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Terapia Cognitiva
Comportamental e
Terapia dos Esquemas
Fátima Vasques
Psicóloga
Supervisora do ambulatório de Transtornos do Impulso
do IPqHCFMUSP
vasquesfatima10@gmail.com
www.fatimavasques.com.br
O que são Transtornos Alimentares
imagem corporal na História
O que são Transtornos Alimentares
imagem corporal na História
CONTEXTO PARADOXO!
ATUAL
+
ENORME DISPONIBILIDADE DE
ALIMENTOS/ OBESIDADE SÓ AUMENTA/
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
ALIMENTO = “AMEAÇA”
AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE
TRANSTORNOS ALIMENTARES
TRANSTORNOS ALIMENTARES
DEFINIÇÃO :
funcionamento psicossocial.
DSM5
ANOREXIA NERVOSA
TRANSTORNOS ALIMENTARES: Anorexia
endócrinas(ex: amenorréia)
CRITÉRIO
DIAGNÓSTICO
ANOREXIA NERVOSA
DSM5
(Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais )
American Psychiatric Association
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO : ANOREXIA NERVOSA
Tipo Restritivo :
➢ Esquizofrenia
➢ Bulimia Nervosa
Comorbidade
➢ Transtorno Bipolar
➢ Transtornos Depressivos
➢ Transtornos de Ansiedade
Baixa auto
estima Déficits Dieta
interpessoais restritiva
Perda de
peso
• Baixa auto-estima
• Falta de assertividade
se ineficaz e negativa.”
Atendimentos individuais ou em grupo?
empíricas,
Anorexia Nervosa”
Exemplo de compulsão:
400g de mortadela
2 pacotes de bolacha recheada
1 pacote de bolacha de maisena
1 banana
1 litro de leite
½ kg de açúcar
2 pães franceses
6 fatias de pão de forma
½ kg de f. de milho + ½ kg açúcar
5 pedaços de bolo
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO: BULIMIA NERVOSA
Diagnóstico Diferencial
Comorbidade
➢ Transtornos depressivos
➢Transtornos bipolares
➢Transtornos de Ansiedade
do que os antidepressivos.
exclusivas é maior.
O modelo da TCC testado nos estudos é o proposto por Fairburn (1985,1993), consiste de:
e purgação);
2) Pesagem regular;
dietas;
Bulimia Nervosa: Psicoterapia
5) Prevenção de recaídas
Baixa auto-estima
Prática de dietas
Comportamento
Binge-eating
purgativo
• Baixa auto-estima
• Perfeccionismo
•Prática Clínica:
•AMBULIM => aumento crescente da procura de tratamento por jovens do
sexo masculino com idade média de 18 anos.
♂
➢ Mais comorbidades psiquiátricas e psicossociais.
Para paciente com Anorexia nervosa é necessário aguardar que o ganho de peso
corporal alcance no mínimo o IMC de 16Kg/m² para ser liberada a prática de exercícios
orientada e supervisionada .
Para pacientes com Bulimia Nervosa , o ideal é cessar as purgações por vômito, uma vez
que a associação da prática de exercícios pode causar arritmia cardíaca em razão de
perda de eletrólitos, provocada pelos vômitos autoinduzidos, que prejudicam a
funcionalidade do coração.
Essa perigosa combinação pode provocar até morte súbita e arritmias cardíacas graves
EXERCÍCIOS FÍSICOS EXCESSIVOS ,
COMPULSIVOS E COMPENSATÓRIOS
Para pacientes com transtorno alimentar , é importante ressaltar que o
exercício deve ter como objetivo a saúde e não o peso corporal , pois esse
objetivo é alcançado como consequência .
Compulsão Compensação
O engajamento nas aulas de A quantidade de exercícios é
exercício é uma obrigação determinada pela quantidade de
maçante calorias ingeridas
Mesmo fora do ambiente de A prática de exercícios é
exercícios físicos , mantém exclusivamente voltada para queima de
exercícios isométricos, calórica e/ou composição corporal
movimentos repetitivos
propositais, caminha demais,
sobe e desce escada, carrega
peso desnecessariamente
Exercita-se mesmo com lesão ou Realiza atividades física como lavar
dor relacionada aos próprios louças, limpar a casa, deslocar-se a pé,
exercícios optando por caminhos mais longos, etc.
tudo é válido para queimar calorias
Quando por algum motivo, não é A prática de exercícios promove uma
possível se exercitar, existe uma sensação de liberdade para comer, isto
compensação na sessão seguinte é uma permissão para se alimentar a
com mais tempo ou intensidade ponto de gerar episódios de compulsão
Demonstra sofrimento quando
por qualquer motivo não dá
certo o cumprimento da sua
rotina de exercícios
VIGOREXIA – não é normalmente utilizado para a literatura médica , mas representa dois
transtornos psiquiátricos bem diferentes : compulsão por atividades físicas e dismorfia muscular
1. Compulsão por atividades físicas
Conhecido por dependência ou compulsão por atividade física . A atividade física passa a
representar uma dependência comportamental como um vício.
