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Apresentação������������������������������������������������������������������������������������������������ 6
Prefácio (SOBRAFO)���������������������������������������������������������������������������������������7
Prefácio (SBTMO)������������������������������������������������������������������������������������������ 8
5
Acompanhamento farmacêutico
Com a introdução dos protocolos de condiciona- ferritina. Outros fatores de risco incluem uso de
mento de intensidade reduzida, um maior núme- antibióticos (alguns de terceira geração, como
ro de pacientes idosos é submetido ao TCTH. Um as cefalosporinas) e de nutrição parenteral, pré-
9 10
as principais toxicidades e complicações pelas
quais o paciente pode passar e que envolvam
adquiridos por intermédio de programas do Siste- que não existe um parâmetro único de dosagem
para descrever a farmacocinética em pacientes
Acompanhamento farmacêutico
efeitos adversos a medicamentos. Entre os pos-
ma Único de Saúde (SUS), e cabe ao farmacêutico
orientar quanto ao processo de aquisição. É im- obesos, uma vez que tais métodos são pouco va- durante o TCTH
síveis efeitos indesejados, citam-se os mais co- portante que o paciente, ao receber alta hospita- lidados, não disponíveis ou ambos.12 Após realização de todas as avaliações pré-TCTH e
muns: mucosite, dor abdominal, diarreia, náusea sua liberação, inicia-se então a programação para
lar, já possua os medicamentos em mãos e tenha Um exemplo que ilustra a ausência de parâme-
e vômito, perda de cabelos, infertilidade e toxici- internação, data de início do condicionamento e a
recebido todas as orientações para não compro- tro na determinação da dosagem é o medica- infusão de células. Durante esse período, pacien-
dade em órgãos como fígado, pulmões e ossos.
meter o tratamento. mento bussulfano. Recomenda-se que, quando tes submetidos ao TCTH estarão sujeitos a inúme-
Sugere-se consultar o capítulo “Medicamentos
utilizados em TCTH” deste material, que aborda estipulada em mg/kg, a dose seja calculada com ros desafios, passando por períodos de citopenias
base no peso ajustado, independentemente da profundas e frequentemente prolongadas, com
os principais fármacos utilizados e suas reações Avaliação da prescrição de riscos de infecções, sangramento e anemia; possi-
adversas mais comuns. presença da obesidade. Já para dose total maior
condicionamento que 12 mg/kg, sugere-se que o cálculo seja feito bilidade de desenvolvimento de disfunção hepá-
Muitos serviços de TCTH elaboram cartilhas ex- É também na fase pré-TCTH que a equipe médica conforme a farmacocinética, nível sérico e área tica e/ou renal; isolamento, que pode exacerbar o
plicativas de todo o processo do transplante, que discute e define qual o melhor regime de con- sob a curva (AUC, do inglês area under the curve) estresse social e emocional; perda de condiciona-
podem ser ferramentas valiosas no auxílio de pa- dicionamento a ser utilizado. Esses regimes en- alvo. Tal medida pode reduzir a taxa de incidên- mento físico e diversos outros fatores que podem
cientes e familiares, pois esclarecem as principais volvem o uso de altas doses de antineoplásicos, cia de SOS de aproximadamente 20% para me- afetar sua qualidade de vida.14
dúvidas sobre o procedimento. É importante que associadas ou não à radioterapia, e provocam nos de 5%.12 Ao ser internado, geralmente o paciente vai para
o farmacêutico participe na elaboração das car- diversas toxicidades que exigem profissionais es-
Embora a obesidade não seja uma barreira para uma unidade de cuidados especiais que garanta
tilhas, pois ele pode contribuir com informações pecializados para seu manejo. Assim, com o obje-
bons desfechos clínicos em TCTH, os dados são algumas medidas adicionais de proteção, como a
relacionadas aos medicamentos, às toxicidades tivo de evitar erros de medicação, o farmacêutico
limitação de contato com pessoas. Frequentemen-
esperadas do tratamento e às etapas do TCTH. deve conferir o protocolo prescrito e refazer os insuficientes para determinar doses ideais de
te, neste período também é realizada a colocação
cálculos das doses.1,4 medicamentos para o condicionamento de indi-
de cateter de inserção central de longa permanên-
víduos obesos. Até o momento não há recomen-
cia, com múltiplos lúmens, para facilitar a admi-
Uso de imunossupressores – Para a maioria dos agentes antineoplásicos cito- dação definitiva devido a limitações na literatura
nistração dos diversos medicamentos que serão
orientações e aquisição após tóxicos, a dose é prescrita em gramas, miligramas e evidência insuficiente para propor recomenda- utilizados. É importante que o farmacêutico rea-
ou unidades internacionais por metro quadrado, ções nível I ou II.12-14
tratamento representando a superfície corpórea (SC) do pa-
lize a reconciliação medicamentosa, para garantir
No Brasil, o ajuste de dose de bussulfano ba- que todos os medicamentos em uso habitual se-
Em TCTH alogênico, o uso de imunossupressores ciente. O cálculo para determinar a SC baseia-se
jam prescritos e os horários sejam corretamente
é parte do tratamento para prevenir uma compli- em dados de peso e altura do paciente, como seado no nível sérico e AUC alvo não é prática
aprazados, além de fazer o acompanhamento far-
cação muito comum, conhecida como doença do mostra a fórmula de Mosteller, em que:11 comum em todos os centros que realizam TCTH.
macoterapêutico durante todo o período.1,6,14
enxerto contra o hospedeiro (DECH ou GVHD, do No Estado de São Paulo, apenas uma instituição
privada realiza a dosagem de nível sérico, que
inglês graft-versus-host disease). A DECH ocorre SC (m2) = [altura (cm) × peso (kg)]
quando células T do doador reconhecem a pre- 3600
é medido após a administração de bussulfano Manejo de toxicidade relacionada
intravenoso. Amostras de sangue são coletadas
sença de antígenos de histocompatibilidade nas em tempos predeterminados para dosagem dos
aos medicamentos antineoplásicos
O farmacêutico deve conferir o peso e a altura
células do hospedeiro que diferem das células do níveis séricos correspondentes que são utiliza- Ao iniciar o regime de condicionamento, o far-
atuais do paciente para determinar corretamen-
doador. A DECH é classificada em aguda ou crônica, dos em uma fórmula complexa para determinar macêutico deverá estar atento às toxicidades re-
te sua SC, o que possibilita a dupla conferência
dependendo do momento de sua manifestação. A o ajuste da dose prescrita. A AUC alvo varia de lacionadas aos antineoplásicos utilizados nesta
das doses prescritas pelo médico. Alguns es-
proliferação de células T ativadas leva à produção acordo com a doença, regime de condicionamen- fase e saber o seu correto manejo. É necessário
tudos avaliam o uso de “peso ajustado” versus
e secreção de diversas citocinas, as quais são res- to escolhido e estado clínico do paciente. Para atentar-se também à terapia de suporte com
“peso real” do paciente para o cálculo da SC,
ponsáveis por efeitos inflamatórios e danos teci- facilidade de cálculo da dose é possível utilizar intuito de minimizar eventos adversos, como
dado especialmente importante para obesos,
ferramentas específicas desenvolvidas para sis- garantir o uso de antieméticos, uso de mesna
duais associados à DECH. Neste cenário, o uso de pois o número de pacientes nessa condição
temas Android® e IOs®. concomitante à ciclofosfamida em altas doses,
imunossupressores como ciclosporina, tacrolimo cresce em todo o mundo.12 Para determinar o
uso de anticonvulsivantes profiláticos (como fe-
e sirolimo tem como objetivo delimitar eventos peso ajustado, conforme fórmula abaixo, utilizar
Recomenda-se a leitura do material “Trans- nitoína, benzodiazepínicos etc.) associados ao
críticos que dão origem à ativação das células T peso em quilogramas (kg):13
plante de células-tronco hematopoéticas: intro- bussulfano, entre outros cuidados.15 O quadro 1
CD4+ alorreativas e à consequente amplificação peso ajustado = dução para farmacêuticos”,1 bem como outras elenca alguns medicamentos e suas principais
de sinais envolvendo a proliferação de células T.10 literaturas, para auxiliar na compreensão sobre toxicidades relacionadas não hematológicas.
peso ideal + 0,25 (peso real – peso ideal)
regimes de condicionamento, classificação e Para mais informações, sugere-se consultar o ca-
Na fase pré-TCTH, é importante orientar os pacien- Um artigo de revisão publicado pela ASBMT em particularidades. pítulo “Medicamentos utilizados em TCTH”.
tes sobre a importância de adesão ao tratamento 2014 mostrou que ajustes de dose para pacien-
com imunossupressores, os riscos da não adesão tes obesos foram realizados empiricamente ou
e as complicações que podem decorrer de seu extrapolados a partir de dados publicados para
uso. Medicamentos como ciclosporina podem ser a população não obesa. Evidenciou-se também
11 12
Quadro 1. Medicamentos utilizados em TCTH e suas principais toxicidades6 Quadro 2. Terapia antiemética em TCTH recomendada pela ASCO16
13 14
Quadro 3. Profilaxias e opções de tratamento nas infecções bacterianas, virais e fúngicas em TCTH tratamento para DECH. Assim, outras opções de é recomendada em TCTH autólogo e alogênico, e
profilaxia devem ser avaliadas considerando o a escolha do melhor tratamento dependerá do
Infecções bacterianas19,20 Infecções fúngicas19,21 Infecções virais19 histórico de saúde do paciente e fatores epide- agente causador.19
miológicos locais. Neste cenário e em casos de
Profilaxia: Uso de fluoroquino- Profilaxia: Uso de fluconazol. Profilaxia: Uso de aciclovir. Ini- infecção prévia por Aspergillus, o uso de vorico-
lonas (ciprofloxacino ou levo- Iniciar junto ao condicionamen- ciar junto ao condicionamen- nazol é uma alternativa para profilaxia antifúngi- Início de imunossupressores em TCTH
floxacino). Iniciar junto ao to até a enxertia podendo es- to até a enxertia neutrofílica ca. Porém o voriconazol pode causar distúrbios alogênico
condicionamento até a recu- tender-se até o D+75. (no TCTH autólogo) e até 3 a 5 visuais transitórios (que não são permanentes O uso de imunossupressores em TCTH alogêni-
peração de granulócitos ou Opções incluem: equinocandi- semanas após o transplante ou graves), maior toxicidade hepática que o flu- co tem o objetivo de evitar a DECH, que repre-
surgimento de febre e início de nas (micafungina, caspofungina (alogênico). conazol e variabilidade nos níveis sanguíneos,
terapia antimicrobiana empírica. e anidulafungina), voriconazol, Opções incluem: valaciclovir e senta uma das principais causas de morbidade
o que justifica um monitoramento farmacêutico e mortalidade em TCTH alogênico. Ela pode ser
posaconazol. ganciclovir. efetivo. Recomenda-se cautela no uso concomi-
Para profilaxia de pneumonia classificada em DECH aguda (geralmente ocor-
tante dos triazóis de espectro estendido com os re em até o D+100 após o transplante) ou DECH
por Pneumocystis jirovecii: sul- antineoplásicos que sofrem metabolização hepá-
fametoxazol-trimetoprima*. crônica (ocorre após 100 dias do transplante).19
tica, especialmente aqueles metabolizados pelas
A profilaxia envolve o uso de inibidores de cal-
Neutropenia febril: Uso de an- Opções de tratamento: Sulfame- Opções de tratamento: Aciclo- isoenzimas do citocromo P450.19,21
cineurina (ciclosporina ou tacrolimo), metotrexa-
tibióticos de amplo espectro toxazol+trimetoprima, pentami- vir, valaciclovir, ganciclovir, val- to em dose baixa, ciclofosfamida em alta dose
Em relação às infecções virais, o risco na fase
como os betalactâmicos, prefe- dina, equinocandinas, anfoteri- ganciclovir, foscarnet e cidofovir. pós-transplante e micofenolato de mofetila.22
pré-pega relaciona-se principalmente às rea-
rencialmente cefepima ou pipe- cina B lipossomal, voriconazol e Para o tratamento da DECH, a ASBMT considera
tivações de infecções por vírus herpes simples
racilina-tazobactam. posaconazol. como primeira linha o uso de metilprednisolona
(HSV, do inglês herpes simplex virus), vírus sin-
cicial respiratório (RSV, do inglês respiratory ou prednisona.19,23 É importante que o farmacêu-
Opções de tratamento: Ceftazi- tico acompanhe a graduação de DECH aguda para
syncytial virus) e citomegalovírus (CMV). Mas pode
dima e os carbapenêmicos (er- definir o tratamento a ser adotado. De maneira
ainda ter origem em decorrência da exposição
tapeném, imipeném e merope-
ambiental ou através da infusão de células do geral, as profilaxias de DECH seguem as recomen-
ném).
doador ou de transfusões de sangue. A profilaxia dações apresentadas no quadro 4.
* Deve iniciar-se a partir da enxertia até aproximadamente 6 meses pós-TCTH, conforme evolução do paciente.
Quadro 4. Resumo das recomendações gerais para profilaxia de DECH
neutropenia febril é necessário realizar coleta e Fusarium spp. os dois principais. Mas há ris- Profilaxia de DECH em regimes de condicionamento mieloablativo19,22,23
de hemocultura antes do início da terapia em- co também na fase pós-enxertia, especialmente
pírica e, após o resultado do antibiograma, deve para paciente em uso de corticosteroides devido A profilaxia padrão é realizada com ciclosporina associada a metotrexato. Pode-se associar também
ser feito o ajuste do antimicrobiano. Entretan- à DECH. Como em TCTH autólogo o risco é menor, a imunoglobulina antitimócito (ATG de coelho) em transplantes alogênicos com doadores não apa-
to deve-se manter o uso do antimicrobiano de a profilaxia antifúngica deve ser adotada apenas rentados, com o objetivo de diminuir a incidência de DECH crônica.
amplo espectro iniciado (como cefepima, pipe- em situações de risco. Em neutropenia associada
racilina-tazobactam ou carbapenêmicos) até à febre persistente (após 4 a 6 dias), mesmo com
Ciclosporina – início em D-1
a recuperação neutrofílica. É necessário ainda uso de antimicrobiano de amplo espectro, consi-
considerar a associação de aminoglicosídeo derar terapia empírica para IFI.19,21 Dose: 1,5 mg/kg IV a cada 12h. A administração é alterada para VO quando a ingestão oral é possível.
(amicacina ou gentamicina), tigeciclina, polimixi- A conversão para VO é feita da seguinte maneira: dose VO deve ser duas vezes o valor da última dose
na B ou colistina em pacientes colonizados por O fluconazol apresenta algumas desvantagens, IV e mantida a cada 12h. Duração: cerca de 6 meses na ausência de DECH.
enterobactérias resistentes a carbapenêmicos como espectro de atividade mais estreito con- Monitoramento: o nível sérico deve manter-se na faixa de 200 a 300 μg/L nas primeiras 3 a 4 sema-
(KPC, Klebsiella pneumoniae carbapenemase). tra Candida spp. do que as equinocandinas; apa- nas. Após esse período, entre 100 e 200 μg/L nos meses seguintes, na ausência de DECH ou toxicida-
Considerar o uso de linezolida em infecções recimento de espécies de Candida resistentes ao de. A coleta de amostra para dosagem do nível sérico deve ser realizada 12h após uma dose, ou seja,
por bactérias gram-positivas incluindo estafi- fluconazol, especialmente C. krusei e C. glabrata; imediatamente antes da próxima dose programada.
lococos meticilino-resistentes (MRSA, do inglês além de não possuir atividade contra Aspergillus.21
methicillin-resistant Staphylococcus aureus), A aspergilose invasiva é uma causa comum de
mortalidade associada ao TCTH e aos fatores Metotrexato – D+1, D+3, D+6 e D+11
Enterococcus faecalis e E. faecium resistentes à
vancomicina (VRE).19 que contribuem para o aumento do risco, como Dose: 15 mg/m² em D+1 e 10 mg/m² em D+3, D+6 e D+11. A dose do D+11 poderá ser omitida em caso
doença subjacente (quimioterapia citotóxica pré- de toxicidade grau II ou superior. Conforme diretrizes de cada instituição, resgate com folinato de
Também é na fase pré-pega que os pacientes via e neutropenia recente), idade do paciente, cálcio poderá ser realizado 24h após cada dose de metotrexato, sendo recomendadas 3 doses de
têm maior risco de desenvolver infecção fúngi- sexo, função pulmonar pré-TCTH, índice de mas- 15 mg a cada 6 horas após a dose D+1; e 4 doses de 15 mg a cada 6 horas, após as doses D+3, D+6 e
ca invasiva (IFI), principalmente por Candida spp. sa corporal, tipo de condicionamento pré-TCTH, D+11 de metotrexato.
