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Recebimento dos originais: 24/02/2023

Aceitação para publicação: 22/03/2023

A influência do processo nutricional na melhora do


desempenho cognitivo

The influence of the nutritional process on the improvement of


cognitive performance

Patrícia Rosany de Sales Santiago


Mestranda em Neurociências pela Logos University International
Instituição: Logos University International
Endereço: Alameda Cosme Ferreira, 5360
E-mail: drapatricia@sto-obesidade.com.br

Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues


Pós-Doutorado em neurociências
Instituição: Logos University International
Endereço: Alameda Cosme Ferreira, 5360
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

RESUMO
A Organização Pan-Americana de Saúde destaca a importância de uma
alimentação saudável na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. A
obesidade infantil é uma preocupação crescente devido ao uso excessivo de
tecnologias e a publicidade que estimula o consumo de alimentos com alta
intensidade calórica. Na idade adulta, a atividade física pode promover a
independência e o desempenho cognitivo dos idosos, enquanto a degeneração
cognitiva é um fator de risco. A pesquisa teve cunho bibliográfico e foram
analisados artigos e trabalhos disponíveis nas bases, nacionais e internacionais.
Após análise foi observado que durante a gravidez, é importante adotar hábitos
alimentares saudáveis e controlar o consumo de açúcar para garantir a saúde
bucal do bebê. A preferência por alimentos saudáveis em crianças está
relacionada ao papel dos pais e escola em estimular práticas alimentares
saudáveis. Para uma dieta equilibrada, é importante consumir alimentos de baixo
índice glicêmico e evitar alimentos processados, açúcares e frituras. Conclui-se
que diferentes perspectivas propõem soluções para a prevenção da obesidade
infantil e do envelhecimento não saudável e que a avaliação nutricional é
importante para monitorar intervenções nutricionais e traçar uma conduta
adequada.

Palavras-chave: dieta alimentar, habilidades cognitivas, hábitos saudáveis.

ABSTRACT
The Pan American Health Organization highlights the importance of a healthy
diet in the prevention of non-transmissible chronic diseases. Childhood obesity is
a growing concern due to the excessive use of technology and advertising that
encourages the consumption of high-calorie foods. In adulthood, physical activity

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can promote independence and cognitive performance in the elderly, while
cognitive degeneration is a risk factor. The research had a bibliographic nature
and articles and works available in national and international databases were
analyzed. After analysis, it was observed that during pregnancy, it is important to
adopt healthy eating habits and control sugar consumption to ensure the baby's
oral health. The preference for healthy foods in children is related to the role of
parents and school in encouraging healthy eating practices. For a balanced diet,
it is important to consume foods with a low glycemic index and avoid processed
foods, sugars and fried foods. It is concluded that different perspectives propose
solutions for the prevention of childhood obesity and unhealthy aging and that
nutritional assessment is important to monitor nutritional interventions and outline
an appropriate conduct.

Keywords: methodologies, high abilities, contemporary theories.

1 INTRODUÇÃO
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, 2023) ressalta a
importância de uma alimentação saudável na prevenção de má nutrição e
doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares,
AVC e câncer. Práticas alimentares saudáveis desde a infância, como a
amamentação, podem ter benefícios a longo prazo para a saúde. Para uma
alimentação equilibrada, é necessário manter o equilíbrio entre a ingestão
calórica e o gasto calórico, limitar o consumo de gorduras saturadas e trans,
açúcares livres e sal, de acordo com as recomendações da Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Na infância, um dos fatores recorrentes de preocupação é a obesidade
infantil agravada nos últimos anos pelo uso excessivo de tecnologias. Inclusive
a primeira é uma epidemia global e a publicidade é apontada como uma das
principais causas, devido ao estímulo ao consumo de alimentos com alta
intensidade calórica através de estratégias de marketing (ROCHA, 2013).
Já na idade adulta, deve-se considerar as necessidades específicas dos
idosos no planejamento de cuidados, tendo em vista a degeneração cognitiva
como fator de risco. Mata (2020) aponta uma correlação positiva moderada entre
a atividade física, independência funcional e desempenho cognitivo. Por isso, é
importante incentivar a prática de atividades físicas, especialmente as atividades

