Você está na página 1de 7

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA

CURSO DE NUTRIÇÃO

DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA

DAYANE FINDER

ELOISA IGNACZUK

LUIZA EING FLESCH

THAYSE NOGUEIRA

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR


E NUTRICIONAL EM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA

PALAVRAS CHAVE: antropometria, consumo alimentar, nutrição


3

1. INTRODUÇÃO

A avaliação do estado nutricional em crianças é muito importante para identificar


possíveis problemas no seu crescimento, desenvolvimento e proporções corporais. Permitindo
a intervenção primária, caso seja necessário, para melhora da qualidade de vida contribuindo
para a promoção da saúde e prevenção de doenças, quanto mais populações e/ou indivíduos
são avaliados do ponto de vista nutricional mais intervenções podem ser instituídas. Existem
diferentes métodos para avaliar o estado nutricional, no caso das crianças os mais utilizados
são os dados antropométricos de peso e altura onde se avalia a composição corporal através
do índice de massa corporal (IMC) (MELLO, 2002).

A obesidade é caracterizada como o acúmulo excessivo de gordura corporal, sob a


forma de tecido adiposo, sendo consequência de balanço energético positivo, capaz de
acarretar prejuízos à saúde dos indivíduos (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). No
Brasil, o excesso de peso vem aumentando cada vez mais, sendo que o Estudo Nacional de
Despesa Familiar (ENDEF) feito em 1975 observou que 7,5% das meninas e 3,9% dos
meninos de dez a dezenove anos estavam nessa classificação. Na Pesquisa Nacional sobre
Saúde e Nutrição (PNSN) desenvolvida em 1989 observou-se um aumento para 13,2 e 8,3%,
respectivamente. Após um intervalo de 14 anos, em 2003, a POF apresentou um crescimento
mostrando estes índices na casa dos 18% para o sexo masculino e 15,4% para o sexo feminino
(RODRIGUES; POMBO; KOIFMAN, 2011).

Conforme o avanço das taxas de incidência de sobrepeso, obesidade e agravos a


saúde, nota-se a importância da Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Segundo o Marco
de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas (2012), a EAN
é uma área de conhecimento de prática continua e permanente, de cunho intersetorial e
multiprofissional para que se promova a prática autônoma de hábitos alimentares saudáveis.
(BRASIL, 2012)

A Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009, define como alimentação escolar, todo


alimento ofertado dentro do ambiente escolar, durante o ano letivo. E reforça, que as diretrizes
englobam a oferta de alimentação saudável e adequada e que tais alimentos são de grupos
variados, respeitando culturas, tradições e a premissa de hábitos alimentares saudáveis; que
contribuam para o crescimento, desenvolvimento físico e cognitivo, para melhor rendimento
no ambiente escolar, tão logo promova a saúde e garanta o Direito Humano a Alimentação
Adequada (DHAA). (BRASIL, 2009)
4

Diante do que foi exposto, esse trabalho tem por objetivo aplicar um plano de ação
visando a educação alimentar e nutricional em alunos de uma escola privada, com base no
levantamento de dados antropométricos para classificação do estado nutricional de acordo
com o IMC e questionário de consumo alimentar.

2. METODOLOGIA
Foi feito um estudo de coleta de dados antropométricos como peso, estatura, idade,
sexo e IMC e aplicado um questionário alimentar para descobrir quantas refeições são feitas
ao longo do dia, sendo elas café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e
ceia, se as refeições são feitas assistindo TV ou no celular, quais alimentos são mais e menos
consumidos tendo na lista: feijão, frutas, verduras, legumes, hambúrguer, embutidos, bebidas
adoçadas, macarrão instantâneo, biscoito recheados e doces com um grupo de 29 crianças
com idade entre 4 a 6 anos, sendo 13 meninos e 16 meninas do turno vespertino da escola
Maple Bear de Joinville S.C.

Após a coleta de todas as informações foi feito o diagnóstico nutricional das crianças, elas
foram classificadas como eutrofia, sobrepeso ou obesidade. E após analisar o consumo
alimentar realizamos atividade de Educação Alimentar e Nutricional.
5

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a avaliação nutricional realizada 3% das crianças tem obesidade e


97% são eutróficas, 60% das crianças que responderam ao questionário tem o hábito de fazer
alguma refeição na presença de telas. Esse ato mantém a atenção da criança voltada para o
visual e auditivo, prejudicando o paladar e consequentemente a capacidade de se autorregular,
e perceber a saciedade. Levando-a a consumir mais alimentos. Podendo ocorrer problemas na
absorção dos alimentos, uma vez que não mastiga corretamente. Todas as crianças realizam as
3 principais refeições, 76% das crianças avaliadas consomem frutas, verduras e legumes,
sendo que a maior parte prefere as frutas. No entanto, 64% delas consomem doces e biscoitos
recheados.
6

Foi identificado no questionário alimentar, a falta de verduras e legumes na


alimentação das crianças. Sendo assim foi feito uma atividade de educação alimentar e
nutricional da seguinte forma: Uma receita de bolo incluindo uma verdura para incentivá-los
ao consumo. A atividade foi realizada dentro da sala de aula, para ter um lugar mais calmo,
sem barulhos externos, pois necessitamos da atenção das crianças, elas ficaram sentadas
aguardando as instruções. Foi abordado a importância de comer legumes e verduras, dando
ênfase na abobrinha, que foi o nosso ingrediente secreto. Mostramos que é possível comer
estes alimentos de outra forma em receitas. De forma dinâmica, foi feita higienização das
mãos das crianças devido o contato com o alimento. Após foi ofertado o bolo e em seguida
lançada a pergunta: Qual o ingrediente secreto? Apresentarmos alguns alimentos in natura
como chuchu, abobrinha, cenoura, abóbora e demos a opção de escolha para a resolução da
brincadeira. Foi optativo experimentar os alimentos apresentados. Houve a distribuição da
receita de bolo, para que pudessem levar para casa e reproduzir a receita com suas famílias.

No final foi formada roda de conversa para explanarem suas ideias, expectativas e/ou
frustrações; um momento para que possamos entender as necessidades de cada um deles, e
informá-los quanto a importância do consumo de tais alimentos.

O guia alimentar para crianças de 5 e 6 anos orienta a prática de EAN para formação
de hábitos saudáveis. O nutricionista tem um papel fundamental na promoção da saúde e
prevenção de doenças por meio da orientação nutricional
7

4. CONCLUSÕES

1 a 2 parágrafos
8

REFERÊNCIAS

BRASIL. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 11.947 DE 16 DE JUNHO
DE 2009. DISPÕE SOBRE O ATENDIMENTO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E
DO PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA AOS ALUNOS DA
EDUCAÇÃO BÁSICA. Brasília/DF. 2009

BRASIL. MARCO DE REFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E


NUTRICIONAL PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS. Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, 2012. Disponível em:
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/marco_EAN.pdf

HOBOLD, Edilson; DE ARRUDA, Miguel. PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E


OBESIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 18, n. 3, 2014. Disponível
em: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v18i3.2014.5195

MELLO, E. D. DE. O QUE SIGNIFICA A AVALIAÇÃO DO ESTADO


NUTRICIONAL. Jornal de Pediatria, v. 78, n. 5, p. 357–358, set. 2002. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0021-75572002000500003

Você também pode gostar