e fungos filamentosos, sendo Aspergillus spp. uso de corticosteroides, profilaxia e terapia de
15 16
Quadro 4. Resumo das recomendações gerais para profilaxia de DECH (Cont.) No início do uso de imunossupressores, o acom- longo prazo, além da mielotoxicidade. Outras to-
panhamento farmacoterapêutico está principal- xicidades comuns incluem mucosite, náusea e
Profilaxia de DECH em regimes de condicionamento mieloablativo 19,22,23 mente direcionado a monitorar os níveis séricos, vômito, alopecia, diarreia, erupção cutânea, to-
realizar intervenções para ajuste de dose, acom- xicidade pulmonar, disfunção renal e hepática,
Imunoglobulina antitimócito (ATG de coelho) - D-3, D-2 e D-1 panhar o surgimento de possíveis reações adver- microangiopatia trombótica, SOS, neuropatia pe-
Dose: 2,5 mg/kg/dia em D-3, D-2 e D-1 (dose total de 7,5 mg/kg). A primeira dose deve ser infundida sas e seu manejo. A checagem do nível sérico do riférica, infertilidade, entre outras.15
em 6h e as demais doses em 4h, se bem toleradas. Recomenda-se pré-medicar com anti-histamínico, imunossupressor deve ocorrer 2 ou 3 dias após o
corticoide e antipirético 1h antes do início da infusão, com o objetivo de evitar reações infusionais início da profilaxia, após sua alteração ou após A SOS, antes denominada doença veno-oclusiva
graves. Em regimes de condicionamento contendo bussulfano, o uso de paracetamol deve ser evita- introdução de algum medicamento que possa in- (DVO), é uma complicação que pode ocorrer,
do para diminuir a possibilidade de toxicidade hepática. teragir com o imunossupressor. As principais rea- principalmente, após o condicionamento mie-
ções adversas associadas ao uso de ciclosporina loablativo e, em menor frequência, após regimes
Profilaxia de DECH em regimes de condicionamento de intensidade reduzida
ou tacrolimo são nefrotoxicidade, hipertensão e de intensidade reduzida. É uma das principais
A profilaxia padrão é realizada com ciclosporina associada a micofenolato de mofetila. Pode-se neurotoxicidade. Em caso de hipertensão asso- causas de morte no período pós-transplante
associar também a imunoglobulina antitimócito em transplantes alogênicos com doadores não apa- ciada ao uso de ciclosporina, bloqueadores de juntamente com a pneumonia intersticial, in-
rentados, com o objetivo de diminuir a incidência de DECH crônica.22 canais de cálcio (como anlodipino) são a terapia fecções e DECH. A SOS decorre da obstrução do
Ciclosporina – início em D-1 anti-hipertensiva de escolha.25 fluxo venoso hepático e geralmente é caracte-
rizada por hepatomegalia, dor no quadrante
Dose: a dose pode ser administrada tanto por via oral quanto intravenosa. Dose inicial de 1,5 mg/kg, Interações medicamentosas relevantes são ob- superior direito, icterícia e ascite. Foram abor-
IV, a cada 12h, ou 6 mg/kg, VO, a cada 12h. Duração de uso: cerca de 6 meses na ausência de DECH. servadas entre antifúngicos azólicos (como flu- dados, no início deste capítulo, os fatores de ris-
Monitoramento: o nível sérico deve manter-se na faixa de 200 a 300 μg/L nas primeiras 3 a 4 sema- conazol e posaconazol) e imunossupressores co e a prevenção anteriores ao TCTH. Profilaxias
nas. Após esse período, entre 100 e 200 μg/L nos meses seguintes, na ausência de DECH ou toxicida- inibidores de calcineurina (ciclosporina e tacroli- incluem uso de ácido ursodesoxicólico na dose
de. A coleta de amostra para dosagem do nível sérico deve ser realizada 12h após uma dose, ou seja, mo), associadas a maior risco de nefrotoxicidade. de 12 mg/kg/dia ou 600 mg, dividida em duas
imediatamente antes da próxima dose programada. As doses dos imunossupressores, quando em uso doses, com início no dia anterior ao primeiro dia
concomitante a estes antifúngicos, devem ser re-
Micofenolato de mofetila do condicionamento e término 3 meses após o
duzidas em 50% e manter o monitoramento do ní- transplante. Em algumas situações, recomenda-
Dose: 15 mg/kg, VO, a cada 12 horas, que pode ser ajustada em caso de toxicidade. Duração de uso: vel sérico. Itraconazol, metabolizado pela CYP450,
1 mês em transplante alogênico aparentado e 3 meses em transplante alogênico não aparentado. -se o uso de baixa dose de heparina (100 uni-
interage com a ciclofosfamida resultando em au-
dades/kg/dia em infusão contínua) com início
Imunoglobulina antitimócito (ATG de coelho) – D-3, D-2 e D-1 mento de hepato e nefrotoxicidade. Nos pacientes
no primeiro dia do condicionamento e término
Dose: 2,5 mg/kg/dia em D-3, D-2 e D-1 (dose total de 7,5 mg/kg). A primeira dose deve ser infundida que recebem ciclofosfamida pós-transplante, os
após a enxertia neutrofílica. Alguns estudos têm
em 6h e as demais doses em 4h. Recomenda-se pré-medicar com anti-histamínico, corticoide e azólicos de espectro estendido devem ser evita-
demonstrado a eficácia de defibrotida na profi-
paracetamol 1h antes do início da infusão, com o objetivo de evitar reações infusionais graves. Em dos até o término das doses de ciclofosfamida.21
laxia em pacientes pediátricos com alto risco de
regimes de condicionamento contendo bussulfano, o uso de paracetamol deve ser evitado para di- Aqui abordamos, resumidamente, os princi- desenvolver SOS, porém são necessárias inves-
minuir a possibilidade de toxicidade hepática. pais pontos de atenção relacionados ao uso tigações mais aprofundadas que estão em an-
Profilaxia de DECH em TCTH haploidêntico 24 de imunossupressores. Para mais informações damento em estudos de fase III. Assim, de modo
sugerimos a leitura das seções “Medicamentos geral, reserva-se o uso de defibrotida para tra-
Estudos demonstraram que o uso de ciclofosfamida pós-TCTH haploidêntico associada a tacrolimo e tamento de SOS, aprovado pela Food and Drug
com monitoramento sérico utilizados na prática
micofenolato de mofetila é seguro e eficaz na prevenção de DECH e rejeição do enxerto. Administration (FDA), pela European Medicines
clínica do TCTH” e “Interações medicamentosas
Ciclofosfamida pós-TCTH – em D+3 e D+4 clinicamente relevantes em TCTH”, bem como Agency (EMA) e pela Agência Nacional de Vigi-
Dose: 50 mg/kg/dia em infusão de 90 minutos em D+3 e D+4. Uso concomitante com mesna (80% da outras referências em literatura para ampliar a lância Sanitária (Anvisa). A dose utilizada é de
dose de ciclofosfamida, dividida em quatro doses, sendo uma imediatamente antes da ciclofosfami- compreensão do tema. 6,25 mg/kg, IV, a cada 6 horas, por um período
da e as demais doses a cada 8h). de 21 dias, podendo chegar até o máximo de 60
dias. Sintomas comuns de toxicidade ao uso de
Tacrolimo – início em D+5 até D+180 Complicações durante o TCTH e defibrotida são hipotensão, diarreia, náusea, vô-
Dose: 0,015 mg/kg em infusão contínua de 24h a partir de D+5. A conversão para VO é feita da se- acompanhamento farmacoterapêutico mitos e epistaxe.7,8
guinte maneira: a dose VO deve ser quatro vezes o valor da última dose IV e dividida em duas doses Complicações são comuns no TCTH em razão
(uso a cada 12h). da complexidade do procedimento. Duas delas Outra complicação comum está associada à le-
Monitoramento: o nível sérico deve manter-se na faixa de 5 a 15 ng/mL. Quando em uso oral, reco- já foram abordadas: as complicações infeccio- são do microendotélio vascular, principalmente
menda-se que a coleta para dosagem de nível sérico seja realizada 30 minutos antes da próxima dose. sas e a DECH. A seguir, serão apresentadas ou- dos rins, denominada microangiopatia trombóti-
tras complicações às quais o farmacêutico deve ca (MAT). Ela ocorre quando a lesão do endotélio,
Micofenolato de mofetila – início em D+5 até D+35 no contexto do TCTH, causa anemia hemolítica
atentar-se.
Dose: 15 mg/kg, VO, três vezes ao dia (dose total máxima de 3 g/dia) em D+5 até D+35. microangiopática e consumo de plaquetas, re-
Todos os regimes de condicionamento para o sultando em trombose e deposição de fibrina na
TCTH apresentam efeitos adversos de curto e de microcirculação. Sua causa é multifatorial e pode
17 18
estar relacionada a radioterapia, quimioterapia e hepática, eletrólitos. Tais atividades são muitas Alta hospitalar – transição de cuidado 3. D’Souza A, Lee S, Zhu X, et al. Current Use and
citotóxica, infecção disseminada (viral, fúngica) e vezes desafiadoras, pois requerem conhecimento Trends in Hematopoietic Cell Transplantation in
A programação de alta hospitalar é uma fase ex- the United States. Biol Blood Marrow Transplant.
uso de inibidores de calcineurina. O diagnósti- de todo o cenário do TCTH para garantir atuação
tremamente importante, pois haverá a transição 2017;23:1417-21.
co geralmente é clínico, porém há divergências farmacêutica eficaz.
dos cuidados realizados pelos profissionais de
quanto aos critérios e escores a serem utilizados. 4. Merten JA, Shapiro JF, Gulbis AM, et al. Utilization
Acompanhar alterações das funções renal e he- saúde, no ambiente hospitalar, para o próprio
Características clínicas incluem anemia hemolí- of collaborative practice agreements between
pática impacta diretamente no tratamento, como, paciente, familiar e/ou cuidador, no seu ambien-
tica microangiopática, plaquetopenia, aumento physicians and pharmacists as a mechanism to
por exemplo, no ajuste de dose de alguns medi- te domiciliar. Esse paciente retornará para casa e
de lactato desidrogenase ou outro marcador de increase capacity to care for hematopoietic stem
camentos, e pode predizer o surgimento de com- terá sua rotina modificada em alguns aspectos,
hemólise, hipertensão, disfunção renal ou anor- cell transplant recipients. Biol Blood Marrow
plicações como SOS e insuficiência renal aguda, que incluem desde adaptação aos medicamen-
malidades neurológicas. O manejo inclui cuida- Transplant. 2013;19(4):509-18.
as quais requerem cuidados e tratamentos espe- tos que continuarão sendo utilizados, até rotinas
dos de suporte como transfusões, tratamento de
cíficos. Neste cenário, o farmacêutico deve atuar de consultas, exames e acompanhamento am- 5. Burzynski JA, Craver LF, Geerdes PA, et al. Impact
infecções, diálise em caso de insuficiência renal
de modo direto, auxiliando a equipe médica nos bulatorial pós-TCTH. Neste cenário, é importante of a Pharmacist in the Outpatient Allogeneic
grave e suspensão do uso de inibidores de cal- Stem Cell Transplant Clinic. Biol Blood Marrow
cálculos para reposição de eletrólitos e ajustes a atuação do farmacêutico como educador, in-
cineurina (considerar esquema imunossupressor Transplant. 2009;15(2):33-4.
quando necessários. Para tanto, o farmacêutico formando ao paciente, familiar e/ou cuidador os
alternativo).6,14,15
deve ter uma visão geral dos princípios fisioló- eventos adversos relacionados aos medicamen- 6. American Society for Blood and Marrow
A estas complicações associa-se também a mu- gicos que justificam a prescrição de fluidos, al- tos em uso, bem como a necessidade de ade- Transplantation. Beyond fundamentals of
cosite, que, conforme a gravidade, requer inter- terações fisiopatológicas que afetam o balanço são à terapia proposta, contribuindo assim para hematopoietic cell transplantation training
venção das equipes de nutrição, odontologia e hídrico e os princípios de avaliação desse balan- maior segurança e continuidade do tratamento. course. Florida: ASBMT; 2017.
farmácia para manejo adequado.15 Se a mucosi- ço. Em condições normais, a maioria das perdas
As orientações sobre aquisição de medicamen- 7. Dalle JH, Giralt SA. Hepatic Veno-Occlusive Disease
te for grave a ponto de impedir a ingestão oral, de eletrólitos (principalmente sódio e potássio)
tos no pós-alta, inicialmente passadas no perío- after Hematopoietic Stem Cell Transplantation:
é necessário o uso de nutrição parenteral total ocorre através da urina, com menor contribuição
do de pré-TCTH, devem agora ser retomadas, e o Risk Factors and Stratification, Prophylaxis,
(NPT) até que a ingestão oral seja restabelecida. da pele e do trato gastrintestinal. Pacientes hos- and Treatment. Biol Blood Marrow Transplant.
farmacêutico deve acompanhar, junto ao familiar
Ao iniciar a NPT, é importante acompanhar diaria- pitalizados afebris, que não se alimentam e estão 2016;22(3):400-9.
ou cuidador, o processo de aquisição dos itens
mente os exames de função hepática (aspartato inativos fisicamente requerem menos de um litro
que irão compor a farmacoterapia no pós-alta. 8. Negrin RS, Chao NJ, Rosmarin AG. Treatment and
aminotransferase [AST], alanina aminotransfe- de água sem eletrólitos (sódio e potássio) como
É importante que as informações sejam forneci- prevention of hepatic sinusoidal obstruction
rase [ALT] e bilirrubinas), eletrólitos e o balanço fluido de manutenção diária. Assim, manter uma
das em impressos próprios e não só de forma syndrome following hematopoietic cell
hídrico. Em algumas situações é necessário o uso terapia de manutenção de fluidos tem o objeti-
verbal, para assim facilitar a compreensão sobre transplantation. UpToDate. 2019. Disponível
de opioides intravenosos e medicamentos tópi- vo de preservar o equilíbrio de água e eletrólitos
a terapia prescrita. O paciente deverá ter alta já em: <https://www.uptodate.com/contents/
cos para manejo da dor, sendo necessária aten- e fornecer nutrição entre os pacientes que não
com todos os medicamentos adquiridos, horá- treatment-and-prevention-of-hepatic-
ção para risco de queda, constipação e possíveis conseguem comer ou beber. É importante atentar sinusoidal-obstruction-syndrome-following-
rios e dias de administração definidos em uma
interações medicamentosas. ao fato de que a necessidade pode ser maior se hematopoietic-cell-transplantation>. Acesso em:
linguagem adaptada ao seu nível de entendi-
houver perda de fluidos, como no caso de febre 27 jun. 2021.
mento. O paciente deverá ser acompanhado pelo
ou perdas gastrintestinais significativas (como
Acompanhamento farmacêutico diarreia e vômitos), ou menor, como em situações
farmacêutico durante suas consultas de retorno, 9. Wingard JR. Prevention of viral infections
diário durante o TCTH tema que será abordado em capítulo posterior. in hematopoietic cell transplant recipients.
de insuficiência renal e edemas, por exemplo.26
UpToDate. 2019. Disponível em: <https://www.
Descreveu-se até aqui uma linha de raciocínio Resumidamente, apresentou-se uma sugestão
O farmacêutico precisa, ainda, acompanhar dia- uptodate.com/contents/prevention-of-viral-
para auxiliar o farmacêutico a traçar uma estraté- para organização do acompanhamento farma-
riamente o peso e as medidas da circunferência infections-in-hematopoietic-cell-transplant-
gia de acompanhamento no pré-TCTH e durante cêutico, que deve ocorrer durante todo o período recipients>. Acesso em: 27 jun. 2021.
o procedimento. De maneira simples, o acom- abdominal do paciente e compreender a impor-
de internação, passando pelo condicionamento,
panhamento inicia-se pela consulta farmacêu- tância da manutenção desses parâmetros du- 10. Chao N. Overview of immunosuppressive agents
“pega” da medula, programação de alta hospita-
tica, levantamento de medicamentos em uso e rante todo o processo, uma vez que alterações used for prevention and treatment of graft-
lar e, finalmente, pela transição de cuidados.
histórico de saúde. Segue-se então o período de podem contribuir para piora de eventos, como versus-host disease. UpToDate. 2019. Disponível
internação, checagem do protocolo e doses pres- SOS e MAT. Outra forma de contribuição na revi-
são diária da prescrição é garantir que medica-
Referências bibliográficas em: <https://www.uptodate.com/contents/
overview-of-immunosuppressive-agents-used-
critas no regime de condicionamento, indicação
mentos intravenosos sejam utilizados de modo 1. Clemmons AB, Alexander M, DeGregory K, et al. for-prevention-and-treatment-of-graft-versus-
de profilaxia antiemética adequada, acompanha-
racional com a menor diluição possível, manten- The Hematopoietic Cell Transplant Pharmacist: host-disease>. Acesso em: 27 jun. 2021.
mento da profilaxia infecciosa, profilaxia para
do uma oferta hídrica favorável ao paciente. Des- Roles, Responsibilities, and Recommendations
DECH e manejo de toxicidades e complicações from the ASBMT Pharmacy Special Interest Group. 11. Clinical Pharmacy Guide: Cancer Drug Treatment
que possam surgir. se modo, estabelecer protocolos de diluição para Assessment and Review. 5. ed. Cancer Drug Order
Biol Blood Marrow Transplant. 2018;24(5):914-22.
uso na unidade de internação, bem como proto- Assessment and Review Contents. 2014. Disponível
Somam-se a essas atividades farmacêuticas o colos de compatibilidade para uso concomitante 2. Machuca M, Fernández-Llimós F, Faus MJ. em: <http://www.bccancer.bc.ca/pharmacy-site/
acompanhamento diário da prescrição e de exa- dos diversos medicamentos prescritos, garante Método Dáder. Manual de Acompanhamento Documents/Clinical Pharmacy Guide/cpg2-
mes laboratoriais como hemograma, função renal maior segurança ao paciente transplantado. Farmacoterapêutico. Granada; 2004. checking-chemo-orders.pdf>. Acesso: 27 jun. 2021.
19 20
Cuidados farmacêuticos
12. Bubalo J, Carpenter PA, Majhail N, et al. 20. Tomblyn M, Chiller T, Einsele H, et al. Guidelines
Conditioning chemotherapy dose adjustment in for Preventing Infectious Complications among
obese patients: a review and position statement Hematopoietic Cell Transplantation Recipients: A
pós-alta hospitalar
by the American Society for Blood and Marrow Global Perspective. Biol Blood Marrow Transplant.
Transplantation practice guideline committee. 2009;15(10):1143-238.
Biol Blood Marrow Transplant. 2014;20(5):600-16.
21. Wingard J. Prophylaxis of invasive fungal
13. Annable D, Cassidy S, Coady N, et al. Clinical infections in adult hematopoietic cell transplant
recipients. UpToDate. 2019. Disponível em:
Pharmacy Guide: Chemotherapy Assessment and
Review. 4. ed. British Columbia Cancer Agency; <https://www.uptodate.com/contents/ Introdução do paciente utilizando metodologia de biologia mo-
lecular para análise de marcadores STRs (do inglês
prophylaxis-of-invasive-fungal-infections-in- O sucesso do transplante de células-tronco he-
2014. short tandem repeats), que são regiões altamente
adult-hematopoietic-cell-transplant-recipients>. matopoéticas (TCTH), mesmo após a enxertia
14. Negrin R. Early and late complications of Acesso em: 27 jun. 2021. polimórficas de repetições sequenciais no genoma
neutrofílica e plaquetária, depende de monitora- humano. Por esse motivo, a probabilidade de en-
hematopoietic cell transplantation. UpToDate. mento constante e adequado por parte da equi-
22. Chao N. Prevention of acute graft-versus-host contrar o mesmo padrão em dois indivíduos é míni-
2019. Disponível em: <https://www.uptodate.com/ disease. UpToDate. 2018. Disponível em: <https:// pe multiprofissional com objetivo de identificar ma, o que permite a diferenciação entre as células
contents/early-complications-of-hematopoietic- www.uptodate.com/contents/prevention-of-acute-
cell-transplantation>. Acesso em: 27 jun. 2021. precocemente possíveis complicações decorren- do receptor e do doador.2
graft-versus-host-disease>. Acesso em: 27 jun. 2021.
tes do TCTH como também uma possível recaída,
15. Reis AN, Tofani A, Santos CF, et al. Transplante de 23. Martin PJ, Rizzo JD, Wingard JR, et al. First- and e acompanhar a manutenção da enxertia. O quimerismo é classificado como completo
células-tronco hematopoiéticas: introdução para (100%), parcial ou misto. O valor prognóstico da
second-line systemic treatment of acute graft-
farmacêuticos. São Paulo: Segmento Farma; 2018. Nesta seção, serão abordados temas que mere- detecção de quimerismo misto ainda não está
70p. versus-host disease: recommendations of
cem a atenção do farmacêutico ao paciente de bem definido, mas pode sugerir risco de recaída
the American Society of Blood and Marrow
TCTH após a alta hospitalar, como: avaliação ade- ou perda da enxertia, o que depende, também,
16. Hesketh PJ, Kris MG, Basch E, et al. Antiemetics: Transplantation. Biol Blood Marrow Transplant.
American Society of Clinical Oncology Clinical
quada da enxertia; monitoramento, tratamento e de cada doença de base.3 A quantificação do qui-
2012;18(8):1150-63.
Practice Guideline Update. J Clin Oncol. detecção precoce de infecções; manejo de com- merismo pós-transplante não mieloablativo tem
2017;35(28):3240-61. 24. Fuchs EJ, Luznik L. HLA-haploidentical plicações do transplante e de reações adversas guiado as decisões terapêuticas, como a infusão
hematopoietic cell transplantation. Uptodate. a medicamentos de uso crônico; desmame de de linfócitos do doador, o que pode ser uma ferra-
17. Roila F, Molassiotis A, Herrstedt J, et al. 2016 medicamentos; recomendações de imunização
2019. Disponível em: <https://www.uptodate.com/ menta fundamental no seguimento do paciente.4
MASCC and ESMO guideline update for the passiva e adesão ao tratamento medicamentoso.
