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INSTITUIÇÃO: ANHANGUERA EDUCACIONAL

ARYELLE BIANCA DE SOUSA MEDEIROS


FERNANDA CAROLINA DA SILVA RODRIGUES
JÚLIA BEATRIZ MAIA COSTA
MARIA LUIZA GOMES DA SILVA

OBESIDADE INFANTIL: QUAIS OBSTACULOS DA ADIPOSIDADE


INFANTIL

CURRAIS NOVOS/RN
2023
1.INTRODUÇÃO
Desde o surgimento dos Fast Food o hábito alimentar mundial mudou
bruscamente. As refeições tradicionais que seriam montadas com alimentos in
natura ou minimamente processados - como o arroz, o feijão, hortaliças e carnes
- foram trocadas pelos alimentos e bebidas ultraprocessados, como as lasanhas
prontas, macarrões instantâneos e refrigerantes. Hábitos esses que influenciam
o grande ganho de massa corporal.

Tal costume apresenta-se de forma pandêmica se dando principalmente nos


países desenvolvidos e em desenvolvimento. O intenso consumo de Fast Food
se dá pela rapidez, agilidade nas refeições do dia a dia e por seu baixo custo.

Obesidade, conhecida como adiposidade trata-se da concentração de


gorduras no corpo. É ocasionado pelo consumo de uma alimentação
desqualificada, ocasionando doenças como: Hipertensão, Hiperglicemia, Artrite,
Sedentarismo, Pedras na vesícula e até algumas formas de câncer. Na literatura,
’’nota-se que, em geral, os fatores mais estudados da obesidade são os
biológicos relacionados ao estilo de vida, especialmente no que diz respeito ao
binômio dieta e atividade física”,(NOGUEIRA,Emanoel.2007).

Segundo WANDERLEY,

Existe um consenso de que a etiologia da obesidade é bastante


complexa, apresentando um caráter multifatorial. Envolve, portanto, uma
gama de fatores, incluindo os históricos, ecológicos, políticos,
socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais.

A adiposidade infantil é um dos problemas mais preocupantes atualmente.


Padrões alimentares das crianças e práticas da atividade física são influenciadas
diretamente pelos hábitos dos seus responsáveis. O consumo de açúcar e
pobres em nutrientes como biscoitos e refrigerantes por crianças abaixo da faixa
etária correta, provocam diversos danos severos ao micro-organismo causando
sintomas gastrintestinais e neurológicos.

A vida sedentária de crianças e adolescentes facilitadas pelo extremo avanço


tecnológico tornam os jovens a cada dia menos ativos. O que por sua vez
provocam o desenvolvimento de maus hábitos alimentares e consequentemente
o ganho de massa corporal.
2. OBJETIVO:
Retratar a realidade de jovens e adolescentes do município de Currais Novos-
RN sobre a obesidade tendo caráter social e econômico da população.

2.3 OBJETIVOS ESPECIFICOS:

 Identificar a relação dos hábitos alimentares e padrão social.


 Determinar como a rotina de trabalho influência nos maus hábitos
alimentares
 Descobrir como o padrão de vida ligada ao sedentarismo e uso excessivo
de telas influenciam ao desenvolvimento da obesidade infantil
 Analisar os impactos que as embalagens causam nas escolhas da criança

3.REFERENCIAL TEORICO:
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que tem preocupado
autoridades e profissionais da área. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a obesidade infantil é definida como o acúmulo excessivo de gordura
corporal que pode prejudicar a saúde. A doença é resultado de uma combinação
de fatores, como a falta de atividade física, o consumo excessivo de alimentos
com alto teor calórico e a predisposição genética.

A obesidade infantil pode causar uma série de problemas de saúde, além de


afetar a autoestima e o desenvolvimento social e emocional da criança. É
importante que os pais, professores e profissionais de saúde estejam atentos à
prevenção e ao tratamento da obesidade infantil, incentivando hábitos saudáveis
de alimentação e atividade física desde cedo.

Segundo dados da OMS (2016), globalmente existiam cerca de 40 milhões de


crianças com menos de cinco anos com diagnóstico de pré-obesidade ou eram
obesas no ano de 2012. Nessa mesma publicação evidenciou-se que esse
número subiu para 41 milhões no ano de 2014.

