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PROJETO DE PESQUISA: HÁBITOS ALIMENTARES E RELAÇÃO COM O

DESEMPENHO ESCOLAR DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Henrique Wagner

INTRODUÇÃO

O século XVII trouxe grandes mudanças para a humanidade, dentre elas a revolução
industrial que tem possibilitado desde então a produção em massa de diferentes produtos
como roupas, ferramentas, utensílios e alimentos. É notável que, a partir deste determinado
momento histórico, têm-se acompanhado um acelerado crescimento da tecnologia da
produção, em especial quanto ao cultivo e processamento dos alimentos. Tais fenômenos
acabaram por desencadear relativas alterações no estilo de vida da humanidade. No que tange
a alimentação, nota-se o alto crescimento do consumo de produtos industrializados
ultraprocessados e uma queda da procura por alimentos in natura por boa parte da população.
As crianças, essencialmente, têm estado à mercê dessa situação e desestruturado a construção
de hábitos nutricionais saudáveis, o que, pode impactar a qualidade do seu aprendizado e um
bom desenvolvimento físico e cognitivo. Outrossim, observa-se também desigualdades no
acesso a uma alimentação adequada advindo principalmente de crianças que se encontram em
extrema vulnerabilidade socioeconômica. Assim sendo, essas mudanças alimentares acabam
implicando nas mais diferentes facetas da vida do ser humano, incluindo seu processo de
aprendizagem. Logo, o presente trabalho tem por objetivo correlacionar tais influências no
desempenho escolar durante a infância.
No Brasil, a alimentação é um direito social e é garantido pelo artigo 6º da
Constituição Federal, incluído após a aprovação da Emenda Constitucional nº 64, de 2010.
Entretanto, na realidade, tal cenário acaba sendo utópico uma vez que encontramos um grande
número de crianças sem acesso a uma alimentação adequada, muitas das quais apresentam-se
em situação de sobrepeso ou desnutrição, ambos fatores de risco para a saúde. Segundo dados
do Ministério da Saúde, em 2021 uma em cada 10 crianças brasileiras de até 5 anos está com
o peso acima do ideal, decorrente do sedentarismo mas também o alto consumo de alimentos
ultraprocessados, que, conforme a UNICEF, foram impulsionados por diversos fatores seja o
baixo preço, facilidade de acesso, praticidade de consumo, gosto, como também a falta de
informações quanto aos prejuízos de uma alimentação com baixa diversidade. Salienta-se
também a quantidade exacerbada de crianças em situação de insegurança alimentar que,
seguinte a Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018 (POF), realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 36,7% das famílias brasileiras com crianças
apresentavam algum grau de insegurança alimentar. Em suma, os dados expostos avultam a
precariedade nutricional de várias crianças brasileiras, o que, de certa forma, por conseguinte,
tende a refletir em um baixo rendimento escolar.
Conforme já mencionado, crianças mais pobres estão mais propensas a uma nutrição
inadequada. Sawaya (2006) pontua que a pobreza está correlacionada a um baixo
desenvolvimento escolar, visto que a carência de certos nutrientes bem como todos os demais
desafios e faltas de oportunidade podem levar a atrasos cognitivos. Já Ramos (2021), ao
esclarecer as consequências psicossociais da obesidade infantil, expõe que crianças em
sobrepeso têm prejuízos em seus aspectos emocionais e cognitivos afetando seu desempenho
escolar e as interações sociais.
Uma alimentação saudável é muito importante para a saúde tanto de crianças, quanto
adolescentes e adultos. Segundo Alves e Cunha (2020): uma alimentação adequada ativa o
cérebro, assim como proporciona o bem estar integral de uma criança. As autoras
destacam ainda a necessidade do contexto escolar para o desenvolvimento de hábitos
alimentares saudáveis, os quais estão relacionados a um desenvolvimento cognitivo.
Tendo em vista os aspectos observados, nota-se a necessidade de desenvolvermos
hábitos alimentares saudáveis na infância uma vez que esta fase se configura como um
período sensível para o desempenho escolar futuro. Ademais, avulta-se uma precariedade
demasiada no que tange a nutrição das crianças brasileiras e a necessidade de políticas
públicas e maneiras para reverter esta situação. Diante deste cenário, o seguinte trabalho
busca relacionar como os hábitos alimentares impactam o desempenho acadêmico de crianças
do ensino fundamental I e estruturar formas para a construção de uma alimentação saudável
na infância, seja através da promoção de saúde ou até mesmo mediante a merenda escolar: um
trabalho envolvendo professores, psicólogos e nutricionistas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A alimentação saudável é importante durante toda a vida, mas durante a infância


