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LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

Avaliação da Efectividade e Negatividade na implementação do programa Nacional de


Alimentação Escolar

ISCED

Nampula, Novembro

2023
Culsumo Momade Jamal

Avaliação da Efectividade e Negatividade na implementação do programa Nacional de


Alimentação Escolar

Trabalho de campo de carácter avaliativo da


Disciplina de Sistema de Informação em Nutrição e
Segurança Alimentara, a ser submetido na
Coordenação de Ciências de Saúde para fins
avaliativos.

ISCED

Nampula, Novembro

2023
Índice

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................3

1.1 Objectivo.................................................................................................................................3

1.2 Metodologia............................................................................................................................3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................................4

2.2 O SISAN tem como diretrizes................................................................................................4

2.3 Avaliação da Efectividade e Negatividade.............................................................................5

2.4 Negatividade...........................................................................................................................6

3. Conclusão.....................................................................................................................................7

4. Referências...................................................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO

O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional surge em um contexto de transição


alimentar e no âmbito da garantia ao Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável
(ABRANDH, 2013).

A alimentação é constituinte do contexto social do indivíduo e das colectividades. O


reconhecimento do nutricionista como profissional integrante da área de saúde colectiva e,
portanto, actuante em âmbito intersectorial e multidisciplinar, resulta na melhor compreensão da
importância de suas competências e actuações para contribuir para a melhoria da qualidade de
vida e saúde de uma população e para se alcançar a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

1.1 Objectivo

 Avaliação da Efectividade e Negatividade na implementação do programa nas áreas


relacionados com segurança Alimentar e Segurança nutricional.

1.2 Metodologia

O estudo teve como fonte de informações dados secundários. Na pesquisa documental, para
os dados secundários os materiais foram obtidos de documentos disponíveis referentes à
Segurança Alimentar e Nutricional e à Nutrição na internet e provenientes dos acervos dos cursos
analisados. Tais materiais caracterizam-se entre leis, artigos científicos, publicações de revistas,
portarias, resoluções normativas, trabalhos de conclusão de curso, projectos de extensão,
relatórios.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A alimentação escolar é um direito do estudante, seja criança, adolescente ou adulto, e um


dever do Governo Federal, Estadual e Municipal, garantido pela Constituição Federal de 1988.

Para alguns alunos, principalmente para os de famílias que vivem na pobreza, a alimentação
escolar é a sua principal ou única refeição do dia. Em destaque para as regiões mais pobres do
Mundo, a alimentação realizada na escolar é considerada a principal refeição do dia para 56% dos
alunos da Região Norte e para 50% dos alunos da Região Nordeste (STURION et al., 2005).

Por tanto, alimentação escolar torna se primordial para esses alunos superar ou minimizar
essa situação, uma vez que o PNAE determina que seja oferecidos alimentos no ambiente escolar,
saudável e adequada, que contribua para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, para a
melhoria do seu rendimento escolar, como também, para a formação de hábitos saudáveis, por
meio de acções de educação alimentar e nutricional, visando garantir refeições que cubram a suas
necessidades nutricionais durante o período em que permanecerem na escola.

O SISAN permite formular, articular e implementar, de forma intersectorial e com a


participação da sociedade civil organizada, políticas, planos, programas e acções de segurança
alimentar e nutricional em âmbitos nacional, estadual e municipal, com vistas em assegurar o
DHAA. O sistema também monitora e avalia as mudanças ocorridas na área de alimentação e
nutrição, assim como permite verificar o impacto dos programas e acções de segurança alimentar
e nutricional sobre a população a qual se destinavam a política.

2.2 O SISAN tem como diretrizes:

I - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável;

II - Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de


base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos;

III - Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e


formação nas áreas de SAN e DHAA;

IV - Promoção, universalização e coordenação das acções de SAN voltadas para quilombolas e


demais povos e comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;
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V - Fortalecimento das acções de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde,


de modo articulado às demais acções de SAN;

VI - Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, com


prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de alimentos da
agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

VII - Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional e


do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional;

VIII - Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada;

2.3 Avaliação da Efectividade e Negatividade

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma política pública antiga, seu
funcionamento é essencial para a segurança alimentar de muitas famílias.

Uma das estratégias que tem sido adoptada em Moçambique para mitigar o impacto negativo
da fome e da desnutrição no sector da educação é a introdução de programas de alimentação
escolar. O Programa Nacional de Alimentação Escolar, esta operacional na província de
Nampula-distrito de Memba, reconhecendo por um lado a importância do programa de
alimentação escolar na garantia do direito à Educação para todos os cidadãos Moçambicanos.