Segundo ANDRADE, 2015


A sociedade está vivenciando um mundo repleto de mudanças
com foco na facilidade das atividades diárias e a falta de tempo
para a prática de exercícios, assim como para uma alimentação
saudável. Com tudo isso tem sido evidenciado um apelo social
e científico a respeito da importância da intervenção baseada em
hábitos de vida saudáveis, principalmente na saúde infantil, com
foco na obesidade.

3.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NA OBESIDADE INFANTIL

Onde se encontra uma das principais causas do aumento da obesidade, está


relacionado à correria do dia a dia, tanto dos adultos quanto das crianças, que
são influenciadas pelo modo de vida ao qual estão expostas, a comodidade e os
avanços tecnológicos induzem ao sedentarismo deixando as crianças sem
atividades físicas (FREITAS, 2007).

O sobrepeso e a obesidade infantil vêm ganhando aumentos significativos em


todo o mundo desde a década de 1990 e têm atingido indivíduos em fases de
vida cada vez mais precoces da vida, sobretudo em países em desenvolvimento,
onde se nota maiores índices (BARBOSA BB,et al, 2018).

O Brasil tem vivenciado uma rápida transição nutricional, de um país que


apresentava altas taxas de desnutrição a um país com metade da população
adulta com excesso de peso. Em virtude de sua magnitude e velocidade de
evolução, o sobrepeso e a obesidade são considerados atualmente um dos
problemas de saúde pública mais preocupante, afetando todas as faixas etárias
(BRASIL, 2016).

A participação dos pais no tratamento e no acompanhamento da obesidade de


seus filhos é crucial para o sucesso das intervenções, o acompanhamento
familiar necessita da promoção de hábitos saudáveis e apoio para lidar com as
repercussões negativas da obesidade. Enfatiza-se a importância da
sensibilização e a conscientização da família, assim como a participação da
escola e da sociedade no incentivo da promoção da saúde, como alimentação
adequada e práticas de exercício físico (VITORINO SVZ,et al., 2015; LIRA
RCM,et al., 2016). Os comportamentos relacionados à saúde das crianças
permaneçam sob a influência e o controle dos seus pais, enfrentar a epidemia
da obesidade infantil se mostra difícil e é necessário, portanto, aprimorar o
entendimento das consequências desse problema de saúde entre os pais
(APARÍCIO G, et al., 2011).
Um desafio vital para a família de crianças obesas é proporcionar apoio e
proteger a autoestima de seus filhos, ao mesmo tempo que se orienta
adequadamente quanto às práticas alimentares mais apropriadas, notando uma
necessidade de entender o indivíduo por completo para assim desenvolver um
plano terapêutico efetivo para cada criança, adequando as necessidade dela e
de todos envolvidos no contexto familiar (MELO VLC,et al., 2010).

Em Divinópolis, estudo com 1187 alunos matriculados no ensino fundamental


da rede pública reforça a magnitude do problema da obesidade infantil neste
município. Foi identificada prevalência de 24,4% de excesso de peso entre os
participantes do estudo, sendo este índice maior do que o encontrado em muitas
cidades brasileiras (SOUZA et al., 2014).

Levantamentos apontam que caso nenhuma medida efetiva para prevenção do


sobrepeso e obesidade seja executada, haverá em 2025 cerca de 75 milhões de
crianças nessa situação. Além disso, os dados demonstram que 50% da
população brasileira está acima do peso, sendo que desta 15 % são crianças
(ABESO, 2009).

O melhor ambiente para a promoção de ações educativas com metodologias


ativas para a prevenção do sobrepeso e obesidade é o recinto escolar. As
intervenções educativas devem ser realizadas na infância para estimular hábitos
de vida saudáveis para possíveis mudanças no padrão de vida (MAIA et al.,
2012).

A partir do sexto mês de vida, as necessidades nutricionais da criança já não


são mais supridas somente com o leite materno, sendo necessária a introdução
alimentar, que fornece para a criança energia, proteínas, vitaminas e minerais.
A alimentação da criança deve conter grande variedade de legumes e verduras,
evitando a oferta de alimentos industrializados (ricos em carboidratos simples,
lipídeos e sódio) e acréscimo de açúcares simples nas mamadeiras (Oliveira &
Avi, 2017; Brasil, 2018).