Sente grande necessidade de se exercitar ,muitas vezes de forma exagerada, durante muitas
horas por dia . Mesmo quando se machuca ou é orientado a descansar , ele segue treinando . Se
impedido , sente-se culpado, irritado, ansioso e frustrado, pensando muito nisso e podendo ficar
até com insônia
2. Dismorfia muscular ( transtorno dismórfico corporal )
Já foi chamada de anorexia reversa de Adônis . Trata-se de um transtorno mental em que o
paciente sente-se pequeno e fraco, apesar de ser forte e musculoso. Pode ser compreendida
como uma distorção da imagem corporal
Transtorno da Compulsão Alimentar
(TCA)
Transtorno da Compulsão Alimentar(TCA)
Histórico : Transtorno da compulsão alimentar
Diagnóstico Diferencial :
➢ Bulimia Nervosa
➢ Obesidade
➢ Transtornos Bipolares
➢ Transtornos Depressivos
➢ Transtornos de ansiedade
Dieta restritiva
Compulsão Alimentar
TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR (TCA)
• Baixa auto-estima
• Evitação e baixo manejo emocional
• Pensamento do tipo”tudo ou nada”
• Altos níveis de ansiedade
• Tendência a buscar aprovação externa
• Falta de assertividade
• Sensibilidade a críticas
• Incapacidade de encontrar formas de prazer e satisfação
TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
fantasias
IMAGEM CORPORAL
Definição dada por Slade (1994) merece destaque :
A imagem corporal pode ser compreendida como a imagem que o indivíduo tem
do tamanho, da forma e do contorno de seu próprio corpo , bem como os
sentimentos em relação a essas características e as partes que o constituem
A partir dessa definição a imagem corporal passa a ser vista como uma construção
cognitiva , mas também um reflexo dos desejos, das emoções e da interação social
Assim ela pode ser vista por dois componentes : Perceptivo e Atitudinal
Imagemcorporal
COMPONENTES DA IMAGEM
CORPORAL
• Componente perceptivo = como a pessoa vê seu corpo. Define a exatidão no
julgamento do tamanho, da forma e do peso corporal)
• Componente atitudinal: envolve 3 construtos :
1. Afetivo : experiências de sentir emoções em relacionadas ao corpo, que
resultam na avaliação e na interpretação individual dos eventos , objetos ou
situações
2. Cognitivo : os pensamentos que revelam um elevado senso crítico mental a
respeito do próprio corpo
3. Comportamental : as ações relacionadas ao próprio corpo, podendo se
caracterizar por comportamentos autodefensivos, motivados para prevenir
algum desconforto relacionado ao próprio corpo ou evitar uma dor
emocional
❑ Depreciação corporal
❑ Evitação corporal
❑ a preocupação extrema do corpo e o investimento extremo do corpo
❑ Investimento extremo no corpo
DISTÚRBIOS DE IMAGEM CORPORAL
EXEMPLOS:
• Se a pessoa se vê de forma diferente
daquela que ela é (por ex. mais gorda),
pode-se dizer que ela tem distúrbio no
componente perceptual da imagem
corporal ou uma distorção de imagem
corporal
DISTÚRBIOS DE IMAGEM
CORPORAL NA BN
• Mais comuns: pavor mórbido de ganhar peso e hipervalorização da aparência física.
DISTÚRBIOS DE IMAGEM
CORPORAL NA AN
(GARNER, 2004)
EPIDEMIOLOGIA
Nos transtornos alimentares
GRUPOS DE RISCO
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(MORGAN et al, 2002; CORDÁS, 2004)
FATORES PREDISPONENTES
FATORES BIOLÓGICOS
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
NUNES et al.2006; MORGAN et al, 2002; FAIRBURN e HARRISON, 2003
FATORES PREDISPONENTES
FATORES FAMILIARES
Características comuns:
• Perfeccionismo – bom comportamento extremamente valorizados
• Superproteção
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
Schomer E.Z. O papel da família nos transtornos alimentares. In: Bucaretchi. Anorexia e
Bulimia Nervosa. Uma visão multidisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003
FATORES PREDISPONENTES
FATORES FAMILIARES
• Comunicação prejudicada – dificuldade em elogiar → baixa
autoestima.