prevention of chemotherapy- and radiotherapy- contents/HLA-haploidentical-hematopoietic-cell-
21 22
Infecções bacterianas após o transplante e prevenir altos níveis de vi- Apesar de mais comumente observadas no pe- e mortalidade; ocorre quando os linfócitos T do
remia. Isto requer o uso de testes laboratoriais ríodo pós-transplante imediato, as lesões renais doador reconhecem os antígenos do hospedeiro
A profilaxia antibacteriana deve ser iniciada junto
sensíveis e específicos, capazes de detectar re- agudas também podem acontecer após os 100 como estranhos.1
com a infusão de células hematopoéticas e man-
plicação viral rapidamente, permitindo a admi- dias de transplante, apresentando-se como mais
tida até a recuperação de neutrófilos, ou até o severas nos pacientes que fizeram transplan-
nistração de terapia antiviral efetiva.5 Inicialmente, a DECH era classificada levando-se
início de terapia antibacteriana empírica em caso te mieloablativo. Múltiplos fatores podem estar
de febre durante a neutropenia. Pacientes sub- em consideração o tempo de início das manifes-
Vírus do herpes simples (HSV, do inglês herpes relacionados com o aumento de risco de lesão
metidos a TCTH autólogo não possuem nenhuma tações. Portanto, quando estas apareciam até 100
simplex virus): a profilaxia após mais de 30 dias renal aguda, como SOS e DECH.10 Essa complica-
recomendação de profilaxia, exceto vacinação.6 ção é preocupante, principalmente pelo risco de dias após o transplante, era classificada como
pós-TCTH só é recomendada para pacientes com
uma lesão renal grave, e o acompanhamento é aguda e, após os 100 dias, como crônica.1
Streptococcus pneumoniae: a profilaxia esten- infecções recorrentes pelo HSV. Opções disponí-
veis: aciclovir ou valaciclovir.5 realizado a partir de testes laboratoriais de dosa-
dida (> 100 dias após o transplante) só é re- No acompanhamento após alta hospitalar, é ne-
gem de creatinina, ureia e proteinúria.9
comendada para a prevenção de infecções cessária atenção para o desenvolvimento e trata-
pelo Streptococcus pneumoniae em pacientes Vírus varicela-zóster (VZV, do inglês varicella
Pacientes que passaram por tratamento prolon- mento da DECH crônica. Os fatores de risco para
de TCTH alogênico e com DECH crônica ativa.5 zoster virus): a profilaxia de pacientes e/ou doa-
gado para DECH, em decorrência do uso de cor- a manifestação de DECH crônica são:11
Para adultos, recomenda-se o uso de penicili- dores com aciclovir ou valaciclovir é recomen- ticosteroides, devem ser acompanhados para
na, 250 a 500 mg, por via oral, duas vezes ao dada durante o primeiro ano após o transplante possíveis complicações relacionadas à absorção Grau de incompatibilidade antígeno leucocitário
dia, e como alternativa a administração de ma- (autólogo ou alogênico) com sorologia positiva de cálcio, como osteopenia e osteoporose.9 humano (HLA, do inglês human leukocyte antigen);
crolídeos, quinolonas ou de cefalosporinas de para VZV. A profilaxia pode se estender ainda
segunda geração.6 mais em pacientes que passaram por TCTH alo- Recomenda-se, também, a realização de acom-
Idade avançada (doador ou receptor);
gênico e desenvolveram DECH crônica, ou que panhamentos oftálmico e odontológico para pre-
venir e diagnosticar complicações oculares, como Diferença de gênero entre doador/receptor;
ainda requerem imunossupressão.5
Infecções por fungos e/ou catarata, retinopatia microvascular e síndrome
protozoários Para a detecção das infecções mais frequentes de Sjögren (Sicca), que se manifesta com sinto- Fonte das células;
em pacientes pós-TCTH, a estratégia da equipe mas como secura na boca e olhos.9
Pneumocystis jirovecii e Toxoplasma gondii:
médica é a prescrição de exames laboratoriais. Manifestação prévia de DECH aguda;
sulfametoxazol-trimetoprima, geralmente por Pacientes de transplante alogênico têm maior
6 meses no transplante alogênico e de 3 a 6 Usualmente são solicitados exames de reação em risco de complicações pulmonares tardias, que Infusão de linfócitos;
meses no transplante autólogo. O período de cadeia da polimerase (PCR, do inglês polymerase incluem: síndrome de pneumonia idiopática, sín-
profilaxia pode se prolongar em casos de DECH chain reaction) específicos (CMV, BK vírus, ade- drome de bronquiolite obliterante e pneumonia Sorologia positiva para citomegalovírus no
em razão do uso de imunossupressores.5,7 novírus, vírus Epstein-Barr [EBV] e outros), que em organização criptogênica.9 doador e/ou receptor;
são ferramentas primordiais, pois mostram-se
Candida: recomenda-se o uso de fluconazol Complicações cardíacas tardias são raras, mas Doador com sorologia positiva para o EBV.
altamente eficazes e sensíveis na detecção de in- é provável que sejam subestimadas, podendo
até D+75 (exceto para Candida krusei e Candida
fecções. Existem recomendações para realização apresentar-se como qualquer disfunção cardía-
glabrata), micafungina ou outras equinocan- Os principais órgãos envolvidos e suas manifes-
do teste de PCR para CMV e EBV semanalmente, ca, anomalia valvar e anomalia de condução.9
dinas (primeira escolha para Candida krusei e tações em pacientes com DECH crônica são:11
para Candida glabata).5,8 ou em semanas alternadas, no período de pós-
-transplante, podendo ser reduzido após o D+100
Fungos filamentosos (espécies de Aspergillus de TCTH. Já o adenovírus deve ser monitorado se- Monitoramento do uso de Pele: líquen plano ou manifestações cutâneas
e/ou Fusarium): voriconazol ou posaconazol manalmente por até 6 meses após o transplante, imunossupressores de esclerodermia;
durante o período de risco (imunossupressão ou até o fim do uso de imunossupressores e re- A ciclosporina e o tacrolimo são os imunossu- Trato gastrintestinal: mucosa oral seca que
causada pelo tratamento de DECH crônica, por cuperação linfocitária.5 pressores mais comumente utilizados no TCTH. pode evoluir para o aparecimento de úlceras,
exemplo).5,8 A necessidade de controle do nível sérico des- disfagia e perda de peso, náusea, vômito, diar-
Caso algum exame esteja alterado, devem-se ini- ses fármacos está associada tanto ao alvo te- reia crônica e má absorção;
ciar os protocolos de tratamento preemptivo, po- rapêutico desejado como ao monitoramento de
Infecções virais dendo haver necessidade de internação. toxicidade. O manejo do nível sérico dos imu- Fígado: elevação nos níveis séricos de fosfatase
Citomegalovírus (CMV): pacientes com risco de
nossupressores está descrito na seção “Medica- alcalina e bilirrubina;
desenvolver infecção por CMV (doador ou recep-
tor com sorologia positiva para CMV) devem pas- Monitoramento das mentos com monitoramento sérico utilizados na
prática clínica do TCTH”. Pulmão: alterações obstrutivas e/ou restritivas.
sar por algum tipo de abordagem para prevenção complicações não infecciosas
de eventos adversos relacionados, seja profilaxia pós-transplante As alternativas de tratamento para a DECH crôni-
ou terapia “preemptiva”, do período da pega até,
Complicações não infecciosas, apesar de menos
Manejo da doença do enxerto ca dependem de uma série de fatores, como ór-
pelo menos, 100 dias após o transplante.
comuns, são de extrema importância e necessitam contra hospedeiro gãos acometidos, gravidade, profilaxia utilizada, e
A estratégia de terapia “preemptiva” implica tra- ser acompanhadas no período pós-TCTH; é reco- A DECH é uma complicação comum em TCTH alo- podem ser classificadas como locais ou sistêmi-
tar pacientes com evidência de replicação viral mendado acompanhamento semestral e/ou anual.9 gênico e uma das principais causas de morbidade cas, de acordo com a gravidade.
23 24
Embora haja variações, conforme os órgãos
acometidos, os corticosteroides são a terapia
Reações adversas ao uso de A retirada de corticosteroides deve ser feita as- O esquema de desmame implica uma grande or-
ganização do paciente, visto que haverá alteração
sim que possível. Ela deve ser realizada gradual-
de escolha inicial para o tratamento dos pa- corticosteroide e desmame mente e com cautela, para evitar a reativação da de dose em curtos intervalos, sendo, portanto,
cientes com DECH crônica de grau moderado a As terapias com glicocorticoides têm como obje- doença que estava sendo tratada ou uma defi- uma etapa com alta probabilidade de ocorrên-
grave. Pode ser necessário um curso prolongado tivo o efeito terapêutico máximo com o mínimo ciência de cortisol, resultando em supressão do cia de erro no uso do medicamento. É essencial
de tratamento, e a redução de dose deve acon- de efeitos adversos. Inúmeros efeitos adversos eixo HHA.14 Esse processo é comumente chamado que o farmacêutico oriente adequadamente o
tecer de forma gradual (conforme apresenta- foram atribuídos aos glicocorticoides, porém, de “desmame de corticoide”. paciente quanto à importância da redução gra-
do adiante). Geralmente é iniciada prednisona além da dose e tempo de tratamento, outros dual das doses e dos riscos decorrentes da inter-
na dose de 1 mg/kg/dia, e a redução se dá a fatores podem contribuir para tais toxicidades, Há relativa ausência de dados na literatura so- rupção abrupta. Recomenda-se reforçar as datas
partir da estabilidade, melhora e resolução dos como: a doença e sua gravidade, comorbidades, bre recomendações de esquemas adequados de em que a dose do corticoide deve ser reduzida e
sintomas.12 uso concomitante de medicamentos e alimenta- desmame de corticosteroides. Algumas sugerem garantir que o paciente entenda a orientação
ção. Os glicocorticoides sintéticos potentes (como que, caso o corticoide tenha sido usado por cur- e que não haja dúvidas. Uma boa alternativa é a
Cuidados de suporte de acordo com o órgão prednisona, metilprednisolona, dexametasona), to tempo (até 3 semanas), é possível a interrup- elaboração de calendários junto com o paciente,
acometido:12 normalmente utilizados em tratamentos crôni- ção abrupta. No entanto, para pacientes críticos, para que ele possa visualizar os dias de alteração
cos, possuem pouca atividade mineralocorticoi- como os submetidos ao TCTH, recomenda-se da posologia e, se quiser, riscar a data após o uso
Pele: esteroides tópicos e tacrolimo tópico,
de, androgênica ou estrogênica. Portanto seus maior cautela.14 Um exemplo de esquema de re- do medicamento, conforme exemplo apresen-
emolientes, filtro solar;
principais efeitos colaterais sistêmicos estão re- dução de corticoide está proposto no quadro 2. tado no quadro 3.
Boca: higiene bucal, fluoretos tópicos, esteroi- lacionados à supressão da função hipotálamo-
des tópicos (clobetasol), saliva artificial; -hipófise-adrenal (HHA) e à síndrome de Cushing.13
Quadro 2. Esquema de desmame de corticoide, com base em tratamentos com prednisona14
Olhos: lágrimas artificiais sem conservantes, Os efeitos adversos relacionados ao uso de gli-
esteroides e tacrolimo tópico; cocorticoides podem atingir diversos sistemas
em intensidades diferentes – desde leves a seve- DOSE INICIAL REDUÇÃO PROPOSTA
Vagina: esteroides tópicos e estrogênio podem ras, conforme demonstrado no quadro 1. Alguns 40 mg prednisona/dia (ou equivalente) 5 a 10 mg/dia a cada 1 ou 2 semanas
diminuir a progressão da estenose vaginal; efeitos, como redução acelerada da densidade
mineral óssea e catarata precoce, podem ser, em 20 – 40 mg prednisona/dia 5 mg/dia a cada 1 ou 2 semanas
Gastrintestinal: dilatação mecânica em caso sua grande maioria, assintomáticos até que se
de disfagia por estenose esofágica, cultura e desenvolvam manifestações que requerem aten- 20 – 10 mg prednisona/dia 2,5 mg/dia a cada 1 ou 2 semanas
pesquisa de patógenos em caso de diarreia; ção médica e intervenção. Com exceção da ca- 10 – 5 mg prednisona/dia 1 mg/dia a cada 1 ou 2 semanas
Pulmonar: oxigênio, broncodilatadores, corti- tarata, da doença vascular aterosclerótica e dos
costeroides inalatórios, reabilitação pulmonar; eventos ósseos (osteoporose e osteonecrose), a 0,5 mg/dia a cada 1 ou 2 semanas. Isto pode ser alcança-
toxicidade relacionada ao uso dos glicocorticoi- <5 mg prednisona/dia do alternando doses diárias (por exemplo, 5 mg no pri-
Musculoesquelético: fisioterapia e terapia des é parcialmente reversível com o tempo, após meiro dia e 4 mg no segundo)
ocupacional. a interrupção do seu uso.13
EFEITOS ADVERSOS D S T Q Q S S
Adelgaçamento da pele e equimoses, aparência cushingoide, acne, ganho
Dermatológicos 24 25 26 27 28 29
de peso, hirsutismo leve, eritema facial e estrias
Oftalmológicos Risco aumentado de catarata e glaucoma dose-dependente
2 cp de 2 cp de 2 cp de 2 cp de 2 cp de 2 cp de
Cardiovasculares Retenção de líquidos, doença aterosclerótica prematura e arritmias 10 mg 10 mg 10 mg 10 mg 10 mg 10 mg
Gastrintestinais Gastrite, formação de úlcera e sangramento gastrintestinal
Musculoesqueléticos Osteoporose, necrose avascular, miopatia
30 31 1 2 3 4 5
Labilidade emocional, disforia, mania, depressão, psicose, delírio, confusão ou
Neuropsiquiátricos
desorientação (mais comuns em pacientes idosos) e alterações cognitivas
1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de
Endócrino-metabólicos Hiperglicemia, supressão do eixo HHA 2 cp de
10 mg e 1 de 10 mg e 1 de 10 mg e 1 de 10 mg e 1 de 10 mg e 1 de 10 mg e 1 de
10 mg
Imunológicos Maior risco de infecções bacterianas, virais e fúngicas
5 mg 5 mg 5 mg 5 mg 5 mg 5 mg
Hematológicos Leucocitose
25 26
Quadro 3. Esquema de orientação de desmame de corticosteroides a ser entregue para o paciente (Cont.) contagem de CD4 (valor acima de 200 células/μL) contribuem para que haja um número grande de
em 6 a 9 meses após o transplante, enquanto prescrições de medicamentos não licenciados
os adultos, particularmente os que apresentam ou de uso não padronizado em crianças (uso off
D S T Q Q S S DECH crônica, precisam aguardar até 2 anos para label de medicamentos).18
recuperação da contagem dessas células. Para
pacientes que recebem rituximabe após o TCTH, Ao tratar pacientes pediátricos, há a necessidade
6 7 8 9 10 11 12
a recuperação da célula B é retardada.17 A partir de dispor de doses fracionadas de medicamen-
do momento da identificação dessas células, a tos para atingir os efeitos desejados sem causar
1 cp de 10 equipe começa a suspender as profilaxias que toxicidade, o que gera maior demanda das equi-
1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de
mg e 1 de são mais duradouras e a avaliar a possibilidade pes, seja na administração ou na manipulação
10 mg 10 mg 10 mg 10 mg 10 mg 10 mg
5 mg de prescrição de vacinas.5,17 de soluções. A diluição de medicamentos oferece
enormes riscos, uma vez que erros podem levar
Em caso de necessidade de outras vacinas, à administração de sub ou sobredoses de medi-
deve-se avaliar e discutir o risco e o benefício camentos, acarretando ineficácia terapêutica ou
13 14 15 16 17 18 19
caso a caso.
toxicidade medicamentosa.19
1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de 1 cp de
10 mg 5 mg 5 mg 5 mg 5 mg 5 mg 5 mg Adesão ao tratamento Graves consequências para o paciente e sua fa-
mília podem ser geradas a partir de erros rela-
pós-TCTH em pediatria e cionados à utilização de medicamentos, como:
orientações de administração prolongamento do tempo de internação e re-
20 21 22 23 24 25 26 A falta de apresentações farmacêuticas adequa- cuperação; exposição do paciente a um número
das e a falta de informações dos medicamen- maior de intervenções e procedimentos; incapa-
1 cp de Suspender o tos comercializados para pacientes pediátricos cidade ou morte do paciente.19
5 mg uso do me- – – – – –
dicamento
Quadro 4. Esquema sugerido para reiniciar vacinação, 3 a 12 meses após o TCTH15
27 28
Quadro 4. Esquema sugerido para reiniciar vacinação, 3 a 12 meses após o TCTH15 (Cont.) Quadro 5. Apresentações para adequação em pediatria e aromas
As dificuldades citadas tornam o uso de medi- como Medscape® e Micromedex®. Além disso, far- Valganciclovir28 60 mg/mL Morango, chocolate, menta
camentos na população pediátrica menos pre- macopeias podem também direcionar o estudo Voriconazol29 40 mg/mL Tutti-frutti, morango, chocolate
visível e confiável, ao comparar com o uso em sobre as soluções orais para pediatria.
adultos.18
À parte todos os problemas técnicos que en- Quadro 6. Interação com alimentos
Como forma de minimizar esses problemas, a volvem a administração de medicamentos para
utilização de soluções orais extemporâneas para crianças (forma de apresentação inadequada, Há
a população pediátrica tem sido uma alternati- falta de dados para preparação de soluções ex- interação Diluição para administração
Princípio ativo Observações
va, embora represente um risco reconhecido em temporâneas, ausência de informações de segu- via oral
razão da dificuldade de acesso às informações rança e eficácia em crianças), há ainda um fator Sim Não
técnicas, como biodisponibilidade, estabilidades importante no sucesso da terapia com essa faixa Aciclovir30,31 X Sem dados.
físico-química e microbiológica.18 da população: a palatabilidade. Nesses casos, a
utilização de aromas ou flavorizantes ainda pode Ácido
X Sem dados.
No entanto, farmácias de manipulação e/ou cen- proporcionar melhor aceitação do paciente pe- ursodesoxicólico31
trais de diluições hospitalares podem obter infor- diátrico, porém são poucas as informações en- Interação apenas com ca-
mações de diversas fontes para manipular alguns contradas em literatura. feína, derivados do leite e
medicamentos de forma segura. As fontes para
bebidas enriquecidas com
consulta de concentrações ideais e estabilidade O quadro 5 apresenta as opções de concentra- Ciprofloxacino30,31 X Sem dados.
minerais. Exceto nessas si-
são bem heterogêneas e podem variar para cada ções de soluções orais e os aromas/flavorizantes
tuações, administrar o me-
medicamento pesquisado. São utilizados artigos que melhor disfarçam o sabor do medicamento,
dicamento com alimentos.
científicos retratando a experiência da utiliza- sem interferir na ação farmacológica, de acordo
ção de determinada solução, bulas, bibliografias com a experiência de alguns centros. O quadro 6 Fluconazol30 X Sem dados.
mais especializadas como as disponibilizadas traz a interação de alimentos com os principais Pode ser misturado em leite, acho- Não administrar com suco
pelo Lexicomp®, e bases de dados internacionais medicamentos utilizados em TCTH em pediatria. Ciclosporina 30,31
X
colatado ou suco de laranja. de toranja.
29 30
Quadro 6. Interação com alimentos (Cont.) de Medula Óssea 2012. Angra dos Reis: Palavra 19. Harada MCJ, Chanes DC, Kusahara DM, et al.
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Há
interação Diluição para administração da_Sociedade_Brasileira_de_Transplante_de_
Princípio ativo Observações Medula_Óssea_2012_ISBN_978-85-88902-17-6.pdf>. 20. Lund W. The Pharmaceutical codex. 12. ed.
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Sim Não Acesso em: 28 jun. 2021.
Não administrar com suco 7. Wingard JR. Prevention of infections in 21. Allen L. Stability of extemporaneously prepared
Pode ser misturado em leite, oral liquid formulations - part V. 2008.
Ciclosporina de toranja. hematopoietic cell transplant recipients.
X achocolatado, suco de laranja ou
neoral30,31 Utilizar copo de vidro para UpToDate. 2019. 22. Yamreudeewong W, Lopez-Anaya A, Rappaport H.
maçã.
diluição. Stability of fluconazole in an extemporaneously
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31 32
Medicamentos com monitoramento
No cenário do TCTH, em que o equilíbrio entre Manter a dose administrada de bussulfano
a eficácia e a toxicidade é necessário para o su- dentro de sua estreita janela terapêutica é um
cesso terapêutico, a monitorização terapêutica grande desafio no TCTH adulto e pediátrico.
