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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL- PDE

MARA REGINA SCORTEGAGNA BESEGATO

EXCESSO DE AÇÚCAR X PREVENÇÃO DE DOENÇAS

CURITIBA
2017
EXCESSO DE AÇÚCAR X PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Autora: Prof.ª Mara Regina Scortegagna Besegato 1

Orientadora: Prof.ª MS. Cristian Carla Aparecida Volski Cassi 2

RESUMO
O consumo excessivo de alimentos açucarados associado à diminuição da atividade física vêm
contribuindo para o aumento dos casos de obesidade e diabetes entre os adolescentes. A preocupação
é com as consequências futuras desta baixa qualidade na alimentação dos jovens. O objetivo dessa
pesquisa foi avaliar a qualidade da alimentação dos alunos de 1º ano do Colégio Estadual Ângelo
Gusso bem como orientá-los quanto aos prejuízos ocasionados pelo consumo excessivo de açúcar,
sensibilizando-os sobre a importância de se manter uma alimentação saudável. Para tanto foram
realizadas formas variadas de atividades: questionários, explicações teóricas, análise de
documentários e vídeos sobre a influência da mídia na alimentação, debates, pesquisas, montagem de
painéis e exposições. Os dados obtidos evidenciaram que os alunos consomem alimentos
excessivamente açucarados em diferentes quantidades conforme o tipo de alimento sendo que o sabor
acentuado desses alimentos é o principal fator que desencadeia o consumo excessivo de açúcar. O
consumo de frutas, verduras e legumes precisa ser melhorado na qualidade e quantidade. Constatou-
se a grande influência da mídia sobre as opções alimentares dos adolescentes. Os alunos
compreenderam a importância de se reduzir o consumo de açúcar substituindo-o por alimentos
saudáveis. Percebeu-se que a orientação precoce e contínua é fundamental para a aquisição e
manutenção de hábitos saudáveis e que atividades que envolvam a participação ativa dos educandos
produzem resultados positivos tanto no aprendizado quanto na mudança de atitudes. Concluiu-se que
a metodologia utilizada levou os estudantes de uma condição de ouvintes para participantes ativos na
elaboração e compartilhamento dos saberes tendo como ponto de partida o conhecimento prévio
trazido pelo aluno.

Palavras - chave: Açúcar; Doenças; Prevenção; Alimentação saudável; Indústria


alimentícia.

__________________
1 Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Regional Integrado do Alto Uruguai e das Missões. (URI/RS), pós-graduada
em Interdisciplinaridade pela Faculdade Integrada de Palmas. (FACIPAL/PR), professora do Colégio Estadual Ângelo Gusso.
2 Professora mestre em educação. Vinculada ao Departamento Teoria e Prática de Ensino da UFPR. Orientadora do PDE/UFPR.
INTRODUÇÃO

Segundo a OMS mais da metade da população em vários países está acima


dos valores ideais de peso o que se configura em uma epidemia de obesidade mundial
resultando no aparecimento de uma série de outras doenças degenerativas.
A causa da obesidade e demais doenças desencadeadas por esse fator está
em duas principais mudanças ocorridas no estilo de vida da população: as mudanças
nos hábitos alimentares com o consumo excessivo de alimentos industrializados,
incluindo os excessivamente açucarados, e a vida mais sedentária (ENES, C. C.,
SLATER, B., 2010).
Durante a minha trajetória profissional venho observando que crianças e
adolescentes vem ao longo dos anos apresentando tendência ao sobrepeso e
obesidade cada vez maiores. Na observação das opções alimentares dos educandos
percebi que seus lanches são, na maioria das vezes, compostos por alimentos
industrializados, incluindo os excessivamente açucarados, e que raramente os
mesmos educandos são observados consumindo alimentos que contenham o açúcar
em sua dosagem natural como no caso de frutas. Apresentam pouca adesão ao
consumo de frutas nos lanches feitos na escola.
A partir disso percebi a necessidade de pesquisar os fatores causadores do
alto consumo de alimentos ultraprocessados que desencadeiam a obesidade entre os
adolescentes bem como orientá-los no sentido de conhecerem os malefícios da
ingestão excessiva de açúcar porque acredito que nos dias atuais esse consumo é
um agravante no surgimento de algumas doenças que diminuem a qualidade de vida
de muitos educandos. Foram realizadas atividades no sentido de orientar e
sensibilizar os adolescentes quanto à aquisição de hábitos alimentares saudáveis que
promovam a prevenção de doenças decorrentes da obesidade os quais resultem em
uma melhoria na qualidade de vida atual e futura destes.
A qualidade da alimentação dos adolescentes se reflete diretamente em sua
qualidade de vida em vários aspectos sendo um deles o próprio rendimento escolar.
Adolescentes com problemas de saúde decorrentes da obesidade podem apresentar
baixo rendimento escolar causando prejuízos futuros.
Como alternativa para diminuir, prevenir e até reverter doenças relacionadas
ao consumo excessivo de açúcar cabe também à escola sensibilizar e orientar os
educandos para que tomem decisões acertadas quanto à escolha dos alimentos que
irão consumir.
O combate ao sobrepeso e obesidade dependem de uma série de fatores que
incluem desde ações individuais de mudança de hábitos até ações de âmbito público.
Na esfera pública as mudanças incluem: alterações no teor de açúcar dos alimentos
industrializados, leis que proíbam a propaganda abusiva de alimentos industrializados
excessivamente açucarados para o público infantil, programas que estimulem a
prática de atividades físicas, implantação e ampliação nas escolas de programas
teóricos e práticos contínuos de incentivo à alimentação saudável.
Na tentativa de esclarecer e alertar os educandos sobre a importância de se ter
uma melhor qualidade de vida abordei vários tópicos referentes ao tema alimentação
saudável. A ênfase maior foi dada ao consumo excessivo de açúcar pelo fato de esse
consumo ser um agravante no surgimento de algumas doenças que diminuem a
qualidade de vida de muitos educandos.
Através deste trabalho investigou-se os hábitos alimentares dos educandos
através de questionário e qual a influência do consumo excessivo de açúcar no
surgimento de doenças. A observação dos fatores causadores do aumento no
consumo de alimentos excessivamente açucarados e seus prejuízos para a saúde dos
adolescentes apresenta grande relevância, sendo uma maneira de sensibilizar e
orientar para o desenvolvimento de bons hábitos alimentares, aumentando as
chances de decisões mais acertadas acerca de suas opções alimentares.
Os objetivos desse trabalho foram: reconhecer que o consumo excessivo de
açúcar causa problemas de saúde; sensibilizar os educandos no reconhecimento da
importância de uma alimentação saudável que privilegie o consumo de uma alimentos
saudáveis e naturais; listar as principais doenças causadas pelo consumo excessivo
de açúcar; identificar em determinados produtos a quantidade de açúcar; e refletir
sobre a influência da indústria alimentícia e da mídia sobre as escolhas alimentares
dos educandos.
REVISÃO DE LITERATURA
GLICÍDIOS, CARBOIDRATOS OU AÇÚCARES
Os alimentos são constituídos por substâncias chamadas de nutrientes. Os
nutrientes são classificados, conforme a função que desempenham no metabolismo
celular em macronutrientes: glicídios ou carboidratos, lipídios e proteínas, e
micronutrientes: vitaminas, sais minerais e água (SBD, 2009).
A principal função dos carboidratos é dar energia às células e a todo o
organismo para a realização das funções vitais como respiração, digestão, reprodução
celular, etc. Os alimentos que contém carboidratos são principalmente de origem
vegetal: frutas, cereais, raízes, tubérculos e leguminosas. O único carboidrato de
origem animal é o mel (LINHARES; GEWANDSZNAJDER, 2013).
As calorias estão presentes em praticamente todos os alimentos e são
consumidas constantemente. Para que não ocorra falta e nem acúmulo de gordura no
corpo é preciso ingerir a quantidade de calorias adequada ao gasto energético de
cada pessoa (LINHARES; GEWANDSZNAJDER, 2013).
Açúcar é um termo usado para definir várias categorias de carboidratos ou
glicídios os quais são classificados de acordo com o tamanho e a organização de sua
molécula, em três grupos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos
(AMABIS; MARTO, 2004).

