Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Educação Alimentar e Nutricional
para Crianças e Adolescentes
• Introdução;
• Formação dos Hábitos Alimentares;
• Aconselhamento Nutricional na Infância;
• Aconselhamento Nutricional na Adolescência;
• Abordagem Educacional no Ambiente Escolar;
• Abordagem Educacional nos Transtornos Alimentares.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer os componentes ligados à formação do hábito alimentar e a importância do acon-
selhamento nutricional durante a infância;
• Discutir as características e os pontos importantes na aplicação do processo de aconselha-
mento nutricional na adolescência, considerando o ambiente alimentar (familiar e escolar)
e as peculiaridades de cada fase do desenvolvimento.
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Introdução
Sabemos que a alimentação é um ato voluntário e consciente e que, com ou sem
acesso a informações sobre alimentos recomendados e alimentos a serem consumidos
com moderação, ela depende totalmente da vontade do indivíduo que é quem escolhe o
alimento para o seu consumo.
Mas até o indivíduo ser capaz de fazer suas escolhas, qual é o caminho percorrido na
formação dos hábitos alimentares? E vamos além: como o nutricionista pode auxiliar na
formação desses hábitos alimentares durante a adolescência, para que sejam consolida-
dos na vida adulta?
Vamos lá!
Outro importante aspecto a se considerar é que os lactentes nascem com uma capa-
cidade inata de autorregulação da ingestão alimentar, mas isso não é tão claro para os
pais. Assim, enquanto os bebês não falam alguns pais têm dificuldade de entender que
o choro de um bebê nem sempre quer dizer que ele está com fome, de forma que a
insistência ou desistência do oferecimento do leite materno ou fórmula pode interferir na
formação dos hábitos alimentares (PETTY et al., 2015).
8
Figura 1
Fonte: Getty Images
À medida que cresce, a criança vai adquirindo habilidades para se alimentar sozinha;
porém, ainda assim, são os cuidadores que preparam os alimentos, sendo responsá-
veis pela apresentação de uma refeição variada, balanceada e rica em diferentes cores,
sabores e texturas.
9
9
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Com o início da educação formal na escola, a pressão exercida pelos pares aumenta
pelo convívio continuado com outras crianças. Pares de idade semelhante ou superior à
idade da criança tendem a exercer mais influência. Porém, pode-se constatar a presença
de pessoas autônomas ou funcionários da escola vendendo produtos industrializados e
guloseimas nas portas das creches e nas cantinas. Nesse caso, mesmo com a oferta da
alimentação escolar adequada, as crianças são induzidas à ingestão de produtos indus-
trializados, já que estes estão facilmente acessíveis na escola (BENTO et al., 2015).
Figura 2
Fonte: Getty Images
Para muitas pessoas, entretanto, escolhas alimentares saudáveis não são tão prati-
cáveis. Bairros com baixo nível socioeconômico tendem a apresentar mais mercearias
locais e menos supermercados que vizinhanças de nível socioeconômico mais alto. Esses
bairros também têm maior número de bares, restaurantes de comida rápida (fast-food) e
menos restaurantes de serviço completo. Sendo assim, o acesso da população de baixa
renda à alimentação saudável, composta especialmente por alimentos in natura, torna-se
um desafio (LAUS et al., 2017).
10
E tem mais: a publicidade se apropria de fatos científicos para legitimar seus produtos
e dar a eles um status que permite classificá-los como saudáveis e, assim, recomendáveis
(exemplo, petit suisse, biscoitos vitaminados, salgadinhos integrais etc.). Nesse desvio de
atenção, a propaganda já não informa somente sobre o produto, mas transmite, por inter-
médio dele, um modo de vida, um estilo, ou seja, constrói uma necessidade, um desejo
de consumo, mesmo para as famílias com pouco poder aquisitivo (DIEZ-GARCIA, 2017).
Além disso, a preferência por certos alimentos também é adquirida quando eles são
consumidos em momentos agradáveis; assim, fazer das refeições em casa um momento
de prazer contribuirá para que elas gostem e valorizem comidas caseiras e simples tanto
quanto os alimentos consumidos em festas, lanchonetes etc. (PETTY, 2015).
Porém, é preciso sempre ter em mente que para a criança brincar é conhecer.
