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RESUMO
É observado ao decorrer das últimas décadas que houve um crescimento no mundo todo da
obesidade infantil, e devido ao seu evidente crescimento ela vem se caracterizando como uma
nova epidemia mundial. É uma doença multifatorial, que resulta da interação de fatores
genéticos, metabólicos, hormonais, ambientais, comportamentais e culturais. Pode
desencadear problemas de saúde importantes, como elevação dos fatores de risco para
doenças cardiovasculares, metabólicos, ortopédicos, neoplásicos, entre outros. Ainda
assim,causa forte impacto no bem estar psicológico, bem como na qualidade de vida.
Diante disso, este trabalho visa à realização de uma revisão bibliográfica sobre a obesidade
infantil, apresentando características gerais da doença, como causas e conseqüências, bem
como medidas preventivas e o tratamento. Objetivo: analisar os aspectos que cercam a
obesidade infantil e a sua prevalência na sociedade atual. Metodologia: Este estudo trata-se de
uma pesquisa de revisão integrativa da literatura.
1. INTRODUÇÃO
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além de destacar as estratégias e medidas de promoção e prevenção da
obesidade.
O reconhecimento desses fatores são o que exercem influência sobre o
peso corporal do indivíduo, é de suma importância para a apropriada escolha
de estratégia de tratamento na prevenção da obesidade e comorbidades
associadas, melhorando a sua qualidade de vida.
Com isso, o desenvolvimento desse estudo justifica-se pela
necessidade da sociedade atual em conhecer acerca da obesidade infantil e de
quanto esta é danosa para a saúde da criança, sendo ainda de extrema
importância os hábitos alimentares que são estimulados a estas crianças.
2. METODOLOGIA
3. DESENVOLVIMENTO
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Vita e Pinho (2010), apontam que os hábitos alimentares são fruto de
fatores culturais e sociais que podem ser modificados por meio da
necessidade e da reeducação alimentar. Já Kranz; Findeis e Shrestha (2008)
apontam que uma importante forma de precaução da obesidade infantil é
aprender no estilo de vida infantil fatores que possam ser modificados, como
os padrões alimentares e a falta de atividade físicas que possam
proporcionar o ganho de peso corporal, visto que a identificação dos fatores
de risco para a obesidade é de grande importância para sua prevenção.
Oliveira et al. (2015) ressalta a importância do aleitamento materno
como prevenção da obesidade infantil, o leite materno satisfaz as
necessidades nutricionais de forma adequada e de proteção imunológica,
conferida à criança oportunidade de regular a sua própria ingestão.
De acordo com Friedman (2009) as crianças obesas precisam
receber uma alimentação equilibrada rica em vitaminas, sais minerais e
fibras, para proporcionar a perda de peso. Outros fatores como o diabetes
gestacional, peso ao nascer acima de 4.000g ou menor que 1.500g e
desenvolvimento uterino inadequado, podem desencadear a obesidade
infantil.
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como também a uma maior taxa de mortalidade. E, quanto mais tempo o
indivíduo se mantém obeso, maior é a chance de as complicações ocorrerem,
assim como mais precocemente. A obesidade, já na infância, está relacionada
a várias complicações, como também a uma maior taxa de mortalidade. E,
quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a chance de as
complicações ocorrerem, assim como mais precocemente (Klish, 2018).
Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles
fatores externos (unidade familiar e suas características, atitudes de pais e
amigos, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos, conhecimentos de
nutrição e manias alimentares) e fatores internos (necessidades e
características psicológicas, imagem corporal, valores e experiências pessoais,
autoestima, preferências alimentares, saúde e desenvolvimento psicológico)
(Toriano, 2018).
Dificuldade em estabelecer um bom controle de saciedade é um fator
de risco para desenvolver obesidade, tanto na infância quanto na vida adulta.
Quando as crianças são obrigadas a comer tudo o que é servido, elas podem
perder o ponto da saciedade. A saciedade se origina após o consumo de
alimentos, suprime a fome e mantém essa inibição por um período de tempo
determinado (Tanner, 2016).
O público infantil é o mais vulnerável aos apelos promocionais. Entre
as diversas formas de influência sobre as práticas alimentares provenientes do
meio, a mídia, nas suas múltiplas formas, está entre aquelas que mais
rapidamente estão assumindo papel central na socialização de crianças e
jovens (Monteiro, 2015).
Publicidade e propaganda são técnicas largamente usadas pelas
empresas para encorajar o consumo de seus produtos. As indústrias investem
pesadamente divulgando fast-food ricos em calorias, bebidas carbonatadas,
cereais açucarados matinais e snacks, alimentos os quais tendem a ser ricos
em gorduras, açúcar e sal, bem como pobre em nutrientes (Tanner, 2016).