Existem alimentos que não possuem nutrientes e possuem apenas calorias


como é o caso do açúcar branco ou refinado que quando consumidas em excesso
essas calorias que não são gastas formam células de gordura. O açúcar refinado é de
digestão rápida pois não tem fibras elevando rapidamente a glicose no sangue
(hiperglicemia).
A ingestão equilibrada de fibras é importante porque as fibras de celulose por
não serem absorvidas acabam ajudando na formação do bolo fecal facilitando os
movimentos peristálticos, diminuindo a prisão de ventre e tornando mais lenta a
absorção de glicose pelo intestino. Por isso segundo Linhares e Gewandsznajder
(2013, p. 46) “é importante comer com regularidade alimentos ricos em fibras, como
verduras, frutas e legumes (alface, brócolis, maçã, manga, pera, laranja com bagaço,
abóbora, cenoura, etc)”.
A INDÚSTRIA E O AÇÚCAR
Ao longo dos últimos 80 anos a indústria de processamento de alimentos evoluiu
consideravelmente, ao ponto de dominarem o mercado de alimentos. Hoje 85% do
alimento disponível nas grandes cidades brasileiras é processado industrialmente
(ABIA, 2014). A variedade de ingredientes fabricados pela indústria é cada vez maior,
os chamados alimentos ultraprocessados, sem valor nutritivo algum e que carregam
apenas calorias sendo um dos principais responsáveis pela epidemia mundial de
obesidade e doenças decorrentes desta. Na produção destes alimentos chamados
“vazios” encontramos grandes quantidades de açúcar. Estudos mostram que as
prateleiras dos mercados chegam a ter 80% dos produtos com açúcar. E, como
resultado da ingesta progressiva de açúcares, há o surgimento de uma variedade de
doenças em todas as faixas etárias e níveis sociais da população.
Segundo a OMS devemos ingerir diariamente no máximo 25 gramas de açúcar
por dia (cerca de 6 colheres de chá – ou 100 das 2000 calorias recomendadas
diariamente para um adulto). A recomendação abrange todos os tipos de açúcares,
de mesa, mel, sucos e polpa de frutas ou adicionados a produtos industrializados.
Para seguir o novo número, os ocidentais deverão, em média, reduzir a um sexto a
ingestão diária de açúcar, que hoje, é de 150 gramas por dia, em média.
Para Fukuda (2004) o consumo de açúcar aumentou nas últimas décadas. Nos
EUA, por exemplo, em 1900 o consumo por pessoa era 2 Kg/ano. Em 1980 subiu para
56,5 Kg/ano e em 1994, 68 Kg/ano. O açúcar de cozinha é o ingrediente mais utilizado
na alimentação moderna. Desde o nascimento até os últimos dias de vida ele é
utilizado de maneira intensa, devido basicamente ao baixo custo e sabor agradável.
O organismo humano não está adaptado ao consumo excessivo de açúcar
sendo este hábito um dos causadores de vários problemas de saúde. As principais
doenças são: osteoporose, hiperatividade, cárie dentária, depressão, esteatose
hepática, diabetes tipo II, obesidade, aumenta o colesterol e o risco de doenças
cardiovasculares, micoses, candidose oral e do esôfago, candidíase vaginal,
hipertensão arterial, labirintites, alergias (PERIBANEZ, 2008).
Segundo a SBD (2016) atualmente, no Brasil, há mais de 13 milhões de
pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. E esse número
está crescendo. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento
de complicações. Existem dois tipos de diabetes o diabetes tipo I e o diabetes tipo II.
Para Cousens (2011) uma das melhores formas de prevenir e tratar o diabetes
é uma dieta hipoglicêmica a qual se baseia no consumo frutas não muito doces,
amêndoas e alimentos ricos em fibras dietéticas estando presentes em
polissacarídeos como nos vegetais folhosos, cereais (arroz, soja, trigo), leguminosas
(lentilha, ervilha, feijão), hortaliças (cenoura, chuchu, vagem).
O diabetes tipo II aparece geralmente em adultos e é mais raro em crianças e
é o tipo de diabetes associado com estilo de vida e hábitos da cultura moderna:
alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade (LINHARES;
GEWANDSZNAJDER, 2013).
Segundo Cousens (2011) o diabetes é causado por vários fatores. Além da
alimentação rica em açúcar branco existem outros fatores sociais que desequilibram
os sistemas corporais, sendo o principal deles um estilo de vida estressante,
competitivo, de querer tudo cada vez mais rápido, com coisas maiores e melhores.
Para aliviar os males causados ao corpo e à mente por esse estilo de vida agressivo
nos alimentamos com açúcar branco e outros produtos.
Perante essas questões, intensifica-se a necessidade de abordar o tema
excesso de açúcar x prevenção de doenças, o que foi realizado neste trabalho.