• Preocupação exagerada com o peso e dietas, valorização excessiva
da aparência física (especialmente por parte da mãe). Membro obeso
é geralmente criticado e humilhado.
• Dinâmicas caóticas –ausência de regras, limites e autoridade dos pais;
desorganização (especialmente na BN).
• Dificuldade em lidar com impulsos e descargas emocionais
(especialmente na BN).
• Não raro histórico de abuso de drogas, álcool e transtornos
psiquiátricos.
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
Schomer E.Z. O papel da família nos transtornos alimentares. In: Bucaretchi. Anorexia e
Bulimia Nervosa. Uma visão multidisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003
FATORES PREDISPONENTES
FATORES PSICOLÓGICOS
• Personalidade:
• Traços comuns na AN são os obsessivos, perfeccionistas, dificuldade em
expressar sentimentos e introversão;
• Em relação à BN, traços impulsivos, instabilidade afetiva e sociabilidade são
comuns;
• Baixa auto-estima é um fator de risco comum a AN e a BN
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(MORGAN et al, 2002)
FATORES PREDISPONENTES
FATORES SÓCIO-CULTURAIS
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
Mudança no Padrão de Beleza
GORDA????
Reflexos da ditadura da beleza na alimentação
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(NUNES et al., 2006)
FATORES PRECIPITANTES
Esforços para perder peso não são restritos aos adultos jovens e obesos.
A “auto-inanição” é promovida pela mídia, aceita pela família e
recomendada por profissionais.
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(MORGAN et al, 2002; CORDAS, 2004)
(HETHERINGTON, 2000)
FATORES PRECIPITANTES
Dieta para perda de peso
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(ADA, 2001; PHILLIPI, 2004; POLIVY, 1985)
(MORGAN et al, 2002)
FATORES PRECIPITANTES
Dieta para perda de peso
ETIOLOGIA
MULTIFATORIAL
FATORES PRECIPITANTES
Dieta para perda de peso
ETIOLOGIA
MULTIFATORIAL
CICLO: restrição - compulsão - purgação
“estou gorda(o)”
RESTRIÇÃO
“Vou fazer dieta” Comer para se confortar
“Vou cortar ‘alimentos proibidos’”
(falsa sensação de controle)
“Sinto-me mal”
PRIVAÇÃO:
Física e emocional
PURGAÇÃO
REVOLTA contra as regras
auto-impostas:
Sensação de raiva Sensação de CULPA e
Pensamento “tudo ou nada” PERDA DO CONTROLE
COMPULSÃO
FATORES MANTENEDORES
• Alterações neuroendócrinas em decorrência da privação alimentar
• Distorções cognitivas
• Práticas purgativas
• Dinâmica familiar
• Alterações psicológicas
• Fatores sócio-culturais
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
(MORGAN et al, 2002; CORDAS, 2004)
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
Transtorno
Fatores de Vulnerabilidade
alimentar
predisposição
Fatores Fatores
precipitantes mantenedores
• DIETA • Alterações
• Sexo feminino
• Separação, perda neuroendócrinas
• História familiar
de TA • Alterações na • Distorção da
dinâmica familiar Imagem corporal
• Baixa auto-estima
• Expectativas • Distorções
• Perfeccionismo cognitivas
irreais (escola,
• Dificuldade em profissão, pessoal) • Práticas
expressar emoções purgativas
• Menarca (AN)
Tratamento :
Anorexia, Bulimia e
Transtorno da Compulsão
Alimentar
• Tratamento ------- equipe multidisciplinar
Psiquiatra
Psicólogo
Nutricionista
Psicoterapeuta familiar
Psiquiatra
• Orientação nutricional
• Desmistificação de crenças ,
PENSAMENTO
AUTOMÁTICO SITUAÇÃO
MODELO
REAÇÕES
EMOCIONAL/COMPORTAMENTAL/
COGNITIVO
FISIOLÓGICA
116
TÉCNICAS
Instrumentos de automonitoração
Diários Alimentares :
determinado tema
❑ obter informações
❑ conhecer o problema trazido pelo paciente
❑ conseguir uma visão geral sobre seu estilo de vida
❑Avaliar estratégias que o paciente utiliza para enfrentar situações
❑ traduzir queixas vagas em problemas concretos
❑ ajudar o paciente a avaliar as consequências de seus comportamentos
disfuncionais
