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PESQUISA 2022

Alimentação
Escolar
COMPORTAMENTO, SEGURANÇA E SAÚDE ALIMENTAR

SITUAÇÃO DE FREQUÊNCIA
INSEGURANÇA AMAMENTAÇÃO SAÚDE ALIMENTAR
ALIMENTAR NO INTESTINAL
Índice de aleitamento Estudo da base da
MUNICÍPIO materno por idade, Indicador de saúde alimentação da criança,
uso de fórmulas intestinal da criança alimentos in natura,
Aplicação da Escala lácteas e mamadeiras hábito adequado, processados e
Brasileira de regular ou constipação ultraprocessados no
Insegurança Alimentar cotidiano familiar
Reduzida
03 Editorial

04 Introdução

07 Metodologias

09 Capítulo I - Dificuldades alimentares

11 Capítulo II - Preferências alimentares

13 Capítulo III - Aleitamento materno, uso de

fórmula e mamadeira

15 Capítulo IV - Quantidades de refeições e

refeição antes de ir para escola

16 Capítulo V - Funcionamento intestinal e

desenvolvimento infantil

17 Capítulo VI - Segurança alimentar

19 Capítulo VII - Frequência alimentar

22 Capítulo VIII - Crescimento infantil -

Avaliação Antropométrica

24 Capítulo IX - Singularidades por território

35 Capítulo X - Considerações finais e

propostas de ações
EDITORIAL

COMER É MAIS DO QUE JOGAR LENHA NA FOGUEIRA OU


ABASTECER UM CARRO.
COMER É MAIS DO QUE ESCOLHER UM ALIMENTO E DAR PARA
UMA CRIANÇA.
COMER E DAR DE COMER REFLETE NOSSA ATITUDE E
RELACIONAMENTO COM NÓS MESMOS,
COM OS OUTROS E COM AS NOSSAS HISTÓRIAS. COMER TEM
RELAÇÃO COM AUTORRESPEITO, NOSSA CONEXÃO COM NOSSOS
CORPOS E COMPROMISSO COM A VIDA.

ELLYN SATTER, 2007.

O Setor de Nutrição da Secretaria de Educação e Cultura de Rio Grande da Serra em 2022


através da alimentação escolar promoveu o acesso regular à alimentação saudável para 1945
criança matriculadas em sua rede. O desafio da adequação à da Resolução CD/FNDE nº 06,
de 2020, trouxe inúmeras inovações para a alimentação servida em ambiente escolar,
principalmente para os estudantes menores de três anos de idade, alinhadas ao Guia
Alimentar para a População Brasileira e ao Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores
de Dois Anos, do Ministério da Saúde.

As alterações da nova Resolução estabelecem que os cardápios da alimentação escolar


devem ter como base a utilização de alimentos in natura ou minimamente processados, além
disso é proibida a oferta de alimentos ultraprocessados e a adição de açúcar, mel e adoçante
nas preparações e bebidas para as crianças até três anos de idade, visando à construção de
hábitos alimentares mais saudáveis e à prevenção da obesidade.

Como parte deste desafio realizamos esta pesquisa, para retratar aspectos do
comportamento alimentar, aleitamento materno, saúde e segurança alimentar. Avançando na
compreensão dos determinantes alimentares locais ressaltando a importância de promover a
alimentação adequada e saudável dos estudantes desde a primeira infância para que os
hábitos alimentares saudáveis se perpetuem ao longo da vida.

3
INTRODUÇÃO

Porque
investigar
comportamento,
saúde e acesso à
alimentação?

Estamos em pleno processo de ruptura com o


paradigma assistencialista da alimentação
escolar, após um grave retrocesso com a
pandemia de COVID 19. O desafio do
desenvolvimento de um trabalho que amplie o
acesso à comida de verdade implica o
conhecimento da realidade através de
pesquisa na comunidade escolar, saindo de
suposições e senso comum.
As práticas alimentares têm um conceito
abrangente, envolvendo seleção, modo de
preparo, consumo, como, onde e com quem se
come, frequência e horário, tudo isso
conjugado à significação das práticas sociais. A
indissociabilidade do homem como ser
biológico, social, psíquico, afetivo e cultural
exigiu uma análise das práticas alimentares
englobando tanto suas abordagens biológicas
e metabólicas quanto suas compreensões
antropológicas e sociais.
Junto à isso a ampliação das tecnologias, bem
como do seu acesso aceleram a necessidade
de transformações no universo pedagógico
transdisciplinar, com foco na autonomia da
criança e na socialização.