METODOLOGIA
A pesquisa que auxiliou na implementação do projeto foi do tipo pesquisa
participativa. Neste tipo de pesquisa a população alvo é motivada a participar da
mesma como agente ativo, produzindo conhecimento e intervindo na própria
realidade. A pesquisa torna-se instrumento no sentido de possibilitar à comunidade
assumir seu próprio destino. Ao pesquisador cabe identificar-se ideologicamente com
a comunidade, assumindo sua proposta política, a serviço da qual se coloca a
pesquisa através de analises e orientações dos alunos no sentido de se apropriarem
de novos saberes, propiciando aos mesmos observar suas próprias atitudes de forma
reflexiva e crítica (DEMO, 1982).
A implementação explorou as atividades compostas na Unidade Didática
Pedagógica e aconteceram no primeiro semestre de 2017, onde fizeram parte das
ações desenvolvidas na aplicação do projeto, alunos da faixa etária entre 13 e 18
anos, do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Ângelo Gusso no município de
Curitiba, no período matutino, sendo usadas 32 aulas para a aplicação das atividades.
A seguir estão relacionadas as atividades realizadas:
Atividade 1: Apresentação dos objetivos do projeto excesso de açúcar x prevenção de
doenças e das atividades a serem realizadas com os educandos.
Atividade 2: Questionário sobre hábitos alimentares.
Atividade 3: Conhecendo os nutrientes dos alimentos.
Atividade 4: Recordatório alimentar.
Atividade 5: Oficina sobre os diferentes tipos de açúcar.
Atividade 6: Influência da propaganda no consumo de alimentos açucarados.
Atividade 7: Quem são os responsáveis pelo consumo excessivo de açúcar e as
doenças decorrentes deste hábito alimentar?
Atividade 8: Quantidade de açúcar contido em alguns alimentos industrializados.
Atividade 9: Roda de conversa com nutricionista.
Atividade 10: Pesquisas e atividades práticas sobre alimentação saudável.
Atividade 11: Questionário Avaliativo.
Assim, na intenção de orientar e sensibilizar os alunos do 1º ano do Ensino
Médio, para que possam compreender os malefícios do consumo excessivo de açúcar
e os benefícios de uma alimentação saudável e equilibrada, foi desenvolvido este
trabalho se utilizando de estratégias diferenciadas que abordem a temática de forma
natural.
Quanto aos instrumentos de coleta de dados, foi aplicado um questionário com
questões fechadas sobre o tema alimentação no início do trabalho, após os alunos
preencheram uma ficha de cardápio semanal e ao final responderam à um
questionário avaliativo final. A Unidade Didática desenvolveu diversas atividades tanto
teóricas quanto práticas que envolveram conhecimentos sobre o tema.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Atividade 1: Apresentação para os alunos do projeto.

No primeiro encontro iniciou-se o projeto com a apresentação dos objetivos


para os alunos tendo o tema uma boa receptividade e interesse dos alunos por tratar
de assuntos que envolvem suas vivências diárias. Foi realizado um debate inicial que
abordou alguns questionamentos gerais sobre alimentação.
Percebeu-se que os alunos apresentaram clareza sobre a importância do
alimento, sabem diferenciar o que é um alimento saudável de um não saudável mas
afirmam que os não saudáveis são mais saborosos e mencionaram vários fatores que
influenciam na escolha dos alimentos como a propaganda, a aparência, o cheiro, o
preço, a fome, a convivência com os demais.
Apresentaram dúvidas quanto aos alimentos ultraprocessados serem
saudáveis ou não sabem dizer ao certo porque eles são irresistíveis ao consumo e
não conseguiam classificar corretamente certos tipos de alimentos conforma o
nutriente em que se classifica.
Todos concordaram que o consumo excessivo de açúcar influencia na saúde
das pessoas podendo causar doenças.
A partir dessa conversa inicial os alunos sentiram-se motivados a encontrar
respostas para suas dúvidas e poderem, através do conhecimento da composição dos
alimentos, tomar decisões mais acertadas com relação à alimentação, podendo
contribuir na melhoria da qualidade de suas vidas.

Atividade 2: Questionário sobre hábitos alimentares

Neste encontro foi aplicado um questionário investigativo. A aplicação do


questionário foi importante para estabelecer o conhecimento prévio sobre os hábitos
alimentares e comportamentais, e assim, auxiliar no direcionamento das atividades
que foram desenvolvidas.
Dos indivíduos pesquisados, 50% apresentaram faixa etária entre 13 a 14 anos,
42,2% de 15 a 16 anos e 5,8% entre 14 a 18 anos, sendo 52% do sexo masculino e
48% do sexo feminino.
Constatou-se que 26,9% consomem refrigerantes duas vezes por semana, 25,4
consomem 3 vezes, 6,7% consomem todos os dias e 17,3% nunca consomem.
Quanto ao consumo de refrigerantes zero, 85,6 % responderam que nunca consomem
e 8,7% consomem uma vez por semana.
O resultado quanto à ingestão de guloseimas (balas, gominhas, pirulitos,
chicletes) foi que 22,1% consomem três vezes por semana, 15,4% consomem cinco
vezes, 6,7% não consomem e 13,5% consomem todos os dias. No que se refere ao
consumo de biscoitos e bolachas 23,1% consomem duas vezes por semana, 11,5%
três vezes, 21,2% nenhuma vez e 6,7% todos os dias.
Observou-se com relação ao consumo de chocolates e bombons que 26,9%
consomem uma vez por semana, 21,2% duas vezes, 16,3% três vezes, 3,8% sete
vezes e 17,3% nunca consomem. No consumo de iogurtes e/ou bebidas lácteas
11,5% consomem sete dias por semana, 18,3% nunca consomem, 20% uma vez e
11,5% consomem 3-4 vezes por semana.
Em relação ao consumo de sucos de frutas adoçados, naturais/industrializados
26,9% consomem sete vezes por semana, 18,3% consomem três vezes por semana
e 9,6 % nunca consomem.
Os açúcares são fontes de energia e podem ser encontrados em naturalmente
em frutas e no mel ou ser adicionado moderadamente em alimentos processados.
Orientar para a redução do consumo de alimentos e bebidas ultraprocessadas com
alta concentração de açúcar e das quantidades de açúcar adicionado nas preparações
caseiras e bebidas torna-se uma medida necessária (BVSMS, 2008).
Estes dados revelam um significativo consumo de alimentos ultraprocessados
excessivamente açucarados o que permite concluir que existe a necessidade de
estratégias educativas que evidenciem a diminuição na ingestão de açúcares e as
vantagens resultantes de uma alimentação saudável.
Quanto ao consumo de frutas, 18,3% dos entrevistados responderam que
consomem frutas duas vezes por semana, 14,4% consomem 3-5 vezes por semana,
16,3% consomem sete vezes por semana e 7,7% nunca consomem.
No consumo de verduras pesquisados identificou-se que, 25% consomem
verduras quatro vezes por semana, 11,5% consomem 2-3 vezes por semana, 22%
consomem sete vezes por semana e 7,7% nunca consomem. Sendo que os legumes
mais consumidos são: batata:83,7%, tomate:77,9%, pepino: 54,8%, cenoura: 52,9%,
beterraba: 29,8%, pimentão: 28,8%, abobrinha: 26,9%, chuchu:17,3%, berinjela:
11,5%, abóbora: 3,8% e 6,7% dos entrevistados não consome nenhum dos legumes
listados.
Em relação ao consumo de frutas verduras e legumes fica claro que a maioria
dos alunos não ingere diariamente esses alimentos quando o ideal seria seu consumo
diário, feito de acordo com a pirâmide alimentar, a qual orienta sobre os grupos de
nutrientes que precisam ser ingeridos e suas respectivas quantidades diárias
(SEEDUC).
Quando questionados se diminuiriam a ingestão de alimentos e bebidas
excessivamente açucarados se soubessem que eles causam problemas de saúde, os
entrevistados responderam 71,2% sim e 28,8% não. Esse resultado demonstra que
boa parte preocupa-se com a prevenção dos problemas causados pelo consumo
excessivo de açúcar embora que para uma pequena parcela isso ainda não seja
motivo suficiente para mudanças nos hábitos alimentares.
Quando questionados sobre os fatores que influenciam na escolha de
alimentos açucarados (doces) em sua alimentação 87,5% indicou como sendo o sabor
o fator de maior influência, seguido por: aparência (50%), influência da mídia (26,9%),
preço (24%) e influência da família e/ou amigos (20,2%).
Evidencia-se através das respostas a forte influência do sabor acentuado do
açúcar no seu consumo excessivo bem como a influência da mídia no consumo de
alimentos ultraprocessados ricos em açúcar.
Na tentativa de conquistar consumidores as indústrias açucareiras lançaram
mão de pesquisas para analisar vários critérios que pudessem conquistar o
consumidor no momento da compra. Dentre esses quesitos destacam-se: conquistar
o consumidor de produtos açucarados pelo paladar. As indústrias sabem que existem
vários erros no mapa da língua e segundo MOSS (2015, p.33 - 34):