❑ identificar pensamentos específicos associados as emoções ou comportamentos
disfuncionais
REGISTRO DE PENSAMENTO DISFUNCIONAL – RPD
o Deve questionar como ele definiria as coisa que estão o incomodando e não
olhar apenas o lado negativo da definição, fazendo com que ele se concentre
na extremidade positiva do termo
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Todo problema em nossa vida tem diversas possibilidades de solução. Muitas
vezes temos a tendência a achar que só tem uma solução possível ( ou que não
tem solução), mas quando ampliamos o pensamento, podemos encontrar outras
opções. Busque com seu T um problema ainda recorrente em sua alimentação e
10 soluções (sensatas ou não) para esse problema :
PROBLEMA ALIMENTAR :
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
ROLE PLAYING E TROCA DE PAPÉIS
A Terapia dos esquemas é considerada uma terapia integrativa com elementos característicos
de diversas abordagens e teorias : elementos da TCC, Gestalt, Psicanálise, do modelo das
relações objetais e da teoria do apego .
outros e do mundo. São desenvolvidos desde a infância , como resultado das interações
DOMÍNIOS ESQUEMÁTICOS
Domínio 1: Desconexão e rejeição – O tema central desse domínio se refere à percepção de que as
necessidades básicas de cuidado , proteção, empatia, segurança e estabilidade não serão
atendidas .
Domínio 4 : Orientação para o outro – è caracterizado por uma preocupação exagerada com
as necessidades alheias em detrimento das próprias necessidades
(EIDS)
DOMÍNIOS EIDS
Desconexão e Rejeição Abandono/ Instabilidadae
Desconfiança/Abuso
Privação Emocional
Defectividade e Vergonha
Isolamento Social/Alienação
Autonomia e desempenho Prejudicados Dependência e Incompetência
Vulnerabilidade ao dano e a doença
Emaranhamento ou Self subdesenvolvido
Fracasso
estilos de enfrentamento
ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS E TRANSTORNOS
ALIMENTARES
A literatura , há algum tempo, aponta a presença de processos vinculares pobres ou inseguros em
família com Transtornos alimentares, mostrando que a negligência emocional, ou seja, a falha em
As famílias com portadores de transtornos alimentares, pelo menos um dos pais tem um alto nível
de exigência e é extremamente crítico, contribuindo para desenvolver no paciente uma baixa auto
estima.
HOSTILIDADE E DESORGANIZAÇÃO
PRINCIPAIS PESQUISAS EM
TERAPIA DOS ESQUEMAS
COM TRANSTORNOS
ALIMENTARES
Segundo Leung e colaboradores Anoréxicos desenvolvem a crença de que são
defeituosos e estabelecem padrões de desempenho
irrealistas cuidado parental inadequado
Acreditam que suas necessidades emocionais nunca
serão satisfeitas e que é importante não demonstrarem
emoções
Bulímicos se sentem socialmente indesejáveis , vulneráveis
Macik e Sas investigaram a presença de EIDS em 30 pacientes com AN são eles:
abandono/instabilidade; padrões elevados; fracasso;
defectividade/vergonha; postura punitiva
Pauwels e colaboradores avaliaram a relação dos EIDS e comportamentos de
automutilação em 491 pacientes com TA, sendo 189 com AN
do subtipo restritiva, 80 com AN do subtipo purgativa, 113 com
BN e 109 com TA sem outra especificação . O objetivo era
investigar os EIDS mais relevantes para cada subgrupo de TA,
além da sua relação com o comportamento de automutilação
Em comparação com os pacientes restritivos os bulímicos apresentaram maior gravidade nos esquemas de
autocontrole insuficiente e privação emocional, o que pode estar relacionado a problemas interpessoais e controle
de impulso , característicos dos transtornos de personalidade do cluster B ( borderline, histriônico, antissocial ,
narcisista ).
Pacientes restritivos apresentaram maior gravidade nos esquemas de fracasso, isolamento social, subjugação, e
padrões inflexíveis/irrealistas , o que pode estar relacionado ao cluster C ( Transtorno, dependente , esquiva e
obsessivo compulsivo ).
