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TCC

Prof. Lilian Gazzoli Zanotelli


Professora
AULA 3
Conceituação
Cognitiva
CONCEITUAÇÃO DE CASO NO MODELO COGNITIVO

§ Inicia-se o trabalho terapêutico com uma Anamnese Completa e


um Exame do Estado Mental do paciente.

§ Na TCC, a avaliação e a realização de conceitualização de caso são


baseadas num modelo amplo de tratamento.

§ Conceitualização Cognitiva, Formulação de Caso, Enquadre


Cognitivo do Caso ou Conceituação de Caso são mapas que
orientam o trabalho a ser realizado com o paciente.

§ Auxilia no entendimento da estrutura subjetiva de cada


paciente e no planejamento das estratégias terapêuticas que
serão utilizadas ao longo do tratamento.
DEFINIÇÃO:

• Processo colaborativo, no qual terapeuta e paciente participam


visando, inicialmente, descrever e, em seguida, explicar as
dificuldades apresentadas pelo cliente.

• Função principal é orientar a terapia para suavizar o


sofrimento e desenvolver a resiliência do paciente.

• Conceituação cognitiva é uma proposta de adesão do paciente


à terapia. Após sua concretização, aumenta a motivação e a
compreensão do processo terapêutico pelo paciente e
terapeuta.
BECK

Uma Conceituação Cognitiva EFICAZ deve investigar uma


variedade de aspectos

§ Diagnóstico clínico;
§ Problemas atuais enfrentados;
§ Fatores estressores precipitantes dos problemas;
§ Predisposições Genéticas e familiares;
§ Pensamentos Automáticos;
§ Crenças Intermediárias (pressupostos, regras, condições, etc);
§ Crenças Centrais (nucleares).
BECK

Pessoas com CRENÇAS CENTRAIS NEGATIVAS a respeito de


si mesmas podem apresentar, de maneira geral,
conceitualizações de 3 tipos

§ DESAMPARO (sentimento de incompetência);

§ DESAMOR (desmerecimento de amor de outros);

§ DESVALORIZAÇÃO (significado negativo de si mesmo).


MODELO DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO
MODELO DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO

Os dados NEGATIVOS são processados imediatamente,


fortalecendo a crença nuclear.

Os dados POSITIVOS são desconsiderados (transformados em


dados negativos) ou não percebidos.
MODELO DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO
Diagrama de Conceituação Cognitiva (pg. 223)
BENEFÍCIOS

§ Elaborada, colaborativamente, leva o paciente à reflexão crítica,


tornando-o mais propenso a identificar possíveis falhas no processo.

§ A conceitualização cognitiva auxilia no planejamento do tratamento


e resolução de desafios encontrados.

§ As hipóteses elaboradas, colaborativamente, são testadas e


adaptadas através do feedback das intervenções terapêuticas.

§ Conceituar um paciente em termos cognitivos é crucial para


determinar a trajetória mais eficiente e efetiva de tratamento.

§ A conceituação auxilia a desenvolver a EMPATIA, ingrediente


essencial para estabelecer uma boa relação de trabalho.
Perguntas - Conceituação de Caso

§ Como o paciente desenvolveu esse transtorno?

§ Quais foram os eventos de vida, experiências e interações


significativos?

§ Quais são suas crenças mais básicas sobre si mesmo, seu mundo e
os outros?

§ Quais são suas suposições, expectativas, regras e atitudes (crenças


intermediárias)?
Perguntas - Conceituação de Caso

§ Que estratégias o paciente utilizou ao longo da vida para lidar com


essas crenças negativas?

§ Que pensamentos automáticos, imagens e comportamentos ajudam


a manter o transtorno?

§ Como suas crenças em desenvolvimento interagem com situações


de vida para tornar o paciente vulnerável ao transtorno?

§ O que está acontecendo na vida do paciente no momento e como


ele está percebendo isso?
BIBLIOGRAFIA

§ ABREU, C. N.; GUILHARDI, H. J. Terapia Comportamental e Cognitivo-


Comportamental: Práticas Clínicas. São Paulo: Editora Roca, 2015.

§ BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. Porto


Alegre: Artmed, 2014.

§ LEAHY, R. L. Técnicas de Terapia Cognitiva: Manual do Terapeuta.


Porto Alegre. Artmed. 2ª. Ed. 2019.

§ RANGÉ, B. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: Um Diálogo


com a Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2ª Ed, 2011.

§ WRIGHT, J H., e cols. Aprendendo a terapia cognitiva-


comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre. 2a.ed. 2019.

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