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domésticas, para promover a independência e desempenho cognitivo dos
idosos.
A avaliação nutricional é importante para identificar problemas e riscos
nutricionais, monitorar intervenções nutricionais e traçar uma conduta adequada.
Métodos diretos e indiretos de avaliação nutricional podem ser combinados para
melhorar a precisão do diagnóstico e a eficácia das intervenções.
Durante a gravidez, é importante que as gestantes adotem hábitos
alimentares saudáveis e controlem o consumo de açúcar para garantir a saúde
bucal do bebê. A ingestão de alimentos durante a gestação pode afetar os
padrões alimentares dos bebês após o nascimento, e há uma necessidade
aumentada de vitaminas e minerais nesta etapa. Estudos mostram que a
preferência por alimentos saudáveis em crianças está relacionada ao papel dos
pais e escola em estimular práticas alimentares saudáveis, e novas estratégias
governamentais são necessárias para solucionar problemas de obesidade e
sobrepeso.
Para uma dieta equilibrada, é importante consumir alimentos de baixo
índice glicêmico, como vegetais, frutas, nozes, sementes, óleos naturais e
carnes magras, além de bioativos vegetais. Alimentos como frituras,
processados, enlatados, açúcares, adoçantes, álcool e cafeína devem ser
evitados. Casos específicos podem necessitar de suplementação oral ou
endovenosa/intramuscular para suprir os nutrientes que estão em defasagem. A
avaliação nutricional e física é essencial para a construção de uma dieta
alimentar balanceada de acordo com a composição corporal e o consumo diário
de macronutrientes.
Por fim, existem diferentes perspectivas sobre hábitos saudáveis e a
prevenção da obesidade infantil e do envelhecimento não saudável. Ribeiro
(2016) destaca a preocupação com o alto índice de crianças acima do peso e a
importância dos pais na introdução de alimentos saudáveis em casa. Henriques
(2017) propõe o uso de jogos digitais como uma ferramenta eficaz para promover
mudanças comportamentais em crianças. Já Rocha (2013) alerta para a
influência da publicidade na obesidade infantil, mas também ressalta que a falta

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de atividade física e alimentação desequilibrada são fatores importantes. Mata
(2020) destaca a importância da atividade física e do envelhecimento saudável
na terceira idade.

2 METODOLOGIA
A escrita do artigo foi desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica
básica com abordagem qualitativa-exploratória com base em materiais
disponíveis nos buscadores nacionais e internacionais. O intuito é entender
como a dieta alimentar e os hábitos cotidianos interferem nas habilidades
cognitivas.

3 DISCUSSÃO E RESULTADOS
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, uma
alimentação saudável é importante para prevenir a má nutrição e doenças
crônicas não transmissíveis, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares, AVC
e câncer. A prática de uma alimentação saudável deve começar cedo na vida,
como por exemplo, por meio da amamentação, que ajuda no crescimento e
desenvolvimento cognitivo. É importante que a ingestão calórica esteja em
equilíbrio com o gasto calórico, e que as gorduras não excedam 30% da ingestão
calórica total, sendo que as gorduras saturadas devem representar menos de
10%. O consumo de gorduras trans deve ser reduzido para menos de 1%, e o
consumo diário de sal deve ser limitado a 5g ou menos. Além disso, é
recomendado limitar o consumo de açúcares livres para menos de 10% da
ingestão calórica total. A OMS tem como objetivo reduzir a ingestão de sal da
população mundial em 30% até 2025 e combater o aumento do diabetes,
obesidade e sobrepeso em adultos e crianças (OPAS, 2023).
A preocupação com o processo nutricional do ser humano começa desde
a gestação, durante a formação do feto. Por isso, é fundamental promover
hábitos saudáveis desde o período pré-gestacional até a pós-gestação. Além
disso, o período dos primeiros mil dias de vida do indivíduo, que vai desde a
concepção até os dois anos de idade, é crucial para o desenvolvimento físico,