A presença de comportamentos de automutilação , segundo o estudo , estaria associado à maior gravidade dos
EIDS e á presença de transtornos de personalidade
alivio imediato de emoções negativas e que o comportamento bulimico estaria relacionado aos esquemas de
Segundo os autores , a compulsão alimentar pode ser uma consequência da restrição alimentar ou uma
Os estilos de enfrentamento diferem entre os tipos de TA e não necessariamente os EIDS . Alguns autores
mostram que a restrição alimentar seria um comportamento compensatório desenvolvido com o objetivo de
assim como outros comportamentos impulsivos, seria uma forma de evitação dos afetos já disparos pelos EIDS (
Luck e colaboradores avaliaram os estilos de enfrentamento em pacientes com Bulimia e Anorexia usando o
inventário de compensação de Young (YCI) e o inventário de evitação de Young( YRAI). Os resultados mostraram
que que pacientes anoréxicos utilizam tanto estratégias evitativas como de compensação. Os bulimicos usam
A angústia ativada pelo modo criança vulnerável ativa o modo protetor autoestimulador, que tem como
objetivo bloquear o afeto negativo , desconectando-se. Os comportamentos de compulsão alimentar ,
purgação, abuso de álcool e dormir são algumas estratégias desse modo de funcionamento
Simpson sugere a existência de um modo específico para o TA, que ela chama de controlador
perfeccionista . Esse modo seria o responsável pelos comportamentos de restrição alimentar, checagem
corporal e exercícios físicos com o objetivo de controlar e melhorar a aparência e o peso e portanto,
reduzir o risco de ativação dos esquemas
O perfeccionismo é reforçado a uma série de comportamentos como trabalho, estudos, limpeza e
aparência. De acordo com a autora , esse modo de funcionamento compensa , pelo menos, alguns dos
seguintes esquemas : fracasso, defectividade/vergonha, privação emocional e subjugação
O perfeccionismo é reforçado a curto prazo pelas sensações de orgulho e capacidade de
seguir idéias e regras rígidas, como por exemplo restringir a alimentação para emagrecer
EM RESUMO :
A literatura sugere que existe uma relação entre Esquemas Desadaptativos Remotos e
gravidade mais elevados quando comparados a grupo controle saudáveis ou grupos clínicos
( dependência química)
TRATAMENTO BASEADO NA TERAPIA DOS ESQUEMAS
ALIANÇA TERAPÊUTICA :
Como em toda terapia de esquema, a relação terapêutica é central para uma terapia de esquema
eficaz para transtornos alimentares
A atenção à construção de uma forte aliança terapêutica nas fases iniciais da terapia facilita a
avaliação de modos desadaptativos e estilos de enfrentamento do esquema precoce e fornece o
contexto para o fornecimento de oportunidades de incentivo à psicoeducação
Uma forte relação terapêutica é essencial para proporcionar um ambiente seguro, para que o cliente
possa tolerar o foco emocional em componentes da terapia de esquema, como imagens. O
terapeuta fornece uma presença segura, tranquilizadora e confiável, incluindo uma postura de
terapeuta de reparação limitada e o uso de confrontação empática.
PSICOEDUCAÇÃO :
No início da terapia, o terapeuta fornece uma justificativa para a terapia do esquema, baseando-se nas
informações coletadas durante a avaliação clínica e no questionário do esquema. Termos-chave como
esquemas, modos e estratégias de enfrentamento de esquemas desadaptativos são definidos e
discutidos. É fornecida orientação psicológica sobre terapia de esquema, transtorno alimentar,
verbalmente.
O terapeuta explica que o objetivo principal da terapia é resolver esquemas desadaptativos precoces, a
fim de reduzir o impacto da ativação contínua e inútil desses esquemas desadaptativos, resultando em
transtornos alimentares e outros problemas da vida.
O terapeuta explica que as estratégias da terapia de esquema ajudam a enfraquecer os esquemas
desadaptativos e os modos iniciais de esquemas, que o foco nessas questões mais profundas pode ser
angustiante, e o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento permitirá que as necessidades
essenciais sejam atendidas de maneira mais adaptativa.