Alimentação escolar| 04
As escolhas das referências metodológicas partiram das referências INTRODUÇÃO
do próprio PNAE. Construímos inicialmente um instrumento de
pesquisa qualitativo e quantitativo (veja abaixo), a ser respondido
pelo responsável pela criança. Desejamos conhecer os problemas
alimentares percebidos, as preferências para as crianças,
aleitamento materno, uso de fórmulas, número de refeições
realizadas no dia, refeição antes de vir à escola, funcionamento Como
intestinal (rastreio de possíveis alunos com necessidades alimentares
especiais), segurança e insegurança alimentar e frequência de investigar?
consumo de alimentos in natura e minimamente processados,
processados e ultraprocessados. Esse instrumento passou pela
validação da Secretaria de Educação e Cultura de Rio Grande da
Serra, for entregue para os dirigentes de escola para aplicação pelos
educadores. Foi entregue em 10 de junho de 2022, a primeira escola
entregou o resultado em julho (quando já iniciou-se a tabulação) e o
prazo de recebimento se estendeu até 27 de outubro de 2022.
Paralelamente à pesquisa, fizemos uma pequena amostragem de
avaliação antropométrica, que ficou incompleta devido ao calendário
escolar que estava em finalização.

Alimentação escolar| 05
INTRODUÇÃO

O que fazer
com esses
resultados?

É necessário ir além da mera oferta de comida para uma alimentação


escolar com sentido, pertencimento, transformadora das práticas
alimentares entre estudantes, familiares e a comunidade escolar. Nossas
escolhas técnicas como nutricionistas devem se basear no estudo
aprofundado, dinâmico e possível da realidade das nossas escolas no
sistema alimentar, já que o PNAE se propõe como dispositivo de efetivação
do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Cada criança se desenvolve num ambiente familiar definindo uma


identidade alimentar, que se repete dia após dia e ela se adapta. No cenário
escolar, no qual todos os momentos são pedagógicos, a criança experiência
alimentos do seu repertório apresentados de formas diferentes, novos
alimentos, celebrações alimentares, e momentos de comensalidade entre
pares que irão compor o alicerce dos seus hábitos alimentares. Voltando
para suas casas, vão influenciar a comunidade, sendo sujeitos
transformadores em si. Conhecer o comportamento alimentar é muito
importante para a fluidez desse percurso e construção de ambientes
alimentares saudáveis.

O aleitamento materno é um determinante de saúde infantil muito sensível


e pode direcionar os nossos esforços enquanto política pública.
Mapear a saúde intestinal das crianças e a frequência de consumo dos
grupos alimentares pode nos direcionar na elaboração dos cardápios, nas
ações necessárias para os alunos com necessidades alimentares especiais.

Descobrir o percentual de insegurança alimentar nas nossas crianças


endossa a importância da alimentação escolar e a construção de políticas
pública municipais direcionadas à segurança alimentar.
Alimentação escolar| 06
METODOLOGIAS
FERRAMENTAS DE ANÁLISE
DA REALIDADE ALIMENTAR
29 | Sabor
PARA ANALISAR PARA ANALISAR ALEITAMENTO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR MATERNO

ANÁLISE DO DISCURSO ANÁLISE QUANTITATIVA

PARA ANALISAR ACESSO E


PARA ANALISAR ESTADO ATUAL
SEGURANÇA ALIMENTAR DE SAÚDE

ESCALA BRASILEIRA DE ANÁLISE QUANTITATIVA DE


INSEGURANÇA ALIMENTAR HÁBITO INTESTINAL E
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
REDUZIDA

PARA ANALISAR FREQUÊNCIA ALIMENTAR


ADAPTAÇÃO DOS MARCADORES DE CONSUMO ALIMENTAR ATENÇÃO


PRIMÁRIA EM SAÚDE
HTTPS://CGIAP-SAPS.GITHUB.IO/MANUAL-ESUS-
APS/DOCS/CDS/CDS_08

08 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 1
DIFICULDADES
ALIMENTARES

546 (52,7%) famílias referem As dificuldades em sua maioria relacionam-se com a recusa de
que a criança apresenta determinado alimento, com a quantidade que a criança come, e
alguma dificuldade alimentar a relação de resistência para se alimentar. Demonstra uma
dificuldade dos pais/responsáveis na compreensão das
490 (47,3%) famílias referem
que a alimentação está relações alimentares e crenças disfuncionais transgeracional
adequada, que a criança relacionadas a situação de fome de gerações anteriores e até
"aceita de tudo". mesmo atuais. Sugerindo a necessidade de um espaço de
diálogo com os pais sobre tais questões.

09 | Alimentação escolar
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL É
ACEITAR DE
TUDO O TEMPO
TODO?