assume um papel muito importante na promoção da saúde das crianças visto que seu corpo
está em desenvolvimento e uma má alimentação pode acarretar em comprometimentos no seu
desenvolvimento físico e intelectual (FROTA et al. 2008; SILVA, COSTA, GIUGLIANI,
2016). Tendo em vista isto, a atenção ao estado nutricional da criança se torna fundamental.
Logo, um acompanhamento de um profissional de saúde diante da causa é necessário
(FROTA et al. 2008).
Outrossim, considera-se a infância um período sensível para a formação de hábitos
alimentares. Acerca disso, o contexto social e psicossocial assumem uma grande influência na
formação destes hábitos e pode vê-los fortemente atrelados a práticas alimentares inadequadas
(RAMOS, & STEIN, 2000, PEDRAZA, & SANTOS, 2021).
Em primeira análise, destaca-se o papel dos pais e o cenário familiar no
desenvolvimento da alimentação infantil, já que estes assumem a tarefa de serem os primeiros
educadores nutricionais (RAMOS, & STEIN, 2000). Dessa forma, é necessário que os
cuidadores ofereçam momentos acolhedores durante as refeições, bem como estejam atentos
aos sinais das crianças e atenuem seus anseios durante a alimentação (SILVA, COSTA,
GIUGLIANI, 2016).
Todavia, uma psicodinâmica familiar desorganizada vêm a impactar a relação da
criança com sua alimentação, uma vez que um ambiente doméstico pertubado leva estas
crianças a diferentes angústias, que, podem resultar em isolamento, agressividade,
sedentarismo e um apetite exagerado. Tais fatores, portanto, corroboram para hábitos
alimentares inadequados. Diante de tal cenário, ainda pontua-se que qualquer desequilíbrio
emocional tem potencial para desencadear exageros alimentares. Assim sendo, questões
quanto ao bullying e baixa auto estima na infância, se relacionam com relatos de ansiedade e,
consequente, a relação com a alimentação em muitos casos (ANDRADE, MORAES,
ANCORA-LOPEZ, 2014; RAMOS, 2021).
Além disso, o controle do consumo dos alimentos aplicado pelos pais às crianças de
forma coercitiva caracteriza interações negativas, visto que quando elas eram impostas e
obrigadas a ingerir determinado alimento, embora saudável, sua preferência pelo mesmo
tende a diminuir (RAMOS & STEIN, 2000).
Portanto, observa-se o tamanho influência dos pais na alimentação dos seus filhos.
Ademais, suas preferências e hábitos alimentares são reproduzidos pelas crianças e persistem
ao longo do seu desenvolvimento. Muitos pais, também, não têm consciência ou são
negligentes quanto aos alimentos que consomem serem ricos em açúcar, sódio, gorduras,
corantes e como pode refletir na saúde infantil (SANTOS, ESQUIVAN, 2023)
Nos últimos tempos, com o avanço da tecnologia e a crescente industrialização, a
alimentação da população também sofreu graves alterações, a começar pela diminuição do
consumo de alimentos in natura e o aumento da aquisição de alimentos industrializados. Deste
modo, em conseguinte, tal mudança no perfil nutricional das pessoas ocorre devido ao fácil
acesso a esses elementos, em sua maioria, hipercalóricos e ultraprocessados (IZIDORO et al,
2014).
Em paralelo, a mídia encarrega-se de divulgar tais alimentos, muitas vezes dando
destaque aos alimentos ricos em sódio, gordura e açúcar, os quais podem vir acoplados de
algum brinquedo e/ou embalagens coloridas com a presença de um personagem lúdico
infantil atraindo assim toda a atenção das crianças e adolescentes. Logo, associa-se a mídia e