33 34
Quadro 1. Monitorização plasmática de bussulfano10,14,15 Imunossupressores transplantes com doadores irmãos não compatí-
veis, ou doadores não aparentados compatíveis,
A imunossupressão pós-enxerto tem como obje-
pode ser necessário um período maior de utiliza-
Bussulfano tivo garantir a enxertia e prevenir o desenvolvi-
ção,18 conforme demonstrado no quadro 2.
mento de doença do enxerto contra o hospedeiro
Mieloablativo: 3,2 mg/kg/dia por 4 dias. (DECH) enquanto mantém o efeito enxerto con- Inicia-se a administração de tacrolimo no dia an-
Dose tra o tumor.16 A imunossupressão, nos casos de terior à infusão do enxerto no transplante apa-
Não mieloablativo: 3,2 mg/kg/dia por 2 dias. condicionamento mieloablativo, tipicamente in- rentado e no não aparentado (D-1).17 Inicialmente,
clui um inibidor de calcineurina (ciclosporina ou a administração é endovenosa, sendo alterada
A dose-alvo deve ser estabelecida para cada paciente de acordo tacrolimo) associado a um ciclo curto de meto- para oral quando o paciente torna-se capaz de
Nível sérico
com a doença de base e alvo de AUC. trexato.17 Após o condicionamento de intensidade tolerar a ingesta.17 A concentração-alvo do tacroli-
reduzida, a imunossupressão geralmente consis- mo é de 5 a 15 ng/mL ou menos, ajustada de acor-
Amostras de 5-10 mL de sangue nos tempos 0; 30; 45; 60; 90; 120; te na associação de um inibidor de calcineurina e do com a concentração sérica no sangue total.17
micofenolato de mofetila ou de ciclosporina
Coleta/frequência 180; 240; 300; 360 e 480 minutos: antes, durante e após a infusão do Na transição para a dose oral, a primeira dose é
e sirolimo.16,18 de quatro vezes a dose endovenosa, dividida em
medicamento.
duas doses diárias (0,06 mg/kg, 12/12h).17 A dura-
Cardiovasculares: taquicardia, hipertensão arterial, edema. Derma- INIBIDORES DE CALCINEURINA: CICLOSPORINA E ção da profilaxia com tacrolimo é cerca de 6 me-
TACROLIMO ses, iniciando a redução a partir do terceiro mês
tológicos: rash cutâneo, prurido. Endócrino-metabólicos: hipomag-
Os regimes baseados em inibidores de calcineuri- na ausência de DECH e toxicidade.17
nesemia, hiperglicemia, hipocalemia, hipocalcemia e hipofosfatemia.
na (ciclosporina e tacrolimo) são considerados o
Gastrintestinais: náusea, mucosite e estomatite, vômito, anorexia, Tanto a ciclosporina quanto o tacrolimo possuem
ponto-chave da profilaxia contra DECH.19 A ciclos-
dor abdominal, diarreia, dispepsia, constipação e xerostomia. Hema- formulações endovenosas e orais disponíveis no
porina liga-se à ciclofosfina A, enquanto o tacro-
tológicos: mielossupressão, neutropenia, trombocitopenia, linfope- mercado.
limo liga-se à enzima FKBP12.19 Esses complexos
Sinais clínicos de
nia e anemia. Hepáticos: hiperbilirrubinemia, aumento de ALT, SOS e são capazes de inibir a calcineurina, bloquean-
toxicidade SIROLIMO
icterícia. Musculoesqueléticos: fraqueza, dorsalgia ou lombalgia, mi- do a desfosforilação do fator nuclear das célu-
algia, artralgia. Renais: aumento da creatinina, oligúria. Respiratóri- las T ativadas (NFAT, do inglês nuclear factor of O sirolimo, também conhecido como rapamicina,
activated T cells) e, consequentemente, inibindo é estruturalmente semelhante aos inibidores de
os: rinite, distúrbio pulmonar, tosse, epistaxe, dispneia, pneumonia
a ativação das células T por meio da supressão calcineurina e liga-se à enzima FKBP12, porém
(em crianças). SNC: insônia, febre, ansiedade, crise convulsiva, ce- da produção de citocinas, incluindo interleuci- não interage com a calcineurina, mas forma um
faleia, calafrios, depressão, tontura. Outros: infecção e reação alér- na-2 e interferon-gama.19,20 complexo com o receptor mTOR.22 Tal complexo é
gica. capaz de inibir múltiplas vias do ciclo celular esti-
A ciclosporina é iniciada a partir do dia –2 ou –1
muladas por citocinas, além de inibir a sinalização
Monitorar: do condicionamento para transplante aparenta-
de proliferação mediada por interleucina-2, dan-
do e não aparentado. Nas primeiras semanas, a
do origem à apoptose. Portanto a associação de
Hemograma completo; ciclosporina é geralmente administrada por via
sirolimo e os inibidores de calcineurina atuam
endovenosa, pois, neste período, a absorção oral
Parâmetros de Plaquetas; de forma sinérgica, aumentando a imunossu-
da ciclosporina pode ser errática, em decorrên-
monitorização/ pressão das células T.22
Função hepática (avaliar transaminases, fosfatase alcalina cia da presença de mucosite e de lesões do trato
seguimento clínico gastrintestinal.21 A concentração terapêutica alvo Sirolimo está indicado, segundo as diretrizes
e bilirrubinas diariamente por, no mínimo, 28 dias após o
da ciclosporina varia de acordo com o período publicadas no Consenso 2015 da SBTMO, no tra-
transplante);
do pós-transplante. Nas primeiras 3 a 4 semanas, tamento de segunda linha para pacientes com
Interações medicamentosas. a concentração alvo é de 200 a 300 µg/L; se não DECH agudo de graus II a IV. Em adultos, sirolimo
houver o aparecimento de DECH agudo, a con- é administrado uma vez ao dia, sendo necessária
ALT: alanina aminotransferase; AUC: área sob a curva; SNC: sistema nervoso central; SOS: síndrome obstrutiva sinusoidal. centração é diminuída para 100 a 200 µg/L até uma dose de ataque de 6 a 12 mg, seguida por
completar 3 meses após o transplante, quando doses de manutenção de 4 mg/dia.17
então se inicia nova redução, com suspensão de
ciclosporina no final do sexto mês, nos trans- O quadro 2 apresenta a monitorização plasmáti-
plantes com doadores irmãos idênticos.17,21 Nos ca dos imunossupressores.
35 36
Quadro 2. Monitorização plasmática dos imunossupressores14,17,18 Quadro 2. Monitorização plasmática dos imunossupressores14,17,18 (Cont.)
Ciclosporina Tacrolimo
0,03 mg/kg, EV, contínuo em 24h.
Dose
Mieloablativo: 3 mg/kg/dia, EV, divididos em duas doses diárias. A dose 0,06 mg/kg, VO, 12/12 h.
Dose oral é o dobro da EV em duas doses diárias.
Nível sérico 5-15 ng/mL, se não houver DECH ou toxicidade.
Não mieloablativo: 12 mg/kg, VO.
Tacrolimo EV: pode ser coletado a qualquer momento, em razão de a
infusão ser de 24h;
200 a 300 µg/L durante as primeiras 3 a 4 semanas. 100 a 200 µg/L até 3 A coleta de nível sérico deverá, de preferência, ser por via periférica;
Nível sérico
meses após o transplante, se não houver DECH ou toxicidade. Realizar a coleta após a quarta dose de tacrolimo, VO (pré-quinta
Coleta/frequência dose). No caso de tacrolimo EV, esperar no mínimo 48h para dosar o
nível sérico;
Deve ser medido 1h antes da administração da ciclosporina, VO ou EV;
Frequência da coleta: 2×/semana, enquanto dose terapêutica; dosar
Realizar a coleta após a quarta dose de ciclosporina, VO ou EV (pré- fora desses dias se houver mudança de dose, interação medicamento-
-quinta dose); sa (principalmente antifúngicos) ou suspeita de toxicidade (insuficiên-
A coleta de nível sérico deverá, de preferência, ser por via periférica; cia renal, microangiopatia trombótica, problemas neurológicos).
Coleta/frequência Cardiovasculares: derrame do pericárdio, dor torácica e hipertensão arte-
Frequência da coleta: 2×/semana, enquanto em dose terapêutica.
Dosar fora desses dias se houver mudança de dose, interação medi- rial. Dermatológicos: prurido e rash cutâneo. Endócrino-metabólicos: di-
camentosa (principalmente com antifúngicos) ou na suspeita de to- abetes melito, hipercalemia, hiperglicemia, hiperlipidemia, hipocalemia,
xicidade (insuficiência renal, microangiopatia trombótica, problemas hipofosfatemia e hipomagnesemia. Gastrintestinais: constipação, diar-
Sinais clínicos de
neurológicos). reia, dispepsia, dor abdominal, náusea e vômito. Hematológicos: anemia,
toxicidade
leucocitose, leucopenia, trombocitopenia. Musculoesqueléticos: pareste-
sia, tremores, neuropatia de extremidades. Renais: aumento de creatini-
na, aumento da ureia, função renal anormal. SNC: PRES, crise convulsiva,
Renais: aumento de creatinina, diminuição do magnésio. Gastrintesti-
cefaleia, insônia. Outros: infecção.
nais: náusea, vômito, aumento da bilirrubina sérica ou de transaminases,
Sinais clínicos de pancreatite, hiperplasia gengival. Neurológicos: tremor, parestesia, alte- Monitorar:
toxicidade rações visuais, cefaleia, convulsões, ansiedade, desorientação, depressão, Função hepática;
PRES. Vasculares: hipertensão, síndrome hemolítico-urêmica, tromboem-
Função renal;
bolismo. Outros: hiperglicemia, hipertricose.
Eletrólitos séricos (principalmente potássio e magnésio);
Glicemia em jejum;
Monitorar:
Pressão arterial;
Pressão arterial; Parâmetros de
monitorização/ ECG;
Creatinina sérica após qualquer modificação da dose de ciclosporina
seguimento clínico Nível sérico de antifúngicos;
ou adição, modificação ou suspensão de outros medicamentos;
Parâmetros de
Eletrólitos séricos; Interações medicamentosas.
monitorização/
seguimento clínico Função hepática; Atenção:
Alimentos reduzem a velocidade e a extensão da absorção. Administrar
Perfil lipídico; comprimidos 1 hora antes ou 2 horas após as refeições;
Nível sérico de antifúngicos; Para evitar a nefrotoxicidade excessiva, não administrar tacrolimo si-
Interações medicamentosas. multaneamente à ciclosporina.
Sirolimo
DECH aguda: dose de ataque, 12 mg, VO, seguida de dose diária de 4 mg,
Dose
VO.
Nível sérico 5-10 ng/mL.
37 38
Quadro 2. Monitorização plasmática dos imunossupressores14,17,18 (Cont.) Antifúngicos/antimicrobianos Os triazólicos inibem a ligação da 14-α-demeti-
lase com o grupo heme, enzima necessária para
Sirolimo converter o lanosterol em ergosterol. A ausência
Especificidade de tratamento de ergosterol na membrana fúngica dá início à
Dosar 1 hora antes da administração da próxima dose; antifúngico atividade fungistática dos triazólicos.26
Realizar a coleta após 3-7 dias do início do sirolimo ou se ajuste de As infecções fúngicas invasivas (IFI) estão entre as
A dose recomendada de voriconazol é de 6 mg/kg,
dose. O steady-state demora para ser atingido (meia-vida longa – maiores causas de morbidade e mortalidade en-
EV, a cada 12 horas no dia 1, como dose de ata-
Coleta/frequência 57-63h); tre indivíduos imunocomprometidos. Os pacientes
que, seguida por 4 mg/kg, EV, a cada 12 horas,
graves, principalmente os submetidos a tratamen-
Frequência da coleta: 1×/semana enquanto dose terapêutica; enquanto a administração por via oral é de
to com antibacterianos de amplo espectro ou a
200 mg a cada 12 horas.27
Dosar fora desses dias se houver mudança de dose, interação medica- altas doses de corticosteroides e imunossupres-
mentosa (principalmente com antifúngicos) ou suspeita de toxicidade. sores, são os que estão sob maior risco de de-
senvolver quadros fúngicos de maior gravidade, Monitorização terapêutica
Hematológicos: neutropenia, plaquetopenia. Endócrino-metabólicos: a exemplo da candidíase invasiva.23 Os pacientes A variação dos níveis séricos de voriconazol de-
hiperlipidemia, hipercolesterolemia. Renal: aumento da creatinina séri- podem ser classificados em: baixo risco ou alto corre de diversos fatores, entre eles: variações
Sinais clínicos de
ca. Cardiovasculares: hipertensão arterial, edema periférico, dor torácica. risco para desenvolvimento de IFI.19 na absorção intestinal quando da administra-
toxicidade
Respiratório: dispneia. SNC: cefaleia, dor, insônia. Vasculares: síndrome ção oral, interações medicamentosas com os
hemolítico-urêmica, síndrome da obstrução sinusoidal hepática. Pacientes com baixo risco, como os que realizam inibidores de calcineurina, diarreia, peso, idade
o TCTH autólogo, podem ter indicação de flu- e quimioterapia concomitante.27 A concentração
Monitorar: conazol para profilaxia de candidíase invasiva. mínima para minimizar a toxicidade relacionada
Níveis séricos de colesterol e triglicerídeos; Também é indicado fluconazol nos receptores ao voriconazol deve ser <4-6 μg/L.28
de TCTH alogênico com expectativa de neutrope-
Pressão arterial; nia <14 dias, que estejam em ambiente filtrado
POSACONAZOL
Creatinina sérica; e não apresentem outro critério de risco. A dose
recomendada para adultos é de 400 mg/dia de Posaconazol é uma opção terapêutica no caso
Nível sérico de antifúngicos; fluconazol. O início deverá ser concomitante ao de infecções fúngicas em indivíduos severamen-
Parâmetros de te imunocomprometidos.29 Isso se deve à ativi-
Interações medicamentosas. condicionamento, podendo se estender até o
monitorização/ dade contra a maioria das espécies de Candida,
D+75 pós-TCTH.19
seguimento clínico Atenção: Cryptococcus neoformans, Aspergillus spp., várias
A ingestão com refeições ricas em gorduras diminui as concentrações Para pacientes com alto risco para infecção por espécies de Zygomycetes, fungos endêmicos e
máximas, mas aumenta a biodisponibilidade em 35%. O sirolimo deve fungo filamentoso (neutropenia prolongada> 10 dermatófitos.30
ser tomado de modo consistente (sempre com ou sem alimentos) para dias, febre persistente em presença de antimi-
minimizar as variabilidades. A dose recomendada de posaconazol (suspensão
crobianos), o uso de azólicos de espectro esten-
oral) é de 400 mg, duas vezes ao dia, para IFIs
Alterações pulmonares e úlceras orais e genitais podem estar relacio- dido, como voriconazol e posaconazol, torna-se
refratárias; 200 mg, três vezes ao dia, na profilaxia
nadas ao sirolimo. alternativa interessante para profilaxia.19,24 de IFI.29
DECH: doença do enxerto contra hospedeiro; ECG: eletrocardiograma; EV: endovenoso; PRES: síndrome da encefalopatia poste-
Antes de considerar qualquer profilaxia ou tera-
rior reversível (do inglês posterior reversible encephalopathy syndrome); SNC: sistema nervoso central; VO: via oral.
pia antifúngica prolongada, é importante obser- Monitorização terapêutica
var que algumas classes de medicamentos (por A variação dos níveis séricos de posaconazol
exemplo os inibidores de calcineurina) são me- está relacionada com os mesmos fatores do
tabolizados pelo citocromo P450, possibilitando voriconazol.27
uma série de interações farmacocinéticas com
outros medicamentos, como o voriconazol e o Há um aumento da biodisponibilidade da sus-
posaconazol; por isso é fundamental a monitori- pensão oral com alimentos gordurosos ou su-
zação sérica durante a sua administração.25 plementos nutricionais.31 Posaconazol possui
um tempo de meia-vida longo (± 34 horas) e
não atinge concentrações séricas no estado de
VORICONAZOL equilíbrio até o final da primeira semana de ad-
O voriconazol é um agente antifúngico triazóli- ministração.31 Medicamentos como inibidores
co ativo contra um amplo espectro de espécies da bomba de prótons demonstraram diminuir
fúngicas, tais como: Aspergillus spp., Candida significativamente a exposição ao posacona-
spp. e Fusarium spp., não sendo efetivo contra zol em decorrência do aumento do pH gástrico,
Zygomycetes.23,26 assim como a ranitidina, a metoclopramida e a
39 40
fenitoína. Fatores clínicos como mucosite, diar- redução da exposição ao posaconazol.32 O qua- Quadro 3. Monitorização plasmática dos azólicos14,27,28,31 (Cont.)
reia e o início da fase pós-transplante em re- dro 3 apresenta a monitorização plasmática dos
ceptores de TCTH também foram associados à azólicos. Posaconazol
Quadro 3. Monitorização plasmática dos azólicos14,27,28,31 Coletar após 7 dias do início da terapia. Repetir a coleta de nível sérico dos
azólicos sempre que houver:
Alteração da dose do posaconazol;
Voriconazol Coleta/frequência
Alteração da condição clínica do paciente;
Ataque EV: 6 mg/kg, 12/12h.
Dose Manutenção EV: 4 mg/kg, 12/12h. Sinais de hepatotoxicidade.
Manutenção VO: 200 mg, 12/12h.
Cardiovasculares: tromboflebite, hipertensão, edema periférico, hipotensão,
Profilaxia:>0,5 µg/L. taquicardia. SNC: cefaleia, tremores, fadiga, insônia, edema dos membros
Nível sérico
Terapêutico em adulto: 2,0-5,5 µg/L. inferiores, tonturas, dor. Dermatológicos: erupção cutânea, prurido. Endo-
Realizar a coleta 5-7 dias durante a dose de manutenção. Repetir a coleta de crino-metabólicos: hipocalemia, hipomagnesemia, perda de peso, hiper-
nível sérico dos azólicos sempre que houver: glicemia, desidratação. Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômitos, dor ab-
Sinais clínicos de
Alteração de dose do voriconazol; dominal, obstipação, anorexia, mucosite, estomatite, diminuição do apetite,
Coleta/frequência toxicidade
candidíase oral, dor abdominal superior. Hematológicos: trombocitopenia,
Alteração da via de administração; anemia, neutropenia febril, petéquias. Hepático: aumento da ALT sérica. In-
Alteração da condição clínica do paciente. fecção: bacteremia, infecção por herpes simplex, doença de citomegalovírus.
Musculoesqueléticos: dor musculoesquelética, fraqueza, artralgia. Respi-
Oculares: alterações visuais – discriminação de cores alteradas, visão bor- ratórios: tosse, dispneia, epistaxe, faringite.
rada, fotofobia na primeira semana de terapia, sintomas que se atenuam e
desaparecem a seguir. SNC: alucinações, convulsões. Cardiovasculares: hiper-
Sinais clínicos de tensão ou hipotensão arterial, vasodilatação e taquicardia. Dermatológico: Monitorar:
toxicidade rash cutâneo. Endócrino-metabólico: hipocalemia. Gastrintestinais: náusea, Função hepática (por exemplo, AST/ALT, fosfatase alcalina e bilirrubina)
vômito, dor abdominal. Hepáticos: aumento da fosfatase alcalina, aumento antes do início e durante o tratamento;
da ALT, icterícia colestática. SNC: febre, calafrios, cefaleia. Renal: aumento de Função renal, distúrbios de eletrólitos (por exemplo, cálcio, magnésio,
creatinina. Parâmetros de potássio);
Monitorar: monitorização/ Infecções por fungos;
Função hepática; seguimento clínico
Ingestão oral adequada;
Avaliação oftalmológica se a duração do tratamento for superior a 28 dias;
Parâmetros de Função renal; Imunossupressores em decorrência de interação medicamentosa.
monitorização/ Imunossupressores em decorrência de interação medicamentosa. Atenção:
seguimento clínico Sempre administrar com alimentos gordurosos ou suplementos vitamínicos.
Atenção:
Alimentos podem reduzir a absorção do voriconazol. O voriconazol de uso
oral deve ser tomado 1h antes ou 1h depois das refeições. IFI: infecção fúngica invasiva.
Posaconazol
Profilaxia IFI: 200 mg, 3x ao dia. A duração da terapia se baseia na recupera- Especificidade de tratamento A vancomicina é um antibiótico da classe dos
Dose ção da neutropenia ou da imunossupressão. antimicrobiano glicopeptídeos produzido por Amycolatopsis
IFI refratária/ pacientes com IFI intolerantes: 400mg, 2x ao dia. orientalis.2 É utilizada no tratamento de infecções
VANCOMICINA graves causadas por micro-organismos gram-po-
Profilaxia em adultos:>0,7 µg/L.
Nível sérico sitivos resistentes a outros antibióticos ou em
Terapêutico em adultos:>1,0 µg/L. Em pacientes submetidos à TCTH, a mortalidade
por infecção decorrente da neutropenia após o pacientes alérgicos às penicilinas.34 Possui ação
condicionamento é muito alta, sendo causada bactericida, ou seja, provoca a morte bacteriana
principalmente por micro-organismos gram- por inibição da síntese da parede celular através
-positivos.33 Os mais comuns são estafilococos da sua ligação à extremidade terminal D-alanil-
coagulase-negativa (36%), estreptococos (11%), -D-alanina de unidades precursoras da parede
Staphylococcus aureus (8%) e enterococos (4%).33 celular.2 Em cepas de enterococos que possuem
41 42
concentração inibitória mínima (MIC, do inglês
minimal inhibitory concentration) muito elevada,
-dependente, além de a vancomicina ser nefrotó- Referências bibliográficas in hematopoietic stem cell transplantation: A
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sentam eliminação reduzida do medicamento, 2019. dose of busulfan: Higher risk of sinusoidal
concentração-independente. Desse modo, para obstructive syndrome observed with systemic
preconiza-se medir o nível sérico após a terceira
uma ação mais efetiva são necessárias doses 2. Brunton LL, Chabner BA, Bjorn KC. As Bases exposure dose above 5000 µMol/min. A
dose; então, no momento da administração da
de vancomicina que sejam, normalmente, três Farmacológicas de Goodman e Gilman. 12. ed. historically controlled clinical trial. Hematol
terceira dose, se terá 3 a 5 meias-vidas do medi- Porto Alegre: AMGH; 2012.
a cinco vezes maiores que a MIC.34 A dose reco- Oncol. 2020;38(5):773-81.
mendada de vancomicina é de 15 a 20 mg/kg, camento.34 Normalmente a terceira dose ocorre 1
a 3 dias após o início do tratamento, sendo um 3. Tozer TN, Rowland M. Introdução à 13. Palmer J, McCune JS, Perales MA, et al.
fracionada em duas doses ou a cada 8 horas.35 O Farmacocinética e a Farmacodinâmica. As Bases
momento adequado para avaliação da eficácia Personalizing Busulfan-Based Conditioning:
tempo de infusão é de 1 hora, sendo observado Quantitativas da Terapia Farmacológica. Porto
clínica.34 Considerations from the American Society for
aumento dos efeitos colaterais com redução des- Alegre: Artmed; 2009. Blood and Marrow Transplantation Practice
se tempo.34 Guidelines Committee. Biol Blood Marrow
A concentração sérica esperada após a adminis- 4. Masson E, Zamboni WC. Pharmacokinetic
tração da terceira dose é de 15 a 20 mg/L para o Transplant. 2016;22(11):1915-25.