Este programa, marca uma nova era na abordagem da alimentação escolar em Moçambique, na
medida em que vai passar a:

 Melhoria do estado nutricional e de saúde dos alunos: este pilar vai consistir na
disponibilização aos alunos matriculados no ensino pré-primário e primário de uma
refeição diversificada e balanceada, durante o período em que os mesmos permanecem na
escola;
 Institucionalizar a alimentação escolar no sistema educacional;
 Responsabilizar os pais, encarregados de educação e a comunidade, em geral, pela
alimentação dos alunos;
 Contar com a contribuição dos pais e/ou encarregados de educação e da comunidade em
geral (em dinheiro, espécie ou força de trabalho);
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 Depender de géneros alimentícios produzidos e comercializados localmente;


 Apostar na Educação Alimentar e Nutricional, como forma de mitigação do problema da
desnutrição a médio e longo prazo;
 Apostar na prática da produção agro-pecuária nas escolas (horticultura, fruticultura e
pecuária), como forma de desenvolver habilidades dos alunos para a produção, promoção
da diversificação da dieta e redução dos custos de aquisição dos alimentos, uma vez que
as colheitas daí provenientes poderão ser utilizadas como reforço na preparação das
refeições para os alunos.
 Aumentar o conhecimento sobre os hábitos alimentares saudáveis;
 Monitoria e avaliação processual: destinada a monitorar e avaliar o processo da
implementação do Programa, em termos de procedimentos para as compras,
armazenamento, preparação e distribuição dos géneros alimentícios;

2.4 Negatividade

 Falta de campos ou infra-estruturas para a prática da actividade agrária (hortas, viveiros,


mudas, capoeiras, currais, pocilgas), participação dos professores e dos alunos nas
actividades agrárias, utilização dos produtos da produção escolar no programa de
alimentação escolar;
 Mão-de-Obra elevada para o Confeccionamento dos Alimentos;
 Má Gestão do Programa;
 A fraca diversificação da alimentação servida aos alunos;
 A fraca ligação com a componente de educação alimentar e nutricional;
 Falta de Recursos Humanos disponíveis para planejar e executar as atividades;
 Falta de interesse e participação de outros profissionais;
 Redução da adesão dos usuários;
 Programa muito longo;
 Falta de estrutura para oficinas culinárias;
 Fraca ligação dos programas com a produção local de alimentos, facto que inibe a
possibilidade de gerar um crescimento da economia local e da participação, nos
programas, dos produtores e de outros actores da cadeia de valor de produtos agrários;
 Falta de material disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde.
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3. Conclusão

Programa Nacional de Alimentação Escolar oferta alimentação e acções de educação


alimentar e nutricional a estudantes matriculados na escola pública. É uma das políticas mais
velhas do mundo na área de alimentação escolar que garante alimentos em quantidade e
qualidade para atender as necessidades nutricionais. Por isso, ele é considerado um dos maiores e
mais abrangente do mundo.

Na escola é o nutricionista quem realiza o diagnóstico, elabora, acompanha e avalia o


cardápio da alimentação escolar; acompanha a aquisição dos alimentos, a preparação das
refeições e a sua distribuição aos alunos; faz testes de aceitabilidade das refeições com os
estudantes; zela pelo controle higiênico-sanitárias das cozinhas; identifica estudantes com
necessidades nutricionais específicas; realiza acções de educação alimentar e nutricional para a
comunidade escolar em parceria com a coordenação pedagógica da escola;
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4. Referências

ANDRADES, T. O. & GANIMI, R. N. Revolução verde e a apropriação capitalista. Ces Revista,


Juiz de Fora, vol. 1, n.º 21, pp. 43-56, 2007. Disponível em: . Acesso em: jan. 2020.

FRET, B. & PINTO, J. Moçambique: PRONAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar:


Projeto piloto em 12 escolas primárias das províncias de Tete, Nampula, Manica e Gaza. Maputo:
Wfp, 2015.

G1. Governo de Moçambique assina acordo de paz com a oposição. 2019. Disponível em: .
Acesso em: jan. 2020. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PRONAE) de
Moçambique... 153

GOMES, S. Impactos do Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE sobre a nutrição dos
alunos, defasagem e desempenho escolar. 117 f. Doutorado - Curso de Economia, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 2009. Disponível em: . Acesso em: jan. 2020.

IDOETA, P. A. & SANCHES, M. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no
Brasil. 2019. Disponível em: . Acesso em: jan. 2020.

MALUF, R.; MENEZES, F. & MARQUES, S. Caderno ‘Segurança Alimentar’. Brasília: Editora
Oficial, 2017. Disponível em: . Acesso em: jan. 2020.

TARAS, H. Nutrition and Student Performance at School. Journal Of School Health, Usa, vol. 6,
n.º 75, pp. 199-213, ago. 2005.

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