Enquanto a criança brinca, estão aflorando conceitos de forma livre e é preciso deixar
esse processo fluir, acreditando na criança e no ser humano. E embora sempre seja falado
11
11
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
que “comida não é brinquedo”, o alimento pode sim ser o brinquedo ou a brincadeira que
estimule a fantasia. E esse modo de fazer a educação alimentar e nutricional pode ser
usado tanto nas escolas como em consultórios com pequenos grupos ou individualmente
(PARRA; BONATO, 2014).
Figura 3
Fonte: Getty Images
Figura 4
Fonte: Getty Images
12
não se sentirá forte assim que comer determinado alimento e as comidas “proibidas”
normalmente são oferecidas em contextos agradáveis, como festas, viagens e passeios.
O Quadro 1 traz indicações do que fazer e do que não fazer para incentivar a aceita-
ção de novos alimentos:
13
13
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Para ajudar os pais a garantirem que os sinais de fome e saciedade de seus filhos sejam
preservados, a proposta de divisão de responsabilidades, conforme Satter (1986), permite
o desenvolvimento de competências alimentares, pois, de acordo com essa divisão, cada
um dos pais tem um papel na alimentação das crianças, ou seja, eles devem oferecer
um ambiente alimentar adequado; e as crianças são responsáveis pela decisão de
quanto e se vão comer (Quadro 2). Para funcionar, é fundamental que os pais confiem
na criança para decidir o quanto ela vai comer. Estimular que as crianças participem de
forma ativa da escolha dos cardápios das refeições e lanches e/ou que cozinhem com seus
pais são maneiras de colocá-las em contato com a comida e permitir que elas desenvol-
vam autonomia e responsabilidade para fazer escolhas alimentares adequadas.
O profissional deve estar preparado para o acolhimento dos pais e da criança, para
que suas propostas possam ter adesão. O nutricionista, em seu papel de terapeuta nutri-
cional, deve trabalhar as sugestões “do que fazer e do que não fazer” de forma cuidadosa
para que a criança e sua família não saiam sobrecarregadas da consulta e com vontade
de desistir.
Nesse sentido, além das recomendações dos Quadros 1 e 2, o Quadro 3 indica su-
gestões para casos em que a criança não quer comer:
14
Quadro 3 – O que fazer ou não fazer com a criança que não quer comer
• Colocar a criança sentada à mesa com os outros membros da família mesmo que não vá comer;
• Ficar neutro, sem mostrar sua preocupação (a ansiedade aumenta a rejeição);
• Esperar a próxima refeição quando a criança se queixar de fome, e servir o mesmo que será
O que fazer
servido aos outros (tentar ocupá-la com atividades de que gosta nesse intervalo);
• Focar na refeição em si – no ato de se sentar à mesa e comer – e não no quanto ou no que está
comendo quando a criança conseguir comer.
• Substituir a refeição por alguma comida ou bebida que a criança aceite – mamadeira, por exemplo;
• Permitir que a criança “belisque” nos intervalos das refeições e lanches;
O que não fazer • Preocupar-se demais com o medo de os filhos “não comerem” ou “não crescerem de maneira
adequada” e oferecer alimentos substitutos o tempo todo;
• Pressionar, chantagear ou forçar a criança a comer.
15
15
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
coletivas, que podem se demonstrar mais efetivas, pois favorece o diálogo e a troca de
ideias e experiências entre os participantes, o que geralmente facilita a identificação de
hábitos alimentares inadequados e a adesão ao processo. Porém, a associação entre o
atendimento individual e o coletivo tende a ser o ideal, já que há a oportunidade de se
trabalhar, ao mesmo tempo, as particularidades do adolescente e integrá-lo com outros
indivíduos. A presença do responsável no atendimento ambulatorial ou em atividades
em grupos, em alguns momentos junto ou separado do adolescente, fornece suporte no
processo de mudança de comportamento.
Figura 5
Fonte: Getty Images
Deve estar preparado para falar sobre as dietas da moda e entender os termos usados
entre eles, como “abdome trincado”, “barriga negativa”, entre outros, além de compre-
ender o conceito e o impacto da imagem corporal, discutir sobre suas inspirações como
modelo de beleza (celebridades em geral), e o que está circulando nas redes sociais
(PETTY et al., 2015).