Na verdade, a boca inteira é louca por açúcar, inclusive a parte superior, chamada
palato. Existem receptores especiais para o açúcar em cada uma das dez mil papilas
gustativas, e todos são ligados às partes do cérebro conhecidas como áreas do prazer,
nas quais somos recompensados por fornecer energia ao corpo. Cientistas têm
descoberto receptores no esôfago, no estômago e no pâncreas que regem na presença
de açúcar e parecem diretamente ligados ao nosso apetite.

A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais


de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre
alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens (Guia Alimentar da População
Brasileira, 2015).
Ao serem questionados sobre qual reação apresentam quando veem
propagandas de alimentos açucarados industrializados, 52,9% afirmam que nem
ligam e 47,1% quer logo comprar e experimentar pois parece gostoso. A partir do
resultado obtido evidencia-se a grande influência das propagandas de alimentos sobre
os consumidores. No Brasil o marketing abusivo torna, principalmente as crianças,
alvo do consumismo de produtos alimentares supérfluos. O uso de desenhos
animados, sentimentos de felicidade, ascensão social, amor, praticidade no preparo e
de serem compostos por ingredientes saudáveis com falsas promessas de trazerem
benefícios à saúde, tornam as propagandas de alimentos formas extremamente
eficazes de convencer o público consumidor levando ao consumo excessivo.
O marketing continuará exercendo seu papel de convencer o público das
diferentes faixas etárias a adquirir seus produtos, usando para isso estratégias cada
vez mais convincentes para alcançar seu objetivo que é o lucro. Nesse ponto entra o
papel da escola em fazer com que os adolescentes entendam qual a real intenção das
propagandas alimentícias, formando sujeitos críticos e conhecedores dos benefícios
da ingestão de alimentos saudáveis que evitem doenças como a obesidade (ULHOA
D.R., MARQUEZ D., 2012).
Quando perguntados se na família existe o hábito de se ler o rótulo dos produtos
que consomem, 52,9% responderam que leem às vezes, 31,7% não leem e 15,4%
leem os rótulos. A partir deste resultado percebe-se a pouca importância dada para a
análise dos rótulos dos alimentos o que pode ser causado por falta de aprofundamento
no tema e ter como consequências uma alimentação inadequada.
Ao serem questionados se alguém da família apresenta: sobrepeso, diabetes,
obesidade, cárie, problemas cardiovasculares, hipertensão, a maioria (83,7%)
respondeu sim e 16,3% não apresentam nenhum familiar com tais problemas de
saúde. Baseado neste resultado entendemos ser este um bom momento para
desenvolver o projeto, pois, a partir de sua realidade, poderá motivar nos estudantes
a conhecerem sobre os malefícios causados pelo consumo excessivo de açúcar e os
benefícios de se optar por uma alimentação saudável.
Ao serem perguntados se mudariam os hábitos alimentares se soubessem que
isso ajudaria a melhorar a qualidade de vida e auxiliaria na prevenção de doenças,
91,3% respondeu que sim, este resultado também motiva a aplicação do projeto a fim
de contribuir par a melhoria da qualidade de vida dos educandos.

Atividade 3: Conhecendo os Nutrientes dos Alimentos.


Nesta atividade percebeu-se que os alunos conhecem superficialmente as
funções e dos alimentos e apresentam dificuldades em classificá-los conforme o tipo
de nutriente pertencente não sabendo diferenciar, por exemplo proteína de
carboidrato. Por meio de slides e vídeos foram explicados: os grupos dos alimentos
quanto ao grau de processamento e a classificação dos carboidratos.
Os alunos perceberam que uma alimentação saudável deve priorizar, segundo o
Guia Alimentar da População Brasileira, alimentos in natura ou minimamente
processados e, alimentos processados em quantidade moderada e os
ultraprocessados devem ser evitados. Compreenderam que uma boa alimentação
precisa ser de qualidade e quantidades adequadas a cada realidade.

Atividade 4: Recordatório Alimentar.