Como conduzir a criança à uma relação de


respeito com o corpo e ampliar o repertório
alimentar?
No imaginário popular existe uma percepção de que as crianças
que se alimentam bem comem de tudo em todas as fases da sua
vida. Essa concepção é uma das manifestações de invisibilizar a
criança, suas preferências, experiências, fases de desenvolvimento.
O corpo humano nasce com a necessidade em si de buscar,
inclusive comida, com o seu comer intuitivo, variações de
nutrientes e sabores. É assim desde o leite materno, que varia sua
composição ao longo do dia.
A função do adulto responsável é ofertar os alimentos
regularmente de formas pelo menos 10 formas diferentes em
momentos diferentes para afirmar que a criança não gosta.
Compreender a variação de apetite, promover momentos de
refeição prazerosos.

10 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 2
PREFERÊNCIAS
ALIMENTARES

As preferências alimentares das crianças, relatadas pelas famílias,


392 (37,84%) famílias foram atendidas pelos cardápios de 2022 em mais de 85%,
referiram alguma dialogando com o repertório alimentar familiar.
preferência alimentar da
criança
O grande número de famílias que não referiram as preferências

644 (62,16%) famílias não sugere que aspectos da identidade alimentar da criança ainda em
souberam referir as formação não são devidamente considerados, demandando um
preferências trabalho maior de aproximação com os pais e responsáveis para
considerar as preferências da criança como sujeito em si.

11 | Alimentação escolar
VOCÊ CONHECE
AS
PREFERÊNCIAS
SUA CRIANÇA?
.

Os alimentos em si carregam aromas, sabores e texturas que vão nos


encantando de forma diferente ao longo da vida. Uma criança pode
não gostar de salada de alface, mas a partir do acompanhamento do
cultivo, da relação com a terra, do levar para casa e partilhar com a
sua família ela pode desenvolver uma relação de amor com a alface.
Uma criança pode não gostar de beringela, mas ao fazer uma massa
com a avó e montar uma esfirra de berinjela pode apreciar esse sabor
inesquecível da partilha de tempo com a família.
O maior incentivador alimentar é o prazer de acompanhar essas
mudanças, conhecendo a criança, respeitando suas transformações e
ofertando alimentos seguros para seu desenvolvimento pleno.
No contexto escolar buscamos a construção dessas memórias
alimentares, da oferta de todos os grupos alimentares de modo mais
diverso possível.

12 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 3
ALEITAMENTO
MATERNO, 930 (87,4%) famílias afirmaram que a criança foi amamentada, um

USO DE percentual muito maior que o nacional brasileiro de 60%, e em São Paulo
59,7%, segundo o ENANI. Cerca de 130 (12,5%) famílias que a criança não
FÓRMULAS E
recebeu aleitamento materno.
MAMADEIRA Aleitamento materno
6 meses de aleitamento materno
1.000%

Quando considerando o tempo mínimo de aleitamento


materno de 6 meses 678 (65,4%) crianças receberam 750%
aleitamento materno necessário, percentual também muito
maior que o nacional 54% e o de São Paulo de 45,8%,
segundo o ENANI. E o total de 358 (34,6%) famílias tiveram 500%

aleitamento materno insuficiente menor que 6 meses. Outra


característica relevante é o aleitamento materno prolongado,
250%
com 197 (19%) crianças que foram amamentadas por 2 anos
ou mais.
0%
13 | Alimentação escolar Rio Grande da Serra São Paulo Brasil
COMO CONTINUAR COM Esse cenário é importantíssimo
para o desenvolvimento infantil

ESSA AMAMENTAÇÃO global dessas gerações e


fortalece a premissa do tema da

PADRÃO OURO EM RIO campanha SMAN -2022:


“Fortalecer a Amamentação
GRANDE DA SERRA? Educando e Apoiando”, ou seja, é
importante propiciar condições
Fortalecer a Amamentação Educando e Apoiando que fomentem a prática do
Aleitamento Materno. É
necessário fortalece o incentivo
ao aleitamento materno nas
EMEB's, considerando a volta ao
trabalho das mulheres pós o
período da pandemia.

Uso de fórmula
189 (18,24%) crianças fazem uso
de fórmula láctea, sendo que
muitas respostas equivalem à
ultraprocessados hipercalóricos
(Mucilon, Farinha láctea,
Cremogema, Toddy, Sucrilho,
Sustagem) demonstrando um
desconhecimento da diferença
entre fórmula infantil e produtos
alimentares.

Uso de mamadeira
Ainda que não tenha sido um
elemento da pesquisa, podemos
identificar que 138 (13,32%) crianças
fazem uso de mamadeira.