16
O planejamento educativo deve ser feito de acordo com a idade do adolescente, uma
vez que, na fase inicial, geralmente permanecem características infantis e, na final, adultas.
Logo, o tipo de comunicação e as estratégias deverão ser diferenciadas. Ressalta-se a im-
portância de considerar que indivíduos com a mesma idade cronológica possam encontrar-
-se em momentos distintos com relação à idade biológica, caracterizada pelo processo de
maturação sexual, ocasionando mudanças físicas, fisiológicas e psicológicas, fato este que
pode ser determinante de comportamentos adotados nesta fase (PRIORE et al., 2014).
Como podemos utilizar da tecnologia em favor da educação alimentar e nutricional dos adoles-
centes? O artigo intitulado Tecnologias digitais para promoção de hábitos alimentares sau-
dáveis dos adolescentes traz algumas possibilidades, disponível em: https://bit.ly/31eE4XY
As intervenções nutricionais para esse público não podem focar os possíveis prejuí-
zos à qualidade de vida que poderão ser observados em algumas décadas; devem enfa-
tizar os aspectos de saúde que são considerados relevantes nessa fase da vida,
como as associações entre o consumo alimentar e o desempenho escolar, o sucesso nos
esportes e a aparência física (TORAL; CONTI; SLATER, 2009).
Abordagem Educacional
no Ambiente Escolar
A escola, por ser um ambiente onde as crianças passam grande parte do dia, é um
espaço importante para a promoção de práticas saudáveis de alimentação. A execu-
ção dessas práticas envolve vários segmentos da escola, tais como professores, alunos,
coordenadores e diretores, proprietários das cantinas e os pais ou responsáveis pelos
estudantes, exigindo ampla interação de todas as partes.
17
17
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Por isso, a educação para a saúde no âmbito escolar propõe que a escola garanta a
presença crítica dos educadores e educandos, propiciando o estímulo constante à per-
gunta, ao saber, à curiosidade, à criatividade, sem o que não há criação de modos de
vida mais saudáveis (BÓGUS et al., 2011).
Nessa perspectiva, mais que oferecer pontualmente atividades relativas ao tema ali-
mentação, a EAN na escola permite constituir um conjunto de ações pedagógicas, nor-
mativas e culturais, que se desenha nos vários espaços da escola. Extrapola a sala de aula
e as atividades pedagógicas desenvolvidas com os estudantes. Estas ações educativas
poderão proporcionar ao estudante a construção dos conhecimentos que o instrumen-
talizarão a fazer suas escolhas – sobretudo na apropriação do direito humano de uma
alimentação adequada –, julgar o que ouvirá na mídia e atuar de forma autônoma diante
das várias alternativas que se apresentam no seu contexto (BARBOSA et al., 2013).
18
No Brasil, o principal investimento governamental em EPS se denomina Programa
Saúde na Escola (PSE). Foi criado em 2007, pelo Decreto Presidencial n.º 6.286/2007,
com a intenção de fomentar e implantar políticas públicas voltadas para a saúde dos
escolares no conjunto das ações de promoção da saúde. Sua implementação prevê a
realização de diversas ações articuladas pelas equipes de saúde e de educação com o
objetivo de garantir atenção à saúde e educação integral para os estudantes da rede
básica de ensino. O PSE é o espaço almejado durante muito tempo para a integração
da Educação com a Saúde, entretanto, muitas vezes ele tem se resumido a levar à escola
atendimento médico e odontológico ou estratégias de prevenção de doenças.
Ainda é necessário que esse espaço conquistado pelo PSE seja devidamente ocupado
para a construção da saúde no dia a dia das escolas, das crianças que as frequentam, dos
professores e de toda equipe que compõe seu quadro dirigente e de funcionários, em parce-
ria com as unidades de saúde que compartilham o mesmo território (BÓGUS et al., 2017).