Foi proposto o preenchimento de um recordatório alimentar por um período de
uma semana. As informações obtidas foram organizadas e pesquisadas
sistematizadas e analisadas para serem em seguida expostas, resumidamente, para
os alunos. Ao serem informados dos resultados os alunos perceberam a grande
quantidade de alimentos excessivamente açucarados que consomem os quais são
sem valor nutricional e que, portanto, podem ser evitados e substituídos por alimentos
saudáveis.
As respostas mostraram que vários alunos não realizam as seguintes refeições:
café da manhã e lanche da manhã/tarde. O almoço é a única refeição que 100% dos
entrevistados realizam a qual na maioria dos caso aparece o consumo de arroz e
feijão. Verificou-se que parte dos alunos apresentam uma alimentação rica em
carboidratos refinados (pães, massas, arroz, bolos, chocolates, sorvetes, pizza,
macarrão instantâneo, sucos e refrigerantes), com pouco consumo de frutas legumes
e verduras. Outra parte, não a maioria, faz o consumo de frutas, verduras e legumes
nas refeições e apresenta opções saudáveis em seu recordatório alimentar.
Percebeu-se a prevalência do consumo de bolos, doces, refrigerantes, balas e
vários outros tipos de alimentos ultraprocessados nos lanches diários. Poucos alunos
optam por frutas em seus lanches.
Os dados permitiram verificar que o consumo diário de carboidratos refinados
está acima do ideal, podendo levar a um sobrepeso e obesidade. Percebeu-se
também o consumo diário de arroz e feijão, tornando a dieta equilibrada em nutrientes
como ferro, proteínas e carboidratos.
DALMOLIN, PERES E NOGUEIRA (2013) enfatizam que a escolha do alimento
é um processo complexo, sendo que a escolha da alimentação saudável remete a
encontrar estratégias onde os vários segmentos trabalhem com o mesmo objetivo.
Uma estratégia importante é a divulgação dos bons hábitos alimentares, que por sua
vez dependem dos fatores sociais, econômicos culturais e ambientais. Portanto a
escola pode contribuir orientando os jovens na busca de uma alimentação saudável.
Atividade 5: Os diferentes tipos de açúcar
Esta atividade teve como objetivo fazer com que os alunos conhecessem alguns
tipos de açúcar, como são produzidos, suas características nutricionais e usos.
Inicialmente os alunos foram questionados se existem diferenças entre os
açúcares e eles afirmaram que sim mas não sabiam quais os critérios usados para
diferenciá-los. A aula prosseguiu com explicações com uso de slides e vídeos sobre
os diferentes tipos de açúcar. Após os alunos visualizaram amostras de alguns tipos
de açúcar percebendo algumas diferenças entre eles. A atividade colaborou no
esclarecimento de dúvidas que os alunos possuíam sobre qual açúcar é o mais
saudável e então puderam entender que em termos calóricos todos os açúcares são
equivalentes, com exceção das versões light, e que em termos nutricionais, o açúcar
mascavo possui uma quantidade de nutrientes a mais que os outros açúcares.
Entenderam que o problema não está em ingerir qualquer tipo de açúcar mas sim no
exagero que as pessoas cometem pois segundo a OMS a quantidade máxima de
açúcar que se pode ingerir por dia está limitada em 25g (cerca de 2colheres de sopa).
Foram orientados a dar preferência ao consumo de frutas que possuem fibras,
vitaminas e sais minerais substâncias ausentes nos açúcares refinados.
Alguns alunos descreveram que consomem açúcar devido ao seu sabor ser
irresistível o que segundo Fukuda (2004) estímulo da ingestão excessiva de açúcar é
controlado consciente ou inconscientemente pelo encéfalo que é estimulado pelos
cinco sentidos causando sensações agradáveis e favorecendo esse consumo em
muitas vezes de maneira descontrolada.

Figura 01: Observação dos diferentes tipos de açúcar.


Atividade 6: A influência da propaganda no consumo de alimentos açucarados.

O objetivo desta atividade foi analisar as estratégias que a mídia usa para
conquistar consumidores de alimentos açucarados.

Inicialmente os alunos foram questionados a respeito do porquê as pessoas


sentem necessidade de consumir os alimentos açucarados que a mídia mostra. Ao
longo do debate as respostas comprovaram o grande poder de convencimento que a
mídia possui, conforme exemplificam algumas respostas:
“Tem boa aparência, é gostoso, a propaganda chama a atenção.” (Aluno A)

“Usam brinquedos para as crianças e para os adolescentes os youtubers.” (Aluno B)

“Precisam consumir para se sentirem pertencentes a um grupo de pessoas que consomem


o mesmo produto. A mídia força isso. Quem não consome é menos aceito e valorizado que
aquele que consome “Coca-Cola” por exemplo.” (Aluno C)

“Que problema têm em existirem essas propagandas?” (Aluno D)


“Professora, você acha que se eles falassem que faz mal consumir esses alimentos das
propagandas alguém iria comprar?” (Aluno E)
Os alunos A e B percebem as estratégias que as propagandas usam para
vender através dos apelos visuais. No caso da resposta do aluno C este tem clareza
do apelo sentimental/social que a mídia coloca, onde quem não consome o produto
fica à margem da sociedade. Portanto a pessoa acaba consumindo por medo de ficar
isolado socialmente.
No caso dos consumidores de baixa renda, o interesse pode ser relacionado
com aspirações sociais e sentimentos de inclusão, que vêm com o consumo das
mesmas marcas consumidas pelas classes altas provocando uma falsa sensação de
ascensão social (Chauvel e Mattos, 2008).
O depoimento do aluno D revela uma inabilidade em perceber as reais intenções
da mídia com suas propagandas. O aluno E percebe as estratégias usadas pela mídia
na tentativa de persuadir o consumidor e demonstra que a falta de conhecimento das
classes menos favorecidas, tanto econômica quanto culturalmente, é um dos
segredos do sucesso das propagandas.
A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de
alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre
alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens influenciando suas escolhas
alimentares (Guia Alimentar da População Brasileira, 2015).
Após assistirem à vídeos com propagandas de alimentos e bebidas açucaradas
e fazerem a leitura do texto complementar, foi feito um debate sobre os mesmos onde
pode-se perceber que os alunos, na sua maioria, desconheciam essa real intenção
das propagandas.
Poucos perceberam qual a intenção dos chamativos anúncios das propagandas.
Com o debate ficou esclarecido que o objetivo da maioria da propagandas é convencer
o consumidor à comprar e usam para isso propagandas que envolvam sentimentos
de felicidade, amor, amizade, satisfação, prazer, realização de sonhos implícitos pelas
propagandas, expectativas essas que não se cumprem na realidade.
Além de sentimentos nobres as propagandas usam a estimulação dos sentidos
visuais com cores que despertam a fome, sonoros com músicas atraentes, ou seja as
estratégias das propagandas são extremamente bem elaboradas que acabam
convencendo facilmente as pessoas que não possuem um certo discernimento sobre
a real intenção destas. As crianças são o público mais fácil de convencimento pelo
fato de não possuírem maturidade em fazer escolhas corretas.
Em geral constata-se que boa parte da população brasileira adquiriu o hábito
de consumir alimentos veiculados pela mídia apenas para satisfazer os desejos e
estar “na moda”, sem considerar que os excessos podem trazer problemas à saúde,
como a obesidade e o diabetes.
Um dos desafios que podemos seguir é o de educar as pessoas para o
consumo. Cientes do real motivo pelo qual consomem, elas podem tornar-se mais
responsáveis. E este é um desafio para os primeiros anos da escola e que se deve
estender até a vida adulta (Micheli et al, 2102).
Chegou-se à conclusão, com essa atividade, que os alunos precisam ser
orientados sobre a real intenção das propagandas que é o lucro, pois boa parte deles
apresentam baixo senso crítico a respeito do tema. As propagandas continuarão cada
vez mais agressivas no sentido de cumprirem seu objetivo que é a venda.
Cabe à escola orientar os alunos a serem cidadãos críticos das propagandas
veiculadas pela mídia, sendo capazes de fazer escolhas alimentares corretas que
auxiliem na prevenção de doenças pois segundo Marins et al. (2011), o direito à saúde
e ao conhecimento não podem estar vinculado ao lucro do mercado. O tema exige
mais aprofundamento e estudos.
Atividade 7: Quem são os responsáveis pelo consumo excessivo de açúcar e as
doenças decorrentes deste hábito alimentar.
O objetivo dessa atividade foi sensibilizar os alunos através de explicações com
o uso de slides, textos e do documentário “Muito Além do Peso” sobre o aumento do
consumo de açúcar nos últimos anos e como este hábito está contribuindo no
surgimento de casos de obesidade e diabetes entre os adolescentes no Brasil.
A partir dos materiais trabalhados os alunos concluíram que o consumo de
alimentos ultraprocessados excessivamente açucarados ocorre, primeiramente, pelo
fato de estes serem altamente atrativos ao paladar. Ao finalizar o documentário “Muito
Além do Peso”, questionei os alunos por que as crianças ou os adolescentes mesmo
sabendo que o consumo excessivo pode trazer problemas de saúde continuam
consumindo? Seguem algumas respostas:
“Porque é muito bom, muito gostoso.” Aluno A.
“Comodismo, é mais fácil comprar um alimento pronto do que trabalhar para obtê-lo.
Até quem mora em sítios compra tudo no mercado. É o comodismo”. Aluno B.