14 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 4
NÚMERO DE
REFEIÇÕES AO
DIA, REFEIÇÃO
ANTES DE IR
PARA ESCOLA

6 refeições: 134 (12,93%) crianças A maioria das crianças fazem mais


6 refeições 5 refeições: 333 (32,14%) crianças que 3 refeições ao dia.
4 refeições: 417 (40,25%) crianças
5 refeições
3 refeições: 114 (11%) crianças
122 (11,78%) crianças não
4 refeições 2 refeições:11 (1,06%) crianças
realizam refeição antes de ir para
3 refeições
1 refeição: 8 (0,77%) crianças
escola – jejum,
Não responderam: 10 (1,83%) das
2 refeições 559 (54%) realizam desjejum e/ou
famílias
1 refeição pequeno lanche antes de ir para
escola e
Não responderam

0 100 200 300 400 500


345 (33,3%) realizam o almoço,
10 famílias não responderam.
15 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 5
FUNCIONAMENTO
INTESTINAL E
DESENVOLVIMENTO
INFANTIL

773 (74,61%) crianças com funcionamento intestinal adequado,


226 (21,81%) com funcionamento regular e 30 (2,9%) em
Constipação constipação.
2.9%

Regular
22% Durante o crescimento, o tipo de parto, o acesso a aleitamento
materno, a introdução alimentar, o uso de medicações como
antibióticos, o contato com o mundo, as relações interpessoais, o
repertório alimentar vai modulando a microbiota intestinal, que são
um tipo de impressão digital individual que influencia estado
nutricional, imunológico, cognitivo e até emocional.
Adequado
75.1%
Uma alimentação em que em sua base está alimentos
ultraprocessados está correlacionada com agravos intestinais.
16 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 6
SEGURANÇA
ALIMENTAR A segurança alimentar e nutricional (SAN) pode ser definida como o direito de
todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em
quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais e que respeitem a diversidade cultural, sendo ambiental, cultural,
econômica e socialmente sustentáveis.
Entre os indicadores comumente utilizados no meio científico de avaliação da
SAN, destacam-se as escalas de percepção da insegurança alimentar, os de
produção e consumo de alimentos, os antropométricos, socioeconômicos,
bioquímicos e clínicos. Esses indicadores devem, sempre que possível, serem
utilizados de maneira complementar, uma vez que nenhum utilizado
isoladamente será capaz de abarcar todas as dimensões que compõem o
conceito de SAN. A utilização de escalas psicométricas como indicador direto
de avaliação e monitoramento da insegurança alimentar representa
importante avanço para compreensão desse fenômeno multidimensional e a
17 | Alimentação escolar
possibilidade de determinação de grupos populacionais vulneráveis a violação
do direito humano à alimentação adequada e saudável (DHAA).

PELO QUESTIONÁRIO SER REALIZADO DE FORMA UNIFICADA COM TODA A PESQUISA,


OPTOU-SE PELA VERSÃO REDUZIDA DA ESCALA BRASILEIRA DE INSEGURANÇA
ALIMENTAR (5 PERGUNTAS, VER ANEXO), APRESENTANDO OS SEGUINTES RESULTADOS:

Insegurança Alimentar Grave


6%

Insegurança Alimentar Moderada


12.9%

Segurança Alimentar
52.6%

Insegurança Leve
25.6%

Segurança alimentar 52,61%* 545 crianças

Insegurança leve 25,58%* 265 crianças

Insegurança moderada 12,93%* 134 crianças

Insegurança grave 5,98%* 62 crianças

*Comparado com o total da pesquisa (1036 crianças) 1006

**Não respondeu 2,90% 30 crianças

São 47,3% das crianças em situação de insegurança alimentar, o que coloca a alimentação escolar numa posição
determinante para o acesso à comida de verdade.

18| Alimentação escolar


CAPÍTULO 7

FREQUÊNCIA
ALIMENTAR
BASE DA ALIMENTAÇÃO DAS FAMÍLAS DA
COMUNIDADE ESCOLAR MUNICIPAL

1. Carnes (carne, peixe, frango, ovo, porco, miúdos)


2. Pão
3. Cereais e tubérculos (Arroz, batata, mandioca, aipim, cará e inhame)
4. Leite
5. Ultraprocessados doces (achocolatado, iogurte saborizado, bolacha recheada, chicletes, balas, pirulitos,
caramelo, gelatina).

