das crianças. O
Ministério da Saúde do Brasil (2009) destaca que a infância é uma fase crucial
para o desenvolvimento humano, e problemas alimentares nesse período podem
acarretar sérias consequências tanto para os indivíduos quanto para a
sociedade.
Durante a infância, ocorrem importantes avanços cognitivos, motores e
emocionais, o que realça ainda mais a importância de uma nutrição equilibrada
e saudável. Uma dieta balanceada fornece os nutrientes necessários para
promover um crescimento e desenvolvimento adequados nas crianças.
É essencial conscientizar sobre os benefícios de uma alimentação
saudável desde cedo, já que os hábitos alimentares formados na infância tendem
a perdurar ao longo da vida. Pais, educadores e profissionais da saúde têm um
papel crucial em promover escolhas alimentares positivas e servindo de exemplo
com seus próprios hábitos alimentares.
Portanto, priorizar uma alimentação equilibrada desde a infância é
fundamental para garantir um desenvolvimento saudável e prevenir problemas
de saúde futuros. (ALVES, DE OLIVEIRA CUNHA, 2020)
Uma grande dificuldade evidenciada nessa fase da vida é a introdução de
alimentos, principalmente frutas, legumes e verduras, uma vez que a criança tem
preferência inata pelo sabor doce. A participação de toda a família nas atividades
de planejamento, preparo e aquisição dos alimentos proporcionará momentos
agradáveis de convívio entre os membros da família. Envolvendo os filhos na
organização das refeições, é possível apresentar novos alimentos e promover
comportamentos alimentares saudáveis. (SANTOS, COELHO, ROMANO,
2020).
Além disso, baseado no estudo da UNICEF, atualmente há um consumo
excessivo de alimentos ultra processados caracterizados pela alta densidade
calórica, deficiência em fibras e alto teor de açúcar, sódio e gorduras
saturadas. A ingestão de produtos de qualidade nutricional reduzida, tem
repercussões adversas na saúde das pessoas, e seu consumo está associado
a alteração nos níveis de lipídios em crianças, ao desenvolvimento da síndrome
metabólica em adolescentes e ao aumento da prevalência da obesidade em
jovens e adultos (COSTA et al., 2018).
A conquista de uma alimentação saudável muitas vezes está ligada à
implementação de práticas educativas, as quais desempenham um papel crucial
na formação de hábitos alimentares satisfatórios. (ZANCUL, RODRIGUES,
2018)
Ao longo dos anos, o sistema de distribuição alimentar passou por
aperfeiçoamentos significativos. Em 2000, foi estabelecido o Conselho Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), com o objetivo de promover a
valorização da Política de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN),
garantindo o direito à alimentação adequada. Reconhecendo tais necessidades,
foi criada a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), que
estabelece diretrizes para o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (SISAN). Essas medidas visam assegurar o direito humano à
alimentação adequada e saudável, conforme estipulado pela Constituição.
(CIRINO, 2020)
Desde a década de 90, a questão do desperdício alimentar e a importância de
sua redução têm sido objeto de estudos em todo o mundo. No entanto, devido à
complexidade desse problema, é crucial explorar novos métodos e abordagens
para combatê-lo. (DE SÁ, 2023)
Os alimentos não consumidos após serem servidos em um restaurante são
indicativos de desperdício. Realizar campanhas educacionais voltadas aos
clientes pode ajudar a controlar esse desperdício e reduzir a quantidade de
sobras. O tamanho dos pratos ou das vasilhas utilizadas pode influenciar os
clientes a servirem uma quantidade maior do que podem comer, o que aumenta
a quantidade de alimentos desperdiçados. (BITENCOURT, 2020)
Ao conduzir atividades relacionadas à alimentação, é crucial desenvolver
estratégias que promovam tanto a saúde quanto a preservação ambiental, com
o objetivo de ampliar o conhecimento e a conscientização. Isso envolve a criação
de métodos que abordem tanto o conceito quanto as práticas de uma
alimentação saudável, ao mesmo tempo em que se busca estabelecer um
ambiente favorável para essa abordagem. Essas estratégias podem incluir a
implementação de programas educativos que ensinem os fundamentos de uma
alimentação equilibrada, destacando a importância de consumir uma variedade
de alimentos nutritivos e frescos, além de instruir sobre porções adequadas e
técnicas de preparo saudáveis. Além disso, promover experiências práticas,
como aulas de culinária saudável, cultivo de hortas escolares ou visitas a feiras
orgânicas, pode permitir aos participantes aprenderem de maneira prática e
vivencial os benefícios de uma alimentação saudável e sustentável. Ao adotar
essas estratégias, é possível potencializar a conscientização e capacitar as
pessoas a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis e sustentáveis,
contribuindo para o bem-estar individual e coletivo. (CIRINO, 2022)
Quando o projeto é empregado em um grupo, pode-se trabalhar com uma
comunidade ou um grupo de semelhantes onde haverá uma maior disseminação
de informações e, provavelmente, uma maior troca de comunicação. O auxílio
mútuo entre os participantes, ainda mais se conviverem sobre uma mesma
realidade e lugar, pode favorecer o objetivo do programa e garantir uma
continuidade. É importante que todos se mobilizem e mostrem um interesse pela
mudança para que o trabalho seja aproveitado. Além disso, a conscientização
geral traz maiores impactos e resultados ao promover uma nutrição que possa
prevenir e tratar de doenças pela alimentação que se destaca como indicador e
influenciador direto. A aquisição de conhecimento é essencial para promover
mudanças no comportamento. A participação ativa e combinadas com atividades
de alimentação e nutrição fortalece seu conhecimento declarativo em saber o
que é uma dieta saudável, conhecimento processual saber como alcançar uma
dieta saudável e conhecimento condicional saber quando e por que uma dieta
saudável é importante. (GHAN, GONG, 2022).