Desenvolver ou fortalecer o Adulto saudável , funcionando, para obter maior
conscientização das necessidades básicas e para que essas necessidades sejam
atendidas de maneira adaptativa
Na fase inicial da terapia, avaliação e formulação é o foco. Durante esta fase, o objetivo do
terapeuta é trabalhar com o cliente para identificar esquemas desadaptativos ou modos iniciais
e suas experiências cognitivas, emocionais e experiências físicas. O tempo necessário para
concluir a avaliação é variável. É provável que casos relativamente diretos sejam concluídos em
cinco sessões de avaliação, enquanto isso pode ser mais prolongado quando se trabalha com
algumas pessoas com transtornos alimentar , tanto devido à complexidade dos transtornos
alimentares quanto a outras comorbidades, e quando há maior Hipercompensação ou evasão.
Os dados para a formulação são reunidos em uma variedade de entrevistas clínicas, desenvolvimento
e histórico de vida, questionários (por exemplo, YSQ, Inventário de Modo de Esquema, Inventário para
Pais e Questionário de Evitação de Young-Rygh), avaliar imagens e explorar e revisar as experiências
cognitivas, emocionais e físicas do cliente associadas à ativação de esquemas ou modos.
O objetivo desse processo para o cliente não é apenas desenvolver uma compreensão intelectual, mas
também obter uma compreensão “emocional " das necessidades principais, dos esquemas adaptativos
ou modos iniciais do esquema e dos estilos de enfrentamento associados, incluindo comportamentos
dos transtornos alimentares que se desenvolveram para atender a essas necessidades.
Pensamento :
________________________________________________________
Comportamento :
_____________________________________________________
2. Diário dos Esquemas :
esquemas _________________________________________________________
Visão Saudável :
_______________________________________________________
Preocupações realistas :
_________________________________________________
Reações Exageradas :
___________________________________________________
Comportamento Saudável:
________________________________________________
• Técnica mais avançada do que o cartão lembrete
pacientes
nível afetivo
atuais
Imagens mentais de um lugar seguro
Diálogo nas imagens mentais : criança vulnerável, adulto saudável e paciente disfuncional
(esquema)
Memórias traumáticas
exposição gradual)- contem uma hierarquia de situações e personagens cada vez mais
ameaçadoras
Trabalho corporal : quando pacientes tem dificuldade de expressar emoções o terapeuta pode
ajudar fazendo com que o paciente se concentre em seus corpos . Pode utilizar como recursos
almofadas para dar socos, acrescentar sons e movimentos ao sentimento por ex: gritem,
esquemas , e, assim, satisfazer suas necessidades emocionais que não foram atendidas.
Principais técnicas :
Cartão lembrete
alimentar.
Controle da Raiva
1.
AUTOMONITORAÇÃO
. Identificação de esquema(s)
• que aprendi__________(origem)________
• Testagem da realidade
Lembrete da • Ainda que eu acredite _____(pensamento negativo) a realidade é que ___(visão
terapia do saudável_)__________
esquema • Entre as evidências em minha vida que sustentam a visão saudável estão
• Instrução comportamental
esquemas e modos .
Conjunto de esquemas
+
Estados Emocionais
+
Respostas de enfrentamento
Ativados Simultaneamente
Modos Esquemáticos
São agrupados em :
➢ Criança Vulnerável
➢ Criança Zangada
➢ Criança Impulsiva
➢ Criança Indisciplinada
➢ Criança Feliz
Modos Pais Disfuncionais Internalizados
• Pai/Mãe Punitivos
• Capitulador Complacente
• Protetor Desligado
• Protetor Autoavaliador
• Hipercompensador
Demonstrar a
• O terapeuta tende a demonstrar as
vantagem de vantagens do paciente abdicar ou
modificar ou modificar de modos que interfiram
no acesso a criança vulnerável
abrir mão de
um modo
PASSO 5 : • Fazer a confrontação empática.
Empatizar e pressionar para que
Acessar a criança faça a imagem mental .
• Muitos pacientes tem muita
vulnerável por
dificuldade de fazer imagens
meio de imagens mentais ( são pacientes mais
mentais evitativos )
• Uma vez que a criança vulnerável e o
adulto saudável sejam estabelecidos
como personagens , o terapeuta
provoca outros modos nessas
imagens mentais . O terapeuta ajuda
PASSO 6 : os modos a se comunicar e negociar
entre si .
• EX: o adulto saudável pode falar com
Realizar diálogos o pai/mãe punitivo
entre os pólos • Terapeuta cumpre a função de adulto
saudável, sempre que o paciente não
for capaz de fazer por conta própria .
• Usa a técnica de trocas de cadeiras da
técnica da Gestalt
PASSO 7 :
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