19 | Alimentação escolar
BASE DA ALIMENTAÇÃO
FREQUÊNCIA
ALIMENTAR
- RIO GRANDE DA SERRA
  
Alimento

 
Todo dia 1 à 4 vezes na 1 vez a cada 15 dias 1 vez por mês Raramente/nunca
  Considere qualquer semana
alimento do grupo e a maior
frequência de consumo

Pão 502 416 23 1 37

Leguminosas - Feijão, 614 209 25 15 104


ervilha, lentilha e grão de bico

Cereais e tubérculos -



Arroz, batata, mandioca, aipim, cará e 794 131 22 11 21


inhame

Base



da alimentação Macarrão (sem ser o 93 520 252 39 59


segundo o guia instantâneo)
alimentar para
população

brasileira –



Alimentos Legumes (cenoura, 268 447 104 29 120


In natura ou beterraba, cebola, abóbora)
minimamente
processados e




processados Frutas 408 365 77 25 43

Vegetais folhosos 212 388 116 36 192


(alface, acelga, repolho)

Leite 765 124 27 5 55

Carne, peixe, frango, 705 220 27 9 18


ovo, porco, miúdos

Ultraprocessados embutidos -



Hambúrguer, nuggets, presunto, 122 351 261 95 143


salame, linguiça, salsicha

Bebidas açucaradas- Refrigerante,





suco de caixinha, suco em pó, 238 349 187 72 130


guaraná ou groselha

Alimentos Ultraprocessados salgados -


ultraprocessado Macarrão instantâneo, salgadinhos de



s e ricos em pacote, 98 473 211 76 113


aditivos biscoitos salgados
químicos,
açúcares e sal -
que deveriam

ser evitados  Ultraprocessados doces -


Achocolatado, iogurte saborizado,



bolacha recheada, chicletes, balas, 301 427 141 48 72


pirulitos, caramelo, gelatina.

Margarina 456 280 56 17 154

Temperos artificiais tipo caldo em 255 248 87 40 348


tablete ou pó

Alimentação escolar | 20
FREQUÊNCIA
ALIMENTAR

Como os alimentos in-


natura podem ser a
base da alimentação
em Rio Grande Da
Serra?

A partir destes dados compreendemos a hierarquia de prioridades das


transformações dos hábitos alimentares.

Promover ações que garantam maior frequência de consumo:

1.Vegetais folhosos – (alface, acelga, repolho, couve, escarola, rúcula...)


2.Legumes – (cenoura, beterraba, cebola, abóbora...)
3.Leguminosas – (Feijões, ervilha, lentilha e grão de bico...)
4.Frutas

Promover ações que garantam redução de frequência de consumo:

1.Ultraprocessados doces – achocolatado, iogurte saborizado, bolacha


recheada, chicletes, balas, pirulitos, caramelo, gelatina.
2.Margarina
3.Ultraprocessados salgados – macarrão instantâneo, salgadinhos de
pacote, biscoitos salgados
4.Bebidas açucaradas – refrigerante, suco de caixinha, suco em pó,
guaraná ou groselha.
5.Ultraprocessados embutidos – Hambúrguer, nuggets, presunto,
salame, linguiça, salsicha
6.Temperos artificiais, tipo caldo em tablete ou pó

Alimentação Escolar | 21
Para avaliação do estado nutricional foram coletadas medidas antropométricas de
peso e altura para determinação do Índice de Massa Corporal (IMC). Primeiramente
CAPÍTULO 8

foi realizada a aferição de peso com uma balança digital do modelo wincy e com
capacidade máxima 150 kg. Os alunos foram convidados a subir na balança com
roupas leves e sem calçados. A estatura foi obtida através de estadiometro avanutri,
com capacidade de 150 cm. Ambas as medidas foram coletadas por Nutricionista do
município. O estado nutricional dos escolares menores de cinco anos foi determinado
a partir das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006
(WHO, 2006). Já o estado nutricional daqueles escolares com idade igual ou superior
a cinco anos foi determinado a partir das curvas de crescimento da OMS de 2007
(WHO, 2007).

CRESCIMENTO
INFANTIL -
AVALIAÇÃO A avaliação nutricional de todas as crianças foi realizada pela nutricionista da
ANTROPOMÉTRICA prefeitura, a partir das curvas de IMC-para-idade impressas pela secretaria de saúde.
De acordo com essas curvas, o estado nutricional da criança foi classificado utilizando-
se o índice IMC-para-idade por grupo etário e sexo e adotando-se como pontos de
corte valores abaixo de -2 desvios-padrão para definir baixo IMC-para-idade. Para
crianças com menos de cinco anos, utilizou-se o ponto de corte de +2 desvios-padrão
20 à 30 % de Sobrepeso para definir excesso de IMC-para-idade. Já para crianças com mais de cinco anos
adotou-se o ponto de corte de >+1 desvios-padrão para definir sobrepeso e >+2
desvios-padrão para definir obesidade. Para realizar a comparação da avaliação
PESO E ALTURA
realizada no dia da coleta de dados com a avaliação realizada pelo software Anthro, os
PESO E IDADE
dados foram tabulados em Excel e depois transportados para o Anthro e para o Anthro
ALTURA E IDADE
Plus para o cálculo do escorez de IMC-para-idade das crianças menores e maiores de
IMC E IDADE
cinco anos, respectivamente. Após o cálculo do escore z de IMC-para-idade pelo
Anthro, as crianças foram classificadas de acordo com os mesmos pontos de corte
acima mencionados e a avaliação realizada pelo Anthro foi comparada à avaliação
22 | Alimentação escolar
nutricional realizada no dia da coleta de dados antropométricos.
Existe uma prevalência de sobrepeso por volta de 20 à 30%, evidenciando a
complexidade dos hábitos alimentares e saúde.
Dos 1945 estudantes matriculados nas séries do pré ao 5º ano do ensino fundamental das 10 escolas municipais
de Rio Grande da Serra, 34 turmas, 368 alunos passaram por avaliação do estado nutricional, 192 (52,4%) meninos e
176 meninas (47,6%).