A fala do aluno A revela como o açúcar em excesso, torna o alimento


ultrapalatável, irresistível ao consumo e segundo Moss (2015) é o principal produto
usado pela indústria para cativar o paladar de crianças e adolescentes.
Quando questionados por que estamos acima do peso, os alunos concluíram,
através da análise do documentário, que é devido ao consumo excessivo de
ultraprocessados altamente calóricos, a baixa ingestão de alimentos saudáveis e a
falta de atividade física
A facilidade de aquisição e os baixos preços são fatores que contribuem para
a ingestão excessiva de ultrapalatáveis doces, hábito que desencadeia uma série de
doenças como a cárie dentária e que associado à falta de atividade física gera a
obesidade e doenças decorrentes desta (ENES, C. C., SLATER, B., 2010).
Através dessa atividade os alunos perceberam que as propagandas de
alimentos influenciam os hábitos alimentares de crianças e adolescentes e que os pais
tem dificuldades em orientar seus filhos para que tenham uma alimentação saudável.
Quando perguntados o que mais chamou a atenção no documentário
evidenciaram-se alguns comentários como:
“O número de crianças obesas e com doenças de pessoas idosas.” Aluno A.
“Crianças sofrendo bullying e o que elas queriam era amigos.” Aluno B.
“O que as crianças comem e elas não conhecem o alimento, não sabem o
nome da fruta, verdura ou legume.” Aluno C.
“Crianças com saúde igual ou até pior que um idoso.” Aluno D.
“O quanto as pessoas são desinformadas sobre aquilo que comem.” Aluno E.
“A quantidade de açúcar em bebidas populares e industrializadas” Aluno F.

As falas dos alunos revelam que, principalmente as crianças apresentam sérios


problemas com sua alimentação sendo isso, em parte, resultado de adultos com
conhecimento deficiente sobre alimentação e com os mesmos hábitos das crianças.
Ao indicarem como algo que chamou a atenção o fato de as crianças não
conhecerem o que é uma fruta ou um legume evidencia-se com isso o quanto se
perdeu o contato com uma alimentação saudável a qual está sendo cada vez mais
substituída por alimentos ultraprocessados.
A atividade com a análise do documentário contribuiu para que os alunos
percebessem que falar sobre alimentos não é apenas uma questão biológica. O
documentário abordou questões sociais, políticas, econômicas e culturais que
envolvem o alimento e influenciam no aparecimento de doenças como a obesidade.
As leituras da realidade social contribuem na formação de uma aprendizagem ampla
possibilitando a identificação das causas e consequências de fatos reais.
O consumo de alimentos ultraprocessados incluindo os excessivamente
açucarados e o baixo consumo de frutas, verduras e legumes, entre os alunos que
participaram do projeto, mostrou-se ocorrer devido à alguns fatores: ao sabor atraente
dos ultraprocessados, sendo ultrapalatáveis; a parcela da influência da mídia em
jovens que apresentam pouca percepção dos reais objetivos do marketing dos
ultraprocessados; o consumo de alimentos veiculados pela mídia como sinônimo de
status social, a preferência por alimentos prontos que não exigem esforços para serem
consumidos; a influência dos hábitos das pessoas com as quais convive, o sabor e o
marketing pouco atraente dos alimentos saudáveis. A influência constante desses
fatores acaba formando hábitos alimentares inadequados que contribuem para o
avanço de doenças como a cárie dentária, obesidade e diabetes.
Atividade 8: Quantidade de açúcar nos alimentos industrializados.
O objetivo dessa atividade foi fazer com que os alunos visualizassem a
quantidade de açúcar presente em alguns alimentos ultraprocessados e
comparassem essa quantidade com a ingestão diária recomendada pela OMS.
Os alunos foram divididos em 5 grupos e fizeram a pesagem da quantidade de
açúcar contido em algumas embalagens de alimentos ultraprocessados.
Com essa atividade vários alunos e funcionários da escola tiveram a
oportunidade de observar a quantidade de açúcar contida nos alimentos
ultraprocessados através do material, que ficou exposto na área de circulação da
escola, o que gerou grande impacto e curiosidade, percebidos pelos comentários:

“Nossa, eu não sabia que tinha tanto açúcar nesses alimentos, vou diminuir a
quantidade.”
“Têm tudo isso de açúcar dentro de uma caixa de suco!!!!”

Figura 02: Painel com a quantidade de açúcar em alguns alimentos ultraprocessados.

Atividade 9: Roda de conversa com a nutricionista.