Leia o Guia de sugestões de atividades Semana Saúde na Escola, cuja versão 2014 está
disponível em: https://bit.ly/3cjShJn, e a versão 2013 em: https://bit.ly/31hIVaW
Nas ações de educação alimentar e nutricional nas escolas, são diversos os recursos
e as ferramentas que podem fazer parte do processo, de modo que na Tabela 1 são
listados alguns exemplos:
19
19
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Quadro 4
• Cultivo e colheita;
• Cadeia produtiva;
Conteúdos • Tipos de alimentos, abastecimento e pontos de venda;
• Alimentos in natura e industrializados.
20
• Canteiros, instrumentos de jardinagem, mudas, sementes;
Recursos • Visita em feiras, sacolões e mercados realizada com os pais.
Abordagem Educacional
nos Transtornos Alimentares
Por meio das formas e dimensões corporais é que se manifesta a materialidade das
questões relativas ao corpo contemporâneo. A condição humana é corporal, em que a
nossa existência só se faz possível por meio de nossas formas corporais, que nos colo-
cam presente no mundo. A construção do corpo moderno se dá entre a obesidade –
expressando a falta de controle sobre si – e a anorexia – como o autocontrole levado às
últimas circunstâncias (AMPARO-SANTOS, 2017).
21
21
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
As características da fase peculiar por que estão passando seus portadores devem
ser consideradas, principalmente no caso de jovens adolescentes, que estão desenvolven-
do e definindo a sua identidade, autoimagem, o seu estilo de vida e se reajustando à vida
social, familiar e escolar. Esse reajuste pode ser manifestado por meio de comportamen-
tos de contestação da autoridade e quebra de padrões. Desta maneira, o adolescente se
torna vulnerável, volúvel, seguidor de líderes, grupos e moda, desenvolvendo preocupa-
ções ligadas ao corpo e à aparência. Possui um senso de indestrutibilidade, acreditando
que nada poderá atingi-lo, nem mesmo esses graves transtornos mentais e tem preferên-
cias, opiniões e conceitos próprios sobre alimentação, nem sempre verdadeiros.
Figura 6
Fonte: Getty Images
22
Leia o artigo intitulado Impacto dos transtornos alimentares na adolescência: uma re-
visão integrativa sobre a anorexia nervosa, disponível em: https://bit.ly/3tQM25S
Figura 7
Fonte: Getty Images
23
23
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Figura 8
Fonte: Getty Images
Como uma das estratégias possíveis, a oficina sensorial pode auxiliar a promover
mudança de comportamento em transtornos alimentares, promovendo o contato do
paciente com os alimentos em diferentes esferas sensoriais. Através dessa experiência,
sentimentos e pensamentos são acessados (componente emocional das atitudes), poden-
do interferir em crenças e conhecimento (componente cognitivo das atitudes) e, por fim,
implicar novos comportamentos (Tabela 2).
24
Tabela 2– Objetivos e estratégias da oficina sensorial para pacientes com transtornos alimentares
Objetivo Estratégia
O filme Ratatouille é utilizado para sensibi-
lização e, na sequência, os pacientes são con-
vidados a identificar visualmente diferentes
ervas e especiarias, e anotar seus nomes; eles
Conhecer temperos e ervas que agregam sabo-
deverão, ainda, associar os ingredientes a tipos
res às preparações; reconhecer as característi-
de preparações e ao objetivo desse uso. Na se-
cas e propriedades de ervas e especiarias pela
Oficina do olfato degustação; resgatar memórias pelo contato
quência, vão degustar e sentir o aroma dos in-
gredientes e serão estimulados a relacioná-los
com o aroma das ervas e especiarias; explicar a
a alguma situação ou memória. Os pacientes
fisiologia relacionada à memória e aroma.
deverão escolher dois ingredientes, entre ervas
e especiarias, para a próxima oficina culinária.
Por fim, ouvirão explicações sobre a fisiologia
da memória associada ao aroma.
Os pacientes ouvem sobre o sentido do tato
Reconhecer e identificar texturas diferentes; e são divididos em grupos para identificar
reconhecer e identificar formatos variados; determinados alimentos por meio do tato
Oficina do tato conhecer consistências; identificar diferentes (colocados dentro de uma caixa). Ao final da
tipos de cortes usados na culinária. atividade, são mostrados diversos tipos de
cortes utilizados na culinária no dia a dia.