Resultando numa amostragem de 19% do total de alunos pelas EMEB's, segue dias da aferição e as turmas:
Recanto Infantil Madre Maria - 07/10/2022 - Berçário - Maternal I - Maternal II
José Carlos Arruda - 25/10/2022 - Maternal II - Nível I - Nível II
Olímpio - 28/10/2022 - Maternal - Nível I - Nível II
Pinguinho de Gente - 22/11/2022 - Berçário - Maternal I - Maternal II
David Barbosa - Dia 12/12/2022 - Berçário - Maternal I - Maternal II - Nível I
Primeira Dama Zulmira - 07/12/2022 - Nível I - Nível II
Ivete Vargas - Dia 08/12/2022 - 1º ano e 2º ano

score z

Turma Idade
Peso/Estatura Peso/Idade Altura/idade IMC/IDADE

Muito Elevado: 10% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 10%
Elevado: 20% Elevado: 10% Elevado: 10% Elevado: 20%
Berçário de 0 à 2 anos Adequado: 60% Adequado: 75% Adequado: 75% Adequado:60%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3%

Muito Elevado: 10% Muito Elevado: 10% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 10%
Elevado: 20% Elevado: 20% Elevado: 10% Elevado: 20%
Maternal I de 2 à 3 anos Adequado: 60% Adequado: 60% Adequado:70% Adequado:60 %
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 10% Baixo:7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 5% Muito Baixo: 3%

Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 3% Muito Elevado: 10%


Elevado: 10% Elevado: 10% Elevado: 7% Elevado: 20%
Maternal II de 3 à 4 anos Adequado: 70% Adequado: 70% Adequado: 70% Adequado: 60%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 15% Baixo: 7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 5% Muito Baixo: 3%

Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 10%


Elevado: 10% Elevado: 10% Elevado: 10% Elevado: 20%
Nível I de 4 à 5 anos Adequado: 70% Adequado: 70% Adequado: 75% Adequado: 60%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo:7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo:3%

Muito Elevado: 10% Muito Elevado: 10% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 10%
Elevado: 20% Elevado: 10% Elevado: 20%
Elevado: 20%
Nível II de 5 à 6 anos Adequado: 60% Adequado: 60% Adequado: 75% Adequado: 60%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo:7%
Baixo: 7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo:3%


Muito Elevado: 12% Muito Elevado: 12% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 12%
Elevado: 13% Elevado: 10% Elevado: 13%
Elevado: 13%
1º ano de 6 à 7 anos Adequado: 65% Adequado: 65% Adequado: 75% Adequado: 65%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7%
Baixo: 7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3%


Muito Elevado: 12% Muito Elevado: 12% Muito Elevado: 5% Muito Elevado: 12%
Elevado: 13% Elevado: 13% Elevado: 10% Elevado: 13%
2º ano de 7 à 8 anos Adequado: 65% Adequado: 65% Adequado: 75% Adequado: 65%
Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7% Baixo: 7%
Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3% Muito Baixo: 3%



23 | Alimentação escolar
O estado nutricional é um
COMO SOBREPESO E dos melhores indicadores

INSEGURANÇA ALIMENTAR de saúde da população por


ser um marcador de

PODEM EXISTE AO MESMO qualidade de vida.


Nesta pesquisa pós

TEMPO EM RIO GRANDE pandemia em Rio Grande


da Serra conseguimos
DA SERRA? observar a prevalência do
sobrepeso. Ao mesmo
tempo temos 47% das
famílias em situação de
insegurança alimentar.
O processo de transição
nutricional dá-se no Brasil
a partir das modificações do
padrão alimentar brasileiro,
concomitante com
modificações também no
cenário epidemiológico,
gerando um declínio da
desnutrição, porém um
aumento significativo da
obesidade infanto-juvenil
em todas as classes
socioeconômicas.
O aumento do acesso aos
ultraprocessados favorece
uma alimentação
desbalanceada e
adoecedora, tornando
subnutrição e excesso de
peso a nova forma de fome.