Com o objetivo de auxiliar no esclarecimento das dúvidas dos alunos a respeito
do tema alimentação foi convidada a nutricionista: Christiane Opuszka Machado que
atua como nutricionista nos postos de saúde da prefeitura de Curitiba. Sua presença
foi de grande valia para enriquecer o conhecimento dos alunos.
O nutricionista é um profissional que possui conhecimento científico e
habilidade para que este conhecimento sobre alimentação saudável se torne
significativo e acessível aos educandos. Este conhecimento contribui de modo
significativo para orientação e sensibilização da importância dos adolescentes
priorizarem esse tipo de alimentação que contribui com sua qualidade de vida e auxilia
na prevenção do surgimento de doenças como obesidade e diabetes.
Através de uma roda e conversa os alunos tiveram a oportunidade de
esclarecer várias dúvidas a respeito do tema alimentação. As dúvidas geraram em
torno de temas como mitos e modismos alimentares, dietas da moda. Os alunos
compreenderam que ter uma alimentação saudável não é sinônimo de se fazer dietas
com proibição de um alimento em detrimento de outro, não é comprar produtos caros,
é poder comer de tudo mas de uma maneira moderada e de acordo com suas
necessidade biológicas.
Ficou claro para os alunos que uma alimentação saudável é composta por
alimentos da época que são mais nutritivos e baratos.
Durante a conversa um aluno perguntou o que aconteceria se não tivéssemos
uma alimentação saudável e a resposta da nutricionista foi que eles ficariam com
imunidade baixa e não teriam energia para usar durante o dia.
Outra aluna perguntou porque ela tinha fome constantemente e a resposta foi
que dependendo do alimento que comemos, contém diversas quantidades de
açúcares. O açúcar industrializado fornece energia ao corpo por um período
extremamente curto fazendo com que o corpo sinta fome constantemente, para que
isso diminua é importante a ingestão de alimentos como frutas, legumes, verduras,
cereais.
Alguns temas debatidos: Diabetes tipo I e II e como é fácil desenvolver diabetes
tipo II ingerindo excesso de açúcar, pessoa magras nem sempre são saudáveis e a
pessoa acima do peso nem sempre está doente, a importância de realizar refeições
de 3 em 3 horas o que colaborou para orientar os alunos a melhorarem seus hábitos
errados de alimentação percebidos pelo questionário e recordatório alimentar aplicado
no início das atividades.
Através de posterior avaliação da atividade os alunos declararam que a
nutricionista esclareceu a maioria das dúvidas dos assuntos que haviam sido
debatidos anteriormente à palestra em sala e que seria necessário mais uma aula
para que todos pudessem fazer suas perguntas.

Atividade 10: Pesquisas e atividades práticas sobre alimentação saudável e


exposição dos trabalhos realizados.

A escola é o espaço onde é possível refletir, analisar, debater e conhecer as


causas e consequências que levam a uma alimentação desequilibrada. Segundo
Bizzo (2009), é preciso dar voz ao aprendiz, ele deve ter entendimento de como
compor a realidade a sua volta. Ao falar sobre suas ideias, estas se tornam mais
nítidas para o próprio sujeito.
Nesta atividade ao alunos foram divididos em grupos onde realizaram
pesquisas sobre diversos temas referentes à alimentação, doenças causadas pelo
consumo excessivo de açúcar, a influência da mídia na compra de alimentos,
alimentação saudável, classificação dos alimentos quanto ao grau de processamento,
montaram folders com receitas saudáveis, dicas para uma vida saudável e de como
diminuir o excesso de açúcar na alimentação, fizeram a degustação de salada de
frutas e de receitas preparadas pelos próprios alunos.
Em algumas aulas que antecederam a apresentação dos grupos os alunos, por
meio de problematizações e contextualizações, receberam explicações com o uso de
slides, materiais escritos e audiovisuais sobre o tema alimentação saudável.
As apresentações dos trabalhos foram feitas para as demais turmas de 1º Ano
do Ensino Médio, funcionários da escola, professores, direção e equipe pedagógica e
os alunos demonstraram habilidade na comunicação e entusiasmo no
compartilhamento de informações sobre os temas abordados.
Os visitantes puderam receber explicações sobre os temas pesquisados,
receberam folders explicativos, receitas impressas e degustaram salada de frutas sem
açúcar, frutas in natura, bolos e biscoitos feitos com ingredientes integrais e açúcar
mascavo, receberam explicações sobre os benefícios desses alimentos para a saúde.
Através dessa atividade percebeu-se que a socialização do conhecimento feita
pelos próprios alunos gera vários benefícios dentre eles, a efetivação da
aprendizagem significativa com o uso de atividades práticas. Quando teoria e prática
não acontecem o processo de ensino-aprendizagem torna-se falho e através da
exposição de trabalhos feita pelos alunos se tornaram evidentes os resultados
positivos. O momento em que o aluno muda de sujeito passivo para ativo existem
maiores possibilidades de este se apropriar do conhecimento e promover mudanças
no seus hábitos alimentares.

Figura 03: Apresentação dos trabalhos realizados.

Atividade 11: Avaliação das atividades realizadas.

Ao final do trabalho foi feita uma avaliação das atividades realizadas e, pelas
respostas aos questionamentos, constatou-se que a maioria dos alunos apresentaram
avanços no entendimento e aplicação do assunto abordado. Isso pode ser observado
em simples mudanças no seu dia a dia como por exemplo optar por uma fruta na hora
do lanche. Eles perceberam a importância de não exagerar no consumo de açúcar e
sempre que possível, substituir o açúcar por alimentos saudáveis que previnem o
surgimento de doenças, melhorando a qualidade de vida. Tais mudanças evidenciam-
se pelas falas:
“Influenciou a ter uma alimentação saudável, prevenindo obesidade e diabetes.” Aluno A.
“Eu comecei a comer mais alimentos naturais e a instruir outras pessoas a este
conhecimento” Aluno B.
“Com a pesquisa eu vi os maus que o excesso de açúcar fazem no corpo. Algumas coisas
que eu não sabia, e com o trabalho eu tive o conhecimento para melhorar meus hábitos,”
Aluno C.
“Não modificou muito, mais agora o meu prato tem variedade e equilíbrio pois a diabetes
tipo 2 tem que tomar insulina a vida inteira.” Aluno D

Pela fala do aluno D é evidenciado que ocorrem mudanças de hábitos


alimentares quando aparece o temor do desenvolvimento de doenças .
Ao serem questionados sobre as atividades realizadas qual mais contribuiu
para o avanço no conhecimento e a melhoria da saúde os alunos citaram várias
atividades destacando-se: a quantidade de açúcar nos alimentos ultraprocessados,
rótulos dos alimentos, classificação dos alimentos e dos açúcares, o caderno de
receitas, o prato saudável, as apresentações dos grupos, as doenças causadas por
certos alimentos, a influência das propagandas, a conversa com a nutricionista.
Algumas falas comprovaram a contribuição das atividades realizadas:

“...eu sou uma pessoa que adora açúcar, mas depois das pesquisas e os cartazes com a
quantidade de açúcar acabei diminuindo bastante com os açúcares da minha rotina e agora
pratico mais esportes.” Aluno A
“Eu sabia que o prato saudável tinha que conter verduras, carboidratos, carnes, etc.... Mas
não sabia em que quantidade.” Aluno B
“A apresentação do grupo das propagandas pois eles mostraram a ‘enganação’ das
propagandas e mostraram a realidade.” Aluno C
“Para ter uma percepção crítica sobre as propagandas.” Aluno D
“Para ter uma boa saúde podemos comer de tudo mas moderadamente.” Aluno E
“Saber sobre o alimento que eu não conhecia e entender se seu efeito é bom ou ruim.”
Aluno F

Ao serem questionados o que entenderam por alimentação saudável algumas


respostas evidenciam a evolução dos alunos:
“A alimentação deve conter todos os tipos de nutrientes. É manter uma alimentação variada
de cores e tipos. Sem exagerar em nada, principalmente aqueles que são muito açucarados,
gordurosos ou salgados demais.” Aluno A
“Que é bom comer frutas, legumes e verduras e nunca comer nada em excesso.” Aluno B

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso da problematização e contextualização dos conteúdos abordados
mostrou ser uma estratégia eficiente tornando a aprendizagem interessante.
Estabelecer ligações do conteúdo a ser ensinando com a realidade do aluno deve ser
o princípio básico de toda e qualquer prática pedagógica bem sucedida. Ensinar o
conteúdo de maneira isolada sem estabelecer conexão com o mundo real pode ter
resultados menos significativos no processo ensino-aprendizagem.
É de suma importância oportunizar atividades que estimulem o debate e a
socialização de temas relacionados à alimentação na escola. Quando o adolescente
é sujeito ativo no processo de ensino aprendizagem existem maiores chances de
ocorrerem mudanças significativas em relação ao comportamento alimentar dos
mesmos.
Investir em educação nutricional nas escolas é imprescindível para que os
estudantes interpretem as informações passadas pela mídia, melhorem sua saúde
através do conhecimento sobre alimentação saudável que contribui na formação de
bons hábitos alimentares os quais serão importantes na prevenção de doenças como
a obesidade dentre outras da vida adulta resultantes de hábitos alimentares
inadequados.
O projeto atingiu os objetivos propostos, fato evidenciado por relatos de boa
parcela dos alunos, por meio de reflexões críticas sobre o tema alimentação,
sensibilizações, redução no consumo de açúcar e aquisição de hábitos alimentares
saudáveis, uma vez que aumentaram seus conhecimentos a respeito dos temas
trabalhados os quais foram divulgados para os demais membros da escola. Creio que
consegui estimular a mudança de hábitos alimentares, se não em todos, mas em boa
parcela dos alunos.
A exposição das atividades desenvolvidas possibilitou a socialização de
conhecimentos atingindo maior número de membros da escola que também foram
orientados e sensibilizados quanto aos efeitos nocivos do consumo excessivo de
açúcar podendo levar ao aparecimento de doenças como obesidade, diabetes, cárie
dentária, dentre outras.
Diversos são os fatores que influenciam tanto os maus hábitos alimentares,
incluindo o consumo excessivo de açúcar, como os bons hábitos alimentares e,
percebe-se que mesmo que os professores estejam continuamente preocupados em
realizar trabalhos bem planejados, a transição alimentar ocorre de modo tímido e
lento, por isso o trabalho precisa ser contínuo. A escolha alimentar é decisão
individual da pessoa, contudo a informação adequada e o desenvolvimento de senso
crítico é dos educadores, dos serviço de saúde e das famílias.

AGRADECIMENTOS
À professora Cristian Carla Aparecida Volski Cassi pela amizade, dedicação, orientação e
contribuições que enriqueceram esta pesquisa.
À escola pelo seu apoio.
A SEED pela oportunidade de participar do PDE.
Aos professores que colaboraram e incentivaram este trabalho.
Aos alunos que participaram de maneira entusiasmada e com os quais ensino e aprendo a
cada aula.
À minha família que amo tanto e que me apoiou nas horas de ausência e dificuldades.
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NAL%20NA%20OBESIDADE%20INFANTIL.pdf.
Acesso em: 07 set. 2017.
ANEXOS:

QUESTIONÁRIO – HÁBITOS ALIMENTARES


Link para preenchimento do questionário:
https://docs.google.com/a/escola.pr.gov.br/forms/d/1RcdKf9FevobNVNx2vmxos_140
r6FIVWgwO1woUHDL3o/edit
Idade:____ anos Sexo: ( ) mas. ( )fem.
Responda às perguntas seguintes de acordo com a sua alimentação da
última semana. Caso não se lembre, tome como base uma semana habitual.

Com que frequência (quantas vezes) você consome os seguintes alimentos durante a
semana:

1) Refrigerantes:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

2) Refrigerantes zero:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

3) Guloseimas (balas, pirulitos, gominhas, chicletes):


( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

4) Biscoito/bolacha:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

5) Chocolates/bombons:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

6) Iogurtes e/ou bebida láctea:


( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

7) Sucos de frutas adoçados naturais/industrializados:


( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

8) Sorvetes:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

9) Doces (brigadeiro, suspiro, doces em barras):


( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

10) Achocolatado em pó :
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

11) Bolos, gelatinas, pudins, cremes, tortas doces:


( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

12) Frutas:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7
13) Verduras:
( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

14) Assinale os legumes que você costuma consumir durante a semana (pode
assinalar mais de um):
( )cenoura ( )beterraba ( )abobrinha ( )chuchu ( )pepino ( )tomate
( )batata ( ) pimentão ( ) abóbora ( )berinjela ( )nenhum

15) Você diminuiria a ingestão de alimentos e bebidas excessivamente açucarados se


soubesse que eles causam problemas de saúde?
( ) sim ( ) não

16) Que fatores influenciam a escolha de alimentos açucarados (doces) em sua


alimentação (pode ser mais de um) ?
( ) a aparência do alimento ( ) o sabor ( ) o preço
( ) a influência da mídia ( ) não consumo alimentos doces

17) Quando vê a propaganda de um novo alimento açucarado industrializado, você:


( ) nem liga, pois é só um comercial.
( ) quer logo comprar e experimentar, pois parece saboroso.

18) Na sua família, as pessoas têm o hábito de ler o rótulo dos produtos que
consomem ?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes

19) Você já ouviu falar que alguém da sua família apresenta: sobrepeso, diabetes,
obesidade, cárie, problemas cardiovasculares, hipertensão?
( ) sim ( ) não

20) Você mudaria seus hábitos alimentares se isso ajudasse na prevenção de


doenças e na melhoria da qualidade de vida?
( ) sim ( ) não
RECORDATÓRIO ALIMENTAR

Nome: Idade:

Café da Lanche Almoço Lanche Jantar Lanche


manhã da manhã da tarde
da noite

2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Sábado

Domingo

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