2.0 OBJETIVOS GERAIS

Este trabalho tem como objetivo ensinar e incentivar a alimentação saudável


para as crianças que frequentam o projeto curumim no Sesc Pompeia.

2.1 OBJETVOS ESPECÍFICOS


Motivar as crianças a desenvolverem um interesse nos alimentos, buscando
melhorar seus hábitos alimentares de forma saudável, incentivando a autonomia
na hora das suas escolhas alimentares por meio de atividades simples e
dinâmicas, de modo que fiquem envolvidas e atentas às atividades
apresentadas.

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DELINIAMENTO DO ESTUDO


Trata-se de um estudo de campo descritivo observacional, transversal,
com coleta de dados primários.

3.2 LOCAL DO ESTUDO


O estudo foi desenvolvido em uma unidade de alimentação e nutrição
localizada em região oeste do município de São Paulo, com forma de
gestão própria e produção aproximada de 1.200 refeições por dia.
A unidade de alimentação e nutrição apresenta como opções de cardápio
o prato vegetariano, saladas, guarnição e sobremesas, bebidas foram
excluídas da amostra por não estarem inclusas no cardápio
A unidade trabalha com um padrão de cardápios intermediários e não são
elaborados nenhum tipo de cardápio para as crianças atendidas pelo
projeto.

3.3 PERÍODO DO ESTUDO


O estudo foi realizado nos meses de fevereiro e março de 2024.

3.4 AMOSTRA DO ESTUDO


A amostra constitui-se dos principais itens que compõe o cardápio, ou
seja, saladas, prato proteico, guarnição, pratos bases arroz e feijão e
sobremesas.

3.5 COLETA DE DADOS

3.5.1 RESPONSÁVEIS
Alunos do sétimo semestre do curso de Nutrição do Centro
universitário São Camilo com ajuda das nutricionistas da unidade
do Sesc Pompeia.

3.5.2 INSTRUMENTOS UTILIZADOS

3.5.3 PERÍODO DA COLETA


Primeira fase referente a modalidade de atendimento híbrido meio
porcionado e meio self.
Segunda fase referente a realização da roda de conversa, receita
e análise do entendimento das crianças sobre alimentação
saudável.
3.5.4 PROCEDIMENTOS ADOTADOS

Pesagem de amostra coletada de 60 crianças no horário do


almoço.
3.5.5 ANÁLISE DE DADOS
Primeira fase referente a modalidade de atendimento híbrido meio
porcionado e meio self.

4.0 RESULTADOS
5.0 DISCUSSÃO
6.0 REFERÊNCIAS

SANTOS, Kelly de Freitas; COELHO, Luana Vital; ROMANO, Márcia Christina


Caetano. Comportamento dos pais e comportamento alimentar da criança:
Revisão Sistemática. Revista Cuidarte, v. 11, n. 3, 2020.

CHAN, Chong Ling; TAN, Pui Yee; GONG, Yun Yun. Evaluating the impacts of
school garden-based programmes on diet and nutrition-related knowledge,
attitudes, and practices among the school children: A systematic review. BMC
Public Health, v. 22, n. 1, p. 1251, 2022.

DETREGIACHI, Cláudia Rucco Penteado; BRAGA, Tânia Moron Saes. Projeto"


criança saudável, educação dez": resultados com e sem intervenção do
nutricionista. Revista de Nutrição, v. 24, p. 51-59, 2011.

ALVES, Gabriela Manhães; DE OLIVEIRA CUNHA, Teresa Claudina. A


importância da alimentação saudável para o desenvolvimento
humano. Humanas Sociais & Aplicadas, v. 10, n. 27, p. 46-62, 2020.

CIRINO, Cleide Aparecida Pereira et al. Educação infantil e suas práticas


educativas: a importância da alimentação saudável e consciente. Revista Ibero-
Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 1, p. 241-251,
2022.

DE SÁ, Violeta Pinheiro. Desperdício Alimentar: Antes e Após uma Intervenção


de Educação Alimentar. 2023.

BITENCOURT, MICAELLE DAS GRAÇAS CASTRO. UM ESTUDO SOBRE O


DESPERDÍCIO DE MERENDA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA: revisão de
literatura. 2018.

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