24 | Alimentação escolar
CAPÍTULO 9
SINGULARIDADES
POR TERRITÓRIO

EMEB
Em Rio Grande da Serra cada bairro tem a sua história, assim
como cada Escola Municipal de Educação Básica.
A importância de uma análise geográfica sensível que
proporcione equidade na formulação de políticas públicas de
acesso à alimentação adequada, pode fazer a diferença com os
dirigente e toda a comunidade escolar.

25 | Alimentação escolar
EMEB. DAVID BARBOSA DA SILVA

Foram recebidos 136 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 281 crianças matriculadas.
Ou seja, a pesquisa alcançou 48,4% da escola.

Comportamento: 81 famílias referem algum problema alimentar e 55 não refere. 51 família relataram
preferência alimentar da criança enquanto 85 não souberam afirmar nenhuma preferência

Aleitamento Materno: 129 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 92
por 6 meses. 7 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 34 famílias que foram por
menos de 6 meses. 71 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 32 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 24 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 103 crianças com hábito intestinal adequado, 29 com hábito intestinal regular, 3 com
constipação, 1 com diarreia persistente.

Segurança alimentar: 65 crianças em segurança alimentar, 36 crianças em insegurança leve, 17 em


insegurança moderada e 7 em insegurança grave (11 não responderam).

Frequência de consumo:

26| Alimentação escolar


EMEB. PROF. RICARDO CASTELUCCI

Foram recebidos 101 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 125 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 80,8% da escola.

Comportamento: 65 (64,36%) famílias referem algum problema alimentar e 36 (35,64%) não refere. 33
(32,67%) famílias relataram preferência alimentar da criança enquanto 68 (67,33%) não souberam afirmar
nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 89 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 67 por 6
meses. 12 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 15 famílias que foram por menos de 6
meses. 52 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 39 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 3 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 75 crianças com hábito intestinal adequado, 22 com hábito intestinal regular, 4 com
constipação.

Segurança alimentar: 53 crianças em segurança alimentar, 23 crianças em insegurança leve, 15 em insegurança


moderada e 10 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

27| Alimentação escolar


EMEB. PADRE GIUSEPPE PISONI

Foram recebidos 52 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 198 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 26,26% da escola.

Comportamento: 29 famílias referem algum problema alimentar e 23% não refere. 16 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 36% não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 40 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 26 por 6
meses. 12 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 10 famílias que foram por menos de 6
meses. 24 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 9 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 7 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 40 crianças com hábito intestinal adequado, 11 com hábito intestinal regular, 1 com
constipação.

Segurança alimentar: 26 crianças em segurança alimentar, 16 crianças em insegurança leve, 6 em insegurança


moderada e 4 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

28| Alimentação escolar


EMEB. JOAQUIM DA SILVA / TIO KITA

Foram recebidos 90 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 166 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 54,22% da escola.

Comportamento: 52 famílias referem algum problema alimentar e 38% não refere. 30 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 60 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 80 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 53 por
6 meses. 10 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 16 famílias que foram por menos
de 6 meses. 43 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 18 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 13 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 69 crianças com hábito intestinal adequado, 17 com hábito intestinal regular, 4 com
constipação.

Segurança alimentar: 43 crianças em segurança alimentar, 23 crianças em insegurança leve, 14 em


insegurança moderada e 10 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

29| Alimentação escolar


EMEB. 1ª DAMA ZULMIRA JARDIM TEIXEIRA

Foram recebidos 194 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 299 crianças matriculadas.
Ou seja, a pesquisa alcançou 64,9% da escola.

Comportamento: 103 famílias referem algum problema alimentar e 91% não refere. 81 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 113 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 168 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 122
por 6 meses. 26 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 50 famílias que foram por
menos de 6 meses. 83 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 62 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 27 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 136 crianças com hábito intestinal adequado, 48 com hábito intestinal regular, 9 com
constipação.

Segurança alimentar: 112 crianças em segurança alimentar, 54 crianças em insegurança leve, 20 em


insegurança moderada e 8 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

30| Alimentação escolar


EMEB. MARIA FRANCISCA DE PAULA “CHIQUITA”
(PINGUINHO DE GENTE)

Foram recebidos 52 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 94 crianças matriculadas. Ou


seja, a pesquisa alcançou 55,32% da escola.

Comportamento: 22 famílias referem algum problema alimentar e 30 não refere. 21 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 31 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 47 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 33 por
6 meses. 5 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 16 famílias que foram por menos de
6 meses. 25 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 16 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 15 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 40 crianças com hábito intestinal adequado, 10 com hábito intestinal regular, 2 com
constipação.

Segurança alimentar: 26 crianças em segurança alimentar, 14 crianças em insegurança leve, 9 em


insegurança moderada e 3 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

31| Alimentação escolar


EMEB. VEREADOR JOSÉ OLÍMPIO

Foram recebidos 62 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 111 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 55,9% da escola.