o conteúdo publicitário com a escolha alimentar das crianças (MICHELETTI, & MELLO,
2020, ALMEIDA et al, 2022).
Além disso, observa-se atualmente no mercado que alimentos com um baixo valor
nutritivo e alto teor energético possuem um preço mais elevado quando comparados aqueles
com um grande valor nutricional (CORRÊA et al, 2020).
Tendo em vista essa conjuntura, a educação alimentar e nutricional junto da família
com a criança é muito importante, pois visa a criação de hábitos saudáveis e evitá-las a
exposição excessiva ao marketing, que, conforme já reportado, está relacionado com hábitos
inadequados (MICHELETTI, & MELLO, 2020). Outrossim, a refeição familiar se torna um
ambiente propício para surgir esta interação, pois, ali naquele contexto os adultos fornecem
modelos e atenção à alimentação da criança (RAMOS, & STEIN, 2000).
São múltiplos fatores que podem impactar e desencadear hábitos alimentares
inadequados na infância. Uma má alimentação gera diversos prejuízos e é um fator de risco,
uma vez que tanto a obesidade quanto um déficit de nutrientes suscitam em uma maior
vulnerabilidade à doenças, baixos níveis de energia, irritabilidade elevada, dificuldades de
concentração, dentre tantos outros (IZIDORO et al, 2014).
Ademais, salienta que uma nutrição não adequada durante a infância pode acarretar
em consequências a longo prazo na vida do indivíduo, como exemplo influenciar o
desenvolvimento de comorbidades e distúrbios (ALMEIDA et al, 2021).
Frente a isto, cabe expor a atual realidade do cenário político econômico onde muitas
famílias não dispõem de um acesso aquisitivo para uma alimentação de qualidade como um
disparador para uma carência nutricional durante a infância. Esta insegurança alimentar se
perpetua entre as regiões mais pobres e as redes de maior vulnerabilidade social (BARROS,
2020, WROBLEVSKI, CUNHA, NASCIMENTO, 2020). Em relação à situação, muitas
famílias denotam a dificuldade e a incerteza financeira em oferecer as refeições básicas, como
o café da manhã, além de que o pouco recurso financeiro, quando possuem, certamente não é
utilizado em opções saudáveis (FROTA et al, 2008).
Outrossim, existem as crianças que possuem um acesso melhor à alimentação, mas
que, devido a hábitos não adequados e a falta da prática de exercícios, chegam a um quadro de
obesidade, ou seja, uma quantidade exacerbada de gordura em seu organismo (CORRÊA et
al, 2020). Desta forma, a obesidade infantil, atualmente encarada como uma epidemia no
mundo todo, é tida como uma doença crônica e acarreta em consequências cardiovasculares,
metabólicas, além de prejuízos no desenvolvimento psicossocial da criança (CAPISTRANO
et al, 2022, CORRÊA et al, 2020, RAMOS, 2021).
No que tange às consequências ao desenvolvimento psicossocial, crianças obesas
sofrem de uma baixa autoestima em relação à seu corpo. Isso decore, principalmente devido a
experiências de discriminação e exclusão social por parte des seus colegas, uma vez que estar
acima do peso pode não ser visto por grande parte da sociedade, a qual valoriza a aparência
física e um corpo ideal (ANDRADE, MORAES, ANCONA-LOPEZ, 2014, SANTOS, &
SILVA, 2020)
Logo, estes fatores podem fomentar o desenvolvimento em transtornos psicológicos
nestas crianças, além de dificuldades comportamentais e em suas relações sociais
(BRANDELERO, & ROMANHOLO, 2011, RAMOS, 2021)
Em suma, evidencia que uma má alimentação durante a infância está atrelada a