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mental e crescimento humano, e para a formação de bons hábitos alimentares e
para o desenvolvimento dos sistemas nervoso e imunológico. (BRASIL, 2022).
Nas crianças maiores, das segunda e terceira infâncias, a preocupação
latente nas pesquisas é a obesidade infantil. Rocha (2013) ressalta a importância
da atividade física regular, alimentação equilibrada e redução da exposição das
crianças à publicidade para a prevenção da doença.
Os idosos tem como fator de risco a degeneração cognitiva, Mata (2020)
aponta uma correlação positiva moderada entre a atividade física, a
independência funcional e desempenho cognitivo. Assim, é preciso um cuidado
direcionado considerando as especificidades sociodemográficas e o perfil de
necessidades dos idosos no planejamento de cuidados. Ademais, a manutenção
da atividade física, especialmente das atividades domésticas, pode contribuir
para a independência e desempenho cognitivo.
Avaliação médica
Durante a infância, o aleitamento materno, o acompanhamento médico e
as avaliações médicas permitem um desenvolvimento adequado. Aliado a estes
fatores de proteção, as crianças devem permanecer com uma dieta rica e
balanceada, sobretudo nos primeiros mil dias de vida, a fim de promover um
desempenho cognitivo, motor e social adequados (BRASIL, 2022).
Segundo Mata (2020), hipertensão arterial, diabetes e problemas
ortotraumatológicos são os antecedentes de saúde mais frequentes dentre os
idosos. Contudo, foram identificadas diferenças significativas entre homens e
mulheres no índice de atividades físicas domésticas, já nas demais áreas, como
atividades desportivas e de tempos livres, não foram encontradas diferenças
estatísticas significativas. Os níveis elevados de atividades físicas se associam
aos mesmo de independência funcional e desempenho cognitivo.
Neste sentido, a avaliação nutricional tem como objetivo identificar
problemas e riscos nutricionais para traçar a conduta adequada que possibilite a
manutenção ou recuperação da saúde do paciente. O monitoramento do
paciente é importante para acompanhar as respostas às intervenções
nutricionais. Assim, ela é utilizada na vigilância alimentar e nutricional,

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diagnóstico de problemas nutricionais, intervenção nutricional em programas
públicos de combate aos problemas nutricionais e monitoramento dos efeitos
das intervenções nutricionais (SILVA & SAMPAIO, 2012).
Esse processo requer uma série de exames laboratoriais a fim do desenho
de dieta e treino adequados tanto as expectativas do paciente quanto as
condições físicas. Os métodos diretos de avaliação do estado nutricional são
classificados em objetivos e subjetivos. Objetivos: utilizam abordagem
quantitativa e incluem exames antropométricos, laboratoriais, clínico-nutricional
e sofisticados como densitometria e bioimpedância. Subjetivos: utilizam
abordagem qualitativa e incluem a semiologia nutricional, avaliação subjetiva
global e avaliação muscular subjetiva. Os métodos indiretos de avaliação do
estado nutricional buscam identificar os fatores associados ao problema
nutricional e indivíduos ou grupos em risco. Eles incluem aspectos demográficos,
socioeconômicos, culturais, estilo de vida e inquérito de consumo alimentar. A
combinação desses métodos é importante para melhorar a precisão do
diagnóstico (SILVA & SAMPAIO, 2012).

3.1 DIETA ALIMENTAR


Durante a gravidez, incentiva-se hábitos alimentares saudáveis nas
gestantes e estas devem controlar o consumo de açúcar, uma vez que o excesso
é fator de risco para a saúde bucal do bebê. A ingestão de alimentos como
açúcares e carboidratos pelas gestantes, em bebida ou alimentos, afetam os
padrões alimentares dos bebes após o nascimento. Além disso, há uma
necessidade da ingestão de vitaminas e minerais em quantidades mais altas
nesta etapa. Desta forma, as gestantes tem a imunidade e concentração de
hemoglobina aumentadas, assegurando o desenvolvimento adequado do feto
(BRASIL, 2022).
Pode-se entender que as preocupações com uma dieta saudável, estão
presentes desde a gestação e se estendem pela vida. Uma pesquisa com
crianças de 7 a 10 anos, em escolas da cidade do Rio Janeiro, demonstrou uma
preferência das crianças por alimentos saudáveis, mas sem associação positiva