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Monitoramento da concentração sérica VALE (período de concentração mais baixa do me- outcomes. Clin Pharmacokinet. 1997;32(4):324-43. 14. Lacy CF, Armstrong LL, Goldman MP, et al.
A importância da monitorização terapêutica dicamento).36 A coleta deve ser realizada 1 hora Medicamentos Lexi-Comp Manole. Uma fonte
5. Willcox A, Wong E, Nath C, et al. The
deve-se à relação entre a concentração sérica e antes da administração da quarta dose.35 O qua- abrangente para médicos e profissionais da
pharmacokinetics and pharmacodynamics saúde. Barueri: Manole; 2009.
a morte bacteriana, visto que a dose é tempo- dro 4 apresenta a monitorização da vancomicina. of busulfan when combined with melphalan
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toxicidade corpo. Hematológicos: eosinofilia, trombocitopenia. SNC: calafrios, febre of Blood and Marrow Transplantation. Biol Blood
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Audiometria.
seguimento clínico Pharmacokinetics analysis results are similar al. Cyclosporine A trough concentrations
Atenção: for oral compared to intravenous busulfan in are associated with acute GvHD after
Para aliviar ou prevenir reações graves, a duração da infusão da vanco- patients undergoing hematopoietic stem cell nonmyeloablative allogeneic hematopoietic cell
micina deve ser de 30 minutos ou mais para cada 500 mg de medica- transplantation, except for the earlier onset transplantation. PLoS One. 2019;14(3).
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2010;49(6):379-96. O TCTH é dividido nas fases pré-transplante, Hemodiálise intermitente (HDI): dialisável (redu-
24. Garnica M, Machado C, Cappellano P, et al. condicionamento e infusão de células-tronco ção de 60% após uma sessão de 6 horas).
Recomendações no manejo das complicações 31. John J, Loo A, Mazur S, et al. Therapeutic drug
hematopoéticas, aplasia e recuperação medu-
monitoring of systemic antifungal agents: a
infecciosas no transplante de células-tronco
lar. O condicionamento consiste na administra- Endovenoso (EV):
hematopoéticas. Rev Bras Hematol Hemoter. pragmatic approach for adult and pediatric
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2010;32:140-62. Dose recomendada – 10 mg/kg/dose a cada 8
2019;15(11):881-95. associados ou não à irradiação corpórea total,
horas:
25. Tomblyn M, Chiller T, Einsele H, et al. Guidelines cuja finalidade é a indução de aplasia medular,
32. Dolton MJ, Ray JE, Chen SCA, et al. Multicenter
for Preventing Infectious Complications among e nesta fase inicia-se a terapia farmacológica CrCl> 50 mL/min/1,73 m2: não é necessário ajuste
Hematopoietic Cell Transplantation Recipients: A study of posaconazole therapeutic drug
monitoring: exposure-response relationship and
com vários agentes, entre os quais: antieméti- da dose.
Global Perspective. Biol Blood Marrow Transplant. cos, analgésicos, imunossupressores, antimi-
factors affecting concentration. Antimicrob Agents
2009;15(10):1143-238. crobianos, antifúngicos, antivirais, entre outros
Chemother. 2020;56(11):5503-10. CrCl de 25 a 50 mL/min/1,73 m2: 10 mg/kg/dose a
26. Theuretzbacher U, Ihle F, Derendorf H. medicamentos, com o propósito de evitar, re- cada 12 horas.
33. Haeseker MB, Croes S, Neef C, et al. Vancomycin duzir ou aliviar efeitos indesejados ou, ainda,
Pharmacokinetic/pharmacodynamic
dosing in neutropenic patients. PLoS One. CrCl de 10 a <25 mL/min/1,73 m2: 10 mg/kg/dose
profile of voriconazole. Clin Pharmacokinet. prevenir complicações decorrentes da quimiote-
2014;9(11):e112008.
2006;45(7):649-63. rapia antineoplásica. Com o objetivo de auxiliar a cada 24 horas.
34. Bauer LA. Applied Clinical Pharmacokinetics. 2. ed. o farmacêutico, nesta seção serão abordados
27. Yi WM, Schoeppler KE, Jaeger J, et al. Voriconazole CrCl <10 mL/min/1,73 m2: 5 mg/kg/dose a cada 24
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CrCl> 50 mL/min/1,73 m2: não é necessário ajuste
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2014;69(5):1162-76. <www.nccn.org>. Acesso em: 1 jul. 2021.
(Antiviral) CrCl de 25 a 50 mL/min/1,73 m²: 5 mg/kg/dose a
cada 12 horas.
Dose/ajustes1-3 CrCl de 10 a <25 mL/min/1,73 m²: 5 mg/kg/dose a
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. cada 24 horas.
Insuficiência renal: CrCl <10 mL/min/1,73 m²: 2,5 mg/kg/dose a cada
Oral (VO): 24 horas.
CrCl> 25 mL/min/1,73 m²: não é necessário ajuste HDI: dialisável (redução de 60% após uma sessão
da dose. de 6 horas): 2,5 a 5 mg/kg/dose a cada 24 horas.
CrCl de 10 a 25 mL/min/1,73 m²: se a dose reco- Diálise peritoneal (DP): 2,5 a 5 mg/kg/dose
mendada habitual for 800 mg, cinco vezes ao dia, a cada 24 horas; nenhuma dose suplementar
administrar 800 mg a cada 8 horas. necessária.
45 46
Reações adversas1-3 vírus da imunodeficiência humana (HIV). Dose/ajustes7,8 Farmacocinética/farmacodinâmica9
Sistema nervoso central: mal-estar, cefaleia, ton- Monitorar hemograma. Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. T1/2 de eliminação: 7 a 10 horas (após um único
tura, fadiga. intervalo de administração de 24 horas); meia-
Pré-medicar com paracetamol e anti-histamí- Insuficiência renal: não é necessário ajuste em -vida terminal: 100 a 153 horas (após doses múl-
Gastrintestinais: náusea, vômito, diarreia, dores nico antes da primeira infusão e quando clini- insuficiência renal prévia. Se ocorrer aumento da tiplas de até 49 dias).
abdominais. creatinina devido à administração de anfotericina
camente necessário.
B, reduzir a dose em 50% ou administrar a dose
Dermatológicas: prurido, erupções cutâneas. Reações adversas9
Recomenda-se o uso de corticoide, anti-hista- plena em dias alternados. Anfotericina B não é re-
mínico e paracetamol prévio à administração movida por hemodiálise ou por diálise peritoneal. Cardiovasculares: hipertensão, taquicardia,
Cuidados clínicos farmacêuticos de alentuzumabe. edema.
Monitorar o paciente quanto a sinais e sinto- Farmacocinética/farmacodinâmica Sistema nervoso central: calafrios, insônia,
mas de neurotoxicidade: tremor/mioclonia, Amicacina Cmáx.: 1h. cefaleia.
confusão, agitação, letargia, alucinação, cons-
ciência prejudicada; o risco pode aumentar (Antibiótico/aminoglicosídeo) Dermatológica: erupção cutânea.
T1/2 de eliminação: bifásica: inicial de 15 a 48h;
com doses mais altas e em pacientes com in- terminal de 15 dias.
suficiência renal.1 Endócrino-metabólica: hipocalemia.
Dose/ajustes6
Excreção: urina (2% a 5%). Gastrintestinais: náuseas, diarreia.
Monitorar a infusão: medicamento irritante. Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
Cuidados clínicos farmacêuticos5 (Antifúngico poliênico produzido pelo Não é necessário ajuste na insuficiência hepática Reações adversas10
Contraindicado para pacientes infectados pelo Streptomyces nodosus) ou na insuficiência renal. Cardiovascular: hipertensão.
47 48
Endócrino-metabólicas: hipocalemia, hipomagne-
semia.
Beclometasona (tópico e oral) Cuidados clínicos farmacêuticos15 Bussulfano
(Corticosteroide) Monitorar reação infusional: considerar pré- (Agente antineoplásico/alquilante)
Gastrintestinais: náusea, diarreia. -medicação com anti-histamínicos, antipiréti-
cos e corticosteroides.
Renal: infecção do trato urinário. Dose/ajustes12 Dose/ajustes
Não é necessário ajuste na insuficiência hepática Monitorar potencial emético moderado: an- Não é necessário ajuste nos pacientes em diá-
Hepática: aumento da fosfatase alcalina sérica. tieméticos são recomendados para prevenir
ou na insuficiência renal. lise, com insuficiência renal e com insuficiência
náuseas e vômitos. hepática.2,17 A dose é ajustada de acordo com a
Respiratória: broncoespasmo.
Monitorar extravasamento: medicamento irritante. concentração no sangue total.17
Farmacocinética/farmacodinâmica12,13
Cuidados clínicos farmacêuticos Desconhecida. Monitorar: função hepática, nível sérico de po-
Monitorar função hepática.10 tássio em pacientes cardiopatas e nível sérico
Farmacocinética/farmacodinâmica
de ácido úrico. Cmáx.: 1 hora.2,4,17
Reações adversas 12-14
49 50
Pacientes devem ser pré-medicados com fár-
maco anticonvulsivante (fenitoína ou benzodia-
sintomas de reações de hipersensibilidade, Caspofungina Quadro 1. Ajuste de dose de cefepima na insufi-
ciência renal22
náuseas e vômitos.
zepínicos) para evitar convulsões relacionadas (Antifúngico/equinocandina)
com o uso de doses elevadas de bussulfano;
recomenda-se o uso de anticonvulsivante 12 Carmustina Dose/ajustes20
CrCl
(mL/ Doses recomendadas
horas antes do bussulfano e até 24 horas após (Agente antineoplásico/alquilante) min/kg)
Insuficiência hepática: reduzir as doses na pre-
a última dose.17
sença de insuficiência hepática de grau modera-
1 g a cada 2 g a cada 2 g a cada
Os antieméticos devem ser administrados an- Dose/ajustes do para 35 mg/dia. 30 a 60
24h 24h 12h
tes da primeira dose e continuados durante Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
2,19
Insuficiência renal: não é necessário ajuste de 500 mg a 1 g a cada 2 g a cada
toda sua administração.17
dose. 11 a 29
Insuficiência renal:2 cada 24h 24h 24h
51 52
CrCl de 6 a 15 mL/min: 500 mg a cada 24 horas. programada cair no dia de diálise, administrar Dose Dose Farmacocinética/farmacodinâmica26
após o procedimento. CrCl
recomendada recomendada Cmáx.: 2 a 3 horas.
CrCl <5 mL/min: 500 mg a cada 48 horas. (mL/
1,5 g a cada 3 g a cada
min) Excreção: urina (33% a 67%).
Farmacocinética/farmacodinâmica 24 8 horas 8 horas
Farmacocinética/farmacodinâmica23 375 mg a cada 750 mg a cada T1/2 de eliminação: 5 a 9 horas.
Metabolismo: ceftazidima: 80% a 90% da dose 15 a 29
Cmáx.: 1 hora. eliminada como fármaco inalterado; avibactam: 8 horas 8 horas
Excreção: urina (80% a 90%). não metabolizado. Ajuste de Ajuste de Reações adversas26
<15 dose não dose não Local: sensação de calor no local da injeção.
T1/2 de eliminação: 1 a 2 horas. Excreção: ceftazidima: urina (80% a 90% como
informado informado
fármaco inalterado); avibactam: urina (97%). Gastrintestinal: diarreia.
Reações adversas23 T1/2 de eliminação: ceftazidima: 3 horas; avibac- Hepática: aumento das enzimas hepáticas.
tam: 2 horas. Hemodiálise intermitente (três vezes por sema-
Dermatológicas: prurido, erupção cutânea. na): EV: dialisável (ceftolozana 66%; tazobactam
Gastrintestinal: diarreia. 56%). Se a dose recomendada for de 1,5 g a cada Cuidados clínicos farmacêuticos26
Reações adversas23,24 8 horas, iniciar com 750 mg em dose única, segui- Monitorar as funções renal e hepática e INR
Hepáticas: ALT e AST séricos aumentados, fosfa- Sistema nervoso central: cefaleia. da de 150 mg a cada 8 horas. Se a dose recomen- (international normalized ratio) se o paciente
tase alcalina sérica aumentada. Dermatológicas: prurido, erupção cutânea. dada for de 3 g a cada 8 horas, iniciar com 2,25 g estiver com nível baixo de vitamina K.
em dose única, seguida de 450 mg a cada 8 horas.
Hipersensibilidade: reações de hipersensibilidade. Gastrintestinais: náusea, diarreia. Administrar as doses recomendadas imediata-
Local: inflamação e flebite no local da injeção. Hepáticas: ALT e AST séricos aumentados, fosfa- mente após a diálise, nos dias do procedimento. Ciclofosfamida
tase alcalina sérica aumentada. (Agente antineoplásico/alquilante/imunossupressor)
53 54
Gastrintestinais: dor abdominal, diarreia, muco- Reações adversas2,3,28 Gastrintestinal: diarreia. Farmacocinética/farmacodinâmica
site, náusea, vômito.
Cardiovascular: hipertensão. Oftalmológica: diminuição da pressão intraocular. Cmáx.: comprimido de liberação imediata: 0,5 a
Renal: cistite hemorrágica. 2 horas/comprimido de liberação prolongada: 1
Sistema nervoso central: cefaleia. Renal: aumento de creatinina. a 2,5 horas.2,4,31
Infecção: infecção.
Endócrino-metabólica: nível glicêmico elevado. Musculoesquelética: fraqueza. Metabolismo: hepático.2,3,31
Gastrintestinais: perda de apetite, náusea, diar- Excreção: urina (35% a 70%) e fezes (15% a 35%).2,31
Cuidados clínicos farmacêuticos reia, hiperplasia gengival, dor abdominal.
Monitorar potencial emético moderado a alto: Cuidados clínicos farmacêuticos
T1/2 de eliminação: 4 a 6 horas.31
antieméticos podem ser recomendados para Musculoesqueléticas: tremor, câimbras nas Monitorar: funções renal e hepática, pressão
prevenir náuseas e vômitos.7,11,27 pernas. intraocular e sinais de acidose metabólica.
Reações adversas2,3,31
Monitorar toxicidade da bexiga: a ciclofosfami- Renais: aumento da creatinina sérica, insuficiên-
Gastrintestinais: náuseas, diarreia.
da está associada ao desenvolvimento de cis- cia renal. Ciprofloxacino
tite hemorrágica, pielite, uretrite e hematúria. (Antibiótico/fluoroquinolona)
Aumentar a ingestão de líquidos durante 1 a Cuidados clínicos farmacêuticos Cuidados clínicos farmacêuticos
2 dias após a dose de ciclofosfamida. Os regi- Monitorar nível sérico. Solução oral de ciclos- Monitorar: função renal e hepática2,3,31 e as con-
mes de altas doses devem ser acompanhados porina pode ser diluída com suco de laranja ou Dose/ajustes 31
dições cardíacas, pois as fluoroquinolonas po-
de hidratação vigorosa e de terapia com mesna de maçã; não utilizar copo plástico.28 O suco de Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. dem prolongar o intervalo QTc.31
(a dose de mesna é calculada multiplicando-se a toranja (grapefruit) aumenta as concentrações
dose de ciclofosfamida por 20%). Mesna pode Insuficiência renal: Monitorar níveis de glicose: as fluoroquinolonas
séricas de ciclosporina.2,28
ser administrada como uma infusão intraveno- são associadas a distúrbios na regulação da
sa contínua de 24 horas ou administrada em do- Liberação oral imediata: glicose, incluindo hiperglicemia e hipoglicemia.
ses divididas a cada 4 horas; deve começar no Cidofovir Esses eventos ocorreram com mais frequência
CrCl> 50 mL/min: não é necessário ajuste da dose. em pacientes que receberam agentes hipogli-
início do tratamento e continuar pelo menos 24 (Antiviral)
horas após a última dose de ciclofosfamida.4,27 CrCl de 30 a 50 mL/min: 250 a 500 mg a cada 12 cêmicos orais concomitantes ou insulina.31
55 56
Farmacocinética/farmacodinâmica Imunológica: síndrome de hipersensibilidade a
medicamentos.
Defibrotida Dermatológica: erupção cutânea.
Metabolismo: fígado.2,3 (Agente trombolítico/tratamento de SOS) Gastrintestinal: diarreia.
Excreção: urina (80%).2,32 Infecção: bacteriana, fúngica e viral.
Cuidados clínicos farmacêuticos 33
Dose/ajustes35
T1/2 de eliminação: 1 a 3 horas.4,32 Monitorar funções renal e hepática (alterações
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu-
de enzimas hepáticas).
ficiência hepática ou renal. Cuidados clínicos farmacêuticos
Reações adversas2-4,32 Usar com cautela em pacientes com histórico Monitorar: pacientes com doença cardiovascu-
lar e com histórico de convulsões, ativação do
Cardiovascular: tromboflebite local. de doença gastrintestinal, principalmente coli- Farmacocinética/farmacodinâmica vírus hepatite B e tuberculose.
te. Clindamicina deve ser reservada para infec-
Metabolismo: hepático.2,3,35
Dermatológicas: alopecia, erupção cutânea. ções graves em que agentes antimicrobianos
57 58
Fluconazol CrCl de 50 a 79 mL/min: reduzir a dose para 20
mg/m2.
Farmacocinética/farmacodinâmica Farmacocinética/farmacodinâmica41
(Antifúngico/triazólico) Cmáx.: 10 minutos. 2 T1/2 de eliminação: 3 a 4 horas.
CrCl de 30 a 49 mL/min: reduzir a dose para 15
Metabolismo: intestinal e hepático.2,3,40 Excreção: urina (<28%).
mg/m2.
Dose/ajustes7
CrCl <30 mL/min: o uso não é recomendado. Excreção: urina. 2,40
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. Reações adversas41
T1/2 de eliminação: 4 a 8 horas.40 Sistema nervoso central: cefaleia.
Insuficiência renal:
Farmacocinética/farmacodinâmica
Se em dose única, não há necessidade de ajuste Endócrino-metabólicas: hipocalemia, hipocalce-
Excreção: urina.2,39 Reações adversas2-4,40 mia, hipomagnesemia, hipofosfatemia.
na insuficiência renal.
T1/2 de eliminação: 20 horas.4,39 São raras as reações que podem ocorrer com o
uso de folinato de cálcio. Gastrintestinais: náusea, diarreia, vômito.
CrCl> 50 mL/min: não é necessário ajuste.
Renal: insuficiência renal.
CrCl ≤ 50 mL/min: reduzir a dose em 50%. Reações adversas 2-4,39
59 60
EV (manutenção): de difosfato ativo (dFdCDP, do inglês 2’,2’-di- Quadro 4. Ajuste de dose de gentamicina na in- Farmacocinética/farmacodinâmica
fluorodeoxycytidine 5’-diphosphate) e trifosfa- suficiência renal44
CrCl ≥ 70 mL/min: não é necessário ajuste da Cmáx.: 1,2 ± 0,4 horas.
to (dFdCTP, do inglês 2’,2’-difluorodeoxycytidine
dose.
5’-triphosphate).2,3,43 Depuração Metabolismo: hepático pela CYP3A4.14,46
Creatinina Porcentagem
CrCl de 50 a 69 mL/min: administrar 2,5 mg/kg/ de creatinina
Excreção: fezes (1%) e urina (98%). 2,43 sérica da dose Excreção: urina.47
dose a cada 24 horas. (mL/min/
(mg/100 mL) habitual
T1/2 de eliminação: 1,7 a 19,4 horas. 43 1,73 m2) T1/2 de eliminação: IV: 2 ± 0,3 horas; oral: 1,8 ±
CrCl de 25 a 49 mL/min: administrar 1,25 mg/kg/
≤ 1,0 ≥ 100 100 0,5 horas.47
dose a cada 24 horas.
