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Educação Nutricional

Gabriela Rebello

Arielly Rebonato Rissari


Daiane Almeida da Silva Amorim
Renan Cribari dos Santos
Sara Bittencourt Del Puppo
INTRODUÇÃO

A ingestão de alimentos ricos em nutrientes está diretamente ligado ao bom


funcionamento do organismo. De acordo com o Guia Alimentar para a
população Brasileira (2018), padrões de alimentação estão mudando
rapidamente na grande maioria dos países e, em particular, naqueles
economicamente emergentes. As principais mudanças envolvem a
substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem
vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações
culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos
para consumo. Essas transformações, observadas com grande intensidade
no Brasil, determinam, entre outras consequências, o desequilíbrio na oferta
de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias.
INTRODUÇÃO
Em países emergentes como o Brasil, a frequência de
obesidade e diabetes está crescendo exponencialmente,
resultado da mudança no comportamento alimentar.
Alimentos industrializados com altas taxas calóricas vem
contribuindo para evolução dos quadros de obesidade. A
intervenção nutricional se torna eficiente, buscando
mostrar a importância de uma boa alimentação com foco
no consumo de frutas, verduras , legumes e carnes
magras são ótimos exemplos quando se trata de uma
boa alimentação, os hábitos alimentares são
influenciados por inúmeros fatores de ordem genética,
socioeconômica, cultural, étnica, religiosa, entre outros.
Com início já no período gestacional, por meio do contato
do feto com o líquido amniótico.
A introdução alimentar adequada fornecida para crianças pode
proporcionar benefícios impactantes na via das crianças, fomentado
INTRODUÇÃO pelo aumento da imunidade, melhor desenvolvimento cognitivo e físico,
não havendo ocorrência de impactos negativos desde que a
alimentação seja administrada corretamente respeitando o seu limite.
APRESENTAÇÃO DA
EXPERIÊNCIA
A experiência foi realizada em uma creche particular no bairro Colina de
Laranjeiras – Serra/ES, que atende crianças de 6 meses a 5 anos de
idade, onde o grupo desenvolveu uma atividade lúdica com frutas, bolos
e pães saudáveis, a fim de descobrir o nível de conhecimento sobre as
frutas. Houve também aplicação de um questionário simples com
questões objetivas (APÊNDICE A) via WhatsApp destinado aos pais afim
de saber melhor sobre as crianças, as questões estavam relacionadas a
hábitos alimentares, se a criança ainda mama, frquência com que
consome frutas e se possui alguma alergia alimentar. Ao final da
atividade foi disponibilizado aos participantes, via WhatsApp, uma cartilha
informativa em formato PDF (APÊNDICE B), com dicas e receitas para
melhorar a alimentação das crianças.

Participaram da atividade 6 crianças com idade de 1 ano a 4 anos de


idade. Foram feitas perguntas para saber se as crianças conheciam cada
fruta apresentada e também foram ofertadas às crianças as frutas
cortadas em tiras para confecção de uma salada de frutas.
APRESENTAÇÃO DA
EXPERIÊNCIA
Com o total de seis alunos presentes, apenas dois apresentaram
maior resistência ao ser servida as frutas, porém aceitou bolo e o pão
de banana. Uma das crianças resistentes a oferta das frutas, ao final,
experimentou apenas uns pedaços, porém o bolo teme maior
aceitação para essa criança.

Os outros cinco alunos permitiram provar ao menos duas ou mais


frutas do total que foi servido. Houve uma interação e aceitação
melhor da parte deles, tanto com a salada de frutas quanto ao pão e
bolo de banana.
DISCUSSÃO

A partir da captação da realidade e através dos resultados obtidos das conversas e dos questionários aplicados,

percebeu-se que ainda há prevalência de comportamentos e hábitos alimentares que prejudicam o processo de

construção de uma alimentação saudável, baseada em alimentos in natura e pouco processados. Diante disso, torna-se

notório a carência de informações e maior adesão de hábitos que possibilitem a prevenção da seletividade alimentar, da

recusa e do desinteresse pela comida.