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com os fatores de interesse. Os resultados demonstram a impacto do papel dos
pais e da escola em estimular práticas alimentares saudáveis e a necessidade
de novas estratégias governamentais para solucionar problemas de obesidade
e sobrepeso. A ingestão de alimentos calóricos, com gordura saturada e alto
índice glicêmico tendem a gerar sobrepeso (RIBEIRO, 2016).
Portanto, para que os alimentos ingeridos sejam adequados as
características de cada ser humano, precisamos nos embasar pelas
termogêneses, ou seja, as queimas de calorias diárias. Elas estão divididas por
categorias: EAT (Exercise Activity Thermogenesis – Termogênese da Atividade
de Exercício) é referente ao exercício físico diário; NEAT (Non-Exercise Activity
Thermogenesis – Termogenese da Atividade de Sem-exercício) é relativo às
atividades do dia a dia; TEF (Thermic Effect of Food – Efeito Térmico dos
Alimentos) é o gasto no processamento de alimentos; BMR (Basal Metabolic
Rate – Taxa Metabólica Basal) é o gasto com a manutenção da vida (Figura 1)
(TREXLER, SMITH-RYAN & NORTON, 2014).

Figura 1 – Porcentagem de Gasto Energético Total


100%
90%
80%
70%
BMR
60%
TEF
50%
NEAT
40%
EAT
30%
20%
10%
0%
Fonte: Elaborado pela autora.

Sendo assim, a construção de uma dieta alimentar balanceada interfere


na dinâmica de toda família, principalmente quando os pacientes são crianças.
Assim, a avaliação nutricional e física realizada previamente delineia a
construção dietética de acordo com composição corporal, o consumo dos

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macronutrientes com base na taxa metabólica basal (BMR) e atividade praticada
diariamente (EAT e NEAT) que culminam no gasto energético total (GET).
De maneira geral, para uma dieta saudável é importante o consumo de
alimentos de baixo índice glicêmico como vegetais, frutas, nozes, sementes,
óleos naturais (azeites, abacate), carnes de preferência peixes, mariscos e carne
vermelha magra no máximo duas vezes por semana. Além disso, é ideal o
consumo de bioativas vegetais, como curcuminoides de açafrão,
proantocianidinas oligoméricas (pigmentos vermelhos e azuis de plantas),
genisteína (presente na soja), licopeno (do tomate), fenóis de alecrim, gengibre
e chá verde (OPAS, 2023).
Em contrapartida alimentos como frituras, processados, enlatados,
açúcares, adoçantes, álcool, cafeína, amidos brancos, manteiga, queijos, devem
ser retirados do cardápio ou ter o consumo reduzido. O café, por exemplo, é
indicado somente no período da manhã, para evitar inibir adenosina que interfere
no processo do sono.
Casos específicos necessitam de suplementação oral (magnésio, ômega,
zinco, selênio, vitamina D, glutamina, curcumina, entre outros) ou
endovenosa/intramuscular (coenzima Q10, L-Carnitina, vitamina B5, L-
Theanina, alfa lipoico, trio metilador, piracetam, etc.) para suprir os nutrientes
que estão em defasagem (ZANINELLI, 2018). Além disso, o médico deve avaliar
a necessidade de suplementação de Whey Protein isolado ou hidrolisado, com
objetivo de atingir o consumo de proteína líquida diária adequado, visando o
processo de metilação.

3.2 MUDANÇAS DE HÁBITO E QUALIDADE DE VIDA


Ribeiro (2016), detectou em sua pesquisa que 35% das crianças estavam
acima do peso, o que é preocupante para o desenvolvimento de doenças
crônicas não transmissíveis. O conhecimento dos pais em nutrição mostrou-se
superior ao das crianças, destacando a importância dos pais em introduzir
alimentos saudáveis dentro de seus domicílios.