61 62
Metabolismo: hepático via CYP3A4.3,48 Farmacocinética/farmacodinâmica Metabolismo: hepático. Levofloxacino
Excreção: fezes (68%), urina (13%).3,48 Cmáx.: 4 a 8 horas.4 Excreção: fezes (46,1%) e urina (45,5%). (Antibiótico/fluorquinolona de 3ª geração)
T1/2 de eliminação: 18 horas.2,3,48 Início da ação (depleção de células T): 24 T1/2 de eliminação: 130 horas.
horas.52,53 Dose/ajustes57
Reações adversas2,3,48 Duração: a linfopenia pode persistir por até 1 Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
Cardiovasculares: edema periférico, edema fa-
Reações adversas 55
ano.52,53 Insuficiência renal: realizar o ajuste conforme
cial, dor no peito. Cardiovascular: edema periférico.
T1/2 de eliminação: 2 a 3 dias.4,54 quadro 5.
Sistema nervoso central: fadiga, dor, cefaleia, Sistema nervoso central: cefaleia, fadiga, insônia.
tontura, insônia, depressão, distúrbio do paladar, Quadro 5. Ajuste de dose de levofloxacino na in-
rigidez, ansiedade, parestesia, calafrios. Endócrino-metabólica: hipocalemia. suficiência renal57
Reações adversas 2,51
Dermatológicas: erupção cutânea, dermatite, Cardiovasculares: hipertensão, taquicardia, ede- Gastrintestinais: náusea, vômito, diarreia, dor
prurido, sudorese noturna, alopecia, diaforese. ma periférico, hipotensão. abdominal, constipação. Dose reco- Dose reco- Dose reco-
Endócrino-metabólicas: retenção de líquidos, au- CrCl mendada mendada mendada
Sistema nervoso central: calafrios, cefaleia, dor, Hepática: aumento das enzimas hepáticas. (mL/ é de 250 é de 500 é de 750
mento da lactato desidrogenase, ganho de peso,
insônia, mal-estar. min) mg a cada mg a cada mg a cada
diminuição da albumina sérica, hipocalemia. Respiratórias: dispneia, tosse. 24 horas 24 horas 24 horas
Gastrintestinais: náusea, diarreia, vômito, dor Dermatológicas: erupção cutânea, diaforese,
abdominal, anorexia, dispepsia, flatulência, dis- acne vulgar. Nenhum Nenhum Nenhum
tensão abdominal, constipação, dor abdominal Cuidados clínicos farmacêuticos
Endócrino-metabólicas: hipercalemia, hipocalcemia. ajuste de ajuste de ajuste de
superior, estomatite. Monitorar função hepática. 55 ≥ 50
dosagem dosagem dosagem
Musculoesqueléticas: câimbras musculares, dor Gastrintestinais: dor abdominal, náusea, diar- necessário necessário necessário
musculoesquelética, espasmo muscular, artral- reia, vômito, constipação. Itraconazol Dose ini-
gia, mialgia, astenia, dor lombar, dor nos mem-
Infecção: infecção, sepse. (Antifúngico/azólico) Nenhum cial de 500
bros, ostealgia. 750 mg a
ajuste de mg, segui-
Oftalmológicas: edema periorbital, aumento da Musculoesqueléticas: mialgia, artralgia, fraque- 20 a <50 cada 48
Dose/ajustes 56 dosagem da de 250
lacrimação, edema palpebral, visão turva. za, dor lombar. horas
necessário mg a cada
Respiratórias: nasofaringite, tosse, infecção do Não é necessário ajuste nos pacientes com insu-
Respiratórias: dispneia, doença pulmonar. 24 horas
trato respiratório superior, dispneia, dor faringo- ficiência hepática ou com insuficiência renal.
laríngea, rinite, faringite, sintomas gripais, pneu- Diversas: febre. Dose ini- Dose ini-
monia, sinusite. cial de 500 cial de 750
Farmacocinética/farmacodinâmica56 250 mg a
Diversas: febre. mg, segui- mg, segui-
Cuidados clínicos farmacêuticos6 Cmáx.: 2 a 5 horas. <20 cada 48
da de 250 da de 500
Monitorar hemograma. horas
Metabolismo: hepático. mg a cada mg a cada
Cuidados clínicos farmacêuticos 48 horas 48 horas
Monitorar sinais vitais durante a infusão; a pré-
Antieméticos são recomendados para preven- Excreção: urina e fezes.
-medicação com corticosteroides, paracetamol
ção de náuseas e vômitos.48 Suco de toranja Dose ini- Dose ini-
e/ou anti-histamínicos e infusão lenta (em 4-6 T1/2 de eliminação: 16 a 42 horas.
(grapefruit) aumenta a concentração plasmática de cial de 500 cial de 750
horas) atenuam reações durante a infusão. 250 mg a
imatinibe.48 Imatinibe deve ser administrado com mg, segui- mg, segui-
HD cada 48
alimento para evitar irritação gástrica; evitar dieta da de 250 da de 500
Reações adversas56 horas
rica em gordura (taxa de absorção diminuída).4,48 Isavuconazol Sistema nervoso central: cefaleia.
mg a cada mg a cada
48 horas 48 horas
(Antifúngico/azólico)
Imunoglobulina de coelho Gastrintestinais: diarreia, náusea.
Dose ini- Dose ini-
antitimócitos humanos Dose/ajustes55
250 mg a
cial de 500 cial de 750
(Imunossupressor) Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- Cuidados clínicos farmacêuticos 56
DP cada 48
mg, segui- mg, segui-
ficiência hepática ou com insuficiência renal. Monitorar função hepática e função cardíaca. da de 250 da de 500
horas
mg a cada mg a cada
Dose/ajustes51 Administrar o medicamento imediatamente 48 horas 48 horas
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- Farmacocinética/farmacodinâmica55 após uma refeição; a absorção é aumentada
ficiência hepática ou insuficiência renal. Cmáx.: 2 a 3 horas. após ingestão de alimentos. HD: hemodiálise; DP: diálise peritoneal.
63 64
Farmacocinética/farmacodinâmica CrCl de 46 a 60 mL/min: reduzir a dose para 75% Excreção: renal e biliar.4,59 Farmacocinética/farmacodinâmica60
da dose normal.
Cmáx.: 1 a 2 horas.
2,57
T1/2 de eliminação: 75 a 120 minutos.4,59 Cmáx.: aproximadamente 1 hora.
Metabolismo: hepático.2,3,57 CrCl de 31 a 45 mL/min: reduzir a dose para 70%
da dose normal. Excreção: urina (70%) e fezes (2%).
Excreção: urina (87%) e fezes (4%).2,57 Reações adversas2-4,59
CrCl ≤ 30 mL/min: evitar o uso. T1/2 de eliminação: 1 hora.
Cardiovascular: edema periférico.
T1/2 de eliminação: 6 a 8 horas.57
Pacientes com insuficiência hepática: não é ne- Sistema nervoso central: fadiga, tontura.
cessário ajuste nos pacientes com insuficiência Reações adversas60
Reações adversas 2,3,57
hepática. Endócrino-metabólicas: hipocalemia, hipofosfatemia. Sistema nervoso central: cefaleia, dor.
Cardiovasculares: dor no peito, edema.
Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito, dimi- Gastrintestinais: náusea, diarreia, constipação.
Sistema nervoso central: cefaleia, insônia, tontura. Farmacocinética/farmacodinâmica nuição do apetite, constipação, mucosite, dor ab-
Cmáx.: 3 horas.2 dominal, disgeusia, estomatite, dispepsia.
Dermatológicas: erupção cutânea, prurido. Cuidados clínicos farmacêuticos
Metabolismo: hepático.2,3,58 Diversas: febre.
Gastrintestinais: náusea, diarreia, constipação, Monitorar as funções renal e hepática.
dor abdominal, dispepsia, vômito. Excreção: urina (50%).2,58
Cuidados clínicos farmacêuticos59 Mesna
Genitourinário: vaginite. T1/2 de eliminação: 16 a 48 horas.4,58 Monitorar toxicidade gastrintestinal: potencial
(Antídoto/agente quimioprotetor)
Local: reação no local da injeção. emetogênico moderado e ocorrência de muco-
Reações adversas2-4,58 site (recomenda-se a crioterapia para prevenir
Respiratória: dispneia. a mucosite oral). Monitorar função renal e fun- Dose/ajustes61
Gastrintestinais: náusea, vômito.
ção hepática: risco de síndrome de obstrução Não é necessário ajuste nos pacientes com insu-
Cuidados clínicos farmacêuticos Hematológica: mielossupressão tardia. sinusoidal hepática.59 ficiência hepática ou renal.
Monitorar função renal e hepática. Monito-
2,3,57
Renal: ozotemia. Monitorar toxicidade pulmonar: fibrose pulmo-
rar condições cardíacas: as fluoroquinolonas
podem prolongar o intervalo QTc.57 Monitorar nar e pneumonite intersticial foram observadas Farmacocinética/farmacodinâmica
níveis de glicose: as fluoroquinolonas têm sido com o tratamento. Monitorar extravasamento:
associadas a distúrbios na regulação da gli- Cuidados clínicos farmacêuticos irritante.59 Evitar a vacinação com vacinas vivas
T1/2 de eliminação: 22 minutos.61
cose, incluindo hiperglicemia e hipoglicemia. Monitorar hemograma. Antieméticos são reco- durante o tratamento. Excreção: urina (32%).2,61
Esses eventos ocorreram com mais frequência mendados para prevenir náuseas e vômitos.
em pacientes que receberam agentes hipogli-
cêmicos orais concomitantes ou insulina.57 Meropeném Reações adversas2,3,61
Fotossensibilidade/fototoxicidade: evitar luz
Melfalana (Antibiótico/carbapenema)
Sistema nervoso central: tontura, sonolência,
solar excessiva e tomar precauções para limitar (Agente antineoplásico/alquilante)
cefaleia.
a exposição (por exemplo, roupas largas, pro-
tetor solar); pode causar reações de fototoxi- Dose/ajustes60
Dose/ajustes59 Dermatológica: erupção cutânea.
cidade moderada a grave que se apresentam Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
como reações graves de queimaduras solares. Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. Gastrintestinais: anorexia, prisão de ventre,
Interromper o uso se ocorrer fototoxicidade.57 Insuficiência renal:
Insuficiência renal: diarreia.
A apresentação em comprimido pode ser admi- CrCl> 50 mL/min: não é necessário ajuste da dose.
nistrada sem levar em consideração os alimen- CrCl> 60 mL/min: dose usual de 200 mg/m2. Musculoesquelética: dor nas costas.
tos; solução oral deve ser administrada pelo CrCl de 26 a 50 mL/min: administrar a dose re-
menos 1 hora antes ou 2 horas após a refeição. CrCl <15 a 59 mL/min: reduzir a dose para 140 comendada conforme indicação a cada 12 horas. Respiratória: tosse.
mg/m2.
CrCl de 10 a 25 mL/min: administrar metade da Diversas: febre.
Lomustina Hemodiálise: reduzir a dose para 100 a 140 dose recomendada conforme indicação a cada 12
(Agente antineoplásico/alquilante) mg/m2. horas.
Cuidados clínicos farmacêuticos
CrCl <10 mL/min: administrar metade da dose Monitorar função renal/hematúria. Mesna é
Dose/ajustes2,58 Farmacocinética/farmacodinâmica recomendada conforme indicação a cada 24 indicado na prevenção de cistite hemorrágica
Pacientes com insuficiência renal Metabolismo: hepático.2,3,59 horas. induzida por ciclofosfamida.
65 66
Metilprednisolona Insuficiência renal:63 Reações adversas64 necessidade de ajuste nos pacientes em hemo-
diálise ou em diálise peritoneal.66 A dose é ajus-
(Corticosteroide) CrCl de 10 a 50 mL/min: administrar 50% da dose. Gastrintestinais: náusea, vômito, diarreia.
tada de acordo com a toxicidade.29
CrCl <10 mL/min: evitar o uso.
Dose/ajustes62 Cuidados clínicos farmacêuticos64
Hemodiálise intermitente: administrar 50% da Farmacocinética/farmacodinâmica
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- Monitorar transtorno convulsivo: usar com cuidado
dose (pós-diálise). em pacientes com histórico de distúrbio convulsivo. Cmáx.: micofenolato de mofetila: 1 a 1,5 horas/mi-
ficiência hepática ou insuficiência renal. cofenolato de sódio: 1,5 a 2,75 horas.66
Micofenolato de mofetila/
Metotrexato Farmacocinética/farmacodinâmica64 micofenolato de sódio Cuidados clínicos farmacêuticos66
(Agente antineoplásico/antimetabólito análogo Cmáx.: 1 a 2 horas. (Imunossupressor/antiproliferativo/antimetabólito) Micofenolato de mofetila deve ser administra-
do ácido fólico/imunossupressor) do com o estômago vazio (1 hora antes ou 2
Metabolismo: hepático. horas após as refeições) para evitar variações
Excreção: urina (60% a 80%), fezes (6% a 15%).
Dose/ajustes na absorção. O uso de vacinas vivas atenuadas
Dose/ajustes Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- deve ser evitado; as vacinas podem ser menos
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.2,63 T1/2 de eliminação: 8 horas. ficiência hepática ou com insuficiência renal, sem eficazes durante o tratamento.
67 68
Oseltamivir CrCl <10 mL/min: administrar 4 mg/kg a cada 24 Reações adversas69 Posaconazol
a 36 horas.
(Antiviral/inibidor da enzima neuraminidase do Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito. (Antifúngico/triazólico)
vírus da gripe)
Dermatológica: erupção cutânea.
Farmacocinética/farmacodinâmica68 Dose/ajustes71
Dose/ajustes 67 T1/2 de eliminação: 5 a 8 horas.
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu-
Cuidados clínicos farmacêuticos ficiência hepática ou com insuficiência renal.
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. Excreção: urina (<12%).
Monitorar os eletrólitos periodicamente em
Insuficiência renal: pacientes com baixas reservas de potássio, es-
Reações adversas68 pecialmente naqueles que recebem terapia ci- Farmacocinética/farmacodinâmica71
Tratamento: totóxica ou diuréticos. Cmáx.: suspensão, cerca de 3 a 5 horas; comprimi-
Renais: insuficiência renal (29%), aumento da
dos, cerca de 4 a 5 horas.
CrCl> 60 mL/min: não é necessário ajuste da dose. creatinina sérica (24%). Monitorar função renal e os pacientes com his-
tórico de distúrbios convulsivos. Excreção: fezes (71%) e urina (13%).
CrCl> 30 a 60 mL/min: 30 mg duas vezes ao dia.
Cuidados clínicos farmacêuticos68 T1/2 de eliminação: suspensão, 35 horas (inter-
CrCl> 10 a 30 mL/min: 30 mg uma vez ao dia. Monitorar ocorrência de extravasamento du- Plerixafor valo: 20 a 66 horas); comprimidos, 26 a 31 horas;
rante infusão; caso ocorra, utilizar compressa injetável, cerca de 27 horas.
(Agente hematopoético/mobilizador de células-
Profilaxia: quente e seca: propriedade irritante.
-tronco hematopoéticas)
CrCl> 60 mL/min: não é necessário ajuste da dose. Monitorar função renal. Reações adversas71
Cardiovasculares: tromboflebite, hipertensão,
CrCl> 30 a 60 mL/min: 30 mg uma vez ao dia. Dose/ajustes2,70 edema periférico.
Piperacilina-tazobactam Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
CrCl> 10 a 30 mL/min: 30 mg em dias alternados. Sistema nervoso central: cefaleia, fadiga,
(Antibiótico/associação de penicilina e de inibi-
Insuficiência renal: calafrios.
dor de betalactamase)
Farmacocinética/farmacodinâmica67 CrCl> 50 mL/min: não é necessário ajuste da dose. Dermatológica: erupção cutânea.
Metabolismo: hepático. Dose/ajustes69 CrCl ≤ 50 mL/min: pacientes ≤ 83 kg, 13 mg de Endócrino-metabólica: hipomagnesemia.
Excreção: urina e fezes. Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. dose fixa ou 0,16 mg/kg uma vez ao dia. Pacien-
Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito, dor
tes> 83 kg e <160 kg: 0,16 mg/kg uma vez ao dia;
T1/2 de eliminação: 1 a 3 horas. Insuficiência renal: dose máxima é de 27 mg por dia.
abdominal, constipação, diminuição do apetite.
CrCl> 40 mL/min: não é necessário ajuste da dose. Hepática: aumento sérico de ALT.
Reações adversas67 Farmacocinética/farmacodinâmica Respiratórias: tosse, dispneia, epistaxe.
Sistema nervoso central: cefaleia. CrCl de 20 a 40 mL/min: administrar 2,25 g a
Cmáx.: 30 a 60 minutos.2
cada 6 horas (3,375 g a cada 6 horas para pneu- Diversas: febre.
Gastrintestinal: vômito. monia adquirida no hospital ou associada ao Excreção: urina (70%).2,70
ventilador).
T1/2 de eliminação: 3 a 5 horas.70 Cuidados clínicos farmacêuticos71
Cuidados clínicos farmacêuticos CrCl <20 mL/min: administrar 2,25 g a cada 8 Monitorar função hepática: aumentos leves/
Monitorar função renal. horas (2,25 g a cada 6 horas para pneumo- moderados de ALT, AST, fosfatase alcalina, bi-
Reações adversas2,3,70 lirrubina total e/ou hepatite clínica a reações
nia adquirida no hospital ou associada ao
Sistema nervoso central: fadiga, cefaleia, tontura. graves.
Pentamidina ventilador).
(Agente antifúngico/antiprotozoário) Gastrintestinais: diarreia, náusea. Monitorar pacientes com risco aumentado
de arritmia, prolongamento do intervalo QTc.
Farmacocinética/farmacodinâmica69 Local: reação no local da injeção. Monitorar exames laboratoriais – eletróli-
Dose/ajustes68 Cmáx.: imediatamente após o término da infusão tos (exemplo: hipocalemia, hipomagnesemia,
de 30 minutos. Musculoesquelética: artralgia. hipocalcemia) antes do início e durante o
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
tratamento.
Insuficiência renal: Excreção: urina (68% a 80%) e fezes (10% a 20%).
Cuidados clínicos farmacêuticos A AUC aumenta 4 vezes quando adminis-
CrCl ≥ 10 mL/min: não é necessário ajuste da dose. T1/2 de eliminação: 0,7 a 1,2 horas. Monitorar função renal. trado com uma refeição rica em gordura
69 70
(aproximadamente 50 gramas de gordura) em Cmáx.: 2 a 4 horas. Endócrino-metabólicas: hiperuricemia, perda de Musculoesqueléticas: astenia, espasmo muscu-
relação ao estado em jejum. O posaconazol peso. lar, artralgia.
deve ser administrado com alimento ou com Excreção: urina.
um suplemento nutricional. Gastrintestinais: dor abdominal, anorexia, diar- Respiratórias: doença pulmonar, toxicidade
T1/2 de eliminação: 6 a 12 horas. reia, dispepsia, vômito. pulmonar, tosse, rinite, epistaxe, bronquite,
nasofaringite.
Prednisona Reações adversas73
Hepática: hiperbilirrubinemia.
Diversas: reação relacionada à infusão, febre.
(Corticosteroide) Local: inflamação no local da injeção.
Sistema nervoso central: tontura, cefaleia, dor
(costovertebral). Sistema nervoso central: ansiedade, calafrios,
Dose/ajustes72 Cuidados clínicos farmacêuticos75,76
Dermatológicas: alopecia, prurido, erupção depressão, tontura, fadiga, cefaleia, insônia,
Monitorar sinais vitais durante a infusão; o con-
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- cutânea. nervosismo.
trole da velocidade de infusão pode evitar rea-
ficiência hepática ou com insuficiência renal.
Musculoesqueléticas: artralgia, astenia, mialgia. ções de hipersensibilidade graves. A profilaxia
Endócrino-metabólica: artrite gotosa.
com anti-histamínico, paracetamol e glicocor-
Farmacocinética/farmacodinâmica 2,72 Respiratórias: tosse, dispneia, sintomas seme- ticoide diminui o risco de hipersensibilidade.
Gastrintestinais: anorexia, náusea, vômito.
lhantes aos da gripe, faringite, sinusite.
Cmáx.: 2 horas.
Hepática: necrose hepática.
Metabolismo: hepático via CYP3A4.
Diversas: febre. Ruxolitinibe
Renais: poliúria, cólica renal. (Agente antineoplásico/inibidor de tirosina
Excreção: urina.
Diversas: febre. Cuidados clínicos farmacêuticos quinase/imunossupressor)
T1/2 de eliminação: 2 a 3 horas. Monitorar funções hepática e renal.
71 72
Gastrintestinais: diarreia, dor abdominal. Musculoesquelética: artralgia. Tacrolimo Gastrintestinais: náusea, diarreia.