As propagandas de alimentos na televisão são aquelas que têm
recebido maior atenção dos pesquisadores na atualidade. Várias pesquisas no
exterior e no Brasil comprovam a relação entre os comerciais de produtos
alimentícios, cuja exposição é feita nos horários de maior audiência da
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televisão, e o comportamento alimentar dos consumidores, principalmente das
crianças (Cole, 2016).
3.3 MEDIDAS PREVENTIVAS PARA A OBESIDADE INFANTIL
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A prevenção do ganho de peso consiste em aumentar o gasto
energético com a diminuição de hábitos sedentários e o aumento de exercícios
físicos, pois esses fatores são determinantes para a perda de peso. Nessa
perspectiva, atentando-se ao avanço tecnológico, o sedentarismo está
relacionado, com a inclusão da TV, o computador e o videogame, como os
únicos meios de diversão das crianças. Consequentemente, as crianças
deixam as práticas saudáveis, como as atividades físicas, em outro plano
(MEDEIROS et al., 2012).
Gomes, Moraes e Motta (2011) pesquisaram as dificuldades
emocionais da criança obesa por meio da investigação do brincar, além deste
objetivo, os autores ponderaram que a principal contribuição do estudo foi
observar que parece haver disponibilidade para “o brincar” de uma maneira que
favoreça a saúde da criança e minimize o problema da obesidade, pois as
crianças expressaram grande interesse por brincadeiras ativas. Deste modo,
sugeriram que é preciso haver mais programas de intervenção que proporcione
um ambiente seguro e espaço para que a criança deixe de ser sedentária, isto
preferencialmente de maneira lúdica.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Moraes e Motta (2011), Finger e Potter (2011) e Garcia-Santos (2012) visaram analisar
a influência do fator psicológico que as crianças e adolescentes obesas se deparam tanto
no ambiente familiar quanto na escola. O bullyng foi citado no estudo de Souza e
Oliveira (2012) como um dos principais problemas enfrentados pelas crianças e
adolescentes obesos no ambiente escolar. Gomes, Moraes e Motta (2011) pontuaram
que o “brincar” pode ser uma ferramenta útil para identificar as dificuldades emocionais
que as crianças obesas enfrentam em seu ambiente sociocultural.
Sabe-se que a inatividade física é um dos fatores contribuintes para o acúmulo
de gordura corporal e que cada vez mais, devido às influências da globalização, as
crianças tendem a ficar menos ativas fisicamente, sendo assim, os estudos de Fernandes,
Penha e Braga (2012), Storino et al. (2012), Poeta et al. (2012), Moreira et al (2014) e
Araújo, Teixeira e Coutinho (2009) estudaram a influência e importância da atividade
física no controle da obesidade infantil. O estímulo à atividade física quando trabalhado
na escola foi apontado por Storino et al. (2012) como um ambiente favorável para
intervenções de prevenção e tratamento da obesidade.
O estado nutricional e hábitos alimentares foram outros fatores estuda dos nos
artigos selecionados. Moraes et al (2013), Lourenço, Santos e Carmo (2014), Machado,
Cotta e Silva (2014), Luna et al. (2011) e Freitas, Coelho e Ribeiro (2009) basearam-
se nestes fatores para desenvolver seus estudos, salientando que são fatores
determinantes no quadro de obesidade. Uma vez que, para o tratamento da obesidade é
preciso desenvolver intervenções que visem a mudança destes hábitos.
Os estudos de Azevedo e Brito (2012), Medeiros et al. (2012), Moraes e Dias
(2012) foram de revisão bibliográfica os quais trouxeram conceitos de estudos
publicados referentes a obesidade, nutrição e suas consequências.
Nos artigos apresentados pondera-se ainda que a etiologia da obesidade pode
variar de indivíduo para indivíduo baseado nas influências genéticas ou exógenas do
ambiente ao qual a criança ou adolescente está inserido.
Os estudos de Magalhães et al. (2014), Venâncio, Aguiar e Pinto (2012) e
Costa, Ferreira e Amaral (2011) e Marchi-Alves et al. (2011) apontam a avaliação
antropométrica como uma ferramenta para identificar crianças que apresentam desvios
nutricionais apontados pelo IMC, Relação cintura/estatura e percentagem de massa
gorda. A mensuração e o registro fidedigno contribuem para traçar um perfil
epidemiológico de uma determinada população, que pode determinar alterações
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práticas no manejo da obesidade na infância. As intervenções na área da
enfermagem possibilitam a detecção de desvios nutricionais infantis (MARCHI-
ALVES et al., 2011).
Por fim, notou-se que os artigos não mencionaram a amamentação ineficaz
como um fator de risco importante para a obesidade. Visto que esse assunto foi
estudado em publicações anteriores, relacionando a amamentação exclusiva como um
fator preventivo da obesidade e a amamentação ineficaz como um fator de risco para a
introdução de uma alimentação ineficiente e consequentemente para que ocorra a
obesidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Disponível em
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