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Ainda no universo da infância, Henriques (2017), procurou entender as
rotinas alimentares e físicas de crianças entre 6 e 10 anos a fim de evitar o
aumento da epidemia de obesidade infantil. Desta forma, através de um jogo
digital propôs-se uma mudança de comportamentos a fim de permitir estilos de
vida saudáveis. O protótipo foi criado então com o intuito de ajudar a promover
a mudança de comportamentos alimentares e físicos. As sessões com o público-
alvo geraram resultados que promoveram um processo sequencial e iterativo de
desenvolvimento do protótipo. A pesquisadora conclui que os jogos
proporcionam experiências envolventes para as crianças, e sua interatividade e
qualidade narrativa contribuem para a jogabilidade do jogo, tornando-o uma
ferramenta eficaz para promover mudança de comportamento nas crianças.
Em contrapartida, Rocha (2013) intervém e pede atenção tanto ao uso
excessivo de tecnologia quanto à exposição a publicidade. Segundo ela, há
influência da publicidade na obesidade infantil e a elevada exposição das
crianças à elas faz-se um fator importante, porém não o único, para o aumento
da doença. A vida sedentária, alimentação desequilibrada e falta de atividade
física regular também são responsáveis pelo aumento do peso nas crianças. A
presença da publicidade na vida das crianças é resultado de fatores sociais,
econômicos e tecnológicos, que tornam difícil para os pais dedicarem tempo às
crianças e incentivá-las a brincar fora de casa.
Para Mata (2020), durante a terceira idade ressaltou a importância da
análise da atividades física a importância da promoção de medidas para
incentivar a participação de idosos em atividades físicas, especialmente
atividades domésticas, e a conscientização sobre a importância de um
envelhecimento saudável.
Sendo assim, alguns hábitos são indicados para adquirir uma vida
saudável, dentre eles estão: Prática de atividade física, comece pela atividade
que mais gosta para ter motivação e a mantenha regularmente; Otimize o sono,
para que seja de boa qualidade e entre 7 e 8 horas, a quantidade de tempo
depende do organismo de cada um, mas existem práticas para melhorar o sono
como rotinas regulares, luz natural todas as manhãs e escurecimento das luzes

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à noite, além de atividade física diária; Controle do estresse, faça técnicas de
relaxamento, evite cafeína e álcool após o meio-dia, tome banho quente antes
de dormir, e a garanta que o quarto esteja fresco e escuro o suficiente na hora
do sono; Consumo de água, beba em média de 35ml por kg de massa, pois isso
ajuda no bom funcionamento intestino.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Organização Pan-Americana de Saúde destaca a importância de uma
alimentação saudável na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis,
como diabetes, doenças cardiovasculares, AVC e câncer. A obesidade infantil é
uma preocupação crescente devido ao uso excessivo de tecnologias e a
publicidade que estimula o consumo de alimentos com alta intensidade calórica.
No tempo livre, as crianças praticam atividades, na maioria das vezes, no verão
e aos fins de semana, sendo que nos demais períodos ocorre uma grande
exposição à televisão.
Na idade adulta, a degeneração cognitiva é um fator de risco, e a atividade
física pode promover a independência e o desempenho cognitivo dos idosos. A
avaliação nutricional é importante para monitorar intervenções nutricionais e
traçar uma conduta adequada. Durante a gravidez, é importante adotar hábitos
alimentares saudáveis e controlar o consumo de açúcar para garantir a saúde
bucal do bebê.
A preferência por alimentos saudáveis em crianças está relacionada ao
papel dos pais e escola em estimular práticas alimentares saudáveis. Para uma
dieta equilibrada, é importante consumir alimentos de baixo índice glicêmico e
evitar alimentos processados, açúcares e frituras. Diferentes perspectivas
propõem soluções para a prevenção da obesidade infantil e do envelhecimento
não saudável.

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