Musculoesquelética: espasmo muscular. Diversas: comprometimento na cicatrização de (Imunossupressor/inibidor da calcineurina) Hepática: hepatotoxicidade.
feridas.
Respiratória: dispneia. Respiratória: tosse.
Dose/ajustes81
Cuidados clínicos farmacêuticos 79
A dose é ajustada de acordo com a concentração
Cuidados clínicos farmacêuticos Cuidados clínicos farmacêuticos
Monitorar nível sérico de sirolimo. Deve ser no sangue total ou toxicidade renal.29
Ruxolitinibe pode ser administrado com ou ingerido 4 horas após a ciclosporina oral; mo- Monitorar nível sérico.
sem alimentos.4,77 Suco de toranja (grapefruit) nitorar a necessidade de ajuste do regime (in- Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
aumenta a concentração plasmática de Administração concomitante de tacrolimo com
cluindo a descontinuação da terapia) quando Insuficiência renal: a insuficiência renal não afe- suco de toranja (grapefruit) aumentou a con-
ruxolitinibe.4 associado com ciclosporina. Pode ser adminis- ta a eliminação ou as concentrações séricas de centração mínima de tacrolimo no sangue total.
trado com ou sem alimentos; refeições ricas
Monitorar hemograma, parâmetros lipídicos, tacrolimo, no entanto em pacientes com nefroto-
função renal e hepática.4
em gorduras reduzem as concentrações sanguí- xicidade prévia pode ser necessário redução da A presença de alimento no estômago atrasa a
neas de sirolimo. Suco de toranja (grapefruit) dose. absorção de tacrolimo. As cápsulas devem ser
Monitorar exames periódicos da pele para mo- reduz o metabolismo de sirolimo. ingeridas com líquido (de preferência água) e
nitorar sinais/sintomas de infecção.4 Hemodiálise: tacrolimo não é removido por com o estômago vazio ou, pelo menos, 1 hora
antes das refeições ou de 2 a 3 horas após as
Sulfametoxazol-trimetoprima hemodiálise; não é necessária uma dose
suplementar. refeições, para conseguir uma máxima absor-
Sirolimo (Antibiótico/sulfonamida) ção do medicamento.81
(Imunossupressor) Diálise peritoneal: a remoção significativa de fár-
maco é improvável com base nas características Monitorar função renal e hepática.
Dose/ajustes físico-químicas de tacrolimo.
Dose/ajustes 79
Insuficiência hepática: o uso não é recomendado
Não é necessário ajuste nos pacientes com insu- na insuficiência hepática grave.7,80
Teicoplanina
ficiência hepática ou com insuficiência renal.
Farmacocinética/farmacodinâmica (Antibiótico/glicopeptídeo)
Insuficiência renal: oral, IV.80 Absorção: gastrintestinal incompleta e variável.2
Farmacocinética/farmacodinâmica CrCl> 30 mL/min: não é necessário ajuste da dose. Distribuição: eritrócitos, pulmão, rins, pâncreas, Dose/ajustes82
Cmáx.: 1 a 6 horas.79 fígado, coração e baço.81 Insuficiência hepática: não é necessário ajuste.
CrCl de 15 a 30 mL/min: administrar 50% da dose
recomendada. Cmáx.: 0,5 a 6 horas.
81 Insuficiência renal: A diminuição da dose não é
Metabolismo: hepático pela CYP3A4.2,79
necessária até o quarto dia de tratamento. Após
CrCl <15 mL/min: o uso não é recomendado. Metabolismo: hepático pela CYP3A4.2,81
Excreção: fezes (91%), urina (2%).79 este período, a dose deve ser ajustada para
manter uma concentração sérica de pelo menos
T1/2 de eliminação: 62 horas.2,79 Excreção: fezes (93%), urina (<1% medicamento
Farmacocinética/farmacodinâmica80 inalterado).2,81
10 mg/L. A partir do quinto dia, deve-se seguir o
seguinte esquema:
Cmáx.: 1 a 4 horas.
Reações adversas2,79 T1/2 de eliminação: 12 horas.2
Insuficiência renal moderada, com depuração
Excreção: urina.
Cardiovasculares: hipertensão, edema, trombose de creatinina de 40 a 60 mL/min: a dose de
venosa profunda, taquicardia. T1/2 de eliminação: 6 a 11 horas. Reações adversas2,81 manutenção deverá ser diminuída pela metade
(utilizando a dose usual de manutenção a cada
Sistema nervoso central: dor. Cardiovasculares: hipertensão, prolongamento
dois dias ou a metade desta uma vez ao dia).
Reações adversas80 do intervalo QT.
Dermatológica: erupção cutânea. Insuficiência renal grave, com depuração de
Dermatológicas: cutânea, urticária. Sistema nervoso central: síndrome da encefalo-
creatinina menor que 40 mL/min e em pacientes
Endócrino-metabólicas: hipertrigliceridemia, dia- patia posterior reversível (sintomas indicativos:
Endócrino-metabólica: hiponatremia. sob hemodiálise, a dose de manutenção deve
betes mellitus, hipervolemia, hipocalemia, aumen- cefaleia, alteração do estado mental, convulsões
ser reduzida para um terço da usual (utilizando
to da lactato desidrogenase. Gastrintestinais: anorexia, náusea, vômito. e distúrbios visuais), delírio, coma.
esta dose a cada três dias ou um terço da dose
Gastrintestinais: obstipação, estomatite. Endócrino-metabólica: hiperglicemia. uma vez ao dia). A teicoplanina não é dialisável.
73 74
20 mg/L na bolsa que permanece durante a noite Dermatológicas: descoloração da pele, prurido, Reações adversas85 Insuficiência renal:
na 3ª semana. formação de bolhas, descamação (pode ser mais
Endócrino-metabólica: aumento do colesterol Dose de indução:
grave nas dobras da pele, região da virilha, axilas
sérico.
e pescoço e sob os curativos).
Farmacocinética/farmacodinâmica82,83 Hepáticas: aumento sérico de ALT e de AST. CrCl ≥ 60 mL/min: não é necessário ajuste da
Gastrintestinais: diarreia, mucosite. dose.
Não disponível. Diversas: reação relacionada à infusão.
Hepáticas: aumento sérico de ALT, de AST e de CrCl de 40 a 59 mL/min: 450 mg duas vezes ao dia.
Reações adversas82 bilirrubina. Cuidados clínicos farmacêuticos85 CrCl de 25 a 39 mL/min: 450 mg uma vez ao dia.
Locais: eritema, dor local, tromboflebite, absces- Infecção: doença por citomegalovírus. Monitorar: função hepática, sintomas abdomi-
so no local da injeção IM. nais, reativação de herpes zoster, níveis de tri- CrCl de 10 a 24 mL/min: 450 mg a cada 2 dias.
Respiratória: pneumonia. glicérides e colesterol.
Gastrintestinais: náusea, vômito, diarreia. CrCl <10 mL/min: uso não recomendado. Deve ser
utilizado ganciclovir (com ajuste posológico ade-
Hepáticas: aumento das transaminases séricas Cuidados clínicos farmacêuticos Valaciclovir quadamente especificado).
e/ou da fosfatase alcalina sérica. Monitorar função renal (a excreção renal dimi- (Antiviral)
nuída pode resultar em aumento das concen- Dose de manutenção/prevenção:
Sistema nervoso central: tontura, cefaleia e trações plasmáticas de tiotepa e aumento da
convulsões. toxicidade). Dose/ajustes 86 CrCl ≥ 60 mL/min: não é necessário ajuste da
Insuficiência hepática: não é necessário ajuste. dose.
Renal: elevação da creatinina sérica. Monitorar função hepática: risco de SOS
hepática.84 Insuficiência renal: CrCl de 40 a 59 mL/min: 450 mg uma vez ao dia.
Auditivo: perda de audição.
CrCl de 30 a 49 mL/min: oral, 1 g a cada 12 horas.
Monitorar toxicidade gastrintestinal: se hou- CrCl de 25 a 39 mL/min: 450 mg a cada 2 dias.
ver mucosite e poder emetogênico moderado, CrCl de 10 a 29 mL/min: oral, 1 g a cada 24 horas.
Cuidados clínicos farmacêuticos
é necessário uso de antieméticos. Monitorar CrCl de 10 a 24 mL/min: 450 mg duas vezes por
Monitorar as funções auditiva, hematológica, CrCl <10 mL/min: oral, 500 mg a cada 24 horas.
efeitos no sistema nervoso central.84 semana.
hepática e renal.
Monitorar toxicidade dermatológica: o medi- Farmacocinética/farmacodinâmica86 CrCl <10 mL/min: uso não recomendado. Deve ser
Monitorar hemograma: diminuição no número camento original e/ou seus metabólitos ati- Cmáx.: 1,5 hora. utilizado ganciclovir (com ajuste posológico ade-
de plaquetas sanguíneas. vos podem ser parcialmente excretados pela
pele. Os pacientes devem tomar banho duas Metabolismo: hepático. quadamente especificado).
75 76
Cuidados clínicos farmacêuticos Farmacocinética/farmacodinâmica88 Farmacocinética/farmacodinâmica el_search_result&selectedTitle=1~106&usage_
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Monitorar função renal. Valganciclovir deve ser Cmáx.: imediatamente após término da infusão. Cmáx.: oral, adultos: 1 a 2 horas.7,89 2019.
ingerido com as refeições (dieta rica em gordu-
Excreção: urina (75%) EV, fezes VO. Metabolismo: hepático.7 7. Barros E. Medicamentos na prática clínica
ra aumenta AUC em 30%).87
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to, ajustes posológicos subsequentes devem ser Oral: deve ser tomado com alimentos. Monitorar exames laboratoriais – eletróli-
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24 24 24
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Disponível em: <https://www.uptodate. el_search_result&selectedTitle=1~116&usage_ te fazem uso de diferentes classes de medi- podem causar alterações das concentrações do
com/contents/sirolimus-drug-inform type=panel&kp_tab=drug_general&display_ medicamento ou de seus metabólitos em fun-
camentos com potencial risco de interações
ation?search=SIROLIMO&source=pan rank=1>. Acesso em: 16 out. 2019. ção de variações em seus estágios de absor-
el_search_result&selectedTitle=1~148&usage_ fármaco-fármaco.1-3 ção, distribuição, metabolismo ou eliminação,
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dos efeitos dos medicamentos. O sítio mais
com/contents/valacyclovir-drug-inform sentadas nesta seção as interações medica-
80. Lexicomp. Sulfametoxazol + trimetoprina: comum de interação é o lúmen intestinal e o
ation?search=valaciclovir&source=pan mentosas clinicamente relevantes em TCTH que fígado, onde ocorre a metabolização de fár-
Drug information. Disponível em: <https://
el_search_result&selectedTitle=1~103&usage_ o farmacêutico clínico precisa reconhecer, além
www.uptodate.com/contents/trimethoprim-
type=panel&kp_tab=drug_general&display_
macos através de enzimas metabolizadoras ou
sulfamethoxazole-co-trimoxazole- de monitorar a efetividade e a probabilidade de transportadoras.2,3,5
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type=panel&kp_tab=drug_general&display_ contents/valganciclovir-drug-information?se de fases conhecidas como fase I e fase II. As rea-
maco-fármaco como uma resposta farmacológi-
rank=1>. Acesso em: 15 out. 2019. arch=VALGANCICLOVIR&source=panel_search_
ca/clínica em que um medicamento apresenta a ções de fase I ocorrem, principalmente, pelas
81. Lexicomp. Tacrolimo: Drug information. result&selectedTitle=1~48&usage_type=panel&kp_ isoenzimas da família CYP450, e na fase II ocor-
tab=drug_general&display_rank=1>. Acesso em: 16 capacidade de modificar a ação de outro quando
Disponível em: <https://www.uptodate. rem as reações de conjugação, sendo a reação
out. 2019. administrados simultaneamente ou recentemen-
com/contents/tacrolimus-systemic-drug-in mais importante a glicuronidação através da en-
formation?search=tacrolimo&source=pan te. Com isso, podem ocorrer alterações acentua- zima difosfato de uridina glicuronil transferase
88. Lexicomp. Vancomicina: Drug information.
el_search_result&selectedTitle=1~145&usage_ das no efeito terapêutico de algum deles.1,2,4 (UGT). O objetivo dessas fases é tornar o fármaco
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com/contents/vancomycin-drug-inform
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ation?search=vancomicina&source=pan metabólitos.5
el_search_result&selectedTitle=1~148&usage_ das como farmacodinâmicas e farmacocinéticas
82. Laboratório Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Disponível em: <https://www.sanoficonecta.com. type=panel&kp_tab=drug_general&display_ e são importantes na prática clínica por serem
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ser indutores ou inibidores de determinada en-
Disponível em: <https://www.uptodate.com/ mation?search=voriconazol&source=pan
contents/teicoplanin-international-drug- el_search_result&selectedTitle=1~148&usage_ Interações farmacodinâmicas zima dessa família. Para fármacos cuja elimina-
information-concise?search=targocid&source=p type=panel&kp_tab=drug_general&display_ As IM farmacodinâmicas estão relacionadas às ção depende da biotransformação, a inibição de
anel_search_result&selectedTitle=1~24&usage_ rank=1#F234784>. Acesso em: 20 set. 2019. uma isoenzima retarda sua depuração, prolon-
atividades fisiológicas dos medicamentos, ou
ga o tempo de meia-vida e resulta no acúmulo
seja, quando a resposta farmacológica de um
do fármaco. De outro modo, a expressão dessas
fármaco principal é alterada por outro no seu
isoenzimas pode ser induzida por alguns fárma-
sítio de ação. O efeito pode ser aditivo/sinér-
cos e resultar no aumento do metabolismo dos
gico ou antagônico, pois a combinação pode
substratos dessas isoenzimas.2,4,5
resultar em atividade aumentada do fármaco
principal, levando a um efeito tóxico, ou em di- Exemplos de substratos, inibidores e indutores
minuição de sua atividade, resultando em falha da CYP450 utilizados em pacientes de TCTH são
terapêutica.2-4 apresentados no quadro 1.
83 84
Quadro 1. Substratos, inibidores e indutores da isoenzima CYP450 utilizados em TCTH2 Os quadros 3 a 7 apresentam as interações medi- deverão ser evitadas, assim como as interações
camentosas das classes de medicamentos mais em que a modificação da terapia está indicada, a
Substratos da CYP450: aprepitanto, benzodiazepínicos (alprazolam, midazolam, diazepam), budeso- utilizadas em pacientes submetidos a TCTH. Fo- não ser que os benefícios superem os riscos do
nida, fentanila, carbamazepina, corticosteroides, estatinas (atorvastatina, sinvastatina), etoposídeo, ram identificadas as interações cujas associações uso concomitante.
imunossupressores (ciclosporina, sirolimo, tacrolimo), inibidores de canais de cálcio (anlodipino,
diltiazem, verapamil), macrolídeos (claritromicina, eritromicina), esteroides (estradiol, progesterona,
testosterona), ondansetrona, tiotepa, zolpidem. Quadro 3. Interação medicamentosa: medicamentos antibacterianos e antivirais6,7
Principais fármacos que inibem a CYP3A4: amiodarona, aprepitanto, cimetidina, ciprofloxacino, cla-
ritromicina, diltiazem, eritromicina, fluconazol, itraconazol, posaconazol, verapamil, voriconazol. FÁRMACOS PRINCIPAIS INTERAÇÕES
Principais fármacos que induzem a CYP3A4: ácido valproico, atorvastatina, carbamazepina, dexa- Foscarnet pode aumentar o efeito nefrotóxico do aciclovir e do valaci-
metasona, erva-de-são-joão, fenitoína, fenobarbital, rifampicina. Aciclovir/valaciclovir
clovir.
Ácido folínico pode diminuir o efeito terapêutico da trimetoprima. Mo-
Ácido folínico
nitorar o risco de eficácia reduzida da trimetoprima.
TRANSPORTADORES DE MEMBRANA PLASMÁTICA pelo metabolismo dos medicamentos auxilia a A associação de aminoglicosídeos com cefalosporinas, cidofovir e fos-
Outro mecanismo de interação farmacológi- equipe de saúde do TCTH na prevenção de des- carnet pode aumentar os efeitos nefrotóxico e ototóxico dos aminogli-
Aminoglicosídeos
ca clinicamente significativa envolve o sítio dos fechos adversos evitáveis relacionados com inte- cosídeos.
(amicacina, gentamicina,
transportadores de membrana plasmática re- rações medicamentosas.3,4 No entanto, na prática estreptomicina) A associação com as penicilinas pode diminuir a concentração sérica
lacionados à biodisponibilidade e excreção de clínica, outros fatores como a presença de co-
dos aminoglicosídeos.
alguns fármacos. A glicoproteína P é um trans- morbidades, disfunção renal e hepática, estado
portador de membrana presente nas células epi- nutricional deficiente e alteração na ligação com Cidofovir, foscarnet e ganciclovir podem aumentar o efeito nefrotóxico
Anfotericina B
teliais do intestino para impedir a absorção de proteínas plasmáticas favorecem a ocorrência de da anfotericina B se associados.
xenobióticos, nas células tubulares renais e nos interações medicamentosas significativas em pa- Cidofovir pode aumentar o efeito nefrotóxico do cetorolaco. Se coadmi-
hepatócitos. Contribui para a expulsão de muitos cientes de TCTH.1-3 Cetorolaco
nistrados, realizar monitoramento da função renal.
fármacos dos hepatócitos e dos túbulos renais
para o espaço luminal adjacente, e consegue re- A escolha de uma opção alternativa que impeça A associação de ciclosporina com antivirais (foscarnet, ganciclovir, val-
duzir potencialmente a biodisponibilidade de vá- a IM muitas vezes não é possível, e assim o plano ganciclovir) não é recomendada pelo risco da ocorrência de dano renal.
Ciclosporina
rios fármacos. A inibição do transporte mediado terapêutico deverá ser ajustado para minimizar a Monitorar por meio de exames clínicos o comprometimento da função
pela glicoproteína P aumenta os níveis plasmáti- ocorrência de potenciais interações medicamen- renal se associados.
cos dos fármacos em seu estado de equilíbrio.2-4 tosas. A equipe multiprofissional deverá avaliar Trimetoprima pode inibir o metabolismo hepático da fenitoína. Monito-
Fenitoína
constantemente os seus protocolos, monitorizar rar o nível sérico da fenitoína.
A administração de medicamentos que inibem
os níveis séricos dos medicamentos que apre-
ou induzem a atividade da glicoproteína P pode Furosemida e outros diuréticos de alça podem levar ao aumento da
sentam alta probabilidade de IM, desenvolver Furosemida
resultar em aumento ou diminuição da elimi- concentração sérica de foscarnet.
um sistema que apresente alertas para valores
nação renal de seus substratos, podendo gerar Ganciclovir e valganciclovir podem levar ao aumento dos efeitos tóxicos
laboratoriais anormais, comparar as abordagens Ganciclovir/valganciclovir
perda de eficácia ou toxicidade.2-4 O quadro 2 do imipeném, principalmente o risco de convulsão.
apresenta os principais inibidores e indutores da atuais com evidências disponíveis na literatu-
glicoproteína P. ra e investigar desvios nos padrões de cuidado A associação com inibidores da HMG-CoA redutase pode resultar em
Inibidores da HMG-CoA
estabelecidos. Esses procedimentos têm como aumento do efeito adverso da daptomicina. O risco de toxicidade do
redutase (estatinas: ator-
objetivo promover a segurança do paciente, mi- músculo esquelético pode ser aumentado. Monitorar os níveis séricos
Considerações nimizar as complicações relacionadas ao uso de
vastatina, rosuvastatina,
sinvastatina)
de CPK (creatinofosfoquinase) e a ocorrência de distúrbios musculoes-
A compreensão dos mecanismos de interação medicamentos e aperfeiçoar os resultados do queléticos e do tecido conjuntivo.
dos fármacos e das vias enzimáticas responsáveis tratamento.2,3 Contraindicado o uso dos inibidores de recaptação de serotonina con-
Inibidores de recaptação
comitante com linezolida. Pode resultar em aumento dos efeitos sero-
de serotonina (sertralina,
toninérgicos; se associados, monitorar sinais e sintomas da síndrome
paroxetina)
Quadro 2. Principais inibidores e indutores da glicoproteína P4 de serotonina.
Linezolida e pentamidina podem levar a um aumento do prolongamen-
Inibidores da glicoproteína P: atorvastatina, cetoconazol, ciclosporina, claritromicina, dipiridamol, Metadona to do intervalo QT se associados com metadona.
eritromicina, itraconazol, verapamil. Metadona pode aumentar os efeitos serotoninérgicos da linezolida.