Nesse sentido, a análise quali-quantitativa dos questionários entregues foi perceptivel a ocorrência de famílias que fazem

suas refeições a frente da TV, por exemplo. Apesar dos pais não estarem presentes, a cuidadora aproveitou para relatar

suas dificuldades e foi lhe apresentado formas de oferta de alimentos e como lhe dar com as dificuldades relatadas.
DISCUSSÃO

A dinâmica foi constituída em duas partes, sendo a primeira a apresentação da salada de frutas e a segunda, a

apresentação do bolo e pão de banana. Durante a atividade lúdica, a maioria das crianças participantes interagiram

experimentando todas as frutas oferecidas, enquanto que apenas 2 crianças foram resistentes a atividade, participando

apenas cortando as frutas, mas com pouco interesse em experimentá-las, levantando da mesa e falando “eca”,

demonstrando dessa forma, comportamentos típico da recusa e seletividade alimentar. De acordo com SAMPAIO et al.

(2013), esses comportamentos seriam definidos como seletividade alimentar, que é caracterizada por um consumo

alimentar altamente limitado e extrema resistência em experimentar novos alimentos. 


APENDICE A
CONCLUSÃO

Conclui-se que a experiência proporcionou uma entendimento prático em relação aos hábitos e
frequência alimentar e comportamentos alimentares que precisam ser trabalhados e corrigidos em um
trabalho conjunto entre pais e cuidadores da creche.

Observou-se o quanto é importante a participação ativa dos pais e cuidadores afim de promover uma
alimentação adequada, possibilitando a supressão adequada dos nutrientes, incentivando as crianças ao
consumo alimentos que promovam a saúde. Além disso, espera-se que, a partir do incentivo oferecido,
os pais se conscientizem, afim de incluir bons hábitos alimentares para toda família.
Com a disponibilização da cartilha para os pais com o objetivo de mostrar o potencial que os produtos
industrializados tem de prejudicar a saúde das crianças esperamos a conscientização da parte dos mesmos. Além
disso, essa mesma cartilha foi acompanhada de receitas que podem ser substituídas por lanches industrializados
que podem ser ofertados para as crianças tanto no período que estão sob o cuidado da creche quanto em casa,
sob o cuidado dos responsáveis. Esperamos que os hábitos alimentares das crianças possam mudar com o
incentivo dado.

O questionário aplicado antes da dinâmica aos pais via WhatsApp teve o resultado de apenas 5 participantes,
onde pode mostrar não haver muita disponibilidade para participação mais ativa do projeto proposto. Chegou-se a
conclusão de que a falta de disponibilidade dos pais pelo fato de todos trabalharem influenciou numa não adesão
ao questionário proposto.

Enquanto futuros nutricionistas, tal experiência proporcionarou a oportunidade de reconhecer a educação


alimentar e nutricional como uma estratégia que possibilite a aquisição de hábitos alimentares mais saudáveis,
proporcionando o desenvolvimento pleno das crianças e potencializando a autonomia por escolhas alimentares
mais saudáveis, contribuindo na garantia efetiva de uma melhor qualidade de vida em todas as fases da vida.
ARQUIVOS DE VÍDEO
REFERÊNCIAS

• Beauchamp G, K, Mennella J, A: Flavor Perception in Human Infants: Development and Functional Significance.
Digestion 2011;83:1-6.
• LOPES, Wanessa Casteluber et al. ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS NOS PRIMEIROS DOIS ANOS DE
VIDA. Rev. paul. pediatr. [online]. 2018, vol.36, n.2 [cited  2020-11-01], pp.164-170. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822018000200164&lng=en&nrm=iso>. ISSN
1984-0462.  https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004.
• SILVA, Giselia A.P.; COSTA, Karla A.O.; GIUGLIANI, Elsa R.J.. Alimentação infantil: além dos aspectos
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on  01  Nov.  2020.  https://doi.org/10.1016/j.jped.2016.02.006.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar
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Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
• SAMPAIO, Ana Beatriz de Mello et al . Seletividade alimentar: uma abordagem nutricional. J. bras. psiquiatr., 
Rio de Janeiro ,  v. 62, n. 2, p. 164-170,  June  2013 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
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http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852013000200011.

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