Elaboração e preparo de uma refeição (que
contemple ao menos duas ervas escolhidas na
Identificar os quatro sabores básicos pela de-
oficina do olfato), favorecendo o contato do
gustação; relacionar o paladar com os outros
paciente com o alimento, envolvendo desde
sentidos; demonstrar que a apreciação dos sa-
a escolha adequada dos utensílios, e separan-
Oficina do paladar bores é algo possível de ser aprendido em qual- do espaços para preparo, cocção e consumo.
quer idade; discutir que pelo paladar é possível
A preparação passa por todas as etapas (higie-
ampliar nossa rede social e tornar nosso conta-
nizar, cortar, temperar e, por fim, o processo
to com o mundo mais interessante.
de cocção). Depois, os pacientes participam da
refeição terapêutica junto à equipe.
Os pacientes são vendados e conduzidos para
um local não familiar, onde há uma mesa, e re-
cebem uma bandeja com preparações culiná-
Aprimorar os demais sentidos na ausência to- rias devidamente porcionadas em quantida-
tal da visão; apreciar os alimentos e o momen- des equivalentes à refeição servida no almoço.
Oficina da visão to da refeição, a fim de eliminar preconceitos e Os pacientes são orientados a degustar os
medos por meio da visão. alimentos com as mãos e em silêncio. Após a
degustação, devem retirar a venda dos olhos e
há uma discussão sobre as sensações vivencia-
das a fim de conduzir a troca de experiências.
Fonte: Adaptado de TIMERMAN et al., 2015, p. 404-405
O tratamento dos transtornos alimentares costuma ser longo e nem sempre com
resultados satisfatórios, pois as questões emocionais interferem no processo de mudança
do comportamento alimentar. Os profissionais de saúde devem ter consciência dos seus
limites diante da frustração que alguns casos apresentam, buscando apoio e cuidado de
outras equipes para que esse enfrentamento possa ser menos sofrido (PESSA, 2014).
25
25
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
26
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
Associação de consumidores sem fins lucrativos, independente de empresas, par-
tidos ou governos com a missão de orientar, conscientizar, defender a ética na
relação de consumo e os direitos dos consumidores.
https://bit.ly/3cnmwPX
Alana
Organização de impacto socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento
integral da criança e fomenta novas formas de bem viver.
https://bit.ly/3sr5ZzW
Vídeos
Canal – Comer Pra Quê
Apresenta vídeos deste movimento de mobilização da juventude para pensar a ali-
mentação como ato político. Busca-se dar voz e visibilidade aos desafios dos jovens
para se alimentarem de forma adequada e sustentável.
https://bit.ly/39cgAHe
Filmes
Criança, a Alma do Negócio
Criança, A Alma do Negócio é um documentário dirigido pela cineasta Estela Renner
e produzido por Marcos Nisti sobre como a sociedade de consumo e as mídias de
massa impactam na formação de crianças e adolescentes.
https://youtu.be/17F92D2DxOY
Leitura
Alimentação escolar e constituição de identidades dos escolares: da merenda para pobres
ao direito à alimentação
https://bit.ly/3d4RCe3
Confluências das relações familiares e transtornos alimentares: revisão integrativa da literatura
https://bit.ly/3feMLtM
27
27
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
Referências
ALCANTARA, C. M. de et al. Tecnologias digitais para promoção de hábitos alimentares
saudáveis dos adolescentes. Rev. Bras. Enferm., Brasília, DF, v. 72, n. 2, p. 513-520, abr.
2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
-71672019000200513&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09/01/2021.
28
COSTA, A. L.; Duarte, D. E.; Kuschnir, M. C. A família e o comportamento alimentar
na adolescência. Adolesc Saúde., v. 7, n. 3, p. 52-58. 2010. Disponível em: <http://
adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=236#>. Acesso em: 07/01/2021.
29
29
UNIDADE Educação Alimentar e Nutricional para Crianças e Adolescentes
<https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/7934>.
Acesso em: 06/01/2021.
TORAL, N.; CONTI, M. A.; SLATER, B. A alimentação saudável na ótica dos ado-
lescentes: percepções e barreiras à sua implementação e características esperadas em
materiais educativos. Cad. Saúde Pública., v. 25, n. 11, p. 2.386-2.394, 2009. Dispo-
nível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009
001100009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 07/01/2021.
30