Indutores da glicoproteína P: rifampicina, erva-de-são-joão.
85 86
Quadro 3. Interação medicamentosa: medicamentos antibacterianos e antivirais6,7 (Cont.) Quadro 4. Interação medicamentosa: medicamentos antineoplásicos6,7 (Cont.)
Probenecida pode aumentar a concentração sérica de cefalosporinas, As sulfonamidas (sulfadiazina, sulfametoxazol) podem aumentar o efei-
Probenecida Sulfonamidas
do meropeném ou do metabólito ativo do oseltamivir. to adverso/toxicidade do metotrexato.
Tacrolimo Foscarnet pode aumentar o efeito nefrotóxico do tacrolimo. A trimetoprima pode aumentar o efeito adverso/toxicidade do meto-
Trimetoprima
trexato.
Valproatos Carbapenêmicos podem diminuir a concentração sérica de valproatos.
(ácido valproico e Monitorar o nível sérico dos valproatos e, se necessário, optar pelo uso Quadro 5. Interação medicamentosa: medicamentos imunossupressores6-8
derivados) de outro anticonvulsivante.
Fenitoína pode aumentar a concentração sérica dos metabólitos ativos A associação com amitriptilina pode levar ao aumento do nível sérico
Amitriptilina
do tiotepa; se o uso concomitante for inevitável, monitorar os efeitos de ruxolitinibe.
adversos. A associação de anlodipino e ciclosporina pode resultar no aumento do
Fenitoína nível sérico e da toxicidade da ciclosporina (disfunção renal, colestase,
Fenitoína pode acarretar diminuição dos níveis plasmáticos de bussul-
fano; considerar o uso de outro anticonvulsivante. Se associado com parestesias).
Anlodipino
fenitoína, monitorar o nível sérico do bussulfano. O uso concomitante de anlodipino e tacrolimo pode resultar em au-
Metotrexato pode diminuir o efeito terapêutico da furosemida. mento do nível sérico de tacrolimo com risco aumentado de nefrotoxi-
Furosemida cidade.
Furosemida pode aumentar o nível sérico do metotrexato.
Ciclosporina pode aumentar o nível sérico da atorvastatina com risco
Foscarnet Foscarnet pode levar ao aumento da nefrotoxicidade do metotrexato. Atorvastatina de ocorrência de miopatia e rabdomiólise. Considerar a substituição da
atorvastatina por pravastatina ou fluvastatina.
87 88
Quadro 5. Interação medicamentosa: medicamentos imunossupressores6-8 (Cont.) Quadro 5. Interação medicamentosa: medicamentos imunossupressores6-8 (Cont.)
Budesonida sistêmica Imatinibe pode aumentar o nível sérico de budesonida. Fluconazol pode aumentar as concentrações séricas de tacrolimo, ci-
Fluconazol closporina, sirolimo e ruxolitinibe. Evitar doses maiores que 200 mg/dia
Carbamazepina pode reduzir os níveis séricos de ciclosporina, tacrolimo, de fluconazol quando associado a ruxolitinibe.
Carbamazepina
sirolimo, metilprednisolona e do imatinibe. Tacrolimo associado a gentamicina pode levar a dano renal; monitorar a
Gentamicina
Inibidores de calcineurina (ciclosporina e tacrolimo) podem aumentar função renal se associados.
Caspofungina o nível sérico de caspofungina com risco aumentado de elevação das
enzimas hepáticas. Ibuprofeno Ibuprofeno pode aumentar o nível sérico da ciclosporina.
Ceftriaxona Ceftriaxona pode aumentar o nível sérico da ciclosporina. Imatinibe Imatinibe pode aumentar o nível sérico do sirolimo.
Ciclosporina ou tacrolimo em associação com cetoprofeno podem levar O uso concomitante de imipeném e ciclosporina pode resultar em neu-
Cetoprofeno à falência renal aguda; monitorar os exames laboratoriais se associados. Imipeném-cilastatina rotoxicidade causada pelo nível sérico aumentado de ciclosporina (con-
Cetoprofeno pode aumentar o nível sérico de ruxolitinibe. fusão mental, agitação, tremor).
O uso concomitante de itraconazol pode resultar em aumento do nível
Ciclofosfamida Ciclofosfamida pode reduzir o nível sérico de ciclosporina. sérico de beclometasona.
Itraconazol
Se coadministrados, itraconazol pode aumentar os níveis séricos de ci-
Ciprofloxacino Ciprofloxacino pode aumentar o nível sérico de ciclosporina. closporina e de ruxolitinibe.
Claritromicina pode aumentar os níveis séricos e a toxicidade da ciclos- O uso concomitante de omeprazol pode resultar em exposição aumen-
Claritromicina Omeprazol
porina, do ruxolitinibe, da metilprednisolona e do tacrolimo. tada de tacrolimo.
Se associados com posaconazol, pode resultar em aumento dos níveis
Dexametasona Dexametasona pode reduzir o nível sérico de imatinibe se associados. Posaconazol
séricos de beclometasona, ciclosporina, tacrolimo, sirolimo, ruxolitinibe.
Diclofenaco associado com inibidores de calcineurina (ciclosporina e A associação de rifampicina pode resultar em diminuição do nível sérico
Rifampicina
Diclofenaco potássico tacrolimo) pode levar à falência renal aguda; monitorar a função renal da metilprednisolona.
ou sódico se coadministrados. O uso concomitante de sinvastatina pode resultar em diminuição dos
Sinvastatina
Diclofenaco pode aumentar o nível sérico de ruxolitinibe. níveis séricos de sirolimo e de imatinibe.
Diltiazem pode aumentar os níveis séricos de ciclosporina, tacrolimo e A associação de imatinibe com sirolimo pode resultar em concentrações
Diltiazem Sirolimo
ruxolitinibe. plasmáticas aumentadas de sirolimo.
Dipirona pode aumentar os níveis séricos de ciclosporina, tacrolimo e O uso concomitante de verapamil pode resultar em aumento dos níveis
Dipirona Verapamil
ruxolitinibe (agranulocitose e pancitopenia) se associados. séricos de ciclosporina e de tacrolimo.
A associação de ciclosporina e espironolactona pode causar hipercale- Contraindicada a coadministração de voriconazol com sirolimo.
Espironolactona
mia; monitorar o nível sérico de potássio. Voriconazol A coadministração de voriconazol pode resultar em aumento dos níveis
Fenitoína pode acarretar diminuição dos níveis séricos de ciclosporina, séricos de ciclosporina, tacrolimo, ruxolitinibe, metilprednisolona.
tacrolimo, sirolimo e metilprednisolona.
Fenitoína A associação de fenitoína com imatinibe pode resultar em exposição
diminuída de imatinibe; se associados, aumentar a dose de imatinibe
em pelo menos 50% e monitorar a resposta clínica do paciente.
O uso concomitante de fenobarbital com sirolimo pode resultar em con-
centração plasmática reduzida de sirolimo. Monitorar os níveis séricos
Fenobarbital de sirolimo se associados.
Fenobarbital pode reduzir o nível sérico do imatinibe e da metilpredni-
solona.
89 90
Quadro 6. Interação medicamentosa: medicamentos antifúngicos6-8 Quadro 6. Interação medicamentosa: medicamentos antifúngicos6-8 (Cont.)
Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração Pode ocorrer prolongamento do intervalo QT / QTc se fluconazol for as-
Alprazolam Fluconazol
sérica de alprazolam. sociado a voriconazol.
Antagonistas de recepto-
Os antagonistas dos receptores H2 podem diminuir a concentração séri- Foscarnet Foscarnet pode levar a aumento do efeito nefrotóxico da anfotericina B.
res H2 (cimetidina, rani-
ca de itraconazol.
tina, famotidina) Antifúngicos azólicos podem aumentar a concentração sérica de fosa-
Fosaprepitanto
Antifúngicos azólicos (fluconazol, isavuconazol, itraconazol, posaconazol, prepitanto.
Aprepitanto
voriconazol) podem aumentar a concentração sérica de aprepitanto. Itraconazol pode aumentar a concentração sérica de glicosídeos cardía-
Glicosídeos cardíacos
Os antifúngicos (itraconazol, posaconazol, voriconazol) podem aumentar cos; monitorar os níveis séricos e a toxicidade dos glicosídeos cardíacos
a concentração sérica de atorvastatina; se associados, monitorar os efei- (digitoxina e digoxina) se associados.
Atorvastatina
tos tóxicos da atorvastatina e reduzir a dose se necessário. Considerar a Antifúngicos azólicos podem aumentar a concentração sérica de ibruti-
modificação da terapia para fluvastatina, rosuvastatina, pravastatina. Ibrutinibe
nibe.
Barbitúricos podem diminuir os níveis séricos do itraconazol e do vori- Inibidores da bomba de
Barbitúricos
conazol; evitar o uso com barbitúricos de ação prolongada. prótons (esomeprazol, Itraconazol e posaconazol podem aumentar a concentração sérica de
(amobarbital, fenobarbi- lansoprazol, omeprazol, inibidores da bomba de prótons.
Associação de anfotericina e barbitúricos: monitorar as alterações he-
tal, primidona) pantoprazol)
modinâmicas, especificamente para sinais de hipotensão.
Bloqueadores de canais Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
de cálcio (anlodipino, sérica de lovastatina e, com isso, aumentar o risco de toxicidade muscu-
Aumento da toxicidade dos bloqueadores de canais de cálcio se asso- Lovastatina
diltiazem, nifedipina, lar (incluindo rabdomiólise). Considerar substituição da lovastatina por
ciados com itraconazol, posaconazol, voriconazol. fluvastatina, rosuvastatina e pravastatina.
nimodipino, nifedipino,
verapamil) Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
Metadona
Carbamazepina pode diminuir as concentrações séricas de voriconazol, sérica de metadona e resultar em intervalo QT prolongado.
Carbamazepina
isavuconazol e caspofungina. Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
Metilprednisolona
Os azólicos (itraconazol, posaconazol, voriconazol) diminuem o metabo- sérica de metilprednisolona.
lismo da ciclosporina se associados.
Ciclosporina Midazolam Itraconazol pode aumentar da concentração sérica de midazolam.
Pode ocorrer aumento do nível sérico de caspofungina se associada a
ciclosporina com aumentos transitórios de transaminases. Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
Citalopram associado com voriconazol pode prolongar o intervalo QT e Nimodipino sérica de nimodipino. Pode ser necessária a redução da dose de nimo-
Citalopram aumento da concentração sérica do citalopram; limitar a dose de citalo- dipino se associados.
pram a um máximo de 20 mg/dia. Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
Os antifúngicos azólicos (itraconazol, posaconazol, voriconazol) podem Quetiapina sérica de quetiapina. É contraindicada a associação de quetiapina com
Dasatinibe posaconazol.
aumentar a concentração sérica do dasatinibe.
Antifúngicos azólicos (fluconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol) Os antifúngicos fluconazol, itraconazol, posaconazol e voriconazol po-
Ruxolitinibe
podem aumentar a concentração sérica dos derivados da rifamicina. dem aumentar a concentração sérica de ruxolitinibe se associados.
Derivados de rifamicina
Os derivados da rifamicina podem diminuir a concentração sérica de Itraconazol, posaconazol e voriconazol podem aumentar a concentração
(rifabutina, rifampicina,
agentes antifúngicos (derivados azólicos). Sinvastatina sérica de sinvastatina. Substituir sinvastatina por fluvastatina, rosuvas-
rifapentina)
tatina ou pravastatina.
Rifampicina pode diminuir a concentração sérica de caspofungina.
Antifúngicos azólicos podem aumentar a concentração sérica de siroli-
Os agentes antifúngicos (caspofungina, fluconazol, itraconazol, posaco- Sirolimo mo. Manejo: monitorar o nível sérico e toxicidade de sirolimo se asso-
nazol, voriconazol) podem aumentar a concentração sérica de fenitoína. ciados.
Fenitoína
Fenitoína pode causar diminuição das concentrações séricas de caspo- Antifúngicos azólicos podem aumentar a concentração sérica de tacroli-
fungina e dos agentes antifúngicos. Tacrolimo
mo e risco aumentado do prolongamento do intervalo QT.
91 92
Incompatibilidades
Quadro 7. Interação medicamentosa: outros medicamentos6,7
físico-químicas em TCTH
FÁRMACOS PRINCIPAIS INTERAÇÕES
93 94
opalescência, turvação, formação de cristais, Fotodegradação: a decomposição pela luz ocor- expressamente perigosa, pois podem ocorrer O quadro 1 apresenta os principais fármacos
floculação e precipitação, associadas ou não a re em uma quantidade pequena de fármacos. plasmólise, aglutinação ou aglomeração dos prescritos e suas potenciais incompatibilidades
mudança da atividade farmacológica.8,11,12 Já a in- As reações de fotodegradação podem ocorrer glóbulos vermelhos.10,11 físico-químicas.13-15
compatibilidade química é classificada como a devido aos processos de oxidação associa-
perda importante de mais de 10% de um ou mais dos à absorção de energia, que dependem do Quadro 1. Incompatibilidades físico-químicas entre fármacos13-15
componentes de uma solução dentro de 24 ho- comprimento de onda da radiação incidente. A
ras e ocorre em nível molecular, não podendo ser energia da radiação UV (ultravioleta) é maior
Ciclosporina
vidade baixa, como reações locais (vermelhidão,
Tacrolimo
Fentanila
Heparina
flebite e tromboflebite); de gravidade modera-
Morfina
pH: os valores de pH são informações que aju-
SG 5%
da, como reações alérgicas locais ou sistêmicas
dam a prever possíveis incompatibilidades físi-
SF
(trombose, dificuldades respiratórias, embolia
cas entre medicamentos.10 Quando não existem
local, miocardite e disfunção de menor órgão); e
informações complementares que poderiam Aciclovir C C V C4 C I C4 C4 I C4 NT C4 C
gravidade alta (choque anafilático, falência de ór-
ajudar numa reação de interação química, o pH
gãos, disfunções hepáticas graves e até falência
pode ser um indicativo. Não é aconselhável ad-
múltipla de órgãos).5,7 A eliminação ou redução da Ácido folínico C C C4 C C C24 C4 C4 I I C4 C4 C
ministrar fármacos simultaneamente com ampla
concentração do princípio ativo pode levar a uma
faixa de pH, pois pode ocorrer precipitação ou
falha terapêutica. A extensão do dano depende Adrenalina C C C4 C4 C4 C4 C4 C4 NT I C4 C4 C
inativação de cada um dos medicamentos ou de
principalmente da condição do paciente (gravi-
ambos.10 Um exemplo é a administração de ome-
dade da doença, natureza, idade, peso, entre ou- prazol e tacrolimo, em que, em meio alcalino,
tras) e do tipo de medicamento administrado.8 Albumina humana C C NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT C
ocorre perda de dose de tacrolimo em 15 min.8
Alguns recursos podem ser utilizados para mi- Precipitação fármaco-fármaco: a formação de Amicacina C C C C V C C C NT C C C C
nimizar a ocorrência de reações de incompati- um precipitado ocorre quando certos pares de
bilidade medicamentosa, como a utilização de íons de cargas contrárias reagem e formam um Amoxicilina/
cateter multi lúmens, pois permite a adminis- C I NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT I
sólido iônico insolúvel.10,11 Ex.: ciclosporina junto clavulanato
tração conjunta de medicamentos no mesmo com fenitoína.8
instante; a interrupção da administração de um Ampicilina C C C** C** C** I C** C4 NT C** C** C** V
medicamento para a administração de outro sem Temperatura: a maioria dos fármacos é estável
comprometer o paciente clinicamente; e a dispo- em temperatura ambiente (15 a 30°C), porém Ampicilina/
C C C** C** C** I C** C** NT C** C** C** NT
nibilização de prescrição eletrônica com alertas alguns medicamentos podem precipitar em sulbactam
sobre as incompatibilidades ajudando o médico temperaturas mais baixas.10
na hora da prescrição.5,11 Anfotericina B I C V I V C V I NT I I V I
95 96
Quadro 1. Incompatibilidades físico-químicas entre fármacos13-15 (Cont.) Quadro 1. Incompatibilidades físico-químicas entre fármacos13-15 (Cont.)
Ciclosporina
Tacrolimo
Tacrolimo
Fentanila
Fentanila
Heparina
Heparina
Morfina
Morfina
SG 5%
SG 5%
SF
SF
Cefuroxima C C C C C C I C NT I C C C Filgrastim I C NT C I NT NT C NT C C NT NT
Cetamina C C I C I NT C C I I NT NT NT Fluconazol* C C C C C C C V NT C C C C
Cidofovir C I NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT Fosfato de
C C NT NT NT C NT I / NT NT NT I
potássio 2 mEq/mL
Ciprofloxacino C C NT C I C I C I V NT NT C Furosemida C C C C V I V C NT C V C C
Cloreto de
C C C4 / C C24 C C NT C4 C C C Ganciclovir C C C C C I I C NT I I C C
potássio 10%
Clorpromazina C C C C V C C C NT I C C C Gluconato de
C C C4 C C4 C24 C4 / NT I C4 C4 C
cálcio 10%
Daptomicina C I C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C Granisetrona C C C C C C C C C C C C NT
Dexametasona C C C C C C I V NT C C C NT Haloperidol C C V I I C I V NT I V V V
Diazepam V V I I I I I I NT I V V V Heparina C C C C / C C C NT C C C V
Dimenidrinato + Hidrocortisona
C C C I I NT C C NT I NT NT C C C C C C C V V NT C C C C
vitamina B6 (succinato)
Dipirona C C NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT Imunoglobulina G
C C NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT
humana
Escopolamina C C NT C C NT NT NT NT NT C C NT Imunoglobulina
de coelho
C C NT NT V NT NT NT NT NT NT NT NT
antitimócitos
Fenitoína C I I I I I I I NT I I I I
humanos
Fentanila C C C4 C C C C C NT C C / NT Levofloxacino C C C C I C I C NT C V C NT
97 98
Quadro 1. Incompatibilidades físico-químicas entre fármacos13-15 (Cont.) Quadro 1. Incompatibilidades físico-químicas entre fármacos13-15 (Cont.)
Ciclosporina
Tacrolimo
Tacrolimo
Fentanila
Fentanila
Heparina
Heparina
Morfina
Morfina
SG 5%
SG 5%
SF
SF
Linezolida* C C C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C4 C Prometazina C C C V V C C C NT I C C C
Meropeném C C C C C C NT V NT NT C NT I Ranitidina C C C C C C C C NT C C C C
Sulfametoxazol-
Mesna C C NT C C C C C C C C C C C C I I V I V I NT I V I C
-trimetoprima
Sulfato de
Metadona C I C NT C NT C C NT NT NT NT NT C C V C C C / C NT C C C C
magnésio 50%
Metilpredniso-
Tacrolimo C C C4 C C / C C C C C C NT
lona (succinato C C C V V C I I NT C C C V
sódico)
Tigeciclina C C C C C C C C C C C C C
Metoclopramida C C C C C C C C NT C C C C
Teicoplanina C C NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT C
Metoprolol C C C C C C C4 C NT C C4 C NT
Tramadol C C NT NT I NT NT NT NT NT NT NT C
Metronidazol C C C C C C C C C C C C C
Vancomicina C C C4 C I C C C NT C C C C
Micafungina C C C C C C C C C NT I NT C
Vitamina K C24 C24 C C C NT I C NT C C C C
Morfina C C C4 C C C C C NT C / C C
Vitamina B12 C24 C24 I C C NT C C NT C C C C
Multivitamínicos C C C C C C C C NT C C C C
Voriconazol C C I C C C C C C C C C NT
Oligoelementos C C NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT NT
AD: água destilada; C: compatível (C2: estudos realizados em 2 horas, C4: estudos realizados em 4 horas e C24: estudos realizados
em 24 horas); C*: medicamentos que são em solução; C**: são compatíveis, ambos diluídos em SF; I: incompatível (não admi-
Omeprazol C C NT NT NT I NT NT NT NT NT NT NT nistrar); NT: não testado (avaliar para administrar); V: compatibilidade variável conforme concentração de cada medicamento
e diluente (soro glicosado 5% [SG 5%], soro fisiológico [SF] e AD); /: não se aplica, mesmos fármacos. Eletrólitos considerados:
cloreto de sódio, cloreto de potássio, sulfato de magnésio (MgSO4), gluconato de cálcio, fosfato de potássio.
Ondansetrona C C C C C C C C C I C C C
Piperacilina-
C C C C C C C C C C C C V
-tazobactam
Polimixina B
C C C C I C C C NT C C C NT
(sulfato)
99 100
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101
Material destinado exclusivamente a profissionais da área da saúde. Out./2021