consequências tanto na sua saúde física quanto no seu desenvolvimento psicossocial, mas,
além disso, diversas pesquisas sugerem que a alimentação esteja intimamente vinculada ao
desempenho escolar destas crianças (CARVALHO, 2016).
A qualidade da educação e o desempenho escolar dos alunos apresenta atualmente
muitos desafios e é atrelada a diferentes fatores, como por exemplo a presença de um
ambiente familiar de incentivo e o histórico escolar dos pais, além também de fatores
socioeconômicos (CAVALCANTE et al, 2020, E. DIAS, M. DIAS, VARGAS, 2019, NEDEL,
MATTOS, MARIN, 2020).
A cognição é outro item importante ao se debater aprendizagem, uma vez que se
configura como uma das funções psicológicas atuantes na aquisição do conhecimento. Acerca
disso, sua estimulação na infância é essencial, pois com ela a criança irá desenvolver e/ou
aprimorar suas habilidades emocionais, raciocínio, pensamento, linguagem, memória,
imaginação, dentre outros, e, assim, garantir um melhor aproveitamento dentro do contexto
escolar (CAVALCANTE et al, 2020).
Neste cenário, a alimentação exerce uma tarefa fundamental visto que um balanceado
aporte nutricional assegura o funcionamento correto das funções biológicas do corpo e que,
quando algum nutriente se encontra escasso ou abundante, podem ocorrer alterações nas
funções cerebrais e comprometer a sua aquisição/formulação do conhecimento
(CAVALCANTE et al, 2020, FROTA, et al, 2008). Logo, a insegurança alimentar, que
acomete muitas crianças pelo mundo, principalmente as mais pobres, é associada a um baixo
desenvolvimento escolar, inclusive com consequências a longo prazo, já que a desnutrição se
coincidirá com o desenvolvimento cerebral (IZIDORO et al, 2014, WROBLEVSKI,
CUNHA, NASCIMENTO, 2020).
Dentre os principais desafios encarados pelas crianças que se encontram em carência
alimentar está a dificuldade de concentração e problemas de coordenação motora, além de
impasses na sua linguagem (FROTA, et al, 2008).
Além das questões fisiológicas propriamente ditas, condições afetivo-emocionais
também interferem na aprendizagem (NEDEL, MATTOS, MARIN, 2020). Isto posto, a
obesidade se relaciona a um baixo desempenho escolar, pois crianças obesas tendem a ter uma
baixa auto-estima - fator de destaque analisando a aprendizagem - e terem uma sentimento de
mais valia, muito em decorrência do bullying e da discriminação dos colegas, colocando-o
nessa posição de inferioridade. (BRANDELERO, & ROMANHOLO, 2011, NEDEL,
MATTOS, MARIN, 2020, RAMOS, 2021).
Em síntese, a alimentação pode estar relacionada ao desempenho escolar na infância.
Portanto, avulta-se a necessidade de promover e garantir uma alimentação saudável entre as
crianças (ALMEIDA et al, 2021).
Acerca disso, a escola deve estar atenta a estas causas e promover a educação
alimentar e a merenda escolar enquanto uma estratégia para reverter essa situação
(CARVALHO, 2016). Entretanto, muitas vezes os professores e funcionários estão inertes
quanto ao tema, dificultando desta forma o processo (FROTA, et al, 2008).
Com base no material revistado, conclui-se que a alimentação assume tamanho
destaque no desenvolvimento das crianças, seja ele fisiológico ou socioemocional. Logo, este
trabalho busca elucidar e exemplificar melhor as implicações da alimentação dentro do
desenvolvimento cognitivo e nos processos de aprendizagem.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Relacionar hábitos alimentares com o rendimento escolar de crianças do ensino