Desse modo, é de suma importância que a alimentação complementar seja


adequada nutricionalmente para prevenir morbimortalidades como desnutrição
e sobrepeso. A correta introdução da alimentação complementar e a sua
continuidade refletem o ganho de peso adequado, bem como o controle da
obesidade na infância, adolescência e fase adulta (Stadler, Tsupal, Brecailo &
Vieira, 2016). Existe ainda controvérsia em relação a proteção do leite materno
no desenvolvimento da obesidade. Enquanto alguns estudos sugerem que o
aleitamento materno pode proteger as crianças quanto ao desenvolvimento de
sobrepeso ou obesidade, outros sugerem que o fato de iniciar a introdução de
alimentos complementares o mais próximo do recomendado seja o fator de
proteção contra o excesso de peso (Nascimento, Silva, Ferreira, Bertoli &
Leone, 2016).

4. METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório abordara o plano alimentar


das crianças nas escolas municipais do município de currais novos-RN. Será
realizado a avaliação antropométrica (peso/altura) com os alunos do ensino
fundamental (n=40) da referida escola municipais de Currais Novos-RN, com
aferição de medição antropométricas.

A aferição das medidas antropométricas será realizada em sala reservada


especialmente para este fim, pelas discentes do curso de nutrição da faculdade
Anhanguera polo de Currais Novos-RN. O peso será aferido por medição única
em balança digital da marca Welmy®️, com capacidade máxima de 150 quilos
(Kg) e variação de ± 100 gramas (g). Os adolescentes descalços e com o mínimo
de roupas serão posicionadas de costas para a balança, com pés juntos, ombros
eretos e olhar na linha do horizonte, de forma que o peso corpóreo fosse
distribuído igualmente em ambos os pés.

Após a estabilização da balança será realizada a leitura do peso (BRASIL,


2004). A estatura será aferida com fita métrica com haste móvel vertical com
escala em centímetros (cm) e precisão de um milímetro (mm). Os alunos serão
posicionados de costas para a fita métrica, descalços, com os pés juntos, em
posição ereta, olhando para frente, com os braços estendidos ao longo do corpo.
O parâmetro para a avaliação dos dados serão IMC por Idade com a base de
referência do SISVAN (2011), conforme veremos abaixo:
5. RECURSOS:

ITENS QUANTIDADE VALOR


Notebook Duas unidades 1.905,57
Fita métrica Duas unidades 8,90
Balança digital Duas unidades 59,90

6. CRONOGRAMA

MÊS/ ETAPAS: Abril/2023 l Mai l Jun l Jul l Agos l Set l Out l Nov l Dez l Jan

Escolha
do tema: X l - l - l - l - l - l - l - l - l -

Levantamento
Bibliográfico: - l X l - l - l - l - l - l - l - l -

Elaboração do
Anteprojeto: - l X l X l - l - l - l - l - l - l -
Apresentação
do Projeto: - l - l - l X l - l - l - l - l - l -

Coleta de
dados: - l X l X l X l X l - l - l - l - l -

Analise dos
dados: - l - l - l X l X l X l - l - l - l -

Organização do
Roteiro/parte: - l - l - l - l - l X l - l - l - l -

Redação do
trabalho: - l - l - l - l - l X l X l - l - l -

Revisão e
Redação final: - l - l - l - l - l - l - l X l - l -

Entrega da
Monografia: - l - l - l - l - l - l - l - l X l -

Defesa da
Monografia: - l - l - l - l - l - l - l - l - l X
7. REFERÊNCIAS:
ALEXANDRE, Carlos. Prevenção da obesidade infantil: uma proposta educativa. Interfaces
- Revista de Extensão da UFMG, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p.01-591 jan./jun. 2019.

BARROS MP. A influência da publicidade de alimentos na obesidade infantil.


Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em Comunicação Social) –
Centro Universitário de Brasília, 2015.

BERTOLETTI, Juliana. Avaliação do Estresse na Obesidade Infantil jan./mar. 2012, v. 43, n.


1, pp. 32-38

BELFORT, P. Gabriella. Educação alimentar e nutricional no combate à obesidade


infantil: visões do Brasil e do mundo. R. Assoc. bras. Nutr. 2021; 12 (2): 167-183

BURLANDY, Luciene. Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios


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FREITAS, Andréa. OBESIDADE INFANTIL: INFLUÊNCIA DE HÁBITOS ALIMENTARES


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