Comportamento: 37 famílias referem algum problema alimentar e 25 não refere. 20 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 42 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 57 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 35 por
6 meses. 5 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 17 famílias que foram por menos de
6 meses. 30 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 20 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 7 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 50 crianças com hábito intestinal adequado, 9 com hábito intestinal regular, 3 com
constipação.

Segurança alimentar: 34 crianças em segurança alimentar, 15 crianças em insegurança leve, 9 em


insegurança moderada e 4 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

32| Alimentação escolar


EMEB. PREFEITO JOSÉ CARLOS DE ARRUDA

Foram recebidos 171 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 265 crianças matriculadas.
Ou seja, a pesquisa alcançou 64,53% da escola.

Comportamento: 94 famílias referem algum problema alimentar e 77 não refere. 51 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 120 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 150 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 36 por
6 meses. 21 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 36 famílias que foram por menos
de 6 meses. 66 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 39 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 31 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 126 crianças com hábito intestinal adequado, 40 com hábito intestinal regular, 2 com
constipação.

Segurança alimentar: 94 crianças em segurança alimentar, 41 crianças em insegurança leve, 17 em


insegurança moderada e 3 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

33| Alimentação escolar


EMEB. RECANTO INFANTIL MADRE MARIA DE
JESUS

Foram recebidos 80 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 285 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 28,07% da escola.

Comportamento: 42 famílias referem algum problema alimentar e 38 não refere. 29 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 51 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 75 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 56 por
6 meses. 5 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 16 famílias que foram por menos de
6 meses. 33 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 19 famílias por mais de 2 anos.
*Temos 11 crianças em uso de mamadeira

Saúde Intestinal: 62 crianças com hábito intestinal adequado, 16 com hábito intestinal regular, 2 com
constipação.

Segurança alimentar: 50 crianças em segurança alimentar, 16 crianças em insegurança leve, 10 em


insegurança moderada e 2 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

34| Alimentação escolar


EMEB. DEPUTADA IVETE VARGAS

Foram recebidos 98 instrumentos respondidos pelas famílias, de um total de 121 crianças matriculadas. Ou
seja, a pesquisa alcançou 81% da escola.

Comportamento: 50 famílias referem algum problema alimentar e 48 não refere. 25 famílias relataram
preferência alimentar da criança enquanto 73 não souberam afirmar nenhuma preferência.

Aleitamento Materno: 70 famílias referiram que as crianças receberam aleitamento materno, sendo 55 por
6 meses. 27 famílias afirmaram que as crianças não foram amamentadas, 18 famílias que foram por menos
de 6 meses. 41 famílias ofertaram leite materno por 1 ano, e 21 famílias por mais de 2 anos.

Saúde Intestinal: 72 crianças com hábito intestinal adequado, 24 com hábito intestinal regular, 2 com
constipação.

Segurança alimentar: 42 crianças em segurança alimentar, 27 crianças em insegurança leve, 17 em


insegurança moderada e 11 em insegurança grave.

Frequência de consumo:

35| Alimentação escolar


CAPÍTULO 10
CONSIDERAÇÕES
FINAIS E
PROPOSTAS DE
AÇÕES
Essa imersão nas condições alimentares e nutricionais das crianças em Rio
Grande da Serra, possuí especificidades e comparações com o cenário
brasileiro.
Esperamos contribuir para um plano de trabalho profundo e transformador,
Plano de trabalho
que em 2023 possamos promover vivências para a comunidade escolar
aumentar seu repertório afetivo-alimentar para o pleno desenvolvimento
ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL
infantil.
Para tanto contamos com políticas públicas direcionadas para a segurança
alimentar das famílias e articulação em rede de cuidado com a infância.

36 | Alimentação escolar
AÇÕES TRANSFORMADORAS
Horta escolar
Em 2022, a EMEB Recanto Infantil Madre
Maria plantou e colheu alface com as
crianças através do seu projeto pedagógico.
As crianças levaram para casa, lavaram e
degustaram com suas famílias, incentivando
o consumo de vegetais folhosos.

Formação com todos os educadores e educadoras


Ainda em 2022, Secretaria de Educação e Cultura
de Rio Grande da Serra e a EMEB Ricardo Francisco
realizaram uma capacitação com todos os adultos
responsáveis na escola, desde quem cuida da
limpeza até professores e cozinheiras, pois no
cenário escolar todos os momentos são
pedagógicos e todos são educadores.
Esta ação reverberou em outra ação em 2023, com
os responsáveis pelas crianças, traduzindo a
pesquisa para o cotidiano acessível em alimentação
saudável.

37| Alimentação escolar

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