fundamental I.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Averiguar os hábitos alimentares das crianças.


● Pontuar a alimentação como uma variável no desempenho escolar.
● Apurar o rendimento escolar e a qualidade da educação.
● Construir formas de educação alimentar e promover a alimentação escolar com as
crianças.

HIPÓTESE

Considerando a literatura, levanta-se a hipótese de que a alimentação é uma variável


dentro do processo de aprendizagem, principalmente em crianças que se encontram em um
quadro de obesidade ou desnutrição.

MÉTODO

Considerando que o objetivo desta pesquisa é averiguar e relacionar a alimentação


com o rendimento escolar em crianças de idade escolar, a trajetória será construída mediante o
método da inserção ecológica, pautado nas contribuições de Bronfenbrenner.
Este método possui, de certa forma, o objetivo enquanto pesquisador de se inserir
dentro do contexto em estudo, avaliando os processos de interação das pessoas com o
contexto no qual estão se desenvolvendo, além de estabelecer relações de reciprocidade entre
a população em estudo, o que, futuramente, será considerado na compreensão dos dados e
sistematização dos resultados (PRATI et al, 2008)
Diante deste cenário, a pesquisa possui um caráter exploratório uma vez que busca se
inserir dentro de contexto escolar e avaliar tanto questões alimentares como o desempenho
das crianças em suas atividades escolares. Logo, se caracteriza por um trabalho
quanti-qualitativo, ou seja, este estudo envolve a coleta, análise e integração dos dados
quantitativos e qualitativos a fim de responder a formulação do problema apresentado.
Considerando a literatura, levanta-se a hipótese de que a alimentação é uma variável
dentro do processo de aprendizagem, principalmente em crianças que se encontram em um
quadro de obesidade ou desnutrição.
Desta forma, o seguinte estudo procedeu mediante a aplicação do teste WISC IV para
avaliar a inteligência das crianças em estudo, bem como também a coleta de suas notas
escolares. Ademais, serão realizados acompanhamentos e entrevistas com as crianças e
responsáveis a fim de esclarecer possíveis queixas de aprendizagem e mapear seus hábitos
alimentares. Haverá ainda a coleta de informações sociodemográficas sobre os participantes
(idade, sexo, cor, raça ou etnia, deficiência).
Outrossim, a pesquisa propõe, junto aos professores, propor a educação alimentar a
estas crianças dentro das aulas, assim como com a merenda escolar. Em seguida, será
realizado uma nova coleta de dados, os quais servirão de comparação para avaliar a eficácia
dos programas de educação alimentar nas escolas.

AMOSTRA

Neste estudo, participaram alunos tanto de escola pública como privadas do município
de Irati. As crianças tinham idade entre 7 e 9 anos e integravam as turmas de 3º ano do ensino
fundamental.
A fim de relacionar diferentes realidades socioeconômicas e características
particulares de cada instituição, os dados foram coletados em 3 escolas diferentes, duas da
rede pública municipal de educação enquanto outra era uma escola particular renomada da
cidade.

INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS E MEDIDAS

O WISC IV (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças) é um dos instrumentos


utilizados pelo psicólogo para avaliação intelectual e de resolução de problemas de
indivíduos entre 6 e 16 anos (DIAS-VIANA, & GOMES, 2019). Portanto, o teste foi uma
forma de avaliar o desempenho escolar das crianças em estudo, além das suas notas escolares.
Quanto à alimentação, foram estabelecidas entrevistas semi-estruturadas e a aplicação
de um questionário aos pais e alunos para avaliar-se referentes hábitos.

PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Após aprovação do comitê de ética e autorização da escola e pais/responsáveis, o(s)


pesquisador(es) se inseriram nas escolas, onde os testes e entrevistas eram feitos
individualmente a cada aluno.
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